Prévia do material em texto
Fundamentos de ComuniCação série AUTOMAÇÃO iNDUsTriAL série AUTOMAÇÃO iNDUsTriAL Fundamentos de ComuniCação CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI Robson Braga de Andrade Presidente DIRETORIA DE EDuCAÇÃO E TECNOLOgIA Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor de Educação e Tecnologia SENAI-DN – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAgEM INDuSTRIAL Conselho Nacional Robson Braga de Andrade Presidente SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor-Geral Gustavo Leal Sales Filho Diretor de Operações Série AUTOMAÇÃO iNDUSTriAL Fundamentos de ComuniCação SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Sede Setor Bancário Norte . Quadra 1 . Bloco C . Edifício Roberto Simonsen . 70040-903 . Brasília – DF . Tel.: (0xx61)3317-9190 http://www.senai.br © 2012. SENAI – Departamento Nacional © 2012. SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do Sul A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do Sul. Esta publicação foi elaborada pela equipe da Unidade Estratégica de Desenvolvimento Educacional – UEDE/Núcleo de Educação a Distância – NEAD, do SENAI do Rio Grande do Sul, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância. SENAI Departamento Nacional Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP SENAI Departamento Regional do Rio Grande do Sul Unidade Estratégica de Desenvolvimento Educacional – UEDE/Núcleo de Educação a Distância – NEAD FICHA CATALOGRÁFICA S491f Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional Fundamentos da comunicação / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional do Rio Grande do Sul. Brasília : SENAI/DN, 2012. 169 p. : il. ( Série Automação Industrial) ISBN 978-85-7519-503-1 1. Linguagem 2. Comunicação 3. Tecnologia da Informação I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional do Rio Grande do Sul II. Título III. Série. CDU – 811.134.3(81)’36 Bibliotecário Responsável: Enilda Hack- CRB 599/10 Lista de ilustrações Figura 1 - Linguagem culta e linguagem coloquial .............................................................................................17 Figura 2 - Países que falam a língua portuguesa .................................................................................................18 Figura 3 - Exemplos de gírias .......................................................................................................................................20 Figura 4 - Regionalismos ...............................................................................................................................................20 Figura 5 - Etapas do parágrafo ....................................................................................................................................33 Figura 6 - Perguntas para um relatório.....................................................................................................................42 Figura 7 - Capa ..................................................................................................................................................................84 Figura 8 - Folha de rosto ................................................................................................................................................85 Figura 9 - Barras e menus do Word ......................................................................................................................... 110 Figura 10 - Localização da régua ............................................................................................................................. 111 Figura 11 - Ferramentas de tabela .......................................................................................................................... 111 Figura 12 - Guia dinâmica design ............................................................................................................................ 111 Figura 13 - Guia layout (tabela) ................................................................................................................................ 112 Figura 14 - Guia formatar ........................................................................................................................................... 112 Figura 15 - Guia cabeçalho e rodapé ..................................................................................................................... 113 Figura 16 - Adicionar legenda .................................................................................................................................. 114 Figura 17 - Índice de ilustrações .............................................................................................................................. 115 Figura 18 - Caixa do parágrafo ................................................................................................................................. 116 Figura 19 - Barra de status com a opção seção ativa ....................................................................................... 117 Figura 20 - Grupo fonte ............................................................................................................................................... 118 Figura 21 - Grupo páginas ......................................................................................................................................... 119 Figura 22 - Grupo estilos ............................................................................................................................................ 120 Figura 23 - Modificar estilo. ....................................................................................................................................... 120 Figura 24 - Zoom da janela ........................................................................................................................................ 120 Figura 25 - Botão Office, opção imprimir ............................................................................................................. 121 Figura 26 - Tela principal do MS Power Point ...................................................................................................... 123 Figura 27 - Definindo layout da apresentação .................................................................................................. 124 Figura 28 - Escolhendo um design apropriado ................................................................................................. 124 Figura 29 - Salvando um design apropriado ...................................................................................................... 124 Figura 30 - Inserindo caixas de texto na apresentação .................................................................................. 125 Figura 31 - Inserindo imagens na apresentação ................................................................................................ 125 Figura 32 - Inserindo imagens na apresentação ................................................................................................ 126 Figura 33 - Inserir som como elemento de apresentação .............................................................................. 126 Figura 34 - Definindo sequência e configuração dos itens ............................................................................ 127 Figura 35 - Configurando propriedades do som na apresentação ............................................................. 127 Figura 36 - Trabalhando com filmes na apresentação .....................................................................................128 Figura 37 - Alterando plano de fundo .................................................................................................................. 128 Figura 38 - Alterando estilo de plano de fundo ................................................................................................ 129 Figura 39 - Configurando transição de slides .................................................................................................... 132 Figura 40 - Escolhendo opções de animação de slides ................................................................................... 132 Figura 41 - Ampliando opções de animação de slides .................................................................................... 132 Figura 42 - Personalizando uma animação .......................................................................................................... 134 Figura 43 - Opções de animação ............................................................................................................................. 135 Figura 44 - Inserindo sons nas animações ........................................................................................................... 135 Figura 45 - Exemplo de efeitos de animação ..................................................................................................... 135 Quadro 1 - Vocábulos aportuguesados .....................................................................................................................19 Quadro 2 - Mecanismos de coesão gramatical.......................................................................................................26 Quadro 3 - Mecanismos de coesão semântica .......................................................................................................26 Quadro 4 - Características de um texto .....................................................................................................................32 Quadro 5 - Recursos linguísticos..................................................................................................................................33 Quadro 6 - Características dos textos.........................................................................................................................38 Tabela 1: Técnico em Automação Industrial ............................................................................................................14 Figura 46 - Interface do Programa Microsoft Excel ........................................................................................... 136 Figura 47 - Interface do programa OpenOffice.org Calc................................................................................. 137 Figura 48 - Abrindo planilha existente .................................................................................................................. 138 Figura 49 - Abrindo planilha pelo programa iniciar ......................................................................................... 138 Figura 50 - Cabeçalho de planilha Excel ............................................................................................................... 138 Figura 51 - Inserido planilhas de Excel .................................................................................................................. 139 Figura 52 - Renomeando a planilha ....................................................................................................................... 139 Figura 53 - Selecionando células ............................................................................................................................. 140 Figura 54 - Seleção de intervalo de células ......................................................................................................... 140 Figura 55 - Mesclando células .................................................................................................................................. 140 Figura 56 - Alteração do tamanho da célula ....................................................................................................... 141 Figura 57 - Visualizando linhas da planilha .......................................................................................................... 141 Figura 58 - Formatando linhas de grade .............................................................................................................. 142 Figura 59 - Visualizando linhas da tabela pela função Imprimir .................................................................. 142 Figura 60 - Formatando células ............................................................................................................................... 143 Figura 61 - Usando sequenciais ou textuais na planilha ................................................................................. 143 Figura 62 - Inserido fórmulas na planilha ............................................................................................................. 144 Figura 63 - Função Fx para inserir fórmula de cálculo ..................................................................................... 144 Figura 64 - Selecionando Função Soma ............................................................................................................... 145 Figura 65 - Selecionando intervalo de Soma ...................................................................................................... 145 Figura 66 - Cálculo da soma de células ................................................................................................................. 145 Figura 67 - Inserindo gráfico ..................................................................................................................................... 146 Figura 68 - Editando títulos do Gráfico ................................................................................................................. 146 Figura 69 - Passo a passo do cálculo com referência fixa ............................................................................... 147 Figura 70 - Construindo a fórmula de cálculo .................................................................................................... 147 Figura 71 - Cálculo do custo do material elétrico .............................................................................................. 148 Figura 72 - Preenchimento das células com cálculo sem colocarmos a Referência Fixa .................... 148 Figura 73 - Fórmula com referência fixa para travar a célula e utilização da alça para o preenchi- mento das células seguintes ...................................................................................................................................... 149 Figura 74 - Uso da alça de preenchimento após a aplicação da Referência Fixa ................................... 149 Figura 75 - Utilizando a fórmula Excel e a alça de preenchimento para cálculo de valor por parcela ... 150 Figura 76 - Cálculo do custo dos materiais elétricos em 10x ........................................................................ 150 Figura 77 - Uso da alça de preenchimento para o cálculo dos demais materiais elétricos ................ 151 Figura 78 - Uso da fórmula Excel para o cálculo do valor da parcela em 10x ......................................... 151 Figura 79 - Uso da alça de preenchimento para completar os valores das parcelas em 10x ........... 151 Figura 80 - Protegendo as células da planilha .................................................................................................... 152 Figura 81 - Proteção de planilhas ............................................................................................................................ 152 Figura 82 - Selecionando as permissões ............................................................................................................... 153 Figura 83 - Adicionando senha para a proteção da planilha e confirmando a senha ..........................153 Quadro 7 - Uso do hífen ..................................................................................................................................................62 Quadro 8 - Regras de acentuação ...............................................................................................................................64 Quadro 9 - Palavras homônimas e parônimas ........................................................................................................69 Quadro 10 - Palavras usuais ...........................................................................................................................................74 Quadro 11 - Natureza da pesquisa ..............................................................................................................................78 Quadro 12 - Forma de apresentar um cronograma ..............................................................................................81 1 Introdução ......................................................................................................................................................................13 2 A Língua Portuguesa e as Variedades Linguísticas ..........................................................................................17 2.1 Estrangeirismos ...........................................................................................................................................18 2.2 Neologismos .................................................................................................................................................19 2.3 Gírias ................................................................................................................................................................19 2.4 Regionalismo ................................................................................................................................................20 2.5 Jargão ..............................................................................................................................................................21 2.6 Vocabulário técnico ....................................................................................................................................21 3 Técnicas de Leitura ......................................................................................................................................................23 3.1 Interpretação ................................................................................................................................................23 3.2 Análise Textual .............................................................................................................................................24 3.3 Coesão textual .............................................................................................................................................24 3.4 Coerência textual ........................................................................................................................................27 3.5 Ambiguidade e redundância ..................................................................................................................27 3.6 Análise temática ..........................................................................................................................................28 3.7 Análise interpretativa ................................................................................................................................28 4 Tipologia, Estrutura e Produção Textual ...............................................................................................................31 4.1 Parágrafo ........................................................................................................................................................31 4.1.1 Estrutura interna e tipos de parágrafos ............................................................................31 4.1.2 Unidade interna .........................................................................................................................33 4.2 Texto dissertativo .......................................................................................................................................35 4.3 Esquema e Resumo ....................................................................................................................................36 4.3.1 As etapas de um resumo .......................................................................................................40 4.4 Relatório Técnico .........................................................................................................................................40 4.4.1 Estrutura do Relatório Técnico .............................................................................................40 4.4.2 Tipos de relatórios.....................................................................................................................43 4.5 Currículo profissional .................................................................................................................................45 4.6 Memorial .......................................................................................................................................................47 4.7 Ata ....................................................................................................................................................................48 4.7.1 Modelo de ata ............................................................................................................................50 4.8 Memorando ..................................................................................................................................................50 5 Gramática Aplicada da Língua Portuguesa .........................................................................................................55 5.1 O Acordo Ortográfico ...............................................................................................................................55 5.1.1 Uso do Hífen ...............................................................................................................................57 5.2 Crase ................................................................................................................................................................61 Sumário 5.3 Ortografia.......................................................................................................................................................62 5.4 Formas variantes .........................................................................................................................................63 5.5 Palavras Homônimas e Palavras Parônimas ......................................................................................63 5.6 Pontuação ......................................................................................................................................................65 5.7 Regência Verbal e Nominal .....................................................................................................................68 5.7.1 Regência nominal ....................................................................................................................68 5.7.2 Regência verbal ........................................................................................................................69 5.8 Palavras Usuais .............................................................................................................................................72 6 Projetos e Trabalhos de Pesquisa: Metodologia ................................................................................................75 6.1 Trabalho científico ......................................................................................................................................756.1.1 Finalidades ..................................................................................................................................76 6.1.2 Etapas ............................................................................................................................................76 6.2 Elaboração do Projeto de Pesquisa ......................................................................................................78 7 Metodologia Científica – ABNT ...............................................................................................................................83 7.1 Elementos pré-textuais ............................................................................................................................83 7.1.1 Capa ..............................................................................................................................................83 7.1.2 Folha de Rosto ...........................................................................................................................84 7.1.3 Sumário .......................................................................................................................................85 7.2 Elementos textuais ....................................................................................................................................86 7.2.1 Introdução ..................................................................................................................................86 7.2.2 Desenvolvimento ......................................................................................................................86 7.2.3 Conclusão ...................................................................................................................................86 7.3 Elementos pós-textuais ...........................................................................................................................86 7.3.1 Referências .................................................................................................................................87 7.3.2 Anexos .........................................................................................................................................87 7.4 Regras gerais de Apresentação ..............................................................................................................88 8 Comunicação em Público ..........................................................................................................................................91 8.1 Técnicas de Comunicação em Público ................................................................................................91 8.1.1 Ferramentas de multimídia ...................................................................................................93 8.1.2 Gerenciamento de tempo .....................................................................................................94 8.2 Das Técnicas de Apresentação ...............................................................................................................94 8.2.1 Para uma Apresentação ..........................................................................................................95 8.2.2 Outros recursos também exigem sua atenção ..............................................................96 8.3 Técnicas de Argumentação .....................................................................................................................97 8.3.1 Comunicação Oral: Exposição e Argumentação ...........................................................97 8.3.2 Texto argumentativo oral .......................................................................................................99 8.4 Seminário .......................................................................................................................................................99 8.4.1 Preparação de seminário ........................................................................................................99 8.4.2 Organização e apresentação de seminário .................................................................. 100 8.5 Debate ........................................................................................................................................................ 102 8.5.1 Organização e apresentação do debate ....................................................................... 102 8.5.2 Roteiro para o debate .......................................................................................................... 102 8.6 Argumentação oral ................................................................................................................................ 103 8.7 Depoimento Pessoal ............................................................................................................................... 103 9 Tecnologia da Informação ...................................................................................................................................... 109 9.1 Editor de Textos ........................................................................................................................................ 109 9.2 Digitação de Textos ................................................................................................................................. 109 9.3 Inserções ..................................................................................................................................................... 113 9.4 Parágrafos ................................................................................................................................................... 115 9.5 Formatação ................................................................................................................................................ 118 9.6 Impressão de Arquivo ............................................................................................................................ 120 9.7 Elaboração de Apresentação Multimídia ........................................................................................ 122 9.7.1 Regras de Estruturação ........................................................................................................ 123 9.7.2 Inserção de Figuras e Arquivos ......................................................................................... 125 9.7.3 Formatação .............................................................................................................................. 130 9.8 Planilha Eletrônica ................................................................................................................................... 136 9.8.1 Interface .................................................................................................................................... 137 9.8.2 Estrutura de uma Planilha ................................................................................................... 139 9.8.3 Mesclagem de células .......................................................................................................... 140 9.8.4 Tamanho das células ............................................................................................................. 141 9.8.5 Bordas e Visualização de Impressão ................................................................................ 141 9.8.6 Formato de Células ................................................................................................................ 142 9.8.7 Sequências Numéricas e Textuais .................................................................................... 143 9.8.8 Fórmulas, Cálculos e Funções ............................................................................................ 144 9.8.9 Gráficos ......................................................................................................................................145 9.8.10 Referência Fixa ...................................................................................................................... 146 9.8.11 Proteção de Células e Planilha ........................................................................................ 152 Referências ........................................................................................................................................................................ 157 Anexo .................................................................................................................................................................................. 159 Minicurrículo dos autores ........................................................................................................................................... 170 Índice .................................................................................................................................................................................. 171 Nesta unidade curricular conheceremos os principais assuntos que contribuem para o desenvolvimento das competências de um técnico em automação industrial, que pro- porcionará a aquisição de fundamentos técnicos e científicos necessários à automação industrial, bem como capacidades sociais, organizativas e metodológicas adequadas a diferentes situações profissionais. “Fundamentos da comunicação” é a unidade curricular em que os alunos ampliam suas capacidades comunicativas em suas diferentes formas. Seu caráter transversal re- força a ideia de que a comunicação é necessária e cada vez mais importante na atividade profissional do Técnico em Automação. Desenvolve conhecimentos relacionados à apli- cação das normas e da linguagem culta na estruturação de textos técnicos, metodologia de pesquisa, comunicação oral e tecnologia da informação.(DCN-DN) Ainda, nesta unidade curricular iremos reconhecer fundamentos de comunicação aplicáveis aos fundamentos técnicos e científicos, que são: interpretação de textos técnicos em língua portuguesa e língua estrangeira, aplicação dos princípios da reda- ção técnica, comunicação oral e escrita, inclusive em meio eletrônico, interpretação de cronogramas, aplicação das etapas básicas de planejamento, além de utilização de recursos de informática, pesquisa de informações técnicas em literatura específica, inclusive em meio eletrônico, bem como a organização de dados em formulários ou documentos específicos. A seguir são descritos na matriz curricular os módulos e as unidades curriculares pre- vistos e as respectivas cargas horárias. Introdução 1 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL14 Tabela 1: Técnico em Automação Industrial Módulos denoMInAção unIdAdes CurrICulAres CArgA HorárIA CArgA HorárIA Módulo Módulo Básico Fundamentos técnicos e científicos • Fundamentos da Comunicação 100h 140h 100h 340h • Fundamentos da Eletrotécnica • Fundamentos da Mecânica Módulo Introdutório Fundamentos técnicos e científicos • Acionamento de Dispositivos Atuadores • Processamento de Sinais 160 h 180 h 340h Específico I Manutenção e Implemen- tação de equipamentos e dispositivos • Gestão da Manutenção • Implementação de Equipamentos e Dispositivos • Instrumentação e Controle • Manutenção de Equipamentos e Dispositivos 34h 136h 102h 68h 340 h Específico II Desenvolvimento de sistemas de controle e automação • Desenvolvimento de Sistemas de Controle • Sistemas Lógicos Programáveis • Técnicas de Controle 100h 160h 80h 340h Fonte: SENAI Desenho Curricular Nacional de Técnico de Nível Médio em Automação Industrial 2 A Língua Portuguesa e as Variedades Linguísticas A comunicação é inerente ao convívio social. No trabalho e na sociedade, você convive com pessoas e grupos diferentes que exercem papéis e funções distintas e, para cada situação de fala, você precisa se comunicar de forma adequada para se fazer entendido. Há momentos em que você pode utilizar um vocabulário mais simples, informal, porém, em determinados momentos, há a necessidade de elaborar melhor o seu discurso, sua fala. Por exemplo, em uma entrevista de emprego, é fundamental que você faça uso da linguagem formal para causar melhor impressão a quem estiver lhe entrevistando. Já nas conversas de “botequim”, você poderá falar de forma mais simples, coloquial. Abaixo você encontra algumas informações sobre a história de nossa língua. Ao conquistar novas regiões, o latim era a língua imposta aos povos conquistados - que aca- baram por modificar bastante a pronúncia e incorporaram ao vocabulário latino palavras de sua língua materna, transformando assim, ao longo de anos de ocupação, a língua imposta. Deram, então, origem às línguas neolatinas: português, espanhol, catalão, francês, italiano e romeno. Sendo assim, a língua portuguesa tem sua origem no latim, que era a língua falada no esta- do Lácio, região onde atualmente fica a cidade de Roma na Itália. Durante o Império Romano, havia dois níveis de expressão do latim: - Latim clássico - que era falado e escrito pela elite dominante e escritores; - Latim vulgar - que só era falado pelo povo e que deu origem às línguas neolatinas VOCÊ SABIA? No Brasil, hoje, há variações da linguagem. Entre as principais, temos a linguagem culta e a linguagem coloquial. Conheça as particularidades dessas variações. Figura 1 - Linguagem culta e linguagem coloquial Fonte: Autor AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL18 O Brasil não é o único país que fala a língua portuguesa. Segundo o site Mun- do Educação a língua portuguesa, é a quinta mais falada e a terceira do mun- do ocidental, superada apenas pelo inglês e o espanhol. Atualmente, aproxi- madamente 250 milhões de pessoas no mundo falam português, e o Brasil responde por cerca de 80% desse total. Figura 2 - Países que falam a língua portuguesa Fonte: Map of Lusophone World (2006) No site http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/paises- que-falam-portugues.htm há mais informações sobre o português falado no mundo. SAIBA MAIS Uma cultura influencia a outra, o que pode ser percebido na maneira de ves- tir, na culinária, na música, no comportamento e, é claro, na língua. Novas pala- vras, empréstimo de palavras de outras línguas, acabam sendo aportuguesadas. A seguir, damos alguns exemplos destas influências na Língua Portuguesa. 2.1 EStrAngEIrISmoS Estrangeirismos são palavras de outros idiomas que foram introduzidas na Língua Portuguesa. Algumas palavras foram aportuguesadas e outras não. No Quadro 1, você encontra exemplos de palavras com aportuguesamento: 2 A LínguA PortuguesA e As VAriedAdes LinguísticAs 19 orIgeM PAlAvrA Francês Omelete, vitrine, toalete. Africano Acarajé, jiboia, pajé. Inglês Recorde, hambúrguer, uísque. Espanhol Pepita, cavalheiro. Árabe Álgebra, arroz, alecrim. Japonês Quimono, samurai, gueixa. Italiano Lasanha, piano, maestro. Russo Czar, vodca. Quadro 1 - Vocábulos aportuguesados Fonte: Autor Outras palavras continuam sendo usadas com a mesma grafia da língua de origem: mouse, raio laser, software. 2.2 nEoLogISmoS Os neologismos são usados quando aquele que emite a mensagem não encontra uma palavra com significado similar na língua ou quando esse usa uma palavra com sentido novo, diferente do original e, após algum tempo, é incorporada ao dicionário. Como por exemplo, quando usamos também uma palavra já existente em nossa língua, mas com um sentido totalmente dife- rente. A palavra “gato”, por exemplo, normalmente designa um animal felino. Atualmente, também designa uma ligação clandestina. Já a palavra “laranja”, que é a denominação de uma fruta cítrica, também é o nome que se dá para um falso proprietário. São também neologismos as palavras que adaptamos de outras línguas para de- signar algo que não existia antes. Bons exemplos são termos da informática como: • deletar - eliminar, apagar; • lincar - acessar documento de hipertexto por meio de link; e • logar - fornecer nome do usuárioe senha, permitindo acesso ao computador. 2.3 gírIAS Gírias são palavras e expressões criadas, geralmente, por um determinado gru- po social ou profissional, para substituir termos oficiais. Normalmente são substi- tuídas de tempos em tempos pelas novas gerações. Veja alguns exemplos de gírias usadas nos anos 50 e atualmente (2012): AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL20 Anos 50 • cafona • careta • joia • prafrentex Atualmente • parada sinistra • responsa • tá ligado • da hora Figura 3 - Exemplos de gírias Fonte: Autor 2.4 rEgIonALISmo A influência de várias culturas deixou muitas marcas que acentuaram a riqueza do vocabulário brasileiro. O regionalismo linguístico também apresenta diferenças no so- taque e na pronúncia das palavras, sem necessariamente constituir-se num erro. Um objeto pode receber um nome numa região e, em outra, um completa- mente diferente. Para compreender melhor o assunto, veja os exemplos: • Pipa • Papagaio • Pandorga • Semáforo • Farol • Sinaleiro • Sinal • Sinaleira • Mandioca • Aipim • Macaxeira Figura 4 - Regionalismos Fonte: Autor 2 A LínguA PortuguesA e As VAriedAdes LinguísticAs 21 2.5 JArgão Diferentes grupos profissionais fazem uso de vocabulário e expressões que são típicos de sua área de atuação. O jargão – linguagem técnica – é empregado por um grupo restrito de profissionais e, na maioria das vezes, o significado é ina- cessível para as pessoas que não pertencem ao mesmo grupo. Exemplos: Jargão médico: A alopecia androgênica causa sentimento de inferioridade. (alopecia androgênica significa calvície) Jargão jurídico: A materialidade do delito imputado aos acusados está com- provada estreme de dúvidas, o que pode ser inferido dos documentos juntados aos autos, mormente: laudo de exame tanatoscópico. FIQUE ALERTA É importante que você preste atenção ao contexto em que você está inserido, para adaptar a sua linguagem à situação de fala (culta ou informal). Considere também que, nem sempre, as pessoas reconhecem o vocabulário de determinadas áreas. A comunicação se dá por diversas formas de linguagem. A cultura de um povo é um fator que contribui muito para as transformações da língua. 2.6 VocAbuLárIo técnIco O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produ- ção, coleta, disseminação e uso da informação. O vocabulário técnico deste material está nos anexos 1 e 2. rEcAPItuLAndo Você percebeu que a origem da língua portuguesa foi o latim, língua falada na Itália antiga, e que é a quinta língua mais falada no mundo. Identificou-se que há variações de linguagem, como a linguagem culta e a coloquial. A lín- gua é dinâmica e está sempre se modificando, porque sofre influência de outras culturas, de outras línguas, de grupos sociais, de regionalismos, da criação de novas palavras (neologismos). Na próxima etapa, você terá a oportunidade de conhecer o vocabulário téc- nico, específico da área em estudo. 3 técnicas de Leitura Quando você lê, especialmente textos mais extensos ou de difícil compreensão, é importan- te que, além de ler com muita atenção e com um bom dicionário ao lado, você crie uma manei- ra para extrair o máximo de informações do texto. Veremos algumas orientações e técnicas que podem melhorar sua leitura e compreensão de textos. 3.1 IntErPrEtAção A leitura de um texto exige muito mais do que o simples conhecimento da língua. O texto, para ser entendido e interpretado, exige que o leitor mobilize uma série de estratégias, tanto linguísticas como de aplicação de seus conhecimentos de mundo, para poder levantar hipóte- ses, validar ou não as hipóteses pensadas e preencher as lacunas que o texto apresenta. O leitor exerce o papel de construtor de sentido, utilizando-se de estratégias como seleção, antecipa- ção, inferência e verificação. O documento conhecido como Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) orienta a educa- ção, para os Ensinos Fundamental e Médio, no Brasil. Neste documento, encontramos o signi- ficado da leitura: “A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de com- preensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem, etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante de dificuldades de com- preensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas.” (In: Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos de en- sino fundamental: língua portuguesa/secretaria de Educação Fundamental - Brasilia: mec/sef, 1998,pp.69-70.) AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL24 Um leitor perspicaz, então, questiona o que lê, pensa sobre o que o autor está apresentando e decide se os pontos de vista expostos no texto têm o suporte de evidências. Para a interpretação de um texto, o leitor vai buscar subsídios em sua própria experiência, no seu conhecimento de outras leitu- ras feitas. Novamente, enfatiza-se a importância de ler – e ler muito e sem- pre. O foco de sua interpretação, porém, deve estar enraizado no texto em si. Transforme a leitura em um prazer, não em uma obrigação sem sentido. 3.2 AnáLISE tExtuAL A análise textual tem por objetivo fazer a primeira aproximação do leitor com o texto a fim de conhecer o pensamento do autor, visando à análise temática posterior. A seguir, lembramos alguns passos para realizar essa tarefa: 1. Leia o texto do princípio ao fim, buscando ter uma noção geral sobre o assunto abordado. 2. Leia o texto novamente, assinalando dúvidas quanto ao vocabulário que possam prejudicar a compreensão do texto. Você também vai assinalar pon- tos de dúvida quanto ao posicionamento do autor. 3. Busque o significado dos vocábulos assinalados. Lembre-se de ver o significado no contexto da leitura. 4. Faça um esquema provisório daquilo que você leu. 3.3 coESão tExtuAL Vejamos, a seguir, duas definições de texto. Essas definições nos ajudarão a entender melhor o que são coerência e coesão, que veremos posteriormente. A palavra texto provém do latim textum, que significa tecido, entrelaçamento (...). O texto resulta de um trabalho de tecer, de entrelaçar várias partes menores a fim de se obter um todo inter-relacionado. Daí poder falar em textura ou tessitura de um texto: é a rede de relações que garantem sua coesão, sua unidade”. (INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto. Curso prático de leitura e redação. Editora Scipione. São Paulo. 1991) 3 Técnicas de LeiTura 25 Temos também, outra definição de texto. De acordo com Koch, “Um texto não é simplesmente uma sequência de frases isoladas, mas uma unidade linguística com propriedades estruturais específicas”. (KOCH, Ingedore G. Villaça. A Coesão Textual. São Paulo: Contexto, 1989. p. 11.) Um texto é construído, ou tecido, pelo encadea- mento de palavras: uma palavra ligada à outra, uma oração à outra, uma ideia à outra, “de maneira que nada fica solto e um segmento dá continuidade a outro. O que é dito em um ponto se liga ao que foi dito noutro ponto, anteriormente e subsequentemen- te” (ANTUNES, Irandé. Lutar com Palavras. São Paulo: Parábola Editoria, 2005.) Fazendo uma analogia do texto com uma máquina, podemos dizer que a coesão é a maneira como as peças estão interligadas para que a máquina funcione. Se a ligação entre cada parte que compõe a máquina não estiver bem feita, ela não servirá ao propósito para o qual foi criada. Se um conjunto de componentes estiver bem soldado, aparafusado, mas não estiver conectado ao conjunto maior de um mecanismo, prejudicará ou impossibilitará o funcionamento do mesmo. SAIBA MAIS Podemos entender a coesãotextual como a propriedade de criar e sinalizar toda espécie de ligação que dá ao texto unidade de sentido ou unidade temática – a continuidade do texto, a sequência interligada de suas partes. Vejamos alguns mecanismos de coesão gramatical, no Quadro 2 a seguir: MeCAnIsMos de Coesão grAMATICAl Pronomes pessoais são importantíssimos na “amarração” de um texto, já que sempre se referem a um substantivo já citado anteriormente ou que está por ser citado. (tu, ele, nós, vocês, etc.). Exemplo: vocês, meus amigos, estarão sempre em meu coração. Pronomes possessivos relacionam a ideia de posse a pessoas do discurso (seu, sua, nosso, etc.). Exemplo: A escola era antiga, mas sua estrutura resistia bravamente à ação do tempo e ao descaso do poder público. Pronomes relativos além de se referirem a um termo antecedente, introduzem uma oração subordinada e desempenham função sintática nessa oração. Exemplo: O equipamento cuja liberação já foi providenciada estará funcionando em uma semana. Os despachantes que atuaram junto à alfândega foram bem sucedidos. Pronomes demonstrativos relacionam-se a uma pessoa do discurso, fazendo referência ao substan- tivo que preenche seu significado. Exemplo: A maior vantagem foi do time visitante. este marcou o único gol da partida. Conectivos conjunções e preposições podem carregar ou não significado para as relações que fazem, o que ressalta seu papel de elementos conectores. Exemplo: A indústria brasileira vem crescendo. Con- tudo, devido à crise mundial, esse crescimento desacelerou no último ano e tem causado preocupação. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL26 Advérbios indicam a localização no espaço e no tempo dos elementos a que se referem. Exemplo: A entrada do centro tecnológico localiza-se no final da rua e há um ponto de ônibus a poucos metros dali. Ordenadores encarregam-se da organização das informações no texto (por um lado... por outro lado, em resumo, então, assim sendo, etc). Exemplo: Se por um lado o curso universitário está mais focado na teoria, por outro lado o curso técnico lhe dá a parte prática em menor espaço de tempo. Omissão um termo da oração facilmente identificável poderá ser omitido; a essa omissão se dá o nome de elipse. Exemplo: Meu pai insiste em fumar; eu, em convencê-lo a desistir. (elipse do verbo: eu insisto em convencê-lo a desistir). Quadro 2 - Mecanismos de coesão gramatical Fonte: Autor No quadro 2, foram apresentados os mecanismos de coesão gramatical. Vere- mos agora, no quadro 3, mecanismos de coesão semântica: MeCAnIsMos de Coesão seMânTICA Sinonímia baseia-se na substituição de um termo por outro ou por uma expressão que possua equivalência de significado. Exemplo: O avião presidencial sofreu uma pane. A aeronave havia sido vistoriada dois dias antes. Repetição lexical é a reiteração de um termo ou termos de uma mesma família lexical. Exemplo: A ecologia deve fazer parte de nosso dia a dia, pois, se não a respeitarmos, ecologia poderá ser só mais uma palavra em um mundo semidestruído. Hiponímia e hiperonímia Hiperônimo é uma palavra que apresenta um significado mais abran- gente do que o do seu hipônimo (vocabulário de sentido mais es- pecífico). Exemplo: Os jovens foram convidados a entrar no auditório. Eram pessoas com os mais diferentes interesses fora da escola, mas ali eram todos alunos buscando a profissionalização para um futuro mais promissor. No exemplo dado, a palavra pessoas, por ter um significado mais abrangente, é um hiperônimo porque contém o significado de jovens e de alunos. As palavras jovens e alunos, por sua vez, são hipônimos da palavra pessoas. Campo semântico Emprego de termos que pertencem a um repertório associado a uma realidade, uma ciência, um estudo. São termos afins. Se pensarmos na palavra “vestibular”, podemos associar os seguintes vocábulos do mesmo campo semântico: vestibulando, vaga, teste, candidato, curso, estudante, carreira, universidade, faculdade e outras mais. Exemplo: Se você é vestibulando buscando uma vaga para um dos cursos mais concorridos nas universidades federais, prepare-se para estudar muito. Quadro 3 - Mecanismos de coesão semântica Fonte: Autor 3 Técnicas de LeiTura 27 3.4 coErêncIA tExtuAL Um bom texto sustenta-se não só na coesão, mas também no campo das rela- ções de encadeamento lógico das ideias. A coesão articula estruturas e relações gramaticais e semânticas (plano mais material); a coerência articula as relações lógicas das ideias (plano mais abstrato). A presença tanto da coesão como da co- erência garante um texto bem estruturado, bem “amarrado”, ou, num contexto de técnicos, “bem soldado e aparafusado”! Se há contradição entre as ideias, entre os argumentos apresentados em um texto, fica destruída qualquer tentativa de apresentar um desenvolvimento lógi- co, assim como a alteração da ordem de sequências temporais num texto narrati- vo fará com que fique incoerente. Para termos um texto coerente, segundo Charolles, é preciso que: 1. O texto comporte em seu desenvolvimento linear elementos de estrita recorrência; 2. Seu desenvolvimento contenha elementos semânticos constantemente renovados; 3. Seu desenvolvimento não introduza nenhum elemento semântico que con- tradiga um conteúdo posto ou pressuposto anteriormente; 4. Os fatos que ele expressa estejam relacionados entre si no mundo representado. (CHAROLLES, M. Introdução aos problemas da coerência dos textos. In: GALVES, C., ORLANDI, E.P., OTONI, P. (orgs.). O texto: leitura e escrita. 2ª ed., Campinas: SP, 2002.) 3.5 AmbIguIdAdE E rEdundâncIA A ambiguidade e a redundância prejudicam um texto. Por isso, é importante que você saiba identificar esses dois vícios de linguagem. • Ambiguidade: ocorre quando podemos entender de duas maneiras a mesma frase. Observe o exemplo: “O cachorro do irmão foi visto perambulando pelo centro da cidade.” Neste caso, cachorro pode ser entendido como o animal que pertence ao irmão, ou como o próprio irmão, com a palavra cachorro sendo usada com sentido pejorativo, significando vagabundo, assanhado. Agora veja outro exemplo: “Estivemos na escola da cidade que foi destruída pelo incên- dio.” Fica a dúvida: foi a cidade ou foi a escola destruída pelo incêndio? • Redundância: é a repetição de ideias na mesma frase. Veja o exemplo: “Subiu as escadas para cima.” Neste caso, bastaria dizer: “Subiu as escadas.” Outro exemplo: “Terminou o curso há três anos atrás.” Ora, quando digo “há três anos”, já estou indicando passado. Então posso dizer: “Terminou o curso há três anos”. Ou de outra forma: “Terminou o curso três anos atrás.” AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL28 3.6 AnáLISE tEmátIcA O objetivo de se fazer a análise temática é compreender a mensagem veicu- lada pelo autor na unidade de leitura. Nessa análise, primeiramente buscamos responder as seguintes questões: • De que trata o texto? • Como está problematizado? Qual a dificuldade a ser resolvida? • Qual a posição do autor frente ao problema? Que ideia ele defende? • Como o autor argumenta, raciocina para demonstrar a tese? • Existem ideias secundárias que apoiam a ideia central? A análise temática tem por objetivo a apreensão da ideia principal, sem inter- pretar ainda. Desse modo, a análise temática é a base para a obtenção de resumos que sintetizam as ideias do autor. 3.7 AnáLISE IntErPrEtAtIVA Depois de feita a análise temática, é hora de tomar uma posição própria a respeito das ideias, ir além da estrita mensagem do texto, fazer a leitura nas entrelinhas, explo- rar toda a riqueza das ideias expostas, relacioná-las com a experiência de mundo do leitor, construir um diálogo com o autor. Assim a análise interpretativa acontece. Nesta fase, é muito importante não se deixar levar pelo subjetivismo, permitin- do que nossas crenças e preconceitos interfiram na interpretação do texto espe- cificamente. É hora de formular um juízo crítico, avaliando o texto em função de sua coerência interna, da originalidade econtribuição à discussão do problema, fazendo crítica pessoal às posições defendidas no texto. FIQUE ALERTA A crítica pessoal é a fase mais delicada da interpretação e exige maturidade intelectual do leitor, cuja vivência pessoal do problema deverá ter alcançado nível que possibilite o debate da questão e permita que faça novas proposições. Poderá agora elaborar uma síntese pessoal, levando em conta os dados coletados nas etapas anteriores e incluindo também sua contribuição pessoal para o tema. 3 Técnicas de LeiTura 29 rEcAPItuLAndo Neste capítulo, vimos que o texto é composto de unidades menores, entre- laçadas e interdependentes. O leitor tem de mobilizar estratégias variadas para fazer uma leitura e interpretação eficientes: questionando o que lê, fazendo su- posições, buscando esclarecimentos, validando no texto as suposições feitas. O primeiro passo é a análise textual, quando se faz a primeira leitura, buscando a ideia geral do texto, relendo para tirar dúvidas e esclarecer pontos que ficaram obscuros, pesquisando o significado das palavras no contexto e fazendo um esquema. A seguir é feita a análise temática para a apreensão da ideia principal com a síntese da intenção do autor ao escrever o texto. Por fim, a análise inter- pretativa com a crítica pessoal; é a atividade mais complexa que permite ao leitor ser também participante do processo. 4 tipologia, Estrutura e Produção textual Ao ler um texto, é importante que você identifique, entre outras, a tipologia textual (tipos de texto), estrutura, finalidade de linguagem. E para facilitar a leitura, produção e interpretação, existem orientações que auxiliam no sentido de extrair todas as informações importantes que o texto oferece. Veja a seguir. 4.1 PArágrAfo O parágrafo7 é composto por vários períodos que apresentam uma única ideia. Ele é uma unidade de discurso autossuficiente, composto por uma sequência de frases organizadas em um ou mais períodos, que apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica. Os parágrafos podem ser narrativos, descritivos ou dissertativos, pois acompanham o tipo de texto que se está elaborando. Os parágrafos apresentam uma introdução ou tópico frasal, um desenvolvimento e uma conclusão com unidade, coerência, concisão e clareza. Nem todos os pa- rágrafos têm conclusão, especialmente nos parágrafos mais curtos e simples. A conclusão retoma a ideia central, levando em consideração os aspectos selecionados no desenvolvimento. 4.1.1 Estrutura intErna E tipos dE parágrafos Antes de iniciar o estudo do parágrafo, é necessário que você compreenda alguns termos que costumam causar confusão. Todo o parágrafo é composto por vários períodos que apre- sentam uma única ideia. O período é composto por uma ou mais orações com sentido completo e termina com um sinal de pontuação - ponto final, exclamação ou outro equivalente. Você sabe qual a diferença entre frase e oração? A oração é a frase que contém um ou mais verbos. A frase é um enunciado com sentido completo que pode ou não conter um verbo. 32 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL O parágrafo pode ser considerado como um pequeno texto e que deve ter um tema delimitado (o quê?) e um objetivo claro (para quê?). Como todo o texto, o parágrafo pode ser curto ou longo e deve apresentar introdução, desenvolvimen- to e, muitas vezes, conclusão. Não se aconselha usar parágrafos demasiadamente longos, pois dificultam a transmissão de uma ideia de forma clara e objetiva. Os parágrafos longos podem confundir ou dispersar a atenção do leitor. VOCÊ SABIA? Os parágrafos são microtextos e podem ser narrativos, descritivos ou dissertativos, pois acompanham o tipo de texto que se está elaborando. Confira no quadro a seguir características que podem auxiliar você na identificação de cada tipo de texto. nArrAção - Relato de fatos. - Presença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo. - Apresentação de um conflito. - Uso de verbos de ação. - Geralmente, é mesclada de descrições. - O diálogo direto e o indireto são frequentes. desCrIção - Relato de pessoas, ambientes, objetos. - Predomínio de atributos. - Uso de verbos de ligação. - Emprego frequente de metáforas, comparações e outras figuras de linguagem. - Resulta em uma imagem física ou psicológica. dIsserTAção - Defesa de um argumento. - Apresentação de uma tese que será defendida. - Desenvolvimento ou argumentação. - Fechamento. - Predomínio da linguagem objetiva. - Prevalece a denotação. Quadro 4 - Características dos textos Fonte: Campelli e Souza (2000) Na narração, o narrador conta uma história vivida por algum personagem, or- ganizada numa determinada sequência de tempo e lugar. Na narração o principal elemento é a história, que deve ter começo, meio e fim. Na descrição, são expostas características de pessoas, objetos, situações, luga- res, etc. A descrição normalmente ocorre dentro de um texto narrativo ou disser- tativo, pois auxilia o leitor a imaginar a cena ou o local. Observe que o texto descritivo não tem um narrador, somente um observador. A descrição é utilizada, principalmente, em relatórios de experimentos que você realiza nos laboratórios. 7PARÁGRAFO É unidade de discurso autossuficiente, composto por uma sequência de frases organizadas em um ou mais períodos, que apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica. 4 Tipologia, EsTruTura E produção TExTual 33 Na dissertação, o autor expõe uma ideia sobre um determinado assunto, que ele defende ou questiona, apresentando argumentos que embasam seu ponto de vista. Observe que na dissertação, o autor tenta convencer o leitor sobre o seu ponto de vista. Seja qual for o tipo de texto, você precisa saber usar o parágrafo corretamente, para deixar sua ideia clara e objetiva. 4.1.2 unidadE intErna Ao elaborar um texto, o autor precisa ter claro qual o tema a ser desenvolvido. Como o tema do texto não muda, quando se faz um novo parágrafo, não se muda de assunto. O que muda é a abordagem e os argumentos apresentados em cada parágrafo para explicar, esclarecer ou transmitir as ideias do autor, de tal forma que o leitor compreenda o texto. Os parágrafos devem ter unidade, coerência, concisão e clareza. Normalmente, os parágrafos apresentam uma introdução ou tópico frasal, um desenvolvimento e uma conclusão. Conheça um pouco mais sobre cada uma dessas etapas. Figura 5 - Etapas do parágrafo Fonte: Autor Veja abaixo um exemplo de parágrafo: Introdução: também designada como “tópico frasal” em parágrafos, consiste, geralmente, na frase inicial que expressa de maneira geral e sucinta a ideia central do parágrafo. Muitos termos novos relacionados à automação apareceram nas últimas décadas. 34 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL desenvolvimento: são as frases que esclarecem essa ideia central, discutindo- -a em detalhes. Palavras usadas anteriormente, como mecanização, que indica a utilização da máquina ao invés do trabalho humano ou de animais, foram substituídas por automação e robótica. Enquanto a automação pode ser definida como a técnica de tornar um processo ou sistema automático, e refere-se tanto a serviços exe- cutados como a produtos fabricados automaticamente, a robótica é um ramo da tecnologia que engloba mecânica, eletrônica e computação em máquinas controladas por circuitos integrados, tornando sistemas mecânicos motorizados, controlados manualmente ou por computador. Conclusão: nem todo parágrafo apresenta conclusão, como já mencionado anteriormente. A conclusão deve retomar a ideia abordada no tópico frasal. O fato de surgirem palavras novas, como automação e robótica, indica que há evolução nos processos industriais, o que é sempre bem-vindo. Retomando, o parágrafo se apresentaria assim: Muitos termos novos relacionados à automação apareceram nas últimas dé- cadas. Palavras usadas anteriormente, como mecanização, que indica a utilização da máquina ao invés do trabalho humano ou de animais, foram substituídas por automação e robótica. Enquantoa automação pode ser definida como a técnica de tornar um processo ou sistema automático, e refere-se tanto a serviços exe- cutados como a produtos fabricados automaticamente, a robótica é um ramo da tecnologia que engloba mecânica, eletrônica e computação em máquinas controladas por circuitos integrados, tornando sistemas mecânicos motorizados, controlados manualmente ou por computador. O fato de surgirem palavras no- vas, como automação e robótica, indica que há evolução nos processos indus- triais, o que é sempre bem-vindo. FIQUE ALERTA Nos parágrafos mais curtos, a conclusão nem sempre está presente. Ao passar de um parágrafo para outro é necessário que se tenha atenção espe- cial. Não se deve fazer essa passagem de maneira abrupta, pois é necessário fazer um encadeamento lógico e natural dos mesmos. Em alguns casos, é necessário acrescentar um parágrafo de transição, para que a sucessão de ideias seja apre- sentada de maneira harmoniosa. 4 Tipologia, EsTruTura E produção TExTual 35 O texto deve conter parágrafos que apresentem ideias sobre o tema, para que não se torne repetitivo, redundante e cansativo. Outro aspecto que precisa ser observado na elaboração de um texto, e principalmente dentro do parágrafo, é evitar-se a repetição desnecessária de palavras, o uso de termos chulos ou rebus- cados demais para o tipo de texto. 4.2 tExto dISSErtAtIVo Em nosso cotidiano, somos sempre chamados a dar opiniões, tomar decisões e ex- por pontos de vista. Para isso, utilizamos nosso poder de persuasão e argumentação. É a atitude linguística da dissertação que nos permite fazer uso da linguagem a fim de expor ideias, desenvolver raciocínios, encadear argumentos, formar con- clusões. Os textos dissertativos são produtos dessa atitude e participam ativa- mente do nosso cotidiano falado e escrito. No texto dissertativo, é raro encontrar os elementos tempo e espaço como na narração, assim como também não encontramos o detalhamento rico em adjeti- vos valorizado na descrição. O texto dissertativo tem como base a argumentação, já que seu objetivo é, por meio da exposição de fatos, ideias e conceitos, exprimir uma ou várias opiniões e/ ou chegar a conclusões. Ao redigir um texto dissertativo, é importante seguir os seguintes passos: • traçar um roteiro (planejamento do que será escrito) com algumas ideias a serem apresentadas em uma sequência organizada; • relacionar palavras e frases importantes, que tenham vínculo com o tema, as quais vão se transformar em parágrafos no desenvolvimento do texto; • definir a tese e fundamentá-Ia com argumentos que a sustentarão; • apresentar pontos de vista e opiniões diversas que se contrapõem e enfati- zar seu ponto de vista ou posicionamento crítico; • verificar se o texto tem as partes principais - introdução, desenvolvi- mento, conclusão; • concluir, retomando o que foi falado no início; • inserir um título sugestivo. Compreenda melhor cada parte do texto dissertativo. 36 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Introdução Segundo Infante, “a introdução encaminha o leitor, colocando a orientação adotada para o desenvolvimento do texto. Atua, assim, como uma espécie de ‘ro- teiro’“. A introdução precisa ser clara e ao mesmo tempo breve, trazendo de forma resumida as informações que serão desenvolvidas no texto. No texto dissertativo, ela deve servir como convite ao leitor, pois traz as informações iniciais e chama o leitor à reflexão. A introdução pode apresentar uma tese, que será discutida e pro- vada no decorrer do texto, ou pode trazer também um questionamento, que fará com que o leitor reflita sobre o assunto ou até reveja seus conceitos, buscando no texto algumas respostas e/ou justificativas para seu ponto de vista. desenvolvimento Este é o momento da exposição de ideias, apresentação de fatos e argumen- tos. É importante que você apresente mais de um ponto de vista, considerando sempre as diversas opiniões, porém sem perder a convicção na sua própria. É pre- ciso desenvolver suas ideias e opiniões com organização e obedecendo a critérios que foram estabelecidos na introdução. Enquanto na introdução foram apresen- tados os tópicos de maneira sucinta, no desenvolvimento, as ideias devem ser de- senvolvidas de forma a dar ao leitor informações suficientes a ponto de auxiliarem na tomada de opinião. Ainda segundo Infante, “A introdução já anuncia o desenvolvimento, que retoma, ampliando e desdobrando, o que lá foi colocado de forma sucinta.” (2000, p. 160). O objetivo maior é convencer o leitor do seu ponto de vista, e, para assegurar maior chance de êxito nessa tarefa, é importante que as informações estejam cor- retas e bem organizadas para que façam o leitor refletir sobre o tema. Conclusão É o fechamento do texto, retoma as ideias principais e traz uma avaliação, de preferência pessoal, do assunto tratado. É possível, também, que você possa fa- zer sugestões de melhorias e/ou planos de ação para a solução de um problema discutido no texto. 4.3 ESquEmA E rESumo O esquema pode ser o ponto de partida para a produção de um texto, ou au- xiliar o método de estudo para algum assunto, ou traçar uma diretriz sobre um ponto de vista a ser defendido. É um recurso de planejamento e organização de conceitos/opiniões, que facilita a compreensão da ideia principal do texto lido. (Veja “Técnicas de Leitura” acima). 4 Tipologia, EsTruTura E produção TExTual 37 Através desse recurso, é possível identificar com mais facilidade a ideia central do texto, organizar e relacionar as informações com clareza e coerência. Há várias maneiras de elaborar um esquema, mas é importante ressaltar que este deve ser breve e conter o que é mais significativo no texto. Você não precisa elaborar frases inteiras e pode eliminar artigos e adjetivos usando expressões mais curtas, em tópicos. Se quiser, use setas ou outros recursos visuais para facilitar. Observe este exemplo de como fazer um esquema a partir de um texto: texto proposto Como enfrentar a globalização? Qual o lugar do ser humano? “O jornalista senegalês Alcinou Louis da Costa, representante daquele país jun- to à Unesco, arrancou entusiasmados aplausos da plateia quando afirmou que “ser contra ou a favor da globalização não é o problema. A questão é enfrentar a re- alidade do fenômeno com uma atitude ativa, recolocando o ser humano no seu verdadeiro lugar e, assim, reordenando o debate, buscando privilegiar a dimensão humana da globalização”. O jornalista africano enfatizou que o fenômeno planetá- rio possui uma dinâmica que se assenta sobre um sistema técnico e econômico fun- dado unicamente no lucro. “O ser humano está relegado ao papel de consumidor”. Esta categoria atribuída ao ser humano diante do mundo globalizado foi tam- bém defendida pelo economista brasileiro Plínio de Arruda Sampaio, conferen- cista que abriu o congresso em Friburgo. Plínio afirmou que o capitalismo reduz o ser humano a mero consumidor de mercadorias. ‘Mesmo valores intelectuais, es- téticos, éticos e espirituais podem ser mercadorias a serem comercializadas. Isso também acaba ocorrendo com a informação. Para Plínio, que é diretor do ‘Correio da Cidadania’, jornal publicado semanal- mente em São Paulo, a informação, transformada em mercadoria, é apresenta- da como entretenimento a fim de satisfazer curiosidades e despertar ‘sensações’, como é denunciada por Chomsky em seu livro ‘Fabricando consensos’. ‘Sentidos, não o intelecto, são o alvo do jornalismo. A frívola curiosidade do público, sua morbidez, intolerância racial, violência, sexualidade depravada são continuamen- te excitadas a fim de se vender jornais e revistas, como uma espécie de morfina. Tudo isso gera lucro e protege o ‘status quo’ da crítica. ‘Plínio é contundente em sua visão do jornalismo atual e acredita que ele tenha se tornado mais e mais um apêndice do negócio da publicidade. ‘O real propósito não é informar, mas persu- adir e induzir ao consumismo.’ “ Fonte: CRUZ, Graziela, ln: jornal de Opinião.15•21 out. 2002. 38 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL esquema do texto proposto O jornalista senegalês Alcinau L. da Costa • arrancou: aplausos • quando • falou: sobre globalização • e afirmou: o ser humano é reduzido a consumidor de mercadorias • conforme • defendeu: o economista brasileiro Plínio A. Sampaio que • considera: a informação como uma mercadoria • para • tornar: o jornalismo atual mais lucrativo com o propósito de persuadir e não de informar O Resumo, conforme Pereira e Pelachin, “é um texto feito a partir de outro. Sua elaboração resulta, de um lado, da seleção e organização das informações que se supõe são as mais importantes de um texto e, de outro lado, do abandono de informações consideradas menos significativas.” Ou ainda, segundo o Dicionário Aurélio, resumo significa ‘’[...] Apresentação, em poucas palavras, do conteúdo de artigo, livro, etc. [...]”. FIQUE ALERTA Um resumo reproduz as informações do texto lido, porém de forma sintetizada, extraindo somente o essencial. Em síntese, é preciso primeiramente ler o texto selecionado com atenção a fim de compreender sua mensagem. Em seguida, numa segunda leitura, deve-se destacar as ideias principais e as palavras do texto. É importante, então, transcre- ver o que foi selecionado para que seja possível organizar o resumo. Mas preste atenção: resumo não é cópia. É preciso reescrever o texto de forma sintetizada, a partir das ideias destacadas no texto original. Cuidado para não acrescentar co- mentários, pois eles exprimem opinião, e esse não é o objetivo do resumo. De acordo com Amaral et aI. “[...] resumir é interpretar e condensar, ou seja, reproduzir o conteúdo do texto, de modo sintético, em poucas palavras. Um resu- mo deve ter, no máximo, um quarto ou um quinto do texto original, sendo escrito de preferência com a nossa própria linguagem.” Segundo Serafini, “deve-se utilizar quatro regras para se elaborar bons resumos: • cancelamento - é possível cancelar as palavras que se referem a detalhes desnecessários à compreensão do texto; 4 Tipologia, EsTruTura E produção TExTual 39 • generalização - é possível substituir alguns elementos por outros mais gerais que os incluem; • seleção - é possível eliminar elementos que exprimem detalhes óbvios e nor- mais no contexto; • construção - é possível substituir um conjunto de orações por uma nova que inclua todas as demais informações”. • Para elaborar esse resumo, como no exemplo do texto do jornalista senega- lês Alcinau L. da Costa, você precisa: • ler várias vezes o texto original para identificar a ideia central; • identificar suas partes essenciais, grifando ou sublinhando o que é conside- rado importante; • eliminar palavras e frases inteiras, que não interferem na compreensão geral, mas manter as ideias fundamentais do original; • usar termos e expressões mais curtos no resumo, verificando se esse texto forma uma unidade de sentido e se está claro e construído com coesão e coerência. Para resumir é preciso saber diferenciar a ideia principal das secundárias. Não há uma definição da dimensão do texto, mas é fundamental que ele contenha as informações necessárias para que o leitor compreenda o que está sendo tratado. Como o resumo é a apresentação concisa dos pontos mais importantes de um texto, é necessário fazer atentamente várias leituras de todo o original que será resumido, para identificar sua ideia central e para assimilar as ideias do autor, ou seja, perceber qual é o encadeamento do pensamento do autor, o fio condutor usado no texto. Para construir, elaborar o resumo é aconselhável: prestar atenção à coesão; elaborar os parágrafos bem encadeados e coerentes entre si, na ordem direta e na voz ativa; usar a 3ª pessoa do singular; eliminar detalhes que não sejam fun- damentais para a compreensão do texto; evitar o uso abusivo de adjetivos; subs- tituir formas mais extensas por outras mais curtas; manter o encadeamento do texto através de conectores, para que haja articulações lógicas entre as partes. 40 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Em geral, o resumo é objetivo, não apresenta uma introdução e não tem cará- ter opinativo. Indica os pontos principais do texto sem apresentar dados qualitati- vos ou quantitativos, informa suficientemente o leitor para que ele possa ter uma ideia sobre o texto original de forma global, sem expor exemplos, resultados ou conclusões que não estejam nesse texto. 4.3.1 as Etapas dE um rEsumo As quatro etapas para uma elaboração adequada de um resumo são: a) Leitura atenta do texto original para identificar o tema e a finalidade. b) Seleção de fatos ou informações mais importantes para a compreensão do original. c) Redação do resumo, com expressões menores e simplificadas que remetam ao original. d) Revisão do trabalho a fim de fazer alterações e correções necessárias para que o resumo tenha uma unidade de sentido. 4.4 rELAtórIo técnIco O relatório é um tipo de descrição técnica que tem por objetivo apresentar os passos de um procedimento, funcionamento de um aparelho, experimento, etc. Nas áreas administrativas, o relatório se tornou uma ferramenta por meio da qual o administrador ou técnico consegue acompanhar as atividades de- senvolvidas pelos diversos setores, já que seria quase impossível estar presente durante todos os processos. Um relatório deve, obrigatoriamente, levar o leitor a chegar a uma conclusão, caso contrário, não atingiu seu propósito. Os relatórios podem ser simples, complexos, individuais ou coletivos, parciais ou completos, periódicos ou eventuais, técnicos, científicos, econômicos, administrati- vos, etc. Entre os tipos de relatórios, destacam-se os de pesquisa científica, relatório de atividades escolares, relatório comercial, administrativo e de prestação de contas. 4.4.1 Estrutura do rElatório técnico O relatório, como o próprio nome já diz, tem por objetivo relatar uma se- quência de fatos ou acontecimentos relacionados a um evento específico, por exemplo: uma viagem de estudos, uma palestra, um evento, etc. Para Martins e Zilberknop o “Relatório é o documento através do qual se expõem resultados de atividades variadas.” 4 Tipologia, EsTruTura E produção TExTual 41 Segundo Cestari, o relatório normalmente apresenta as seguintes características: • objetividade; • ausência de suspense ou expectativa; • impessoalidade na exposição; • exposição em ordem cronológica; • indicação clara das diferentes fases do processo; • detalhamento das atividades realizadas; • predominância de orações coordenadas. Normalmente, a dificuldade na elaboração de um relatório é proporcional à complexidade e abrangência do assunto abordado. Nas áreas administrativas, o relatório se tornou uma ferramenta por meio da qual o administrador ou técnico consegue acompanhar as atividades desenvolvi- das pelos diversos setores, já que seria quase impossível estar presente durante todos os processos. Para Martins e Zilberknop, “O relatório constitui um reflexo de quem o redige, pois espelha sua capacidade”. Ainda segundo esses autores, é necessário que o redator aprimore ao máximo na sua execução e obedeça a algumas normas para que ele seja realmente um reflexo da sua competência, com clareza, conteúdo e facilidade na consulta. Um relatório precisa apresentar os fatos obedecendo à sua ordem cronológica, ser claro, objetivo, informativo e apresentável. Sempre que possível, o relatório deve ser breve, pois se pressupõe que ele foi escrito para otimizar o tempo de quem o lê. A linguagem deve ser objetiva, exata, precisa, clara e concisa sem, omitir nenhum dado importante. Também é necessário observar a pontuação, o emprego adequado das pala- vras e a ortografia das mesmas. Evite qualquer tipo de rodeio, pois a linguagem deve ser simples, clara e os termos devem ser precisos e exatos. FIQUE ALERTA Um relatório deve obrigatoriamente levar o leitor a chegar a uma conclusão; caso contrário, esse não atingiu seu propósito. Paraque um relatório sirva aos objetivos aos quais se propõe, ele deve respon- der às perguntas seguintes. 42 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Figura 6 - Perguntas para um relatório Fonte: Autor Antes de redigir um relatório técnico, é preciso que essas perguntas estejam res- pondidas, para então iniciar a organização do mesmo. Os relatórios podem ser classificados, segundo as suas características, como: - Crítico: descreve como uma atividade foi realizada, há a opinião do autor. - síntese: resume brevemente um fato, experiência, situação, etc. Geralmente, este tipo de relatório é elaborado a partir de outros relatórios. - Formação: são elaborados durante ou após a realização de um curso ou estágio. Dependendo da complexidade e extensão da informação, o relatório pode va- riar sua forma. Quando for curto, podem-se enumerar os parágrafos, exceto o pri- meiro. Se o relatório for mais extenso, ele deve conter os seguintes elementos: • capa; • folha de rosto; • sumário; • sinopse (ou resumo); • introdução; • contexto (ou desenvolvimento); • conclusões; • anexos (se houver). Para redigir esses elementos, é necessário obedecer às normas vigentes estabe- lecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). São elas: • Apresentação de trabalhos acadêmicos (NBR 14724). • Citações (NBR 10520). 4 Tipologia, EsTruTura E produção TExTual 43 • Referências (NBR 6023). • Numeração progressiva (NBR 6024). • Sumários (NBR 6027). • Resumos (NBR 6028). • Índice (NBR 6034). • Informação e documentação relatório técnico ou científico: apresentação (NBR 10719). Você percebeu como o relatório é uma ferramenta muito importante em várias áreas. Identificando sua classificação e tendo a resposta para cada pergunta apre- sentada anteriormente, você terá propriedade suficiente para elaborar um relatório. 4.4.2 tipos dE rElatórios Os principais tipos de relatórios são os de pesquisa científica, de atividades escolares, comerciais, administrativos e de prestação de contas. Prepare-se para conhecer cada um deles. Relatório de pesquisas científicas Um documento que apresenta um relatório sobre pesquisa científica deve re- ceber atenção especial quanto à apresentação gráfica e a metodologia. Como nos outros relatórios, a linguagem científica deve ser específica, clara e sem ambigui- dades. Esse tipo de relatório deve obedecer às normas estabelecidas pela Associa- ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e conter capa, folha de rosto, sumário, resumo, introdução, desenvolvimento, conclusão/considerações finais. Destaca-se que, na introdução, apresenta-se um resumo do desenvolvimento bem como o motivo da elaboração do trabalho apresentado. No desenvolvimento, descreve-se, passo a passo, o que foi pesquisado ou rea- lizado, correlacionando-se com outras pesquisas já realizadas e fundamentando- -o. Já a conclusão descreve os motivos de, eventualmente, a pesquisa ainda não estar concluída e aponta para os caminhos que ainda precisam ser percorridos até chegar-se ao termo desejado. As referências bibliográficas devem constar em seu relatório, sendo um dos itens importantes que dará credibilidade ao mesmo. 44 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL relatório de atividades escolares Durante sua vivência escolar, já fez algum relatório? Os relatórios de atividades escolares são textos produzidos por estudantes, e englobam atividades como viagens de estudo, visita técnica, experimento, etc. Nesse tipo de relatório, observa-se que a linguagem empregada é compatível com o tema e com o grau de escolaridade do grupo. Os termos técnicos não carecem de explicações, pois já foram discutidos am- plamente em sala e são do conhecimento tanto do autor, quanto do leitor. Um relatório escolar deve ter capa, folha de rosto, sumário, resumo, introdu- ção, desenvolvimento e conclusão. Nesse tipo de relatório, normalmente, não são inseridos anexos8, mas, apêndices9 e emprega-se a descrição como forma de construção do texto para poder englobar desde as anotações iniciais até as finais. Nesse tipo de relatório, emprega-se a descrição como forma de construção do texto para poder englobar desde as anotações iniciais até as finais. relatório comercial O relatório comercial, normalmente, é elaborado pelos funcionários que desenvolveram uma atividade fora da empresa e destinam-se ao su- perior imediato, como forma de relatar o que foi realizado, bem como a prestação de contas dos gastos. (notas fiscais, bilhetes de passagens e outros documentos são apresentados como apêndice). Geralmente são apresentados em forma de carta ou memorando, acrescidos de fotografias, filmagens, kit tecnológico, portfólio, etc. Em alguns casos, podem ser apresentados em reuniões ou conferências. Os relatórios comerciais podem ser elaborados tanto pelos setores in- dustriais, de prestação de serviço quanto pelo comercial. A linguagem de um relatório comercial deve ser simples e, se houver termos técnicos, devem ser esclarecidos. relatório administrativo Os relatórios administrativos são desenvolvidos em administrações públicas e contêm todos os itens de um relatório comercial. Então, o que os diferencia? 8ANExOS São textos ou outros materiais escritos por outrem, mas que foram usados no trabalho. 9APêNDICE É um tipo de documento produzido pelo autor do tra- balho e que, por sua extensão ou complexidade, não cabe dentro do desenvolvimento. 4 Tipologia, EsTruTura E produção TExTual 45 O que os diferencia é a forma de apresentação que deve ser elaborada em forma de ofício, jamais em memorando ou carta. Esse tipo de relatório tem o objetivo de comprovar para a posteridade, pois envolve dinheiro público e a legalidade deve ser observada com rigor. Esse tipo de relatório também objetiva conferir a produtividade de um servidor ou setor público visando identificar a sua eficiência. relatório de prestação de contas Um relatório de prestação de contas ocorre quando há a necessida- de de retirar do relatório comercial os documentos fiscais para enviá-los para a contabilidade. 4.5 currícuLo ProfISSIonAL O currículo, podendo-se também usar a forma em latim curriculum vi- tae (percurso de vida), é seu passaporte para um emprego, já que agrupa informações pessoais, formação acadêmica e sua trajetória no mercado de trabalho, visando demonstrar suas qualificações, competências e habilida- des.. A linguagem deve ser objetiva e clara evitando dúvidas ou mal-en- tendidos. Deve-se dar prioridade aos fatos mais relevantes evitando assim currículos muito extensos. Que tal aproveitar as informações sobre o currículo e elaborar o seu? Ele será de grande ajuda na hora de conseguir um emprego. Observe o modelo a seguir. modElo dE currÍculo A seguir você pode observar um exemplo de currículo simplificado. Existem outros modelos que você poderá conferir no site fornecido abaixo. 46 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Neste site você encontrará alguns modelos de currículo: http://www.efetividade.net/2007/09/07/como-fazer-seu- curriculo-modelos-originais-de-curriculum-vitae-e-dicas- de-preenchimento/ SAIBA MAIS 4 Tipologia, EsTruTura E produção TExTual 47 4.6 mEmorIAL Segundo Martins e Zilberknop, a característica específica do memorial é que o mesmo parte do funcionário, através dos canais competentes, para seus supe- riores. O funcionário, pois, serve de porta-voz de um grupo. Quanto ao assunto, o memorial é o instrumento que se destina a solicitar algo à autoridade competente. O memorial distingue-se do ofício, porque traz o destinatário antes do vocativo”. A seguir um exemplo de memorial. ASSOCIAÇÃO DO BAIRRO x Nº 15/98 Porto Alegre, 10 de novembro de 1998 Ao Sr. Fulano de Tal Prefeito Municipal Porto Alegre – RS Senhor Prefeito: A Associação do Bairro x vem expor a V. Ex. a as dificuldades que este bairro vem enfrentando. 2. Em primeiro lugar, há o problema da falta de calçamento das Ruas L, P e V. 3. Em segundo lugar, as Ruas A, D e F estão às escuras. 4. Por último, tendo em vistaa morosidade dos ônibus que servem o bairro, so- licitamos a V. Ex.a que coloque à nossa disposição mais uma linha de transporte coletivo. Sendo o que se nos apresenta no momento, e certos da compreensão de V. Ex.a, externamos aqui os agradecimentos. Atenciosamente, Fulano de Tal PRESIDENTE PT/FV memorial descritivo Um memorial descritivo é um tipo de texto técnico que serve para explicar todo o desenvolvimento de um determinado projeto, que pode ser uma obra ou um produto. Nesse documento, são apresentadas as normas que o autor utilizou para fundamentar sua exposição e a descrição pormenorizada do pro- jeto, com todos os elementos técnicos e teóricos que foram utilizados pelo autor do memorial descritivo. 48 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Os memoriais descritivos são utilizados entre a fase de término do projeto e o início da execução do projeto, propriamente dito. Desse modo, o memorial des- critivo serve para orientar a compreensão da produção, da obra ou de determina- do equipamento, peça, produto. Os interessados em conhecer o projeto terão, no memorial descritivo, todas as informações necessárias. Com é um documento técnico, o memorial descritivo expõe as informações mais relevantes de um projeto de forma detalhada. Os materiais e equipamentos empregados, as premissas e os objetivos do projeto, as normas técnicas, enfim, todos os detalhes necessários para a compreensão daquele projeto, devem estar descritos no memorial descritivo. Exemplo de memorial descritivo ver anexo 1. memorial acadêmico Imagine um currículo. Pois bem, o memorial acadêmico é semelhante a um currículo, mas em vez de apresentar sua experiência profissional, detalha sua vi- vência acadêmica, científica ou cultural. Ou seja, todas as experiências de um alu- no, professor, cientista ou artista são informadas no memorial acadêmico. Cada instituição, faculdade ou universidade adota um formato de memorial acadêmico, definindo os tópicos que deverão ser apresentados e a quantidade de páginas, entre 5 a 20 páginas, normalmente. Todavia, o objetivo é o mesmo: um resumo comentado de suas atividades. Uma característica interessante deste tipo de documento, que difere do formato do currículo, é a inclusão de análises reflexivas sobre suas atividades, ou seja, o que o levou a decidir por determinada atividade, o relato contextualizado de suas experi- ências e outras reflexões que ajudam ao leitor compreender sua trajetória acadêmica, científica ou artística. Normalmente, a estrutura de um memorial acadêmico é dividi- da em etapas: resumo (resumo do memorial), introdução, formação escolar, formação acadêmica, experiências profissionais, conclusão, publicações e referências. FIQUE ALERTA O formato deve seguir as normas de cada instituição. Os tópicos levantados aqui podem mudar também. Procure fazer com antecedência e muita calma o seu memorial acadêmico. 4.7 AtA Ata é o resumo escrito dos fatos e decisões de uma assembleia, sessão ou reu- nião para um determinado fim. 4 Tipologia, EsTruTura E produção TExTual 49 normas Geralmente, as atas são transcritas a mão pelo secretário, em livro próprio, que deve conter um termo de abertura e um termo de encerramento, assinado pela autoridade máxima da entidade ou por quem receber daquela autoridade delegação de poderes para tanto; essa também deverá numerar e rubricar todas as folhas do livro. Como a ata é um documento de valor jurídico, deve ser lavrada de tal forma, que nada lhe poderá ser acrescentado ou modificado. Se houver engano, o secretário escre- verá a expressão “digo”, retificando o pensamento. Se o engano for notado no final da ata, escrever-se-á a expressão - “Em tempo: Onde se lê ......., leia-se ........ Nas atas, os números devem ser escritos por extenso, evitando-se também as abre- viações. As atas são redigidas sem parágrafos e sem se deixarem espaço, a fim de se evitarem acréscimos. O tempo verbal preferencialmente utilizado na ata é o pretérito perfeito do indicativo. Quanto à assinatura, deverão fazê-lo todas as pessoas presentes ou, quando delibe- rado, apenas o presidente e o secretário. Permite-se também a transcrição da ata em folhas digitadas, desde que as mesmas sejam convenientemente arquivadas, impossibilitando fraude. Em casos muito especiais, usam-se formulários já impressos, como os das se- ções eleitorais. O livro de atas possui um termo de abertura e um de encerramento des- critos a seguir: • Termo de abertura Contém este livro 100 (cem) folhas numeradas de 1 (um) a 100 (cem), por mim rubricadas, e se destina ao registro das Atas das Reuniões da Diretoria da Sociedade _____________________, com sede, nesta capital, na Rua_______, nº _________ A mi- nha rubrica é a seguinte: _______ Porto Alegre, _______________ Presidente:__________________ • Termo de encerramento Contém este livro 100 (cem) folhas numeradas de 1 (um) a 100 (cem), que, rubrica- das pelo Presidente, se destinaram ao registro das Atas das Reuniões da Diretoria da Sociedade _______________________, conforme se lê no Termo de Abertura. Porto Alegre,__________ Presidente: ___________ Assinatura Nome em Letra de forma. 50 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 4.7.1 modElo dE ata ATA DA DÉCIMA ASSEMBLEIA GERAL ExTRAORDINÁRIA DOS MORADORES DO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL VERDES COLINAS Aos dezesseis dias do mês de março do ano de dois mil e oito, às vinte horas, no Salão de Festas do Condomínio Residencial Verdes Colinas, sito na Aveni- da América, número duzentos e dez, Parati, sob a presidência do Síndico, Sr. Ângelo Cândido Cabral, realizou-se a Décima Assembléia Geral Extraordinária dos moradores do condomínio, estando presentes, além do síndico, mais cinco dos dez moradores, sendo eles: José Simeão, Marilda Locatel, Geraldo Cardoso, Carlos Olímpio e Thiago Nunes. O síndico abriu os trabalhos solicitando ao con- dômino José Simeão que secretariasse a reunião e, de imediato, lesse a ata da assembleia anterior, que foi aprovada sem ressalvas. Em seguida, leu correspon- dência enviada à Prefeitura Municipal, em que se solicitavam melhorias na pavi- mentação da rua em frente ao condomínio, a qual se encontrava quase intransi- tável. Depois passou para a pauta da assembleia, que se constituía do seguinte assunto: pintura externa do prédio e instalação da piscina no condomínio. O síndico abriu os trabalhos (relato dos assuntos tratados e as deliberações) O síndico colocou a palavra à disposição para outros assuntos, mas ninguém se manifestou. Sendo assim, e nada mais havendo a tratar, foi encerrada a assem- bleia, e eu, José Simeão, secretário ad hoc (substituto), lavrei a presente ata, que, após lida e aprovada, será assinada por todos os presentes. Parati, dezesseis de março de dois mil e oito. José Simeão, Thiago Nunes, Geraldo Cardoso, Marilda Locatel, Carlos Olímpio. 4.8 mEmorAndo Também chamado de memo, esse documento pode ser utilizado pelos órgãos públicos ou empresas privadas, de maneira interna ou externa. Ele aborda assun- tos rotineiros. O memorando pode conter: • número (opcional, mas recomendável); • local; • data (pode ser abreviada); 4 Tipologia, EsTruTura E produção TExTual 51 • destinatário; • remetente; • assunto; • vocativo; • texto (claro e objetivo); • fecho; • assinatura; • aviso de cópias, anexos, iniciais do redator e digitador. No caso de correspondência interna, não é necessário utilizar local, vocativo, fecho e aviso de cópias, anexos e iniciais. Observe o exemplo abaixo: SENAI Memo nº 5/03 Em 2 de março de 2009. Para: Gerente comercial De: Gerente financeiro Assunto: Indaiá Veículos -limite de crédito Informo que a empresa Indaiá Veículos Ltda. teve seu crédito reduzido para R$ 185.000,00 devido à situação financeira precária por que passa esse conces- sionário, revelada em seu último balancete. Abraços Saulo Ferreira SS-PL C/c: Gerente de vendas Anexo: Balancete rEcAPItuLAndo Até este ponto, você estudou que todos os parágrafossão unidades de discurso autossuficientes compostos por uma sequência de frases organizadas em um ou mais períodos e apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica. Um parágrafo tem introdução, desenvolvimento e conclusão, mantendo unidade, coerência, con- cisão e clareza e pode ser curto ou longo. 52 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Os parágrafos são microtextos e podem ser narrativos, descritivos ou disser- tativos, pois acompanham o tipo de texto que está sendo elaborado. O texto deve apresentar parágrafos com assuntos diferentes sobre o tema, para que não se torne repetitivo, redundante e cansativo. Aprendeu que o esquema é um ponto de partida para resumir e elaborar um texto. Após ter feito o esquema, você tem as ferramentas necessárias para elaborar um resumo, que é uma ferramenta importante para compreensão, in- terpretação e produção textual. Nesse capítulo, você também conheceu o relatório, que tem por objetivo relatar uma sequência de fatos ou acontecimentos relacionados a um evento específico, por exemplo: uma viagem de estudos, uma palestra, um evento etc. Normalmente, apresenta objetividade, ausência de suspense ou expectati- va, impessoalidade na exposição, exposição em ordem cronológica, indicação clara das diferentes fases do processo, detalhamento das atividades realizadas e predominância de orações coordenadas. A linguagem utilizada nos relatórios deve ser objetiva, exata, precisa, clara e concisa, sem omitir nenhum dado importante. Nas áreas administrativas, o relatório se tornou uma ferramenta através do qual o administrador ou técnico consegue acompanhar as atividades desenvol- vidas pelos diversos setores e permite uma conclusão. Para que um relatório sirva aos objetivos aos quais se propõe, ele deve responder as questões como: O quê? Por quê? Quem? Onde? Quando? Como? Quanto? Os relatórios podem ser simples, complexos, individuais ou coletivos, par- ciais ou completos, periódicos ou eventuais, técnicos, científicos, econômicos, administrativos, etc. Entre os tipos de relatórios, destacam-se os de pesquisa científica, relatório de atividades escolares, relatório comercial, relatório admi- nistrativo e o relatório de prestação de contas. A seguir, você obterá informações de outros textos que também são impor- tantes aos profissionais que atuam em diversas áreas. 4 Tipologia, EsTruTura E produção TExTual 53 Anotações: 5 gramática Aplicada da Língua Portuguesa A comunicação escrita é, sem dúvida, fundamental para a comunicação humana no dia a dia, pois através da língua escrita, expressam-se a cultura e a organização social dos povos nas sociedades grafocêntricas. A descoberta da escrita possibilitou ao ser huma- no registrar a história de pessoas, lugares e civilizações e foi o marco que referendou a divisão do período da Pré-História (anterior à escrita) com a História (posterior à escrita). Portanto, um texto, para manter seu caráter universal, precisa estar escrito com adequa- ção às normas vigentes, pois a língua escrita é conservadora. No mundo contemporâneo, em todas as profissões, reconhece-se a importância do profissional que, além de saber falar bem, sabe escrever corretamente, pois, através da escrita, o ser humano se faz ouvir sem ser interrompido. Além de permitir uma reflexão sobre o que foi escrito e comunicado, o registro escrito permanece no tempo, indepen- dentemente de seu autor. Graças à escrita, o ser humano passou a ter história, multipli- cou seus conhecimentos, ideias e crenças, utilizando o texto escrito como instrumento de comunicação, de educação, ideação, lazer e arte. O Novo Acordo Ortográfico foi criado em 1990 para unificar a ortografia em todos os países de língua portuguesa. Foi promulgado pelo Decreto 6.583/2008, em vigor desde janeiro de 2009 no Brasil. Possui um período de transição que vigora até dezembro de 2012, ou seja, quando essa forma passará a ser oficial. SAIBA MAIS Como você já conhece e usa a língua escrita em nossas atividades, precisa entender como fica a Língua Portuguesa após o Novo Acordo Ortográfico. 5.1 o Acordo ortográfIco O Novo Acordo Ortográfico trouxe mudanças ao português brasileiro; portanto, é importante estudarmos as principais modificações. 56 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Alfabeto O alfabeto é agora formado por 26 letras. O ‘k’, ‘w’ e ‘y’ não eram consideradas letras do nosso alfabeto. Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estran- geiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano trema Não existe mais o trema em língua portuguesa. Apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano Escrevemos agora: consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequen- te, eloquência, etc. Acentuação 1. Ditongos10 abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas: assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, para- noia, jiboia, apoio, heroico, obs: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento con- tinua: herói, constrói, dói, anéis, papéis. obs2: o acento no ditongo aberto ‘eu’ continua: chapéu, véu, céu, ilhéu. 2. O hiato11 ‘oo’ não é mais acentuado enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo. O hiato ‘ee’ também não é mais acentuado: deem, leem, veem, descreem,releem, reveem. 3. Não existe mais o acento diferencial em palavras homógrafas: polo, pela, pera Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo ‘poder’ (3ª pessoa do Pre- térito Perfeito do Indicativo - ‘pôde’) e no verbo ‘pôr’ para diferenciar da preposi- ção ‘por’. Ex.: Vamos por aqui. Precisamos pôr mais gasolina no tanque. Obs.2: O acento diferencial na palavra “forma” (substantivo) é facultativo. A fôrma de bolo tem a forma de coelho! Ou, A forma de bolo tem a forma de coelho! 10DITONGO É o encontro de uma vogal mais uma semivogal ou de uma semivogal mais uma vogal pronunciadas em uma só sílaba. 11HIATO É quando as vogais se encon- tram em sílabas diferentes, em- bora estejam em sequência. 5 Gramática aplicada da línGua portuGuesa 57 4. Não se acentua mais a letra ‘u’ nas formas verbais rizotônicas, quando pre- cedido de ‘g’ ou ‘q’ e antes de ‘e’ ou ‘i’ (gue, que, gui, qui): argui, apazigue, averigue, enxague, oblique. 5.1.1 uso do HÍfEn Infelizmente, o Novo Acordo Ortográfico não simplificou a compreensão quanto ao uso de hífen. O nosso microondas agora é micro-ondas. Pensou que o hífen tinha sido banido? Não é bem assim. Este pequeno traço foi empregado para evitar o conflito das duas vogais, separando-as, mas vem provocando uma grande confusão nas pessoas. No entanto, auto-escola e infra-estrutura agora são autoescola e infraestrutura. Curiosa ficou a grafia de PARAQUEDAS. Antes do Acordo, escrevia-se com o acento agudo no primeiro elemento (“pára“) e com hífen (“pára-quedas”). Agora devemos suprimir o acento e unir tudo em PARAQUEDAS. E aí, você pensa logicamente em... “parachoque”, ERRADO! O problema é que isso não vale para outras situações análogas. O “pára-lama”, o “pára-cho- que” e o “pára-brisa” de ontem perderam o acento no “pára”, mas mantiveram o hífen em PARA-LAMA, PARA-CHOQUE e PARA-BRISA. Complicado, não? Agora, vamos à questão ANTISSOCIAL. Sim, sem hífen e com dois esses. O hífen existia antes do Acordo no prefixo anti quando a palavra posterior iniciava-se por -h, -r ou -s. Assim, escrevia-se “anti-social”. Agora é uma só palavra: antissocial. O mesmo raciocínio se estende a outros prefixos, quando antecederem as letras -s e -r. Portanto, agora se escreve semissoberania e semisselvagem, arquirrival, contrarregra, contrassenso, ultrassom, entre outros casos. O “co-autor” virou coautor não mais separado por hífen, “co-responsável” passou a ser corresponsável, além de perder um hífen dobrou o “erre” e “co- herdeiro” perdeu o hífen e o h. O caso mais diferente é aquele que é julgado com outros réus: o corréu ou a corré. Para resumir o que vimos, vamos apresentar um quadro geraldo uso do hífen: 58 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL PreFIxo uso do HíFen - A PAlAvrA seguInTe CoMeçA CoM? seMPre nunCA B H r s vogAl auto, contra, extra, infra, intra, neo, proto, pseudo, semi, supra, ultra x V x/RR x/SS x ante, anti, aqui, sobre x V x/RR x/SS x hiper, inter, super x V V x x entre x V x/RR x/SS x mal, pan x V x x V circum x x x x V além, aquém, bem, co, ex, grã, grão, pára, pós, pré, pró, recém, sem V V V V V ab, ad, ob, sob x x V x x sub V O V x x bio, endo, macro, mini, tetra (formação erudita) x V x x x/RR x/SS x pré, pró, pára, recém, pós (prefixos tônicos) V x V V V V V v - vAI HíFen x - não vAI HíFen o - usA de quIser rr/ss - duPlICA A leTrA Quadro 5 - Uso do hífen Fonte: portuguesfacil.net, 2011 Vamos ver no Quadro 8, a seguir, as regras básicas de acentuação que não sofreram modificações: TIPo de PAlAvrA ou sílABA quAndo ACenTuAr exeMPlos (CoMo erAM) oBservAções (CoMo FICArAM) Proparoxítonas sempre simpática, lúcido, sólido, cômodo Continua tudo igual. ao que era antes da nova ortografia. Observe: Pode-se usar acento agudo ou circunflexo de acordo com a pronúncia da região: acadêmico, fenômeno (Brasil) académico, fenómeno (Portugal). Paroxítonas Se terminadas em: R, x, N, L, I, IS, UM, UNS, US, PS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS; ditongo oral, seguido ou não de S fácil, táxi, tênis, hífen, próton, álbum(ns), vírus, caráter, látex, bí- ceps, ímã, órfãs, bênção, órfãos, cárie, árduos, pólen, éden. Continua tudo igual. Observe: 1) Terminadas em ens não levam acento: hífens, polens. 2) Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: sêmen, fêmur (Brasil) ou sémen, fémur (Portugal). 3) Não ponha acento nos prefixos paroxítonos que terminam em r nem nos que terminam em I: inter- helênico, super-homem, anti-herói, semi-internato. 5 Gramática aplicada da línGua portuGuesa 59 Oxítonas Se terminadas em: A, AS, E, ES, O, OS, EM, ENS vatapá, igarapé, avô, avós, refém, parabéns Continua tudo igual. Observe: 1. terminadas em I, Is, u, us não le- vam acento: tatu, Morumbi, abacaxi. 2. Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: bebê, purê (Brasil); bebé, puré (Portugal). Monossílabos tônicos (são oxí- tonas também) terminados em A, AS, E, ES, O,OS vá, pás, pé, mês, pó, pôs Continua tudo igual. Atente para os acentos nos verbos com formas oxítonas: adorá-lo, debatê-lo, etc. Í e Ú em palavras oxítonas e paroxítonas Í e Ú levam acento se estiverem sozinhos na sílaba (hiato) saída, saúde, miúdo, aí, Araújo, Esaú, Luís, Itaú, baús, Piauí 1. Se o i e u forem seguidos de s, a regra se mantém: balaústre, ego- ísmo, baús, jacuís. 2. Não se acentuam i e u se depois vier 'nh': rainha, tainha, moinho. 3. esta regra é nova: nas paroxítonas, o i e u não serão mais acentuados se vierem depois de um ditongo: baiuca, bocaiuva, feiura, maoista, saiinha (saia pequena), cheiinho (cheio). 4. Mas, se, nas oxítonas, mesmo com ditongo, o i e u estiverem no final, haverá acento: tuiuiú, Piauí, teiú. Ditongos aber- tos em palavras paroxítonas EI, OI, idéia, colméia, bóia esta regra desapareceu (para palavras paroxítonas). Escreve-se agora: ideia, colmeia, celuloide, boia. Observe: há casos em que a palavra se enquadrará em outra regra de acentuação. Por exemplo: contêiner, Méier, destróier serão acentuados porque terminam em r. Ditongos aber- tos em palavras oxítonas ÉIS, ÉU(S), ÓI(S) papéis, herói, heróis, troféu, céu, mói (moer) Continua tudo igual (mas, cuidado: somente para palavras oxítonas). Verbos arguir e redarguir (agora sem trema) arguir e redarguir usavam acento agudo em algumas pessoas do indicativo, do subjun- tivo e do imperativo afirmativo. esta regra desapareceu. Os verbos arguir e redarguir per- deram o acento agudo em várias formas (rizotônicas): eu arguo (fale: ar-gú-o, mas não acentue); ele argui (fale: argúi), mas não acentue. 60 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Verbos termi- nados em guar, quar e quir aguar enxaguar, averiguar, apaziguar, delinquir, obliquar usavam acento agudo em algumas pessoas do indicativo, do subjun- tivo e do imperativo afirmativo. Esta regra sofreu alteração. Observe: Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando a ou i tônicos, aí acentuamos estas vogais: eu águo, eles águam e enxáguam a roupa (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico). tu apazíguas as brigas; apazíguem os grevistas. Se a tônica, na pronúncia, cair so- bre o u, ele não será acentuado: Eu averiguo (diga averi-gú-o, mas não acentue) o caso; eu aguo a planta (diga a-gú-o, mas não acentue). ôo, ee vôo, zôo, enjôo, vêem Esta regra desapareceu.Agora se escreve: zoo, perdoo veem, magoo, voo. Verbos ter e vir na terceira pessoa do plural do presente do indicativo eles têm,eles vêm Continua tudo igual. le vem aqui; eles vêm aqui. Eles têm sede; ela tem sede. Derivados de ter e vir (obter, manter, intervir) na terceira pessoa do singular leva acento agudo; na terceira pessoa do plural do pre- sente levam circunflexo ele obtém, detém, mantém;eles obtêm, detêm, mantêm Continua tudo igual. Acento diferencial Esta regra desapareceu, exceto para os verbos: Poder (diferença entre passado e presente.Ele não pôde ir ontem, mas pode ir hoje. PÔr (diferença com a preposição por) Vamos por um caminho novo, então vamos pôr casacos; Ter e vIr e seus compostos (ver acima).Observe:1) Perdem o acento as palavras compostas com o verbo PARAR:Para-raios, para-choque.2) FÔrMA (de bolo): O acento será opcional; se possível, deve-se evitá- lo: Eis aqui a forma para pudim, cuja forma de pagamento é parcelada. Trema: O trema não é acento gráfico. Desapareceu o trema sobre o u em todas as palavras do português: Linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo, linguístico. Exceto as de língua estrangeira: Günter, Gisele Bündchen, müleriano Quadro 6 - Regras de acentuação Fonte: GUIDIN, Márcia Lígia 2011 5 Gramática aplicada da línGua portuGuesa 61 5.2 crASE Crase é a junção da preposição a – exigida pela palavra que a precede – com o artigo definido feminino a. Usa-se o acento grave para marcar a crase. Vamos a algumas regras práticas sobre o uso da crase: • Ocorre a crase sempre que, ao se substituir a palavra feminina por uma mas- culina, aparece a combinação ao. Exemplo: a) Amanhã iremos ao colégio. – (preposição a exigida pela regência do verbo ir+ o artigo definido masculino “o” = ao). b) Amanhã iremos à escola. – (preposição a + o artigo “a” = à) • Para verificar a ocorrência do artigo “a”, transforma-se a palavra (a respeito da qual haja dúvida) em sujeito de uma oração qualquer: Exemplo: Iremos todos a Brasília (?) ou Iremos todos à Brasília (?) • Se usarmos a palavra Brasília como sujeito: “Brasília” (e não “A Brasília”) é um patrimônio da humanidade. Logo: Iremos todos a Brasília. FIQUE ALERTA Nomes de cidade não admitem, em geral, qualquer artigo. Porém modificados por adjunto adnominal, passam a admiti-lo. Exemplo: Retornarei a Curitiba no próximo ano (refere-se à própria cidade).Retornarei à Curitiba de Poty Lazzarotto (no sentido do estilo de um local). • Usa-se o acento grave sobre o a quando pode-se substituí-lo por: para a, na, pela, com a. Exemplo: Ofereci ajuda à coordenadora = Ofereci ajuda para a coordenadora. Mas: Ofereci ajuda a ela = Ofereci ajuda para ela. Neste caso, o a não é craseado. Decorrente da regra geral é a fórmula mnemônica abaixo: “Se vou A e volto DA, crase há.” Exemplo: Se vou à biblioteca e volto da biblioteca. “Se vou A e volto DE, crase para quê?” Exemplo: Se vou a Goiânia e volto de Goiânia. SAIBA MAIS 62 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL FIQUE ALERTA A leitura e o estudo aprofundado da língua portuguesa sempre serão importantes para nossa comunicaçãoe valorização pessoal e profissional. O seu desafio é pesquisar sempre sobre o que escreve e ensina. Por isso, verifique seu vocabulário técnico também ao escrever. Vá ao dicionário sempre que tiver dúvida. Por falar nisso, como se escreve, com o novo acordo, o antigo ULTRA-SOM ? Um ponto importante: os editores de texto, como o Word, possuem corretores ortográficos que sinalizam os possíveis erros de grafia (sublinhados em vermelho) e de concordância (sublinhados em verde), sendo que muitas palavras são corrigidas automaticamente. Portanto, verifique se o seu corretor está atualizado conforme o novo Acordo, de modo a evitar que seu texto sofra alterações automáticas ou você seja induzido a cometer erros que irão prejudicar a qualidade de seu trabalho. Você não pode ficar totalmente dependente do corretor ortográfico. Considere, por exemplo, as palavras: princípio (substantivo) e principio (verbo principiar). O corretor ortográfico não tem capacidade para distinguir qual delas você está querendo usar. Portanto, SEMPRE revise seus textos. SAIBA MAIS 5.3 ortogrAfIA A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da língua. Conhecer regras é útil, mas só se aprende a escrever...escrevendo! E para escrever, é preciso conhecer o assunto. Assim, chegamos a um ponto crucial: leitura, leitura e leitura. O hábito de ler, e ler sempre e muito, é a forma mais certa de conseguir expressar na escrita nossos pensamentos, intenções e de- fender nossos pontos de vista. Qualquer tipo de leitura treina nosso cérebro. Até a leitura de um gibi é importante porque aguça nossos sentidos, atiça nossa criatividade, surpreende–nos pelas situações inusitadas. O importante é lermos textos variados e reconhecidamente bem escritos. Portanto, para escrever bem, é preciso ler bem também! Quando temos o hábito de ler – e nunca é tarde para adquiri-lo – nossa dificul- dade com ortografia praticamente deixa de existir. Abaixo apresentamos casos de palavras que podem nos causar dúvidas. 5 Gramática aplicada da línGua portuGuesa 63 5.4 formAS VArIAntES Formas variantes são formas duplas ou múltiplas, equivalentes, onde ambas estão corretas para se referir a uma mesma coisa. Tais variantes morfológicas ocorrem em virtude da incerteza na fixação da forma definitiva. A tendência, con- tudo, é fixar-se uma só forma, com esquecimento da outra ou das outras. Não se deve confundir formas variantes com as palavras homônimas e parônimas. Veja os exemplos a seguir de algumas formas variantes que coexistem na nossa língua: • Enfarte e infarto • Abdome e abdômen • Cota e quota • Loiro e louro • Percentagem e porcentagem • Catorze e quatorze • Cociente e quociente 5.5 PALAVrAS HomônImAS E PALAVrAS PArônImAS As palavras homônimas são aquelas que possuem grafia ou pronúncia igual, como por exemplo: • Sessão (reunião) – seção (divisão, corte) – cessão (ato de ceder). • Almoço (substantivo) e Almoço (verbo). No caso das palavras parônimas possuem grafia e pronúncia parecidas, como por exemplo: • Comprimento (extensão) – cumprimento (saudação). • Despercebido (não notado) – desapercebido (despreparado). Veja a seguir alguns exemplos de palavras homônimas e parônimas de nossa língua: acender: atear fogo; ascender: subir. acerca de: sobre, a respeito de; cerca de: aproximadamente. arriar: pôr arreios em; arrear: abaixar. caçar: pegar animais; cassar: anular, tirar o direito de. 64 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL cela: pequeno quarto de dormir; sela: arreio. censo: contagem demográfica; senso: juízo, discernimento. cerração: nevoeiro espesso; serração: ato de serrar, cortar. cessão: ato de ceder; sessão: em reuniões/espetáculos; seção ou secção: corte, divisão, setor. comprimento:. tamanho; cumprimento: saudação, realização. conjectura ou conjetura: hipótese, suposição; conjuntura: situação, circunstância, momento. descrição: ato de descrever, retratar; discrição: qualidade de discreto. dispensa: isenção, licença; despensa: lugar para mantimentos. despercebido: não percebido; desapercebido: desprovido. emergir: vir à tona. Imergir: afundar. emigrar: sair de um país; imigrar: entrar em país. eminente: notável, celebre; iminente: prestes a ocorrer. flagrante: evidente, ato de flagrar; fragrante: cheiroso, perfumado. fluir: correr; fruir: desfrutar. história: narrativa de fatos reais; estória: narrativa de ficção. imoral: contra a moral; amoral: sem moral. infligir: aplicar pena; infringir: transgredir. mal: advérbio de modo, substantivo (contrário de bem); mau: adjetivo (ruim, antônimo de bom). precedente: antecedente; procedente: que procede, proveniente. previdência: antevidência; providência: medida; sabedoria divina. sobrescrever: escrever sobre; endereçar; subscrever: assinar. sustar: Interromper; suster: sustentar, reprimir. 5 Gramática aplicada da línGua portuGuesa 65 tacha: pequeno prego, tacho grande; taxa: tributo, imposto. tráfego: trânsito; tráfico: comércio, lícito ou não. vultoso: enorme, volumoso; vultuoso: inchado e vermelho (na face e lábios). Quadro 7 - Palavras homônimas e parônimas Fonte: Autor 5.6 PontuAção A pontuação correta é imprescindível para a compreensão de um texto. Como po- demos definir o que seja a pontuação? Júlio Ribeiro, gramático da língua portuguesa, assim a definiu: “Pontuação é a arte de dividir, por meio de sinais gráficos, as partes do discurso que não têm entre si ligação íntima, e de mostrar do modo mais claro as relações que existem entre essas partes.” Outra explicação sobre o que seja pontuação encontramos em Cunha e Cintra na Nova Gramática do Português Contemporâneo ( p. 625): “A língua escrita não dispõe dos inumeráveis recursos rítmicos e melódicos da língua falada. Para suprir esta carên- cia, ou melhor, para reconstituir aproximadamente o movimento vivo da elocução oral, serve-se da pontuação.” Existem, porém, razões lógicas que policiam a pontuação, uma vez que o pensa- mento tem uma ordem, e assim os termos que o representa. Para demonstrar a diferença que a pontuação pode fazer no significado de uma fra- se, contamos a seguinte história: o Mistério da Herança Um homem rico estava muito mal, agonizando. Dono de uma grande fortu- na, não teve tempo de fazer o seu testamento. Lembrou, nos momentos finais, que precisava fazer isso. Pediu, então, papel e caneta. Só que, com a ansiedade em que estava para deixar tudo resolvido, acabou complicando ainda mais a situação, pois deixou um testamento sem nenhuma pontuação. Escreveu assim: “Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.” Morreu antes de fazer a pontuação, e isso deixou dúvidas quanto a quem seria o herdeiro dos bens. A irmã, o sobrinho, o padeiro e os pobres contrataram advogados para ajudá-los a herdar a riqueza. O advogado do sobrinho foi o primeiro a apresentar-se com a seguinte pon- tuação do testamento: “Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.” Abaixo você terá mais subsídios para entender o uso dos sinais de pontuação. 66 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Os sinais de pontuação reproduzem na escrita nossas intenções e anseios. A pontuação correta permite que nosso texto seja entendido com clareza. A pontu- ação é um dos recursos que se utiliza para dividir o texto em unidades de sentido, dando mais importância a uma informação do que a outra e ajudando o leitor a compreender o que o autor quer expressar. São recursos que, quando usados co propriedade, têm o poder de dar uma nova dimensão ao que se escreve. 1. Ponto final (.) Ao chegar ao momento da utilização do ponto final, a melodia da frase apre- senta um tom descendente, até à pausa absoluta. O ponto final, com o próprio nome indica, encerra um pensamento ou uma frase como, por exemplo: Ontem, cheguei cedo ao trabalho. Por favor,peço silêncio. O ponto final também é utilizado em abreviaturas: Sra. (Senhora); min. (minu- to); Dr. (Doutor). Em relação aos títulos e as cabeçalhos, deve-se utilizar o ponto final. Todavia, na linguagem publicitária e em manchetes jornalísticas, há liberdade na utiliza- ção do ponto final. Veja alguns exemplos: Nas Lojas Prime, você é o primeiro Mensalão será o julgamento do século 2. Ponto e virgula (;) A melodia da frase, quando temos o ponto e vírgula, indica um tom ligeira- mente descendente, mas capaz de assinalar que o período não terminou. Indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. Empregamos o ponto e vírgula nos seguintes casos: • Para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem relação entre si. Os centros tecnológicos têm grandes desafios pela frente; os alunos têm cada vez mais confiança nos resultados positivos. • Para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma delas já possui elementos separados por vírgula. 5 Gramática aplicada da línGua portuGuesa 67 Os índices de desemprego indicam que o mercado está se recuperando, os empresários estão mais otimistas, o consumo aumenta aos poucos; as vagas são, na maior parte, para aqueles que têm capacitação técnica. • Para separar itens de uma enumeração. Os encarregados da manutenção encontraram os seguintes problemas: - máquinas inoperantes devido ao desgaste natural; - operadores mal preparados; - falta de cronograma de manutenção eficiente. • Para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, to- davia, entretanto, etc.), substituindo, assim, a vírgula. As manutenções foram programadas para hoje pela manhã; entretanto, con- forme solicitado pela supervisão de produção, o serviço só será realizado durante a noite. • Para separar orações coordenadas adversativas quando a conjunção apare- cer no meio da oração. Teríamos grande prazer em atendê-los pessoalmente; os compromissos agen- dados, porém, nos impedem de fazê-lo. 3. dois pontos (:) O uso de dois pontos marca uma suspensão da voz em uma frase não concluí- da. Às vezes pode ser entendido como um “suspense”. Houve dois motivos para o experimento não ter dado certo: em primeiro lu- gar, o procedimento não foi seguido passo a passo; em segundo lugar, a máquina precisa de manutenção. Usa-se dois pontos para: • Anunciar as falas de personagens: Ao encontrar os colegas de grupo, perguntei: - Conseguiram terminar o relatório? • Para anunciar uma citação: Vinícius de Moraes, falando de amor, escreveu: “que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.” • Para anunciar uma enumeração: Os alunos selecionados para as olimpíadas são: Roberto Anderson Silveira, Maurício Gomes e Alessandra Pedrotti. • Antes de orações apositivas: 68 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Impôs uma condição: a produção não poderia parar por mais de meia hora. • Para indicar um esclarecimento, resultado ou resumo do que se disse: O ajustador das máquinas tinha esse hábito: jamais iniciava o trabalho sem antes bater no peito três vezes. 4. Ponto de interrogação (?) É utilizado no fim de uma palavra, oração ou frase, indicando uma pergunta direta. A melodia da frase indica um tom ascendente. • Usa-se o ponto de interrogação ao final das perguntas diretas: Por que você não buscou auxílio dos técnicos mais antigos? Porém, não usamos ponto final para perguntas indiretas: Não sei por que você não buscou auxílio com os técnicos mais antigos. • Para indicar surpresa, expressar indignação ou atitude de expectativa: O quê? Isso não pode ter acontecido! 5.Ponto de exclamação (!) • É usado após interjeições ou locuções e ao final de frases que expressam sen- timentos distintos, tais como: entusiasmo, surpresa, súplica, ordem, horror, espanto: Viva! Vamos conseguir mais uma medalha! • Quando se deseja intensificar a ideia expressa, pode-se repetir o ponto de exclamação: Meu Deus!!! Observação: Quando a intenção comunicativa expressar, ao mesmo tempo, questionamento e admiração, pode-se usar ponto de interrogação seguido de ponto de exclamação. Quem subirá ao pódio para receber a medalha?! 6. Aspas (“...”) • São usadas para indicar uma citação, as palavras de outra pessoa no texto: Vinícius de Moraes, falando de amor, escreveu: “que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.” • Para indicar que uma palavra está sendo tomada fora de seu sentido usual: Quem observava de longe, tinha a impressão de que o “xerife” da turma era Josué. • Para indicar termos de gíria e palavras estrangeiras: Via-se que a menina estava “caidinha” pelo representante da turma. 5 Gramática aplicada da línGua portuGuesa 69 Esse acessório vai dar um “upgrade” no seu carro. 7. reticências (...) As reticências indicam uma interrupção na sequência normal da frase, supres- são de um trecho, ideia de continuidade ao que se estava dizendo:. A oficina de manutenção está bem equipada, mas a organização... (... ) na sequência de medidas provisórias editadas pelo governo. Tiveram a sensação do dever cumprido, da meta alcançada... 8. Parênteses ( ) Usamos parênteses para explicar melhor algo que foi dito ou para fazer sim- ples indicações. A meta foi alcançada (com muito esforço, é verdade) e os prêmios serão distri- buídos no final deste mês. Os verbos intransitivos (VI) não precisam de complemento. 9. Travessão ( - ) Usa-se o travessão para: • Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo¨ - Precisamos rever os conteúdos, disse o assistente. - Tenho algumas ideias para melhorar o projeto, completou o operador. • Separar orações intercaladas, desempenhando as funções das vírgulas e dos parênteses: Nossos planos para o ano vindouro – conforme especificado no guia da em- presa – irão provocar grandes mudanças internas. • Colocar em evidência uma frase, expressão ou palavra: Precisamos valorizar aqueles que são mais importantes na empresa – os cola- boradores. 5.7 rEgêncIA VErbAL E nomInAL Regência é o modo pelo qual uma palavra rege outra que a complementa e pode ser verbal ou nominal. Segundo Sarmento e Tufano “os termos de uma frase se complementam numa relação de dependência direta ou indireta. Alguns pe- dem um complemento - são os termos regentes; outros complementam o senti- do do termo regente - são os termos regidos”. 70 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 5.7.1 rEgência nominal Alguns substantivos, adjetivos ou advérbios precisam de complemento para transmitir uma ideia completa. Esse complemento chama-se complemento no- minal. Para Sarmento e Tufano, regência nominal é “a relação de dependência que se estabelece entre o nome e o termo por ele regido”. Alguns substantivos e adjetivos aceitam mais de uma regência. Quando você escreve: “João tem medo”, logo se pergunta de que ele tem medo, certo? Isso indica que essa frase precisa de complemento. Então, para a fra- se ter sentido completo, temos de dizer de que João tem medo: “João tem medo de acidentes.” Exemplos de regência nominal: • acessível - a, ao; • afável – com, para com; • antipatia - a, contra, por; • devoto - a, de; • solidário – com; • acostumado - a, com; • apto - a, para; • dúvida - em, sobre. 5.7.2 rEgência vErbal Para Sarmento e Tufano, “regência verbal é a relação de dependência que se estabelece entre o verbo e o termo por ele regido”. Alguns verbos exprimem uma ideia completa e não precisam de complemen- to. São os verbos intransitivos (VI). Ex.: O bebê adormeceu. Outros verbos precisam de complemento para ter sentido completo. São os verbos transitivos que podem ser: • Verbos transitivos diretos (VTD), quando o complemento vem ligado ao ver- bo diretamente: Ex.: Escutamos um barulho estranho. • Verbos transitivos indiretos (VTI), quando o complemento vem ligado ao verbo por preposição: Ex.: Gostamos de músicas lentas. 5 Gramática aplicada da línGua portuGuesa 71 • Verbos transitivos diretos e indiretos (VTDI), quando o verbo exige um com- plementoligado diretamente e outro indiretamente: Ex.: Entregamos a encomenda ao porteiro. Existem ainda os verbos de ligação (VL). São aqueles que, expressando estado, ligam características ao sujeito. Ex.: Márcia ficou decepcionada. O resultado foi negativo. A seguir alguns exemplos de regência verbal ABdICAr - Pode significar renunciar, desistir. Pode ser um verbo intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto. Exemplo: O rei abdicou. VI (não necessita de complemento). Não abdicarei dos meus direitos. VTI (necessita de complemento, com empre- go de preposição). AgrAdAr - No sentido de contentar, satisfazer é transitivo indireto. Exemplo: O jogo não agradou ao técnico. O convite não lhe agradou. Observação: também é possível aparecer com objeto direto. AgrAdeCer - Pode aparecer como transitivo direto, transitivo indireto e tran- sitivo direto e indireto. Exemplo: Agradeci as flores. VTD (necessita de complemento, sem preposição). Agradeci aos diretores. VTI (necessita de complemento, com emprego de pre- posição). Agradeci o presente ao amigo. VTDI (tem dois complementos, um sem e outro com preposição). AsPIrAr - Será transitivo direto quando significar sorver, respirar. Exemplo: Aspirou gás carbônico. É transitivo indireto no sentido de almejar, pretender. Exemplo: Os trabalhadores aspiravam ao aumento salarial. AJudAr - Aparece como transitivo direto e transitivo direto e indireto. Exemplo: Ela ajudava a minha irmã. VTD (necessita de complemento, sem preposição). Nós ajudávamos papai a limpar o quintal. VTDI (tem dois complementos, um sem e outro com preposição). AssIsTIr - Será transitivo direto quando significar prestar assistência, ajudar. 72 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Exemplo: O médico assistiu o pequeno garoto. Será transitivo indireto quando significar presenciar, ver. Nesse sentido o verbo ASSISTIR não admite o uso dos pronomes LHE, LHES. Exemplo: Nós assistimos ao jogo da seleção. Ele assistiu ao espetáculo. Será transitivo indireto quando significar caber, pertencer. Exemplo: Assiste aos governantes o bem-estar social. No sentido de morar, residir – pouco utilizado atualmente – será intransitivo. Exemplo: Ele assiste no Recife há muito tempo. CHAMAr - Será transitivo direto no sentido de convidar, convocar. Exemplo: Nós chamamos todos os presentes. No sentido denominar há quatro construções: Chamaram-no trambiqueiro. VTD (necessita de complemento, sem preposição). Chamaram-no de trambiqueiro. VTD ( necessita de complemento, sem preposição). Chamaram-lhe trambiqueiro. VTI ( necessita de complemento, com emprego de preposição). Chamaram-lhe de trambiqueiro. VTI ( necessita de complemento, com empre- go de preposição). CusTAr - No sentido de ser custoso, ser difícil será transitivo indireto. Exemplo: Custou ao governo aquela difícil meta. No sentido de acarretar será transitivo direto e indireto. Exemplo: A insensatez custou-lhe os bens. esqueCer /leMBrAr - Serão transitivos diretos se não forem pronominais. Exemplo: Esqueci o nome da rua. Lembrei um caso antigo. Serão transitivos indiretos se forem pronominais. Exemplo: Esqueci -me do nome da rua. Lembrei -me de um caso antigo. Transitivos indiretos quando aparecerem nos sentidos de cair no esquecimen- to e vir à lembrança. Exemplo: Esqueceram-me de alguns fatos marcantes (Eu esqueci de alguns fatos mar- cantes – frase equivalente) 5 Gramática aplicada da línGua portuGuesa 73 oBedeCer/desoBedeCer - São transitivos indiretos. Exemplo: O jogador desobedeceu ao regulamento. Os juristas obedecem ao Código Civil. PreFerIr - É um verbo transitivo direto e indireto. Exemplo: Preferia o computador ao notebook. Preferia o vinho à cerveja. 5.8 PALAVrAS uSuAIS Existem algumas dúvidas no uso da Língua Portuguesa que são bem comuns e que afligem muitos estudantes. Na maioria das vezes, a solução é simples. Obviamen- te existem muitas outras dúvidas, principalmente em relação aos homônimos ou pa- rônimos, que podem ser resolvidas facilmente com o auxílio de um dicionário. Segue uma lista de expressões habituais com sua explicação e aplicação correta. PAlAvrAs/ exPressões sIgnIFICAdo APlICAção Há/A Há: tempo passado A: tempo futuro Não chove há dias. Daqui a cinco dias, entraremos em férias. A fim/afim A fim: finalidade Afim: semelhante Estou a fim de vê-la novamente. Os cursos tinham disciplinas afins. Ao telefone/no telefone Não se usa no telefone, pois não se fica dentro do telefone João esteve ao telefone durante horas. Aonde/onde Aonde: movimentoOnde: não expressa movimento Aonde você vai? onde você mora? Bebedor/ bebedouro Bebedor: aquele que bebe Bebedouro: aparelho que fornece água Paulo tornou-se um bebedor de cerveja compulsivo. O bebedouro da escola está estragado. Mal/mau Mal: pode ser antônimo de bem, erradamente, prejudicial, equiva- lente a tempo Mau: pode ser ruim, antônimo de bom O relatório estava mal escrito Os maus pagadores são informados ao SPC. Mais/mas Mais: contrário de menos Mas: idéia contrária Ele tem dez anos a mais que Flávio. Ela tem diabetes, mas ainda continua co- mendo doces. Por ora/por hora Por ora: por esse momento Por hora: a cada sessenta minutos Por ora, não necessito de novos sapatos. Os flanelinhas cobram 10 reais por hora para cuidar do carro. 74 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL À medida que/ na medida em que À medida que: proporção Na medida em que: equivalente a visto que À medida que o consumo aumenta, cresce a necessidade de ativar fontes de geração de energia. O projeto não será concluído na medida em que os recursos não forem liberados por causa do atraso no repasse das verbas. Ao invés de/em vez de Ao invés de: oposição, situação contrária Em vez de: em lugar de Ao invés de descer, a água subiu com mais força. em vez do Rio, a cidade de São Paulo foi escolhida para os jogos principais. A princípio/em princípio A princípio: inicialmente Em princípio: em tese A princípio a idéia dele era fantástica, mas depois ela se mostrou inviável. em princípio todos gostavam dele. Se não/senão Se não: caso não Senão: do contrário, exceto se não chover, faremos um passeio. Não fazia outra coisa senão trabalhar. Quadro 8 - Palavras usuais Fonte: Autor rEcAPItuLAndo Neste capítulo você teve noções de gramática e sua aplicação, bem como o Novo acordo Ortográfico com a nova maneira de escrever o português. Revisou também o uso da crase e o que são palavras homônimas e parônimas. Ainda neste capítulo você reviu o que são e como se utilizam os sinais de pontuação. 5 Gramática aplicada da línGua portuGuesa 75 Anotações: 6 Projetos e trabalhos de Pesquisa: metodologia O sistema de comunicação na vida acadêmica apresenta dois tipos de canais dotados de dife- rentes funções: o informal e o formal. • O canal informal de comunicação representa a parte do processo invisível ao público e está caracterizado por contatos pessoais (aulas, palestras, apresentações), e-mails, conver- sas telefônicas, correspondências e similares. • O canal formal é a parte visível (pública) e está representado pela informação publicada em forma de artigos de periódicos, livros, comunicações escritas em encontros científicos, etc. Tanto os canais formais quanto os informais são importantes no processo de construção do conhecimento científico e tecnológico. • Os canais informais cumprem sua função como meio de disseminação de informação en- tre você e seus colegas. • Os canais formais são responsáveis pela comunicação oficial dos resultados de uma pes- quisa, cuja publicação proporciona o controle da qualidade de sua área e de sua institui- ção, confere reconhecimento, dá prioridade ao autor e possibilita o registro e a permanên- cia do conhecimento. 6.1 trAbALHo cIEntífIco É o trabalho resultante de uma pesquisa12 e é avaliado pela qualidade de seu conteúdo e pela qualidade de sua apresentação que deve estar em conformidade comos ritos acadêmicos. Seu sucesso como pesquisador está vinculado, cada vez mais, a sua capacidade de captar recursos, envolver pessoas para trabalhar em sua equipe e fazer alianças que proporcionem os recursos neces- sários para o desenvolvimento da pesquisa. Quanto maior for seu prestígio e reconhecimento, maior será seu poder de persuasão no processo de fazer aliados, e isso é obtido pelas suas publicações. Pesquisar é dar divulgação a sua pesquisa, por meio de publicação de trabalhos científicos. São atividades importantes para o seu sucesso profissional e para o de sua instituição, que terá em seu acervo mais um conhecimento formal produzido por seus pesquisadores. VOCÊ SABIA? 78 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL A pesquisa, quanto a sua natureza, pode ser: BásICA: Quando gera conhecimentos novos para a ciência, mas sem a aplicação prática prevista a curto prazo. APlICAdA: Quando gera conhecimentos para a aplicação prática e apresenta soluções para os problemas específicos. Quadro 9 - Natureza da pesquisa Fonte: Autor Os procedimentos técnicos mais comuns adotados para os trabalhos de pes- quisa são: • Pesquisa bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e, atualmente, material disponibilizado na internet. • Documental: quando elaborada a partir de documentos e registros históri- cos que não receberam tratamento analítico. • Experimental: quando feita através de experimentos. • Levantamento: quando a pesquisa envolve a coleta de opiniões e informa- ções de determinado grupo de pessoas. • Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de uma si- tuação de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. • Pesquisa participante: quando se desenvolve a partir da interação entre pes- quisadores e membros das situações investigadas. 6.1.1 finalidadEs Todo projeto de pesquisa pressupõe a existência de uma questão não resolvi- da e que necessita de discussão, investigação, decisão ou solução, em qualquer área do conhecimento. Sendo assim, sua finalidade é buscar respostas para pro- blemas de interesse científico, tendo como base as seguintes indagações: • Como são as coisas? • Como ocorrem os fenômenos? • Quais as suas causas? • Quais as suas consequências? 6.1.2 Etapas O planejamento e a execução de uma pesquisa fazem parte de um processo sistematizado e compreende etapas que podem ser detalhadas da seguinte forma: 12PESQUISAR Significa, de forma bem sim- ples, procurar respostas para indagações propostas, ou seja, a pesquisa é realizada quando se tem um proble- ma e não se tem informa- ções para solucioná-lo. 6 Projetos e trabalhos de Pesquisa: Metodologia 79 • escolha do tema e formulação do problema – Nessa fase se elege o ob- jeto da pesquisa. Ele deve ser original, relevante e interessante, além de ser oportuno. Depois da escolha do tema, formule o problema e estabeleça uma hipótese que sirva de princípio para orientar sua pesquisa. • glossário - É uma lista de termos que foram usados na obra e o autor acre- dita ser importante explicar. • Hipótese - Juízo, opinião, afirmação, dados que se consideram como válidos antes de comprovados ou demonstrados. • revisão de literatura – Procure o que já foi escrito a respeito do tema e veja as la- cunas existentes para não desenvolver um trabalho já realizado por outra pessoa. • Justificativa – Pergunte-se: o tema é relevante e, se é, por quê? Quais os pontos positivos que você percebe na abordagem proposta? Que vantagens e benefícios você pressupõe que sua pesquisa irá proporcionar? A justificati- va deverá convencer você e, principalmente, quem for ler o projeto, de que a pesquisa proposta é importante e relevante. • determinação de objetivos – Os objetivos informam a finalidade da pes- quisa, isto é, quais os resultados que você pretende alcançar ou qual a con- tribuição que sua pesquisa irá efetivamente proporcionar, devendo estar coerentes com a justificativa e o problema proposto. • Metodologia – Nesta etapa, você irá definir que tipo de pesquisa será rea- lizado; quais os procedimentos técnicos a adotar; onde e como será desen- volvida; qual a população (universo da pesquisa), amostragem e que instru- mentos de coleta, processamento e análise de dados serão aplicados. • Coleta de dados – Nesta etapa, você, com paciência e persistência, fará a pesquisa de campo propriamente dita. • Tabulação de dados – Agora, você fará os cálculos estatísticos, tabelas, qua- dros e gráficos. Faça os registros e as planilhas. • Análise e discussão dos resultados – Interprete e analise os dados que você tabulou e organizou na etapa anterior e confronte dados e provas, com o ob- jetivo de confirmar ou rejeitar a hipótese ou os pressupostos da pesquisa. • Conclusão da análise dos resultados – Como você já tem condições de sintetizar os resultados obtidos com a pesquisa, explicite se os objetivos fo- ram atingidos, se a(s) hipótese(s) ou os pressupostos foram confirmados ou rejeitados. E, principalmente, ressalte a contribuição da sua pesquisa para o meio acadêmico ou para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. • redação e apresentação do trabalho científico – Redija seu relatório de pesqui- sa com escrita apurada, agradável e clara. Faça uma rigorosa revisão gramatical. 80 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL FIQUE ALERTA Para a apresentação de um trabalho acadêmico é preciso seguir normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Na redação do texto final, você deve observar os seguintes critérios: objetividade, clareza, precisão, consistência, linguagem impessoal e uso do vocabulário técnico. Não se esqueça de citar todas as referências das obras e outras fontes consultadas. SAIBA MAIS Para se fazer uma pesquisa, são necessários recursos e, para captá-los, antes de tudo, você deve apresentar um projeto que possa despertar o interesse de um financiador (órgão do governo, instituição de ensino e pesquisa, alguma organi- zação não governamental – ONG, investidor ou patrocinador). A seguir, você tem informações acerca da elaboração de um projeto de pesquisa. 6.2 ELAborAção do ProJEto dE PESquISA Não existem regras fixas para elaboração de um projeto de pesquisa. Quando o projeto for desenvolvido para ser apresentado a um órgão de financiamento, como a Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP, um padrão normalmente é fornecido para facilitar a aplicação dos critérios de avaliação dos trabalhos. O que é a FINEP? Empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Sua missão é promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio do fomento público à Ciência, Tecnologia e Inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas. SAIBA MAIS No projeto de pesquisa você mostrará o que pretende fazer; que diferença a pesquisa trará para a área a qual pertence; que contribuição trará para a socie- dade, para sua instituição, para o país ou para o mundo; como está planejada a execução; quanto tempo levará para a sua execução, quais as pessoas envolvidas e os investimentos necessários a sua viabilização. Um esquema clássico de apresentação de projeto de pesquisa deverá conter: • Título da Pesquisa – Dê um título de impacto que seja conciso e de fácil memorização. • Evite títulos extensos e com o uso de jargões que só especialistas entendem. • Introdução (O que se vai fazer? E por quê?) – Nesse capítulo, será apresen- tado o tema de pesquisa, o problema a ser pesquisado e a justificativa. Aqui você deverá apresentar argumentos que indiquem que sua pesquisa é signi- ficativa, importante e/ou relevante. Indique os resultados esperados. 6 Projetos e trabalhos de Pesquisa: Metodologia 81 • Objetivos (Para quê?) – Nesse item deverá ser indicado claramente o que você deseja fazer, o que pretende alcançar. Os objetivos podem ser gerais ou específicos, sendo esses um desdobramento, uma resultanteou um comple- mento do objetivo geral. • Revisão de literatura (O que já foi escrito sobre o tema?) – Nesse item, você deverá fazer uma análise do que já foi produzido sobre o tema de sua pesquisa e as contribuições que ela poderá trazer para o conheci- mento, além do que já foi publicado, incluindo seus pontos de conver- gência e divergência. • Alguns órgãos de financiamento preferem uma análise de mercado para os produtos resultantes de uma pesquisa aplicada. • Metodologia (Como? Onde? Com quê?) – Aqui você mostrará como será exe- cutada a pesquisa e o desenho metodológico que pretende adotar: - Será do tipo quantitativo, qualitativo, descritivo, explicativo ou exploratório? - Será um levantamento, um estudo de caso, uma pesquisa, experimental? - Em que população, ou universo, será aplicada a pesquisa? - Como será selecionada a amostra e o quanto essa corresponde, per- centualmente, em relação à população ou universo estudado? - Como irá coletar os dados e quais instrumentos de pesquisa pretende usar: observação, questionário, formulário ou entrevista? Qual o instrumento de pesquisa? (Anexe-o ao projeto). - Como irá tabular os dados e como eles serão analisados? - Quais os passos de desenvolvimento do modelo ou produto, caso a dissertação ou tese esteja direcionada para tal finalidade? • Cronograma (Quando? Em quanto tempo?) – O cronograma identifica cada etapa da pesquisa e suas datas de início e término, como: elabora- ção do projeto, coleta de dados, tabulação e análise de dados, elaboração do relatório final. O uso do Gráfico de Gantt é a forma mais comum de se apresentar um cronograma. ATIvIdAde durAção seMAnAs 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Elaboração do Projeto 6 x x x x x x Coleta dos Dados 10 x x x x x x x x x x Tabulação e Análise de dados 2 x x Elaboração do relatório Final 2 x x Quadro 10 - Forma de apresentar um cronograma Fonte: Autor 82 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL • Orçamento (Quanto vai custar?) – Nesse capítulo, você elaborará um orça- mento com a estimativa dos investimentos necessários, isto é, se a realização da pesquisa é viável. A utilização da planilha eletrônica é recomendável. O orçamento deverá ser dividido por rubricas, nas quais serão agrupadas as despesas com a aquisição de materiais de consumo, aluguéis, viagens etc.; os investimentos em equipamentos, instrumentos e softwares; os serviços de terceiros; impostos e outros encargos. Arrole quantidades e valores em reais. Apresente um somatório com o valor global. • Participantes do Projeto (Quem vai fazer?) – Indique o nome e a função de cada um no projeto, por exemplo: coordenador, pesquisador, auxiliar de pes- quisa. No caso de teses e dissertações, indique o nome do orientador, coo- rientador, linha de pesquisa e nome do mestrando ou doutorando. • Referências (Que materiais foram citados?) – Cite os documentos dos quais você extraiu as citações feitas no projeto, seguindo a norma NBR 6023:2000 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). • Anexos – Anexe cópias do instrumento de coleta de dados que pretende usar: questionário, formulário, roteiro de entrevista e outros documentos ci- tados como prova no texto. Quando se requer um financiamento, conheça bem os procedimentos do órgão financiador, bem como o roteiro de projeto adotado (que poderá ser diferente desse apresentado) e o modelo de planilha a ser preenchido. Normalmente, além do projeto, diversos outros documentos, como declarações, currículo dos participantes, documentos pessoais, são solicitados. SAIBA MAIS FIQUE ALERTA Sempre que você tiver dúvidas na hora de apresentar um trabalho, consulte as normas de ABNT para que seu trabalho seja apresentado conforme os padrões estabelecidos. 6 Projetos e trabalhos de Pesquisa: Metodologia 83 rEcAPItuLAndo O seu trabalho publicado é uma comunicação e, portanto, exige pla- nejamento para uma boa execução e uma redação que siga os padrões da língua formal. Seu trabalho dirige-se à comunidade científica e ao público interessado e contribui para a ciência, para a educação e para o desenvol- vimento de nosso país. No momento de elaborar o trabalho científico, é necessário que você observe o conteúdo e a apresentação que deve estar de acordo com a As- sociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A publicação do trabalho será importante para seu sucesso profissional e para a instituição. Todo projeto de pesquisa pressupõe a existência de uma questão não resolvida e que necessita de discussão, investigação, decisão ou solução, em qualquer área do conhecimento. Para elaborá-lo, há procedimentos e etapas que devem ser seguidos. Normalmente, cada instituição tem um esquema próprio para a elabo- ração do projeto. No entanto, independente do esquema solicitado, sem- pre deverá constar: o que se pretende fazer; que diferença a pesquisa trará para a área a qual pertence; que contribuição trará para a sociedade, para a instituição, para o país ou para o mundo; como está planejada a execu- ção; quanto tempo levará para a sua execução, quais as pessoas envolvidas e os investimentos necessários a sua viabilização. Metodologia Científica – Abnt A estrutura dos trabalhos acadêmicos obedece a uma ordem lógica de apresentação, que se divide em: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. 7.1 ELEmEntoS Pré-tExtuAIS Os elementos pré-textuais são os que antecedem o texto com informações que iden- tificam o trabalho. 7.1.1 capa A capa é a proteção física externa do trabalho. Deve conter dados que permitam a correta identificação do trabalho, na seguinte ordem: • Instituição (Nome da Instituição, Área e Curso); • Nome do autor; • Título do trabalho – subtítulo, se houver; • Local (cidade); • Data (ano da entrega). As informações devem ser dispostas centralizadas e com letras maiúsculas, sem emprego do ponto final, a cada linha. 7 86 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Figura 7 - Capa Fonte: Autor 7.1.2 folHa dE rosto A folha de rosto deve conter os mesmos elementos da capa, acrescidos de in- formações complementares, necessárias à perfeita identificação do trabalho: • Nome do autor; • Título do trabalho – subtítulo se houver; • Número de volumes (se houver mais de um, deve constar, na capa, a identi- ficação do respectivo volume); • Natureza (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso) e objetivo (apro- vação em disciplina, grau pretendido e outros); nome da instituição a que é submetido; área de concentração; • Nome do orientador, precedido da palavra “Orientador”; • Local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado; • Data (ano de depósito/ou da entrega). 7 Metodologia CientífiCa – aBnt 87 Figura 8 - Folha de rosto Fonte: Autor 7.1.3 sumário Elemento obrigatório. Trata-se da enumeração dos principais capítulos (se- ções) e subcapítulos (subseções) e outras partes de uma publicação, na mesma ordem e grafia em que aparecem no trabalho. Regras de Apresentação do Sumário • A palavra sumário deve ser centralizada, escrita com letras maiúsculas, em negrito; • Deve figurar como último elemento pré-textual; • As seções devem ser numeradas em algarismos arábicos, da introdução até a conclusão; • Os elementos pré-textuais NÃO DEVEM aparecer no sumário; • Os indicativos das seções (capítulos) e subseções (subcapítulos) com seus respectivos títulos, devem ser alinhados à esquerda; • Para numerar as seções (capítulos) e subseções (subcapítulos) de um traba- lho, você deve usar a numeração progressiva. 88 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 7.2 ELEmEntoS tExtuAIS Um trabalho acadêmico apresenta três partes fundamentais: introdução, de- senvolvimento e conclusão. 7.2.1 introdução É a parte inicial do trabalho e fornece uma visão global da pesquisa realizada, apresentando o tema, a delimitação do assunto abordado e a justificativa. Deve incluir a apresentação do problema específico da pesquisa, seus objetivos e a(s) hipótese(s) e outros elementos necessários para situar otema do trabalho. 7.2.2 dEsEnvolvimEnto O desenvolvimento ou corpo do trabalho é a parte mais extensa e visa a apresentar os resultados da pesquisa. Divide-se, geralmente, em capítulos (seções) e subcapítulos (subseções), que variam em função da natureza do conteúdo. Deve conter a revisão de literatura sobre o assunto, resumindo os resultados de estudos feitos por outros autores (as obras citadas e consulta- das devem constar na lista de referências). O método da pesquisa deve apresentar os procedimentos usados para realizar cientificamente o estudo, ou seja, o propósito do trabalho, o método de delinea- mento, as técnicas de coleta de dados e a técnica de análise. 7.2.3 conclusão A conclusão apresenta, de forma sintética, os resultados do trabalho, sa- lientando a extensão e os resultados de sua contribuição, bem como seus méritos. Deve basear-se em dados comprovados e fundamentar-se nos re- sultados e na discussão do texto, contendo deduções lógicas corresponden- tes aos objetivos do trabalho. 7.3 ELEmEntoS PóS-tExtuAIS Os elementos pós-textuais são as referências, o glossário, os apêndices, os ane- xos e os índices. 13REFERêNCIAS Conjunto padronizado de elementos que permitem a identificação de um documento, no todo ou em parte, nos diversos tipos de formato (livro, artigo de pe- riódico, CD, DVD, fotografia, mapa, documento on-line, ebooks, entre outros). 7 Metodologia CientífiCa – aBnt 89 7.3.1 rEfErências As referências13 são elementos obrigatórios. • A referência pode aparecer no rodapé, no fim de texto ou de capítulo, em lista de referências e antecedendo resumos, resenhas. • Os elementos da referência são retirados, normalmente, da folha de rosto (verso e anverso) e capa do documento. Inclui-se, entre colchetes, a informa- ção tirada fora das fontes prescritas. • A pontuação deve ser uniforme para todas as referências. A separação das várias áreas deve ser com ponto final, seguido de um espaço. • O título deve ser destacado, de forma uniforme, em todas as referências de um mesmo documento, utilizando-se os recursos tipográficos (negrito, itáli- co ou grifo). Essa regra não se aplica a documentos sem indicação de autoria ou responsabilidade que devem ter a entrada pelo próprio título, com a pri- meira palavra escrita em letras maiúsculas. • Nas listas, as referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e de forma a se identificar individualmente cada documento, em espaço simples, e separadas entre si por um espaço duplo (ou dois es- paços simples). Veja, a seguir, alguns exemplos: SOBRENOME, Nome (s) do(s) autor(es) (pessoa, entidade). Título. Edição. Local de publicação: Editora, Data de publicação. Veja, a seguir, alguns exemplos: SOBRENOME, Nome (s) do(s) autor (es) (pessoa, entidade).ØTítulo.ØEdição.Ø Lo- cal de publicação:ØEditora,ØData de publicação. VERISSIMO, Luís Fernando. o analista de Bagé. 93. ed. Porto Alegre: L&PM, 1992. Disponível em: <http://www.arquiteturarevista.unisinos.br/pdf/43.pdf>. Acesso em: 06 jan. 2010. 7.3.2 anExos Elementos opcionais destinam-se à inclusão de materiais não elaborados pelo próprio autor, como cópias de artigos, manuais, folders, balancetes e não precisam estar em conformidade com o modelo. O termo ANExO deve ser escrito em letras maiúsculas, centralizado e em negrito. Identifica-se por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. 90 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 7.4 rEgrAS gErAIS dE APrESEntAção FIQUE ALERTA A NBR estabelece algumas regras para a apresentação gráfica; entretanto, de acordo com o texto da Associação Brasileira de Normas Técnicas “[...] o projeto gráfico é de responsabilidade do autor do trabalho [...]”, ou seja, o que não consta no texto da norma, o autor pode definir da melhor forma, usando o bom senso. Para a apresentação de um trabalho de pesquisa, há algumas dicas que devem ser seguidas: • Papel - folha branca, formato A4 (21cm x 29,7cm), digitado somente o anverso das folhas, com exceção da folha de rosto, cujo verso deve conter a ficha catalográfica; - impressão em cor preta, podendo utilizar cores somente para as ilustrações. • Margens - superior e esquerda: 3,00 cm; - inferior e direita: 2,00 cm • Fonte - tamanho: 12 para o texto; - tamanho menor: sugere-se 10 para citação de mais de três linhas, legen- das, notas de rodapé. • Texto - deve ser digitado com espaço 1,5; - recuo do parágrafo: a norma NÃO especifica; sugere-se 1,25 cm (1 tab.) • Título dos capítulos/seções - é indicado por número arábico, a partir do 1 (um) e seguido de seu título; - alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere; - capítulos são sempre iniciados em uma nova folha; - títulos devem iniciar na parte superior da página e serem separados dos textos que os sucede por dois espaços de 1,5 entrelinhas. • Títulos dos subcapítulos/subseções - são indicados por número arábico; - alinhamento de título das subseções à esquerda, separado por um espa- ço de caractere; 7 Metodologia CientífiCa – aBnt 91 - separados do texto que os precede ou que os sucede por dois espaços de 1,5 entrelinhas. • Título sem indicação de seção - errata, agradecimentos, listas de ilustrações, lista de abreviaturas e si- glas, resumos, sumário, referências, glossário, apêndices, anexos; - digitados centralizados, em letras maiúsculas e em negrito. FIQUE ALERTA A capa é apenas a proteção do trabalho, não deve ser contada. • Paginação - todas as folhas, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequen- cialmente, mas não numeradas. - a numeração é impressa a partir da introdução, em algarismos arábicos até a última folha do trabalho, incluindo os anexos. - o número deve ser colocado no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior. • Numeração Progressiva - deve-se adotar a numeração progressiva para os capítulos e subcapítu- los de um documento, visando à exposição lógica do tema e à rápida localização das partes que o compõem. • Citação com mais de três linhas - recuo de parágrafo para citação direta (ou longa): 4 cm da margem esquerda; - espaçamento simples; - texto justificado; - sem parágrafo; - sem aspas. • Legendas, ilustrações, tabelas e notas de rodapé - devem ser digitados em espaço simples e com uma fonte menor. • Referências - digitadas em espaço simples e separadas entre si por dois espaços simples; - ordenadas em ordem alfabética, por sobrenome de autor ou título. • Ilustrações - as ilustrações compreendem imagens visuais (gráficos, fotografias, mapas, qua- dros, plantas, organogramas e outros) que servem para complementação de um texto. 92 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL - sua identificação sempre é na parte inferior, precedida da palavra de- signativa (gráficos, fotografias, mapas, quadros, plantas, organogramas e outros), seguida do número de ordem de ocorrência no texto (em algarismos arábicos) e do respectivo título. - devem ser incluídas próximo ao trecho a que se referem. Segundo o site oficial, a ABNT foi fundada em 1940. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro Nacional de Normalização através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992. É membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de Normalização). A ABNT é a representante oficial no Brasil das seguintes entidades internacionais: ISO (International Organization for Standardization), IEC (International Eletrotechnical Comission); e das entidades de normalização regional COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e a AMN (Associação Mercosul de Normalização). Endereço do site da ABNT: http://www.abnt.org.br/SAIBA MAIS rEcAPItuLAndo A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. A NBR estabelece algumas regras para a apresentação gráfi- ca, entretanto, de acordo com o texto da Associação Brasileira de Normas Técnicas “[...] o projeto gráfico é de responsabilidade do autor do trabalho”. A estrutura dos trabalhos acadêmicos obedece a uma ordem lógica de apresen- tação, que se divide em: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. Os elemen- tos pré-textuais, capa, folha de rosto e sumário, são os que antecedem o texto com informações que identificam o trabalho. Os elementos textuais são três partes fundamentais, a introdução, o desenvolvi- mento e a conclusão. Os elementos pós-textuais são as referências, o glossário, os apêndices, os anexos e os índices. Elementos opcionais destinam-se à inclusão de materiais não elaborados pelo próprio autor, como cópias de artigos, manuais, folders, balancetes, etc. e não preci- sam estar em conformidade com o modelo. 7 Metodologia CientífiCa – aBnt 93 A estrutura dos trabalhos acadêmicos obedece a uma ordem lógica de apresen- tação, que se divide em: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. Os elemen- tos pré-textuais, capa, folha de rosto e sumário, são os que antecedem o texto com informações que identificam o trabalho. Os elementos textuais são três partes fundamentais, a introdução, o desenvolvi- mento e a conclusão. Os elementos pós-textuais são as referências, o glossário, os apêndices, os anexos e os índices. Elementos opcionais destinam-se à inclusão de materiais não elaborados pelo próprio autor, como cópias de artigos, manuais, folders, balancetes, etc. e não preci- sam estar em conformidade com o modelo. comunicação em Público Atualmente, os profissionais são convidados, com mais frequência, a fazer algum tipo de apresentação, quer seja em uma reunião, quer seja uma palestra. Muitos profissionais não sabem como preparar uma boa apresentação e, por isso, é de extrema importância saber como fazê-la adequadamente. As apresentações não devem ser decoradas, mas compreendidas pelo apresentador, que além de fazer a apresentação, deve preparar-se para responder eventuais perguntas da plateia. Para ter sucesso nas apresentações, o orador pode lançar mão das ferramentas de multi- mídia, uma combinação das mídias estáticas e dinâmicas, que permitem transmitir uma ideia através da visão, da audição ou do tato. 8.1 técnIcAS dE comunIcAção Em PúbLIco As apresentações orais de trabalhos também requerem certos cuidados para que os objetivos sejam alcançados. Oratória14 é o termo que designa a arte de falar bem em público. Muitas pessoas têm medo de falar em público pelas mais diferentes razões, porém a sociedade tem exigido cada vez mais o desenvolvimento dessa competência. Todo orador, do mais experiente ao menos, sente certa tensão ao enfrentar uma pla- teia. Algumas pessoas superam essas sensações com rapidez e outras, porém, se deixam dominar pelos sentimentos. É possível superar essa dificuldade com prática e com domí- nio do assunto a ser apresentado. Um orador só sentirá confiança se dominar o assunto . Para tanto, é preciso preparar-se e treinar. Além disso, o mundo do trabalho tem exigido um fluxo de informações acelerado e, por isso, muitos profissionais são convidados a fazer algum tipo de apresentação, seja em uma reunião de trabalho para poucas pessoas, seja em uma palestra para um público bem maior. 8 96 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL cASoS E rELAtoS Marcos Paulo destacou-se no seu Curso Técnico em Automação e é um colaborador em quem a empresa pode confiar para resolver os casos mais difíceis que se apresentam. Apesar de sua indiscutível capacidade técnica, Marcos não consegue se relacionar bem com seus colegas de trabalho, principalmente porque ele não consegue repassar os passos a serem seguidos para cumprir um programa. As tarefas não são realizadas a contento na primeira tentativa, e a insatisfação se instalou no ambiente de trabalho. Devido à sua comunicação truncada, ainda não pôde ser provido a chefe de seu setor. Conversando com um amigo a quem não via há muito tempo, Marcos conseguiu falar de seu problema e de sua frustração pelo fato de as pes- soas não conseguirem entender o que ele tenta repassar aos outros para a concretização de tarefas técnicas. O amigo recomendou que Marcos procurasse um curso de oratória – cur- so esse que poderia ajudá-lo a organizar-se para falar e transmitir suas ideias de maneira clara e precisa. Após os dois meses de curso, Marcos Paulo começou a sentir a diferença no trabalho. Os colegas escutam atentamente quando ele fala, entendem os passos a seguir e o cumprimentavam pela eficiência. O ambiente de trabalho foi melhorando, Marcos se sente mais realizado, feliz... e acaba de receber a notícia de sua promoção! Além de saber escrever bem um texto, digitá-lo e formatá-lo, elaborar uma apresentação, é preciso também preparar-se para apresentar seu trabalho oral- mente. A seguir, vamos lhe dar algumas informações importantes para que você seja bem sucedido em mais esta etapa! A grande maioria dos especialistas afirma que uma plateia é capaz de prestar atenção por no máximo 45 minutos, absorvendo apenas 1/3 de toda a informação repassada. VOCÊ SABIA? Preparar uma apresentação é estruturar a explanação que será realizada. Para isso é necessário: • elaborar um bom resumo do assunto, selecionando as informações mais im- portantes; 14 ORATÓRIA É um método de discurso e era estudada como um com- ponente da retórica. 8 ComuniCação em PúbliCo 97 • criar os slides; • desenvolver a apresentação; • treinar a apresentação. Para elaborar o resumo, é necessário selecionar algumas frases introdutórias e que são impactantes para despertar a atenção do público. Na preparação da sua apresentação, é importante definir claramente os objetivos (dizer a que veio), qual a metodologia utilizada para se chegar aos resultados que serão apresenta- dos, os resultados em si e as conclusões sobre a pesquisa realizada. FIQUE ALERTA Uma apresentação precisa de tempo para ser preparada. Nunca prepare a sua apresentação alguns minutos antes de entrar em cena e nem na noite anterior. Faça isso com alguns dias de antecedência. Isso dará tempo para você fazer as revisões e incluir alguns itens que foram eventualmente esquecidos. Os slides necessitam de atenção especial. Existem algumas dicas preciosas que podem auxiliar a fazer excelentes apresentações. Acompanhe atentamente essas dicas, porque você também precisará elaborar uma apresentação. • Um ou dois slides para apresentar os motivos da apresentação. • De um a três slides para delinear o problema, o tema apresentado, a abran- gência/ restrições da pesquisa ou assunto, quais foram os critérios usados para delimitar o assunto e os métodos que foram empregados para o levan- tamento das informações. • Entre três e quatro slides para apresentar os resultados da pesquisa. • De um a dois slides para apresentar as conclusões, que devem estar relacio- nados aos objetivos apresentados. Um bom recurso audiovisual é importante, essencial para que haja um dire- cionamento da informação e atraia a atenção dos envolvidos. Portanto, essa apre- sentação deve seguir alguns padrões e ter objetividade. 8.1.1 fErramEntas dE multimÍdia Você sabe o que são ferramentas multimídias? As ferramentas de multimídia são uma combinação das mídias estáticas (gráfico, texto, fotografia, mapa, desenhos etc.) e dinâmica (filmes, músi- cas, desenhos animados etc.) controladas por computador e que permitem transmitir uma ideia através da visão, da audição ou do tato. São tecnologias disponíveis para criar, manipular, armazenar e pesquisar conteúdos como 98 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL CDs, DVDs, pendrive e computadores, bem como os softwares disponíveis para a criação dosmais diversos formatos de apresentações pessoais que garantem agilidade, rapidez e aspecto diferenciado. Esses recursos permi- tem que a plateia aumente a capacidade de processamento e retenção das informações repassadas. Especialistas afirmam que o percentual de retenção de informação é 55% visual, 38% vocal e apenas 7% é textual. VOCÊ SABIA? Dessa maneira, quando vários sentidos humanos são estimulados ao mesmo tempo, maiores são as chances de compreensão e retenção da informação. Portanto, com os recursos multimídias bem utilizados a informação que está sendo transmitida tem mais chance de convencer e encantar a plateia. 8.1.2 gErEnciamEnto dE tEmpo Você já parou para pensar no tempo que gastamos para fazer as coisas? É muito importante saber com antecedência o tempo disponível para fazer a apre- sentação. Estime um slide para cada minuto de apresentação. Ao iniciar a preleção, o orador deve falar qual é o assunto da palestra ou reunião e resumir os tópicos que serão abordados, deixando claros os motivos da apresentação. O orador deve falar cada tópico de forma clara, objetiva, com calma, ênfase, segurança e confiança. As apresentações não devem ser decoradas, mas trans- mitidas com naturalidade pelo apresentador. Assim que tiver apresentado todo o assunto, é necessário fechar a apresentação. Para isso, a sugestão é repetir de forma breve os principais pontos apresentados, para que fiquem claros na mente da plateia. A conclusão deve ser objetiva e impactante. FIQUE ALERTA Falar além do previsto não é a melhor estratégia, já que a plateia poderá perder o interesse em lhe ouvir. Pessoas que falam pouco recebem mais atenção do que as prolixas. 8.2 dAS técnIcAS dE APrESEntAção Falar em público, seja na sala de aula, seja em pequenas reuniões de trabalho ou em grandes eventos, tornou-se tarefa quase corriqueira, independentemente da função exercida pelo profissional na organização. 8 ComuniCação em PúbliCo 99 As técnicas de apresentação podem ser aprendidas e praticadas visando o aprimoramento das habilidades de comunicação, de modo que você possa ter sucesso em suas explanações. 8.2.1 para uma aprEsEntação O planejamento constitui-se como um elemento essencial para produzir uma boa apresentação. Ao planejar deve-se: • Dar atenção ao perfil de sua audiência, suas necessidades e expectativas - para definir o tema, o objetivo a alcançar e, assim, reunir as informações es- senciais ao desenvolvimento do conteúdo. • Conhecer o local onde o evento será realizado, o tamanho da plateia, com que equipamentos e recursos audiovisuais se pode contar. • Saber o tempo disponível para a exposição - pensar que uma boa apresen- tação deve acontecer no tempo previsto, assim como uma aula planejada, para não cansar o público-alvo, nem desrespeitá-lo. • Preparar o material a ser exposto à plateia - Esse merece uma atenção espe- cial, pois, além de fazer parte da apresentação, sua aparência e seus recursos completam a imagem pessoal do apresentador. Assim, se o material usado for composto por um conjunto de slides, deve apre- sentar as seguintes características mínimas: • Ter um visual agradável e harmônico, com cores discretas e contrastes entre o que se quer apresentar e o fundo. • Utilizar imagens nítidas e de bom gosto relacionadas ao tema. Não abusar de imagens em um só slide. • Ter em mente que um slide deve apenas apresentar tópicos para nos guiar na exposição das ideias e fixá-las para a plateia. Textos longos devem ser evitados ao máximo. • Usar tamanhos de fonte que permitam a leitura de qualquer lugar da plateia. • Usar fontes legíveis e comuns, como Arial, Tahoma ou Calibri • Seguir um padrão estético de alinhamento, disposição e apresentação de textos e imagens. Padronizar marcadores. • Fazer uma revisão ortográfica e gramatical. • Evitar muito conteúdo em um só slide para não causar poluição visual. 100 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 8.2.2 outros rEcursos também ExigEm sua atEnção Se for escrever em quadro branco, flip chart ou transparência faça-o com organiza- ção e capricho, usando letras claras e visíveis, preferindo as de forma. Certifique-se sobre a qualidade do som. Quando utilizado, deve estar sem ruídos ou microfonias e estabeleça um volume audível e confortável para os ouvidos da plateia. Dicas importantes para uma boa apresentação: 8 ComuniCação em PúbliCo 101 FIQUE ALERTA - Chegue sempre antes dos participantes. - Prepare o ambiente para receber os participantes. - Prepare seu material na véspera e arrume-o antes de começar a apresentação. - Teste e regule todos os equipamentos antes da apresentação. O mais importante de tudo: tenha sempre em mente que, se você se preparar adequadamente para falar em público, não haverá o que temer. Você estará em frente a um público porque é capaz e tem algo interessante a transmitir. As técnicas anteriormente descritas são apenas ferramentas que irão ajudá-lo em sua performance. SAIBA MAIS 8.3 técnIcAS dE ArgumEntAção A argumentação busca convencer, influenciar, persuadir alguém, defender ou repudiar uma tese ou ponto de vista. E sendo a argumentatividade fundamental para a interação social por intermédio da língua, é fundamental que você desen- volva essa habilidade tão necessária para que você se torne um cidadão capaz de atuar plenamente na sociedade. Argumentar, defender uma tese (um ponto de vista) pode ser simples quando você o faz oralmente, porque pode corrigir ao mesmo tempo em que fala. Além disso, pode utilizar outros recursos paralinguísticos para tornar mais claro o pen- samento, tais como gestos, expressões faciais e tom de voz. 8.3.1 comunicação oral: Exposição E argumEntação Fala e escrita constituem duas formas do emprego da língua, e cada uma é articulada de maneira distinta. Na língua escrita, envia-se a mensagem por meio de sinais gráficos que constituem o alfabeto de uma língua. Já na língua oral, a mensagem é processada por meio da reprodução de sons. A língua oral é comumente associada a situações informais (conversa entre amigos ou parentes, locução esportiva etc.), porém, também se podem obser- var situações formais em que ela é empregada (palestra, entrevista de empre- go, narração de notícias sobre política ou economia etc.). Uma das características marcantes da língua oral é a possibilidade de interação com o interlocutor, o que permite ao emissor saber se está sendo bem-sucedido ao elaborar seu discurso. 102 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Diferentemente da comunicação escrita, na comunicação oral o falante conta com o auxílio de pausas e ritmo na fala, expressões faciais, repetições e posturas corporais como indicadores que facilitam o entendimento da mensagem. Exemplos de formas de oralidade Uma mesma notícia transmitida por emissoras de televisão e de rádio pode ser apre- sentada em uma linguagem mais formal ou menos formal, dependendo do seu público. O apresentador de um telejornal em horário nobre, em geral, segue um texto narrado em norma culto, escrito com frases curtas e construções mais elaboradas. Já em um telejornal ou programa de rádio mais popular, a linguagem é menos formal e as frases e construções mais simples. A notícia pode ser a mesma, mas o enfoque é diferente e, consequentemente, o vo- cabulário muda. Enquanto o acusado de um crime pode ser mencionado em um jornal como “o acusado”, “o assaltante”, no outro pode ser citado como “o marginal”, “o safado”. Em uma rádio voltada para o público jovem, a gíria é uma constante na lingua- gem dos locutores. Termos e expressões como “galera”, “curtir”, “sair fora” são fre- quentes. Radialistas que transmitem jogos de futebol empregam uma linguagem bastante informal, em que há muitos termos específicos do esporte. Observe o trecho a seguir em que uma partida de futebol está sendo narrada. “Lá vai pra esquerda. O time do Gama tenta arrancar ali pela canhota com Lu- ciano Fonseca, ele volta a bola recuada, dá pra Rochinha, dominou aqui pelo lado esquerdo,enfiou na canhota pra Gueber, levantou pra entrada da área, tentou Leo- nardo, lança e rasga Jean, o zagueiro tiiiiira o perigo da boca do gol do time tricolor.” Partida de futebol entre São Paulo e Gama, transmitida pela rádio CBN, São Paulo. Leia agora, em linguagem formal, a transcrição da transmissão de uma notícia sobre o surto da pneumonia asiática. “Os 25 jornalistas que tiveram contato com a repórter inglesa estão sendo ob- servados. Segundo o Ministério da Saúde, esta síndrome ainda está sendo investi- gada, e o índice de mortalidade é de aproximadamente 3,5%.A cada 100 pessoas que contraem a doença, entre 3 e 4 morrem. Até aqui, mais de 1.800 pessoas no mundo contraíram a doença.” Jornal CBN 3ª edição, rádio CBN, São Paulo, 2 abril 2003, 17h. Muitas vezes, os depoimentos de pessoas envolvidas nas notícias são apre- sentados em telejornal ou jornal transmitido pela rádio. Nesse caso, não há um texto previamente preparado para ser narrado, e a linguagem, embora possa até ser formal, apresenta características como repetições, hesitações e inversões dos termos da frase. Veja um exemplo: 16TExTO ARGUMENTATIVO É um texto exposto oral- mente em que o emissor apresenta uma intenção de persuadir, de convencer o receptor por meio de argumentos e dados con- vincentes. Suas caracterís- ticas principais são: marcas de oralidade, linguagem persuasiva, que pode ser mais ou menos formal de acordo com a intenção dos interlocutores. 17SEMINÁRIO É uma exposição oral de um tema, com apresentação de argumentos por um ou mais oradores. O principal objeti- vo é fazer com que todos os participantes reflitam sobre um determinado assunto. 8 ComuniCação em PúbliCo 103 “Não há razão para pânico nesse momento. A população sabe claramente que os casos é ... é ... é ... suspeitos são aqueles de pessoas que vieram do Vietnã, que vieram da China, do Canadá é ... é ... é ... de Hong Kong e Cingapura e é ... é ... é ... tenham esses sintomas. Então, portanto, não há razão para que haja qualquer tipo de pânico.” Fala do ministro da Saúde, Jornal CBN. 3ª edição, rádio CBN, São Paulo, 2 abril 2003, 17h. 8.3.2 tExto argumEntativo16 oral Na comunicação oral, é importante que você não negligencie o destina- tário da mensagem, ou seja, que saiba algumas informações a respeito do público (número de pessoas, grupo social, idade, etc.) para adequar a lingua- gem a ser empregada, o tempo disponível para a apresentação e o tipo de mensagem a ser transmitida. Na transmissão de um texto falado, são admitidos elementos expressivos próprios da língua oral: repetições, pausas, entonação, acentos e marcas de oralidade (pois é, bem, etc.), mas não o uso de formas vulgares ou gírias. A exposição oral deve ser dita e não deve ser lida, pois é importante estabelecer um bom contato com o público com olhares, gestos e expressões corporais. Você verá três exposições orais - o seminário, o debate e o depoimento. FIQUE ALERTA Em um debate, o participante usa o texto argumentativo oral, fundamentando-o com argumentos (razões que convençam o interlocutor). No seminário também se usa o texto argumentativo oral, quando o orador vai explicar ou convencer o público de seu ponto de vista. 8.4 SEmInárIo17 O seminário não é apenas uma aula apresentada por um colega e comentada pelo professor. É uma exposição oral em que todos devem estar bem preparados para trocar ideias. 8.4.1 prEparação dE sEminário Antes de apresentar um seminário, é muito útil que você se prepare. Primeira- mente, estude bem o assunto – pois só você pode explicar algo claramente e enfa- tizar os pontos principais a serem abordados quando, de fato, entender o que vai expor; depois, pense no tipo de público e planeje o que vai ser dito e como fazê-lo. 104 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Você pode treinar falando o que pretende expor no seminário. Escutar a própria voz pode ser cansativo, mas esse recurso ajuda a saber o que pode ser melhorado e a verificar o tempo que levará a apresentação. Se for preciso, elimine alguns pontos que não são relevantes e podem com- prometer seu trabalho. Treine quantas vezes for necessário; depois, peça a um amigo que assis- ta ao seu seminário e lhe faça perguntas e críticas como se fosse o público. Você pode não perceber a velocidade com que está falando, o tom de voz, ou se está repetindo excessivamente uma mesma palavra ou expressão (por exemplo, né?). Prepare-se também para as dúvidas do público e procure pensar nas per- guntas mais prováveis que poderão ser feitas e nas possíveis respostas. Seu amigo perceberá e lhe indicará onde você deslizou! Se preferir, uma outra op- ção é filmar sua apresentação e assisti-la para depois fazer uma autocrítica. 8.4.2 organização E aprEsEntação dE sEminário Você se preparou? Agora é só organizar e apresentar o seminário. Algumas pessoas têm mais facilidade de falar em público do que outras; no entanto, isso pode ser aprendido e aperfeiçoado com treino e prática. Veja como você pode realizar um seminário: seminário passo a passo • defina o tema do seminário e a composição do grupo. • elabore um roteiro escrito indicando os pontos importantes do conteúdo que deverão constar na apresentação. Trace um plano com as tarefas que precisarão ser definidas, distribuídas, organizadas e executadas pelos participantes do seminário, para manter uma sequência lógica e progressiva no de- senvolvimento do assunto. (Qual pesquisa deverá ser feita? Em que fontes há dados? Com quais pessoas conversar para obter informações? Como apresentar o seminário?). 8 ComuniCação em PúbliCo 105 • distribua tarefas para cada participante, que de- verá ser responsável pela organização e execução das tarefas já estabelecidas no plano. • elabore um texto escrito, selecionando o que in- teressará para o desenvolvimento do tema. É im- portante que você lembre que esse texto escrito servirá de base para a exposição oral. • Prepare a apresentação e defina como será o semi- nário. (Para que público será apresentado o trabalho? Como será essa exposição oral? Qual material será usado na apresentação? O que cada um fará na apresentação?). • Apresente o seminário em que cada participante po- derá expor oralmente uma parte do trabalho. O grupo poderá usar elementos de comunicação visual ou ou- tros recursos (vídeo, slide, transparência, painel, cartaz, música, projeção de animações por computador, etc.). • reserve um tempo para o público fazer pergun- tas, dar opiniões, pedir esclarecimentos. As pergun- tas podem ser feitas durante a apresentação, ou o público pode ser convidado a fazê-las somente quando terminar a apresentação dos oradores. A apresentação do seminário costuma ser dividida da seguinte forma: 10% de introdução, 80% de desenvolvimento e 10% para conclusões; mas isso não é uma regra. O mais importante é fazer-se entender. Um bom título também é importante. SAIBA MAIS O nervosismo nessas horas pode atrapalhar um pouco. É preciso ficar atento à sequência da apresentação de ideias. Se você interromper uma frase no meio e falar de outra coisa, as pessoas poderão se perder. Gírias e palavrões não são bem-vindos, a não ser que o seminário trate disso! Re- correr a essas formas de expressão em uma situação comunicacional formal pode, em um primeiro momento, provocar risos no público. Mas, em geral, isso não fun- ciona e depõe contra o orador, pois ele corre o risco de ser mal interpretado, ou o público pode achar que ele tem vocabulário restrito para transmitir uma ideia. Para terminar a apresentação do seminário, é importante que você exponha algumas conclusões sobre o tema escolhido. 106 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 8.5 dEbAtE Debate é uma exposição oral de um tema realizada por vários participantes cujo objetivo é trocar ideias, apresentar argumentos que fundamentem o próprio ponto de vista mas também escutar opiniões diferentes. Os debatedores, em ge- ral, apresentam o texto argumentativo oral, em defesa ou contraalgum assunto. O debate, também chamado mesa-redonda, envolve sempre debatedo- res (dois ou mais participantes que argumentam, discutem, tentam conven- cer uns aos outros). Nele, as pessoas expressam oralmente suas opiniões sobre um determinado assunto e pode haver divergências que devem ser respeitadas. A linguagem apresenta marcas de oralidade, bem como expres- sões indicadoras de opinião pessoal, e pode variar dependendo de quem vai participar do debate. Os temas são, em geral, polêmicos, por isso, há necessidade de um moderador ou mediador que coordene os trabalhos, garantindo o andamento do debate, a participação de todos os debatedores e a interação com o público. 8.5.1 organização E aprEsEntação do dEbatE Os debates espontâneos, ou improvisados são comuns, mas, se a intenção é organizar um debate, algumas regras devem ser definidas: • Definição do número de participantes: Quantos irão participar? (Em geral, recomenda-se menos de seis). • Escolha do mediador: Quem irá mediar e coordenar o andamento do deba- te? Como fará isso? • Exposição das ideias: Cada debatedor vai expor ou não sua opinião antes de iniciar propriamente a discussão? • Distribuição do tempo: Quanto tempo será reservado para as falas iniciais? E para as respostas? • Ordem das questões: Quem pergunta para quem? • Participação do público: Participará com perguntas ou apenas acompanhará os debatedores? As perguntas serão orais ou escritas? Depois de definir previamente as regras, você pode organizar o debate seguin- do o roteiro abaixo: 8.5.2 rotEiro para o dEbatE Cumprimento ao público pelo moderador e exposição do motivo do debate. Apresentação do tema escolhido e dos pontos de vista sobre o assunto. 8 ComuniCação em PúbliCo 107 Definição das normas do debate: tempo do debate e de cada participante; di- reito de resposta; participação de debatedores e do público. Conclusão com um breve comentário de cada debatedor, síntese do debate e agradecimento aos participantes feitos pelo moderador. 8.6 ArgumEntAção orAL Argumentar significa fundamentar, justificar, explicar, demonstrar, expor o ponto de vista sobre um assunto, tentando convencer o outro de que se tem ra- zão. A técnica de argumentação usa o raciocínio lógico, em que se investigam causas e consequências daquilo que se afirma. Como debatedor, você deve assumir um ponto de vista e expor suas ideias de forma clara e objetiva, com argumentos consistentes. Você pode convencer o interlocutor ou ser convencido por ele, pois é possível re- ver a própria posição. A troca de argumentos é válida. Mesmo que ninguém mude de opinião, serve para conhecer pontos de vista diferentes sobre um assunto. O debate, portanto, é interessante tanto para quem participa como para quem presencia. O que você deve fazer para ser um bom debatedor? • Assista a um debate para acompanhar os debatedores e perceba suas es- tratégias, suas táticas para convencer os outros. • estude o tema antes do debate, recorra a materiais de consulta variados (livros, jornais, sites na internet), a fim de selecionar argumentos. • Participe ativamente, escute e anote a fala do outro; preste atenção na plateia; solicite réplica (resposta à argumentação de outro debatedor); fale em voz alta, com clareza, sem atropelos, expondo as ideias uma a uma; evite ideias repetidas. • Fale e ouça respeitando pontos de vista diferentes, aqueles que podem cau- sar divergência; não interrompa a exposição do outro; fale quando for sua vez. • respeite o andamento do debate, não ultrapasse o tempo estipulado; atenda ao mediador que conduzirá o debate. 8.7 dEPoImEnto PESSoAL O depoimento pessoal apresenta a estrutura de um texto narrativo, pois possui personagens, enredo, espaço e tempo. Os fatos reais costumam ser relatados pelo narrador (que pode ser o protagonista) ou por um dos personagens secundários, e os verbos podem estar no presente ou no passado. 108 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL No depoimento pessoal, há em geral uma lição de vida, que é transmitida a outras pessoas como ensinamento ou troca de experiências. Alguns depoimentos passam a ser importantes documentos históricos, pois constituem testemunhos verdadeiros de algo que foi vivido. Mas nem sempre o depoimento pessoal é exato; assim, pode-se precisar compro- var o que foi afirmado checando os acontecimentos, os nomes das pessoas citadas. Depoimento pessoal é uma exposição oral em que uma pessoa relata fatos de sua vida pessoal. SAIBA MAIS Depoimento de uma escritora e jornalista Leia este depoimento público que Dinorath do Yalle deu para o Projeto Memo- rial São José, no dia 12 de abril de 2002, transcrito no primeiro volume da coleção Cadernos de história oral: “Escrevi e notei que, quando fazia literatura, acabava embrulhando o que tinha de depoimento pessoal, o que tinha de depoimento de outras pessoas, até das que não depuseram (porque há muitas maneiras de depor; pode-se fazer depoimento vivendo. O tipo de vida, a maneira como a pessoa se com- porta diante das coisas, as soluções que ela dá, suas opiniões e tendências são formas de depoimento). [...] [...] Aprendi que o depoimento é uma boa coisa, mas perigosa. Por que perigosa? É que a pessoa que fornece o depoimento tem inconscientemente tendência em dourar a pílula: a família dela foi maravilhosa, o irmão fez isto e aquilo, o pai dela foi o herói das galáxias. Não que a pessoa queira mentir, apenas mistura amor e respeito à responsabilidade de estar passando infor- mações que serão publicadas, passarão ao domínio de todos. Sentem pesar a responsabilidade, e o ideário come solto. Descobri que o depoimento nem sempre é exato. As pessoas mais velhas, por exemplo, as que em geral são solicitadas a depor, erram uma margem de 10 a 15 anos. Quanto mais idoso, tanto maior a margem do erro. Isso porque viveram muito e se expressam por longos períodos, tipo: ‘foi nos anos 40.’ Verificando, o fato se deu em 52, 54”. Aprendi na prática que o registro da história através de depoimentos necessita ser comprovado, procurar fontes, checar locais, nomes de pessoas, causas e efeitos.” Disponibilidade: http://www.museudapessoa.com.br (acesso em 1º abril 2003). 8 ComuniCação em PúbliCo 109 rEcAPItuLAndo Você estudou que a oratória é o termo que designa a arte de falar bem em público. Ser um bom orador não significa que você fale muito, mas sim que fale corretamente e no momento certo. Muitas pessoas têm medo de falar em público pelas mais diferentes razões, porém, a sociedade tem exigido cada vez mais o desenvolvimento dessa com- petência, porque as pessoas precisam trabalhar em grupo. Todo orador sente tensão ao enfrentar uma plateia. Algumas pessoas su- peram essas sensações com rapidez, porém, outras se deixam dominar pelos sentimentos e, muitas vezes, nem sequer conseguem falar. Para superar essa dificuldade é preciso que você acredite em si, pois falar bem é falar confiante. Além da preparação técnica, você também precisa observar a postura. Po- rém, muitos oradores se preocupam apenas com o conteúdo e com a roupa que vão vestir para a apresentação, mas a colocação da voz é muito importante. Para isso, você precisa observar o tom, o timbre e a intensidade da voz. Outro aspecto que você deve observar é a dicção. Para ter uma boa dicção é necessário que aprender a controlar a respiração que não deve ser ruidosa ou forçada. A higiene e apresentação pessoal também merecem atenção especial. Vale lembrar que toda a vez que alguém se dirige a um grupo de pessoas, ocorre uma preleção e, por isso, é um tipo de discurso em que existe um orador e uma plateia. Isso acontece tanto na vida social quanto na profissional. Ao iniciar a preleção, você deve falar o assunto e resumir os tópicos que se- rão abordados, deixando em evidências os motivos da apresentação. A conclu- são deve ser objetiva e impactante. Além disso, você deve estar preparado para responder a eventuais perguntas da plateia. As ferramentas demultimídia são combinações das mídias estática e dinâmi- ca, controladas por computador, e permitem que a plateia aumente a capacida- de de processamento e retenção das informações repassadas. Fala e escrita constituem duas formas do emprego da língua, e cada uma é articulada de maneira distinta. A língua oral pode ser informal, mas também formal, dependendo da intencionalidade do discurso. Diferentemente da co- municação escrita, na comunicação oral, você conta com o auxílio de pausas e ritmo na fala, expressões faciais, repetições e posturas corporais como indica- dores que facilitam o entendimento da mensagem. 110 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Há três exposições orais - o seminário, o debate e o depoimento. Seminário é uma exposição oral de um tema, com apresentação de argu- mentos por um ou mais oradores. O principal objetivo é fazer com que todos os participantes reflitam sobre um determinado assunto. Debate é uma exposição oral de um tema realizada por vários participantes cujo objetivo é trocar ideias, apresentar argumentos que fundamentem o pró- prio ponto de vista, mas também escutar opiniões diferentes. Depoimento pessoal é uma exposição oral em que uma pessoa relata fatos de sua vida pessoal, geralmente há algo a ser aprendido por outras pessoas. 8 ComuniCação em PúbliCo 111 Anotações: tecnologia da Informação Tecnologia da Informação, comumente chamada de TI, pode ser definida como a área de co- nhecimento responsável por criar, administrar e manter a gestão da informação através do con- junto de atividades e soluções providas por recursos computacionais que otimizam o armazena- mento, o acesso e o uso das informações. Abaixo você terá breves noções sobre as ferramentas utilizadas para criar e gerenciar as informações. 9.1 EdItor dE tExtoS Neste capítulo, você conhecerá diversos recursos sobre editores de texto, em especial o Mi- crosoft Word 2007, que é um dos editores mais conceituados no mercado atual, desde inser- ções e digitação de textos e elementos diversos, até a manipulação, formatação e impressão de documentos. Nada melhor do que unir teoria e prática para concretizar o aprendizado. Por isso, você terá a oportunidade de experimentar paralelamente à busca de informações. Utilize o editor reco- mendado para que, no decorrer dos seus estudos, você possa digitar um texto de acordo com as orientações disponíveis. Mas antes de partir para a viagem do conhecimento, resgate suas habilidades de aluno para que o trajeto seja prazeroso. 9.2 dIgItAção dE tExtoS Você conhecerá um pouco mais sobre o editor de texto, que faz parte do pacote de aplica- ções do Office, focando-se nos principais recursos em formatação de textos. O Word 2007 apresenta mudanças significativas em relação a sua versão anterior, tendo como principal novidade a sua nova interface gráfica, substituindo os tradicionais menus por guias de acesso rápido, com ícones maiores e bem definidos, visando desenvolver tarefas de maneira mais fácil e intuitiva. 9 114 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Ao iniciar o Word, um novo documento vazio é iniciado, por padrão. Ob- serve na figura a seguir, as barras e menus superiores. Ao iniciar o Word, um novo documento vazio é iniciado, por padrão. Observe na figura a seguir, as barras e menus superiores. Figura 9 - Barras e menus do Word Fonte: Autor O botão Office possui as operações de manipulações dos arquivos do Word como: criar um novo documento, abrir, salvar, imprimir ou fechar, além das opções gerais. A barra de inicialização rápida possui alguns comandos, utilizados no dia-a-dia com mais frequência como: salvar, desfazer ou repetir. FIQUE ALERTA Você pode adicionar mais comandos, clicando na seta ao lado dessa barra, e ativar o recurso que deseja dentre a lista de recursos que será exibida. Por padrão existem sete guias que substituíram os menus. • início; • inserir; • layout da página; • referências; • correspondências; • revisão; • exibição. Cada guia apresenta uma faixa de opções, dividida em grupos de opções com as ferramentas de acesso rápido aos principais comandos. Para acessar o menu, no canto inferior direito do grupo, existe uma opção (seta), que ao clicar, abre o menu completo de opções. Novas guias poderão aparecer, como por exemplo, após inserir uma imagem e clicar sobre ela, automaticamente aparecerá a guia Formatar, com grupos de opções referentes à formatação da imagem. A régua é um recurso muito útil para ajustes de texto na folha. Você poderá definir visualmente como ficará o texto com tabulações, recuo do texto, posição de imagens, tabelas, entre outros objetos. FIQUE ALERTA A régua encontra-se oculta, a fim de deixar a área de trabalho do Word mais limpa e visível ao se trabalhar com textos. Para ativá-la, basta clicar no ícone entre a faixa de opções e a barra de rolagem, na extremidade direita da janela do Word. 9 Tecnologia da informação 115 Figura 10 - Localização da régua Fonte: Autor O grupo tabelas possui o comando Tabela, que permite inserir ou traçar uma tabela no documento. Ao clicar sobre o comando, irá aparecer um esboço, onde você poderá escolher o tamanho da tabela, ou seja, o número de linhas e colunas. É possível adicionar uma tabela pré-formatada pelo Word, selecionando a última opção: tabelas rápidas. Na guia Formatar, que aparece automaticamente quando uma imagem é se- lecionada, ao clicar sobre uma tabela, as guias Design e Layout, que fazem parte das ferramentas da tabela, irão surgir automaticamente. Confira na figura a seguir. Figura 11 - Ferramentas de tabela Fonte: Autor Na guia Design, o grupo estilos de tabela traz estilos de formas e cores para tabe- las pré-formatadas. Passe o mouse sobre estilo, e a formatação é aplicada tem- porariamente à tabela. Caso não goste, procure nas demais, visualizando uma a uma. No canto inferior direito, o botão Mais abre um menu deslizante, que permi- te a você escolher a formatação desejada. Figura 12 - Guia dinâmica design Fonte: Autor E para alterar a cor? Quer saber como proceder? Acompanhe a seguir. Para alterar a cor de fundo da tabela ou células, clique no comando sombreamen- to, que exibirá uma paleta de cores. Logo abaixo, outro recurso muito útil, os co- mandos Bordas. Esse recurso permite inserir ou remover bordas na tabela, que está selecionada, permitindo a você escolher dentre várias opções, o lado que deseja aplicar ou retirar uma borda, contorno da tabela, somente interna, entre outros. 116 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL FIQUE ALERTA O grupo Desenhar bordas permite alterar características da borda como: estilo, espessura e cor da linha. Para abrir a caixa de diálogo completa para formatação de bordas e sombreamento, clique no botão Mais no canto inferior direito do grupo Desenhar Borda. Outra guia que está disponível é a Layout, que permite visualizar, selecionar, adi- cionar ou excluir linhas e colunas da tabela e exibe propriedades da tabela. O grupo Mesclar permite mesclar células, ou seja, unir duas ou mais células selecio- nadas em uma única. Para dividir, o comando dividir células permite separar essa única célula que foi anteriormente mesclada. Figura 13 - Guia layout (tabela) Fonte: Autor O grupo Tamanho da célula permite definir tamanhos como: largura da coluna ou altura da linha. Para ajustar automaticamente a distribuição da largura das co- lunas, você deverá utilizar o botão Autoajuste. O grupo Alinhamento permite alinhar o texto, que se encontra dentro da célu- la, ou no, caso de seleção, o texto das várias células selecionadas. Lembre-se de que ao passar o mouse sobre o botão, você irá visualizar um texto explicativo sobre cada botão ou recurso. Em vários documentos de utilização no dia a dia, você já deve ter se deparado com imagens ou ilustrações alinhadas junto ao texto. Na guia Inserir, o grupo Ilustrações, que visa inserir objetos gráficos ao docu- mento, apresenta como a primeira opção adicionar uma imagem ou figura. Vá- rios tipos de arquivos são suportados,como bmp, jpeg, gif, png, clip-art, que são imagens, desenhos, filmes, fotos de catálogo que estão instalados junto ao Word. Formas são objetos de desenhos prontos, como linhas, formas básicas, setas, textos explicativos, entre outros. Ao clicar sobre uma imagem ou elemento gráfico, será aberta, automatica- mente, a guia Formatar, onde você poderá ajustar opções visuais da imagem, criar efeitos de sombra, borda, alinhamento ou a posição junto ao texto. Caso você queira alterar o tamanho da imagem, o objetivo do último grupo é exatamente isso, configurar sua altura e largura, além de poder cortar a imagem. Figura 14 - Guia formatar Fonte: Autor 9 Tecnologia da informação 117 Aprendendo a utilizar todos os recursos do editor de texto, você pode aplicar várias formatações de acordo com a necessidade e público. 9.3 InSErçõES Um recurso muito interessante é a inserção de cabeçalho ou rodapé, que pode ser um texto ou elemento gráfico inserido numa área especial, diferente do local onde está o corpo do texto (documento). Como ativar o cabeçalho? Para você ativar o cabeçalho, basta dar um duplo clique no espaço em branco, entre o início da página e a primeira linha, ou na guia Inserir, Cabeçalho, editar cabeçalho. Com o cabeçalho selecionado, será aberta uma nova guia, a Design, onde será possível definir a formatação do cabeçalho ou rodapé, inserir número de página, data e hora, partes rápidas, imagens, clip-arts, entre outros. Figura 15 - Guia cabeçalho e rodapé Fonte: Autor Para deslocar rapidamente do cabeçalho para o rodapé, no grupo Navegação, você irá encontrar os comandos Ir para rodapé, ou Ir para cabeçalho (para re- tornar ao cabeçalho). No grupo Posição, você pode definir o tamanho do cabeçalho ou do rodapé, em centímetros. FIQUE ALERTA Para sair do cabeçalho ou do rodapé, basta clicar sobre o botão Fechar cabeçalho e rodapé. Você retornará ao corpo do texto. Mais um recurso extremamente importante na formatação de um texto é a numeração de páginas, que permite o controle ordenado das páginas do docu- mento, de forma automática e dinâmica. A numeração de página estará na parte superior do documento, portanto, dentro do cabeçalho. Com o cabeçalho ativo, você irá clicar em número da pá- gina, e, em seguida, escolher qual o alinhamento da numeração (direita, centra- lizada ou esquerda). A opção Formatar os números da página permite selecionar o formato do número, estilos de algarismos e se a numeração vai continuar da página/seção anterior ou iniciar com outro valor. 118 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Lembre-se de que é necessário ativar quebras de seções no documento. Muitos documentos que você digitará, precisarão de sumário. Como organizá- -lo? Veja como criar automaticamente o sumário. Sumário ou índice analítico é uma lista de títulos de um documento, que possui numeração de itens, e estará vinculando os títulos do documento ao número da página. O sumário é construído automaticamente, ou seja, não se cria um sumário de forma manual. Durante a formatação do documento, selecione os títulos do do- cumento e aplique-os, ou seja, onde será o título nível 1, título nível 2, etc. Para abrir a janela Estilos, selecione o título e clique no botão Mais, que está no canto inferior direito do grupo Estilo. Para aplicar, por exemplo, um título principal ao documento, selecione o texto e clique em Título1. FIQUE ALERTA É possível alterar a formatação de um título: basta clicar com o botão direito do mouse sobre o nome do estilo, em seguida Modificar. Para adicionar o sumário ao documento, você deve ir até a página onde o su- mário será inserido, e na guia Sumário, clique em sumário Automático 1. Há também a legenda, um nome numerado de um objeto como: figura ou ta- bela. É muito importante adicionar legendas de forma correta no Word, pois será baseado na legenda a construção automática do Índice de figuras ou tabelas. Na guia Referências, clique sobre o botão Inserir legenda. Será aberta uma caixa de diálogo, conforme a figura a seguir. Figura 16 - Adicionar legenda Fonte: Autor Você deve associar o rótulo da legenda, escolhendo entre figura ou tabela. É possível também adicionar novos rótulos, na opção novo rótulo ou ainda alterar o formato da numeração, ao clicar sobre o botão numeração. 9 Tecnologia da informação 119 Uma vez que todas as legendas foram adicionadas, de forma correta ao docu- mento, é possível adicionar o índice. Ainda na guia Referências, grupo Legendas, a opção Inserir índice de ilus- trações será utilizado para adicionar o índice. Na caixa de diálogo Índice de ilus- trações, conforme figura a seguir, você deve escolher qual índice irá criar, sele- cionando o rótulo correto em nome da legenda (figuras ou tabelas). No botão Modificar, é possível modificar o estilo de formatação padrão do índice, que será adicionado automaticamente ao documento. Figura 17 - Índice de ilustrações Fonte: Autor Muitos são os recursos que você acabou de conhecer para formatar um texto de maneira adequada, padronizado e apresentável dentro das regras de comunicação escrita. Basta você praticar constantemente, pois assim poderá testar os recursos por diversas vezes e deixar seu texto cada vez mais bem elaborado. Vamos em frente? 9.4 PArágrAfoS Você sabe como os parágrafos fazem a diferença em um texto. Ou seja, sem eles o texto fica cansativo e poluído. É possível formatar parágrafo no Word. Con- fira a seguir, como isso pode ser feito. Os textos são estruturados geralmente em unidades menores, os parágrafos, identificados por um ligeiro afastamento de sua primeira linha em relação à margem esquerda da folha. VOCÊ SABIA? Um parágrafo no Word é um texto contínuo, podendo ter uma ou várias linhas, seguido de um retorno de parágrafo (ENTER). A formatação de parágrafo é um elemento funda- mental para modificar o aspecto visual do documento de texto. 120 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL A formatação de parágrafo está disponível na guia Início, grupo Parágrafo. Com os recursos de alinhamento de texto, você poderá alinhar o texto selecionado, ba- seado na margem esquerda (padrão do Word), centralizado, alinhado à margem direita, ou ainda, justificado. Assim, o texto estará alinhado à margem esquerda e direita, o que confe- rirá uma aparência organizada ao documento. E o recurso espaçamento? O recurso espaçamento permite alterar o espaçamento entre as linhas do texto, alteran- do entre espaço simples, duplo ou personalizar esse espaço. Além disso, é possível alterar a quantidade de espaços antes e depois do parágrafo, através das caixas Antes e Depois. FIQUE ALERTA Quando você precisa deslocar um parágrafo em relação a uma margem, o recurso recuo deverá ser utilizado. Na caixa de diálogo Parágrafo, você terá opções para criar um recuo à direita e/ou à esquerda, ou ainda, um recuo especial na primeira linha do parágrafo, também cha- mado de entrada de parágrafo. Visualize um exemplo de formatação na figura a seguir. Figura 18 - Caixa do parágrafo Fonte: Autor Para inserir marcadores ou listas, selecione a lista e clique nos botões Marca- dores ou numeração. É possível alterar o estilo do marcador, clicando na seta para baixo ao lado do botão, e escolhendo o tipo do marcador, assim como no recurso numeração, é possível definir vários estilos de numeração. Outro recurso muito interessante, principalmente em listas, é o Classificar, que permite ordenar em ordem alfabética ou numérica, uma lista selecionada. O Word 2007 apresenta mudanças significativas em relação a sua versão ante- rior, tendo como principal novidade a sua nova interface gráfica, substituindo os tradicionais menus por guias de acesso rápido, com ícones maiores e bem defini- dos, visando desenvolver tarefas de forma mais fáceis e intuitivas. Ao iniciar o Word, um novo documento vazio é iniciado por padrão. 9 Tecnologia da informação 121 Por padrão, um documento possui apenas uma seção, ou seja, um formato único de formatação do texto. Sóque em algum momento, você necessitará in- serir, por exemplo, uma página com alinhamento diferenciado (forma paisagem) ou numeração de páginas, onde algumas páginas iniciais não poderão ter nume- ração e outras deverão ter. O que fazer nessa situação? Nessa situação, você precisará inserir quebras de seção. Esse recurso permite dividir certas partes do documento, aplicando uma formatação diferenciada ao texto ou estilos. Para inserir uma quebra de seção ao documento, posicione o cursor onde de- seja inserir a quebra, clique na guia Layout de página, e em quebras. Existem vários tipos de quebras. • quebra de página: determina o ponto que o texto em uma página termina e começa em outra. • quebra de coluna: determina, que após, a quebra, o texto iniciará em outra coluna, permitindo trabalhar com várias colunas no documento. • quebra automática de texto: separa o texto ao redor do objeto nas páginas Web. • quebras de seção próxima página: o Word quebra o texto em uma nova página e inicia uma nova seção. Figura 19 - Barra de status com a opção seção ativa Fonte: Autor FIQUE ALERTA Por padrão, o número da seção na barra de status vem desativado. Clique com o botão direito do mouse sobre a barra de status e, em seguida, na segunda opção Seção, conforme na figura a seguir. Uma vez com uma nova seção criada no documento, é possível aplicar um novo estilo de formatação ou aplicar um estilo de página diferente da seção an- terior, que será aplicado, automaticamente, até o final dessa seção (se for a última seção, o estilo será aplicado até a última página do documento). Para remover uma seção, você terá que ir à última linha da seção anterior, e, em seguida, pressionar a tecla delete. Isso removerá a quebra de seção que foi inserida. Para ter certeza, verifique na barra de status, deslocando o cursor para as linhas abaixo e observando o campo seção. 122 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Percebeu que no decorrer desta etapa, outros novos recursos foram apresen- tados a você, para facilitar a digitação de textos. Veja que para, aprender como utilizá-los, você precisa praticar. Explore essas ferramentas, busque tutoriais que oferecem passo a passo, converse com seus colegas, pois talvez alguns deles te- nham mais experiência e possa dar dicas. 9.5 formAtAção O Word, como editor de texto, permite acrescentar, substituir e excluir textos. Quando se digita um texto, uma preocupação constante é a sua formatação como: troca da fonte, aumento da letra, troca de cor. A formatação de fonte é realizada na guia Início, no grupo Fonte, conforme figura a seguir. Figura 20 - Grupo fonte Fonte: Autor Os principais recursos deste grupo são: fonte - onde é possível alterar o tipo de letra; aumentar fonte e diminuir fonte - tamanho da fonte; limpar formatação - remove toda a formatação aplicada ao texto selecionado, retornando ao padrão. Você encontra, também, os recursos negrito, itálico e sublinhado. Efeitos de fonte são facilmente aplicados ao texto, utilizando os botões: • tachado; • subscrito; • sobrescrito; • maiúsculas/minúsculas. FIQUE ALERTA Para saber o que significa um botão ou uma breve descrição do comando, basta posicionar o mouse em cima do botão, aguardar, e será exibido automaticamente um texto explicativo. Para o menu completo de formatação de fonte, você deve clicar no ícone do can- to inferior direito, dessa forma irá aparecer uma tela com várias opções. Selecione um texto, e faça testes com cada recurso/efeito desse menu. 9 Tecnologia da informação 123 Ao selecionar um texto, é possível abrir um mini menu de opções, des- locando o cursor do mouse para cima, ativando dessa forma recursos de formatação. Esse recurso é muito útil, pois visa um melhor aproveitamento do tempo e melhor produtividade. Se você deseja trabalhar com imagens, elementos gráficos ou tabelas, a guia Inserir é o ponto de partida. Nessa guia, é possível inserir elementos como: tabe- las, imagens, formas, clip-arts, além de páginas, links, e vários elementos. Figura 21 - Grupo páginas Fonte: Autor • Páginas: insere páginas. • Folha de rosto: permite escolher uma página de folha de rosto pré-formata- da pelo Word, e adicioná-la ao documento. • Página em branco: para adicionar uma nova página ao documento. • quebra de página: permite inserir uma quebra de página, ou seja, o próxi- mo parágrafo estará na próxima página, independente de quantas linhas ou o espaço que ainda resta na atual. FIQUE ALERTA A quebra de linha para o próximo parágrafo, ou a tecla ENTER, só deverá ser utilizado uma única vez. Se você deseja inserir um novo parágrafo na próxima página, não clique várias vezes em ENTER, pois, caso alterar a formatação, a posição do parágrafo, na nova página, também será alterado. Um estilo reúne um conjunto de formatação pronto para ser aplicado ao texto. A vantagem de utilização de estilos é que você não precisa ficar se preocupando a todo o momento em formatar o seu texto, ou seja, ficar reaplicando a formatação de texto, parágrafo, páginas etc. Basta criar um estilo que contenha todas essas op- ções de formatação, aplicar ao texto, obtendo a formatação rapidamente. O Word 2007 traz vários estilos prontos. Selecione um texto, e na, guia Início, você verá o grupo Estilo. Ao passar o mouse sobre os principais estilos, estes serão aplicados temporariamente. É possível visualizar mais estilos? Você poderá visualizar mais estilos, clicando no botão Mais, no canto inferior direito. 124 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Figura 22 - Grupo estilos Fonte: Autor Você pode modificar um estilo, clicando com o botão direito sobre o nome do estilo, e em seguida Modificar. Na caixa de diálogo, Modificar estilo, clique no botão Formatar, e você verá todos os itens que poderão ser modificados (forma- tação) como: fonte, parágrafo, tabulação etc. Figura 23 - Modificar estilo. Fonte: Autor 9.6 ImPrESSão dE ArquIVo Antes de solicitar a impressão, você pode configurar o documento para visuali- zar o formato da impressão. No canto inferior direito, da janela do Word, fica a bar- ra de zoom. Clicando nas setas + e -, é possível alterar o zoom da janela de texto. Figura 24 - Zoom da janela Fonte: Autor 9 Tecnologia da informação 125 Na guia Exibição, estão disponíveis todos os comandos para exibição comple- ta do documento. É possível alterar o modo de exibição por meio dos grupos Modos de exibição de documento, Mostrar ou ocultar a régua, Linhas de grade, Mapa do documento, Alterar o zoom da página, Abrir nova janela, entre outros. A impressão ou a visualização do documento para impressão é realizada por meio do botão Office, opção Imprimir. Figura 25 - Botão Office, opção imprimir Fonte: Autor Um recurso importante é a Visualização de impressão, que permite verificar como ficará o documento ao ser impresso. Quando se necessita imprimir um arquivo, este deve estar completo e forma- tado adequadamente, permitindo uma visualização legível. Você talvez já tenha recebido um material ou documento impresso com legibilidade prejudicada, fal- tando informação e isso é muito desagradável. Consulte o livro de MORAZ, Eduardo. Treinamento Prático em Word 2007. São Paulo: Digerati Books, 2006. Explore os recursos que estão disponíveis. SAIBA MAIS Conhecendo todos os recursos do Word, você pode formatar seu tex- to de diversas maneiras. Foi isso que aconteceu com dona Marta. Conheça essa bela história. 126 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL cASoS E rELAtoS É POSSÍVEL APRENDER Marta, uma senhora muito humilde, de, aproximadamente, 39 anos, hav- ia sido demitida de seu trabalho depois de 20 anos colaborando em uma grande empresa de malharia, desenvolvendo sempre a mesma função: cos- tureira. Não sabia fazer outra coisa além de costurar. Para Marta, a rotina se resumia em ir à empresa, costurar e fazer o jantar para seus dois filhos. Apesar da rotina, Marta não reclamava de seu trabalho, gos- tava do que fazia. Mas, e agora? O que fazer para encontrar um novo trabalho?Foi aí que Marta teve uma ideia: retornar aos estudos, fazer um curso téc- nico de modelagem a fim de se aperfeiçoar mais na área. Matriculou-se e começou a frequentar as aulas, porém o que Marta não imaginava é que teria de escrever textos no computador. Ela mal sabia ligar e desligar o monitor. Marta conseguiu superar mais este obstáculo; hoje, digita e formata trabal- hos no editor de textos de seu computador, conhece as normas de trabalhos acadêmicos e cria pastas para melhor organizar suas produções técnicas. Realmente o editor de texto mudou a vida de uma senhora simples. Ela se dedicou, experimentou todas as ferramentas disponíveis e obteve sucesso. Você deve fazer o mesmo: experimente na prática utilizar todos os recursos que você acabou de conhecer e deixe seu texto com uma ótima formatação. Depois de tudo pronto, você ainda tem a possibilidade de imprimir. 9.7 ELAborAção dE APrESEntAção muLtImídIA Você conhecerá diversos recursos sobre apresentação multimídia. O Mi- crosoft Power Point 2007 é um dos melhores programas existentes no mer- cado. Você está convidado a navegar e utilizar todos os recursos disponíveis nesse programa. Você verá desde as regras básicas de layout e estruturação de slides, até a in- serção e formatação de elementos gráficos e textuais que vão deixar suas apre- sentações muito melhores. 9 Tecnologia da informação 127 Sua efetiva participação contribuirá para o sucesso da aprendizagem. Por isso, mergulhe no conteúdo, percorra todos os caminhos de conhecimento disponí- veis, faça do aprendizado um grande desafio. 9.7.1 rEgras dE Estruturação A ferramenta de apresentação de slides é muito utilizada nos mais variados meios, desde apresentações simples para trabalhos escolares até grandes propos- tas de projetos. Saber utilizar esse recurso, com domínio e sabedoria, com certeza é algo que trará muitos benefícios a você, pois, além de textos e imagens, você também conta com recursos de sons, vídeos, filmes, movimentos de anima- ção, formas de transição etc. Combinando todos esses itens com criatividade você produzirá excelentes apresentações, independente de sua área de atuação. Aqui você aprenderá a utilizar o Power Point, que é parte integrante do pacote Microsoft Office®, na versão 2007. Ao abrir o aplicativo, você terá acesso à seguinte tela: Figura 26 - Tela principal do MS Power Point Fonte: Autor • 1 - Tela que você trabalhará cada slide individualmente. • 2 - Slide em miniatura, ao clicar em cima de quaisquer deles, aparecerá am- pliado na tela de trabalho com slide individual. • 3 - Espaço reservado para anotações sobre o slide que está sendo trabalhado. 128 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL É importante aprender o recurso de layout, que pode lhe oferecer algumas for- mas de organização dos slides pré-definidos. Para ter acesso, clique na guia Início, em seguida no grupo “Slides”, clique no item Layout. Um menu aparecerá e você terá várias opções de layout oferecidas pelo aplicativo. Cada layout oferece uma forma de organização diferente. Após fazer sua es- colha, basta clicar nos itens que estarão dispostos na tela para utilizar o recurso. Figura 27 - Definindo layout da apresentação Fonte: Autor Clique na guia Design, então no grupo Temas. Você terá acesso a uma varieda- de de opções para definir como slide mestre. Mas você pode construir seu próprio slide mestre. Para isso, ainda no grupo Temas, clique no botão drop down, e na opção Salvar tema atual; feito isso, seu slide personalizado está pronto para ser utilizado como slide mestre. Figura 28 - Escolhendo um design apropriado Fonte: Autor Figura 29 - Salvando um design apropriado Fonte: Autor 9 Tecnologia da informação 129 O termo slide mestre é utilizado quando todos os demais slides seguem um mesmo modelo. Slides são quadro de apresentações de fotos, trabalhos, gráficos, piadas. Você o divide como se fossem arquivos diferentes para ter uma sequência, podendo utilizar recursos como músicas e apresentações automáticas. VOCÊ SABIA? Já teve contato anteriormente com o Power Point? Não? Então, agora é hora de experimentar o programa. 9.7.2 insErção dE figuras E arquivos Para inserir textos em uma apresentação de slides, clique na guia Inserir, no grupo Texto, escolha a opção Caixa de texto, conforme figura a seguir. Em se- guida, clique e mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse sobre o slide que está sendo trabalhado. Arraste o mouse para a área onde o texto será escrito. Pronto, você já pode inserir seu texto. Figura 30 - Inserindo caixas de texto na apresentação Fonte: Autor Para utilizar imagens em seus slides, clique na guia Inserir; em seguida, no grupo Ilustrações, clique em Imagens. Feito isso, aparecerá uma tela onde você terá que escolher a imagem que será inserida. Clique sobre a imagem escolhida, e depois em Inserir, dê um clique com o botão esquerdo para acesso ao grupo de opções de manipulação da imagem e uma nova guia aparecerá com o nome Formatar. Figura 31 - Inserindo imagens na apresentação Fonte: Autor 130 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Figura 32 - Inserindo imagens na apresentação Fonte: Autor Você terá várias opções de manipulação de imagem, que se dividem em qua- tro grupos. Acompanhe: • Ajustar: alterar características da imagem com contraste e brilho ou até mesmo fazer a alteração (troca) da imagem selecionada. • estilos de imagem: mudar o ângulo, a borda, forma da imagem, sombra, 3D etc. • organizar: alterar a disposição da imagem como girar, alinhar, enviar para traz, trazer para frente etc. • Tamanho: configurar a área que a imagem ocupará como largura, altura, efetuar cortes na imagem, etc. FIQUE ALERTA Para ter o domínio sobre os recursos de manipulação de imagens, você deve fazer testes, utilizando todos os recursos. Com isso, você terá conhecimento da ferramenta como um todo e poderá aplicar os melhores efeitos em suas imagens. Com esse recurso, você poderá colocar músicas em sua apresentação, escolhen- do o início e o término da execução ou configurar um loop (repetição) da música. Para isso, clique na aba Inserir; em seguida, clique na opção som, conforme mostra a figura a seguir: Figura 33 - Inserir som como elemento de apresentação Fonte: Autor Após clicar na opção som, uma nova janela aparecerá. Escolha a música e logo outra janela surgirá, solicitando que você opte em Iniciar Automaticamente ou quando Clicado. Um novo item aparecerá na janela de animações personaliza- das o qual se refere à música inserida na apresentação. Clique com o botão direito do mouse e vá à opção opções de efeito. 9 Tecnologia da informação 131 Figura 34 - Definindo sequência e configuração dos itens Fonte: Autor Faça várias configurações na música inserida, como: • quando a música começará a tocar; • quando a música irá parar de tocar; • o volume da música; • as repetições da música etc. Figura 35 - Configurando propriedades do som na apresentação Fonte: Autor Só para relembrar, à medida que você for construindo sua apresentação, execute-a com a tecla F5 para visualizar se o efeito foi aplicado corretamen- te. Salve sua apresentação constantemente. Outra possibilidade é inserir filmes. Veja como proceder. 132 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Para inserir filmes/vídeos em sua apresentação, você deve ir à aba Inserir; em seguida, no grupo Clipes de mídia, clique no item Filme; escolha o filme e insira-o na apresentação. Feito isso, dê um clique sobre o filme para selecioná-lo. Você terá acesso ao grupo Opções de filme, manipule seus filmes/vídeos, ou seja, quando o filme começará sua execução, quando irá parar, volume, animações, etc. Figura 36 - Trabalhando com filmes na apresentação Fonte: Autor Essa opção possibilita você a mudar a cor de fundo de sua apresentação de slides. Plano de fundo é algo importante em uma apresentação, porém, deve-se ter mui- to cuidado com essa escolha. Um dos principais cuidados é que um plano de fundo não deve ter a mesma cor do texto nem tonalidades próximas,pois isso dificulta a leitura e torna a apresentação cansativa. Para ter acesso a esse recurso, clique na guia Design. No grupo Planos de fundo, clique no item estilos de plano de fundo Figura 37 - Alterando plano de fundo Fonte: Autor Caso nenhuma das opções estiver de acordo com sua apresentação, você poderá criar seu próprio plano de fundo. Para isso, após clicar em Estilos de plano de fundo, clique em Formatar plano de fundo; então, você terá aces- so opções, como: • cor; • preenchimento; • preenchimento com textura; • gradiente; • transparência etc. 9 Tecnologia da informação 133 Figura 38 - Alterando estilo de plano de fundo Fonte: Autor Agora que você já conhece tantos recursos do programa, fica fácil utilizá-los. Explore cada um desses recursos. Se você desejar ampliar ainda mais seus conhecimentos sobre o assunto, leia, CINTRA, Jose Carlos A. Técnica de Apresentação oratória aplicada às apresentações com data- show. São Carlos, SP: Rima, 2007. SAIBA MAIS Os slides necessitam de atenção especial. Existem algumas dicas pre- ciosas que podem auxiliar o profissional a fazer excelentes apresentações. Acompanhe atentamente essas dicas porque você também precisará elabo- rar uma apresentação. Um ou dois slides para apresentar os motivos da apresentação. De um a três slides para delinear o problema, o tema apresentado, a abrangência/restrições da pesquisa ou assunto, quais foram os critérios usa- dos para delimitar o assunto e os métodos que foram empregados para o levantamento das informações. Entre três e quatro slides para apresentar os resultados da pesquisa. De um a dois slides para apresentar as conclusões, que devem estar rela- cionados aos objetivos apresentados. Realmente não é possível se apresentar em público sem um bom recurso audiovisual, para que haja um direcionamento da informação e atraia a aten- ção dos envolvidos. Portanto, essa apresentação deve seguir alguns padrões e ter objetividade. 134 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL cASoS E rELAtoS UMA APRESENTAÇÃO DE SUCESSO Márcia trabalha em uma rede de supermercados como gerente geral de atendimento. Ela é responsável por 30 lojas distribuídas no estado de Mi- nas Gerais. Recentemente, foi convidada a fazer uma apresentação para os gerentes dos outros estados brasileiros para compartilhar as boas práticas que foram implantadas em sua região e que resultaram em um aumento das vendas em cerca de 30%. Márcia ficou apreensiva, pois nunca havia feito uma apresentação dessa natureza para um grupo de gestores tão conceituado. Ela sentiu o peso dessa responsabilidade e pensou em como deveria agir para fazer uma boa apresentação. Ela separou todas as informações que precisaria apresentar. Revisou com cuidado todos os assuntos, elaborou um bom resumo e selecionou as in- formações importantes que colocaria nos slides. Depois de selecionar as informações criou os slides e treinou a apresentação para verificar se ela conseguiria fazê-la dentro do tempo de que dispunha. No dia marcado, Márcia fez sua apresentação e se saiu muito bem. Foi aplaudida por seus pares e elogiada por seu desempenho e iniciativa. Ela saiu satisfeita da reunião e orgulhosa do trabalho realizado. Na saída, o diretor geral da empresa a abordou e disse-lhe que era exemplo de dedi- cação e profissionalismo para toda a companhia. Esse reconhecimento da empresa fez com que ela se motivasse ainda mais para o trabalho. Tempo e organização são fundamentais na elaboração de uma apresen- tação, concorda? Com todas as informações disponíveis você deve explorar esse conteúdo. 9.7.3 formatação Antes de iniciar os estudos sobre mais uma ferramenta importante do apre- sentador de slides: as animações e transições, você verá uma situação que permi- tirá identificar a importância do uso correto da ferramenta. 9 Tecnologia da informação 135 cASoS E rELAtoS UM DESASTRE José, Jonas, César e Marcos fazem parte de uma equipe de melhoria de pro- cessos produtivos na empresa onde trabalham e são conhecidos como “es- quadrão solução”. Todos os anos as equipes que desenvolveram bons trabal- hos de melhoria são convidados a participar de seminário para divulgação dos mesmos e os melhores são premiados. Neste ano, a equipe foi selecionada para apresentar o seu trabalho neste sem- inário. Todos estavam felizes com o convite e agora precisavam preparar a apresentação. O projeto de melhoria desenvolvido pelo “esquadrão solução” era excelente porque reduziu os custos de produção em 48%. O gerente da área disse-lhes que tinham chances de serem premiados porque o projeto era muito bom e tinha gerado uma economia considerável para a empresa. Eles preparam a apresentação. Chegou o dia marcado e a equipe se posi- cionou no palco para fazê-la. Infelizmente, a apresentação dos slides era pés- sima. O fundo da tela e a cor da fonte não permitiam uma leitura adequada do texto. Além disso, a cada transição de slides, o som de um carro de cor- ridas fazia com que a plateia se distraísse. O tempo de apresentação também ultrapassou o limite estipulado pela comissão julgadora. Infelizmente, o excelente projeto de melhoria não foi classificado porque a apresentação dos slides não foi adequada. Preparar as apre- sentações adequadamente pode contribuir de forma significativa para o sucesso de uma atividade. Avaliando o caso citado anteriormente fica claro que formatar corretamente uma apresentação é extremamente importante. Comece pela parte de transição de slides. Clique na aba Animações e apare- cerão os recursos de animações. Um deles é Formas de transição para este slide. Passe o cursor para visualizar o efeito causado pela animação. Após escolher a opção desejada, você pode optar se esta animação se aplicará apenas ao slide se- lecionado ou em todos os demais. Caso a segunda opção seja a escolhida, clique em Aplica a todos. 136 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Figura 39 - Configurando transição de slides Fonte: Autor Para ter acesso a mais opções de transição de slides, você terá de clicar no menu drop down. Figura 40 - Escolhendo opções de animação de slides Fonte: Autor Figura 41 - Ampliando opções de animação de slides Fonte: Autor Aqui, você aprenderá a utilizar um recurso muito importante na área de apre- sentadores de slides. São as animações personalizadas, que dão mais vida a sua apresentação e a torna mais vistosa e plausível. Tal recurso trata cada item de sua apresentação, como um item independente, onde cada um poderá receber sua própria animação. Para acessar essa ferramenta, clique no menu Animações. Selecione um item qualquer em seu slide (imagem, texto etc.), aplique uma animação, clique no bo- tão Adicionar efeito. 9 Tecnologia da informação 137 FIQUE ALERTA O botão Adicionar efeito só poderá ser acessado se um item no seu slide for pré-selecionado. Após você ter selecionado um item e ter clicado no botão Adicionar efei- to, algumas opções aparecerão: • entrada: é utilizado para inserir uma animação, para entrar (aparecer) o item selecionado. • saída: é utilizado para inserir uma saída no item selecionado. • Ênfase: é utilizado para inserir um movimento extra ao item selecionado. • Trajetória de animação: é utilizado para criar seus próprios movimen- tos de animação. FIQUE ALERTA Essa ferramenta deve ser utilizada com cautela. Você não deve exagerar nas animações. Isso pode causar a impressão de que sua apresentação está desorganizada e causar um cansaço visual nas demais pessoas que estiverem prestigiando sua apresentação. Dentro das animações, você poderá encontrar as seguintes possibilidades: movimentos e sons. Acompanhe! movimento de entrada Esse movimento é inserido toda vez que você deseja que um item execute algum movimento antes que ele apareça em seu slide. Após você escolher o tipo de efeito de entrada, algumas opções estarão disponíveis. A opção Início apre- sentará algumas alternativas para definir o momento em que a sua animação de entrada será executada. Por exemplo:será após um clique do mouse; será exe- cutada juntamente ou após a animação anterior. Outra opção é a direção, onde você poderá definir o sentido que sua ani- mação será executada (direita, esquerda, horizontal, vertical etc.). A última op- ção é a Velocidade, que determina se a animação será executada de maneira lenta, média ou rápida. Dependendo da animação escolhida, algumas dessas opções não estarão disponíveis. 138 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Figura 42 - Personalizando uma animação Fonte: Autor movimento de saída O movimento de saída é inserido toda vez que você deseja que um item execute algum movimento de saída de seu slide. Os princípios para o uso dessa opção são os mesmos do movimento de entrada, pois aqui você também pode escolher a forma como o item selecionado sairá do seu slide. movimento de ênfase Uma ênfase é um movimento que ocorre depois que um item já executou seu movimento de entrada. Veja o exemplo: Uma imagem entra em sua apresentação com uma velocidade média, após um clique do mouse. Em seguida, esta imagem executa uma rotação de 360° sen- tido anti-horário. Este giro de 360° é o movimento de ênfase. trajetórias de animação Com as trajetórias de animação você, pode definir as trajetórias para os itens do seu slide. Para facilitar o trabalho com animações, leia as dicas. • Primeira dica- Você deve conhecer bem as sinalizações dispostas na janela Personalizar animação: 9 Tecnologia da informação 139 • segunda dica- À medida que as animações forem inseridas, pressione a te- cla F5 para visualizar se a animação foi aplicada corretamente. inserindo sons nas animações Para utilizar esse recurso, um efeito de animação deve ser inserido. Feito isso, clique com o botão direito sobre um dos efeitos; em seguida, na opção opção de efeitos. Figura 43 - Opções de animação Fonte: Autor Figura 44 - Inserindo sons nas animações Fonte: Autor Na aba Efeitos, você poderá atribuir efeitos sonoros aos de animação. Figura 45 - Exemplo de efeitos de animação Fonte: Autor FIQUE ALERTA Você deverá ter cautela ao utilizar o recurso de sonorização, pois, se utilizado em excesso, poderá tirar o foco do tema principal. 140 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Uma apresentação com animação faz toda a diferença, desperta a atenção de quem acompanha, fica mais atrativa, porém, precisa ser bem produzida. Para que você possa aprofundar seus conhecimentos sobre o que foi estudado neste capítulo, temos uma opção de leitura à disposição: BRITO, Ronaldo Paes. Curso essencial de PowerPoint 2007. São Paulo: Digerati Books, 2006. SAIBA MAIS 9.8 PLAnILHA ELEtrônIcA As planilhas eletrônicas são utilizadas para relacionar informações, gerar esta- tísticas e, principalmente, apontar resultados. Os cálculos são feitos pelo sistema automaticamente e podem ser resultados de fórmulas inseridas pelo usuário. Dentre essas ferramentas se destacam: Microsoft office excel Ferramenta desenvolvida pela Microsoft, essa se tornou o programa de planilha eletrônica mais utilizado do mercado, pois agiliza muito o processamento e a com- paração de informações que envolvem cálculos. A extensão padrão do software na versão 2010 é xLSx e para utilizá-lo devemos adquirir licenças do mesmo. Figura 46 - Interface do Programa Microsoft Excel Fonte: Autor 9 Tecnologia da informação 141 OpenOffice.org Calc Esse software de planilha eletrônica gratuito é bastante similar ao Microsoft Excel. O programa possui tratamentos exclusivos para geração de gráficos, utili- zando os dados dispostos na planilha. Com ele é possível criar a folha de cálculo em formato PDF e a extensão utilizada é ods. Figura 47 - Interface do programa OpenOffice.org Calc Fonte: Autor Neste material iremos explorar, a seguir, algumas das configurações e dos re- cursos do Microsoft Office Excel 2010. 9.8.1 intErfacE As guias do Microsoft Office Excel são muito semelhantes às guias do Micro- soft Word, havendo a variação, no Excel, das guias de Fórmulas e de Dados. • Acesso ao Programa O Programa Excel pode ser iniciado de duas maneiras: a primeira é abrindo uma Planilha do Excel já existente e a segunda é abrindo o programa pelo seu atalho. 1ª Figura 48 - Abrindo planilha existente Fonte: Autor 142 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 2ª Figura 49 - Abrindo planilha pelo programa iniciar Fonte: Autor Quando aberto, o Excel exibe como cabeçalho o nome do arquivo ou a suges- tão para o nome do arquivo, nesse caso “Pasta1”. Figura 50 - Cabeçalho de planilha Excel Fonte: Autor No Excel trabalhamos com “pastas de trabalho” e cada pasta pode conter vá- rias planilhas. Identificamos uma planilha no Excel pelo nome e sua ordenação na pasta de trabalho. Exemplo: Figura 51 - Inserido planilhas de Excel Fonte: Autor Temos na figura acima (fig. 51), uma pasta de trabalho chamada “Pasta1” con- tendo três planilhas: Plan1, Plan2 e Plan3. Cada planilha é independente da outra e pode ser renomeada pelo usuário, basta clicar com o botão direito do mouse no nome e escolher a opção renomear. 9 Tecnologia da informação 143 Figura 52 - Renomeando a planilha Fonte: Autor Para criar novas planilhas basta clicar em ou na combinação de teclas Shift+F11. Cada planilha possui linhas e colunas, as linhas são numeradas de 1 a 1.048.576 e as colunas seguem ordem alfabética chegando ao total de 16.384 combinações. 9.8.2 Estrutura dE uma planilHa A intercessão entre uma linha e uma coluna forma uma célula e cada célula leva o nome da coluna em combinação com o número da linha. Exemplo: Figura 53 - Selecionando células Fonte: Autor Temos neste momento a coluna A1 selecionada e confirmamos isto através da informação contida na caixa de nome. Quando selecionamos um intervalo de células como o da figura (fig.53), abaixo o, nome mostrado na caixa de nome é sempre da célula que foi selecionada por primeiro, e podemos “ler” este intervalo como: A2:B3 (A2 “até” B3) Figura 54 - Seleção de intervalo de células Fonte: Autor 144 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 9.8.3 mEsclagEm dE células Podemos fazer com que duas ou mais células se tornem uma só; para isso, utilizamos a ferramenta Mesclar Células. Primeiramente selecione o intervalo de células que se deseja mesclar, em seguida clique em Mesclar e Centralizar. Figura 55 - Mesclando células Fonte: Autor 9.8.4 tamanHo das células Quando digitamos as informações nas células, não há necessidade de nos pre- ocuparmos com a altura ou largura das mesmas. Após a digitação do conteúdo desejado, basta clicar entre a identificação das colunas ou linhas e arrastar o mou- se até o tamanho desejado. Figura 56 - Alteração do tamanho da célula Fonte: Autor 9.8.5 bordas E visualização dE imprEssão As linhas de grade do Excel por padrão não são impressas, servem apenas para melhorar a visualização das informações digitadas. Para conferir se as bordas es- tão ou não ativadas, podemos clicar no menu Arquivo no canto superior esquer- do da janela, em seguida clicamos em imprimir. 9 Tecnologia da informação 145 Figura 57 - Visualizando linhas da planilha Fonte: Autor Para adicionar bordas às células, selecionamos as células desejadas e em segui- da acessamos as opções de bordas presente na guia Página Inicial, no grupo Fonte. Figura 58 - Formatando linhas de grade Fonte: Autor 146 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Figura 59 - Visualizando linhas da tabela pela função Imprimir Fonte: Autor 9.8.6 formato dE células Podemos configurar antecipadamente a característica do conteúdo de cada célula ou intervalo. Isso facilita a digitação e o formato do conteúdo. Para isso, se- lecionamos a célula ou um intervalo de células e na guia Página Inicial, no grupo Número, temos uma lista com os principais formatos de células. Figura 60 - Formatando células Fonte: Autor 9.8.7 sEquências numéricas E tExtuais Quando pretendemos usar sequências numéricas ou textuais em uma planilha, po- demos digitar parte dessas sequências e depois acionar sua continuação automática. Para isso usamos a alça de preenchimento.9 Tecnologia da informação 147 Figura 61 - Usando sequenciais ou textuais na planilha Fonte: Autor 9.8.8 fórmulas, cálculos E funçõEs No Excel podemos realizar cálculos estatísticos, trigonométricos, financeiros, ló- gicos, entre outros, manualmente ou utilizando o assistente de funções pré-defini- das.Para inserir fórmulas de maneira manual, utilizamos os seguintes operadores: operadores Matemáticos: * Multiplicação / Divisão + Soma - Subtração operadores lógicos: < Menor > Maior 148 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL <= Menor ou Igual >= Maior ou Igual <> Diferente =Igual Também podemos utilizar as funções pré-definidas. Como exemplo, vamos calcular o tempo Total de horas (C22) do cronograma utilizando uma função cha- mada de SOMA. Figura 62 - Inserido fórmulas na planilha Fonte: Autor Para isso, selecionamos a célula desejada a receber o resultado, e acionamos o assistente de funções do Excel através do botão Fx. Figura 63 - Função Fx para inserir fórmula de cálculo Fonte: Autor Selecionamos na Guia Fórmulas o nome da função ou a operação que se de- seja realizar. Figura 64 - Selecionando Função Soma Fonte: Autor Selecionamos o intervalo de células que se deseja somar. Em seguida cli- camos em OK. 9 Tecnologia da informação 149 Figura 65 - Selecionando intervalo de Soma Fonte: Autor Figura 66 - Cálculo da soma de células Fonte: Autor 9.8.9 gráficos Para criar gráficos no Excel, basta selecionar os dados que se deseja relacionar e em seguida acionar a opção com o estilo do gráfico na guia Inserir. Figura 67 - Inserindo gráfico Fonte: Autor 150 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Para editar o título do gráfico, basta clicar sobre o mesmo e digitar o título desejado. Figura 68 - Editando títulos do Gráfico Fonte: Autor 9.8.10 rEfErência fixa Em muitas situações nas tabelas, não podemos usar a maneira automática para realizar os cálculos sem utilizar a Referência Fixa, que consiste em definir qual célula será utilizada para todos os cálculos da coluna ou linha correspondente. A seguir temos um exemplo de utilização de referência fixa em uma planilha de venda de materiais elétricos, com os seguintes critérios para pagamento: Além do valor a vista, a loja aceita pagamentos parcelados em 6 ou 10 vezes com acréscimos de 5% e 11% respectivamente. Para esses cálculos, após a montagem da planilha, inserimos as fórmulas com base nos critérios já informados. Figura 69 - Passo a passo do cálculo com referência fixa Fonte: Autor 9 Tecnologia da informação 151 Passo 1: Para calcular o preço do material elétrico vendido em 6 parcelas, precisamos acrescentar 5% do valor do jogo ao preço a vista. A fórmula matemática seria: (26,60x5%)+26,60= (1,33)+26,60= 27,93 Começamos a fórmula com o sinal de = (Igual), substituímos os valores pelas células que contém esses valores na planilha, e a fórmula em Excel seria: =(B6*B2)+B6 Figura 70 - Construindo a fórmula de cálculo Fonte: Autor Figura 71 - Cálculo do custo do material elétrico Fonte: Autor Figura 72 - Preenchimento das células com cálculo sem colocarmos a Referência Fixa Fonte: Autor 152 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL O valor da maioria dos materiais elétricos não corresponde aos valores corretos. Conferindo a fórmula através da barra de fórmulas observamos: Linha 6 =(B6*B2)+B6 Correto Linha 7 =(B7*B3)+B7 errado Linha 9 =(B8*B4)+B8 errado A fórmula inserida para calcular o valor dos materiais elétricos com parcela- mento em 6x está correta, porém ao usarmos a alça de preenchimento para co- piar a fórmula para os demais jogos, nos deparamos com um erro: Neste caso, todos os cálculos da coluna C serão o preço do material elétrico mul- tiplicado pelo acréscimo de 5%, somado ao preço do material elétrico novamente. Percebe-se que o acréscimo de 5% contido na coluna B2 é uma Referência Fixa nas fórmulas em todas as linhas desta coluna. Sendo assim, quando uma fórmula contém Referência Fixa devemos “travar” a célula da Referência Fixa com o símbolo $. Reescrevemos a fórmula, travando a Referência Fixa =(B6*$B$2)+B6. Durante a edição da fórmula na barra de fórmula, digite o símbolo $ antes da letra da coluna e do número linha ou simplesmente pressione a tecla F4 sobre a posição que deseja fixar. Agora poderemos usar a alça de preenchimento para copiarmos a fórmula para as outras linhas. Figura 73 - Fórmula com referência fixa para travar a célula e utilização da alça para o preenchimento das células seguintes Fonte: Autor Figura 74 - Uso da alça de preenchimento após a aplicação da Referência Fixa Fonte: Autor 9 Tecnologia da informação 153 Passo 2: Para calcularmos o valor da parcela para pagamento em 6x na coluna d. Para o primeiro material elétrico na linha 6, a fórmula matemática seria: 27,93/6 Reescrevendo a fórmula para o Excel: =C6/6 Embora o número de parcelas, que no caso é 6, seja uma Referência Fixa, não precisamos travar esse valor na fórmula porque o valor está sendo digitado na fórmula, não está sendo utilizado o conteúdo de uma célula. Temos na célula A2 o texto “Preço em 6 x adicionar”, mas não podemos usar essa célula porque o número 6 está inserido nela junto com um texto, portanto o Excel não pode realizar um cálculo usando esta célula. Usamos a alça de preenchimento: Figura 75 - Utilizando a fórmula Excel e a alça de preenchimento para cálculo de valor por parcela Fonte: Autor Passo 3: Para o cálculo do preço do jogo para pagamento em 10x, seguindo os critérios estabelecidos, o preço a vista do jogo terá um acréscimo de 11%, portanto: Fórmula Matemática: (26,60*11%)+26,60= (2,93)+26,60= =29,53 Fórmula no Excel =(B6*$B$3)+B6 Travamos (F4) a célula B3 que contém o valor 11% como Referência Fixa. 154 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Figura 76 - Cálculo do custo dos materiais elétricos em 10x Fonte: Autor Utilizamos a alça de preenchimento: Figura 77 - Uso da alça de preenchimento para o cálculo dos demais materiais elétricos Fonte: Autor Passo 4: Para calcularmos o valor de cada parcela para pagamento em 10x Fórmula Matemática: 29,53/10=2,95 Fórmula no Excel: =e6/10 O valor 10, embora Referência Fixa, est á sendo digitado na fórmula, portanto não deve ser travado. Figura 78 - Uso da fórmula Excel para o cálculo do valor da parcela em 10x Fonte: Autor Usamos a alça de preenchimento: 9 Tecnologia da informação 155 Figura 79 - Uso da alça de preenchimento para completar os valores das parcelas em 10x Fonte: Autor 9.8.11 protEção dE células E planilHa Após a conclusão da construção da planilha, é recomendado protegermos as células que contém as fórmulas para que essas não sejam modificadas aciden- talmente. Para isso selecionamos apenas as células onde os valores poderão ser alterados, conforme exemplo a seguir: Figura 80 - Protegendo as células da planilha Fonte: Autor Após a seleção, acesse a guia Página Inicial, no grupo Fonte clicamos em For- matar, em seguida em Formatar Células. Na janela que segue, clicamos na aba Proteção e desmarcamos a caixa Blo- queadas e clicamos no oK. Figura 81 - Proteção de planilhas Fonte: Autor 156 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Para concluir a proteção, devemos acessar a guia Revisão, no grupo Altera- ções, no item Proteger Planilha e definir uma senha de proteção. Selecionamos as permissões desejadas, inserimos e confirmamos a senha: Figura 82 - Selecionando as permissões Fonte: Autor Figura 83 - Adicionando senha para a proteção da planilha e confirmando a senha Fonte: Autor Ao tentar editar uma célula bloqueada, o usuário recebe a seguinte mensagem: Para alterar ou desbloquear a planilha, o Excel irá solicitar a senha cadastrada anteriormente. 9 Tecnologia da informação 157 rEcAPItuLAndo Você pôde conferir como um editor de textos funciona, em específico o Word, um editor de textos muito conhecido no mercado. Foram apre- sentadas a você as ferramentas de edição de textos para ajudá-lo a criar documentos de alta qualidade. O Word permite a manipulação de objetos como: figuras, tabelas, for- masgeométricas, textos animados, colunas, estilos, parágrafos, cabeça- lhos, notas de rodapé e várias outras opções básicas e avançadas, que es- tão à sua disposição para explorar e conhecer. Todas essas ferramentas, que estão inseridas em um editor de textos, vão permitir que você possa aprimorar ainda mais seus relatórios, reda- ções e outros documentos diversos em sua função. Você viu nesse capítulo, como o programa Microsoft PowerPoint pode facilitar sua vida na hora de criar a apresentação. Alguns dos recursos mais básicos do PowerPoint podem ser considera- dos como a definição de estruturas de layout, que permitirão incluir ima- gens, tabelas, texto, gráficos, escolher o design mais apropriado para o perfil de sua apresentação. Ainda, é possível modificar a sequência da apresentação com recursos de transição e animação dos componentes de cada slide, mas também se deve cuidar para não abusar dos recursos, pois pode provocar uma sensa- ção de cansaço visual ou desorganização! Além disso, podemos animar uma apresentação colocando filmes ou sons, o que caracteriza o programa como multimídia, pois trabalha com diferentes tipos de mídia, que são combinações de mídias estáticas, como textos, fotos, mapas e desenhos, com mídias dinâmicas, que podem in- cluir, entre outros, filmes, músicas, desenhos animados. rEfErêncIAS ANDRADE, Maria Margarida; HENRIQUES, Antônio . redação prática: planejamento, estruturação e produção de textos. São Paulo: Atlas, 1999. BANRISUL. Memorial descritivo. Disponivel em: <http://ww2.banrisul.com.br/bnm/data/Ane- xoV0000917-2011.pdf> Acesso em 23 jan. 2012. BROWN, H. Douglas. Teaching by principles: an interactive approach to language pedagogy. 3ed. Inglaterra: Pearson Education, 2007. CAMPEDELLI, Samira Youssef; SOUZA, Jésus Barbosa de. Produção de textos & usos da lingua- gem: curso de redação. 2 ed. São Paulo, SP: Saraiva, 1999. 288 p. CEGALLA, Domingos Paschoal. novíssima gramática da língua portuguesa. 43 ed. São Paulo: Editora Nacional, 2000. CUNHA, Celso. gramática da língua portuguesa. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 1983. FERREIRA, Aurélio, Buarque de Holanda. novo dicionário da língua portuguesa. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. GRANATIC, Branca. Técnicas básicas de redação. São Paulo: Scipione, 1995. GUANDALINI, Eiter Otávio. Técnicas de leitura em inglês: ESP- English for Specific Purposes. São Paulo: Texto novo, 2002. GUIDIN, Márcia Lígia. especial para a página 3 pedagogia & comunicação. Disponível em: <http:// educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u7.jhtm> Acesso em 22 set. 2011. HARMER, Jeremy. How to teach english. Inglaterra: Pearson Education Limited,1998. HEDGE, Tricia. Teaching and learning in the language classroom. 3 ed., New York: Oxford, 2002. INFANTE, Ulisses. do texto ao texto: curso prático de leitura e redação. 6 ed. São Paulo: Scipione, 2000. 312 p. KOCH, Ingedore Villaça. o texto e a construção dos sentidos. 5 ed. São Paulo: Contexto, 2001. LINDSAY, Cora; Knght Paul. learning and teaching english. New York: Oxford, 2010. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL160 MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português instrumental: de acordo com as atuais normas da ABnT. 29 ed. São Paulo: Atlas, 2010. Disponí- vel em: <http://www.abnt.org.br/> Acesso em 10 out 2011. MEDEIROS, João Bosco. Técnicas de redação. 4ed. São Paulo: Atlas, 1997. ___________. redação científica. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1997. MUNDO EDUCAÇÃO. Países que falam português. Disponível em <http://www. mundoeducacao.com.br/geografia/paises-que-falam-portugues.htm>. Acesso em 20 out 2009. MURCIA, Marianne Celce. Teaching english as a second or foreign language. 3 ed. Estados Unidos: Heinle e Heinle Thompson Learning, 2001. PORTUGUES FÁCIL. Hifenização. Disponível em: <www.portuguesfacil.net> Acesso em 22/09/2011. SACCONI, Luiz Antonio. nossa gramática. 15 ed. São Paulo: Atual Editora, 1999. SARMENTO, Leila Lauar. oficina de redação. São Paulo: Moderna, 2003. SARMENTO, Leila Lauar; TUFANO, Douglas. Português: literatura, gramática, produção de texto. São Paulo: Moderna, 2004. 447 p. SERAFINI, Maria Teresa. Como escrever textos. 11 ed. São Paulo: Globo, 1985. 221 p. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. Departamento Regional de Minas Gerais. Inglês técnico. Itabira/MG: Centro de Formação Profissional Pedro Martins Guerra, 2004. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. gestão de pessoas: co- municação oral e escrita. Módulo Básico. Brasília: SENAI/DN, 2011. 142 p. il. (Série Segurança do Trabalho). SEVERINO, Joaquim Antônio. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2001. WIDDOWSON, H. G. . Aspects of language teaching. New York: Oxford,1990. AnExo ANExO 1 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL162 ANEXOS 163 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL164 ANEXOS 165 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL166 ANEXOS 167 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL168 ANEXOS 169 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL170 ANEXOS 171 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL172 ANExO 2 glossário automação Este glossário reúne os termos e as siglas mais utilizados na área de Automa- ção Industrial, em língua portuguesa e inglesa. Os termos e siglas em língua ingle- sa têm suas respectivas traduções entre parênteses. a Agv (Automated guided vehicle, veículo guiado Automaticamente) Robô de transporte que se locomove no ambiente de produção, sem necessi- tar de trilhos para definir a sua trajetória. Análise de agrupamento Método que examina a similaridade entre cada par de objetos formando gru- pos altamente similares. A análise de agrupamento requer a formação de uma matriz (componente-máquina), que pode ser rearranjada pelo método manual ou por meio de algoritmos de agrupamento. APT (Automatic Programmed Tools, Ferramentas Programadas Automa- ticamente) Linguagem de programação usada por computador, a qual gera um programa em fita ou similar para operar máquina-ferramenta numericamente controlada. ArM (significa “braço” em inglês) Use: Braço articulado Arquitetura de robô Estrutura física composta por diversos elementos, mecanismos, dispositivos e subsistemas que caracterizam os tipos de robôs. AutoCad Tipo de programa de projeto de computador desenvolvido pela Autodesk e largamente utilizado em aplicações profissionais de CAD. Automação Use: Automação Industrial Automação fixa Automação aplicada nos sistemas de manufatura, cujo volume de produção é muito elevado, caracteriza-se por não permitir alteração do processo após a defi- nição do sistema e seus componentes. ANEXOS 173 Automação flexível Automação aplicada nos sistemas de manufatura que capacita robôs ou má- quinas-ferramenta a executarem multitarefas, adaptarem-se e autorreprograma- rem-se por meio de sistemas tecnológicos. Automação industrial Tecnologia aplicada em sistemas complexos, com princípios mecânico, elétrico, eletrônico, baseada no uso de computadores na operação e controle da produção. Automação programada Tipo de automação flexível - na qual a sequência de operações é determi- nada por programa - utilizada em sistemas de manufatura em que a produ- ção é relativamente baixa e os produtos são variados, exigindo equipamen- tos com alto grau de adaptabilidade. Automação programável Use: Automação programada Automatic guided vehicle Use: AGV Automatically Programmed Tools Use: APT Automatização Use: Automatização industrial b Braço articulado Parte da arquitetura do robô, que permite sua articulação por meio de graus de liberdade, formada pela conexão de elos e juntas. Bridges(Pontes) Dispositivo que permite a interconexão de redes de computadores, cujos ca- beamento e/ou método de acesso sejam completamente distintos, ou que sirva para segmentar uma rede com a finalidade de isolar o tráfego entre segmentos. c CAd (Computer-Aided design, desenho / Projeto Auxiliado por Computador) Software aplicado aos sistemas gráficos para auxiliar na criação, elaboração e/ ou modificação de desempenho de projeto. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL174 CAd 2d Tipo de CAD que permiti definire manipular representações geométricas so- bre um sistema de coordenadas cartesianas. CAd/CAM (Computer-Aided design / Computer-Aided Manufacturing, desenho/Projeto Auxiliado por Computador / Manufatura Auxiliada por Computador) Software com recursos, integrados ou não, de CAD e CAM que possibilita a imple- mentação de processos automatizados de desenho de projetos e produção de peças. CAdd (Computer-Aided design and drafting, desenho e Anotações Auxi- liados por Computador) Tipo de CAD com recursos adicionais para ser aplicado na criação de um pro- duto e na produção da documentação de um projeto. CAdP (Computer-Aided dimensional Planning, Planejamento dimensio- nal Auxiliado por Computador) Software de planejamento que pode ser usado para melhorar a eficiência di- mensional, ajustar tolerâncias economicamente e racionalizar cada operação do processo de fabricação. Este sistema pode ser incorporado a um sistema CAD/CAM. CAe (Computer-Aided engineering, engenharia Auxiliada por Computador) Software que permite simular as condições físicas de trabalho ou de processo a que será submetido o modelo, possibilitando análise de seu comportamento. CAM (Computer-Aided Manufacturing, Manufatura Auxiliada por Com- putador) Software aplicado no processo de manufatura para gerar o caminho da ferra- menta na operação de usinagem de peças e controlar, de maneira informatizada, o transporte e armazenagem de itens de produção. Camada de aplicação Constitui-se numa sub-rotina que identifica o sistema de memórias no qual o programa de usuário aloca a mensagem a ser transferida. Camada de apresentação É responsável pela forma de apresentação do código da mensagem, ou seja, possui a função de converter os códigos dentro da especificação lógica do sistema. Camada de enlace Assegura que o conteúdo da mensagem gerado em sua origem seja exata- mente igual ao conteúdo no local de destino. Para tal, essa camada possui uma sub-rotina, muitas vezes constituída por um algoritmo especial, que permite a detecção de erros de comunicação, em nível de camada física, mantendo a inte- gridade da mensagem. ANEXOS 175 Camada de rede Cuida da rede, achando um meio melhor de transportar a mensagem. Agrega ou mo- difica endereços, na mensagem, ao longo da rede. Possui, portanto, a função de ende- reçamento, de forma a promover todo o roteamento da rede por meio de seus recursos. Camada de sessão Responsável pelo estabelecimento da conexão é ela que maneja e sincroniza as conexões entre dois processos, estabelecendo uma senha ou ficha de acesso para pronto estabelecimento da sessão de comunicação. Camada de transporte Possui como função principal o controle de fluxo, estabelecendo a melhor ma- neira de transportar as mensagens da rede. Camada física Esta é uma camada necessária em todos os protocolos de comunicação, pois é nesta camada que se incluem as funções de ativar, manter e desativar a conexão física. CAPP (Computer-Aided Process Planning, Planejamento de Processo Au- xiliado por Computador) Software aplicado no planejamento de processos utilizado na fabricação de um pro- duto, determinando o melhor número de combinações e sequências a serem utilizadas. CAPP interativo Tipo de CAPP que tem a característica de permitir a geração de qualquer plano de processo; porém o tempo de sua confecção não é muito satisfatório. CAPP variante Tipo de CAPP que permite encontrar e copiar um plano semelhante para servir de base para o novo plano de processo. Este plano pode ser obtido com base num produto com geometria próxima à do produto original, ou através da parame- trização de planos de produtos semelhantes em famílias. Com isso se consegue uma padronização maior de processo em uma elevada velocidade de geração de planos de processo. CATC (Computer Assist to Technical Control, Técnica de Controle Assistida por Computador) Software desenvolvido por análises de cadeia de tolerâncias que funciona indepen- dentemente de um sistema CAD, que apenas automatiza o procedimento de análise. CIM (Computer Integrated Manufacturing, Manufatura Integrada por Computador) Tecnologia que permite a integração de toda a cadeia produtiva, incluindo clien- te e fornecedor, pela utilização e redes de computadores e softwares específicos, em que todas as informações são compartilhadas por todos os elementos do processo. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL176 Cn (Controle numérico) Equipamento capaz de controlar e operar automaticamente máquinas operatrizes através de programas e funções implementadas por meios de código alfanumérico. CnC (Computer numerical Control – Controle numérico Computadorizado) Tipo de CN implementado por meio de recursos computacionais com capaci- dade de cálculo de interpolações das trajetórias e de compensação do desgaste da ferramenta, permitindo, ainda, a entrada e modificação de programas ou parâ- metros remota ou localmente, armazenando em mídia magnética, comunicação digital de dados, diagnósticos e mensagens de estado ou erro. Comando numérico Use: CN Comando numérico computadorizado Use: CNC CoMPACT II Linguagem usada para programação auxiliada por computador, visando à operação de máquina-ferramenta controlada por CN. Computer Aided design Use: CAD Computer Aided design and drafting Use: CADD Computer Aided engineering Use: CAE Computer Aided Manufacturing Use: CAM Computer Aided Process Planning USE: CAPP Computer Integrated Manufacturing Use: CIM Computer numerical Control Use: CNC Controle numérico distribuído Use: DCN ANEXOS 177 Controlador de robô Microcomputador industrial ou CLP (Controlador Lógico Programável) que permite por meio de instruções carregadas que o robô realize tarefas através de movimentos com trajetória controlada. CsMA-Cd (Carrier sense Multiple Access with Collision detection, Acesso Múltiplo para Identificar ocorrência de Transmissão com detector de Colisão) Tipo de método de acesso múltiplo, ou seja, todos os participantes possuem a mesma hierarquia dentro da rede com relação ao método de acesso, isto é, todos podem transmitir para todos. Para que isso aconteça, porém, o meio deve estar vazio (sem mensagem). d dCn (data Communication network, rede de Comunicação de dados) Tecnologia de comunicação que executa a interligação entre os sistemas de geração de programas e as máquinas CNCs, como o emprego de coletores de da- dos de programação fina do chão-de-fábrica que enviam dados sobre trabalhos a serem executados e recebem informações sobre o status da fabricação. design for Assembly (desenho/Projeto para Montagem) Use: DFA dFA Método computacional que visa fornecer informações fundamentais de mon- tagem de produtos para a fase de projeto conceitual direct numerical Control (Controle numérico direto) Use: DCN dispositivo de rede de computador Equipamentos ou componentes de redes de computadores que possibilitam a criação de caminhos entre os segmentos da rede. E edM (entreprise data Management) Software para gerenciamento de documentação CAD e de arquivos vincula- dos, como tabelas, textos e bancos de dados. engenharia auxiliada por computador Use: CAE (Computer-Aided Engineering) AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL178 engenharia simultânea Metodologia para desenvolvimento de projetos que propõe a realização de muitos processos dos ciclos de desenvolvimento do produto de forma simultânea engineering Workstation Use: EWS entreprise data Management (Administração de dados do empreendimento) Use: EDM estação de supervisão Equipamento ligado a uma rede de computadores com a finalidade de super- visionar, controlar ou monitorar variáveis do processo de produção. eWs Tipo de computador de alto desempenho otimizado para aplicações gráficas como o CAD e o CAE, podendo ter periféricos diversos, conforme a aplicação. f Fabricação assistida por computador Use: CAM (Computer-Aided Manufacturing) Field Bus Tipo de rede industrial de computadores utilizada no chão-de-fábrica para co- nectar atuadores, sensores,dispositivos de medicação de controles, possibilitan- do a integração e supervisão do sistema como um todo. Flexible Manufacturing Cell (Célula Flexível de Manufatura) Use: FMC FMC Unidade de produção composta por máquinas controladas, sistema de ali- mentação automatizado com capacidade limitada de operação sem operador humano. FMs (Flexible Manufacturing system, sistema Flexível de Manufatura) Sistema de produção que utiliza uma variedade de máquinas-ferramenta, com alta capacidade de processamento, controladas numericamente e que estão co- nectadas a sistemas automatizados de transporte, estações de carga e descar- ga, locais de armazenagem e outros, integrados sob o controle de computador. É capaz de processar simultaneamente vários tipos de peças de modo aleatório e com diferentes volumes. ANEXOS 179 Formação de célula de manufatura Use: Análise de agrupamento. g garra Órgão terminal do robô utilizado para segurar, soldar, perfurar, cortar, manipu- lar e mover objetos. garra adesiva Use: Órgão terminal adesivo garra magnética Use: Órgão terminal magnético gateway (Porta de ligação) Dispositivo que funciona como uma espécie de conversor de protocolos de redes de arquiteturas diferentes. grau de liberdade Capacidade de alcance que o órgão terminal de robe possui de realizar movi- mentos articulados. i ICAds (Integrated Computer Aided design system, Projeto de sistema Auxiliado por Computador Integrado) Software que se aplicam à fase inicial do projeto do produto. Iges (Initial graphics exchange specification, especificação Inicial de In- tercâmbio de gráficos) Padrão de formato de arquivo de CAD que possibilita o intercâmbio de infor- mação entre sistemas de diferentes fornecedores. Initial graphics exchange specification Use: IGES Inteligência Artificial Técnica de computador para executar funções da inteligência humana, como: aprendizagem, adaptação, reconhecimento, classificação, raciocínio e autocorre- ção. Estes programas permitem emular os procedimentos de solução de proble- mas por especialistas em sua área específica de conhecimento. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL180 Inter bus Padrão de rede de comunicação de dados utilizados em aplicações industriais, mais especificamente na área de automação-controle de sistema no chão-de- -fábrica. Está normatizado pela norma DIN E 19258 e EN 50254. Interconexão de sistemas abertos Use: OSI (Open Systems Interconnection) l lAn (local Area network, rede de área local) Tipo de rede de computador cuja característica é a extensão de sua ligação ser limitada a uma área geográfica de até 3km. linguagem de programação Conjunto dos diferentes tipos de linguagem auxiliada por computador. lIsP (list Programming) Linguagem de programação utilizada em sistemas de inteligência artificial, cujos dados são criados com base em listas. Podem criar ou modificar outros pro- gramas em LISP. local Area network Use: LAN m MAn (Metropolitan Area network, rede da área metropolitana) Tipo de rede de computador cuja característica é a extensão de sua ligação, para distâncias intermediárias, entre 30 e 60 km. Manipulador Use: Garra Manufacturing Automation Protocol (Protocolo de Automação de Manu- fatura) Use: MAP Manufatura assistida por computador Use: CAM (Computer Aided Manufacturing) Manufatura integrada por computador Use: CIM (Computer Integrated Manufacturing) ANEXOS 181 Manufatura virtual Integração de modelos computacionais que representam a estrutura comple- ta e precisa dos sistemas de manufatura e a simulação de seus comportamentos lógicos e físicos referentes a uma determinada operação. Mão destra Tipo de garra semelhante, com a mesma versatilidade da mão humana, que ma- nipula objetos industriais e ferramentas projetadas para trabalhadores humanos. MAP (Manufacturing Automation Protocol) Tipo de protocolo usado em rede industrial de computadores cuja caracte- rística é o desempenho. Utilizada em processos de manufatura, abrange todas as etapas de gerenciamento de produção, podendo ser utilizada em processos discretos ou contínuos. Message Manufacturing specification (especificação da Mensagem de Manufatura) Use: MMS Método de acesso Modelos de acesso a interconexões (topologia) que proporcionam uma comu- nicação em rede computadores. Método PFA (Production Flow Analysis, Análise do Fluxo de Produção) Método para proceder à análise de um determinado sistema de fabricação e saber se é possível sua subdivisão em sistemas menores, permitindo a implanta- ção da manufatura celular. Metodologia de integração de manufatura Use: MIM (Manufacturing Integrated Methodology) Metropolitan Area network Use: MAN MIM Tecnologia de automação que busca a adequação das mudanças ocorridas no ambiente industrial em que operam, procurando apropriar a implementação de ações pela modernização do sistema de produção, baseada em soluções compu- tacionais, considerando a estratégica da empresa e o bom atendimento ao clien- te. Combina técnicas da qualidade total e engenharia simultaneamente. MnI-MAP Tipo de MAP simplificado que se caracteriza por utilizar um menor número de camadas de transmissão para a diminuição do tempo entre as trocas de mensagens. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL182 MMs Serviço na camada de aplicação de protocolo da OSI para comunicação de sis- temas inteligentes no nível da fábrica. Possibilita a interligação de redes de com- putadores de diferentes fornecedores na área de manufatura. Modelagem geométrica Use: CAD 3D Movimento de robô Orientação e posicionamento que o órgão terminal do robô pode desenvolver. Movimento ponto a ponto Use: MPP Movimento por interpolação de junta Tipo de movimento em que o controlador do robô terminal ao longo de uma trajetória reta definida em coordenadas cartesianas. MPP Tipo de movimento do braço do robô do ponto A para o B em que cada eixo se desloca rapidamente da posição inicial para a final, com aceleração e desaceleração. n numerical control Use: CN o open system Interconnection Use: OSI órgão terminal adesivo Tipo de garra para manusear materiais leves, como tecidos, cuja ação de pega é obtida pela utilização de substância e materiais adesivos. órgão terminal magnético Tipo de garra para manusear materiais ferrosos cuja ação de pega é feita pela utilização de elementos ferromagnéticos, como eletroímãs e/ou ímãs permanentes. osI Especificação definida pela ISO que apresenta um modelo de referência para interconexão de sistemas computacionais por meio da divisão de todo o proces- so de comunicação e interação de sete camadas funcionais. ANEXOS 183 p Painel de controle manual Use: Teaching PCP Use: Planejamento e Controle da Produção PdM Use: EDM Planejamento de manufatura assistido por computador Use: CAPP Planejamento e controle da produção Sistemas que visam à organização da produção de modo a atender aos pedi- dos de forma econômica e eficiente, considerando os prazos estabelecidos. Product data Management Use: EDM Production Flow Analysis Use: Método PFA Profibus Principal sistema aberto de barramento de campo de padrão internacional. Ao contrário de um sistema proprietário, qualquer dispositivo desenvolvido para o padrão Profibus dispensa a necessidade de ajustes de interface. Programação Conjunto de operações ligadas à definição, escrita, preparação e execução de programas de computador. Programação de comando numérico assistida por computador Operação que auxilia na elaboração dos programas para máquinas de coman- do numérico. Programação de robô Sequência de comandos que definem um processo de transmissão de tarefas a um robô, em que podem ser utilizados dois métodos: o método direto, ou progra- mação por aprendizagem, e o método indireto, ou programação por linguagem. Programação fina Operação que permite visualizar na tela do computador, via interface gráfica, toda a passagem do produto pelo processo produtivo. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL184 Programação multidirecional Fluxo dedados multidirecional que, tendo um comportamento dinâmico, apresenta complicações inesperadas. Não há camadas discretas de neurônios e todos estão ligados entre si, havendo total integração entre os dados de entrada e os resultados obtidos. Programação por aprendizagem Tipo de programação de robô em que o órgão terminal é deslocado manual- mente através da trajetória desejada, enquanto o controlador registra esse cami- nho em sua memória. Programação por linguagem textual Tipo de programação de robô realizada através de uma linguagem de alto nível. Projeto assistido por computador Use: CAD Projeto e desenho auxiliado por computador Use: CADD Propriedade do robô Capacidades próprias do robô no desempenho de suas atividades. Protocolo assíncrono Protocolo orientado a bot. Caracteriza-se pela simplicidade e economia, uma vez que estabelece uma conexão entre um servidor e um terminal de acesso. Protocolo de comunicação Procedimentos e leis que determinam a troca de informação entre dois ou mais processos, incluindo o formato e ações a serem executadas quando do envio e do recebimento desses dados. Protocolo síncrono Protocolo orientado a byte. Oferece maior segurança por parte do transporte da informação, sendo o mais rápido e mais eficiente. r rAIl Use: RGV (Rail Guided Vehicle, Veículo Guiado por Trilho) realidade virtual Parte da ciência da computação que trata das simulações em três dimensões, em tempo real, imitando o mundo real ou fictício, criando um ambiente virtual passível de interação humana. ANEXOS 185 rede centralizada Use: Rede de Topologia Centralizada rede de chão-de-fábrica Use: Field Bus rede de computador Sistema interativo para transportar informações entre computadores diferen- tes e entre e computadores e periféricos. rede de comunicação por computador Use: Rede de Computador rede de topologia centralizada Tipo de rede de computadores cuja característica é a sua topologia (distribui- ção da conexão dos nós). Neste tipo, a interconexão prevê um servidor (centrali- zador) e outras estações com mais espaço em memória. rede de topologia de barramento Tipo de rede de computadores cuja característica é a sua topologia (distribui- ção da conexão dos nós). Neste tipo, as mensagens irão tramitar na rede sem a participação dos nós intermediários. rede de topologia em anel (Tokenring) Tipo de rede de computadores cuja característica é a sua topologia (distribui- ção da conexão dos nós). Neste tipo, a interconexão é fechada, formando um anel. rede de topologia em estrela Tipo de rede de computadores cuja característica é a sua topologia (distribui- ção da conexão dos nós). Neste tipo, a sua estrutura está vinculada a um nó cen- tral, em que são tomadas todas as decisões de roteamento, ligado aos nós secun- dários, no formato de uma estrela. rede de topologia irregular Tipo de rede de computadores cuja característica é a sua topologia (distribui- ção da conexão dos nós). Neste tipo, há interconexão de diversos nós dispostos irregularmente, de tal forma que cada nó se comunica com outro ou com vários, dependendo da necessidade de tráfego de informação. rede de topologia não linear Tipo de rede de computadores cuja característica é a sua topologia (distribui- ção da conexão dos nós). Neste tipo, as mensagens são transmitidas pela rede pelo caminho mais curto. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL186 rede em anel Use: Rede de Topologia em Anel rede estrela Use: Rede de Topologia em Estrela rede industrial de computador Tipo de rede de computador que utiliza tecnologia específica para conexões de máquinas e dispositivos em ambientes fabris. rede neural Tipo de rede industrial de computadores, cuja característica é o seu desempe- nho, inspirada no modelo do sistema nervoso biológico, considerando-se princi- palmente as características comportamentais, estruturais e os funcionários. rede não linear Use: Rede de topologia não linear repetibilidade do robô Capacidade de um robô em realizar a mesma tarefa seguidamente, sem desvio. retrofitting Técnica na qual é possível transformar uma máquina convencional em uma máquina CNC, ou modernizar uma máquina CNC existente. rgv (rail guided vehicle) Tipo de robô de transporte que se locomove sobre trilhos em trajetória pre- definida. É utilizado no transporte de carga e descarga de paletes em armazéns verticais. robô Manipulador automático com servossistema de posicionamento, reprogra- mável, polivalente, capaz de posicionar e orientar materiais e peças, e que utiliza dispositivo especial com movimentos variados e programados para execução de tarefas variadas. robô cartesiano Tipo de robô no qual os três primeiros graus de liberdade são totalmente prismáticos. robô cilíndrico Tipo de robô que processa uma rotação e dois níveis lineares de liberdade. robô de medição Tipo de robô industrial utilizado na aferição da qualidade e controle dimensio- nal em sistemas de fabricação mecânica e processamento de materiais. ANEXOS 187 robô de sequência fixa Tipo de robô industrial que prescinde de servocontrole, sendo utilizado em operações simples do tipo pega-e-põe. robô de soldagem Tipo de robô industrial utilizado em soldagem de peças metálicas. robô de transporte Tipo de robô industrial utilizado para transportar peças entre máquinas, pos- tos de trabalho ou ilhas de produção, na alimentação de matéria-prima ou no controle de magazines e estoques. Possui a forma de veículo autônomo teleguia- do ou com dispositivos de alimentação. robô esférico Tipo de robô que possui dois níveis de rotação e um nível linear de liberdade. robô industrial Robô cuja robustez permite efetuar tarefas em ambientes de trabalho alta- mente controlados ou agressivos. robô inteligente Tipo de robô industrial capaz de modificar seu comportamento em tempo real, baseado no contexto em que atua, possui uma elevada capacidade sensorial e de processamento de dados. robô interventor Tipo de robô industrial que substitui o operador humano em atividades de ris- co, principalmente em indústrias químicas, refinarias, usinas, fornos de fundição, manutenção submarina, etc. robô pega-e-põe Use: Robô de sequência fixa. robótica Ciência em que se baseiam os projetos, construção e aplicação industrial de robôs. roteador Dispositivo que consegue reconhecer diferentes tipos de protocolos e efetuar o mapeamento de toda a rede, escolhendo, assim, o melhor caminho para o trá- fego de informação na rede de computadores. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL188 s sCAdA (supervisory Control and data Acquisition, Controle supervisório e Aquisição de dados) Sistema de supervisão e controle de processos composto de partes remotas para simples interfaceamento com o processo (entrada e saída de sinais digitais e analógicos), interligadas a uma unidade central de processamento, controle, ge- renciamento de dados e interface homem-máquina. sCArA (selective Compliant Assembly robot Arm ou selective Compliant Articulated robot Arm) Tipo de robô com movimentos circulares, utilizado em áreas reduzidas de tra- balho, com alta velocidade. sdCd (distributed Control digital system) Tipo de sistema de controle baseado em sistemas microprocessados capaz de implementar diversos laços de controle simultâneos integrados por uma rede de computadores. seAMeF Tipo de sistema especialista de apoio à modelagem por elementos finitos. simulação por computador Técnica que permite a análise de processos ou produtos através de protótipos (modelos), virtuais, com a finalidade de otimizar e verificar as falhas, antes da ope- ração ou fabricação. simulador Software que tem a capacidade de admitir entradas de dados e processar esses dados como se fosse um dispositivo real, produzindo um determinado resultado. sistema Computacional de Auxílio ao Planejamento de Processo Use: CAPP sistema de Controle e Aquisição de dados Use: SCADA sistema digital de Controle distribuído Use: SDCD sistema especialista Programas que armazenam conhecimentosna forma de fatos e de experiên- cias diversas. Eles simulam o processo de raciocínio, para reagir com perícia na solução de tarefas relativamente difíceis. ANEXOS 189 sistema Flexível de Manufatura Use: FMS sistema rígido de automação Use: Automação fixa software de CAd Conjunto de instruções executadas numa sequencia lógica, com ou sem tomada de decisão, utilizado na solução de problemas e no controle de processos diversos. software de simulação Use: Simulador software especialista Use: Sistema especialista sTeP software Technology and engineering Practice Conjunto de padrões internacionais (ISO) que possibilitam a troca de informa- ções sobre modelos eletrônicos de produtos. switch Dispositivo que segmenta a rede de computadores em diversos grupos físicos e permite a comunicação de vários participantes ao mesmo tempo. t TCP / IP (Transmission Control Protocol / Internet Protocol ) Conjunto de protocolo de comunicação que torna possível serviços de acesso entre computadores que não pertençam à mesma rede. Teaching Teclado ou caixa de controle que normalmente é conectado ao robô, permitin- do que este receba e demonstre instruções. Topologia centralizada Use: Rede de topologia centralizada Topologia de barramento Use: Rede de topologia de barramento Topologia em anel Use: Rede de topologia em estrela Topologia irregular Use: Rede de topologia irregular AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL190 Topologia não linear Use: Rede de topologia não linear Tv CAPP (Computer-Aided Process Planning) Tipo de CAPP em que as tolerâncias são divididas em duas áreas básicas: tole- râncias de projeto, para dividir os custos de manufatura, e tolerâncias de controle, que apresentam a garantia de existirem máquinas para produzir a peça dentro das tolerâncias especificadas. v veículo autoguiado Use: AGV veículo guiado por trilhos Use: RGV ventosa Órgão terminal pneumático do robô que realiza a ação de pega através do vácuo formado entre o objeto e a ventosa. Utilizado para manusear objetos planos e lisos. veículo guiado automaticamente Use: AGV W WAn (Wide Area network, rede de área Ampla) Tipo de rede de computador cuja característica é a extensão de sua ligação, sem limites geográficos. mInIcurrícuLo doS AutorES JustinE KoppE Formada em licenciatura Plena em Letras Português/Alemão com suas respectivas Literaturas, desde de 1997, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Atua como professora da disciplina de Português e Literatura de Ensino Médio, Literatura em Magistério e Redação Técnica no Técnico Judiciário do Colégio Santa Catarina, de Novo Hamburgo, desde 2006. vEra scHlÖssEr Formada em Licenciatura Plena em Letras Alemão/Português, desde 1999, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS . Atua como professora na disciplina de Português no Ensino Mé- dio, do Colégio Sinodal Tiradentes, de Campo Bom, desde 1999, e no Colégio Santa Catarina, de Novo Hamburgo, desde 2006 índIcE A ABNT 85 Acentuação 60, 166 Acordo ortográfico 59, 61, 166 Ambiguidade 9, 27, 34, 166 Análise 9, 24, 28, 31, 34, 79, 81, 166 Argumentação 99 Argumentação oral 105 Ata 52 C Coerência 24, 27, 28, 31, 32, 37, 39, 42, 44, 55 Coesão 9, 24, 25, 33, 166 Comunicação em público 93 Crase 65 Currículo profissional 9, 50, 166 d Debate 104 Depoimento pessoal 105 Ditongos abertos 60 e Elaboração do projeto de pesquisa 80 Esquema 24, 29, 42, 56, 80, 83 Estrangeirismos 9, 18, 166 Estrutura 37 Exposição 99 F Ferramentas de multimídia 95 g Gerenciamento de tempo 96 Gírias 9, 19, 103, 166 Glossário 79, 166 Gramática 59 H Hífen 61 I Interpretação 9, 23, 31, 167 J Jargão 9, 21, 167 M Memorando 54 Memorial 9, 51, 52, 106, 141, 167 Metodologia científica 85 n Neologismos 9, 19, 167 o Ortografia 66 P Palavras homônimas 67 Palavras parônimas 67 Parágrafo 5, 31, 37, 38, 39, 40, 55, 89, 90, 117, 118, 121, 122 Pontuação 69 Produção textual 37 r Redundância 9, 27, 33, 34 Regência nominal 70 Regência verbal 70 Regência verbal e nominal 70 Regionalismo 9, 20, 167 Relatório técnico 9, 45, 46, 167 Resumo 9, 26, 43, 44, 45, 47, 48, 49, 52, 56, 95, 132 s Seminário 101, 102 T Técnicas de apresentação 96 Técnicas de argumentação 99 Tecnologia da informação 111 Texto argumentativo 101 Texto dissertativo 9, 40, 168 Tipologia 37 Trabalho científico 77 Trema 60, 64, 168 v Vocabulário técnico 9, 21, 168 Vogais 60, 61, 64, 168 W Word 5, 66, 111, 112, 113, 114, 116, 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 138, 168 senAI – dePArTAMenTo nACIonAl unIdAde de eduCAção ProFIssIonAl e TeCnológICA – unIeP Rolando Vargas Vallejos Gerente Executivo Felipe Esteves Morgado Gerente Executivo Adjunto Diana Neri Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros senAI – dePArTAMenTo regIonAl do rIo grAnde do sul Claiton Oliveira da Costa Coordenação do Desenvolvimento dos Livros no Departamento Regional Justine Koppe Vera Schlösser Elaboração Fátima De Bastiani Revisão Técnica Enrique S. Blanco Fernando R. G. Schirmbeck Maria de Fátima R.de Lemos Design Educacional Justine Koppe Revisão Ortográfica e Gramatical Aurélio Athayde Rauber Bárbara V. Polidori Backes Camila J. S. Machado Rafael Andrade Ilustrações Bárbara V. Polidori Backes Tratamento de imagens e Diagramação Enilda Hack Normalização i-Comunicação Projeto Gráfico 9 788575 195031 ISBN 978-85-7519-503-1