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FISIOLOGIA DA GESTAÇÃO OVULAÇÃO: Oócito secundário (óvulo – tubas uterinas). Fímbrias: epitélio ciliado estimulado por estrógeno (levam ovócito para dentro da tuba uterina) Tuba uterina: infundíbulo, ampola, istmo e intramural. FERTILIZAÇÃO: Ampola: local de fecundação. - Até chegar no útero o zigoto forma transformações para se transformer emu ma estrutura capaz de fazer nidação Transporte de espermatozóide pelo útero e tuba: prostaglandinas (líquido seminal) e a ocitocina (orgasmo). - PGE constração inversa do colo do útero (sentido ascendente) - OCITOCINA produzida no orgasm, auxilia na contração inversa - FACILITA TRANSPORTE DO ESPERMATOZOIDE ATE A TUBA UTERINA No acrossomo há enzimas proteolíticas e a hialuronidase, que fazem a degradação das células da granulosa. A membrana do acrossomo é enfraquecida conforme ascende no útero por substâncias uterinas. O contato físico com o ovócito permite a liberação das enzimas e a penetração do espermatozide no ovócito. Há fusão dos núcleos dessas células, que se torna um zigoto diploide FERTILIZAÇÃO: dia 1 ORGANOGÊNESE: dura de 8 á 11 semanas Transporte do embrião pela tuba uterina (4 a 5 dias- contrações fracas e cílios). Istmo sempre permanece contraído, durante o transporte do embrião (período de 3 dias após a ovulação). Formação do blastocisto. Blastocisto tem capacidade de chegar ao útero e se implantar. Tecido de formação tem capacidade de formar gonadotropina coriônica. Os níveis de progesterona e estrógeno ainda estão elevados AÇÃO DA PROGESTERONA RECEPTORES MÚSCULO LISO DO ISTMO RELAXAMENTO DO M. LISO (após divisões do zigoto) ENTRADA DO ZIGOTO NO ÚTERO Assim, progesterona facilita a passagem do zigoto pela tuba uterina, abrindo o istmo (antes a tuba estava contraída para encurtar o trajeto percorrido pelo zigoto) IMPLANTAÇÃO E NIDAÇÃO: 7 dias após a ovulação. Blastocisto se alimenta do “leite uterino” (exclusivo por uma semana). Resulta da ação das células trofoblásticas (enzimas proteolíticas) sobre o endométrio uterino o Células trofoblasticas tem capacidade de se implantar no endométrio o Importância da progesterona na diminuição da contração uterina (relaxamento do m. liso) para não expulsar o “corpo estranho” implantado Endométrio esta espesso e vascularizado. A tuba uterina e o útero são capazes de secretar nas primeiras semanas o LEITE UTERINO (secreções do endométrio altamente nutritivas) NUTRIÇÃO DECIDUAL: O embrião irá se nutrir pela decídua (células endometriais inchadas por nutrientes – glicogênio, lipídios e proteínas), mantida pela progesterona do corpo lúteo. o Circulação traz o oxigenio Por, aproximadamente, 8 semanas. A alimentação pelas células trofoblásticas dura aproximadamente 8 semanas. Nutrição placentária: a partir do 12° dia após a fertilização. Condutividade da membrana placentária: o quanto permite que nutrientes e excretas passem por ela. Até 8 semanas = NUTRIÇÃO TROFOBLÁSTICA (formação do embrião). A partir da 10 semana, há NUTRIÇÃO PLACENTÁRIA CONDUTIVIDADE PLACENTÁRIA, cuja permeabilidade permite passagem de nutrientes para o desenvolvimento do embrião (crescimento). No terceiro trimestre, há o amadurecimento de sistemas e ganho de peso Obs: Placenta surge quando o organismo já esta formada (8 semanas). Sua função primordial é a nutrição PLACENTA: Função: permitir a difusão de nutrientes e oxigênio do sangue materno para o feto e, a difusão de excretas do feto para o sangue materno. o Artéria uterina e veia uterina. o Artérias fetais (2) e veia fetal. o PO2 materna – 50mmHg o PO2 fetal – 30 mmHg Hemoglobina fetal: consegue carregar de 20 a 50% mais de oxigênio do que a hemoglobina Materna. Sangue fetal tem 50% a mais de hemoglobin do que o sangue materno. Nutrientes: difusão facilitada (glicose). Excretas: uréia, ácido úrico e creatinine OBS: não há um contato dos sangues materno e fetal. A placenta permite a difusão (a pressão parcial de oxigênio PO2 materna é superior a fetal). A hemoglobina fetal carrega mais O2 que a hemoglobina materna para que haja uma otimização do transporte, e é também mais numerosa no sangue. Isso se dá devido ao elevado gasto energético da proliferação celular para formar um novo organismo HORMÔNIOS E GESTAÇÃO: Gonadotropina coriônica humana, estrogênios, progesterona e somatomamotropina coriônica humana. Gonadotropina coriônica humana: impede a involução do corpo lúteo e estimula as células intersticiais nos testículos fetais a secretarem testosterona. Tecidos embrionários secretam GCH Manutenção do corpo lúteo Aumento da secreção de estrógeno e progesterona (manutenção do endométrio) Manutenção do crescimento endometrial Na fase inicial da gestação, há elevada gonadotropina corionica (mantem o corpo lúteo até a formação da placenta, que secreta os hormônios progesterona e estrógeno). Depois da 12 semana seus níveis decaem e se mantém baixos até o final da gestação. Antes da 24 semana, progesterona > estradiol, depois, estradiol > progesterona. A mudança de prevalência se dá porque, inicialmente a progesterona é responsável pela nutrição e manutenção placentária, e, posteriormente, o estrogênio aumenta o útero materno, promove o desenvolvimento dos ductos mamários, relaxamento dos ligamentos pélvicos, extrema importância para o parto. Estrogênios: aumento do útero materno, aumento das mamas e desenvolvimento dos ductos mamários, aumento da genitália externa materna, relaxamento dos ligamentos pélvicos / auxilia no desenvolvimento fetal Sintetizados e secretados pelas células trofoblásticas sinciciais da placenta e corpo lúteo). A partir de compostos androgênicos adrenais materno e fetal. Estradiol + relxina relaxamento dos ligg. Pélvicos. Progesterona tem efeito anti-estrogenico no útero para não haver perda do feto Progesterona: promovem o desenvolvimento da decídua, diminui a contratilidade uterina, aumenta a secreção tubária e uterina que nutri o blastocisto, auxilia na preparação das mamas. Secretada pelo corpo lúteo e, posteriormente, pela placenta. Efeito nauseante na mãe Somatomamotropina coriônica humana. 1) Estrutura semelhante ao GH 2) Secreção a partir da 5ª semana 3) Promove o desenvolvimento das mamas e lactação (lactogênio placentário humano 4) Hormônio metabólico com implicações nutricionais a) Diminui a sensibilidade materna à insulina b) Diminui a utilização de glicose pela mãe (glicose para o feto) c) Promove a liberação de ácidos graxos dos depósitos de gordura como fonte de energia materna Papel no desenvolvimento das mamas e no desenvolvimento do feto. Ao diminuir a sensibilidade materna insulina (redução da captação de glicose pelas células maternas – essa glicose vai para o feto desenvolver o sistema nervoso). A mãe faz GLICONEOGÊNESE (produz glicose a partir de ácidos graxos) RESPOSTA DO CORPO MATERNO À GRAVIDEZ] *hiperfunção do sistema materno aumentar metabolismo corporal Secreção hipofisária: AUMENTO corticotropina (ACTH) , tireotropina (TSH) e prolactina Secreção de corticosteróides: AUMENTO glicocorticóides – CORTISOL (mobilização de aminoácidos maternos – relacionado a resistência periférica à indsulina e a giconeogenese masterna ) / aldosterona (retenção hídrica – final da gestação). o EDEMA: aumento da aldosterona c/ reabsorção de sódio e água Secreção aumentada da tireóide: estimulada pela GCH e pela tireotropina coriônica humana. Secreção aumentada da paratireoide: maior reabsorção óssea para disponibilizar íons cálcio para o embrião/feto. Secreção aumentada de relaxina: pelo ovário e pela placenta. AUMENTO DO METABOLISMO CORPORAL Ganho de peso materno: média de 11Kg (3Kg do feto, 2Kg líquido amniótico, placenta e membranas fetais, 1 Kg de útero,1Kg de mama, 2,7Kg de liquido extra e 1,3Kg de tecido adiposo). Aumento do metabolismo basal (aprox. 15% - hormônios tireoidianos, adrenais e sexuais). o Aquecimento corporal materno o Maior necessidade nutricional Maior nutrição durante a gestação: deficiência de ferro, cálcio, fosfato e vitaminas (D e K). Sistema circulatório: aumento do débito cardíaco (de 30 a 40% até 27 semanas, depois cai para valor próximo ao normal), aumento do volume sanguíneo (aldosterona e estrogênio / 1 a 2 litros adicional / fator de segurança materno). o Normalmente: DC = 5L (atividade física 20 à 25L) o FATOR DE SEGURANÇA MATERNO perda de sangue no parto Função respiratória: necessidade de oxigênio 20% maior, aumento da frequência respiratória – progesterona sensibiliza o centro respiratório ao dióxido de carbono. o Células sensoras de dióxido de carbono no TE Maior sensibilidade maior eliminação de CO2 e maior captação de O2 (aumenta FR) PROGESTERONA Função renal: progesterona e aldosterona levam a retenção hídrica /maior consumo de água / aumento do volume sanguíneo / aumento da filtração renal / aumento do volume urinário. Líquido amniótico: aprox. 1 litro, renovação de água a cada 3 horas e eletrólitos a cada 15 horas, excreção renal fetal. PARTO: Nascimento do bebê. Mudanças hormonais e mecânicas progressivas que aumentam a excitabilidade muscular uterina. Fatores hormonais: o 1- Maior proporção de estrogênio do que de progesterona- aumento do número de junções comunicantes entre as cél. musculares lisas – aumento do número de contrações uterinas. o 2- Ocitocina – aumento do número de receptores uterinos de ocitocina a termo, maior secreção de ocitocina (reflexo neurogênico), encurta o trabalho de parto. o 3- Hormônios fetais: ocitocina, cortisol, prostaglandinas. Fatores mecânicos: 1- Distensão da musculatura lisa uterina: movimentos fetais. 2- Distensão ou irritação do colo uterino -Contrações de Braxton Hicks – lentas e fracas (durante toda a gestação). Trabalho de Parto: Início do trabalho de parto – Feedback positivo LACTAÇÃO: Desenvolvimento das mamas / início da lactação / ejeção ou descida do leite Estrogênios: promove o crescimento e a ramificação dos ductos mamários e o depósito de tecido adiposo. (GH, glicocorticóides, prolactina, insulina). Inibe a secreção de leite. Progesterona: amadurecimento final das mamas. Inibe a secreção de leite. Prolactina: promove a secreção de leite (alvéolos) Colostro Secreção basal: GH, cortisol, paratormônio e insulina Por conta da progesterona e do estrogênio, não há secreção de leite durante a gestação (inibitório). Junto com o feto, vem a placenta. De forma abrupta, cessa a hipersecreção destes hormônios. Logo, o efeito inibitório é removido e a lactação se inicia Estradiol e progesterona decrescem. PROLACTINA TEM SECREÇÃO PULSÁTIL (produção do leite). Ocitocina – secreção do leite Ocitocina: ejeção do leite (reflexo miogênico e hormonal). Efeito emocional. Fatores psicogênicos podem inibir a ejeção de leite.