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Estágios de interlíngua na aprendizagem da LIBRAS 1. Há uma notória diferença no desempenho linguístico dos sujeitos surdos, pois não sofreram tanta influência da língua oral-auditiva (L2), isto é, a Língua Portuguesa, no processo de aquisição e desenvolvimento da Língua de Sinais (L1). A que tipo de família de surdos se refere essa sentença? Você acertou! A. Pais surdos e filhos surdos. Os pais ouvintes influenciam seus filhos ouvintes e/ou surdos por meio da língua oral-auditiva (Português), sendo que a Libras é deixada de lado na maioria dos casos. Os CODAS, que são os filhos ouvintes de pais surdos, não sofrem forte influência da língua oral-auditiva, pois seus pais são surdos e usam Língua de Sinais. Contudo, sua L1 não será a Língua de Sinais e, sim, o Português em um futuro próximo. No caso de pais surdo-cegos, a relação anterior é a mesma. 2. A interlíngua pode ser definida como a linguagem produzida por um falante não nativo a partir do início do aprendizado, caracterizada pela: Você acertou! B. interferência de sua L1 durante boa parte do aprendizado. A interlíngua é caracterizada pela influência da Língua Natural ou L1 do indivíduo, durante boa parte do aprendizado da L2, até que seja alcançado o nível próximo a de um nativo. A equivalência linguística é a busca por palavras ou frases de valor igual ou muito semelhante ao significado na Língua Natural. 3. O processo de fossilização ou cristalização ao longo do aprendizado é representado como: Você acertou! E. os erros e desvios no uso de outra língua (que não a natural), que ficam internalizados no indivíduo e que são extremamente difíceis de serem corrigidos futuramente. O processo de fossilização ou cristalização tem por característica os vícios, erros ou desvios que a pessoa desenvolve ao estudar outro idioma sem ter contato com falantes nativos. Tem a ver com as falhas ou irregularidades no uso de outra língua (língua adicional), isto é, não natural. 4. Sobre estágios de interlíngua de uma criança surda imersa na cultura ouvinte (pais ouvintes, família ouvinte, escola regular, etc.), podemos dizer que quanto mais cedo ela iniciar a aquisição e o desenvolvimento da Língua de Sinais e a imersão na cultura surda: Você acertou! C. menos tempo ela levará para chegar ao estágio ou ao nível de um nativo. Os estágios interlíngua que as crianças surdas filhas de pais ouvintes passam são menores em tempo quando elas são expostas desde cedo à aquisição da Língua de Sinais. Isso significa que o uso do português como interlíngua ou bengala para aprender a Língua de Sinais é muito curto. Ou seja, a criança em pouco tempo desvincula-se de construções conhecidas como Português sinalizado, atingindo rapidamente o nível de um nativo (surdo) e usando o português apenas na datilologia de palavras que não tenham sinal ou não possam ser representadas pelo contexto visual. Além disso, ao ter contato desde cedo com a Língua de Sinais, o sujeito surdo ficará menos propenso à privação linguística e ao desenvolvimento de problemas emocionais e psicológicos, bem como poderá usar sua L1 (Língua de Sinais) como recurso interlíngua para aprender o Português escrito e também o Português oral (este último, se assim ele desejar). 5. Como a sentença “Depois do trabalho, vou para casa” poderia ser reescrita usando a estrutura da Língua Brasileira de Sinais - Libras? Resposta correta. D. Eu trabalhar fim depois ir casa. A Língua de Sinais não utiliza preposições, conjunções, artigos nem conjuga verbos na maioria das situações em que seus usuários escrevem usando uma língua de modalidade oral-auditiva. Lembre-se de que em alguns casos a frase pode ser refeita em partes, acrescentando e/ou tirando itens lexicais.