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LOGÍSTICA 
REVERSA – 
CONCEITOS E 
RELEVÂNCIA 
Professor (a) : 
Me. Paulo Pardo 
Objetivos de aprendizagem 
• Demonstrar a discussão atual sobre sustentabilidade e as questões econômicas. 
• Apresentar a competitividade empresarial sob a ótica das questões logísticas que impactam nos 
resultados organizacionais. 
• Conhecer os principais conceitos de logística reversa, de acordo com os órgãos representativos do setor 
de logística e da Academia. 
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• Discutir os aspectos de custos nos processos de logística reversa 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• O desafio da sustentabilidade 
• As questões logísticas e a competitividade empresarial 
• Entendendo o conceito de Logística Reversa 
• Custos em Logística Reversa – o que avaliar 
Introdução 
Prezado(a) acadêmico(a), em pleno século XXI, com um desenvolvimento técnico tão acentuado como o 
que temos experiência, muitas pessoas acreditam que somos os donos de nosso ambiente. Quem mora 
nas grandes cidades, por exemplo – e isso é muito observável entre crianças – parece que se desprendeu 
dos espaços naturais e, vivendo em um ambiente artificial, não se dá mais conta de como os espaços 
urbanos são frágeis e insustentáveis. Muitas crianças nunca viram como acontece a produção de leite em 
uma fazenda, como a água é captada nos rios e lagos, nunca sujaram os pés na terra, tão elevado é o nível 
da capa de concreto nas grandes cidades. 
Essa triste constatação de que somos antropocêntricos, ou seja, de que acreditamos que o universo gira 
em torno do homem, não é nova. Na verdade, uma linha importante de pensadores e estudiosos há muito 
tempo percebeu que as estruturas sociais não respeitam uma verdade básica: nós somos frutos do meio e 
somente conseguimos sobreviver se este meio continuar existindo. 
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Nosso modo de agir, de viver, chegou a um ponto de criticidade que, pela primeira vez na história, coloca 
em risco a própria continuidade da vida humana na terra. Se você não acredita nisso, vamos abordar a 
partir de agora os desafios ambientais que se colocam e entenderemos o que você tem a ver com isso. 
Trataremos de pontos extremamente relevantes para a compreensão da Logística Reversa e seus 
impactos na economia e na sociedade como um todo. 
Na Aula 1 abordaremos os desafios da sustentabilidade pelos quais a humanidade se depara em pleno 
século XXI, onde muitos ainda acreditam que podemos usar os recursos naturais ao nosso bel prazer, de 
forma inconsequente. Você verá que isso simplesmente não é verdade. 
Na Aula 2 focaremos como a Logística Reversa pode impactar nas atividades empresariais e afetar os 
resultados da organização, proporcionando maior competitividade frente a um ambiente cada vez mais 
instável. 
Na Aula 3 conceituaremos, sob diversas óticas, a Logística Reversa e compreenderemos onde ela se insere 
nos sistemas organizacionais. 
Finalmente, na Aula 4, destacaremos a questão dos custos da logística reversa, com a proposta de 
tratarmos mais especificamente os itens de avaliação destes custos. 
Foque nos conteúdos, acesse os materiais indicados e você obterá um aproveitamento excelente. 
Avançar 
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Página inicial 
O DESAFIO DA 
SUSTENTABILIDADE 
A palavra “sustentabilidade” passou a ser cada vez mais utilizada nos últimos anos e tem ocupado até 
mesmo reportagens e programas de televisão de grande audiência. As pessoas parecem que estão 
despertando seu interesse neste tema, embora nem todas saibam exatamente do que se trata. 
Interessante avaliarmos esta questão já no seu aspecto semântico, onde o dicionário vincula a palavra 
“sustentabilidade” com o verbo “sustentar”, que significa basicamente: “Alimentar, nutrir; Entrever a vida 
de; fazer subsistir; fazer viver; Prover ao sustento de; prover do necessário para a conservação da vida” 
(MICHAELLIS, 2015, online). 
Quando focamos no significado de manter a vida, sem dúvida nosso planeta é colocado na berlinda. Essa 
linda esfera azul orbitando no espaço sustém a vida humana e de um desconhecido número de animais e 
plantas. Os documentários de canais especializados, quando mostram a natureza, destacam aspectos 
como variedade, harmonia, equilíbrio, e isso é o que acontece nos ciclos naturais. O grande problema é 
quando inserimos o elemento humano nas interações com a natureza. 
Muitos acreditam que o planeta e tudo o que ele contém está ao nosso dispor, como se pudéssemos entrar 
em um grande supermercado, pegar o que quisermos, não pagar por isso e, o mais grave, acreditar que os 
produtos da loja nunca acabarão. Que absurdo! 
Quando os seres humanos abandonaram sua vocação de extrativistas e passaram a cultivar o solo, 
fabricar utensílios e, com o advento muito mais recente da revolução industrial, passaram a produzir em 
massa produtos para consumo, a lógica da relação homem-natureza foi totalmente alterada. 
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Ao utilizar aquilo que a natureza oferece – sejam minerais, animais, vegetais – em uma velocidade cada 
vez maior para atender a demanda por produtos, a capacidade de regeneração do planeta foi vencida. É só 
você observar a quantidade de espécies animais que conseguimos extinguir por caça predatória, as 
plantas que fizemos desaparecer antes mesmo de termos oportunidade de conhecê-las, mostra que a 
maneira como nos relacionamos com o ambiente não pode ser saudável. 
O modelo econômico hegemônico, o capitalismo, privilegia a produção e o consumo como gerador de 
riquezas e inovação. Sem entrar em um embate filosófico e sociológico sobre esta realidade, o fato é que 
sustentar esse modo de vida baseado em consumo tem se tornado cada vez mais insustentável sob a 
perspectiva da capacidade de regeneração do planeta. O aumento vertiginoso da população – atualmente 
algo em torno de 7 bilhões de pessoas – aumenta o problema da distribuição de alimentos, de modo que 
estudos recentes indicaram que 1 em cada 8 pessoas no planeta passa fome. 
O que você precisa saber sobre a fome em 2012 
Aproximadamente 925 milhões de pessoas no mundo não comem o suficiente para 
serem consideradas saudáveis. 
Bem mais que a metade dos famintos do mundo – cerca de 578 milhões de pessoas – 
vivem na Ásia e na região do Pacífico. A África responde por pouco mais de um quarto 
da população com fome do mundo. 
A fome é o número um na lista dos 10 maiores riscos para a saúde. Ela mata mais 
pessoas anualmente do que AIDS, malária e tuberculose juntas. 
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Um terço das mortes entre crianças menores de cinco anos de idade nos países em 
desenvolvimento estão ligadas à desnutrição. 
Custa apenas 25 centavos de dólar por dia alimentar uma criança com todas as 
vitaminas e os nutrientes de que ela precisa para crescer saudável. 
Fonte: FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. O que 
você precisa saber sobre a fome em 2012. Disponível em: < https://nacoesunidas.org/o- 
que-voce-precisa-saber-sobre-a-fome-em-2012/ >. Acesso em: 14 jul.2015. 
Essa discussão não é recente. No século XVIII, o reverendo britânico Thomas Malthus emitiu um 
prognóstico sombrio: enquanto a produção de alimentos, segundo ele, aumentaria de forma aritmética ou 
linear, a população cresceria de forma geométrica ou exponencial. Em algum momento, a fome se 
instauraria no mundo e, por via de conseqüência, o caos. 
Você acredita que a produção intensiva de alimentos transgênicos poderá alterar as 
relações de consumo das populações pobres, ofertando produtos mais baratos e 
acessíveis? 
Fonte: o autor. 
As teorias malthusianas não se confirmaram com o tempo, porém, há uma corrente de pensamento que 
faz o alerta de que o consumo de recursos de fato aumentou de forma acentuada – não só de alimentos, 
mas de tantos outros insumos naturais. 
No século XX, a preocupação com o aumento populacional e o consumo com os consequentes impactos 
no meio ambiente ganhou força devido vários acontecimentos e eventos marcantes: chuvas ácidas na 
Europa, o mercúrio da baía de Minamata no Japão, que originou até uma nova doença ( doença de Chisso 
Minamata ), o lançamento em 1962 do livro Primavera Silenciosa de autoria de Rachel Carson, que é 
considerado o marco do nascimento do movimento ambientalista, além de um estudo que partiu de uma 
origem improvável: grandes capitalistas, aliados a cientistas e políticos compuseram o chamado Clube de 
Roma. Esse organismo encomendou uma pesquisa junto ao renomado MIT ( Massachusetts Institute of 
Technology ) sobre os possíveis impactos ambientais causados pelas atividades econômicas. 
O MIT produziu um documento que ficou conhecido como Relatório Meadows ou Os Limites do 
Crescimento . Nesse relatório, é nítida a inspiração de Malthus sobre o risco do aumento populacional. Por 
essa razão, os adeptos das conclusões desse relatório ficaram conhecidos como neomalthusianos e 
passaram a pregar um freio ao crescimento populacional na tese da chamada Teoria do Crescimento Zero . 
Na visão desses estudiosos, a única saída seria uma paralisação do desenvolvimento para que se 
preservassem os recursos naturais. Nas suas conclusões, constava o seguinte: 
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• Se as tendências correntes de industrialização, poluição, produção de alimentos, diminuição dos 
recursos naturais e crescimento populacional forem mantidas, o planeta chegará ao limite nos próximos 
100 anos. O resultado será um declínio súbito e incontrolável, tanto da população quanto da capacidade 
de produção industrial. 
• É preciso mudar essas tendências de crescimento e formar uma condição de estabilidade ecológica e 
econômica que possa ser mantida até um futuro remoto. O estado de equilíbrio global poderá ser 
planejado de modo que as necessidades materiais básicas de cada pessoa na Terra sejam satisfeitas, 
oferecendo-se oportunidades iguais para que todos realizem seu potencial humano individual (CURI, 
2011, p. 24). 
A discussão sobre a complexa relação entre economia e ecologia continuou ao longo dos anos. Em 1972, 
realiza-se a Conferência de Estocolmo que discute novamente a preservação ambiental e a 
industrialização. Essa discussão é considerada um marco, pois o elemento político foi incluído, afinal, é a 
política que dirige o mundo. Diplomatas de diversos países estiveram presentes e, junto com cientistas, 
aprovaram uma Declaração sobre o Meio Ambiente Humano, com 110 recomendações e 26 princípios 
(CURI, 2011). 
Começa em Estocolmo também um embate entre países desenvolvidos e os países em desenvolvimento. 
Enquanto os primeiros defendem a preservação total do meio ambiente, o bloco dos países em 
desenvolvimento se opõe, pois, segundo sua visão, não é justo privá-los dos benefícios que o crescimento 
econômico poderia trazer às suas populações. Aliás, o crescimento econômico permeia as discussões 
ambientais até hoje. Afinal de contas, é possível ter crescimento econômico e ao mesmo tempo preservar 
a natureza? Essa dicotomia alimenta outra discussão: uma corrente muito forte defende que os maiores 
impactos sobre o meio ambiente advêm da pobreza das nações, enquanto que outra linha assevera que os 
impactos são provocados pelos países industrializados. 
Mas é em 1987, sob a batuta da ONU, mais especificamente da Comissão Mundial para o 
desenvolvimento e Meio Ambiente (CMDMA), após discussões iniciadas quando da constituição desta 
Comissão em 1983, que se produziu um documento que se tornou um divisor de águas quando se toca no 
tema sustentabilidade. Esse relatório, conhecido como relatório Nosso Futuro Comum ou Relatório 
Brundtland (em razão dessa comissão ter sido liderada por Gro Brundtland, então primeira-ministra da 
Noruega), ousou formular uma conceituação para o que se convenciona chamar de DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL: 
Desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem 
comprometer a possibilidade das gerações futuras de atenderem as suas próprias 
necessidades (BARBIERI; SIMANTOB, 2007, p. 93). 
Por esse raciocínio, seria perfeitamente possível atender às necessidades das gerações atuais – em 
termos de consumo – e ao mesmo tempo cuidar em preservar os recursos de modo a que futuras gerações 
também o façam. Esse pensamento permeia a forma como políticos, ambientalistas de uma linha mais 
positivista, empresários e uma corrente importante da academia enxergam a realidade econômica e social 
atual. 
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Proposições vindas, posteriormente, de conferências internacionais, como as originadas no Rio de Janeiro 
na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio 92), de eventos 
posteriores, como o que originou o Protocolo de Kyoto em 1997, o Pacto Global em 1999, a Declaração 
do Milênio, a Rio+20, entre outros encontros, têm em comum a preocupação mundial com a preservação 
ambiental, o desenvolvimento dos países pobres, a distribuição de renda, o combate às desigualdades 
sociais e ações de responsabilidade social empresarial. São propostas e metas louváveis em si mesmas, 
não acha? 
Mas também é óbvio que se acredita que o desenvolvimento sustentável é realmente uma realidade 
possível, assim como a união dos povos, a solidariedade e tantos outros valores. Isso mesmo, o 
desenvolvimento sustentável já considerado quase como um valor humano. 
É interessante, no entanto, atentarmos para outras abordagens. O alemão Ulrich Beck cunhou uma 
expressão que tem sido bastante utilizada por muitos estudiosos da área sociológica e ambiental. A 
expressão é: sociedade de risco. De acordo com Beck, os seres humanos sempre estiveram em perigo, por 
diversos fatores, como catástrofes naturais, animais selvagens, epidemias, entre outros. Porém, na 
modernidade, Beck sugere que, pela primeira vez, os seres humanos estão sob uma ameaça ou riscos 
autoproduzidos, uma sociedade de risco. Este fato, de acordo com Beck (1992), impõe uma mudança na 
consciência coletiva da sociedade atual. 
[...] o centro da consciência do risco não reside no presente, mas no futuro. Na 
sociedade de risco, o passado perde o poder de determinar o presente. O seu lugar é 
tomado pelo futuro, assim, algumas coisas inexistentes, inventadas, fictícias como a 
“causa” de experiência e ação atual. Nós nos tornamos ativos hoje, a fim de prevenir, 
aliviar ou tomar precauções contra os problemas e crises de amanhã e depois de 
amanhã - ou não fazê-lo (BECK, 1992, p. 34). 
As decisões de hoje, certamente determinarão nosso amanhã.Você sabe o que é agenda 21? 
Como um dos mais importantes resultados da Rio92 (também conhecida como Eco92), 
a Agenda 21 é uma agenda de trabalho para o século 21, visando unificar e coordenar 
esforços de diversas nações para o atingimento de objetivos comuns, tanto por parte 
do poder público, como a sociedade civil organizada, incluindo empresários. Os 
objetivos estão ainda em andamento. 
Se você quiser ler as propostas na íntegra, leia o material disponível em: 
< http://www.onu.org.br/rio20/img/2012/01/agenda21.pdf >. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.onu.org.br%2Frio20%2Fimg%2F2012%2F01%2Fagenda21.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEjr_SiAdLg1jVbiBMQpYUAIvuZVA
No entanto, não devemos ter uma visão tão simplista do mundo. A grande verdade é que o próprio 
conceito de sustentabilidade e sua definição sinônima de desenvolvimento sustentável é controversa. 
Críticos afirmam que os termos “desenvolvimento” e “sustentável” já são um paradoxo, ou seja, são 
mutuamente excludentes. Como se desenvolver, crescer, indefinidamente – já que não se estabeleceu 
nenhum limite para isso – em um espaço limitado, que é o planeta? Faz sentido essa crítica, não acha? 
De fato, temos que aprofundar nossa visão, saber que o discurso preservacionista não é tão inocente 
como se pensa. Muitas das propostas do desenvolvimento sustentável parecem mais uma maquiagem 
para que a exploração dos recursos continue, mas com a bênção de uma população alienada por uma 
propaganda consumista. Fique atento(a) a esses discursos! Gostei muito de uma frase citada por Barbieri 
e Simantob (2007, p. 95), atribuída ao príncipe de Salina na obra O Leopardo de Giuseppe Tomasi di 
Lampedusa, que afirma que “é preciso mudar se quisermos que tudo fique como está”. 
Você está envolvido(a) nisso, pois afeta sua vida, sua forma de fazer gestão, seu consumo, seu futuro. 
Podemos nos fechar para a discussão e continuar a fazer tudo como antes, fazer mudanças cosméticas 
para preservar o modelo de exploração ou pensar e agir de uma forma mais crítica em relação ao planeta. 
O que é revolução verde? 
A preocupação com a produção de alimentos sempre esteve em pauta nos governos 
principalmente dos países pobres ou em desenvolvimento. Um marco no 
enfrentamento destas questões deu-se em meados do século XX, através de uma 
parceria do governo mexicano com a Fundação Rockefeller dos EUA, onde se buscou 
descobrir os problemas de deficiência na produção de alimentos no território 
mexicano. As pesquisas resultaram no desenvolvimento de novas variedades de 
cultivares, que possibilitou o aumento vertiginoso na produção agrícola daquele país, 
modelo que ganhou o mundo e que, desde 1966, em uma conferência em Washington 
(D.C.) passou a ser conhecida como Revolução Verde. Atribui-se a William Gown a 
concepção desta expressão. Há diversas críticas em relação a este modelo. Uma delas 
envolve a consolidação da monocultura, destruindo a diversidade biológica. Outra 
crítica tem a ver com a inviabilização de pequenas propriedades que não conseguem 
competir em igualdade de condições com os grandes latifúndios, no mesmo segmento 
de produção. Apesar de bem intencionada, a revolução verde não conseguiu acabar 
com a fome no mundo, mais por uma questão de distribuição de renda do que por 
disponibilidade de alimentos. Fonte: o autor. 
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AS QUESTÕES LOGÍSTICAS E A 
COMPETITIVIDADE 
EMPRESARIAL 
Depois de uma visita à discussão sobre sustentabilidade, é importante termos uma visão das questões 
empresariais, que são a mola-mestre de grande parte do desafio da preservação ambiental. 
É inegável a alta dependência que temos de produtos originados das atividades de organizações 
empresariais. Alimento, vestuário, moradia, saúde, transporte, tudo é produzido por empresas para o 
consumo das pessoas, e são muitas empresas, de todos os portes, de todos os segmentos econômicos, 
agindo em busca de mais consumidores para seus produtos. O ambiente empresarial muitas vezes é 
comparado a um campo de batalha, um espaço onde somente os mais habilitados e capazes conseguem 
sobreviver. 
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Você já leu o livro A ARTE DA GUERRA, de Sun Tzu? Se não, faça isso. Após a leitura, 
pense: Os conselhos para a guerra aplicados em 500 a.C. são também práticos para a 
competição empresarial atualmente? 
Fonte: o autor. 
Essa competitividade empresarial é encarada com naturalidade pelos próprios empreendedores. “Quem 
não tem competência não se estabelece”, diz o bordão. Assim, buscam-se mecanismos que tornem a 
organização cada vez mais preparada, mais competitiva, para enfrentar a concorrência. 
Nesse cenário, as empresas investem intensamente em tecnologia da informação, em treinamento, em 
sistemas de auditoria, enfim, várias ferramentas gerenciais que possibilitem um acompanhamento mais 
efetivo dos custos e, é claro, ganhos de eficiência. Porém, mesmo com esse esforço, é possível que o ganho 
de competitividade não seja tão expressivo quanto gostariam os gestores. Isso porque as ferramentas 
gerenciais são utilizadas por praticamente todas as empresas cujos administradores tenham competência 
para guiar os negócios. No entanto, há uma variável que está, de fato, fazendo a diferença em relação à 
concorrência: os processos logísticos. 
Peter Drucker (1998, p. 714), um dos grandes gurus de administração, afirma que a 
logística é última fronteira gerencial que resta ser explorada para reduzir tempos e 
custos, melhorar o nível e a qualidade de serviços, agregar valores que diferenciem e 
fortaleçam a posição competitiva da empresa. 
Pode parecer uma expectativa exagerada, mas há fundamentos bem sólidos para essa afirmação. Pense no 
seguinte: os produtos fornecidos e disponibilizados para consumo ao redor do mundo são cada vez mais 
parecidos. Alguns pequenos atributos não são suficientes para classificarmos uma quantidade muito 
grande de produtos como “exclusivos” – pelo menos não no que se refere a produtos de massa. Assim, um 
aparelho de TV será sempre um aparelho de TV, independente da marca, embora, como afirmamos, possa 
ter um ou outro atributo diferente. Assim, os produtos tornam-se verdadeiras commodities , ou seja, são 
praticamente idênticos. Os preços também são muito alinhados, isso porque os componentes são 
disponibilizados a fábricas do mundo todo e uma parte importante desses componentes é produzida em 
países asiáticos. 
Se não é possível competir em produtos (muito parecidos) e em preço (muito alinhados), o que diferencia 
as empresas? A eficiência logística. Essa eficiência logística é expressa na capacidade de prestar um nível 
de serviço considerado superior com custos que sejam reconhecidos como justos pelos consumidores. 
Além disso, tendo por base que a logística envolve fluxos de materiais, valores e informações, o fluxo de 
informações logísticas é um item que pode diferenciar a empresa, por ela agir proativamente às 
necessidades e expectativas de seus stakeholders . Para obter esse desempenho superior, a logística 
evoluiu naturalmente para um conceito de administração em rede ou cadeia, conceito esse amplamente 
conhecido como Gestão da Cadeia de Suprimentos ou, na sigla em inglês, Supply Chain Management 
(SCM). Sobre SCM, interessa-nos a definição de Razzolini Filho e Berté (2013, p. 42), onde afirmam que 
por SCM, entende-se a 
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Administração sinérgica dos canais de abastecimento de todos os participantes da 
cadeia de valor, através da integração de seus processos de negócios, visando sempre 
agregar valor ao produto final, emcada elo da cadeia, gerando vantagens competitivas 
ao longo do tempo. 
Essa moderna visão dos processos logísticos em redes ou cadeias vem ao encontro da administração 
estratégica, em que os objetivos organizacionais são traçados levando em conta o potencial de cada 
componente organizacional, todos convergindo para que o resultado seja atingido. Ou seja, as funções 
logísticas não são “soltas”, dispersas, e sim, fazem parte do planejamento estratégico empresarial. 
A infraestrutura logística brasileira tem sido citada em todos os estudos sobre as 
dificuldades do fluxo de mercadorias e a perda da competitividade dos produtos 
brasileiros no exterior. Nosso principal modal, o rodoviário, apresenta os seguintes 
números preocupantes, conforme exposto na figura 1 a seguir: 
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Figura 1: Extensão da malha rodoviária brasileira 
Fonte: Pesquisa CNT de Rodovias 2014 (p. 10). 
Essa é uma mudança de paradigma, pois até o momento, em grande parte das organizações, o que se 
percebe é uma atitude reativa em relação às funções logísticas, com planejamento no curto prazo. O que 
se pretende com a vinculação das funções logísticas com o planejamento estratégico é ampliar a visão 
para o longo prazo. 
No Quadro 1, é possível entender mais claramente essa mudança da visão das estratégias logísticas (de 
curto prazo) para a logística estratégica (de longo prazo). 
Quadro 1 - Enfoque da Logística estratégica 
Fonte: Razzolini Filho e Berté (2013, p. 45). 
Para ilustrar essa evolução, Razzolini Filho e Berté (2013) descrevem a situação em que uma empresa 
pretende terceirizar uma etapa do processo logístico. Na visão tradicional da estratégia logística, de curto 
prazo, um PSL (Prestador de Serviço Logístico) poderia ser contratado para realizar a atividade por meio 
de um contrato específico para uma única ou poucas atividades. Naturalmente, a vigência deste contrato 
também seria de curso prazo. Na visão da Logística Estratégica, de longo prazo, a opção poderia 
considerar a inserção de um Operador Logístico, com contratos de vigência mais prolongada e com a 
prestação de múltiplas atividades, de forma integrada (RAZZOLINI FILHO; BERTÉ, 2013). 
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Apesar da proposta de prestação de serviços na área de logística 
coincidir em alguns campos, há diferenças fundamentais entre um 
PSL (Prestador de Serviços Logísticos) e um Operador Logístico. Veja 
no quadro a seguir essas principais diferenças: 
Quadro 1 - Comparação das Características dos Operadores 
Logísticos com Prestadores de Serviços Logísticos Tradicionais 
Fonte: Sader (2007, p. 22). 
Sem dúvida, diante desse cenário, tanto na estratégia logística como na logística estratégica, a empresa 
pode obter vantagem competitiva, porém, na opção pela logística estratégica, essa vantagem seria 
sustentável em longo prazo. 
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ENTENDENDO O CONCEITO DE 
LOGÍSTICA REVERSA 
A preocupação com as questões ambientais toma um espaço cada vez maior na pauta das discussões 
governamentais, empresariais e sociais, de forma geral. Evidentemente que os reflexos dessas discussões 
acabariam por chegar ao nível de ações, o que aconteceu de forma global. 
A legislação e normativas tornaram-se abundantes tanto em países desenvolvidos como em muitos países 
em desenvolvimento, incluindo Brasil. 
De qualquer modo, é bom que você tenha em mente que alguns fatores motivaram o movimento dos 
empresários em direção ao tratamento de seus produtos após cumprirem seu ciclo de vida. O conceito de 
Ciclo de Vida é apresentado ao final desta Unidade. 
Na década de 1970, exatamente no ano de 1973, houve um evento catastrófico para a economia que ficou 
conhecido como Crise do Petróleo, quando os países membros da OPEP (Organização dos Países 
Exportadores de Petróleo), em um movimento de sucessivas altas, reajustaram os preços do precioso óleo 
em 400%. Isso desencadeou crises econômicas avassaladoras em países desenvolvidos, dependentes do 
petróleo para suas atividades produtivas. O custo de transporte e produção foi seriamente afetado. As 
matérias-primas tiveram aumentos de preço muito acentuados. Esse fenômeno forçou a busca por 
alternativas para obtenção de matérias-primas para as indústrias. De acordo com Razzolini Filho e Berté 
(2013), ao contrário do que afirmam os ambientalistas, foi o fator econômico que fez com que os 
empresários voltassem sua atenção para o reaproveitamento de matéria-prima. 
Além desse fator econômico, a conscientização por parte dos consumidores – pelo menos os de visão mais 
crítica – de que as empresas são responsáveis pelos produtos que fabricam, em todo ciclo de vida desses 
produtos e, por conseguinte, passarem a exigir que essas empresas cuidassem também da fase em que o 
produto estaria inservível para consumo, foi também um fator determinante para o movimento de 
tratamento desses produtos por parte dessas organizações. 
O poder público entrou também em cena, após comprovado dano ao meio ambiente por descartes 
inadequados e a necessidade de intervenção sobre os espaços degradados – com o conseqüente 
dispêndio de recursos públicos –, o que fez com que os países desenvolvessem leis que cobram ações e 
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penalizam as empresas não atendem os ditames legais. 
O que as empresas deveriam fazer, considerando todas essas variáveis? 
A concepção do fornecimento de produtos teve que ser repensada. Até então, como frisado, o 
consumidor se constituía como o elo final da cadeia de suprimentos. Uma representação dessa ideia você 
pode perceber na Figura 1. 
Figura 1: Fluxos da Cadeia de Suprimentos 
Fonte: adaptado de Ballou (2006). 
Razzolini Filho e Berté (2013, p. 68), confirmando esse entendimento, o ampliam por destacar os 
caminhos dentro de um fluxo logístico, que podem seguir a seguinte seqüência: 
1. Da fábrica até o armazém ou centro de distribuição; 
2. Do centro de distribuição até o autosserviço ou varejo; 
3. Do autosserviço ou varejo até o consumidor. 
Com as exigências e variáveis que vimos acima, em que a empresa precisa ter ações consistentes para o 
tratamento dos produtos além de seu uso pelo consumidor, surge um quarto fluxo: o fluxo inverso ou da 
logística reversa. 
Entenda que, para nossa conceituação de Logística Reversa, precisamos visualizar um ciclo contrário ao 
fluxo tradicional de fornecimento. Estamos considerando o retorno dos produtos (ou partes dele) em 
direção à fonte de produção. No processo logístico convencional – pelo menos na abordagem histórica –, 
não há uma indicação clara sobre o fluxo cliente-empresa. Essa abordagem só ganha destaque com o 
desenvolvimento do conceito de Logística Reversa. 
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Isso fica mais claro quando observamos a figura 2: 
Figura 2: Representação esquemática dos processos logísticos direto e reverso 
Fonte: Lacerda (2002, p. 3). 
É importante destacar que, desde a concepção do conceito de Logística Reversa, faz-se referência a este 
fluxo inverso. 
O CLM ( Council of Logistics Management , que mais tarde foi rebatizado de Council of Supply Chain 
Management Professionals – CSCMP) definiu, em 2001, o conceito de Logística Reversa, ao afirmar que se 
trata da: 
parte do processo da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla de 
forma eficiente e eficaz o fluxo direto e reverso e o estoque de bens, serviços e 
informação entre o ponto de origem e o ponto de consumo com o propósito de atender 
os requisitos dos clientes (CLM, 2001 apud SANTOS et al. 2013, p. 233) 
Rogerse Tibben-Lembke (1999, p. 2) reforçam esse conceito do CLM ao definirem Logística Reversa 
como: 
O processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e custo efetivo do 
fluxo de matérias-primas, estoques em processo, produtos acabados e informações 
correspondentes do ponto de consumo ao ponto de origem com o propósito de 
recapturar o valor ou destinar à apropriada disposição. 
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O mesmo CSCMP, em 2006, retomou o conceito da Logística, agora inserindo a dinâmica da Logística 
Reversa, por afirmar que: 
Supply Chain Management compreende o planejamento e gerenciamento de todas as 
atividades envolvidas com a aquisição, conversão e o gerenciamento logístico. Inclui 
principalmente a coordenação e colaboração com os parceiros dos canais, que podem 
ser fornecedores, intermediários, provedores de serviços terceirizados e clientes. Em 
essência, o Supply Chain Management integra o gerenciamento do suprimento e da 
demanda, internamente e ao longo da cadeia de suprimentos. Logística empresarial é a 
parte do Supply Chain Management que planeja, implementa e controla o eficiente e 
efetivo fluxo direto e reverso (grifo do autor) , a estocagem de bens, serviços e as 
informações relacionadas entre o ponto de origem e o ponto de consumo, no sentido de 
satisfazer as necessidades do cliente (CSCMP, 2006 apud LEITE, 2009, p. 17). 
O REVLOG (Grupo de Trabalho Europeu de Logística Reversa), em 2005, expressou que: 
logística reversa é uma área/função bastante ampla que envolve todas as operações 
relacionadas com a reutilização de produtos e materiais como as atividades logísticas 
de coletar, desmonte e processo de produtos e/ou materiais e peças usadas a fim de 
assegurar uma recuperação sustentável dos mesmos e que não prejudiquem o meio 
ambiente (REVLOG, 2005 apud CHAVES et al. 2008, p. 4). 
O conceito ampliado do Supply Chain Management, incluindo as questões da logística 
reversa, tem efeitos inclusive no perfil do gestor. Pense: que outras competências e 
habilidades o gestor deve evidenciar, pensando na inserção de sua organização nos 
processos de logística reversa? 
Fonte: o autor. 
O conceito do REVLOG (2005) é interessante, pois pressupõe atividades específicas da Logística Reversa, 
como coleta, desmonte e a recuperação de materiais e peças usadas. 
Essas atividades que buscam recuperar valor são visualizadas na Figura 3: 
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Figura 3: Atividades relacionadas ao processo de Logística Reversa 
Fonte: Chaves et al. (2008, p. 4). 
Rogers e Tibben-Lembke (1998 apud CHAVES et al., 2008, p. 5) elencam atividades consideradas como o 
núcleo do processo logístico reverso, conforme demonstrado no Quadro 2: 
Quadro 2 - Atividades comuns na Logística Reversa 
Fonte: Rogers e Tibben-Lembke (1998 apud CHAVES et al. 2008, p. 5). 
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Sem detalhar, neste momento, as atividades listadas no Quadro acima, é importante pontuar que assim 
como os processos logísticos tradicionais que formam canal de distribuição, no caso da Logística Reversa, 
há também a constituição de um canal de distribuição reverso. 
Para resgatar a ideia de canal de distribuição, esses: 
são constituídos pelas diversas etapas pelas quais os bens produzidos são 
comercializados até chegar ao consumidor final, seja uma empresa, seja uma pessoa 
física. A distribuição física dos bens é a atividade que realiza a movimentação e 
disponibiliza esses produtos ao consumidor final (KOTLER, 1996 apud LEITE, 2009, p. 
6). 
Alguns dados sobre a riqueza que jogamos fora: 
1. 40 celulares possuem a mesma quantidade de ouro que uma tonelada de minério. 2. 
Na China, são desperdiçados por ano 4 toneladas de ouro, 6 de cobre e 28 de prata. 3. 
Só no aterro sanitário da cidade de Reiskirchen, em Hessen (Alemanha), estão 
enterrados recursos no valor de até 120 milhões de euros. 
Fonte: DEUTSCHE WELLE. Lixo: matéria-prima do futuro. Carta Capital [online], 20 
fev. 2013. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/lixo- 
materia-prima-do-futuro>. Acesso em: 14 jul. 2015. 
Pois bem, considerando o sentido contrário, Leite (2009, p. 6) salienta que os canais de distribuição 
reversos consideram 
as formas e os meios em que uma parcela dos produtos com pouco uso após a venda, 
com ciclo de vida útil ampliado ou após a extinção de sua vida útil, retorna ao ciclo 
produtivo ou de negócios, readquirindo valor de diversas naturezas, no mesmo 
mercado original, em mercados secundários, por meio de seu reaproveitamento, de 
seus componentes ou de seus materiais constituintes. 
Esses Canais de Distribuição Reversos – CDRs são geralmente classificados considerando certos aspectos 
característicos dos bens comercializados. 
Na classificação clássica dos bens em função de sua durabilidade, Razzolini Filho e Berté (2013) listam 
dois tipos de produtos, conforme Quadro 3: 
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Quadro 3 - Classificação de produtos em função de sua durabilidade 
Fonte: Razzolini Filho e Berté (2013, p. 93) 
Após diversos estudos e desenvolvimento do conceito de logística reversa, classificaram-se os canais de 
distribuição reversos em dois tipos: 
• canais de distribuição reversos de pós-venda; e 
• canais de distribuição reversos de pós-consumo. 
Você talvez tenha se perguntado: por que não se dá o destaque merecido aos canais de distribuição 
reverso da mesma forma como os canais de distribuição tradicionais? O motivo é puramente da 
representação monetária dos dois processos. Os canais de distribuição reversos movimentam valores 
muito inferiores aos movimentados em canais tradicionais. 
Reaproveitamento de materiais 
A maior produtora de painéis de madeira industrializada e pisos, louças e metais 
sanitários do Hemisfério Sul implantou um programa intensivo de reaproveitamento 
das matérias-primas usadas em todas as etapas de produção. Transformou as Estações 
de Tratamento de Efluentes (ETEs) em Áreas de Recuperação de Materiais (ARMs), 
onde os efluentes gerados, depois de tratados, são reaproveitados nos processos 
produtivos e na manutenção das plantas. A gestão eficiente dos resíduos sólidos 
gerados permite o reprocessamento e a reutilização de alguns materiais nos próprios 
processos. Os resíduos metálicos são refundidos e retornam ao processo industrial, a 
sucata de madeira é utilizada como biomassa para a geração de energia térmica e vapor 
nas plantas da Divisão Madeira, além de disponibilizar materiais que podem ser 
utilizados por indústrias de outros setores após o devido tratamento, como hidróxido 
de níquel e óxido de zinco. 
Recentemente, a partir dos processos de reaproveitamento eficientes, a divisão de 
louças sanitárias reutilizou, ao longo do ano, 21.439,28 toneladas, o equivalente a 18,4 
% do total da massa utilizada nas plantas. Em uma de suas divisões, a gestão é baseada 
nos princípios dos 3R – Reduzir, Reutilizar, Reciclar. Por meio de parcerias com 
fornecedores locais, responsáveis pelo processo de britagem dos resíduos de louças 
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danificadas durante a fabricação, essa matéria-prima passou a ser reintegrada na 
produção de novas louças e tijolos refratários, evitando desperdícios de material. 
Fonte: REAPROVEITAMENTO de materiais. Duratex. Disponível em: 
< http://www.duratex.com.br/Sustentabilidade/pt/Meio_Ambiente/Reaproveitamento_ 
Materia.aspx >. Acesso em: 14 jul. 2015. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.duratex.com.br%2FSustentabilidade%2Fpt%2FMeio_Ambiente%2FReaproveitamento_Materia.aspx&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFRc5ucudmoG3gN2DKsZ-agWWJ0UAhttp://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.duratex.com.br%2FSustentabilidade%2Fpt%2FMeio_Ambiente%2FReaproveitamento_Materia.aspx&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFRc5ucudmoG3gN2DKsZ-agWWJ0UA
CUSTOS EM LOGÍSTICA 
REVERSA – O QUE AVALIAR 
Ao considerarmos os processos logísticos de forma geral, é evidente que custos estão envolvidos. Um dos 
temas logísticos mais difíceis de ser tratado justamente é o de custos logísticos. 
Para lembrá-lo(a) da importância da gestão dos custos logísticos, há uma estimativa de que o custo total 
da logística nos EUA chegue a impressionantes 10% do PIB americano (CHRISTOPHER, 2007). Um estudo 
desenvolvido pelo CEL-COPPEAD apurou que, em 2004, o custo logístico total no Brasil era da ordem de 
12,6% do PIB (LIMA, 2006). 
Devido à sua importância, várias fórmulas têm sido oferecidas, buscando proporcionar métricas para 
apuração desses custos. 
Uma das fórmulas é a oferecida por Faria e Costa (2007), que considera o Custo Logístico total o 
resultado da seguinte expressão: 
CLT = CAM + CTRA + CE + CMI + CTI + CTRI + CDL + CDNS + CAD 
Nesta fórmula, 
CAM = Custos de Armazenagem e Movimentação de Materiais 
CTRA = Custos de Transporte (incluindo todos os modais ou operações intermodais) 
CE = Custos de Embalagens (utilizadas no sistema logístico) 
CMI = Custos de Manutenção de Inventários (MO, PP e PA) 
CTI = Custos de Tecnologia de Informação 
CDL = Custos Decorrentes de Lotes 
CTRI = Custos Tributários (tributos não recuperáveis) 
CDNS = Custos Decorrentes do Nível de Serviço 
CAD = Custos da Administração Logística 
Pode-se ainda buscar apurar o Custo logístico Total por meio de seus processos, cuja fórmula de cálculo é: 
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CLT = CLOGAba + CLOGPla + CLOGDis 
Na qual: 
CLOGAba = Custos Logísticos do Abastecimento 
CLOGPla = Custos Logísticos da Planta 
CLOGDis = Custos Logísticos de Distribuição 
Ainda há um modelo mais simplificado, que é adotado por muitos autores: 
CLT = CA + CPP + CE + CT 
Onde: 
CA = Custos de Armazenagem 
CPP = Custos de Processamento de Pedidos 
CE = Custos de Estocagem 
CT = Custos de Transporte 
Os estudos que contemplam os custos da logística reversa no Custo Logístico Total ainda são incipientes. 
Paulo Roberto Leite, um dos pioneiros na pesquisa da Logística Reversa no Brasil, oferece na sua obra 
“Logística Reversa: meio ambiente e competitividade” (LEITE, 2009, p. 27) a possibilidade de se associar 
três tipos de custos às atividades de Logística Reversa: 
1. Custos apropriados pela contabilidade: custos diretos, indiretos, fixos e variáveis. 
2. Custos relacionados à gestão de operações de diversas naturezas: normalmente apropriados pelos 
administradores ou pela controladoria das empresas, tais como “custos de oportunidade”, custos “ocultos”, 
entre outros. 
3. Custos de imagem corporativa ou de marca. 
Vamos detalhar um pouco mais cada um desses custos. 
No caso dos custos apropriados pela contabilidade , somaríamos custos de transporte, armazenagem, 
consolidações e de sistemas de informação dos canais reversos, da mesma forma que fazemos para os 
canais tradicionais. 
Leite (2009) traz a atenção que, devido às operações adicionais que os canais de distribuição reversos 
agregam, os custos relacionados tendem a ser maiores. Essas atividades incluem seleção, separação e 
redistribuição dos produtos da logística reversa. O autor destaca que o número de transações logísticas 
no retorno dos produtos é de 5 a 10 vezes maior, o que resulta em custos de 3 a 5 vezes mais em relação 
ao de envio dos produtos originais ao mercado. 
Os custos relacionados à gestão , de forma semelhante aos custos de gestão logística tradicional, são 
relacionados aos custos de oportunidade, custos irrecuperáveis, programas de melhoria, entre outros. 
Finalmente, os custos de imagem corporativa ou de marca relacionam-se à preocupação das empresas 
em se manterem com sua imagem intocável perante a comunidade e aos seus consumidores. 
Especialmente no caso da Logística Reversa, a imagem está relacionada a boas práticas de 
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sustentabilidade empresarial. 
A questão dos custos na Logística Reversa precisa ser avaliada também em outra perspectiva: a da 
recuperação de valor, ou seja, o quanto a empresa pode ganhar com os materiais retornados. A 
possibilidade de ganhos nesse retorno está diretamente ligada ao conceito de Ciclo de Vida dos produtos. 
A lógica é razoavelmente simples: dependendo do ponto em que o produto for recapturado, é possível 
obter maior ganho – ou recuperação de perdas no caso de garantia – com o item. 
Na Figura 4, você poderá visualizar como isso ocorre. 
Figura 4: Pontos de recuperação de valor na logística reversa 
Fonte: Garcia (2006). 
Fica bastante claro, na Figura 4, como ocorre o ciclo de vida de um produto, desde a aquisição de 
matérias-primas, a fase de manufatura, a distribuição, a comercialização e o retorno (originário do pós- 
venda ou pós-consumo). Assim, pode-se dizer que o ciclo de vida do produto tem fim apenas quando do 
seu descarte final de forma segura, podendo dentro do ciclo de vida ter sido recuperado, remanufaturado 
e ter retornado ao mercado, inteiro ou em partes, ou ainda ter tido suas partes reaproveitadas ou 
recicladas (GARCIA, 2006). 
Considerado dessa forma, uma conclusão lógica que podemos chegar é a de que quanto maior for o 
percentual de retorno e o valor envolvidos do produto, mais importante será a gestão do ciclo de retorno 
do produto de modo a capturar o valor (GARCIA, 2006). 
No Quadro 4, temos uma comprovação numérica dos impactos do retorno de materiais para a indústria. 
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Quadro 4 - Percentual de retorno dos produtos no canal reverso 
Fonte: Rogere Tibben (1999 apud GARCIA, 2006). 
Indústrias de revistas e jornais têm um retorno muito grande de produtos, devido à sua elevada 
obsolescência, o que exige dessas empresas um processo de Logística Reversa muito bem estruturado. 
Guarnieri (2011, p.61): 
No Brasil, as empresas de diversos setores chegam a ter devolução de 5% a 10% dos 
produtos que colocam no mercado, o que no caso específico da logística reversa de pós- 
venda, movimenta R$ 16 bilhões/ano e há atividades, como mercado editorial, em que 
até 50% de tudo que é colocado no mercado é de alguma forma, devolvido às 
companhias. O custo da pós-venda no Brasil equivale a cerca de 0,5% do Produto 
Interno Bruto (PIB) nacional, indicam estimativas do setor. 
Desde a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS (Lei 
12.305/2010 e sua regulamentação no Decreto 7404/2010), buscou-se acordos 
setoriais de modo a vincular os agentes econômicos e o governo na busca de soluções 
para os problemas dos resíduos sólidos. No Decreto 7404 criou-se um Comitê 
Orientador para a Implantação de Sistemas de Logística Reversa. A estrutura do 
COMITÊ ORIENTADOR inclui o Grupo Técnico de Assessoramento – GTA instituído 
pelo Decreto Nº 7.404/2010 e formado por técnicos dos mesmos cinco ministérios que 
compõem o COMITÊ ORIENTADOR. 
Para saber mais, acesse em: < http://sinir.gov.br/web/guest/logistica-reversa >. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fsinir.gov.br%2Fweb%2Fguest%2Flogistica-reversa&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGY7LlyVV-DoNNf0xmgYWyKGvPiig
Para atribuirmos o valor de um produto retornado, precisamos analisar seu processo de retorno do ponto 
de vista do tempo e do próprio processo de remanufatura (caso este produto seja destinado a voltar ao 
mercado). No esquema abaixo, temos uma representação gráfica sobre o impacto no valor do produto das 
fases de remanufatura e da variáveltempo. 
Podemos observar que o valor deprecia-se com o tempo. Você deve ter uma noção clara disso, 
principalmente se considerarmos produtos de tecnologia, como computadores e seus componentes, 
tablets, celulares, entre outros. Se existir uma demora no reprocessamento desses produtos, quando eles 
retornarem ao mercado, já não terão o apelo que mais atrai compradores, que é fato de desejarem 
comprar produtos de ponta. 
No passado, era bastante comum que as pessoas levassem seus aparelhos para 
conserto em caso de defeito, sendo os técnicos muito requisitados para reparos em 
TVs, aparelhos de som, geladeira, entre tantos outros eletroeletrônicos domésticos. Em 
países como o Japão, a cultura do conserto quase se perdeu. Simplesmente se descarta 
o que apresenta problemas. Pense: será que essa tendência já chegou ao Brasil? Como 
você se comporta em relação a isso? 
Fonte: o autor 
Dessa forma, para produtos com essas características (alto valor e rápida depreciação), o tempo de 
retorno é fundamental para a recuperação de valor. Dessa forma, os custos de retorno envolvem os custos 
de processo da Logística Reversa e a perda de valor devido ao tempo entre a sua introdução na cadeia 
reversa e o seu retorno ao mercado (GARCIA, 2006). 
Matematicamente, ficaria assim representado: 
Onde: 
• CRPPV: Custo de retorno para produtos de pós-venda. 
• Valor de retorno: valor do produto no mercado considerando o efeito de depreciação no tempo. 
• Custo LR: custo da Logística Reversa. Envolve todo o processo para torná- -lo disponível ao mercado 
novamente. 
• Valor Recuperado: valor que o mercado aceita pagar pelo produto retornado considerando a 
depreciação no momento de seu retorno. 
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Num estudo do Reverse Logistics Executive Concil , foi constatado que o custo de um OEM ( Original 
Equipment Manufacturer ) pode ser reduzido em 35%, considerando- -se que 10% a 20% dos computadores 
ou produtos eletrônicos retornam, e que esses produtos depreciam-se a uma taxa de 3% por semana. 
Outro ponto a considerar é que os atrasos no retorno dos produtos deixam os clientes insatisfeitos e 
podem resultar em impactos no marketshare (GARCIA, 2006). 
Na Figura 5 demonstra a questão do impacto do fator tempo na possibilidade de retorno de valor no 
processo de Logística Reversa. 
Figura 5: Valor de retorno em função do tempo 
Fonte: Blackburn et al. (2004). 
Perceba na Figura 5 que há uma relação direta entre a variável tempo e o valor do produto retornado para 
o mercado. Evidentemente, este valor fica muito menor quanto maior o tempo decorrido da entrada do 
material no processo logístico, sua adequação e disponibilização novamente ao mercado. 
Outro fator importante a ser considerado na composição dos custos da Logística Reversa é o 
reaproveitamento do material – ou parte dele – na forma de reciclagem. 
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O corpo humano e a logística reversa 
Pouca gente tem conhecimento que na produção de diversos materiais estão presentes 
elementos valiosos, como ouro, prata, paládio, níquel, platina, entre outros. Você sabia 
que um check-up médico pode produzir materiais valiosos, objeto da logística reversa? 
Estou falando da prata presente nas radiografias. As radiografias, aliás, são 
consideradas grande fonte deste metal, de grande interesse comercial. Para se ter 
ideia, é possível extrair 5g por m² de filmes radiográficos. O grande problema tem sido o 
impacto ambiental gerado na extração deste material, ocasionado pelo uso de produtos 
químicos tóxicos. Diversas pesquisas têm buscado alternativas para uma extração 
segura, ambientalmente falando. Atualmente temos presenciado uma migração da 
radiografia física para a digital. Os métodos digitais envolvem a captura de imagens no 
formado digital, por radiografia computadorizada (CR)que utilizam placas de fósforo 
onde imagens são digitalizadas e o Digital Direto (DR) que utiliza painel detector digital 
onde a imagem é formada eletronicamente. Porém, ainda cerca de metade das 
radiografias realizadas no mundo utilizam filmes que contém prata. Fonte: o autor. 
A reciclagem possibilita o ingresso de numerário para as empresas e pode ser contabilizado como Receita 
Ambiental, nas Contas de Resultados, Receitas (Vendas de Resíduos) e na Redução de Custos e Despesas 
Ambientais (Recuperação de Resíduos). Na atuação da Logística Reversa, desde o início do processo de 
fabricação, se 
[...] estabelecem algumas medidas que visam evitar ou diminuir a quantidade de 
material descartável, com ações como: reduzir os resíduos na origem dos mesmos; 
reutilizar os materiais, maximizando o nível de rotação; implementar sistemas de 
recuperação. 
Reciclar uma tonelada de plástico economiza 130 quilos de petróleo; para uma 
tonelada de vidro, se gasta 70% menos energia do que fabricar, e para cada tonelada de 
papel reciclado, poupa-se 22 árvores, e consome-se 71% menos energia, além de poluir 
74% menos que fabricar o produto (IARIA, 2002 apud GARCIA, 2006, p. 5). 
Há ainda outros fatores a serem considerados. Na questão de custos, o gestor deve decidir entre a 
modelagem de logística mais adequada para lidar com diferentes tipos de material. 
Isso mesmo! Dependendo do tipo de material, conforme já vimos, o tempo é um fator mais importante 
que outros fatores. Para produtos de menor valor, o custo do retorno deve ser considerado. 
Nesse ponto, podemos citar um trecho do trabalho de Leite (1999) e Felizardo et al. (1999 apud GARCIA, 
2006, p. 6). Esses autores citam os principais fatores para a realização de projetos de Cadeia de 
Distribuição Reversa ( Reverse Supply Chain ), bem como fatores que podem modificar a estrutura e 
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organização desses Canais Reversos: 
• Custos: ainda não bem definidos e de difícil avaliação. 
• Oferta: de materiais reciclados, permitindo a continuidade industrial necessária. 
• Qualidade: adequada ao processo industrial e constante para garantir rendimentos operacionais 
economicamente competitivos. 
• Tecnologia: a tecnologia e o teor de determinada matéria-prima podem variar em função do produto de 
pós-consumo utilizado, redundando em custos diferentes e orientando o mercado de pós-consumo para 
aquele que se apresente mais conveniente. 
• Logística: a característica logística das matérias de pós-consumo, em particular a transportabilidade dos 
mesmos, revela-se de enorme importância na estruturação e eficiência dos canais reversos. 
• Mercado: é necessário que haja quantitativa e qualitativamente mercado para os produtos fabricados 
com materiais reciclados. 
• Ecologia: novos comportamentos passam a exigir novas posições estratégicas das empresas sobre o 
impacto de seus produtos e processos industriais. 
• Governo: legislação, subsídios que afetam o interesse da área dos materiais reciclados. 
• Responsabilidade Social: valorização social e possibilidade de produção e consumo de produtos 
ecologicamente corretos (LEITE, 1999; FELIZARDO et al. 1999 apud GARCIA, 2006, p. 6). 
Na questão do valor dos produtos que têm origem na Logística Reversa, um conceito com o qual você vai 
se deparar é o de MVT ( Marginal Value of Time for Returns , ou, traduzido em português: Valor Marginal do 
Tempo de Retorno). Esse conceito é trazido por Blackburn (2004), que destaca que, como grande parte da 
perda recuperável de ativos no fluxo de retorno é devido a atrasos no processamento, os administradores 
devem ser sensíveis ao valor do tempo de retorno de produtos e usá-lo como uma ferramenta para 
(re)desenho da cadeia de suprimentos reversa para recuperação de ativos. 
O impacto disso no canal reverso pode ser visualizado na Figura 6, que demonstra o fluxoreverso com as 
possíveis recuperações de valor. Veja um detalhe interessante na figura, que está em seu formato, dando a 
noção clara de afunilamento, ou seja, quando mais próximo do final do fluxo, menos é possível recuperar. 
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Figura 6: Funil de retorno dos materiais no fluxo reverso 
Fonte: Blackburn (2004). 
Essa figura ilustra bem que, comparando um produto retornado em relação a um produto novo, há uma 
perda no valor do ativo de mais de 45% e somente 20% pode retornar como produtos novos. Porém, 
considerando que se não houver nenhuma ação gerencial sobre o retorno dos itens na cadeia reversa o 
prejuízo é total, há que se considerar que a empresa recupera valor, ou seja, tem entrada de recursos em 
seu caixa pelo tratamento correto de produtos retornados. 
Por fim, é interessante observar alguns apontamentos quanto aos custos da Logística Reversa que são 
destacados por Leite (2014, p.66), quando afirma que: 
Embora os custos de reaproveitamento, realizados com escala, qualidade e com 
processos adequados sejam compensadores de uma forma geral, os custos de Logística 
Reversa propriamente dita, ou seja, os custos operacionais de coleta, transporte, 
manuseio, etc. são por natureza altos, quando comparados com a logística direta. Neste 
sentido, embora se saiba que alguns dos desafios acima mencionados sejam de longo 
prazo, algumas oportunidades existem, como por exemplo: 
• Adequação dos projetos dos produtos às necessidades de reaproveitamento 
reduzindo os custos envolvidos. Isto envolve uniformização de materiais, redução de 
soldas e ligações permanentes, identificação das partes, uso dos conceitos de 
rastreabilidade, etc. 
• Organização eficiente da rede de atividades da Logística Reversa: formas de coleta, 
transportes, localização destas atividades, processamentos intermediários, etc. 
• Aumento das escalas de atividades em todas as áreas das cadeias reversas de pós- 
consumo propiciando melhores tecnologias, consistência e qualidade nas atividades. 
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• Implantação tecnologias de tratamento de resíduos sólidos com alto desempenho 
para escalas maiores. 
• Destinação de recursos adequados para capacitação de mão de obra qualificada e 
recursos em equipamentos. 
• Adequação de soluções e incentivos governamentais para áreas industriais e 
comerciais que estejam envolvidas com a execução de programas de Logística Reversa. 
Este aspecto é de vital importância na medida em que, além das conhecidas tributações 
redundantes que oneram muito os produtos reaproveitados e o seu uso posterior, 
seriam necessários incentivos em forma de financiamentos para melhorias 
tecnológicas, condições especiais de transporte, entre outras providencias e inovações 
necessárias a esta área, que poderá gerar um PIB de economia reversa considerável, 
além de apreciável quantidade de empregos. 
Evidencia-se, dessa forma, que o gerenciamento dos custos da logística reversa está implícito no 
planejamento das ações dos gestores organizacionais. 
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ATIVIDADES 
1. Das questões sobre a capacidade do planeta em manter a vida, alguns temas são relevantes. Por 
exemplo, é correto dizer que: 
a) Os ciclos naturais do planeta garantem a sustentabilidade da vida, não importa o ritmo do uso dos 
recursos naturais. 
b) Entende-se que é necessário equilibrar o uso de recursos naturais com a capacidade de regeneração do 
planeta. 
c) O planeta não produz atualmente a quantidade necessária de alimentos para a população mundial. 
d) O modelo econômico vigente privilegia a preservação ambiental em detrimento ao consumo. 
2. A competitividade entre as empresas deixou de ser apenas local para ganhar dimensões globais. Por 
conta disso, é correto dizer que: 
a) A principal fonte de competitividade nas organizações atualmente é o preço, pois os produtos são 
praticamente idênticos. 
b) A principal fonte de competitividade nas organizações atuais é o produto, pois o preço é alinhado em 
quase todas as empresas. 
c) A principal fonte de competitividade nas organizações atuais é a eficiência logística, capaz de reduzir 
custos e aumentar a satisfação do cliente. 
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d) A competitividade organizacional nas organizações atuais está baseada na propaganda intensiva de 
modo a ganhar visibilidade na mente dos consumidores. 
3. A Logística Reversa passou a ser um tema na pauta das organizações atualmente, tanto por necessidade 
econômica, como por exigência dos próprios clientes dessas organizações. Sobre este assunto, leia as 
afirmações a seguir: 
I. Na Logística Reversa estão envolvidos processos de planejamento, implementação e controle eficiente e 
eficaz do fluxo direto e reverso e dos estoques de bens, serviços e informações entre o ponto de origem e 
o ponto de consumo com o propósito de atender os requisitos do cliente. 
II. Na Logística tradicional, não há indicação clara do fluxo no sentido cliente-empresa, que só ganha 
destaque com o desenvolvimento do conceito de logística reversa que considera o retorno do produto ou 
parte dele em direção à fonte de produção. 
III. Na Logística Reversa, o objetivo exclusivo é a proteção ambiental, com o enfoque no tratamento de 
resíduos depositados em lixões na área urbana, que podem trazer significativos impactos ambientais, 
comprometendo inclusive o suprimento de água dos lençóis freáticos. 
IV. Os processos logísticos diretos podem ter como fonte ou origem de seu fluxo materiais novos ou 
materiais reaproveitados, estes últimos sendo originados do próprio processo logístico reverso. É correto 
somente o que se afirma em: 
a) I. 
b) II e III. 
c) I, II e IV. 
d) I, III e IV. 
e) I, II, III e IV. 
4. Sobre os custos na logística reversa, alguns fundamentos e conceitos são muito relevantes no 
planejamento organizacional. Sobre esta questão, assinale (V) para Verdadeiro e (F) para Falso nas 
afirmações a seguir: 
( ) Para algumas empresas, o volume de produtos devolvidos é significativo, exigindo ações gerenciais 
bem estruturadas. 
( ) Avaliando o valor do produto retornado em relação ao tempo, pode dizer que quanto maior o tempo, 
maior o valor de retorno. 
( ) A qualidade do material retornado deve ser avaliada, pois o material deve ser adequado aos processos 
industriais. 
( ) Deve-se avaliar nos projetos de logística reversa se há mercado para os produtos fabricados com 
materiais reciclados. A sequência correta é expressa em: 
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a) F – F – V – V. 
b) V – V – F – F. 
c) V – F – F – V. 
d) V – F – V – V. 
e) V – F – V – F. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
O século XXI foi brindado como o século das inovações, principalmente no campo tecnológico. O 
desenvolvimento conseguido nas áreas de produção, telecomunicações, tecnologia da informação, parece 
que trouxe à humanidade novas perspectivas de realização e prosperidade. Um fator, no entanto, tem 
preocupado as pessoas de visão mais crítica, incluindo o meio acadêmico,a gestão pública, empresários e 
a sociedade civil organizada: os impactos ambientais. 
Esses impactos começaram a ser vislumbrados de forma mais intensa especialmente na segunda metade 
do século XX, com desastres ambientais provocados pelo homem que ganharam grande repercussão 
mundial, como o derramamento de óleo em regiões como Alasca, pelo navio Exxon Valdez, o 
derramamento de material tóxico na baía de Minamata, no Japão, entre outros inúmeros casos que 
chocaram o público e exigiram um posicionamento por parte dos governos e empresas. 
O consumidor cada vez mais cobra uma postura ambientalmente responsável. Além disso, o aumento do 
custo e a escassez de matérias-primas têm provocado um movimento das organizações em reaproveitar 
materiais provenientes de seus próprios processos produtivos ou adquiridos de outras empresas. 
Estabelece-se, dessa forma, um fluxo contrário ao tradicional empresa-cliente; agora um outro fluxo passa 
a fazer parte do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (o Supply Chain Management, ou SCM), ou 
seja, o fluxo cliente-empresa. Esse é o principal fundamento da Logística Reversa, que envolve todos os 
processos de coleta, seleção e disponibilização ao ciclo de negócios da empresa de produtos (ou parte 
deles) provenientes de retorno dos clientes, seja em decorrência de exigências negociais e legais ou pelo 
encerramento do ciclo de vida do produto. 
Ao retornar ao ciclo de negócios, o objetivo da logística reversa é a recuperação de valor do material, o 
que exige algumas ações gerenciais bem definidas, cuidando especialmente do fator tempo, que pode 
impactar adversamente o valor recuperado. 
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Material Complementar 
Leitura 
Logística Reversa: em busca do equilíbrio econômico e 
ambiental 
Autor: Patrícia Guarnieri 
Editora: do autor 
Sinopse : Diversos são os motivos que tornam a logística 
reversa um assunto tão relevante nos dias atuais, dentre 
eles: a redução do ciclo de vida mercadológico dos 
produtos, o surgimento de novas tecnologias e de novos 
materiais em suas constituições, sua obsolescência 
precoce, a ânsia descontrolada dos consumidores por 
novos lançamentos e os altos custos de reparos dos bens 
diante de seu preço de mercado. Este livro aborda a 
logística reversa, suas principais vantagens e dificuldades, o 
impacto da Política Nacional de Resíduos Sólidos para os 
atores envolvidos na geração dos resíduos, seu 
planejamento e mensuração e também fornece detalhes de 
processos de logística reversa dos resíduos 
eletroeletrônicos, dentre eles: eletrodomésticos, 
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eletrônicos, pilhas e baterias e lâmpadas. Além disso, no 
último capítulo, são apresentados dois estudos de caso, 
envolvendo resíduos da indústria automobilística e da 
indústria madeireira, que visam ilustrar os conceitos 
apresentados. 
Filme 
A era da estupidez 
Ano: 2009 
Sinopse : A Era da Estupidez mostra a que ponto chegou a 
destruição ambiental no mundo e alerta para a 
responsabilidade de cada indivíduo em impedir a anunciada 
catástrofe global. Misturando documentário e ficção, o 
filme é estrelado pelo ator indicado ao Oscar, Pete 
Postlethwaite, que interpreta um velho sobrevivente no 
devastado mundo de 2055. Ao analisar cenas das muitas 
tragédias ambientais ocorridas no início do século 21, ele 
se pergunta por que os seres humanos não se salvaram 
quando ainda tinham a chance. 
Na Web 
Várias organizações estão envolvidas em projetos de 
sustentabilidade, conscientização e ações práticas voltadas 
ao uso racional de recursos. Algumas entidades são ONGs 
(Organizações Não Governamentais), outras tem formato 
de OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil de Interesse 
Público). 
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Na Web 
Além de impactar o meio ambiente com a própria retirada 
do material da natureza, nem todas as empresas respeitam 
a regulamentação sobre o exercício da atividade. Veja, no 
link abaixo, que a justiça muitas vezes precisa entrar em 
ação quando abusos são cometidos: 
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APROFUNDANDO 
A LOGÍSTICA REVERSA DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
A construção civil é um setor da economia que tem um impacto social muito forte. Além de atender a 
demanda por moradia da população, movimenta valores na economia muito significativos, empregando 
muitas pessoas, desde profissionais altamente qualificados até trabalhadores sem nenhuma formação 
específica. A cadeia da construção civil é enorme, envolvendo desde a extração da matéria-prima até itens 
de decoração. 
Essa pujança toda esconde um fato preocupante: a construção civil é um dos segmentos que mais produz 
resíduos em toda a cadeia produtiva. Veja este dado preocupante: “Estima-se que mais de 50% dos 
resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes da construção” 
(BRASIL, online. Grifo do autor). 
Os impactos ambientais da construção civil começam pela obtenção das matérias-primas: argila, areia, 
cimento e ferro. 
Exemplificando com o caso da areia, este é um componente importante da construção civil e é composta 
de grânulos de quartzo. O impacto ambiental da extração da areia é intenso e as áreas para retirada estão 
muitas vezes distantes dos centros consumidores, o que faz com que a maior parte do custo deste 
produto para o consumidor é constituído por transporte (alguns calculam que 2/3 do custo seja em 
decorrência desse custo logístico). 
Temos inúmeros outros materiais que são utilizados, como plástico (em tubos e conexões), metais (em fios 
e cabos), misturas químicas como tintas e solventes, entre tantos. Com essa rápida análise, fica muito fácil 
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concluir que a retirada desses materiais do meio ambiente muda paisagens, produz resíduos de queima, 
em processos não renováveis. 
Outro lado da construção civil que traz grandes problemas ambientais é a produção de resíduos na forma 
de entulhos. Mas, afinal, o que são entulhos? 
De acordo com Razzolini Filho e Berté (2013, p. 129), 
O entulho é o conjunto de fragmentos ou restos da construção civil, provenientes de 
reformas ou da demolição de estruturas (prédios, residências). Na formação do entulho 
entram os restos de grande variedade de materiais de construção, possivelmente todos 
aqueles utilizados pela indústria da construção civil. Entre eles: tintas, tijolos, pedras, 
pedra brita, plásticos, papéis, metais, madeiras, materiais cerâmicos, argamassas e 
areia. 
Alguns trabalhos mais antigos davam conta de que o Brasil já chegou ao absurdo de, a cada 3 prédios 
construídos, o equivalente aos materiais de um edifício inteiro ser desperdiçado, ou seja, de cada 3 
prédios construídos, 1 literalmente ia para o lixo. 
Atualmente, esse cenário não é aceito nem reconhecido pelo segmento, pelo menos não quando se fala 
em construções conduzidas pelas grandes construtoras do Brasil. Também os programas de moradias 
populares do governo federal que exigem o cumprimento de orçamentos rígidos, forçaram as empresas a 
ganharem em produtividade e reduzirem perdas de materiais. 
Também, especialmente a partir dos anos 1990, começou a ser aplicado à construção civil uma filosofia já 
bastante consolidada na indústria de automóveis e alguns outros segmentos: o modelo japonês de gestão, 
com princípio do TQM (Gerenciamento pela Qualidade Total), Just-in-Time (que você conhece muito bem 
nos seus estudos de logística), que formavam a base da Lean Production ou Produção Enxuta, em 
português. Na construção civil, o termo cunhado para esta prática é Lean Construction (ou Construção 
Enxuta), que busca reduzir e, de preferência, eliminar desperdícios. Um grande avanço, não acha? 
Apesar desses avanços todos – principalmente na construção civil de grande porte – o desperdício e a 
produção de entulhos permanecem. 
Em razão disso, um grande esforço, tanto do próprio setor como dos órgãos ambientais do poder público, 
foi empreendido para formular uma política de gestão dos resíduos da construção civil. Algumas políticas 
promovidas por vários estados da federação são muito abrangentes e instituem indicadores de 
acompanhamento de gestão de resíduos (caso do Estadode São Paulo com a adoção do IGR – Índice de 
Gestão de Resíduos Sólidos). 
Em nível normativo, é considerado o marco legal de gestão de resíduos da construção civil a Resolução 
Conama 307 de 05.07.2002. 
Na figura 1, temos a demonstração do papel da logística reversa no segmento da construção civil: 
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Figura 1: Papel da logística reversa na construção civil sob o aspecto da sustentabilidade 
Fonte: Marcondes e Cardoso (2005, p. 7). 
As soluções geralmente estão ligadas ao reaproveitamento dos materiais, sendo a reciclagem a parte 
importante deste processo. 
Fonte: o autor. 
REFERÊNCIAS 
MARCONDES, Fábia C. S.; CARDOSO, Francisco F. Contribuição para aplicação do conceito da Logística 
Reversa na cadeia de suprimentos da construção civil . In: SIBRAGEC – Simpósio Brasileiro de Gestão e 
Economia da Construção, 4, 2005, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre/RS. 
RAZZOLINI FILHO, Edelvino; BERTÉ, Rodrigo. O reverso da logística e as questões ambientais no Brasil . 
Curitiba: Intersaberes, 2013. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; PARDO , Paulo. 
Logística Reversa . Paulo Pardo. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
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50 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Logística. 2. Reversa. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 658 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
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CANAIS DE 
DISTRIBUIÇÃO 
REVERSOS DE 
PÓS-CONSUMO 
Professor (a) : 
Me. Paulo Pardo 
Objetivos de aprendizagem 
• Demonstrar a classificação de produtos de pós-consumo que impactam na forma de tratamento desses 
materiais. 
• Apresentar a forma de descarte e disposição dos bens na logística reversa. 
• Abordar o conceito de recuperação econômica dos bens de pós-consumo. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• A classificação dos bens de pós-consumo 
• A descartabilidade e disposição dos bens na logística reversa 
• Objetivos econômicos da logística de pós-consumo 
Introdução 
Quando consideramos os impactos ambientais provocados pela humanidade, certamente o que nos 
lembramos de imediato são os imensos montes de lixo espalhados pelas cidades e pelos rios, pelas matas e 
pelos mares, que trazem toda sorte de imagens que causam repulsa, revolta e indignação. 
O que muitos deixam de refletir é que todo esse lixo é produzido por nós mesmos, muitas vezes motivado 
pelo nosso modo “fast” de vida, com tudo sendo consumido rapidamente e com as embalagens e restos 
descartados tão rapidamente quanto o produto foi consumido, não parece ter uma solução em curto 
prazo. Diante de resíduos e lixos gerados pelo consumo, estamos diante da grande questão: o que fazer 
com tudo isso? 
Cada vez mais, a sociedade, os clientes e os governos têm exigido uma postura ambientalmente 
responsável por parte das empresas, que são as fabricantes dos produtos que são descartados. As 
empresas agem motivadas por questões econômicas (ou para não perder mercado, ou para não perder 
dinheiro com o pagamento de multas) e, em casos mais recentes, por assumirem no seu código de ética e 
valores que devem cuidar do seu entorno e dos impactos de suas atividades. 
De qualquer forma, para os gestores, requer-se conhecer exatamente as implicações desse tipo de 
material, conhecidos materiais pós-consumo. É desse tema principal que essa Unidade trata. 
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Na Aula 1 veremos a classificação dos bens de pós-consumo e as consequências disso para o tratamento 
destes materiais. 
Na Aula 2 apresentaremos a forma de descarte e disposição dos materiais de pós consumo no escopo da 
Logística Reversa. 
Finalmente, na Aula 3, trataremos da questão da recuperação de valor nos materiais de pós-consumo. 
A partir de agora, foque nestes conceitos e nos materiais adicionais indicados ao longo deste estudo. Bons 
estudos! 
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A CLASSIFICAÇÃO DOS BENS 
DE PÓS-CONSUMO 
Ao iniciar a consideração dos Canais de Distribuição Reversos de Pós-Consumo (CDR PC), gostaria de 
trazer novamente à sua atenção que as empresas formatam seus canais de distribuição por razões 
objetivas, que são elencadas, por ordem de importância, em: 
1. Aumentar a competitividade; 
2. “Limpar” o canal através da redução de estoques parados; 
3. Respeitar legislações existentes; 
4. Revalorização econômica; e 
5. Recuperar valor de ativos (ROGERS; TIBBEN-LEMBCKE, 1998 apud RAZZOLINI FILHO; BERTÉ, 2013, 
p. 78). 
Note que, dos motivos listados acima, a maior parte se relaciona aos aspectos econômicos – ou pelo 
aumento da receita ou pela recuperação de valor. No caso da revalorização econômica, isto se dá quando 
o bem retornado no processo de logística reversa pode ser destinado a canais reversos alternativos, dessa 
forma, gerando valores chamados de “residuais”, que podem ser importantes para a companhia. 
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Isso acontece em virtude de que, apesar de sempre imaginarmos a logística reversa como um movimento 
a montante na cadeia de suprimentos, ou seja, como um movimento contrário ao fornecimento, nem 
sempre é assim que ocorre na prática. Por vezes, o bem retornado pode, de fato, ser reinserido de alguma 
forma, por exemplo, tornando-se novamente uma matéria-prima no processo na própria empresa. No 
entanto, nem sempre isso é possível. Neste caso, ainda pode-se gerar receitas pela venda a outras 
empresas que absorverão o material como matéria-prima ou componente de seus processos. 
Outra pontuação importante é que, quando se fala de logística de pós-consumo, evidentemente 
trataremos de materiais que são, na maioria das vezes, descartados como lixo. Paranós, o que é 
considerado lixo, pode ter potencial econômico. Então, elevaremos esses materiais do nível de lixo para o 
nível de resíduos . Não é apenas uma mudança semântica. Trata-se de uma alteração da visão gerencial. Só 
chamaremos de lixo o que de fato não puder ser aproveitado de alguma maneira em processos produtivos. 
Considerando essa mudança de visão, uma classificação possível para produtos é quanto à sua 
durabilidade. Todos os produtos tem uma vida útil, chamada de ciclo de vida. Ou seja, um produto, mesmo 
durável, em certo momento, cumpre o seu propósito, ou por tornar-se inútil para o seu usuário, ou por 
apresentar um defeito cujo conserto não compense o gasto, após o período de garantia. Somando-se a 
esse tipo de produto, temos ainda as embalagens, nas quais os produtos foram acondicionados, e os 
resíduos industriais provenientes dos processos produtivos. 
Temos, então, o cenário para a atuação de um canal de distribuição reverso de pós-consumo. Para fins de 
conceituação, usaremos a definição de Leite (2009, p. 49), que assim classifica os canais de distribuição 
reversos de bens de pós-consumo : 
Constituem-se nas diversas etapas de comercialização e industrialização pelas quais 
fluem os resíduos industriais e os diferentes tipos de utilidade ou seus materiais 
constituintes, até sua reintegração ao processo produtivo, por meio de subsistemas de 
reuso, remanufatura ou reciclagem. 
Devido ao desenvolvimento econômico e aos hábitos de consumo distintos entre os países, pode haver 
pequenas diferenças relacionadas à constituição dos bens de pós- -consumo, mas, no geral, são bastante 
parecidas (LEITE, 2009). Para que você tenha noção da constituição dos bens de pós-consumo, um bom 
laboratório é visitar a área destinada ao lixo urbano de sua cidade. Nestes locais é possível verificar todo 
tipo de material que não cumpre nenhuma função útil para seus anteriores consumidores ou usuários. 
A ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos 
Especiais apurou através de pesquisa que só em 2012 a população brasileira produziu 
64 milhões de toneladas de resíduos, sendo que, deste total, 24 milhões de toneladas, 
ou 37,5%, foram enviados para destinos inadequados. Fonte: ABRELPE – Associação 
Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Panorama dos 
Resíduos Sólidos no Brasil 2012. Abrelpe, 2012. Disponível em: 
< http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2012.pd f>. Acesso em: 15 jul. 2015. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.abrelpe.org.br%2FPanorama%2Fpanorama2012.pd&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGTsrhW8Y8ps-9HBk8F2XKpN6euqg
A situação da coleta dos resíduos sólidos urbanos (RSU) também é bastante irregular no Brasil, se 
considerarmos suas regiões. Veja, na figura 1, como se apresenta a realidade desse serviço público: 
Figura 1: Panorama da coleta de RSU no Brasil por 
regiões 
Fonte: ABRELPE (2012, p. 29). 
Os cidadãos de uma cidade às vezes não têm noção para onde vai o lixo produzido em 
suas residências. Muitos apenas se importam de que o material saia de suas vistas. 
Você conhece o destino do lixo urbano de sua cidade? Por que seria importante 
conhecer o que se faz com esse material? 
Fonte: o autor. 
Há, sem dúvida, um longo caminho a percorrer. O fato é que todos os materiais que são classificados como 
bens de pós-consumo (duráveis, semiduráveis, descartáveis e resíduos industriais) podem ser descartados 
ou disponibilizados pelos consumidores e, dessa forma, dar início aos processos no canal de distribuição 
reverso de bens de pós-consumo. 
Alguns fluxos possíveis, após esse ingresso do item na cadeia reversa, estão ilustrados na Figura 2: 
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Figura 2: Canais de distribuição de pós-consumo direto e reverso 
Fonte: Leite (2009, p. 50). 
Leite (2009) classifica os canais de distribuição reversos em dois tipos: 
1. Canais de distribuição reversos de ciclo aberto; 
2. Canais de distribuição reversos de ciclo fechado. 
Veja no Quadro 1 as principais características de cada tipo de canal reverso. 
Quadro 1 - Características dos canais reversos de ciclo aberto e 
fechado 
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Fonte: baseado em Leite (2009). 
Na Figura 3, temos exemplificado o ciclo reverso aberto: 
Figura 3: Exemplos de ciclo reverso aberto 
Fonte: Leite (2009). 
No caso dos canais reversos de ciclo fechado, o Quadro 2 demonstra a lógica deste processo. 
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Quadro 2 - Canais reversos de ciclo fechado 
Fonte: Leite (2009). 
Uma pontuação relevante que Leite (2009) faz é em relação ao equilíbrio entre o fluxo direto e o fluxo 
reverso. Entendemos que o fluxo direto é aquele em direção ao mercado, enquanto o fluxo reverso é o 
retorno do bem após seu ciclo de vida. Nessa lógica, o autor destaca que há um equilíbrio quando o fluxo 
direto é igual ao fluxo reverso. Esse seria o melhor dos mundos, significando que os materiais de pós- 
consumo estariam integralmente sendo reaproveitados em novos processos produtivos. Outra situação 
possível é o fluxo direto ser maior que o ciclo reverso. Neste caso de desequilíbrio, há a formação de 
depósitos (nem sempre adequados) de sucatas e resíduos, ocasionando muitas vezes poluição. 
Como os países desenvolvidos têm uma taxa de substituição de produtos maior, em decorrência do maior 
poder aquisitivo de sua população, a produção de produtos em descarte nestes países tende também a ser 
maior. A recuperação econômica dos produtos para os canais de logística reversos de pós-consumo não dá 
conta de todo o material produzido, gerando um movimento de troca internacional de materiais 
secundários entre países (LEITE, 2009). 
A forma como esse movimento é feito é duramente criticada pelos movimentos ambientalistas e, na maior 
parte, com razão, pois o que seria uma oportunidade para aproveitamento e recuperação econômica em 
países pobres acaba se tornando uma maneira de livrar-se de entulhos nos países centrais, transferindo- 
os para países da periferia. 
De qualquer forma, precisamos encarar a situação pelo que de fato é: um desafio aos gestores que precisa 
de alguma maneira ser enfrentado. Por conta disso, a partir de agora, analisaremos com atenção a questão 
da descartabilidade na Logística Reversa. 
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A DESCARTABILIDADE NA 
LOGÍSTICA REVERSA E A 
DISPOSIÇÃO DE BENS DE PÓS- 
CONSUMO 
Temos vários itens que podemos classificar como bens de pós-consumo, são simplesmente descartados, 
nem sempre de forma correta. Analisemos com mais atenção esses itens que são descartados. 
Com a evolução tecnológica cada vez mais rápida e a filosofia da obsolescência programada sendo 
adotada por um número cada vez maior de empresas, os produtos deixam de ser úteis aos clientes com 
velocidade espantosa. Um bem durável, como um aparelho de TV, por exemplo, que na época de nossos 
pais era quase para vida toda, é rapidamente substituído por modelos mais modernos e com mais 
funcionalidades. A cultura do conserto de aparelhos eletroeletrônicos está se desfazendo. Como 
resultado, é muito comum encontrarmos esse tipo de aparelhos abandonados em caçambas de lixo ou em 
lixões a céu aberto. Traçando um panorama do chamado lixo eletrônico no Brasil e no mundo, os números 
são assustadores. O que é bastante preocupante é que a produção desse lixo eletrônico só tende a 
aumentar. Algumas estimativas dão conta de uma produção de 65,4 milhões de toneladas métricas de lixo 
eletrônico em 2017, equivalente a 200 edifícios Empire State (AGÊNCIAEFE, 2013) 
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A produção de lixo eletrônico ao redor do mundo chega a ser assustadora. No quadro a 
seguir, podemos observar uma compilação realizada com base em estudos publicados 
recentemente sobre o tema. 
Quadro 1 - Quantidade de lixo eletrônico produzido em 2012 
Fonte: CONVERGÊNCIA DIGITAL. Brasil gerou 7 quilos de lixo eletrônico por pessoa 
em 2012. Convergência Digital [online], 16 dez. 2013. Disponível em: 
< http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm? 
infoid=35632&sid=16#.U7tdNvldVps >. Acesso em: 21 jul. 2015. 
TV – Consertar ou comprar uma nova? 
Essa dúvida passa pela mente de muitos proprietários de uma TV LCD ou LED. O fato é 
que na maioria dos casos, economicamente falando, comprar uma nova acaba sendo 
mais vantajoso. Isso porque os preços desses aparelhos caíram acentuadamente nos 
últimos anos. Entre as Copas de 2010 a 2014, o preço caiu 40%. Enquanto o custo da 
assistência técnica, por conta dos aumentos da mão de obra, subiu acima da inflação. 
Os técnicos afirmam que só vale a pena o conserto se o valor do reparo ficar abaixo de 
35% do valor de uma nova. 
Para saber mais, acesse: < http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/tecnologia/consertar- 
seu-televisor-pode-sair-mais-caro-que-comprar-um-novo-2998 >. 
A grande incógnita é justamente o retorno desses itens aos processos reversos, se há algum tipo de 
aproveitamento a ser aplicado a esses materiais. 
Para as empresas, esse retorno não deve ser tratado com amadorismo. Tanto é assim que no 
desenvolvimento dos processos de Logística Reversa instaurou-se um mecanismo de gestão em relação 
aos produtos retornados. Trata-se do Product Recovery Management (PRM) ou, traduzido, Administração 
da Recuperação de Produtos. Mas o que é PRM? 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fconvergenciadigital.uol.com.br%2Fcgi%2Fcgilua.exe%2Fsys%2Fstart.htm%3Finfoid%3D35632%26sid%3D16%23.U7tdNvldVps&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNF5EKY200JiRbiRkIK1Tgxkzc6epQ
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fnoticiasdatv.uol.com.br%2Fnoticia%2Ftecnologia%2Fconsertar-seu-televisor-pode-sair-mais-caro-que-comprar-um-novo-2998&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEp1yJ9viRPbNAL6RkKufAMhDDa1w
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De acordo com Daheret al. (2006, p. 59), PRM pode ser definido como “o gerenciamento de todos os 
produtos, componentes e materiais usados e descartados pelos quais uma empresa fabricante é 
responsável legalmente, contratualmente ou por qualquer outra maneira”. 
Krikke (1998, p. 13), afirma que PRM é 
é a área de gestão ou administração de produtos, seus componentes e todos os 
materiais usados e descartados pelos quais uma empresa fabricante é responsável, seja 
por exigências legais, de contratos, ou qualquer outro motivo. 
É importante frisar que o PRM lida com diversos problemas administrativos, entre os quais está a 
Logística Reversa. Na Tabela 1, você vai conhecer as 6 (seis) áreas principais da PRM: 
Tabela 1 - Abrangência das áreas do PRM 
Fonte: adaptado de Daheret al. (2006). 
Qual seria o foco principal da PRM? Parece claro, mas convém destacar que o foco principal está na 
recuperação de valor econômico e ecológico dos produtos, componentes e materiais, o máximo possível. 
Esta é a proposta de Krikke (1998, p. 33-35apud DAHER et al., 2006), que ainda estabelece quatro níveis 
em que os materiais e produtos retornados podem ser recuperados: nível de produto, módulo, partes e 
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material. Considerando esses níveis, a reciclagem é a recuperação ao nível de material, sendo este 
considerado o nível mais baixo. 
Seguindo esta linha de raciocínio, Krikke (1998 apud DAHER et al., 2006) descreve o seguinte esquema 
para recuperação de materiais, conforme Quadro 3: 
Quadro 3 - Opções de PRM aplicadas aos materiais recuperados 
Fonte: Krikke (1998, p. 35apud DAHER et al., 2006, p. 3). 
Conforme destacam Razzolini Filho e Berté (2013), há ganhos significativos no gerenciamento da Cadeia 
de Suprimentos com a adoção das estratégias do PRM, entre as quais citam: 
• Práticas de comércio colaborativo, possibilitando aumento de vendas; 
• Melhor gerenciamento dos canais diretos e reversos; 
• Relacionamentos de confiança entre os membros do canal, pela melhoria dos processos de 
comunicação; 
• Aumento da rentabilidade pela recuperação de valor econômico; 
• Ganhos de imagem pela recuperação de valor ecológico 
• (RAZZOLINI FILHO; BERTÉ, 2013, p. 99). 
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Perceba que são estratégias bastante claras e distintas, a depender do tipo de material a receber o 
tratamento na logística reversa, visando recuperar valor econômico no processo. 
OBJETIVOS ECONÔMICOS DA 
LOGÍSTICA DE PÓS-CONSUMO 
Quando abordamos a questão dos objetivos econômicos da logística de pós-consumo, é sempre bom 
retomarmos também a abordagem das condições para que um canal reverso possa ser viável. Muitas 
vezes a questão econômica deverá ser tratada unicamente pelo seu aspecto legal, de possibilidades de 
sanções, caso não seja implantado o canal reverso. Neste caso, não há nenhuma recuperação de valor no 
processo, porém, o simples fato de não ser imputadas multas à organização já se consideraria um ganho 
financeiro. 
Porém, alargando o nosso campo de visão, o desejável seria que, além de evitar aplicações de sanções 
legais, também houvesse ganhos financeiros oriundos dos próprios itens de pós-consumo. Leite (2009) 
desenvolveu um modelo relacional em que apresenta as condições para que um fluxo reverso de materiais 
de pós-consumo se estabeleça. Veja isso na Figura 4: 
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Figura 4: Condições para o fluxo reverso de pós-consumo 
Fonte: Leite (2009). 
Observe que diversos fatores afetam o estabelecimento dos fluxos reversos, inclusive aspectos 
ecológicos e legais. 
Mas algo que chama à atenção na Figura 4 é a questão da remuneração dos participantes do fluxo reverso. 
Esse talvez seja um dos maiores desafios, pois garantir que esses atores sejam pagos por sua atividade não 
é um processo simples, especialmente se considerarmos os diversos tipos de materiais que podem ser 
inseridos em um fluxo reverso. 
No caso de matérias-primas, a indústria tem a possibilidade de utilizar-se de duas origens: 
1. Matérias-primas primárias: aquelas extraídas diretamente da fonte (muitas vezes a própria natureza). 
2. Matérias-primas secundárias: aquelas obtidas por meio de processos de logística reversa. 
A opção mais lógica do ponto de vista econômico, sem dúvida, é utilizar-se daquela que apresenta menor 
custo de aquisição. A matéria-prima secundária será uma opção interessante caso haja escala de 
fornecimento, ou seja, garantia de que o fornecimento não será interrompido e que os custos compensem 
sua adoção em substituição à matéria-prima primária. A questão do escasseamento da matéria-prima 
primária também é um fator relevante em muitos processos. 
No caso específico da remuneração dos participantes da cadeia reversa, Leite (2009, p. 103) destaca que: 
Tratando-se de uma cadeia de distribuição no sentido reverso, constituída pela coleta 
de pós-consumo, pelos processamentos diversos de consolidaçãoe separação, pela 
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reciclagem ou remanufatura industrial, pela reintegração ao ciclo produtivo ou de 
negócios por meio de um produto aceito pelo mercado, torna-se necessário que esses 
objetivos econômicos sejam obtidos em todas as etapas reversas para a existência do 
fluxo reverso. A falta de ganho em um ou em alguns dos elos da cadeia reversa 
provocará interrupção ou simplesmente não haverá fluxo reverso, resultando em 
desequilíbrios entre os fluxos diretos e reversos e suas conseqüências. 
Perceba a importância da remuneração dos participantes do canal reverso, sob pena de inviabilizar o 
processo. 
REMUNERAÇÃO: Para que um Canal de Distribuição Reverso de Pós Consumo (CDR- 
PC) possa ser viável, o fator REMUNERAÇÃO deve ser priorizado. Não é possível 
constituir um CDR-PC sem que todos os participantes da cadeia sejam remunerados de 
forma que sua atividade econômica possa ser sustentável. Fonte: o autor 
Considerando o fator remuneração, é uma conclusão lógica que os materiais que proporcionem maior 
retorno financeiro aos membros do canal reverso sejam os preferidos e que, dependendo dos 
participantes do canal (cooperativas de catadores, catadores individuais, empresas de reciclagem etc.), se 
estabelecerá uma concorrência pela obtenção desses materiais. Também contribuirá para esse interesse 
maior a facilidade de obtenção e extração dos materiais a serem retornados ao canal. 
Sobrou pílulas na cartela – o que eu faço? 
Na casa de quase todas as famílias existe uma caixa ou um armário chamado de 
“farmacinha” onde alguns medicamentos de uso geral são guardados. Alguns até 
mesmo guardam medicamentos controlados, vendidos unicamente sob receita médica. 
O problema é quando a pessoa melhora e verifica que ainda sobraram alguns 
comprimidos ou mililitros de xarope nos frascos. Uma tendência é jogar isso no lixo 
doméstico. Isso é uma péssima ideia! Medicamentos descartados de forma inadequada 
podem poluir um volume impressionante de água potável. Sabendo dos riscos, o setor 
farmacêutico implantou o programa Descarte Consciente, com a participação das 
empresas participantes da cadeia produtiva. Através do programa, pontos de coleta 
foram implantados em diversas cidades do Brasil. Os resultados têm sido animadores. 
Para saber mais, acesse: < http://www.descarteconsciente.com.br />. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.descarteconsciente.com.br&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHJoUH01XEv1ev8DtCzi0qSsJzGRQ
Sobre isso, Leite (2009) destaca que as condições de mercado favoreceram o desenvolvimento expressivo 
de canais de certos materiais cuja demanda e remuneração são relevantes no mundo todo. É o caso dos 
metais ferrosos e não ferrosos, papéis, sobras de gorduras de restaurantes, entre outros. Nesses casos 
citados, foi quase exclusivamente a possibilidade de ganhos financeiros aos participantes do canal que 
incentivou o estabelecimento do fluxo reverso e não necessariamente uma exigência legal ou ambiental. 
Sobre isso, Henion (1995 apud LEITE, 2009, p. 103) afirma que 
mantendo constantes os demais fatores, a demanda por reciclados é função dos preços 
de mercado [...] Historicamente, o desempenho dos sistemas de canais reversos para 
pós-consumo recicláveis tem sido impedido pelos altos custos, pobres lucros 
projetados. 
Óleo de cozinha como matéria-prima para Biodiesel 
Duas usinas da Petrobras Biocombustível, em Candeias (BA) e Quixadá (CE), 
processaram, em 2014, aproximadamente 232 mil litros de óleos e gorduras residuais 
(OGR), um aumento de 29 mil litros em relação ao ano anterior. A ampliação é 
resultado de uma parceria entre a Petrobras Biocombustível e 28 cooperativas e 
associações de catadores no Ceará (Quixadá e Fortaleza) e na Bahia (região 
metropolitana de Salvador). Quase 600 catadores estão envolvidos diretamente na 
parceria, que estabeleceu um eficiente sistema de coleta para o reaproveitamento de 
óleo de fritura por meio do Programa Cuidar.As cooperativas e associações de 
catadores reúnem os óleos vindos de hospitais, condomínios, hotéis ou escolas 
parceiras do projeto e fazem o tratamento primário do OGR, que é vendido para a 
companhia em quantidades que variam em média de 5 a 7 mil litros por mês. O projeto 
inclui difusão do conhecimento, apoio à gestão e treinamento dos catadores e gestores. 
É esse, por exemplo, o trabalho realizado, em Fortaleza, com a Rede de Catadores de 
Resíduos Sólidos Recicláveis do Estado do Ceará, que beneficia catadores de 18 
associações. 
Fonte: PORTAL BRASIL. Ampliado uso de óleo de cozinha como matéria-prima para o 
biodiesel. Portal Brasil [online], 19 jan. 2015. Disponível em: 
< http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2015/01/ampliado-uso-de-oleo-de-cozinha- 
como-materia-prima-para-o-biodiesel >. Acesso em: 15 jul. 2015. 
A precificação de um material de pós-consumo até chegar à etapa final de inserção no ciclo produtivo 
segue uma lógica bem clara e aplicável a quase todos os itens, com exceção de algum material que possua 
alguma especificidade. Essa lógica pode ser visualizada na Figura 5 a seguir: 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.brasil.gov.br%2Fmeio-ambiente%2F2015%2F01%2Fampliado-uso-de-oleo-de-cozinha-como-materia-prima-para-o-biodiesel&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHbSgXuLLt8mGwAF71tFy29e6HBrg
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.brasil.gov.br%2Fmeio-ambiente%2F2015%2F01%2Fampliado-uso-de-oleo-de-cozinha-como-materia-prima-para-o-biodiesel&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHbSgXuLLt8mGwAF71tFy29e6HBrg
Figura 5: Formação de preços de materiais recuperados de pós-consumo 
Fonte: baseada em Leite (2009). 
A economia dos pneus recauchutados 
A economia proporcionada pelo uso de pneus recauchutados, especialmente no 
transporte de cargas no Brasil (cuja matriz de transporte é primariamente baseada no 
modal rodoviário), é significativa. Alguns números apontam economia de 75%. A 
recauchutagem e reforma de pneus no país é considerada de excelente qualidade. Essa 
qualidade toda tem um motivo não tão nobre: a péssima qualidade das estradas 
brasileiras, que danificam sobremaneira os pneus dos veículos, notadamente dos 
caminhões. Para se ter ideia, todo ano são reformados cerca de 9 milhões de pneus no 
país. 
Para saber mais, acesse: 
< http://revista.feb.unesp.br/index.php/gepros/article/viewFile/872/337 >. 
Quanto maior o nível de aproveitamento do material coletado, maiores serão os benefícios, tanto em 
relação à remuneração dos agentes participantes do canal reverso, como para a indústria que aproveitará 
os itens para constituição de outras matérias-primas ou para transformação em outros produtos. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Frevista.feb.unesp.br%2Findex.php%2Fgepros%2Farticle%2FviewFile%2F872%2F337&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHNvggIPofeq6mrLZqgNQeypJjkzw
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ATIVIDADES 
1. Quase todas as pessoas e organizações produzem um tipo de material que pode ser considerado lixo ou 
resíduo, dependendo do que se pretende fazer com esse material. Considerando este fato, é correto 
afirmar que: 
a) Podemos considerar todos os materiais que foram usados e não mais são úteis aos compradores iniciais 
como lixo, que provoca um grande problema ambiental. 
b) Só classificamos como lixo o que de fato não puder ser aproveitado de alguma maneira em processos 
produtivos. 
c) Classificamos como resíduo todo o material que não puder ser aproveitado em processos produtivose 
precisam ser descartados. 
d) A logística reversa de pós consumo lida com materiais semi-novos e com pouco uso que podem ser 
revendidos sem desmontagem. 
2. Quando se trata de organizações, os cuidados com materiais descartados ou para descarte devem ser 
tomados com profissionalismo. Para tanto, desenvolveu-se o conceito de PRM - Product Recovery 
Management (PRM) ou, traduzido, Administração da Recuperação de Produtos. Sobre este conceito, leia 
as afirmações a seguir: 
I. PRM é a área de gestão ou administração de produtos, seus componentes e todos os materiais usados e 
descartados pelos quais uma empresa fabricante é responsável, seja por exigências legais, de contratos, 
ou qualquer outro motivo. 
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II. Uma das áreas-foco do PRM é a Tecnologia, que envolve o desenho do produto, a tecnologia de 
recuperação e adaptação de processos primários. 
III. O PRM ocupa-se exclusivamente com a Logística Reversa e seus processos, de modo a recuperar valor 
econômico dos materiais e proporcionar vantagens competitivas à organização com redução de seus 
custos. 
IV. O foco principal do PRM é a recuperação de valor econômico e ecológico dos produtos, componentes e 
materiais, o máximo possível. 
É correto somente o que se afirma em: 
a) I e II. b) II e III. 
c) I, II e III. 
d) I, II e IV. 
e) I, II, III e IV. 
3. Para que um canal de distribuição reverso possa ser estabelecido, algumas condições são 
preponderantes. Sobre esta questão, leia as afirmações a seguir a assinale a alternativa CORRETA: 
a) Para que o canal de distribuição reverso possa ser estabelecido, uma condição fundamental é que todos 
os participantes sejam pessoas jurídicas, formalmente constituídas. 
b) Para que o canal de distribuição reverso seja sustentável, é preciso que os preços dos materiais sejam 
tabelados pelo governo, garantindo a remuneração a todos os participantes do canal. 
c) Para que o canal de distribuição reverso seja sustentável, é preciso que os participantes sejam 
remunerados de forma justa, que possibilite a sua sustentabilidade financeira. 
d) Para que o canal de distribuição reverso seja estabelecido, é preciso que ocorra um desequilíbrio entre 
os fluxos direto e reverso, garantindo a obtenção dos materiais para comercialização. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Atualmente, a produção de materiais descartados pela atividade humana só aumenta no mundo todo. Se 
olharmos à nossa volta, mesmo em nossas casas, veremos uma quantidade enorme de itens e materiais 
que são jogados fora, para o lixo, sem nenhuma ou com pouquíssima preocupação com os impactos 
ambientais que são provocados. 
Nosso consumo também é constituído cada vez mais de produtos que são naturalmente descartados, 
além das embalagens que protegem estes produtos. Para fins de Logística Reversa, só classificamos como 
lixo aquilo que não pode ser aproveitado de alguma maneira em processos produtivos. Caso haja 
possibilidade de reaproveitamento, classificamos esses materiais como resíduo. 
Nos canais de distribuição reversos de pós-consumo incluem-se os resíduos industriais, materiais 
constituintes de produtos, visando sua reintegração ao processo produtivo por meio de reuso, 
remanufatura ou reciclagem. 
Os processos nos canais reversos de pós-consumo são originados pelos materiais de pós-consumo que 
podem ser classificados como duráveis, semiduráveis, descartáveis e resíduos industriais. 
Os canais de distribuição reversos podem ser de ciclo aberto ou de ciclo fechado. Nos canais de ciclo 
aberto o foco está na matéria-prima, que podem substituir matérias-primas novas na fabricação de 
diferentes produtos. Nos canais de ciclo fechado, o foco está no produto e em como os materiais 
constituintes podem originar um produto similar do de origem. 
As empresas devem tratar os materiais descartados ou a descartar de forma gerencial, estabelecendo 
este tratamento como uma das funções do PRM (Product Recovery Management, em inglês, ou 
Administração da Recuperação de Produtos, em português). O PRM é a área de gestão de produtos, seus 
componentes e todos os materiais usados ou descartados pelos quais uma empresa é responsável. 
Para viabilizar um canal reverso de pós-consumo, algumas condições são essenciais. A principal delas é a 
remuneração dos participantes do canal, em todas as etapas do fluxo. Porém, também é necessário que 
seja cuidado da qualidade dos materiais, que haja escalabilidade do fornecimento, de modo a não 
interromper um processo industrial por falta de matéria-prima, além, é claro, de mercado que demande os 
produtos produzidos com materiais reciclados. 
Não se pode perder o fundamento de que os preços são determinados pelo mercado. Por conta disso, 
alguns produtos são mais demandados que outros e seu preço é determinado por condições de demanda 
desses materiais. 
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Material Complementar 
Leitura 
Logística reversa e sustentabilidade 
Autor: André Luis Pereira et al. 
Editora: Cengage Learning 
Sinopse : o tema Logística Reversa e Sustentabilidade 
normalmente está associado às funções de pós-venda e 
pós-consumo. Logo, esta área do conhecimento está 
associada a temas já conhecidos pelo público-alvo desta 
obra. No entanto, o objetivo deste livro é apresentar a 
logística reversa, alinhando o seu conteúdo à 
sustentabilidade e ao controle de resíduos nas 
organizações. Além disso, propõe pensar e expor os 
conhecimentos sobre a logística reversa e sustentabilidade 
de forma inovadora, com a adoção de novos conceitos e 
instigando os leitores a gerir as organizações em geral, em 
busca dos melhores resultados e benefícios para a 
sociedade. 
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Filme 
A Conspiração da Lâmpada 
Ano: 2010 
Sinopse : um vídeo disponível na íntegra no YouTube deve 
fazer você pensar nas estratégias empresariais capitalistas. 
No vídeo você perceberá que o consumo é a base do 
sistema e que produtos que não sejam substituíveis não são 
atrativos neste modelo. Sinopse: Este documentário se 
propõe a retratar como somos vítimas de uma cultura de 
consumo, e principalmente como somos manipulados e até 
mesmo obrigados a manter a indústria ativa através do 
consumo desenfreado. Utiliza como fio condutor a lâmpada 
incandescente, que chegou a ter como vida útil garantida 
cerca de 2500 horas e que, através de uma conspiração dos 
fabricantes, teve a sua vida útil reduzida para 1000 horas. 
Isto para que os fabricantes pudessem vender mais 
lâmpadas. E isto acontece com celulares, impressoras, 
computadores…Ou você nunca se sentiu obrigado a 
comprar um novo produto mesmo com a sensação de que o 
antigo ainda funcionava? 
Acesse 
Na Web 
A cadeia de recuperação de embalagens PET tornou-se 
robusta no Brasil nos últimos anos. O retorno das 
embalagens possibilitou a alimentação de processosprodutivos importantes, como a indústria têxtil. Cerca de 
1/3 do faturamento da indústria de PET no Brasil advém do 
retorno de materiais. 
Acesse 
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http://youtu.be/5tKuaOllo_0
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.abipet.org.br%2Findex.html%3Fmethod%3DmostrarInstitucional%26id%3D49&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFa2U5WjCYuLuh7UZVTi4bjd8XBGQ
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REFERÊNCIAS 
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Resíduos Sólidos no Brasil 2012. Abrelpe, 2012.Disponível em: 
< http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2012.pdf >. Acesso em: 15 jul. 2015. 
AGÊNCIA EFE. Em 2017, volume de lixo eletrônico no mundo aumentará 33%, alerta estudo. G1, 15 dez. 
2013. Disponível em: < http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2013/12/em-2017-volume-de-lixo- 
eletronico-no-mundo-aumentara-33-alerta-estudo.html >. Acesso em: 15 jul. 2015. 
BERGAMO, Krystiane M. L.; STEFANELLO, Paulinho R. Logística Reversa nos ambientes empresariais. 
Revista Meio Ambiente e Sustentabilidade . Vol. 5 n. 3. Jan/Jun. 2014. 
CONVERGÊNCIA DIGITAL. Brasil gerou 7 quilos de lixo eletrônico por pessoa em 2012. Convergência 
Digital [online], 16 dez. 2013. Disponível em: 
< http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm? 
infoid=35632&sid=16#.U7tdNvldVps >. Acesso em: 21 jul. 2015. 
DAHER, C. E. et al. Logística Reversa: Oportunidade para Redução de Custos através do Gerenciamento 
da Cadeia Integrada de Valor. Brazilian Business Review , 2006. 
KRIKKE, Harold R. Recovery Strategies and Reverse Logistic Network Desig n, PhD. Dissertation, 
University of Twente, Enschede, The Netherlands, 1998. 
LEITE, Paulo R. Logística Reversa : meio ambiente e competitividade. 2.ed. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2009. 
PEREIRA, André L. et al. Logística Reversa e Sustentabilidade . São Paulo: Cengage Learning, 2012. 
PORTAL BRASIL. Ampliado uso de óleo de cozinha como matéria-prima para o biodiesel. Portal Brasil 
[online], 19 jan. 2015. Disponível em: < http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2015/01/ampliado-uso- 
de-oleo-de-cozinha-como-materia-prima-para-o-biodiesel >. Acesso em: 15 jul. 2015. 
RAZZOLINI FILHO, Edelvino; BERTÉ, Rodrigo. O reverso da logística e as questões ambientais no Brasil . 
Curitiba: Intersaberes, 2013. 
ROGERS, D.S.; TIBBEN-LEMBKE, R.S. Going backwards : Reverse logistics trends and practices. Reno: 
University of Nevada, 1998. 
WESSMAN, K. [Vídeos] - A Conspiração da Lâmpada. Bio na rede, 15 dez. 2012. Disponível em: 
< http://bionarede.com.br/doc-a-conspiracao-da-lampada />. Acesso em: 14 jul. 2015. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.abrelpe.org.br%2FPanorama%2Fpanorama2012.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNH2GdJPdU6MdyU4h6uQnHMbD5ggjg
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fg1.globo.com%2Ftecnologia%2Fnoticia%2F2013%2F12%2Fem-2017-volume-de-lixo-eletronico-no-mundo-aumentara-33-alerta-estudo.html&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGHTHdAtWjKTVHa8gUzGYmLDv5L8g
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fg1.globo.com%2Ftecnologia%2Fnoticia%2F2013%2F12%2Fem-2017-volume-de-lixo-eletronico-no-mundo-aumentara-33-alerta-estudo.html&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGHTHdAtWjKTVHa8gUzGYmLDv5L8g
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fconvergenciadigital.uol.com.br%2Fcgi%2Fcgilua.exe%2Fsys%2Fstart.htm%3Finfoid%3D35632%26sid%3D16%23.U7tdNvldVps&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNF5EKY200JiRbiRkIK1Tgxkzc6epQ
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APROFUNDANDO 
A LOGÍSTICA REVERSA DOS PNEUS 
O mundo se move sobre rodas. E as rodas movem-se sobre pneus. A história dos pneus com a humanidade 
é relativamente nova, tem cerca de dois séculos. Foi Charles Goodyear, um americano que no século XIX 
aprimorou a borracha de tal forma que pudesse ser utilizada para construção de um objeto, que 
revolucionou o transporte: o pneu (abreviatura de pneumático, mas ninguém usa essa palavra no dia a dia, 
não é mesmo?). 
Atualmente, no entanto, o pneu foi alçado à categoria de vilão, ambientalmente falando. Isso porque a 
quantidade de pneus descartados de forma inadequada é assustadora. Somente no Brasil, de 2002 ao 
primeiro quadrimestre de 2011, as empresas brasileiras deixaram de dar destinação adequada a 
aproximadamente 425 milhões de pneus inservíveis, de acordo com dados da agência USP. 
O espaço ocupado pelos pneus é um grande problema, aliado ao fato de eles serem criadouros naturais do 
mosquito o aedes aegypti. Quando queimados de forma imprópria, geram um material oleoso que 
contamina a água, tornando-a imprópria para consumo. Para disciplinar o descarte de pneus, foi editada e 
publicada a Resolução CONAMA 258 de 26.08.1999, que considera os pneus como passivo ambiental de 
sério risco ao meio ambiente e a saúde pública e dá instruções sobre a destinação deste material, em 
ações conjuntas da iniciativa privada (em especial) e do poder público (em particular). 
Algumas ações já estabelecidas dão conta da responsabilização dos fabricantes e importadores sobre a 
destinação correta dos pneus inservíveis. As empresas envolvidas na fabricação/importação recebem 
gradualmente maior carga de responsabilidade, em anos específicos. A proposta é que as empresas 
recolham pneus inservíveis e de em destinação correta em proporções pré-determinadas em relação aos 
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pneus fabricados/importados ou montados em veículos importados. 
Algumas propostas para esses pneus inservíveis são destacadas por Nohara et al. (2005, p. 39-40): 
• Pavimento para estradas - pó gerado pela recauchutagem e os restos de pneus 
moídos podem ser misturados ao asfalto, aumentando sua elasticidade e durabilidade. 
• Contenção de erosão do solo - Pneus inteiros associados a plantas de raízes grandes 
podem ser utilizados para ajudar na contenção da erosão do solo (CAPPI, 2004). 
• Combustível de forno para produção de cimento, cal, papel e celulose - Os pneus 
descartados são grandes geradores de energia, seu poder calorífico é de 12 mil a 16 mil 
BTUs por quilo, superior ao do carvão. 
• Pisos industriais, solas de sapato, tapetes de automóveis, tapetes para banheiros e 
borracha de vedação - depois do processo de desvulcanização e adição de óleos 
aromáticosresulta uma pasta, que pode ser usada para produzir tais produtos, entre 
outros. 
• Equipamentos para playground - obstáculos ou balança, em baixo dos brinquedos ou 
nas madeiras para amenizar as quedas e evitar acidentes. 
• Esportes - Usados em corridas de cavalos, ou eventos que necessitem de uma 
limitação do território a percorrer, ou como amortecedores de acidentes, são bem 
visíveis nas corridas de automóveis. 
• Sinalização rodoviária e para-choques de carros - a postes para sinalização 
rodoviária e para-choques, diminuem os gastos com manutenção. 
• Compostagem - o pneu não pode ser transformado em adubo, mas sua borracha 
cortada em pedaços de 5cm pode servir para aeração de compostos orgânicos. 
• Reprodução de animais marinhos – utilizados como estruturas de recifes artificiais 
no mar para criar ambiente adequado para reprodução de animais marinhos, na 
construção de quebra-mares. 
Na reciclagem dos pneus, busca-se através de processos físicos e químicos a separação dos componentes 
que são a borracha, o nylon e o aço. A utilização da borracha granulada tem obtido bons resultados em 
misturas asfálticas. 
Além desse uso, os pneus, em queimas apropriadas, são importante fonte de energia calórica. A indústria 
do cimento vê nos pneus uma alternativa interessante para os combustíveis não renováveis. 
Note então que um produto que na natureza provoca tantos danos pode ser utilizado como insumo em 
outro ciclo produtivo, como o da construção civil. Esse é um dos principais princípios da logística reversa. 
Como alternativa aos pneus, está seu reuso através de técnicas de reforma ou renovação. Razzolini Filho 
e Berté (2013, p. 159) descrevem duas possibilidades para este tipo de aproveitamento: 
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1. Remoldagem: conhecida também como pneu-remold, que é a substituição da banda 
de rodagem e de toda a superfície do pneu. 
2. Recauchutagem: o processo ocorre por meio de substituição apenas da banda. Nesse 
caso, o pneu pode ser reaproveitado, desde que não apresente falhas como cortes, 
furos, deformações, sulcos etc. A recauchutagem não pode ser feita por mais de duas 
vezes. 
O mercado de pneus remold e recauchutados no Brasil é bastante expressivo. 
Fonte: adaptado de Nohara et. al (2005) e Razzolini Filho e Berté (2013). 
REFERÊNCIAS 
NOHARA, Jouliana Jordan; ACEVEDO, Cláudia Rosa; PIRES, Bely Clemente Camacho; CORSINO, Renato 
Muniz. Resíduos sólidos : Passivo ambiental e reciclagem de pneus. THESIS. São Paulo, vol.3, n. 1, p. 21-57, 
2º semestre, 2005. 
RAZZOLINI FILHO, Edelvino; BERTÉ, Rodrigo. O reverso da logística e as questões ambientais no Brasil . 
Curitiba: Intersaberes, 2013. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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a Distância; PARDO , Paulo. 
Logística Reversa . Paulo Pardo. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
30 p. 
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CANAIS DE 
DISTRIBUIÇÃO 
REVERSOS DE 
PÓS-VENDA 
Professor (a) : 
Me. Paulo Pardo 
Objetivos de aprendizagem 
• Apresentar a configuração dos canais de distribuição reversos de pós-venda e suas possibilidades de 
fluxo. 
• Identificar as vantagens competitivas oriundas dos canais reversos de pós-venda em relação aos 
resultados organizacionais. 
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• Verificar como se processam a seleção e destinação dos produtos oriundos dos canais de distribuição 
reversos de pós-venda. 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Formatação dos canais de distribuição reversos de pós-venda 
• Objetivos estratégicos dos canais de distribuição reversos de pós-venda 
• Seleção e destinação dos produtos em devolução 
Introdução 
Prezado(a) aluno(a), 
Além dos canais reversos de pós-consumo, que já possuem uma grande complexidade de gerenciamento, 
se não bastasse esse enorme desafio, nesta Unidade III, veremos que ainda temos muito a fazer com outro 
tipo de item: os materiais oriundos da logística reversa de pós-venda. 
Ao contrário dos materiais de pós-consumo que são naturalmente descartados, os materiais de pós-venda 
seguem outro fluxo, outra lógica de tratamento. Neste caso, estão envolvidos também alguns aspectos 
legais relevantes, especialmente aqueles relacionados aos direitos do consumidor. Além disso, a empresa 
fornecedora quer preservar sua imagem perante o público comprador e uma das formas de fazer isso é 
oferecer garantia aos seus produtos. 
Desta forma, nesta Unidade, consideraremos a formatação dos canais reversos de pós-venda, os objetivos 
estratégicos da logística reversa de pós-venda, a seleção e destinação dos produtos em devolução e as 
oportunidades em mercados secundários para produtos de pós-venda. 
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Abordaremos nesta Unidade os seguintes tópicos: na Aula 1, conceituaremos os canais de distribuição 
reversos de pós-venda (CDR PV) e identificaremos os atores envolvidos nesses processos. 
Na Aula 2, abordaremos os objetivos estratégicos da logística reversa de pós-venda. A empresa, quando 
constitui canais reversos de pós venda efetivos, pode obter uma grande vantagem competitiva para seu 
negócio. 
E, por último, na Aula 3, consideraremos a seleção e destinação dos produtos em devolução. São várias as 
possibilidades, o que, inclusive, pode trazer um bom retorno financeiro para a empresa responsável pelo 
produto. 
Algo que nos acalenta é que em todo desafio podem surgir oportunidades interessantes. Fique atento(a) a 
elas à medida que conhecer este conteúdo! 
Bons estudos! 
Avançar 
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FORMATAÇÃO DOS CANAIS DE 
DISTRIBUIÇÃO REVERSOS DE 
PÓS-VENDA 
Ao tratarmos do tópico de canais de distribuição reversos de pós-venda, faz-se necessário que 
entendamos ou relembremos alguns fundamentos da importância da logística para a competitividade 
empresarial na atualidade. 
Você talvez já tenha ouvido ou lido muitas vezes sobre a necessidadede diferenciar-se por oferecer um 
nível superior de serviços aos clientes. Entre os fatores que compõem esse nível de serviço superior, sem 
dúvida, estão fatores como a rapidez e confiabilidade na entrega, políticas de flexibilidade, oferta de 
assistência técnica, entre outros. 
Quando se pensa em flexibilidade, entende-se que as necessidades e preferências do cliente podem 
mudar e essas mudanças devem ser acompanhadas pelos fornecedores, adaptando-se a essas novas 
circunstâncias. Pode ser preciso alterar o prazo de entrega, local onde os produtos deverão ser 
disponibilizados, fracionamentos exclusivos de cargas, e outras tantas demandas que podem surgir. 
Pense, por exemplo, em uma rede de lojas de varejo que compra grandes quantidades de um produto 
eletrônico de um determinado fabricante. Para ambos, é importante que essa parceria seja sólida e ao 
mesmo tempo flexível, ou melhor, é preciso que a indústria tenha esse canal de distribuição de seus 
produtos funcionando de forma saudável, oferecendo seus produtos aos clientes finais e alimentando a 
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indústria com informações a respeito da demanda, preferências de clientes, anunciando os produtos em 
mídias diversas, demonstrando os atributos dos seus produtos de forma correta. 
Para a rede de varejo, é importante ter o produto para venda na sua rede de lojas, a um preço competitivo, 
parcerias em investimentos em mídia, treinamento de sua força de vendas pela indústria, e uma 
flexibilidade de entregas para atender demandas não previstas. Completa-se a expectativa da rede 
quando a indústria oferece uma rede de assistência técnica aos clientes, um SAC (Serviço de Atendimento 
ao Cliente), para sanar dúvidas sobre operação dos produtos, recebe produtos devolvidos pelos clientes 
que se arrependem da compra dentro do prazo legal ou mesmo por grande interesse comercial. 
Alguns segmentos de mercado são obrigados por lei a oferecer o SAC (Serviço de 
Atendimento ao Cliente). Entre esses segmentos estão empresas de telefonia, de 
energia, bancos, cartões de crédito, entre outras. Pensando pela ótica do cliente, você 
avalia que esses serviços realmente resolvem as demandas dos clientes? 
Embora cada vez mais raros, há casos em que os despachos da indústria para os distribuidores são 
efetuados de forma incorreta, quanto às especificações do pedido em termos de quantidade, modelos, 
cores e outros atributos que podem não ser aceitos pelo revendedor. Neste caso, espera-se que não haja 
dificuldade em retornar esses produtos novamente à indústria. Estabelece-se, assim, um fluxo reverso de 
produtos de pouco ou nenhum uso, em bom estado ou com defeitos de fabricação, que forma o que se 
entende por logística reversa de pós-venda. 
Para Leite (2009, p. 187), podemos entender logística reversa de pós-venda como a área específica de 
atuação da logística reversa que se ocupa do planejamento, da operação e do controle do fluxo físico e das 
informações logísticas correspondentes de bens de pós-venda, sem uso ou com pouco uso, que por 
diferentes motivos retornam pelos elos da cadeia de distribuição direta. [...] os produtos denominados de 
pós-venda em seu retorno entrarão nos canais reversos pelos canais diretos, mas poderão ser dirigidos 
para canais de pós-consumo após selecionados os seus destinos. Seu objetivo estratégico é agregar valor 
a um produto logístico devolvido por razões comerciais, erros no processamento de pedidos, garantia 
dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento do produto, avarias no transporte, entre 
outros. Esse fluxo de retorno se estabelecerá entre os diversos elos da cadeia de distribuição direta, 
dependendo do objetivo estratégico ou do motivo do retorno. 
Por essa explicação, fica claro para nós que o objetivo é proporcionar condições de fidelização aos 
clientes, abrindo a possibilidade de retorno dos produtos à cadeia logística, em quaisquer dos pontos 
disponíveis de contato. Pode ser que os produtos retornados não cheguem até o ponto de voltarem 
fisicamente ao ponto de origem. Muitas situações prevêem um tratamento por outras vias, como até 
direcioná-los para outros aproveitamentos, que podem ser inclusive em canais de pós-consumo. Outra 
possibilidade é serem tratados diretamente pelos membros diretos da cadeia ou por terceirizados. O 
importante é que o tratamento seja eficiente e eficaz, proporcionando satisfação aos clientes, sejam 
pessoas físicas ou corporativas. 
A Figura 1 demonstra como a logística reversa de pós-venda pode agregar valor a esses clientes. 
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Figura 1: Agregando valor pela logística reversa 
Fonte: Leite (2009, p. 46). 
Algo que marca a diferença entre um canal de distribuição reverso de pós-venda de um canal de 
distribuição reverso de pós-consumo é que, neste, temos a presença de diversos agentes especificamente 
dedicados aos canais reversos, como empresas de reciclagem, cooperativas de catadores, revendedores 
de sucatas, entre outros. Já para o canal reverso de pós-venda, na grande maioria dos casos, são os 
próprios participantes do canal direto (ou alguém contratado por eles) que fazem o tratamento ou 
manuseio dos materiais de pós-venda. 
Como dito acima, podemos apresentar várias possibilidades de destinação aos produtos retornados de 
pós-venda. Na Figura 2, demonstram-se essas possibilidades. 
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Figura 2: Fluxos reversos de pós-venda 
Fonte: Leite (2009, p. 48) 
Ficou muito marcante na figura acima que os produtos de pós-venda podem ter destinos bem distintos, 
dependendo de sua constituição, estado ou interesse econômico. Leite (2009) amplia esse entendimento, 
categorizando os retornos de pós-venda, conforme demonstrado na Figura 3: 
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Figura 3: Categorias de retorno de pós-venda 
Fonte: Leite (2009) 
A figura acima nos informa que pode haver motivos diferentes para a devolução dos produtos 
classificados como de pós-venda, e esses motivos foram agrupados nas categorias “comerciais”, ou seja, 
foram devolvidos por interesse comercial, por conta do interesse em manter/estreitar os laços entre 
parceiros como indústria e varejo, por exemplo; categoria “garantia/qualidade”, que agrupa os produtos 
que apresentaram alguma disfunção de funcionamento e categoria “substituição de componentes”, 
quando há substituição de um ou mais componentes dos produtos e, dessa forma, concedem uma 
extensão da vida útil do produto, sendo vendidos em canais reversos de remanufaturados. 
O governo em suas diversas esferas (federal, estadual e municipal) é um dos maiores 
compradores do país, comprando todo tipo de produtos. A gestão logística dessas 
compras precisa passar por uma previsão de demanda dos materiais adquiridos. Se isso 
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não for feito, podem ocorrer desperdícios de dinheiro público que poderia ser utilizado 
para outras funções importantes do Estado, como saúde, segurança e educação. Apesar 
dessa necessidade de gestão, tem-se fatos absurdos, como o relatado em um estado da 
região Sul do país, onde constatou-se que todos os meses forma-se uma pequena 
muralha de caixas de medicamentos vencidos, tendo um desperdício de cerca de 60 
toneladas de medicamentos vencidos. 
Fonte: o autor. 
Uma das empresas americanas mais tradicionais é a SEARS, fundada em no século XIX 
como uma forma de aumentar a renda de seufundador, vendia no início apenas joias e 
relógios por catálogo. Esse sistema cresceu a ponto de incluir centenas de outros 
produtos e os catálogos da Sears se tornaram um ícone entre os consumidores 
americanos. Foi só em 1925 que a Sears inaugura sua primeira loja de departamentos 
na cidade de Chicago. A empresa chegou a ter operações no Brasil de 1949 a 1990, 
quando fechou suas unidades por conta de prejuízos. Em 2013 a imprensa divulgou sua 
intenção de voltar ao mercado brasileiro, em um modelo de negócios diferente do que 
praticava no passado, agora com franquias de lojas pelas principais cidades do país. 
Algo que marca muito a história da Sears era o seu lema: “satisfação garantida ou seu 
dinheiro de volta”. Essa filosofia era o terror dos concorrentes e produzia um senso de 
confiança entre seus clientes. Muitas empresas procuraram adotar esta mesma política 
de atendimento. No entanto, para que uma estratégia como essa possa ser viável, 
qualquer empresa deve ter absoluto controle sobre seus processos de vendas e de 
logística. Caso contrário, pode ser um literal “tiro no pé”. 
Fonte: o autor. 
Em outra visão muito próxima ao esquema apresentado por Leite (2009), está a que vincula as categorias 
de retorno aos motivos de retorno, apresentada no Quadro 1: 
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Quadro 1 - Principais motivos de retorno de produtos de pós-venda 
Fonte: Leite (2003, p. 211-216), Rogers e Tibben-Lembke (1999, p. 
47-48 apud LEITE; BRITO,2005, p. 5). 
Leite e Brito (2005, p. 6) reconhecem que 
Embora não possa cobrir os custos decorrentes de produtos não vendidos, o 
gerenciamento do processo de logística reversa pode ter resultados significativos. A 
importância econômica da logística reversa deve-se à oportunidade de recuperação de 
parte do valor empregado no processo de produção, proporcionando economias de 
custo. 
A cobertura parcial dos custos dos processos de produção já seria um grande incentivador para a adoção 
de mecanismos de logística reversa, pois cada centavo economizado representa um aumento da 
competitividade da empresa no mercado. Para os eventuais agentes que participam exclusivamente dos 
canais reversos, os produtos retornados representam 100% das possibilidades de faturamento e mantêm 
uma cadeia de apoio relevante em relação à oferta de emprego e renda, conforme veremos mais adiante 
neste livro. 
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OBJETIVOS ESTRATÉGICOS 
DOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO 
REVERSOS DE PÓS-VENDA 
Conforme ficou bem estabelecido até agora, as empresas que instituem canais reversos o fazem por 
diversas exigências, sejam comerciais, legais ou ecológicas. Evidentemente que isso traz algumas 
vantagens diretas e indiretas. Como vantagem direta, podemos citar a recuperação econômica no 
processo logístico reverso. Como vantagem indireta, podemos citar os ganhos de imagem às 
organizações. 
Vamos detalhar mais, a partir de agora, o que incentiva as ações da logística reversa, especialmente de 
pós-venda. Qualquer empresa precisa se posicionar estrategicamente para ganhar competitividade. A 
adoção da logística reversa deve fazer parte dessa estratégia. 
Leite (2009) oferece uma forma de entendermos como essa estratégia se aplica na prática, por classificá- 
la por objetivos. O primeiro objetivo seria o econômico, o segundo seria o objetivo da competitividade, o 
terceiro seria o objetivo de competitividade pela prestação de serviços pós-venda e o quarto, o objetivo 
legal do retorno de produtos de pós-venda. 
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Objetivo econômico no fluxo reverso de pós-venda 
Já compreendemos que os canais reversos visam à recuperação econômica de valor nos materiais de pós- 
venda. Agora precisamos focar em como isso acontece. Primeiramente, devemos ter em mente que o fator 
tempo é fundamental no processo. Um fundamento importante que se estabelece é que, no canal de 
retorno, quanto mais tempo se passa, menos valor é possível recuperar. 
No Quadro 2, podemos visualizar três possíveis destinações aos produtos de pós-venda. 
Quadro 2 - Possiblidades de destinação nos produtos de pós-venda 
Fonte: baseado em Leite (2009). 
Ainda sobre essas destinações possíveis, a Figura 4 apresenta visualmente as possibilidades de destino 
tanto de produtos de pós-venda como de pós-consumo. 
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Figura 4: Origens e destinos de produtos da logística reversa 
Fonte: Oliveira e Sousa (2014, p. 69). 
Outlets não são opção apenas para classes C e D 
A crise tem levado os brasileiros a buscar alternativas mais acessíveis para suas 
compras, especialmente em roupas e calçados. A inflação, o desemprego e perda de 
renda familiar estão provocando um afluxo de clientes novos para os comércios que 
vendem produtos mais em conta, como os outlets. Esse novo contingente de clientes 
tem provocado um efeito positivo nos empresários do setor: vários estão pensando em 
antecipar seus investimentos previstos para os próximos anos. 
Os responsáveis pelo aumento recente no público dos outlets são consumidores das 
classes A e B, que agora também tomam mais cuidado na hora de fazer suas compras. 
Essas clientes estão redirecionando seus gastos, como por exemplo, de viagens para o 
exterior que, com o dólar mais alto, se tornaram pouco atraentes. O que seria 
comprado no exterior agora é adquirido no Brasil. Um do setores de outlets que teve 
maior aumento nas vendas foi o de calçados, com alta de 10% nas vendas. 
Fonte: o autor 
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Perceba, pela figura acima, que as origens dos produtos têm a ver com a posição que o produto se 
encontra no ciclo de vida e no canal de distribuição direto. As destinações podem ser equivalentes, 
independente das origens. 
Quando se fala em objetivos econômicos, a relação entre parceiros é um destaque importante. Diversos 
formatos de parceria são possíveis, como os destacados abaixo: 
1. Contrato de parceria que prevê a compra pelo fornecedor de produtos remanescentes : ocorre quando o 
fornecedor garante a recompra de produtos remanescentes no estoque do distribuidor a um preço maior 
que o custo residual das mercadorias. 
2. Contrato de flexibilidade nas quantidades : possibilita que o comprador altere as quantidades de produtos 
a serem adquiridos, por conta de oscilações de demanda, porém não garante a recompra ou devolução. 
3. Contrato de gerenciamento do estoque do cliente (VMI – Vendor Managed Inventories) : o gerenciamento de 
estoques no cliente é feito pelo fornecedor, evitando faltas ou excessos (LEITE, 2009). 
Objetivo estratégico da competitividade 
Conforme você já constatou, a busca pela preferência do cliente em ambientes de extrema competição 
faz com que as empresas tentem encontrar maneiras de marcar seu posicionamento como diferenciado. 
Isso não é fácil em relação aos produtos, que podem ser muito parecidos, nem apenas com uma eficaz 
logística direta, que pode ser alcançada por muitos competidores ao mesmo tempo. 
Resta então a busca pela competitividade pelos canais reversos, em que serviços agregados são 
ofertados, tanto para clientes corporativos como para consumidores finais. Quando se oferece a 
possibilidade de retorno de excedentes de estoque nos parceiros do canal, isso tende a aumentar o 
estreitamento das parcerias de longo prazo e reduzir custos de inventário nos distribuidores. Além disso, 
o parceiro distribuidor terá mais espaço nos seus depósitos para produtos de alto giro. Para os clientes 
pessoa física, políticas como “satisfação garantida ou seu dinheiro de volta” são estratégiasadotadas por 
algumas empresas. Algumas empresas americanas chegam ao ponto de estabelecer a política de 
devolução sem perguntas, ou seja, o consumidor pode simplesmente devolver o produto que este será 
aceito sem qualquer questionamento (LEITE, 2009). 
Duas pesquisas entre empresas que adotam a logística reversa como prática comprovaram que a 
competitividade é o fator mais importante no estabelecimento dos canais reversos. 
Por exemplo, na pesquisa entre empresas norte-americanas promovida por Rogers e Tibben-Lembke 
(1999 apud LEITE, 2009), apresentada na Tabela 1, destaca esse fato. 
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Tabela 1 - Objetivos estratégicos de empresas que operam canais reversos 
Fonte: Roger e Tibben-Lembke (1999 apud LEITE, 2009, p. 35). 
Competitividade por meio de prestação de serviços 
de pós-venda 
Especificamente quando falamos em serviços de pós-venda, nos referimos àqueles que são oferecidos 
pelas empresas para dar assistência aos seus clientes em caso de defeitos ou mau funcionamento, que 
acionem o sistema de garantia da companhia, dentro ou fora do prazo contratual. 
Na Figura 5, apresenta-se esquematicamente como isso acontece. 
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Figura 5: Retorno de produtos ao sistema de pós-venda – garantia ou assistência técnica 
Fonte: Leite (2009, p. 38). 
É importante reconhecer que nenhuma empresa está isenta de que seus produtos apresentem algum tipo 
de mau funcionamento ou defeitos. O consumidor também sabe disso. É na resposta rápida da empresa 
em solucionar possíveis disfunções que residirá o diferencial de satisfação (ou insatisfação) do cliente. Na 
prática, o cliente não pode encontrar nenhum tipo de dificuldade para acionar os mecanismos de garantia 
ou assistência técnica. Deve ser facilmente encontrada a rede de prestadores de serviço em manuais ou 
portais da internet. 
Os relatos de mau atendimento, descaso ou serviços deficientes na rede de assistência técnica têm se 
acumulado no Brasil. Alguns portais tentam demonstrar aos consumidores aquelas empresas que são 
consideradas ruins em termos de oferta de serviços de pós-venda e isso tem um impacto extremamente 
negativo na imagem da empresa e na comercialização de seus produtos. 
Os Serviços de Atendimento ao Cliente (ou Consumidor), conhecidos como SAC, têm 
sido adotados por empresas de diversos segmentos. A ideia é que o cliente tenha um 
mecanismo de acionar os canais responsáveis por dar informações ou soluções de 
problemas que os consumidores possam ter. Em sua opinião, esses serviços estão 
cumprindo esse propósito? 
Fonte: o autor. 
Objetivos legais de produtos de pós-venda 
A facilidade proporcionada pela tecnologia em adquirir produtos de qualquer lugar do mundo, a 
velocidade das comunicações, a popularização das redes sociais, tudo isso trouxe uma espécie de 
“supervisão” às atividades empresariais, pois qualquer desvio no atendimento aos clientes pode ser 
imediatamente socializado para milhares de pessoas e arranhar de forma muito intensa a imagem da 
organização. Essa já seria uma grande arma nas mãos dos clientes, mas, felizmente, essa não é a única 
arma. 
As demandas da sociedade por qualidade de serviços e de produtos acionam também mecanismos legais 
na forma de regulamentações que buscam dar segurança jurídica na relação empresa-cliente. 
No Brasil, desde 1990, temos em vigor a Lei 8078/1990, promulgada em 11 de setembro do mesmo ano, 
que procura regulamentar as relações de consumo no país. Um grande avanço que a legislação 
estabeleceu foi a composição do Procon. O Procon é um órgão de proteção e defesa do consumidor, 
público e estadual, que visa garantir os direitos do consumidor contra abusos e prejuízos por práticas 
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comerciais lesivas. Se você buscar no portal do Procon do seu Estado, provavelmente encontrará algumas 
estatísticas muito interessantes, como as que dão conta do número de atendimentos e os tipos de 
reclamações mais comuns. Você constatará que reclamações relacionadas a produtos e serviços quase 
sempre encabeçam essas listas. 
Somente no Procon (SP), das empresas que mais receberam reclamações em relação 
aos seus produtos e serviços, é possível constatar os motivos das reclamações dos 
últimos 5 anos (2010 a 2014), conforme segue: 
Fonte: FUNDAÇÃO PROCON. Cadastro estadual de reclamações fundamentadas 
2014. Governo do Estado de São Paulo, 2014. Disponível em: 
< http://www.procon.sp.gov.br/pdf/ranking_2014.pdf >. Acesso em: 14 jul. 2015. 
Voltando um pouco mais a atenção para a Lei 8078/1990, no seu capítulo III, Art. 6º, teremos a seguinte 
redação: 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no 
fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; 
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, 
asseguradas à liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; 
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com 
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos 
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; 
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais 
coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no 
fornecimento de produtos e serviços; 
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V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem 
excessivamente onerosas; 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, 
coletivos e difusos; VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à 
prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou 
difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, 
a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou 
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; 
IX - (Vetado); X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. 
Outro artigo que merece destaque é o Art. 8º que reza: 
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão 
riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e 
previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, 
em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. 
Parágrafo único. Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as 
informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam 
acompanhar o produto. 
Veja que o cerne da lei no Brasil é a informação como direito básico e o adequado tratamento de produtos 
colocados à disposição dos consumidores. 
Não há como as empresas não darem atenção a essas demandas comerciais e legais que se apresentam. 
Você já fez um recall? 
A prática do recall (ou chamamento) no Brasil foi instituída legalmente no CDC (Código 
de Defesa do Consumidor). Não que as empresas já não o praticassem, mas a 
institucionalização legal do mecanismo tornou a prática esperada e mais transparente. 
É muito comum nos depararmos com recalls na indústria automobilística, mas não é 
exclusivo destesegmento. Recentemente, até indústrias farmacêuticas, de cadeirinhas 
para bebês, entre outras, o publicaram. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fg1.globo.com%2Feconomia%2Fnoticia%2F2014%2F07%2Fgraco-faz-recall-de-quase-2-milhoes-de-cadeiras-infantis-nos-eua.html&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNE9s0x6p4OwFL5SWXiEi-vi2oatxA
Para saber mais, acesse: < http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/07/graco-faz- 
recall-de-quase-2-milhoes-de-cadeiras-infantis-nos-eua.html >. 
SELEÇÃO E DESTINAÇÃO DOS 
PRODUTOS EM DEVOLUÇÃO 
Vimos que um grande desafio aos gestores é justamente tomar decisões assertivas em relação aos 
produtos retornados. Mesmo com as imposições legais, econômicas e ecológicas sendo consideradas, que 
deixam pouca margem para a empresa esquivar-se de absorver este produto na cadeia de suprimentos, há 
de se considerar opções que tornem viável esse processo e, se possível, ainda produzam resultados 
positivos. 
Dessa forma, implementar processos de seleção e destinação dos produtos em devolução torna-se um 
requisito para determinar o sucesso dos fluxos reversos. 
Podemos, neste momento, resumir os possíveis destinos dos materiais de pós-venda retornados aos 
canais logísticos. Para isso, vamos nos valer de uma classificação proposta por Leite (2009) e condensadas 
no Quadro 3: 
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Quadro 3 - Possíveis tratamentos nos produtos de pós-venda 
Fonte: baseado em Leite (2009). 
Mercados secundários para produtos de pós-venda 
Como vimos nos tópicos anteriores, uma destinação possível para produtos retornados (tanto de pós- 
venda como de pós-consumo) é o mercado secundário. 
Como é constituído e como opera esse mercado? Leite (2009) destaca que é possível identificar a 
presença de diversas atividades no mercado secundário como atacadistas especializados, exportadores, 
intermediários, liquidadores e varejistas. Os produtos negociados podem ser novos, mas que, por alguma 
razão, não podem mais ser comercializados no mercado primário, produtos com pouco uso, produtos que 
tenham muito uso, mas que ainda são funcionais, produtos não funcionais, mas que tenham valor por seus 
componentes ou materiais constituintes. 
Os negociadores do mercado secundário adquirem seus materiais e itens de diversas maneiras: uma 
possibilidade é adquirir junto às indústrias restos de processos de produção. Também o varejo pode ser 
fonte de materiais, quando disponibiliza excessos de estoque ou produtos fora de estação ou obsoletos. 
As seguradoras também são fonte para os negociadores, que adquirem delas produtos salvados de 
acidentes. 
As empresas interessadas em formar um canal reverso podem valer-se desses negociantes para destinar 
seus materiais recuperados. Grandes empresas preparam lotes com características bem definidas, que 
são, então, comercializados por venda direta, leilões virtuais ou presenciais ou por intermediadores. 
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Alguns cuidados nesse mercado devem ser tomados. Por exemplo, o mercado de peças usadas para 
automóveis no Brasil é muito aquecido, conforme pode ser observado em qualquer cidade de médio ou 
grande porte, nas lojas especializadas nesses materiais. Porém, vale destacar que alguns estados 
brasileiros, visando coibir o mercado ilegal de peças, estabeleceram algumas exigências para essas lojas, 
como é o caso do estado de São Paulo com a lei nº 12.521, de 02 de Janeiro de 2007. Essa lei, em seu 
Artigo 1º, reza que: 
O desmonte de veículos automotores de via terrestre, bem como a comercialização de 
autopeças usadas e recondicionadas, deverá ser efetuado exclusivamente por 
estabelecimento comercial credenciado junto ao Departamento Estadual de Trânsito - 
DETRAN. 
Outros estados possuem legislação semelhante. Tanto o consumidor quanto o lojista têm a obrigação de 
zelar pela transparência do processo de compra e venda desses produtos. 
Bati meu carro! E agora? 
Acidentes de trânsito são comuns e danos materiais aos veículos podem determinar 
sua retirada de circulação. Ao envolver-se em um acidente, o órgão de trânsito pode 
classificar os danos aos veículos como de pequena monta onde se constata que o 
veículo ainda preserva suas condições de segurança e sua estrutura, ou de média 
monta quando o veículo necessita de reparos de peças e componentes mecânicos e de 
estrutura, inclusive itens de segurança, para poder voltar a circular, ou ainda de grande 
monta, quando o veículo é considerado sinistrado com perda total. Os danos de média e 
grande monta acarretam o “bloqueio” do veículo no órgão de trânsito, impedindo sua 
circulação. Para regularizar, é necessário que o veículo passe por reparos com 
comprovação de substituição de peças e prestação de serviços com nota fiscal, além de 
apresentação do Certificado de Segurança Veicular (CSV) emitido por empresa 
credenciada pelo Detran pelo INMETRO. Deve-se também fazer a vistoria de 
identificação do veículo no órgão de trânsito do Estado ou do Distrito Federal. 
Fonte: o autor, com base em informações dos portais do Detran SP 
Já no mercado de veículos usados, o Brasil historicamente sempre teve números muito expressivos. Isto 
talvez decorra do fato de que os veículos novos eram inacessíveis para uma parcela importante da 
população até recentemente. É verdade que, com o aquecimento da economia nunca se vendeu tantos 
carros novos, mas o mercado de usados, apesar de oscilações pontuais, ainda é muito forte. 
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Venda de carros usados cresce 4% no 1º semestre 
A venda de carros seminovos e usados cresceu 4,1% no 1º semestre deste ano no Brasil 
em relação a igual período de 2014, mostram dados da Federação Nacional das 
Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto). De janeiro a junho, 
foram comercializados 4,979 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e 
ônibus usados, ante 4,783 milhões nos 6 primeiros meses de 2014. Apenas em junho, 
foram vendidos 887,8 mil veículos, 3,97% a mais do que em maio. Em nota, a Fenauto 
destaca que os números mostram que o ritmo de comercialização de usados vem se 
mantendo “estável em patamares positivos”, apesar o cenário de crise do setor. Fonte: 
FENAUTO - Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos 
Automotores. Clipping 66/2015. Venda de carros usados cresce 4% no 1º semestre. 17 
jul. 2015. Disponível em: < http://www.fenauto.org.br/index.php? 
option=com_k2&view=item&id=504:clipping-66-2015&Itemid=108 >. Acesso em: 20 
jul. 2015. 
Há uma tendência no Brasil de os próprios proprietários de veículos buscarem negócios para seus bens, 
mas revendas e as próprias montadoras já vislumbram grandes vantagens nesse negócio. Isto porque, ao 
aceitar o usado no negócio, o acesso do cliente ao veículo novo é facilitado. Uma notícia recentemente 
veiculada dava conta de que a Volkswagen lançou um programa de nível global de comercialização de 
carros usados no Brasil. Com certeza veremos mais movimentos nessa direção. 
Outro mercado existente no Brasil e muitas vezes não reconhecido em toda a sua importância é o 
chamado “ferro velho”. A presença dessas empresas nas cidades é uma realidade bem marcante. As 
pessoas em geral viram as costas aessa atividade, mas, para se ter ideia de sua pujança, saiba que no Brasil 
são produzidas mais de 35 milhões de toneladas de aço todos os anos. Estima-se que 9 milhões de 
toneladas, ou cerca de 26% de toda a produção, vêm de sucatas. Claro que essa atividade tem problemas, 
sendo o mais grave deles o ambiental. Sucatas a céu aberto são um criadouro natural para o mosquito da 
dengue, proliferação de insetos e roedores. Mas, se bem cuidados, são uma importante fonte de renda. 
Uma opção interessante de reaproveitamento de produtos que não nos servem mais é 
a venda para outra pessoa física, no mercado de segunda mão. A tecnologia tem 
facilitado este tipo de negócio através de sites de compra e venda que não tem custo 
para os envolvidos. Você acredita que este tipo de transação por internet contribui 
para a preservação ambiental? 
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É interessante observar também a representatividade dos mercados secundários brasileiros se 
comparados aos países onde a prática é mais consolidada. Para fins ilustrativos, veja uma comparação 
entre o mercado no Brasil e dos EUA, na Figura 6: 
Figura 6: Potencial de mercados da logística reversa Brasil x EUA 
Fonte: Oliveira e Sousa (2014, p. 72). 
A figura comprova o grande potencial de aumento dos mercados para os produtos da logística reversa no 
Brasil. 
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ATIVIDADES 
1. Que os clientes estão cada vez mais exigentes não é exatamente uma novidade. Por conta desse novo 
perfil do consumidor e por alguns ditames legais e negociais, as empresas esforçam-se em atender os 
clientes de forma que sua satisfação seja alcançada. Sobre o papel dos canais reversos de pós-venda, é 
correto afirmar que: 
a) Consideramos produtos de pós venda aqueles que retornam ao canal de distribuição já esgotado o seu 
uso pelo consumidor. 
b) Os produtos de pós-venda que podem retornar ao canal de distribuição são aqueles novos ou com 
pouco uso, que retornam por diferentes motivos. 
c) Os canais de distribuição reverso de pós-venda preocupam-se primariamente com o descarte dos 
materiais recebidos em devolução pelo consumidores. 
d) Um produto retornado no canal reverso de pós-venda sempre chegará fisicamente ao ponto de origem 
do produto. 
2. Nos canais reversos de pós-venda, podem ser alcançados alguns objetivos que atendam 
estrategicamente os diversos participantes dos canais de distribuição. A respeito dos objetivos 
estratégicos, assinale com (V) quando a afirmação for VERDADEIRA e com (F) quando a afirmação for 
FALSA. 
( ) Produtos retornados, duráveis ou semiduráveis, podem ter como destino a revenda no mercado 
primário, tanto o mercado interno quanto o externo. 
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( ) No contrato de gerenciamento de estoques VMI, o ponto de venda é o responsável pela gestão do 
estoque, de modo a evitar faltas ou excessos. 
( ) Considerando todos os participantes de um canal de distribuição, pode-se prever que tanto o 
fabricante quanto o varejo possam fazer liquidações de produtos não vendidos. 
( ) No mercado secundário, um produto pode ser vendido fora dos canais originais, como em pontas de 
estoque, lojas de preços populares, entre outros. 
Marque a sequência correta: 
a) V – F – V – V. 
b) V – F – F – V. 
c) F – F – V – V. 
d) F – V – V – V. 
e) V – F – F – F. 
3. Uma vez determinada a necessidade de coleta de um produto de pós-venda, os gestores precisam 
estabelecer o correto tratamento deste material. É perfeitamente possível, neste caso, que: 
I. Doações não devem ser consideradas como opção para destinação de produtos de pós-venda, pois 
podem impactar negativamente sobre a marca. 
II. A canibalização aconteça quando um produto ou lote de produtos é adquirido para serem coletadas 
peças de reposição ou módulos. 
III. No mercado secundário, tenhamos a presença de atacadistas especializados, exportadores, 
intermediários, liquidadores e varejistas. 
IV. A aquisição de produtos para o mercado secundário somente se dê através de contatos com varejistas 
ou atacadistas, nunca com a indústria. 
É correto somente o que se afirma em: 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) I, II, III e IV. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Além dos produtos que cumprem o seu ciclo de vida e que são objeto de tratamento pelos canais de 
distribuição reversos de pós-consumo, uma preocupação das empresas também deve envolver os 
produtos dos canais reversos de pós-venda. Esses produtos são novos ou com pouco uso que, por razões 
diversas, devem retornar aos canais de distribuição para receber o tratamento conforme a necessidade. 
São motivos para retorno dos produtos ao canal reverso de pós venda, por exemplo, problemas 
relacionados a não conformidade de pedidos, como quantidades que excedem o que foi solicitado. Neste 
caso, por interesse negocial, a empresa fornecedora receberá o excedente do que foi entregue. 
Além disso, alguns produtos sofrem uma obsolescência muito grande, como é o caso do mercado de 
jornais e revistas, que após certo tempo de publicados, não mais interessam aos públicos a que foram 
destinados. 
O Código de Defesa do Consumidor, que garante ao comprador o direito quanto à informações exatas do 
produto, à segurança no manuseio, a proteção contra publicidade enganosa, entre outros. Em um 
mercado tão competitivo e reconhecendo que nenhuma empresa está isenta de erros nos seus produtos 
ou serviços, aquela que for mais ágil e eficaz na solução de reclamações de seus clientes terá uma enorme 
vantagem frente aos seus concorrentes. 
Assim como os produtos de pós-consumo, os produtos de pós-venda também podem ser tratados de 
diversas formas, como a reparação e entrega ao cliente, a venda no mercado primário, a doação, o 
desmanche ou canibalização, a remanufatura, a reciclagem industrial ou disposição final. 
O mercado secundário pode ser uma excelente alternativa para as empresas recuperarem valor de 
produtos de pós venda. Há um grande mercado para produtos que saíram de moda ou que não tenham 
mais o mesmo apelo mercadológico original. Além disso, o mercado de revenda (segunda-mão) é muito 
forte no Brasil, como é o caso dos automóveis. Pode-se também recuperar valor no desmanche de certos 
produtos para aproveitamento de suas peças ou módulos. 
É importante a empresa ter a certeza de ter atendido a legislação, especialmente a que protege o 
consumidor, formando na mente deste uma imagem positiva quanto ao tratamento de eventuais 
reclamações, ao mesmo tempo buscando recuperar valor ao comercializar os itens retornados em 
diversas possibilidades. 
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Material Complementar 
Leitura 
Logística Reversa: meio ambiente e competitividade 
Autor: Paulo Roberto Leite 
Editora: Prentice Hall 
Sinopse : para quem já domina a logística e a dinâmica dos 
canais de distribuição, é hora de obter novas vantagens 
competitivas, utilizando os canais de distribuição reversos. 
O que as empresas enviam para o mercado pode voltar sob 
a forma de embalagens, produtos devolvidos ou mesmo 
informações, trazendo lucratividade e mais oportunidades 
de negócio. Escrito pelo maior especialista em logística 
reversa do Brasil, este livro é um passaporte para o futuro 
da logística 
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Filme 
Efeito Reciclagem 
Ano : 2012 
Sinopse : do universo informal da reciclagem, muitas vezes 
visto como o limite da sociedade, surgiu a tocante história 
do Sr. Claudinei e sua família. O filme revela o cotidiano 
destas pessoas que fazem dos materiais recicláveis seu 
sustento e meio de integração social. Responsável por uma 
família com mais de 25 filhos, o Sr. Claudinei vai 
rotineiramente ao Bairro Santa Efigênia no centro da 
cidade, em sua Kombi verde-limão e coleta materiais que 
podem ser vendidos em depósitos de recicláveis. Por ser 
freqüentador do bairro há mais de 5 anos, o Sr. Claudinei é 
conhecido por boa parte dos comerciantes e habitantes da 
região, que muitas vezes lhe entregam não apenas papelão 
ou plástico, mas também peças velhas de computadores, 
que posteriormente são “recicladas” – remontadas e 
vendidas. Sr. Claudinei e sua família mostram que estimular 
a reciclagem é mais do que uma simples atitude comercial: 
é um modo de vida digno e responsável. 
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REFERÊNCIAS 
AZEVEDO FILHO, Edison; COSTA, Maria C. L. Além do consumismo tecnológico: as causas e efeitos da 
difusão de notebooks refurbished no mercado brasileiro da informática. In: SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA 
EM GESTÃO E TECNOLOGIA (SEGET, 2007), 4, Resende (RJ), 2007. Anais... Resende. 
FENAUTO - Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores. Clipping 
66/2015. Venda de carros usados cresce 4% no 1º semestre. 17 jul. 2015. Disponível em: 
< http://www.fenauto.org.br/index.php?option=com_k2&view=item&id=504:clipping-66- 
2015&Itemid=108 >. Acesso em: 20 jul. 2015. 
FUNDAÇÃO PROCON. Cadastro estadual de reclamações fundamentadas 2014. Governo do Estado de 
São Paulo, 2014. Disponível em: < http://www.procon.sp.gov.br/pdf/ranking_2014.pdf >. Acesso em: 14 jul. 
2015. 
GONÇALVES-DIAS, Sylmara L. F.; TEODÓSIO, Armindo S.S. Estrutura da cadeia reversa: “caminhos” e 
“descaminhos” da embalagem PET. Revista Produção , São Paulo, v. 16, n. 3, p. 429-441, Set./ Dez. 2006. 
LEITE, Paulo R. Logística Reversa : meio ambiente e competitividade. 2.ed. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2009. 
LEITE, Paulo R.; BRITO, Eliane P. Z. Logística reversa de produtos não consumidos: práticas de empresas 
no Brasil. Revista Gestão.org (Revista Eletrônica de Gestão Organizacional), vol. 3, n. 3. Set/dez. 2005. 
MESTRINER, Fábio. Reciclagem na Logística Reversa. Revista HSM, São Paulo, Março/Abril, 2014. 
OLIVEIRA, Paula; SOUZA, Gisela M. Desenvolvimento do mercado secundário no Brasil e as operações de 
logística reversa. Revista Tecnologística , São Paulo, p. 68-70, Maio/2014. 
XAVIER, Coriolano. Logística reversa : acredite, é no Brasil! São Paulo: Revista HSM, Março/Abril, 2014. 
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APROFUNDANDO 
A LOGÍSTICA REVERSA DAS EMBALAGENS 
A maior parte do que consumimos chega até nossas mãos em embalagens. O cumprimento de uma das 
funções logísticas, de fazer chegar o produto certo, nas condições corretas ao consumidor, é também 
proporcionado por embalagens. 
O Brasil é bem servido no que se refere à indústria de embalagens: 18 das 20 maiores indústrias mundiais 
do segmento de embalagens atuam no país (MESTRINER, 2014). 
A pujança desta indústria é revelada por números expressivos: 
Em 2013, a receita bruta dos fabricantes de embalagens foi de R$ 52,36 bilhões, maior que os R$ 46,7 
bilhões de 2012. A perspectiva de crescimento é de 1,7% em 2014 (MESTRINER, 2014). 
Xavier (2014, p. 74) complementa esse cenário rentável por trazer os seguintes dados: 
Os cinco maiores consumidores de embalagens do mundo – Estados Unidos, China, 
Japão, Alemanha e França – gastaram US$361 bilhões em acondicionamento dos 
produtos em 2011. Para 2016, as projeções indicam um valor de US$439,6 bilhões. No 
Brasil, esses gastos atingiram US$25 bilhões em 2011 no composto geral de 
embalagens, com uma projeção de US$30,8 bilhões para 2016, segundo a pesquisa 
Datamark/Brasil, FoodTrends 2020, promovida pelo Instituto de Tecnologia de 
Alimentos (ITAL). 
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Na figura 1, conseguimos visualizar, no caso do Brasil, a composição das matérias-primas na indústria de 
embalagens: 
Figura 1: Segmentação por tipo de matéria-prima em embalagens 
Fonte: Xavier (2014, p. 74). 
Também no setor de embalagens, escancara-se uma realidade incômoda: ao mesmo tempo que são 
absolutamente necessárias aos processos logísticos e na disponibilização de produtos aos consumidores, 
também provocam um problema ambiental muito sério. Para se ter ideia, veja este comentário de 
Mestriner (2014, p. 68): 
Um fabricante de cereal matinal produz 45 milhões de caixas por mês, ou um milhão e 
meio de embalagens por dia, uma única marca de sabonete consome mais de 200 
toneladas por mês de papel cartão para suas caixinhas e um fabricante de doces coloca 
no mercado mensalmente 4,5 milhões de quilos de balas embaladas uma a uma. 
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Soma-se a isso as garrafas de vidro, as embalagens PET, latas de alumínio, embalagens de produtos 
farmacêuticos e hospitalares, entre tantos outros. As embalagens compõem o rol dos materiais 
classificados como Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) cujo tratamento impacta diretamente no poder 
público municipal, por serem destinadas na maior parte ao lixo urbano. Mestriner(2014) traça um mapa 
da reciclagem, onde destaca que: 
a) 202.275.587 brasileiros produzem 190.000 toneladas de lixo por dia, onde: 
1) 87% são coletadas e 
2) 13% são jogadas na rua 
b) Do que é coletado, a composição deste lixo é de: 
1) 51,4% resíduos orgânicos 
2) 16,7% outros resíduos e 
3) 28,9% de embalagens. 
c) Das embalagens recolhidas: 
1) 34,7% vão para o lixão e 
2) 65,3% voltam para as fábricas. 
Um fato que chama a atenção – e que é, de certa forma, animador – é que a indústria de embalagem tem 
interesse na reciclagem desses materiais e procura, através de diversas ações, incentivar essa prática. 
Embalagens de vidro, papéis, alumínio, tudo pode ser reaproveitado. 
Alguns setores específicos, devido à própria legislação, conseguem números mais expressivos de retorno 
das embalagens. No Brasil, um caso de sucesso é o das embalagens de agrotóxicos. Sobre este setor, 
Xavier (2014, p. 75) destaca que 
Atualmente, o Brasil ocupa o posto de país que mais recolhe embalagens vazias de 
agrotóxicos. Em 2013, o mercado brasileiro bateu novo recorde na categoria, ao 
promover o recolhimento de 94% das embalagens devolvidas pelos agricultores. 
Enquanto isso, a França, por exemplo, recolheu 77% de suas embalagens vazias. Na 
Alemanha, o índice foi de 67% (nota do autor: pelo menos nisso ganhamos da 
Alemanha!). No Japão, o retorno gira em torno de 50%. Já nos EUA, a média é de 33%. 
A legislação estabelece a obrigação do produtor rural em devolver em até 1 ano as embalagens dos 
defensivos agrícolas adquiridos. 
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O resultado de programas de recolhimento de embalagens tem sido promissor. Veja a evolução desta 
performance no figura 2: 
Figura 2: Quantidades de embalagens vazias de agroquímicos recolhidas no Brasil (em mil toneladas) 
Fonte: Xavier (2014, p. 75) 
Em materiais como as embalagens PET (Tereftalato de Etileno), a cadeia reversa está bem estabelecida. 
Xavier (2014) observa que o índice de reciclagem das embalagens PET no Brasil já atingiu a casa dos 59%. 
Há uma preocupação com relação à falta de matéria-prima para as indústrias de reciclagem, pois nem 
sempre o preço pago aos participantes desta cadeia – especialmente os catadores e cooperativas – é 
compensador. 
A cadeia reversa do PET é bastante abrangente, conforme você pode perceber na Figura 3: 
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Figura 3: Cadeias das embalagens PET no Brasil 
Fonte: Gonçalves-Dias e Teodósio (2006, p. 430). 
Note, na Figura 3, as várias possibilidades e caminhos para esse tipo de embalagem, tão utilizada pelas 
indústrias e que, de certa forma, é considerada prática pelos próprios consumidores. 
Fonte: adaptado de Gonçalvez-Dias e Teodósio (2006), Mestriner (2014) e Xavier (2014). 
REFERÊNCIAS 
GONÇALVES-DIAS, Sylmara L. F.; TEODÓSIO, Armindo S.S. Estrutura da cadeia reversa: “caminhos” e 
“descaminhos” da embalagem PET. Revista Produção , São Paulo, v. 16, n. 3, p. 429-441, Set./Dez. 2006. 
MESTRINER, Fábio. Reciclagem na Logística Reversa . Revista HSM, São Paulo, Março/Abril, 2014. 
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XAVIER, Coriolano. Logística reversa : acredite, é no Brasil! São Paulo: Revista HSM, Março/Abril, 2014. 
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a Distância; PARDO , Paulo. 
Logística Reversa . Paulo Pardo. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
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“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Logística. 2. Reversa. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 658 
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QUESTÕES 
LEGAIS, 
ECONÔMICAS E 
AMBIENTAIS EM 
PÓS-CONSUMO E 
PÓS-VENDA 
Professor (a) : 
Me. Paulo Pardo 
Objetivos de aprendizagem 
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• Considerar os impactos da legislação da Logística Reversa nas estratégias empresariais. 
• Apresentar o cenário relacionado às diversas legislações que impactam no planejamento das ações da 
logística reversa. 
• Verificar a legislação que países desenvolvidos aplicam em relação às ações da logística reversa. 
• Avaliar especificamente a legislação ambiental aplicável às organizações que implicam em decisões da 
logística reversa 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Implicações da legislação aplicável à logística reversa 
• Cenário regulatório para questões ambientais 
• Legislação internacional relacionada aos aspectos ambientais 
• A legislação ambiental e o impacto na logística reversa 
Introdução 
Prezado(a) aluno(a), 
Os movimentos sociais e ambientais provocam imperativos da Logística Reversa que, por sua vez, tiveram 
desdobramentos com a imposição de legislações específicas relacionadas ao tratamento dos impactos 
provocados pelas atividades empresariais e seus produtos. 
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Um gestor não pode alegar ignorância quanto aos ditames legais de sua atividade, ao mesmo tempo em 
que as sanções previstas nesta legislação concernente aos impactos ambientais são significativas, 
podendo comprometer seriamente a estabilidade financeira da empresa. 
Nesta Unidade, vamos considerar os seguintes tópicos: na Aula 1 abordaremos as implicações 
relacionadas à legislação pertinente à Logística Reversa. Você perceberá que o arcabouço legal é bastante 
extenso, o que exige conhecimento e ação por parte dos gestores envolvidos no processo. 
Na Aula 2 veremos o cenário regulatório para as questões ambientais que tem reflexos imediatos sobre a 
forma como as empresas tratam seus produtos e insumos dos processos de produção. 
Na Aula 3 trataremos da legislação internacional relacionada aos aspectos ambientais, onde nos 
depararemos com diversos instrumentos legais em todos os países desenvolvidos visando disciplinar o 
tratamento aos materiais descartados. 
Finalmente, na Aula 4, enfocaremos mais de perto a legislação ambiental da logística reversa, 
especialmente a Política Nacional de Resíduos Sólidos. 
Atualize-se sempre sobre esses temas, pois a qualquer momento, em esferas diferentes do poder, pode 
ser editada uma norma que afete diretamente sua atividade,podendo inclusive inviabilizar seu 
empreendimento. A atenção a sites, publicações e reportagens sobre esses assuntos deve fazer parte de 
sua agenda como gestor. 
Pesquise também o inteiro teor da legislação que mencionaremos neste estudo. A legislação é bastante 
extensa e, portanto, não é possível reproduzi-la na íntegra. Mas tomar conhecimento desse arcabouço 
legal é muito importante. Bons estudos! 
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IMPLICAÇÕES DA LEGISLAÇÃO 
APLICÁVEL À LOGÍSTICA 
REVERSA 
Em um sistema capitalista como o que vivemos, é natural que os empresários desejem liberdade total para 
suas atividades, na filosofia que o mercado se autorregula, ou seja, se deixado livre, o mercado encontra 
soluções para seus próprios desequilíbrios. 
Essa premissa, infelizmente, tem se mostrado falha quando o assunto é o impacto das atividades 
empresariais sobre o meio ambiente. É só observarmos a nossa volta que comprovaremos os imensos 
desequilíbrios entre o fluxo direto de produtos e o retorno destes às cadeias logísticas, ocasionando o 
acúmulo indesejado e inapropriado de sobras e descartes. 
Muito tempo já se passou desde que a atividade industrial tornou-se o motor da economia mundial e o 
que assistimos é a busca por cada vez mais lucros sem uma contrapartida em relação aos cuidados com o 
meio ambiente. 
Em razão desses desequilíbrios, a sociedade – representada por setores como os ambientalistas, a 
academia, entre outros – se mobilizou para que o poder público, que detém a legitimidade como 
representante do povo, interviesse nas relações dos agentes de mercado produtores e consumidores 
visando ao bem maior que é a sustentabilidade ambiental. 
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Na maioria dos países democráticos do mundo, a legislação ambiental passou a regulamentar as relações 
dos agentes de mercado, estimulando ações de tratamento de descarte e destinação de produtos, ao 
mesmo tempo tomando ação coercitiva contra aqueles que não se adequarem ao que são consideradas 
boas práticas socioambientais. 
Um dos grandes avanços da legislação em âmbito mundial – e não é diferente no Brasil – é a imposição de 
pagamento do ônus dos impactos ambientais para seus causadores, o que ficou conhecido como princípio 
do poluidor-pagador. Esta ação parece mais justa do que impor à inteira sociedade esses ônus, quando o 
benefício pela atividade produtiva na forma de lucros fica restrito a poucos. Assim, quem tem o bônus do 
lucro e do usufruto do bem ou serviço – inclusive o consumidor – deve também arcar com o ônus 
ambiental provocado por estes. 
Quando o governo intervém nas atividades produtivas, algumas consequências lógicas são óbvias, entre 
elas estão as ações das empresas para evitar punições. Assim, projetos de tratamento são colocados em 
prática para tratar os materiais ou grupos de produtos de pós-consumo. Geralmente, nesses casos, criam- 
se oportunidades de negócio para agentes prestadores de serviço que, em parceria com indústrias e 
distribuidores, passam a fazer parte da cadeia reversa e assumem tarefas que não são economicamente 
ou administrativamente viáveis para os outros participantes. 
O procedimento mais indicado para as empresas é anteciparem-se a eventuais legislações que porventura 
estejam em estudo pelos órgãos governamentais. Frisando o impacto da legislação sobre as atividades 
empresariais, Leite (2009, p. 138) comenta que: 
A revalorização legal dos bens de pós-consumo, operacionalizada pela logística reversa, 
é entendida como o equacionamento das condições dos canais reversos, de modo que 
se garanta o retorno ao ciclo produtivo ou de negócios dos bens em fim de vida e 
obedecendo às leis vigentes. Empresas fabricantes de produtos que, de alguma 
maneira, impactem negativamente o meio ambiente serão certamente afetadas por 
legislações que de algum modo restrinjam suas operações, contabilizando novos custos 
de origem ecológica aos seus produtos, em cumprimento às novas legislações. 
Considerando o ambiente altamente mutável em que as organizações estão inseridas e as crescentes 
exigências de correto tratamento das questões ambientais por parte das empresas feitas pela sociedade e 
pelo mercado em particular, é muito conveniente que as empresas engajem-se em ações em cumprimento 
de legislações em vigor ou que estejam em processo de aprovação. 
A atual legislação ambiental brasileira é considerada uma das mais modernas do mundo. Essa afirmação 
não é exagero, principalmente se compararmos nossa legislação com a de países como a China, por 
exemplo, que apesar de ser o motor do mundo em relação à produção, é também uma das principais 
responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e de poluição do ar e da água naquela 
região do mundo. 
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Guiyu – do arroz ao lixo eletrônico 
A cidade litorânea de Guiyu, na China, processa a maior parte do lixo eletrônico do 
mundo. Todo ano, 80% dos 150 mil habitantes da cidade processam a maior parte dos 
1,1 milhão de toneladas anuais de lixo eletrônico produzido pela China e dos cerca de 
20 a 50 milhões de toneladas do resto do mundo, usando como ferramenta as mãos, 
durante 24 horas por dia. Os fogareiros das casas são usados para fundir as carcaças de 
computadores de PVC, que voltam ao Ocidente na forma de flores de plástico, ou para 
desmontar placas-mãe em busca de ouro. São 700 substâncias tóxicas presentes nestes 
materiais, que já afetaram a saúde das crianças, que já tem chumbo no sangue, 
causando danos ao sistema nervoso e reprodutor. Os salários são de US$2 a US$3 por 
hora, o que atrai agricultores (que ganham muito menos nos campos) para esta 
atividade. Não é possível encontrar água potável a menos de 50 quilômetros do 
entorno da cidade. 
Em 1994 a convenção de Basiléia proibiu a exportação de resíduos perigosos de países 
ricos para países pobres, mas é possível ver navios oriundos da Europa e outras partes 
do mundo alimentando esse mercado altamente nocivo para o meio ambiente, com a 
oposição complacente do governo chinês. 
Fonte: adaptado de AGÊNCIA EFE (2007, on-line). 
A (boa) história do Brasil em relação à legislação ambiental começa nas últimas décadas com a 
promulgação da Constituição Federal em 1988, que já prevê um tratamento abrangente às questões 
ambientais. Por exemplo, no Capítulo I, que trata dos direitos e deveres individuais e coletivos, o Art. 5 
Inciso LXXIII reza que: 
Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo 
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, 
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
A Constituição da República Federativa do Brasil 
Nossa atual constituição foi promulgada em 05 de outubro de 1988 e é a sétima de 
história do país. Esse documento tem uma importância simbólica muito grande: foi 
promulgada logo após o início do processo de redemocratização do país. Entre 1964 a 
1985 vivemos o regime militar, onde as garantias e direitos individuais eram muito mais 
restritos. A Constituição rege o ordenamento jurídico do país. Algumas normas do 
documento não podem ser alteradas por emendas constitucionais e são chamadas de 
cláusulas pétreas, entre elas o sistema federativo do Estado; o voto direto, secreto, 
universal e periódico; a separaçãodos Poderes; e os direitos e as garantias individuais. 
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Fonte: o autor. 
No Art. 23, determina-se que é competência comum da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, 
entre outras obrigações, o que está contido nos incisos VI e VII que rezam: 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
Complementando, no Art. 24, temos que: 
Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
[...] 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos 
recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; 
[...] 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de 
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. 
Quando trata dos Princípios Gerais da Atividade Econômica, o Artigo 170 expressa que 
A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, 
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, 
observados os seguintes princípios: VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante 
tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de 
seus processos de elaboração e prestação. 
Veja que o legislador não deixou simplesmente ao mercado a autonomia de defender o meio ambiente, até 
mesmo porque se essa prerrogativa fosse estabelecida, deveríamos contar com a boa vontade pura e 
simples do empresariado em promover ações de conservação ambiental. Considerando que nem todos 
têm essa elevada índole, já se previu que a atividade econômica deve defender o meio ambiente e tratar 
os impactos ambientais. 
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Principalmente no Capítulo VI da CF, no Título “Do meio ambiente”, temos no Artigo 225 o princípio 
norteador de toda a legislação ambiental brasileira, quando expressa que: 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
Perceba que conseguimos extrair deste artigo a filosofia expressa no próprio conceito de sustentabilidade 
contida no Relatório Nosso Futuro Comum (também conhecido como relatório Brundtland) que, em 
1987, formalizou o que se aceitaria mais comumente como “desenvolvimento sustentável”. Incentivo 
fortemente a que você leia ao menos o inteiro teor deste Capítulo VI da Constituição Federal. 
Que implicações isso traz no dia a dia das organizações e da sociedade em geral? 
Sem dúvida, não é mais possível pensar unicamente no retorno financeiro, no caso das empresas. É 
evidente que o retorno para o acionista continuará sendo a principal função da organização, mas esse 
retorno não é admissível às custas de um impacto irreversível sobre o meio ambiente. 
Para os consumidores, a responsabilidade sobre os produtos adquiridos é ampliada. Todos nós 
deveríamos encarar essa responsabilidade já desde a aquisição do produto, em um princípio do consumo 
responsável, ou seja, adquirir aquilo que de fato precisamos. Em seguida, pensarmos que nós somos 
responsável pela correta destinação dos resíduos por nós mesmos produzidos. Assim, devemos aceitar a 
nossa parte como membros da cadeia reversa, contribuindo com os programas de coleta seletiva e 
devolução de materiais que não nos servem mais. 
Na busca pela sustentabilidade ambiental, cultural, social e econômica, vários 
encontros internacionais foram realizados e, desses, vários documentos foram gerados, 
com propostas e metas a serem cumpridos pelos países que os assinaram. O Brasil é 
signatário ao menos 20 tratados provenientes de convenções internacionais. Alguns 
deles são listados a seguir: 
Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio 
Convenção de Roterdã sobre o Procedimento de Consentimento Prévio Informado 
para o Comércio Internacional de Certas Substâncias Químicas e Agrotóxicos 
Perigosos 
Convenção sobre Diversidade Biológica 
Protocolo de Quioto à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças 
Climáticas 
Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 
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Fonte: adaptado de MPF (on-line). 
Após a promulgação da Constituição Federal, houve a aprovação de várias outras leis, com objetivos 
específicos, mas todas dentro do escopo da preservação e sustentabilidade ambiental. 
Por exemplo, a Lei 9605, de 12 de fevereiro de 1998, que tipifica os crimes ambientais, lei que ficou 
conhecida como Lei de Crimes Ambientais ou Lei da Natureza. Esta lei é um marco, pois a partir de então 
pode-se imputar penas aos infratores, que vão desde multas até a prisão. 
Recomendo que você acesse o Saiba Mais, onde apresentei um link com o resumo das principais leis 
ambientais em vigência no Brasil. 
AS LEIS AMBIENTAIS NO BRASIL 
O arcabouço legal ambiental brasileiro é extenso, mas podemos, para facilitar, 
utilizamo-nos de um resumo oferecido pelo professor Paulo Affonso Leme Machado, da 
UNESP de Rio Claro (SP), autor do livro “Direito Ambiental Brasileiro”. Você encontrará 
a descrição das leis em diversos sites, como no link: 
< http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/politica/537-as-17-leis- 
ambientais-mais-importantes >, porém fique de olho, algumas leis listadas por este 
professor já foram revogadas e substituídas por outras. 
Fonte: o autor. 
Ainda nesta Unidade, veremos os impactos de uma lei específica, que instituiu no Brasil a Política Nacional 
de Resíduos Sólidos, a PNRS. 
De qualquer forma, é importante que você saiba que a legislação visa regulamentar uma relação complexa 
do ser humano com o meio ambiente, especialmente no que concerne ao modo de exploração de recursos 
naturais e da destinação dos resíduos produzidos pelas próprias pessoas. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.portaldomeioambiente.org.br%2Fnoticias%2Fpolitica%2F537-as-17-leis-ambientais-mais-importantes&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNH3XoPNpraoHnUd-_K5_DnNZh27yw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.portaldomeioambiente.org.br%2Fnoticias%2Fpolitica%2F537-as-17-leis-ambientais-mais-importantes&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNH3XoPNpraoHnUd-_K5_DnNZh27yw
CENÁRIO REGULATÓRIO PARA 
QUESTÕES AMBIENTAIS 
Avaliando o teor da legislação em vigor e das sempre presentes discussões sobre o tema regulamentação, 
pode-se concluir que o acompanhamento do estado e da sociedade tenderá a se intensificar ainda mais, à 
medida que o modo de consumo e de produção consolida-se como o do descartável. O modo de vida “fast” 
(tudo rápido) e a evolução tecnológica com ciclos de vida cada vez menores dos produtos, leva à produção 
crescente de materiais que em um curto período de tempo (às vezes poucos minutos) são jogados fora. 
Leite (2009) salienta que a tendência é que a responsabilidade seja atribuída aos fabricantes, direta ou 
indiretamente. A legislação volta-se a regulamentar a reciclagem e reaproveitamento dos materiais, 
proibições de destinação indevidas dos inservíveis, cuidados com embalagens e estruturação de canais 
reversos. Essa regulamentação vem ao encontro do princípio de Extensão de Responsabilidade ao 
Produto ou EPR ( Extended Product Responsability ). 
A respeito do EPR, Gonçalves-Dias (2006, p. 466), comenta: 
A tendência de estender a responsabilidade do produtor também para as fases finais 
dos produtos é uma das mais significativas tendências normativas atualmente 
encontradas no cenário europeu e internacional.A União Europeia decidiu aplicar o 
princípio do poluidor pagador, a fim de diminuir a quantidade de resíduos que as 
empresas produtores indiretamente criam (KAZAKIAN, 2005; WILLIAMSON, 2000). 
Desde 1992, as empresas responsáveis pela comercialização de embalagens 
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domésticas devem pagar um imposto cujo valor é fixado conforme o peso, o volume, o 
material e a reciclagem da embalagem (EUROPEAN COMMUNITIES COUNCIL, 1994). 
O produto dessa taxa serve ao financiamento da coleta seletiva dos resíduos de 
embalagens e à sua valorização. Trata-se de um processo que leva os produtores a se 
envolverem no fim de vida ecológico de seus produtos. Esta diretiva evidencia a 
tendência de procurar atribuir a responsabilidade aos produtores e demais integrantes 
da cadeia produtiva em implementar a gestão da logística reversa, estruturando e 
organizando os canais reversos de seus produtos (WILLIAMSON, 2000; WILT; 
KINCAID, 1997 apud GONÇALVES-DIAS, 2006, p. 466). 
Sendo este o caso, vejamos algumas tendências de legislações aplicadas aos resíduos sólidos que são 
encontradas na literatura internacional sobre o assunto, conforme Quadro 1: 
Quadro 1 - Legislações aplicáveis aos resíduos sólidos 
Fonte: adaptado de Leite (2009). 
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No Brasil, o setor de publicidade e propaganda é auto regulado pelo CONAR – 
Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. Em sua opinião, esta 
regulação é efetiva, inibindo publicidades enganosas? Fonte: o autor. 
Sobre legislação especificamente aplicada à logística reversa, há no mundo todo – e no Brasil em 
particular – uma discussão muito intensa sobre a questão tributária aplicada aos materiais da logística 
reversa. 
Uma das queixas dos empresários é que, ao reinserir materiais no canal reverso – mesmo que a origem 
tenha sido o canal direto da empresa – novamente há incidência de impostos, constituindo, na visão deles, 
uma bitributação. Esses tributos desincentivam muitos empresários a reaproveitar esses materiais, pois 
em vários casos os materiais reabsorvidos no processo precisam passar por beneficiamentos prévios 
antes de adquirir condições para se equiparar com a matéria-prima original, onerando o processo. 
Conforme Martins e Silva (2006, p. 2), 
Um dos fatores que diminuem o interesse dos empresários em buscar o 
reaproveitamento de materiais descartados no seu processo de fabricação é a múltipla 
tributação. Qualquer objeto que hoje se encontre descartado já sofreu diversas 
tributações ao longo do fluxo direto. Quando retornado à indústria para 
reaproveitamento, através dos canais reversos, incidem novos impostos federais, 
estaduais e até municipais, como o imposto sobre produtos industrializados, o imposto 
sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços e o imposto sobre serviços, 
desde a coleta até as mãos do reciclador. Esses impostos que incidem em cascata 
desencorajam o bom funcionamento do ciclo de retorno de materiais às indústrias. 
O setor empresarial brasileiro movimentou-se fortemente nos últimos anos, contratando consultorias 
especializadas de modo a produzir estudos relacionados à incidência tributária na cadeia da logística 
reversa, bem como para estimar os impactos de uma desoneração sobre o setor. O próprio governo 
reconhece a necessidade de se alterar a forma de cobrança dos tributos sobre a cadeia reversa, o que 
poderá contribuir para que haja um alinhamento de esforços neste sentido. 
Em uma proposta preliminar enviada ao governo para análise, a Confederação Nacional de Indústria, em 
2014, produziu um documento em que detalha após exaustivos estudos, esta incidência tributária bem 
como as hipóteses de desoneração da cadeia. 
Só para se ter ideia do volume de impostos atualmente incidentes sobre a cadeia da logística reversa, em 
suas diversas etapas e considerando que a maior parte das empresas trabalham sob o regime tributário do 
lucro real e lucro presumido, temos um quadro demonstrado na Figura 1 a seguir: 
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Figura 1: Tributos e alíquotas na Logística Reversa, por tipo de empresa e atividade desenvolvida 
Fonte: CNI (2014, p. 59). 
Neste trabalho da CNI (2014), é salientado que 
a Lei nº 11.196/2005 prevê a suspensão da cobrança de PIS/COFINS nas aquisições de 
resíduos e de desperdícios de plástico, papel ou cartão, vidro e metais por empresas 
optantes pelo lucro real – ou seja, aquelas sujeitas ao regime de incidência não 
cumulativa. Não há referência na lei a outros tipos de resíduos, como óleo lubrificante 
usado ou contaminado, pneus inservíveis, lâmpadas, eletroeletrônicos etc. (CNI, 2014, 
p. 60). 
Muitas pessoas queixam-se da carga tributária no Brasil, pois têm a sensação de que 
trabalham muito para somente para pagar impostos. Alguns levantamentos dão conta 
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que no país um contribuinte trabalha cerca de 150 dias para pagar impostos. Outro 
dado importante é o número de tributos (impostos, taxas e contribuições) que é 
imputado aos brasileiros. Um levantamento realizado pelo Portal Tributário () dá conta 
de que existe hoje no país o espantoso número de 92 tributos incidindo em algum 
momento na vida do brasileiro. Assustador, não concorda? 
Fonte: adaptado de Portal Tributário (2014, on-line). 
Esta incidência de impostos em cascata, na prática produz algumas situações bizarras do ponto de vista de 
viabilidade econômica: as matérias-primas obtidas pelo fluxo reverso podem chegar a custar mais do que 
matérias-primas virgens, o que é um absurdo sob todos os aspectos. 
Certos setores, como a indústria de lâmpadas, por exemplo, fizeram estudos específicos para seu 
segmento e chegaram a conclusões igualmente preocupantes. Estas conclusões apontam na direção da 
necessidade de acompanhamento da entrada de produtos importados no país, para garantir que haja uma 
equiparação relacionada aos custos com a logística reversa por parte de produtos nacionais e importados. 
A realidade do setor é que os processos de logística reversa são deficitários em relação ao que é 
arrecadado com a venda de materiais reaproveitados. Para que se equacione este déficit, o setor propõe o 
estabelecimento de um ECOVALOR embutido no custo do produto e que financiaria o controle das 
práticas ambientais, baseado no modelo europeu. Além disso, este valor também seria utilizado para 
financiar equipamentos necessários para o tratamento das lâmpadas recolhidas. 
Os setores econômicos no Brasil se organizam para conseguir avanços que possam 
beneficiar a cadeia logística reversa, desonerando tributos, contribuindo para 
aumentar a viabilidade na aplicação de materiais oriundos da reutilização, 
remanufatura ou reciclagem. 
Algumas propostas vinculam-se à temática da tributação única, onde os materiais são 
tributados no fornecimento e não no retorno. É uma difícil equação a ser fechada, pois 
quando um produto retorna à cadeia reversa, pode ser destinado como matéria-prima 
para outra empresa. Nesse caso, o tratamento deveria ser diferenciado em relação à 
outra empresa que retorna o material para os seus próprios processos. A discussão 
promete ainda muitos debates acalorados, mas a posição das empresas é 
compreensível. 
Sugiro que você acompanhe mais sobre essas propostas em materiais produzidos pela 
CNI e pela ABILUMI, nos endereços: 
< http://www.senaimt.com.br/site/arquivos/1635_estudo_desoneracao_cadeia_logistic 
a_reversa.pdf > e 
< http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1377806696.pdf >. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.senaimt.com.br%2Fsite%2Farquivos%2F1635_estudo_desoneracao_cadeia_logistica_reversa.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGK4jzws3u1rmUsTp7mOx04O51LqAhttp://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.senaimt.com.br%2Fsite%2Farquivos%2F1635_estudo_desoneracao_cadeia_logistica_reversa.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGK4jzws3u1rmUsTp7mOx04O51LqA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.desenvolvimento.gov.br%2Farquivos%2Fdwnl_1377806696.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEPGiyVcEd3dAtIWfKa-OaFJf__Eg
É preciso acompanhar com muita atenção essa discussão, pois um avanço nesta legislação que desonere 
os produtos retornados de impostos pode ser um ponto de alavancagem para aumentar grandemente os 
empreendimentos relacionados à logística reversa. 
LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL 
RELACIONADA AOS ASPECTOS 
AMBIENTAIS 
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As grandes corporações e até mesmo companhias menores, mas que são bem estruturadas, além de 
buscar conquistar e manter mercados onde possuem suas matrizes, também expandem essa guerra para 
além de suas fronteias, em um processo de globalização já bastante estabelecido. 
Evidentemente que os governos dos países onde essa competição se intensificou desejam que suas 
empresas conquistem mercados estrangeiros, mas, ao mesmo tempo, impõem medidas protecionistas 
para suas próprias empresas e mercados. Os governos buscam, mediante diversas medidas, conseguir 
preservar empregos em seus respectivos países. Entre essas medidas está a imposição de barreiras aos 
produtos estrangeiros que não atendam normas de qualidade tanto de processos como de atendimento a 
requisitos de responsabilidade social, ambiental, trabalhista e de riscos. 
O Reino Unido é um grande exemplo de um mercado muito bem protegido contra a entrada de produtos 
concorrentes, e somente aqueles que atendam sua rígida legislação têm espaço para comercialização. É 
digno de nota que o Reino Unido tem sido pioneiro no estabelecimento de normas gerenciais, pela British 
Standard Institution (BSI). Como exemplo, temos a norma BS 5750 sobre gestão da qualidade, que 
provocou um movimento em vários outros países no sentido de também estabelecerem suas próprias 
normas neste campo. 
O fato é que essa imposição de barreiras diversas pelos países prejudica o fluxo de produtos e divisas 
entre os mesmos, penalizando especialmente os países mais pobres. O comércio entre países é uma 
condição importante para o desenvolvimento e algumas nações, visando promover essas transações, 
associam-se a outros países na forma de blocos econômicos, como é o caso da União Europeia, Mercosul e 
o NAFTA. 
Porém, embora promovam o comércio entre os países participantes do bloco, para aqueles que não fazem 
parte dos tratados, as barreiras persistem. 
Em uma análise simples, você pode concluir quão difícil é para uma empresa que quer exportar vencer 
barreiras comerciais de naturezas diversas, cada país impondo seu extenso conjunto de regras. Por outro 
lado, precisamos entender que os países precisam ter garantias mínimas de que os produtos 
comercializados em seus territórios atendam requisitos de qualidade, de responsabilidade social e 
ambiental, entre outros. Legislações sérias nesse sentido, barrando a entrada de produtos nocivos, 
produzidos por indústrias poluidoras ou manufaturados sob condições desumanas, inibem essas práticas 
deletérias por parte de nações cujo único objetivo é a geração de lucro. Então, como vencer esses 
desafios? 
Principalmente capitaneadas pela OMC (Organização Mundial do Comércio), buscou-se estabelecer 
padrões internacionais que possam servir de referência aos países quanto a como atender requisitos em 
diferentes mercados. Na prática, um produto que não atenda a uma norma internacional não tem sua 
comercialização proibida, mas é praticamente impossível sua colocação no mercado internacional. 
A adoção dessas normas facilitou em muito a vida das empresas, pois se passa a ter um referencial de 
produção, de práticas organizacionais que, se atendidas, podem proporcionar a entrada de seus produtos 
em mercados com altos níveis de proteção legal. 
As normas reguladoras, em boa parte, se atendidas, geram uma certificação que tem validade nacional e 
internacional, reconhecida por mecanismos certificadores aceitos internacionalmente. Isso significa dizer 
que as normas reguladoras tornam-se um instrumento gerencial e estratégico para as empresas que 
querem expandir e manter seus mercados. 
Mas quais certificações a empresa pode buscar e quais são os organismos envolvidos? 
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Ao contrário do que muitos pensam, existem vários organismos certificadores, dependendo do campo que 
consideramos. Por exemplo, temos para a área elétrica e eletrônica a IEC ( International Electrotechnical 
Commission ), para a área de telecomunicação temos a ITU ( International Telecommunication Union ) e, sem 
dúvida, a mais conhecida, a ISO ( International Organization for Standardization ). 
Embora todos esses organismos tenham grande relevância, nos concentraremos especialmente, neste 
momento, na ISO. Essa entidade foi criada em 1947 com o objetivo de 
Desenvolver a normalização e atividades relacionadas para facilitar as trocas de bens e 
serviços no mercado internacional e a cooperação entre países nas esferas científicas, 
tecnológicas e produtivas. Historicamente, a ISO esteve direcionada ao 
desenvolvimento de normas técnicas sobre produtos, processos produtivos e métodos 
de testes e ensaios. Foi somente no final da década de 1970 que começou a produzir as 
primeiras normas de gestão, as conhecidas normas da série ISO 9000, todas 
relacionadas com a implementação e a operação de sistemas de gestão da qualidade 
(BARBIERI; CAJAZEIRA, 2012, p. 168). 
Relacionado às questões socioambientais, seguindo a iniciativa de alguns países – novamente o Reino 
Unido como pioneiro, por meio da norma BS 7750, que normaliza o sistema de gestão ambiental no 
território britânico – a ISO instituiu no final dos anos 1980 Comitês Técnicos (especificamente o Comitê 
207) para elaboração de uma norma de certificação ambiental internacional. O resultado é que em 1996 
são editadas as primeiras normas sobre sistemas de gestão ambiental, que foram editadas na série ISO 
14001 e ISO 14004 (BARBIERI; CAJAZEIRA, 2012). 
De acordo com Dias (2011, p. 105), 
As normas ISO 14000 são uma família de normas que buscam estabelecer ferramentas 
e sistemas para a administração ambiental de uma organização. Buscam a 
padronização de algumas ferramentas-chave de análise, tais como a auditoria 
ambiental e a análise do ciclo de vida. 
Dez anos atrás, a Gráfica Alfa (nome fictício, mas empresa real), inaugurada em São 
Paulo em 1947, se deparou com uma lei que dificultava os negócios da empresa. A 
proibição do uso do benzeno nas tintas à base de solvente, comumente usada, soou 
como um alarme.A Alfa, que já havia iniciado estudos para uma Gestão de Qualidade 
Ambiental, percebeu que ou se adaptava aos novos tempos, ambientalmente corretos, 
ou ficaria para trás. Adaptou-se. Há dois anos, a empresa utiliza apenas tinta à base de 
óleo de soja.Em 2009, a empresa foi certificada com a ISO 14001. Segundo a diretora 
administrativa da gráfica, no ano passado a empresa participou de 70 processos de 
concorrências e licitações. Desses, em 42 foi necessário apresentar as certificações de 
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qualidade e de gestão ambiental. Um índice de 60%, que tende a aumentar nos 
próximos anos.Todo esse investimento teve um retorno financeiro extremamente 
positivo para a empresa. Desde que as práticas sustentáveis foram adotadas, com a 
implementação da ISO 14001, a Gráfica Alfa triplicou as suas vendas. Parte desse 
sucesso pode, sem dúvida, ser debitada à Gestão de Qualidade Ambiental 
desenvolvida. 
Fonte: Albuquerque (2011, on-line). 
Veja no Quadro 2 a especificaçãodas diversas normas da série ISO 14000, que no Brasil receberam a 
classificação de NBR ISO 14000. 
Quadro 2 - Detalhamento das normas NBR ISO 14000 
* Normas passíveis de certificação 
Fonte: Dias (2011, p. 83). 
O número de empresas que buscam a certificação da série ISO14001 cresce a cada 
ano, no mundo e também no Brasil. Dados publicados pela própria ISO e reproduzidas 
em portais confiáveis da Internet dão conta de que, no mundo, em 2011, havia 267.457 
certificações deste tipo. 
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No Brasil, o INMETRO, que é a entidade executiva da ISO no país, que tem na ABNT a 
figura máxima de representação, publica estatísticas relativas às organizações 
certificadas. Esta entidade divulgou que em 2015 havia 98 unidades de negócios 
certificadas pela ISO14001 no Brasil. 
Fonte: adaptado de INMETRO. 
Por que as normas ISO são consideradas instrumentos gerenciais? 
Todas as normas da série ISO são baseadas no que ficou conhecido como ciclo PDCA (em seus primórdios 
também conhecido como Ciclo de Deming ou ciclo de Shewhart, em homenagem aos seus criadores e 
desenvolvedores). Esse ciclo traz um ordenamento lógico que deve guiar as ações de um gestor, em 
qualquer área de atuação. PDCA é uma sigla em inglês para as palavras Plan , Do , Check , Act (ou, em 
português: Planejar, Fazer, Verificar e Agir). 
Veja na Figura 2 o princípio de funcionamento do Ciclo PDCA: 
Figura 2: Ciclo PDCA 
Fonte: Silva, Pardo e Costa (2014, p. 60) 
Aplicando este conceito especificamente em nossos estudos de logística reversa, teríamos a seguinte 
proposta para as fases do PDCA, de acordo com Barbieri e Cajazeira (2012, p. 170): 
• Planejar (Plan): estabelecer os objetivos e processos necessários para produzirem resultados em 
conformidade com a política de logística reversa das organizações; 
• Fazer (Do): implementar os processos; 
• Verificar (Check): monitorar e medir os processos em relação à política de logística reversa e aos 
objetivos, metas, requisitos legais e outros, e reportar os resultados; e 
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• Atuar (Act): tomar ações para melhorar continuamente o desempenho ambiental, econômico e social do 
sistema de gestão. 
Você já deve ter se deparado com produtos ou empresas que exibem o selo de 
certificação da ISO. Geralmente, os mais comuns são os da série ISO9000. Pense: na 
prática, a posse deste selo garante produtos e serviços de maior qualidade? 
Fonte: o autor. 
Veja que a ideia básica é bastante simples, porém poderosa. Nada se faz sem planejamento, sem o 
envolvimento e comprometimento das pessoas (desde a Alta Direção até os níveis operacionais). Nada se 
consegue sem mensuração, ou seja, medidas de desempenho que reflitam a situação atual e sua 
conformidade (ou não) com o planejado. E ainda mais interessante é que a última fase (Atuar – Act) 
preconiza que a empresa deve sempre buscar a melhoria, o que os japoneses conhecem como kaizen , a 
filosofia da melhoria contínua, que tudo pode ser melhorado. 
A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E O 
IMPACTO NA LOGÍSTICA 
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REVERSA 
Neste tópico, gostaria de discutir com você um dos principais avanços quando se fala em legislação 
aplicada à logística reversa. 
O ano de 2010 marcou a introdução de uma nova legislação que considera especificamente o papel da 
Logística Reversa no Brasil. Essa legislação era bastante aguardada, pois vários especialistas apontavam 
um “vazio” de legislação quando se falava sobre esse assunto. 
Tal legislação ficou conhecida dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos, lançada em 2010, pelo 
então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No pronunciamento, durante a solenidade de lançamento, o 
presidente disse: 
É com muito orgulho que participo dessa cerimônia em que, finalmente, sancionamos a 
Política Nacional de Resíduos Sólidos. Simboliza a vitória das entidades que trabalham 
nessa área. A adoção de uma lei nacional para o manejo dos resíduos sólidos é uma 
revolução em termos ambientais. O maior mérito dessa lei é a inclusão social de 
trabalhadores e trabalhadoras que, por muitos anos, foram esquecidos e maltratados 
pelo Poder Público. Ela está de acordo com a missão do nosso governo de fazer o Brasil 
crescer para todos, respeitando o meio ambiente (LULA..., 2010, online). 
Vamos conhecer os principais pontos dessa Legislação? 
A Lei é a 12305, de 02 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Esta Lei foi 
regulamentada pelo Decreto 7404, de 23 de dezembro de 2010. Este decreto foi importantíssimo, pois 
não adianta ter-se uma Lei, mesmo completa, se não há um Decreto regulamentador. E isto foi 
providenciado pelo Decreto 7404. 
Já nos primeiros artigos da Lei 12305, se observa: 
Art. 1º Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus 
princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão 
integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às 
responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos 
aplicáveis. 
§ 1º Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito 
público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos 
sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao 
gerenciamento de resíduos sólidos. 
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§ 2º Esta Lei não se aplica aos rejeitos radioativos, que são regulados por legislação 
específica. 
Art. 2º Aplicam-se aos resíduos sólidos, além do disposto nesta Lei, nas Leis nos 11.445, 
de 5 de janeiro de 2007, 9.974, de 6 de junho de 2000, e 9.966, de 28 de abril de 2000, 
as normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente 
(Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), do Sistema Unificado de 
Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e do Sistema Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro). 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos demorou quase 20 anos desde sua proposta 
por projeto de Lei até sua aprovação na forma da Lei 12305, em 2010. Que razões 
podem ter contribuído para um tempo tão longo para a aprovação de uma lei com essa 
importância? 
Fonte: o autor. 
Notamos, então, a abrangência da Lei. A ideia do legislador foi trazer à responsabilidade todos os setores 
da sociedade e vincular todos os órgãos normatizadores e fiscalizados ao processo. 
No artigo 3º, inciso XII, encontramos o que, para o legislador, é o conceito de Logística Reversa: 
XII - logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social 
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar 
a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para 
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação 
final ambientalmente adequada (LEI 12305/2010). 
Você percebeu como o legislador integra a noção de Logística Reversa com “destinação final 
ambientalmente adequada”? Temos um grande avanço na Legislação com esta definição. 
No mesmo artigo, no inciso XIII, vemos um resgate na noção de Desenvolvimento Sustentável, conforme 
definida pela ONU e avalizada pela maioria das nações: 
XIII - padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo de bens e 
serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores 
condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das 
necessidades das gerações futuras (LEI 12305/2010). 
https://sites.google.com/fabrico.com.br/poslr4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0
https://getfireshot.comEste é um conceito que não devemos ignorar, o do atendimento às necessidades atuais e das gerações 
futuras. Pode parecer um conceito muito abstrato, afinal, as gerações futuras ainda não existem, portanto, 
seria muito fácil esquecê-las, não é verdade? 
Note ainda, nos próximos incisos do Artigo 3º, definições muito importantes, tanto do ponto de vista 
ambiental como da Logística Reversa: 
XIV - reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a 
alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à 
transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões 
estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; 
XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de 
tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente 
viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente 
adequada; 
XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de 
atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe 
proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como 
gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu 
lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso 
soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível 
(LEI 12305/2010). 
Bastante interessante, não acha? Vem ao encontro de tudo o que vimos até agora e isso mostra a 
conjunção dos esforços governamentais com as iniciativas das empresas. 
Propostas de acordos setoriais para a Logística Reversa de lâmpadas fluorescentes e 
embalagens em geral estão em consulta pública 
O MMA (Ministério do Meio Ambiente) abriu as consultas públicas para as Propostas 
de acordos setoriais para a implantação dos sistemas de logística reversa de 
Embalagens e de Lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista. 
“As consultas públicas são um ótimo instrumento de participação popular onde o 
consumidor pode verificar o que está sendo previsto como direitos e deveres nos 
acordos setoriais e opinar sobre eles”, explica a pesquisadora do Idec e responsável 
pelas atividades do Instituto nesse tema, Renata Amaral. 
Acordos setoriais são instrumentos de implantação e operacionalização dos sistemas 
de logística reversa. A logística reversa é um instrumento de desenvolvimento 
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econômico e social, previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, caracterizado 
pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a 
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu 
ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente 
adequada. 
Fonte: IDEC (2014, on-line). 
No Decreto 7404, que, conforme visto, regulamenta a Lei 12305, existe a instituição de um importante 
ator no processo. Veja o texto do decreto: 
DO COMITÊ INTERMINISTERIAL DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
Art. 3º Fica instituído o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos 
Sólidos, com a finalidade de apoiar a estruturação e implementação da Política 
Nacional de Resíduos Sólidos, por meio da articulação dos órgãos e entidades 
governamentais, de modo a possibilitar o cumprimento das determinações e das metas 
previstas na Lei nº 12.305, de 2010 , e neste Decreto, com um representante, titular e 
suplente, de cada órgão a seguir indicado: 
I-Ministério do Meio Ambiente, que o coordenará; 
II-Casa Civil da Presidência da República; 
III-Ministério das Cidades; 
IV-Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; 
V-Ministério da Saúde; 
VI-Ministério de Minas e Energia; 
VII-Ministério da Fazenda; 
VIII-Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; 
IX-Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; 
X-Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; 
XI-Ministério da Ciência e Tecnologia; e 
XII-Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. 
Este Comitê, estabelecido no Decreto, frisa ainda mais para nós a intenção das inter-relações e 
interdependências quando o assunto é a gestão ambiental, da qual a Logística Reversa é parte 
fundamental. 
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A partir desta Legislação, todos são envolvidos no processo, desde os fabricantes até os consumidores. 
Isso mesmo! Os consumidores têm obrigações claras, que são definidas em lei. Veja estes aspectos no 
Decreto, nos artigos 5º ao 7º: 
Art. 5o Os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e 
titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos são 
responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos. Parágrafoúnico. A responsabilidade 
compartilhada será implementada de forma individualizada e encadeada. 
Art. 6o Os consumidores são obrigados, sempre que estabelecido sistema de coleta 
seletiva pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou quando 
instituídos sistemas de logística reversa na forma do art. 15, a acondicionar 
adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos gerados e a disponibilizar 
adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis para coleta ou devolução. 
Parágrafo único A obrigação referida no caput não isenta os consumidores de observar 
as regras de acondicionamento, segregação e destinação final dos resíduos previstas na 
legislação do titular do serviço público de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. 
Art. 7o O Poder Público, o setor empresarial e a coletividade são responsáveis pela 
efetividade das ações voltadas para assegurar a observância da Política Nacional de 
Resíduos Sólidos e das diretrizes e determinações estabelecidas na Lei nº 12.305, de 
2010, e neste Decreto (DECRETO 7404/2010). 
Um dos trechos mais importantes deste Decreto é a seção II, que reza: 
Dos Instrumentos e da Forma de Implantação da Logística Reversa 
Art.15. Os sistemas de logística reversa serão implementados e operacionalizados por 
meio dos seguintes instrumentos: 
I-acordos setoriais; 
II-regulamentos expedidos pelo Poder Público; ou 
III-termos de compromisso. 
§1º Os acordos setoriais firmados com menor abrangência geográfica podem ampliar, 
mas não abrandar, as medidas de proteção ambiental constantes dos acordos setoriais 
e termos de compromisso firmados com maior abrangência geográfica. 
§2º Com o objetivo de verificar a necessidade de sua revisão, os acordos setoriais, os 
regulamentos e os termos de compromisso que disciplinam a logística reversa no 
âmbito federal deverão ser avaliados pelo Comitê Orientador referido na Seção III em 
até cinco anos contados da sua entrada em vigor. 
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Art.16. Os sistemas de logística reversa dos produtos e embalagens previstos no art. 
33, incisos I a IV, da Lei nº 12.305, de 2010, cujas medidas de proteção ambiental 
podem ser ampliadas mas não abrandadas, deverão observar as exigências específicas 
previstas em: 
I-lei ou regulamento; 
II-normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional do Meio 
AmbienteSISNAMA, do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária-SNVS, do Sistema 
Único de Atenção à Sanidade Agropecuária-SUASA e em outras normas aplicáveis; ou 
III-acordos setoriais e termos de compromisso. 
Art.17. Os sistemas de logística reversa serão estendidos, por meio da utilização dos 
instrumentos previstos no art. 15, a produtos comercializados em embalagens 
plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando 
prioritariamenteo grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente 
dos resíduos gerados. 
Parágrafo único. A definição dos produtos e embalagens a que se refere o caput deverá 
considerar a viabilidade técnica e econômica da logística reversa, a ser aferida pelo 
Comitê Orientador. 
Art.18. Os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos 
referidos nos incisos II, III, V e VI do art. 33 da Lei nº 12.305, de 2010 (complementada 
pelo DECRETO Nº 10.240, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2020), bem como dos produtos e 
embalagens referidos nos incisos I e IV e no §1o do art. 33 daquela Lei, deverão 
estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante o retorno dos 
produtos e embalagens após o uso pelo consumidor. 
§1º Na implementação e operacionalização do sistema de logística reversa poderão ser 
adotados procedimentos de compra de produtos ou embalagens usadas e instituídos 
postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis, devendo ser priorizada, 
especialmente no caso de embalagens pós-consumo, a participação de cooperativas ou 
outras formas de associações de catadores de materiais recicláveis ou reutilizáveis. 
§2º Para o cumprimento do disposto no caput , os fabricantes, importadores, 
distribuidores e comerciantes ficam responsáveis pela realização da logística reversa 
no limite da proporção dos produtos que colocarem no mercado interno, conforme 
metas progressivas, intermediárias e finais, estabelecidas no instrumento que 
determinar a implementação da logística reversa (DECRETO 7404/2010). 
O legislador também previu e incluiu no texto da Lei a necessidade de estabelecerem-se diretrizes para a 
Educação Ambiental no país, talvez o grande segredo para mudanças significativas da nossa realidade. 
Veja como o Decreto 7404 prevê isto: 
TÍTULO IX 
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DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 
Art.77. A educação ambiental na gestão dos resíduos sólidos é parte integrante da 
Política Nacional de Resíduos Sólidos e tem como objetivo o aprimoramento do 
conhecimento, dos valores, dos comportamentos e do estilo de vida relacionados com a 
gestão e o gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos. 
§1º A educação ambiental na gestão dos resíduos sólidos obedecerá às diretrizes gerais 
fixadas na Lei nº 9795, de 1999, e no Decreto no 4.281, de 25 de junho de 2002, bem 
como às regras específicas estabelecidas na Lei no 12.305, de 2010, e neste Decreto. 
§2º O Poder Público deverá adotar as seguintes medidas, entre outras, visando o 
cumprimento do objetivo previsto no caput : 
I-incentivar atividades de caráter educativo e pedagógico, em colaboração com 
entidades do setor empresarial e da sociedade civil organizada; 
II-promover a articulação da educação ambiental na gestão dos resíduos sólidos com a 
Política Nacional de Educação Ambiental; 
III-realizar ações educativas voltadas aos fabricantes, importadores, comerciantes e 
distribuidores, com enfoque diferenciado para os agentes envolvidos direta e 
indiretamente com os sistemas de coleta seletiva e logística reversa; 
IV-desenvolver ações educativas voltadas à conscientização dos consumidores com 
relação ao consumo sustentável e às suas responsabilidades no âmbito da 
responsabilidade compartilhada de que trata a Lei nº 12.305, de 2010; 
V-apoiar as pesquisas realizadas por órgãos oficiais, pelas universidades, por 
organizações não governamentais e por setores empresariais, bem como a elaboração 
de estudos, a coleta de dados e de informações sobre o comportamento do consumidor 
brasileiro; 
VI-elaborar e implementar planos de produção e consumo sustentável; 
VII-promover a capacitação dos gestores públicos para que atuem como 
multiplicadores nos diversos aspectos da gestão integrada dos resíduos sólidos; e 
VIII-divulgar os conceitos relacionados com a coleta seletiva, com a logística reversa, 
com o consumo consciente e com a minimização da geração de resíduos sólidos. 
§3º As ações de educação ambiental previstas neste artigo não excluem as 
responsabilidades dos fornecedores referentes ao dever de informar o consumidor 
para o cumprimento dos sistemas de logística reversa e coleta seletiva instituídos. 
Como implementar a logística reversa 
Um dos principais desafios da logística reversa é implementá-la em setores específicos 
da economia. Os interesses não são coincidentes. Na verdade, na maior parte são muito 
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conflitantes. Mesmo com uma legislação abrangente, como a Política Nacional de 
Resíduos Sólidos, é preciso orquestrar as discussões para que possam ser feitos 
acordos setoriais com os integrantes das diversas cadeias. Por isso, como resultado da 
Lei 12305/10 (PNRS), diversos grupos de trabalho foram constituídos visando discutir 
e implementar acordos dos setores envolvidos. São Grupos de Trabalho relacionados a 
descarte de medicamentos, embalagens em geral, embalagens de óleos e lubrificantes e 
seus resíduos, eletroeletrônicos, e lâmpadas fluorescentes, de mercúrio e de luz mista. 
Fonte: o autor. 
Ao examinar o teor da lei – incentivo que você leia a Lei 12305, de 02/08/2010, e o decreto 
regulamentador 7404, de 23/12/2010, na íntegra –, verificamos que o avanço regulamentar foi 
gigantesco. Porém, uma lei pode tornar-se inócua, sem efeito, com muita facilidade. Cabe também à 
sociedade inteirar-se sobre esse tema e cobrar a efetiva aplicação da legislação no dia a dia. Somente 
assim teremos, de fato, ganhos em relação à preservação ambiental. 
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ATIVIDADES 
1. O atual modo de vida da sociedade, cuja economia é baseada no consumo, impacta diretamente na 
relação da humanidade com o meio ambiente. Essa complexa relação despertou em setores da própria 
sociedade a necessidade de ações, visando preservar o planeta e seus recursos. Sobre esta questão, é 
correto afirmar que: 
a) As relações de consumo não podem sofrer regulação de ordem ambiental, sob pena de impedir o fluxo 
de produtos e serviços, ocasionando desemprego e pobreza. 
b) As empresas, diante de um cenário altamente regulatório nas questões ambientais, devem agir 
reativamente, esperando a publicação das leis e decretos para então tomar as medidas necessárias de 
adequação. 
c) A legislação ambiental, por ser extremamente rigorosa, impede a inserção de outros atores que 
poderiam derivar benefícios econômicos com o tratamento de produtos descartados. 
d) Na maioria dos países, as relações de consumo são reguladas de modo a tratar o descarte e destinação 
de produtos e punir quem não tem boas práticas ambientais. 
2. Um grande desafio para a implantação de um canal logístico reverso é a questão tributária. Esta 
discussão ocupa a agenda de empresas e setores industriais como um todo. Várias propostas estão sendo 
colocadas visando abrandar a incidência tributária sobre os processos da logística reversa. Sobre esta 
questão, avalie as afirmações a seguir: 
I. As empresas brasileiras queixam-se de que há uma espécie de bitributação nos processos logísticos 
reversos, que oneram e muitas vezes inviabilizam a utilização de matérias-primas secundárias. 
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II. A incidência de tributos na cadeia reversa envolve tão-somente as indústrias que trabalham sob o 
regime do SIMPLES NACIONAL. 
III. Algunssetores são atualmente extremamente beneficiados pela legislação tributária sobre a logística 
reversa, como é o caso da indústria de lâmpadas que trabalha com uma margem positiva na logística 
reversa. 
IV. A legislação prevê a suspensão da cobrança de PIS/COFINS nas aquisições de resíduos e de 
desperdícios de plástico, papel ou cartão, vidro e metais por empresas optantes pelo lucro real. 
É correto somente o que se afirma em: 
a) I e IV. 
b) II e III. 
c) III e IV. 
d) I, II e IV. 
e) I, II, III e IV. 
3. A legislação internacional relacionada ao tratamento de materiais oriundos do pós-consumo ou do pós- 
venda tem enfoques bastante abrangentes. Alguns países tratam da questão já em nível preventivo, 
enquanto outros parecem ter uma legislação mais reativa. Sobre as legislação internacional ambiental, 
avalie as afirmações a seguir: 
I. Há uma tendência de protecionismo por parte dos governos, impondo barreiras para a entrada de certos 
produtos, preservando dessa forma a indústria local. 
II. Uma das formas de impor barreiras à entrada de produtos estrangeiros é publicar normas que exigem o 
cumprimento de requisitos específicos que devem ser atendidos pelos fornecedores. 
III. Regulando o comércio entre países, várias normas internacionais foram publicadas e as empresas que 
as atenderem ganham condições de competir também em mercados estrangeiros. 
IV. Temos como único e fundamental órgão normalizador internacional a ISO (International Organization 
for Standardization), que regula todos os tipos de setores econômicos e impõe suas regras de conduta. 
É correto somente o que se afirma em: 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) I, II, III e IV. 
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4. Analisando criteriosamente a legislação referente à Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), 
percebemos algumas inserções relevantes por parte dos legisladores. Considerando esta legislação, leia 
atentamente as afirmações a seguir: 
I. Para o legislador, a reciclagem envolve algum tipo de alteração das propriedades dos resíduos sólidos, 
como propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas. 
II. Na PNRS, a logística reversa focaliza nas ações, procedimentos e meios que permitam o 
desenvolvimento econômico e social, com o tratamento dos resíduos sólidos. 
III. Na legislação da PNRS, padrões sustentáveis de produção e consumo envolvem a preocupação com as 
necessidades das gerações atuais, desconsiderando as necessidades das futuras gerações. 
IV. Os resíduos sólidos englobam material, substância, objeto ou bem descartado nos estados sólido ou 
gasoso, ficando o tratamento de líquidos poluentes abrangidos por outra legislação específica. 
É correto somente o que se afirma em: 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) I, II, III e IV. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Os problemas ambientais não são exclusividade do Brasil. O mundo todo enfrenta o desafio da 
sustentabilidade. O poder público, no caso dos países democráticos, exerce o poder legitimado pela 
escolha popular e tem o dever de proporcionar o bem estar da população que envolve as questões 
econômicas, sociais e ambientais. Portanto, é de se esperar que a legislação trate das questões ambientais 
de forma objetiva, disciplinando o agir da sociedade, seja em nível particular ou empresarial. 
Observando o que se faz ao redor do mundo, nos países mais desenvolvidos percebe-se uma preocupação 
em disciplinar o comércio de produtos estrangeiros, muitas vezes levantando-se barreiras à entrada de 
produtos que não tenham origem ambientalmente correta. Também as ações dos agentes econômicos e 
dos próprios consumidores são regidas por leis abrangentes, que impõem inclusive responsabilidade 
pecuniária sobre todos, visando financiar as ações de tratamento dos resíduos produzidos por empresas e 
sociedade. 
As empresas precisam adequar-se à legislação em vigor, pois isso implicará diretamente em seus custos, 
quer por ter vantagens na recuperação de valor por materiais oriundos da logística reversa, quer por 
evitar sanções fiscalizatórias. 
Visando romper as barreiras impostas por países relacionadas aos aspectos ambientais, a normalização 
mais aceita internacionalmente é a da ISO série 14000. Essa norma orienta a implantação de um Sistema 
de Gestão Ambiental (SGA) que, utilizando-se da filosofia do ciclo PDCA, propõe o Planejar ( Plan ), o Fazer 
( Do ), a Checagem ( Check ) e o Agir ( Act ) corretivamente ou estabelecendo padrões para ação gerencial. 
No Brasil, após a promulgação da legislação relativa à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), 
tivemos um grande avanço na discussão sobre a Logística Reversa, estabelecendo critérios de 
responsabilização que abarcam inclusive o consumidor e o descarte dos materiais por parte deste. A 
intenção da PNRS é promover o desenvolvimento econômico e social por meio de ações que visem 
reintroduzir no ciclo produtivo os materiais descartados, com a integração de cooperativas e associações 
de catadores, figuras importantíssimas no processo de coleta e seleção dos materiais. 
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Material Complementar 
Filme 
Lixo Extraordinário 
Ano: 2010 
Sinopse : Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a 
maio de 2009), Lixo Extraordinário acompanha o trabalho 
do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros 
sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do 
Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de 
materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. 
No entanto, o trabalho com esses personagens revela a 
dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a 
imaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem 
acesso a todo o processo e, no final, revela o poder 
transformador da arte e da alquimia do espírito humano. 
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Leitura 
Nome do Gerenciamento da Logística Reversa: um 
modelo conceitual 
Autor: Cecília Toledo Hernandéz 
Editora: Edgard Blucher 
Sinopse : Com o surgimento do novo modelo de 
gerenciamento empresarial baseado na competitividade, a 
Logística Empresarial e a Logística Reversa, em especial, 
têm-se tornado um assunto de prioridade nos negócios da 
empresa. Neste sentido, a formulação de modelos gerais, 
que permitam entender as características da Logística 
Reversa, assim como avaliar os resultados obtidos com as 
suas práticas, tem se tornado um aspecto prioritário ao se 
conduzir pesquisas na temática. Foi proposta deste 
trabalho desenvolver um modelo conceitual com ampla 
base descritiva que propicia uma orientação sobre as 
ferramentas a serem utilizadas para a tomada de decisão 
em Logística Reversa. O mesmo foi concebido segundo os 
julgamentos de valor, experiências e os conhecimentos dos 
gerentes e especialistas entrevistados. De maneira geral, 
demonstrou-se que o uso do modelo é factível e que 
oferece alternativas sobre como intervir nas atividades da 
Logística Reversa no sentido de alinhá-la aos objetivosestratégicos das empresas. Complementa o modelo um 
conjunto de indicadores que possibilitam avaliar o 
desempenho desta atividade nas organizações. 
Na Web 
Muito se questiona sobre como a China consegue conciliar 
crescimento econômico, com um forte programa de 
industrialização, com as questões ambientais. 
A grande verdade é que esse dilema ainda não foi resolvido. 
A China, apesar de avanços significativos, é um dos maiores 
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poluidores do mundo. 
Leia, no link abaixo, um artigo interessante que fará você 
conhecer esta realidade: 
Acesse 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fplanetasustentavel.abril.com.br%2Fnoticia%2Fambiente%2Flivro-judith-shapiro-desastre-ecologico-%2520-crescimento-china-684853.shtml%3Ffunc%3D2&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNErPe9AM4XnhfS7LscU1IH5ue9-Uw
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REFERÊNCIAS 
AGÊNCIA EFE. Lixo eletrônico toma lugar do arroz em aldeia chinesa. Terra Tecnologia, 19 jan. 2007. 
Disponível em: < http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI1357851-EI12882,00- 
Lixo+eletronico+toma+lugar+do+arroz+em+aldeia+chinesa.html >. Acesso em: 20 jul. 2015. 
ALBUQUERQUE, Daniela. Implementação da ISO 14001 gera ganhos substantivos em gráfica. Templum 
Consultoria Ilimitada, 14 jul. 2011. Disponível em: < http://certificacaoiso.com.br/implementacao-da-iso- 
14001-gera-ganhos-substantivos-em-grafica/ >. Acesso em: 23 jul. 2015. 
BARBIERI, J. C.; CAJAZEIRA, J. E. R. Responsabilidade Social Empresarial : da teoria à prática. 2.ed. São 
Paulo: Saraiva, 2012. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil . Brasília, DF: Senado, 1988. 
BRASIL. LEI 12305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 
9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm >. Acesso em 20 jun. 2015. 
CNI – Confederação Nacional da Indústria. Proposta de implementação dos instrumentos econômicos 
previs tos na lei n° 12.305/2010 por meio de estímulos à cadeia de reciclagem e apoio aos setores 
produtivos obrigados à logística reversa. Brasília: CNI, 2014.141 p. Disponível em: 
< http://www.senaimt.com.br/site/arquivos/1635_estudo_desoneracao_cadeia_logistica_reversa.pdf >. 
Acesso em 25 mai. 2018. 
DIAS, R. Gestão Ambiental : Responsabilidade social e sustentabilidade. 2.ed. São Paulo: Editora Atlas, 
2011. 
FARHA, Renan N. Estudo da logística reversa da lata de alumínio . XXX ENCONTRO NACIONAL DE 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Ftecnologia.terra.com.br%2Fnoticias%2F0%2C%2COI1357851-EI12882%2C00-Lixo%2Beletronico%2Btoma%2Blugar%2Bdo%2Barroz%2Bem%2Baldeia%2Bchinesa.html&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEiNo2XB8uZI_UB54AbWy25glTW7A
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GONÇALVES-DIAS, Sylmara L. F.; TEODÓSIO, Armindo S.S. Estrutura da cadeia reversa: “caminhos” e 
“descaminhos” da embalagem PET. São Paulo: Revista Produção , v. 16, n. 3, p. 429-441, Set./Dez. 2006. 
IDEC - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. PROPOSTAS de acordos setoriais para a Logística 
Reversa de lâmpadas fluorescentes e embalagens em geral estão em consulta pública até dia 15/10. 
Publicado em 25/09/2014. Disponível em: < https://idec.org.br/em-acao/em-foco/propostas-de-acordos- 
setoriais-para-a-logistica-reversa-de-lampadas-fluorescentes-e-embalagens-em-geral-esto-em-consulta- 
publica-ate-dia-15-10 >. Acesso em: 23 jul. 2015. 
LEITE, Paulo R. Logística Reversa : meio ambiente e competitividade. 2.ed. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2009. 
LULA sanciona lei sobre reciclagem de resíduo sólido. Diário do Nordeste [online], 03 ago. 2010. 
Disponível em: < http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/nacional/lula-sanciona-lei-sobre- 
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MARTINS, Vinicius M. A. SILVA, Gislaine C. C. Logística Reversa no Brasil: estado das práticas. In: XXVI 
Engep, 26, 2006, Fortaleza (CE). Anais... Fortaleza: 9 a 11/outubro/2006. 
MPF - Ministério Público Federal. TRATADOS e Convenções. Disponível em: 
< http://4ccr.pgr.mpf.mp.br/documentos-e-publicacoes/tratados-internacionais >. Acesso em: 17 set. 
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PORTAL TRIBUTÁRIO. LISTA atualizada dos tributos no Brasil. Publicado em 16/09/2014. Disponível em: 
< http://www.portaltributario.com.br/tributos.htm >. Acesso em: 17 set. 2015. 
PORTO, Maurício. Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica para logística reversa de lâmpadas 
mercuriais. GT3: Visão do setor de iluminação sobre a necessidade de incentivos Econômico e Financeiros 
para a implantação e gestão da PNRS. ABilumi. Brasília, 2013. Disponível em: 
< http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1377806696.pdf >. Acesso em 25 mai. 2018. 
SILVA, Marie E. Z.; PARDO, Paulo; COSTA, Tiago R. Sustentabilidade e Responsabilidade Social . Maringá 
(PR): Unicesumar, 2014. 
XAVIER, Coriolano. Logística reversa: acredite, é no Brasil! São Paulo: Revista HSM , Março/Abril, 2014. 
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https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fidec.org.br%2Fem-acao%2Fem-foco%2Fpropostas-de-acordos-setoriais-para-a-logistica-reversa-de-lampadas-fluorescentes-e-embalagens-em-geral-esto-em-consulta-publica-ate-dia-15-10&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEuhrN2dv20FYxbLKRLAPa8VyC6_g
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fdiariodonordeste.verdesmares.com.br%2Fcadernos%2Fnacional%2Flula-sanciona-lei-sobre-reciclagem-de-residuo-solido-1.403332&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFrhUhul03YGxhk4jwtXjbZzm9cqw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fdiariodonordeste.verdesmares.com.br%2Fcadernos%2Fnacional%2Flula-sanciona-lei-sobre-reciclagem-de-residuo-solido-1.403332&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFrhUhul03YGxhk4jwtXjbZzm9cqw
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APROFUNDANDO 
A LOGÍSTICA REVERSA DAS EMBALAGENS DE 
ALUMÍNIO 
Um material que atrai um contingente muito grande de interessados é a embalagem de alumínio. A 
expressão máxima deste material são as latinhas de alumínio, tão populares em bebidas como 
refrigerantes, sucos e cervejas. 
O que atrai tanto interesse neste material é seu aspecto de facilidade de recuperação de valor e os preços 
pagos aos participantes da cadeia reversa. 
De acordo com Farha (2010, p. 4), 
Devido as suas propriedades, o alumínio tornou-se um material versátil e é utilizado de 
diversas formas na indústria. Seus diferencias ou vantagens veem fazendo com que o 
alumínio seja explorado cada vez mais nas indústrias de bebidas devido ao fato de ser 
leve, atóxico, ter condutibilidade térmica, levando em conta que geralmente, as bebidas 
são consumidas geladas acaba sendo uma conveniência ao consumidor, facilita para o 
consumidor, a impermeabilidade e opacidade que faz com que o material não permita a 
passagem de umidade, luz e oxigênio de forma que não deteriore o produto, pois é um 
metal nobre e limpo e permite aplicações de diferentes tipos de tintas podendo, assim, 
caracterizar da forma que preferir, possui também uma enorme durabilidade. A 
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principal característica é o poder de reciclagem reaproveitando praticamente todo o 
alumínio, pois a perda é insignificante, ou seja, é considerado que 100% do alumínio 
pode ser reaproveitado. 
Acompanhe, na Figura 1, a dinâmica do ciclo reverso das latas de alumínio. 
Figura 1: Ciclo completo das latas de alumínio 
Fonte: Farha (2010, p. 4). 
Este processo é altamente compensador para a indústria que gasta apenas 5% da energia necessária para 
produzir a mesma quantidade de material em relação à matéria-prima primária. 
Na Figura 2, mede-se a eficiência da cadeia reversa das latas de alumínio. 
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Figura 02: Índice de reciclagem da lata de alumínio para bebidas – 1991 a 2012 
Fonte: Abralatas (online). 
Estamos muito bem neste segmento, não concorda? 
Outro ponto muito relevante é que a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) prevê a inserção e 
participação da sociedade nos processos de tratamento dos resíduos produzidos pelas próprias pessoas. 
Alguns segmentos são destacados, como a participação de catadores e suas cooperativas na Logística 
Reversa dos resíduos sólidos. 
No Art. 7º, a lei preconiza que os processos devem estimular a “XII - integração dos catadores de materiais 
reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos 
produtos” (Lei 12305 de 02.08.2010). 
É evidente que, assim como qualquer atividade produtiva, a viabilidade da inserção de pessoas e 
organizações (mesmo pequenas, como as cooperativas) acontece quando há uma justa remuneração dos 
participantes. O mercado costuma impor suas regras também neste caso. Dependendo da demanda pelos 
materiais reciclados, estes podem ter valores mais ou menos compensadores. 
No caso dos materiais coletados, os preços sendo, portanto, variáveis, não há como estabelecer um 
referencial único. 
Em 2014, alguns valores praticados pelas embalagens retornadas apresentavam os seguintes números 
por tonelada: 
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Quadro 1: Preços médios praticados por materiais coletados 
Fonte: Xavier (2014, p. 75). 
É interessante observamos o tamanho da cadeia reversa na coleta seletiva: 
1. 86% da coleta vai para lixões e aterros; 
2. 14% dos municípios brasileiros têm coleta seletiva; 
3. Há 800.000 catadores no Brasil; 
4. No país também existem 1200 cooperativas; 
5. Temos 34.400 cooperados nas cooperativas de catadores no Brasil; 
6. Foi de R$10 bilhões o faturamento com reciclagem em 2012 (XAVIER, 2014, p. 71). 
A participação de um contingente de cerca de 800.000 pessoas institui um movimento social que não 
pode passar despercebido pelo poder público e pela própria sociedade. Esses trabalhadores buscam 
organizar-se em entidades representativas, como o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais 
Reciclados (MNCR), que já tem 13 anos de história. 
Algumas prefeituras aproximam-se desses movimentos e buscam, através de parcerias, proporcionar 
condições para que a geração de renda possa realmente ser um fator modificador nas condições de vida 
dessas pessoas. Um caso geralmente citado na literatura é o da prefeitura de Londrina, que desde que 
estabeleceu a coleta seletiva, buscou formas de ampliar a participação de ONGs (Organizações Não 
Governamentais) no processo, ao ponto de estabelecer uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de 
Interesse Público), buscando formalizar o trabalho dos catadores. 
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Uma ampla discussão deve ser realizada quanto a essas iniciativas que de forma alguma são uma 
unanimidade. Se, por um lado, considera-se louvável que o poder público e a própria sociedade 
reconheçam o papel fundamental dos catadores nos processos de logística reversa, por outro, há que se 
pensar que a formalização desta atividade pode de certa forma oficializar um tipo de trabalho em que as 
pessoas são expostas a materiais perigosos, poluentes e contaminantes e essa, sem dúvida, não seria a 
solução ideal. Poderíamos imaginar que o ideal seria oportunizar capacitação, educação e acesso a outras 
possibilidades de ocupação. Embora, como pesquisador da área, tenha minha posição sobre o assunto, 
gostaria que você pensasse seriamente na questão e formasse seu próprio juízo de valor. 
Fonte: adaptado de Abralatas (online), Brasil (2010), Farha (2010) e Xavier (2014). 
REFERÊNCIAS 
ABRALATAS. MUNDO: Índice de reciclagem da lata de alumínio para bebidas - 1991 a 2016 (em %). 
Disponível em: < http://www.abralatas.org.br/grafico/grafico-8 >. Acesso em 25 mai. 2018. 
BRASIL. LEI 12305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei 
no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 ; e dá outras providências. Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm >. Acesso em 20 jun. 2015. 
FARHA, Renan N. Estudo da logística reversa da lata de alumínio . XXX ENCONTRO NACIONAL DE 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. São Carlos, SP, Brasil, 12 a 15 de outubro de 2010. 
XAVIER, Coriolano. Logística reversa : acredite, é no Brasil! São Paulo: Revista HSM, Março/Abril, 2014. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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