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REVISÃO GERAL Sistema Nervoso Monitoria SOI II Mariana Bleza ESTRUTURAS DO SISTEMA NERVOSO - Sistema Nervoso Central: - Encéfalo (dentro do crânio, 85 bilhões de neurônios) - Medula espinal (envolvida pelas vértebras); - Conexão pelo forame magno do osso occipital; - Informações sensitivas, pensamentos, emoções, memórias, motoras... - Sistema Nervoso Periférico: - Nervos, gânglios, plexos entéricos e receptores sensitivos; - Dividido em Somático, Autônomo e Entérico. - Funções do SN: - Sensitiva (aporte); - Integradora (processamento); - Motora (saída). - Medula espinhal: - Base do crânio até costelas; - Tecido nervoso + canal central; - Arcos reflexos; - Cervical, lombar, sacral, caudal, raiz dorsal e ventral; - Subordinada ao encéfalo, mas age independentemente; - Conduz os impulsos ao cérebro ou do cérebro e coordena atos involuntários. ANATOMIA DO SNC - Encéfalo: - Centro de controle para registro de sensações e tomada de decisões; - Inteligência, emoções, comportamento e memória; - TRONCO ENCEFÁLICO: - Contínuo com a medula; - Mesencéfalo: movimento dos olhos; - Ponte: equilíbrio, postura e respiração; - Bulbo: respiração e pressão, reflexos de deglutição, tosse e vômito. - Funções vitais (batimento regular do coração, pressão sanguínea e respiração), além da consciência; - DIENCÉFALO: - Tálamo + Hipotálamo + Epitálamo. - O tálamo processa quase toda informação sensorial que chega ao córtex cerebral e quase toda a informação motora que vem do córtex; - O hipotálamo contém os centros que regulam a temperatura corporal, a fome e o balanço hídrico (também é uma glândula). - TELENCÉFALO: - Cérebro (maior parte do encéfalo). - CEREBELO: - Região inferoposterior; - 1/10 da massa encefálica; - Coordenação, planejamento e execução dos movimentos, postura e movimentos da cabeça e dos olhos. - Integra a informação recebida da medula sobre a posição do corpo, a informação motora do córtex e a informação sobre o equilíbrio vinda da orelha interna. - Além disso, o encéfalo é revestido por três membranas (meninges): pia- máter, aracnoide e dura-máter. ANATOMIA DO SNP - NERVOS CRANIANOS: - Conexão com o encéfalo; - 12 pares de nervos cranianos que podem ser sensitivos, motores ou mistos; - Sensitivos x Senroriais (olfatório (I), óptico (II), vestibulococlear (VIII)); - Motores (oculomotor (III), troclear (IV), abducente (VI), acessório (XI) e hipoglosso (XII); - Mistos (trigêmeo (V), facial (VII), glossofaríngeo (IX) e vago (X)). - NERVOS ESPINHAIS / RAQUIDIANOS: - Conexão com a medula espinhal; - Raiz dorsal e ventral; - Plexos: quando ramos de diferentes nervos se unem; - O nervo espinhal é a porção que passa para fora das vértebras através do forame intervertebral; - Inervação do tronco, membros superiores e inferiores e partes da cabeça; - 31 pares. NEURÔNIOS - Responsáveis pela recepção e processamento de informações através da transmissão por meio da liberação de neurotransmissores; - Excitabilidade + Condutibilidade - Motores (eferentes): controlam órgãos efetores, tais como glândulas exócrinas e endócrinas e fibras musculares. - Sensoriais (aferentes): recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo. - Interneurônios: estabelecem conexões entre neurônios, sendo, portanto, fundamentais para a formação de circuitos neuronais desde os mais simples até os mais complexos. - Dendritos: principal local para receber os estímulos do ambiente ou de outros neurônios; - Corpo celular ou Pericário: centro da célula, onde ficam as organelas; - Axônio: prolongamento único e ramificado na terminação, conduz o impulso para outras células; - Células da glia: envolvem e nutrem os neurônios. - Astrócitos: sustentação, composição iônica e molecular do ambiente extracelular dos neurônios; - Oligodendrócitos: produzem a bainha de mielina para o SNC; - Bainha de mielina: membrana lipídica que recobre os axônios, isolante elétrico, rápida comunicação. - Microglia: células fagocitárias. - Células de Schwann: produzem a bainha de mielina para o SNP / Nódulo de Ranvier. - Células ependimárias: revestem os ventrículos e o canal central da medula, ajudando na movimentação do líquido cefalorraquidiano. - Células Satélites: envolvem os corpos celulares dos neurônios nos gânglios. Suporte e regulação de trocas de substâncias. POTENCIAL DE AÇÃO - São sinais que os neurônios geram e conduzem pelos axônios para transmiti-los até os tecidos inervados por eles, que serão estimulados ou inibidos. - É causado por um estímulo em mV, que deve ter um valor suficiente para mudar a carga do neurônio até o limiar. - O potencial de ação é gerado quando um estímulo muda o potencial de ação da membrana para os valores do potencial limiar, que geralmente está em torno de -50 a -55 mV. - Regra do tudo ou nada. POTENCIAL DE AÇÃO - Um potencial de ação é causado por alterações temporárias na permeabilidade da membrana à difusão de íons. - A hipopolarização é o aumento inicial do potencial de membrana até o valor do potencial limiar. O potencial limiar abre canais voltaicos de sódio e causam um grande influxo de íons sódio. Esta fase é chamada de despolarização. Durante a despolarização, o interior da célula fica cada vez mais eletropositivo, até que o potencial chegue próximo ao equilíbrio de sódio de +61mV. Essa fase de extrema positividade é a fase do pico de ultrapassagem. - Após a ultrapassagem, a permeabilidade do sódio reduz subitamente devido ao fechamento de seus canais. O valor de ultrapassagem do potencial de ação abre canais voltaicos de potássio, o que causa um efluxo de potássio, reduzindo a eletropositividade da célula. Essa é a fase de repolarização, cujo propósito é fazer a membrana retornar ao seu potencial de repouso. - A repolarização sempre leva primeiro à hiperpolarização, um estado no qual o potencial de membrana é mais negativo do que o potencial de repouso. Mas logo depois disso, a membrana estabelece novamente o seu potencial de membrana. PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO - O potencial de ação é gerado no corpo do neurônio e propagado pelo seu axônio; - A propagação não reduz a qualidade do potencial; - Ele não se move, mas ele cria um novo potencial no segmento adjacente da membrana neuronal; - A velocidade de propagação depende da espessura e da mielinização: quando mais espesso, maior a velocidade, além de ser maior também nos axônios mielinizados; - A bainha de mielina garante a condução saltatória, o que aumenta a velocidade de transmissão nervosa; - Ela conserva energia para o axônio, pois somente os Nodos de Ranvier se despolarizam; - Evita a perda de íons, requerendo menos gasto de energia para restabelecer as diferenças de concentração de sódio e potássio através da membrana. https://www.youtube.com/watch?v=GAU4r0XleRU SINAPSES - É o local de comunicação entre dois neurônios; - A transmissão do impulso nas sinapses ocorre graças aos neurotransmissores; - Neurônio pré-sináptico→ Célula pós-sináptica (pode ser um neurônio ou uma célula efetora); - Podem ser elétricas ou químicas. - Sinapse elétrica: - Impulsos são conduzidos diretamente entre as membranas plasmáticas por meio de junções comunicantes; - Presença de conexinas tubulares (túneis que ligam o citosol de duas células), que permitem o fluxo de íons; - Comuns no músculo liso, cardíaco, embrião e encéfalo; - Vantagens: comunicação mais rápida e sincronização. - Sinapse química: - As membranas não se tocam, mas são separadas pela fenda sináptica, preenchida com líquido intersticial; - Impulso → Neurônio pré-sináptico libera um neurotransmissor→ liga-se a receptores no pós-sináptico→ Sinal químico→ Potencial de ação. - Impulso mais lento que o elétrico - Uma sinapse química comum transmite um sinal da seguinte maneira: 1. Um impulso nervoso chega a um botão (varicosidade) sináptico de um neurônio pré-sináptico. 2. A fase de despolarização do impulso nervosoabre canais de Ca2+ dependentes de voltagem, que estão presentes na membrana dos botões sinápticos. Como os íons cálcio estão mais concentrados no líquido extracelular, o Ca2+ entra no botão sináptico pelos canais abertos. 3. O aumento na concentração de Ca2+ dentro do neurônio pré-sináptico serve como um sinal que dispara a exocitose das vesículas sinápticas. À medida que as membranas vesiculares se fundem com a membrana plasmática, as moléculas de neurotransmissores que estão dentro das vesículas são liberadas na fenda sináptica. Cada vesícula sináptica contém milhares de moléculas de neurotransmissores. NEUROTRANSMISSORES - Substâncias químicas que estimulam a geração de potenciais de ação alterando a permeabilidade da membrana pós-sináptica. São produzidos pelos neurônios e armazenados pelas vesículas que estão em maior concentração no terminal axônico. - Receptores ionotrópicos (canais iônicos): canais de íons dependentes de ligantes, ou seja, eles precisam que um mensageiro químico se ligue a sua superfície para permitir que íons passem; - Receptores metabotrópicos (ligados à proteína G): cascata ativada pelo neurotransmissor. - Excitatórios: promovem fenômenos de liberação (exaltação funcional de determinados circuitos neuronais). Exemplo: noradrenalina (estado de alerta, stress), dopamina (humor), acetilcolina (cognição). - Inibitórios: provocam fenômenos de bloqueio/ inibição. Exemplo: endorfinas (relacionadas à dor) EMBRIOLOGIA (INTRODUÇÃO) EMBRIOLOGIA (INTRODUÇÃO) - O aparecimento da notocorda no ectoderma induz a formação da placa neural, cujas células formam o neuroectoderma, representado o início da neurulação; - A neurulação é o processo pelo qual a placa neural forma o tubo neural; - A placa se alonga, suas extremidades laterais se elevam para formar as pregas neurais enquanto a região média deprimida forma o sulco neural; - As pregas se unem até formar o tubo neural: medula espinal + vesículas encefálicas. EMBRIOLOGIA (INTRODUÇÃO) - DESENVOLVIMENTO DA MEDULA ESPINHAL: - Ela se desenvolve da parte caudal da placa neural; - As paredes do tubo neural se espessam, reduzem o tamanho do canal neural, até restar somente um minúsculo canal central da medula espinhal; - As meninges se desenvolvem das células da crista neural e do mesênquima; - Elas migram para circundar o tubo neural, formando as meninges primordiais. EMBRIOLOGIA - O SNC é derivado do tubo neural, que se origina do ectoderma; - Surgimento das vesículas encefálicas primárias: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo; - O canal ependimário é um remanescente da cavidade do tubo neural, localizado no centro da substância branca, revestido por células cilíndricas (ependimárias). - DURA-MÁTER: - Mais superficial; - Tecido conjuntivo denso irregular; - É ricamente inervada (Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda ou qualquer sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter); - Pregas da Dura-máter: em algumas áreas o folheto interno da dura-máter destaca-se do externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente. As principais pregas são: - Foice do Cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios. - Tenda do Cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre os lobos occipitais e o cerebelo. Dividindo a cavidade craniana em um compartimento superior, ou supratentorial, e outro inferior, ou infratentorial. - ARACNOIDE: - Intermediária, delgada e avascular; - Células e fibras finas e dispersas de material elástico e de colágeno; - Disposição das fibras em forma de teia de aranha; - Contem uma pequena quantidade de líquido necessário à lubrificação das superfícies de contato das membranas; - Cisternas subaracnóideas: dilatações do espaço subaracnóideo que contém uma grande quantidade de liquor. - Granulações aracnoides: - Em alguns pontos da aracnoide, formam-se pequenos tufos que penetram no interior dos seios da dura-máter, constituindo as granulações aracnoideas, mais abundantes no seio sagital superior. As granulações aracnoideas levam pequenos prolongamentos do espaço subaracnoideo, verdadeiros divertículos deste espaço, nos quais o liquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada de aracnoide. - São estruturas admiravelmente adaptadas à absorção do liquor, que neste ponto, vai para o sangue. EMBRIOLOGIA E HISTOLOGIA DAS MENINGES - PIA-MÁTER: - Fina camada de tecido conjuntivo transparente que se adere à superfície da medula espinhal e do encéfalo; - Finas células pavimentosas e cúbicas entrelaçadas com feixes de fibras de colágeno e elásticas; - Nela encontram-se vasos sanguíneos; AS CAVIDADES DO SNC (VENTRÍCULOS) - Sistema ventricular é uma rede de cavidades preenchidas com líquido cefalorraquidiano (ventrículos) dentro do cérebro. - Existem quatro ventrículos: - Dois ventrículos laterais dentro dos lobos do cérebro; - Os ventrículos laterais são separados pelo septo pelúcido, uma fina membrana; - Terceiro ventrículo encontrado entre os tálamos; - Quarto ventrículo localizado sobre a ponte e a medula e abaixo do cerebelo. - Estes ventrículos são conectados por forames através do qual o LCR passa. - Forame interventricular (de Monro) entre os ventrículos laterais e o terceiro ventrículo; - Aqueduto cerebral (de Sylvius) entre o terceiro e o quarto ventrículos; - Duas aberturas laterais (de Luschka) entre o quarto ventrículo e a cisterna magna; - Abertura mediana (de Magendie) entre o quarto ventrículo e o canal central da medula espinhal. LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO A SUA FORMAÇÃO ACONTECE NOS VENTRÍCULOS: - Líquido claro e incolor, formado principalmente por água, que protege o encéfalo e a medula de lesões químicas e físicas; - Transporta pequenas quantidades de oxigênio, glicose e outras substâncias (proteínas, ácido lático, ureia, cátios e ânions); - A maior parte do LCS é produzida pelos plexos corióideos: rede de capilares localizados nas paredes ventriculares; - Os plexos são revestidos pelas células ependimárias, que secretam água e outras substâncias filtradas do plasma; - Esta capacidade secretória é bidirecional e responsável pela produção contínua de LCS e pelo transporte de metabólitos do tecido encefálico de volta para o sangue. FUNÇÕES: - Proteção mecânica: - Meio amortecedor que protege o encéfalo e medula espinhal de cargas que causariam o impacto contra os ossos; - Permite que o encéfalo “flutue na calota craniana. - Função homeostática: - O pH do LCS influencia na ventilação pulmonar; - Sistema de transporte para hormônios secretados pelo hipotálamo; - Circulação: - Meio para trocas secundárias de nutrientes e excretas entre o sangue e o tecido encefálico. LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO CIRCULAÇÃO: - Formado nos plexos coriodeos de cada ventrículo lateral → Forames interventriculares → Terceiro ventrículo → Mais LCS é introduzido pelo plexo que está no teto do terceiro ventrículo → Aqueduto de Silvius → Quarto ventrículo → Espaço subaracnóideo pela abertura mediana e laterais → Canal central da medula e espaço subaracnóideo. ABSORÇÃO: - O LCS é gradualmente reabsorvido para o sangue por meio das vilosidades (granulações) aracnóideas, extensões digitiformes da aracnoide- máter que se projetam para os seios venosos durais, principalmente para o seio sagital superior. - Normalmente, o LCS é reabsorvido tão rapidamente quanto é produzido pelos plexos corióideos, a uma taxa de 20 mℓ/h (480 mℓ/dia). - Como as taxas de produção e de reabsorção se equivalem, a pressão liquórica geralmente é constante. - Pela mesma razão, o volume do LCS permanece constante. BREVE CITAÇÃO SOBRE HIDROCEFALIA - A hidrocefalia corresponde ao acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano (LCR) dentro do sistema ventricular, levando a dilataçãodo mesmo. - O desequilíbrio entre a entrada e saída do liquor resulta em hidrocefalia. - Os fatores envolvidos no desequilíbrio do sistema ventricular são: - Obstrução do sistema ventricular: malformações congênitas, neurocisticercose, hemorragia ventricular, tumores - Absorção prejudicada: meningite, hemorragia subaracnóidea e ventricular, congestão venosa - Superprodução (rara): papiloma do plexo coroide. - Sinais e sintomas - As hidrocefalias que possuem aumento da PIC, apresentam quadro clínico de hipertensão intracraniana: vômito, cefaleia, coma e papiledema. - A hidrocefalia de pressão normal (HPN), possui uma tríade clínica clássica: demência, distúrbios da marcha (ataxia e parkinsonismo) e incontinência urinária. ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL - 33 vértebras ósseas que se conectam através de discos intervertebrais cartilaginosos; - Faz parte do esqueleto axial; - Base do crânio (osso occipital) → Cóccix; - O seu centro é atravessado pela medula espinhal; ESTRUTURA DE UMA VÉRTEBRA TÍPICA: - Corpo vertebral: - Parte cilíndrica anterior, que dá força e sustenta o peso; - Seu tamanho aumenta em direção inferior; - Corpos adjacentes são separados por discos intervertebrais. - Arco vertebral: - Posterior ao corpo; - Dois pedículos e duas lâminas; - Pedículos contém incisuras → Forame intervertebral (passagem dos nervos espinais); - Forame vertebral (por onde cursa a medula espinal). - Processos vertebrais: - 1 espinhoso (posteroinferior); - 2 transversos (posterolaterais); - 4 articulares; - Pontos de fixação para ligamentos e músculos. ANATOMIA DA MEDULA ESPINAL - A medula é o principal centro reflexo e via de condução entre o corpo e o encéfalo; - Ligeiramente achatada anterior e posteriormente; - Protegida pelas vértebras, ligamentos e músculos, meninges e LCS; - É a continuação do bulbo; - Estende-se até L1/L2; - Intumescência cervical: C4 a T1: plexo braquial → nervos superiores; - Intumescência lombar: T11 a S1: plexo lombossacral→ membros inferiores. - Os nervos espinais originam-se na medula como radículas, que convergem para formar duas raízes nervosas: - Raiz anterior (ventral): Fibras eferentes (motoras); - Raiz posterior (dorsal): Fibras aferentes (sensitivas). - As raízes se unem para formar um nervo espinal misto ANATOMIA MICROSCÓPICA - Sulco lateral anterior → Raízes ventrais dos nervos espinhais; - Sulco lateral posterior → Raízes dorsais dos nervos espinhais; - Canal central da medula: resquício da luz do tubo neural; - Substância branca: - Formada por fibras que sobem e descem na medula, geralmente mielínicas; - Podem ser agrupadas de cada lado em 3 funículos (anterior, lateral e posterior); - Na medula cervical, o funículo posterior divide-se, através do sulco intermédio, em fascículos grácil e cuneiforme - - Sulcos lateral anterior e posterior → Filamentos radiculares → Unem-se → Raízes ventral e dorsal → Unem-se → Nervo espinhal;. ARCO REFLEXO - Reflexo é uma sequência de ações automática, rápida e involuntária que ocorre em resposta a um determinado estímulo; - Alguns são naturais e outros adquiridos; - Reflexo espinal (medula) X Reflexo craniano (tronco encefálico) X Reflexos autônomos (viscerais). - Componentes de um arco reflexo: - Receptor sensitivo → Neurônio sensitivo → Centro de integração → Neurônio motor → Efetor. - Como os reflexos são previsíveis, eles fornecem informações úteis sobre a saúde do sistema nervoso e podem ajudar no diagnóstico de doenças. MIOTÁTICO (PATELAR) Sinapse unica - Músculo contrai → Encurtamento das fibras → Ativação dos órgãos tendinosos → Fibras aferentes → Interneurônios inibitórios da medula → Sinapse com motoneurônios→ Relaxamento muscular. - Polissinático; - Ocorre em resposta a estímulos táteis, dolorosos ou nocivos; - Início com fibras aferentes, e o reflexo produz flexão ipsilateral e extensão contralateral; - Estímulo doloroso → Fibras aferentes ativadas → Múltiplos interneurônios → Flexão ipsilateral e extensão contralateral → Pós- descarga RECEPTORES SENSORIAIS COLUNA DORSAL – LEMNISCO MEDIAL - Propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória. - As fibras nervosas entram no corno posterior da medula; - Ascendem e seguem posteriormente até o bulbo; - No bulbo, fazem sinapses com os núcleos da coluna dorsal (grácil e cuneiforme); - Desses núcleos, saem os segundos neurônios, que cruzam para o lado oposto do tronco cerebral e ascendem pelos lemniscos mediais até o tálamo; - Nesse trajeto, pelo tronco cerebral, os lemniscos mediais recebem fibras adicionais, provenientes dos núcleos sensoriais do nervo trigêmeo; - Essas fibras conduzem as mesmas informações sensoriais que as fibras da coluna dorsal, as primeiras, provenientes da cabeça; - No tálamo, fazem sinapses com os terceiros neurônios, que se projetam para o giro pós-central do córtex cerebral (ÁREA SOMATOSSENSORIAL PRIMÁRIA). - No funículo posterior: - Fibras originadas dos MMII → posição central (Grácil); - Fibras originadas dos MMSS → posição lateral (Cuneiforme); VIA ANTEROLATERAL - Transmitem informações de calor, dor, frio, tato grosseiro, cócegas, prurido e sensações sexuais; - As fibras aferentes entram pelo corno posterior da medula e cruzam imediatamente na comissura anterior, ascendendo pelos tratos espinotalâmicos anterior (pressão e tato protopático – meissner, ruffini) e lateral (dor e temperatura); - Esses tratos podem terminar: - Nos núcleos reticulares do tronco cerebral; - No tálamo (ou no complexo ventrobasal ou nos núcleos intralaminares); - Sinais táteis → vão para o complexo ventrobasal, onde fazem a sinapse, terminando no córtex junto com o funículo posterior; - Sinais dolorosos → vão para os núcleos reticulares → núcleos intralaminares do tálamo → processamento da dor. - É um tipo de sistema de transmissão mais grosseiro (bem menos discriminativo) que o anterior. DERMÁTOMOS - É cada campo segmentar da pele inervado por um nervo espinal; - Pode-se usar o mapa de dermátomo para determinar o nível da medula espinal em que ocorreu lesão medular quando as sensações periféricas estão alteradas pela lesão. VIAS TRIGEMINAIS DIVISÕES ANATÔMICAS DO CÉREBRO - O encéfalo é formado pelo telencéfalo (cérebro), cerebelo e tronco encefálico; - Possui giros e sulcos (que variam muito). TELENCÉFALO: - Inclui os hemisférios cerebrais e os núcleos da base; - Os hemisférios (direito e esquerdo) são separados pela fissura longitudinal do cérebro; - Cada hemisfério é dividido em lobos: frontal, parietal, occipital e temporal; - Sulcos importantes: central, lateral, parietooccipital; O CÓRTEX CEREBRAL - Ao córtex cerebral chegam impulsos provenientes de todas as vias da sensibilidade, que aí se tornam conscientes e são interpretadas; - Do córtex saem os impulsos nervosos que iniciam e comandam os movimentos voluntários e que estão relacionados também com os fenômenos psíquicos. - ÁREAS DE BRODMAN: - Fina camada de substância cinzenta; - Áreas 3, 1 e 2 - córtex somatossensorial primário: processa tatos, dor e propriocepção); - Área 4 - córtex motor primário: controle de diversos movimentos e respostas cinestésicas; - Área 5 e 7 - córtex de associação somatossensorial: visão espacial, uso de ferramentas, memória de trabalho; - Área 6 - córtex pré-motor e córtex motor suplementar (córtex motor secundário); - Área 8 - inclui campos oculares frontais: associado com o controle do movimento dos olhos; - Área 9 - córtex dorsolateral pré-frontal: associado com lógica e cálculos; - Área 10 - córtex pré-frontal anterior (parte mais rostral e superior do giro frontal meio superior): associado com atenção e alerta; - Área 11 e 12 - área orbito-frontal: associado ao processo decisório e comportamentos éticos; - Área 13 e área 14 - córtex insular*: associado ao somatossensorial, memória verbal, motivação; - Área 38 - área temporopolar(parte mais rostral do giro temporal superior e médio): associado com interpretação de emoções; ANATOMIA FUNCIONAL DO CÓRTEX ÁREAS SENSITIVAS: - Lobos parietal, temporal e occipital; - Área visual → lobo occipital; - Áreas primárias (de projeção) → sensação do estímulo recebido; - Áreas secundárias (de associação) → percepção de características específicas desse estímulo; - Área somestésica primária: - Giro pós-central; - Áreas 3, 1 e 2 de Brodmann; - Área 3 = fundo do sulco central / Áreas 1 e 2 = superfície do giro pós-central; - Existência da somatotopia: correspondência entre partes do corpo e partes da área somestésica (homúnculo sensitivo); - Essa somatotopia é fundamentalmente igual à observada na área motora, e nela chama atenção o território de representação da mão, especialmente dos dedos, o qual é desproporcionalmente extensa; - Área somestésica secundária: - Lobo parietal superior; - Áreas 5 e 7 de Brodmann; - Sua lesão causa agnosia tátil (incaácidade de reconhecer objetos pelo tato). ANATOMIA FUNCIONAL DO CÓRTEX - Área visual primária: - Lábios do suco calcarino; - Área 17 de Brodmann; - Essa área mostra, principalmente, o contorno dos objetos, resultando um esboço primitivo que é aperfeiçoado nas áreas visuais secundárias. - Áreas visuais secundárias: - Quase todo o lobo temporal; - Áreas 20, 21 e 37 de Brodmann; - Percepção de cores, reconhecimento de objetos, de faces, percepção de movimento, velocidade... - Área auditiva primária: - Giro temporal transverso anterior; - Áreas 41 e 42 de Brodmann; - Área auditiva secundária: - Lobo temporal, na área 22 de Brodmann; - Área vestibular: - Lobo parietal, relacionada à sensibilidade proprioceptiva; ÁREAS LÍMBICAS: - Hipocampo, giro denteado, giro para-hipocampal, cíngulo, ínsula anterior e área pré-frontal; - Memória e emoções. ÁREAS RELACIONADAS COM A LINGUAGEM: - Área de Broca: anterior, relacionada com a expressão da linguagem (giro frontal inferior, áreas 44 e 45); - Área de Wernicke: posterior, área 22, relacionada com a percepção da linguagem; - Ligadas pelo fascículo arqueado ou longitudinal superior; - As lesões nessa área causam afasias. DIENCÉFALO (tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo) - Todas essas estruturas fazem relação com o III ventrículo; TÁLAMO: - A sua função está relacionada à SENSIBILIDADE. - Núcleos do grupo anterior: participam do circuito de Papez, relacionado com a memória; FUNÇÕES MAIS CONHECIDAS DO TÁLAMO: - Sensibilidade: - Todos os impulsos sensitivos, antes de chegar ao córtex, passam pelo tálamo; - Integra, modifica e retransmite os impulsos ao córtex; - Alguns impulsos, inclusive, já se tornam conscientes a nível talâmico. - Motricidade: - Circuitos palidocorticais e cerebelocorticais; - Comportamento emocional: - Núcleo dorso-medial e suas conexões com a área pré-frontal; - Memória: - Conexões com os núcleos mamilares do hipotálamo; HIPOTÁLAMO: - Abaixo do tálamo; - Funções relacionadas ao controle da atividade visceral; - Regula o sistema nervoso autônomo e as glândulas endócrinas; - Principal responsável pela constância do meio interno (homeostase); - Nada mais é do que substância cinzenta que se agrupa em núcleos; - Possui conexões com diferentes regiões do SNC; EPITÁLAMO: - Limite posterior do III ventrículo; - Seu elemento mais evidente é a glândula pineal ou epífise (prende-se à comissura posterior e à comissura das habênulas); - A habênula participa da regulação dos níveis de dopamina na via mesolímbica, principal área de prazer do cérebro (sistema límbico); - A GLÂNDULA PINEAL: - Síntese da melatonina (produzidas a partir da serotonina); - A concentração de melatonina no sangue obedece a um ritmo circadiano, com pico durante a noite; - Função antigonadotrópica; - Sincronização do ritmo circadiano de vigília-sono; - Regulação da glicemia (inibe a secreção de insulina); - Regulação da morte celular por apoptose; - Ação antioxidante; - Regulação do sistema imune. VIAS EFERENTES - As vias motoras descendentes são divididas entre trato piramidal e trato extrapiramidal; - Tratos piramidais (diretos): - Corticoespinhal e corticobulbar; - Passam pelas pirâmides bulbares e descem até os motoneurônios inferiores na medula espinal; - Movimentos discretos e detalhados, em especial dos segmentos distais das extremidades (mãos e dedos). - Tratos extrapiramidais. TRATO CORTICOESPINAL - É a via de saída mais importante do córtex motor; - Fibras saem do córtex → Cápsula interna (entre núcleo caudado e putamen) → Pirâmides bulbares → Cruzamento → Tratos corticoespinhais laterais da medula → Substância cinzenta da medula → Neurônios motores anteriores. - Algumas fibras não cruzam no bulbo, apenas na medula → Trato corticoespinhal ventral (anterior); - Células de Betz: - São células piramidais gigantes; - Fibras encontradas apenas no córtex motor primário; - Alta velocidade de condução. FISIOLOGIA CEREBELAR - O cerebelo regula a movimentação e postura e certos tipos de aprendizado motor; - Auxilia no controle da sinergia (alcance, fora e direção dos movimentos) → Coordenação; - O cerebelo é, especialmente, vital durante atividades musculares rápidas, como correr, digitar, tocar piano e até conversar. - Vestibulocerebelo: controla o equilíbrio e os movimentos oculares (pequenos lobos floculonodulares) - Espinocerebelo: controla a sinergia dos movimentos (verme e zonas intermediárias) - Pontocerebelo: controla o planejamento e a iniciação do movimento (zonas laterais) CEREBELO - Lóbulo floculonodular: - Mais antiga parte do cerebelo; - Funciona junto ao sistema vestibular (equilíbrio do corpo). - Verme: onde fica localizada a maior parte das funções de controle cerebelar, para movimentos musculares do corpo axial, pescoço, ombros e quadris. - Zona intermediária: controle das contrações nas partes distais das extremidades superiores e inferiores; - Zona lateral: planejamento global de movimentos motores sequenciais (coordenação). - Recebem aferências exclusivas do córtex. TRATOS ESPINOCEREBELARES TRATO ESPINOCEREBELAR DORSAL: - Chega ao cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior; - Termina no verme e zona intermediária do mesmo lado; - Todos esses sinais notificam o cerebelo sobre as condições momentâneas: - (1) da contração muscular; - (2) do grau de tensão sobre os tendões musculares; - (3) das posições e velocidades de movimento das diferentes partes do corpo; e - (4) das forças que agem sobre a superfície do corpo. TRATO ESPINOCEREBELAR VENTRAL: - Entra pelo pedúnculo cerebelar superior; - Termina em ambos os lados; - São excitados, principalmente, por sinais motores que chegam aos cornos anteriores da medula espinal vindos - (1) do encéfalo pelos tratos corticoespinal e rubroespinal; e - (2) dos geradores de padrão motor interno, na própria medula. NÚCLEOS DA BASE - São núcleos profundos do telencéfalo: núcleo caudado, putamen e globo pálido; - Núcleos associados: núcleos ventrais anteriores e laterais do tálamo, núcleo subtalâmico do diencéfalo e a substância negra do mesencéfalo; - A principal função dos núcleos da base é influenciar o córtex motor, por meio de vias que passam pelo tálamo; - O papel dos núcleos da base é auxiliar no planejamento e na execução dos movimentos uniformes; - Os núcleos da base também contribuem para as funções afetivas e cognitivas. - Quase todas as fibras nervosas motoras e sensoriais que ligam o córtex cerebral e a medula espinal atravessam o espaço situado entre as principais massas dos gânglios da base, o núcleo caudado e o putâmen. Esse espaço é chamado cápsula interna. NÚCLEOS DA BASE - Suas aferências e eferências são complexas; - Inicialmente, quase todas as áreas do córtex cerebral se projetam para o estriado (caudado e putamen); - Córtex → Estriado → Tálamo → De volta ao córtex por duas vias (direta / indireta).VIA INDIRETA: - Estriado inibe o globo pálido externo, o que inibe o subtalâmico; - Inibido, o subtalâmico excita o globo pálido interno e substância negra, que, ativados, inibem o tálamo; - Nessa via, o neurotransmissor inibitório é o GABA, e o neurotransmissor excitatório é o glutamato. - A eferência geral da via indireta é inibitória. VIA DIRETA: - Estriado inibe o globo pálido interno, que inibe o tálamo; - A eferência geral da via direta é excitatória. - Distúrbios em uma dessas vias prejudicam o balanceamento do controle motor, aumentando ou diminuindo a atividade motora; - Além destas, existe uma conexão entre o estriado e a substância negra mediada pela dopamina (inibitória na via indireta e excitatória na via direta); SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO - Sua função principal é mobilizar o corpo para a atividade; - Situação estressante → Momento de “luta ou fuga” → Aumento da PA e do fluxo sanguíneo para os músculos ativados, aumento do metabolismo, aumento da glicemia, da atividade mental e do grau de alerta; - Fora desse estado, o SNAS atua continuamente na função de muitos órgãos; - Os neurônios pré-ganglionares originam-se os segmentos torácico e lombar da medula espinhal; - Os gânglios simpáticos localizam-se próximo a medula espinha, formando a cadeia simpática (gânglios para ou pré vertebrais); • Cervical superior, celíaco, mesentérico superior e inferior. • Medula suprarrenal → Gânglio simpático especializado, - Todos os neurônios pré-ganglionares são colinérgicos; - Todos os pós-ganglionares são adrenérgicos, exceto nas glândulas sudoríparas; - Receptores dos órgãos que são inervados pelos adrenérgicos: alfa 1, alfa2, beta 1 ou beta 2; - Receptores das glândulas sudoríparas: colinorreceptores muscarínicos. SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO - Função geral restauradora, de conservação de energia; - Corpo celular dos neurônios pré → Tronco encefálico e medula espinhal sacra; - Divisão craniossacra; - Os gânglios (diferente do simpático), lozalizam-se nos órgãos efetores: próximos a eles ou sobre eles; - Comprimento dos pré grande e dos pós curto; - Todos os neurônios pré são colinérgicos; - A maioria dos neurônios pós também são colinérgicos; - Os receptores de ACh nos órgãos efetores são MUSCARÍNICOS, não nicotínicos: • ACh liberada por neurônios pré-ganglionares da divisão parassimpática ativa receptores nicotínicos, enquanto a ACh liberada por neurônios pós- ganglionares da divisão parassimpática ativa receptores muscarínicos. DIFERENÇAS ENTRE O SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO DIFERENÇAS ENTRE O SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO SISTEMA LÍMBICO - As emoções estão relacionadas com áreas específicas do cérebro que, em conjunto, constituem o sistema límbico; - Também está relacionado a processos motivacionais primários (estados de necessidade ou de desejo essenciais à sobrevivência da espécie, como fome, sede e sexo); - O sistema límbico pode ser conceituado como um conjunto de estruturas corticais e subcorticais interligadas morfologicamente e funcionalmente, relacionadas com as emoções e a memória. CIRCUITO DE PAPEZ Formação hipocampal → fórnice → corpos mamilares → trato mamilotalâmico → núcleo talâmico anterior → cíngulo → córtex entorrinal → formação hipocampal. Mecanismo proposto por James Papez para explicar as emoções. Paul D. MacLean propôs que o hipocampo estava mais relacionado com a formação da MEMÓRIA; 1952 → Conceito do Sistema Límbico (amígdala como área principal + Área septal + Circuito de Papez) FUNÇÕES: - Estimulação dos núcleos do grupo basolateral → Medo e fuga; - Estimulação dos núcleos do grupo corticomedial → Reação defensiva e agressiva; - Local de maior concentração de receptores para hormônios sexuais do SNC (lesão provoca hipersexualidade); - A principal e mais conhecida função é o PROCESSAMENTO DO MEDO: - Lesões bilaterais da amigdala → não sentem medo; - O medo é uma reação de alarme diante de um perigo; - Ativação geral do sistema simpático e liberação de adrenalina (Síndrome de Emergência de Cannon) → Prepara o organismo para uma situação de perigo na qual ele deve ou fugir ou enfrenta-lo. - Informação visual → Tálamo → Áreas visuais primárias e secundárias → Pode ir por duas vias: - Via direta: amigdala basolateral → central → alarme → simpático. - Via indireta: córtex pré-frontal → amígdala - Mais lenta, mas permite que o córtex analise as informações recebidas e seu contexto. AMÍGDALA AUDIÇÃO (ANATOMIA) AUDIÇÃO (FISIOLOGIA) - O ouvido humano capta entre 20 e 20.000 Hz; - Acima de 100 decibéis já prejudica o ouvido; - A fala humana – 300 a 3500 db - O som vibra a membrana timpânica, transmite a vibração para os ossículos e o estribo vibra na janela oval → Ouvido interno; - PERILINFA: entre o labirinto ósseo e o membranoso; - ENDOLINFA: dentro do membranoso (rica em potássio); - A vibração é transmitida para o líquido → Região coclear; - Há, na região coclear, o órgão de Corti: - Membrana basal; - Membrana tectorial; - Possui células ciliares que possui estereocílios (captam as vibrações da linfa) e transmitem para as fibras nervosas no nervo coclear. - Vibração → Abertura dos canais de potássio → Despolarização → Influzo de Ca++ → Liberação de neurotransmissores das células ciliadas para as células nervosas. - VIA AUDITIVA: - Núcleo coclear do bulbo → Colículo inferior → Via do lemnisco lateral → Corpo geniculado medial do tálamo → Encéfalo. VIA AUDITIVA TRONCO ENCEFÁLICO TRONCO ENCEFÁLICO ANATOMIA DA VISÃO PÁLPEBRAS E APARELHO LACRIMAL: - Protegem a córnea e o bulbo do olho contra lesão e irritação; - Pálpebras: - Cobrem o bulbo do olho, protegendo-o contra lesão e contra a luz excessiva; - Mantém a córnea úmida por espalhamento do líquido lacrimal; - O saco da conjuntiva é o espaço entre o bulbo e a pálpebra, que permite a livre movimentação das pálpebras sobre a superfície do bulbo do olho enquanto se abrem e fecham; - Tarsos superior e inferior: formam o “esqueleto” das pálpebras - Aparelho lacrimal: - GLÂNDULA LACRIMAL; - DUCTO LACRIMONASAL: conduz a lágrima para o meato nasal inferior; - A produção de líquido lacrimal é estimulada por impulsos parassimpáticos do NC VII; BULBO DO OLHO: - Contém o aparelho óptico do sistema visual; - Suspenso por seis músculos extrínsecos que controlam o seu movimento; - Coberto por três túnicas: - Túnica fibrosa do bulbo do olho: esqueleto fibroso externo; - Forma e resistência; - Esclera é a parte opaca e resistente, onde se fixam os músculos (“parte branca do olho”); - Córnea é a parte transparente anterior. - Túnica vascular: - Úvea ou trato uveal; - Corioide: entre a esclera e a retina, reveste a maior parte da esclera; - Tem a maior taxa de perfusão por grama de tecido de todos os leitos vasculares do corpo → Reflexo do olho vermelho com flash; - Corpo ciliar: une a corioide à circunferência da íris; - Local de fixação da lente; - A contração e o relaxamento do músculo liso circular do corpo ciliar controlam a espessura e o foco da lente; - Os processos ciliares secretam o humor aquoso. - Íris: - Diafragma contrátil fino, com abertura central, a pupila, para dar passagem à luz; - Músculo esfíncter da pupila → Parassimpático → Miose; - Músculo dilatador da pupila → Simpático → Midríase. - Túnica interna do bulbo do olho: - É a retina → CAMADA NEURAL SENSITIVA DO BULBO DO OLHO; - Parte óptica (estrato nervoso + estrato pigmentoso) + Parte cega; - Disco do nervo óptico ou Papila óptica: área circular bem definida onde as fibras sensitivas e os vasos conduzidos pelo NC II entram no bulbo (ponto cego, pois não possui fotorreceptores); - Mácula lútea: do lado do disco, pequena área oval com cones fotorreceptores especiais especializada para acuidade visual (seu centro é chamado de fóvea central). - A retina é suprida pela artériacentral da retina (ramo da oftálmica), e drenada pela veia central da retina. CÓRNEA: - Meio refrativo primário do bulbo; - Desvia a luz no máximo grau; - Focaliza uma imagem invertida sobre a retina; HUMOR AQUOSO: - Produzido na câmara posterior pelos processos ciliares do corpo ciliar; - Solução aquosa transparente que fornece nutrientes para a córnea avascular e a lente; - A pressão intraocular é um equilíbrio entre a produção e a drenagem de humor aquoso; LENTE: - Estrutura biconvexa e transparente; - A convexidade da lente varia constantemente para a focalização fina de objetos próximos ou distantes; - É o músculo ciliar do corpo ciliar que modifica o formato da lente; - Parrassimpática→ NC III → Contração do músculo ciliar → Lente mais convexa → Focaliza para visão p/ perto (acomodação); - A espessura da lente aumenta com a idade, de modo que a capacidade de acomodação costuma ser limitada depois dos 40 anos; HUMOR VÍTREO: - Líquido aquoso contido no corpo vítreo; - o corpo vítreo é uma substância gelatinosa transparente na região posterior do bulbo; - Da passagem a luz, mantém a retina no lugar e sustenta a lente. ANATOMIA DA VISÃO 1. As células do epitélio pigmentado absorvem a luz e apresentam processos semelhantes a tentáculos, que impedem a dispersão da luz entre os fotorreceptores; 2. Cones e bastonetes; 3. Núcleos dos fotorreceptores; 4. Camada sináptica que contém os elementos pré e pós- sinápticos dos fotorreceptores e os interneurônios da retina; 5. Corpos celulares dos interneurônios da retina: A – Células amácrinas B – Células bipolares H – Células horizontais 6. Segunda camada sináptica, entre os interneurônios e as células ganglionares; 7. Corpos celulares das células ganglionares (G) 8. Axônios das células ganglionares EMBRIOLOGIA DO SISTEMA VISUAL - Os olhos começam a se desenvolver com 22 dias, com o surgimento dos sulcos ópticos; - Os olhos surgem do neuroectoderma, ectoderma superficial, mesoderma e células da crista neural; - Neuroectoderma → retina, parte posterior da íris e nervo óptico; - Ectoderma de superfície → cristalino e epitélio da córnea; - Mesoderma → envoltórios fibrosos e vasculares; - Células da crista neural → corioide, esclera e endotélio da córnea. - Sulcos ópticos nas pregas neurais → Fusão das pregas → Evaginação dos sulcos → Vesiculas ópticas → Entram em contato com o ectoderma de superfície. - Formação dos pedículos ópticos ocos; - Espessamento do ectoderma de superfície → Placoide do cristalino; - Fosseta do cristalino → Vesículas do cristalino (vão perdendo a conexão com a ectoderma da superfície); - As vesículas ópticas se invaginam → Cálice óptico (conectado ao encéfalo pelo pedículo); - O CÁLICE ÓPTICO FORMA A RETINA E O PEDÍCULO FORMA O NERVO ÓPTICO; DESENVOLVIMENTO DA RETINA - Desenvolve-se a partir das paredes do cálice óptico; - Duas camadas: - Camada pigmentada → externa e fina (a melanina surge na sexta semana); - Camada neural: interna e espessa. - Durante o período embrionário e fetal inicial, as duas camadas estão separadas por um espaço intrarretiniano, que gradualmente desaparece conforme as duas camadas se fundem; - A mielinização dos axônios dentro dos nervos ópticos começa no final do período fetal, e acaba depois de os olhos terem sido expostos a luz por 10 semanas; VIA ÓPTICA VIA ÓPTICA VIA ÓPTICA OBRIGADA!!!