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Sumário Atividade :desenvolvimento de um PGR – Programa de Gerenciamento de Risco. 2 Identificação da Empresa 4 Desenvolvimento do PPRA 45 Contextualização Saúde Ocupacional nada mais é do que um setor específico dentro da grande área da saúde, porém, que lida unicamente com a saúde voltada para o trabalhador. O principal intuito da saúde ocupacional é se voltar para a prevenção de doenças e demais problemáticas que possam se originar no ambiente de trabalho. Seu objetivo está focado na qualidade de vida do trabalhador, oferecendo para os funcionários bem-estar tanto físico, quanto emocional, em um ambiente de trabalho propício. Dessa forma, ela é o que previne contra riscos e demais problemas que o trabalhador venha a enfrentar por conta do ambiente físico/ambiental em que realiza suas atividades. É por meio da saúde ocupacional que os indivíduos podem realizar as suas atividades no ambiente de trabalho com muito mais tranquilidade, relaxamento e garantia de bem-estar social. Muitos são os indivíduos que só reconhecem a saúde ocupacional em uma determinada empresa pelo fato de que é esse o setor que cuida dos exames para admissão e demissão do funcionário. Porém, a verdade é que essa é apenas uma de tantas atividades realizadas pelo mesmo. Vale lembrar que a saúde ocupacional é caracterizada como um setor obrigatório dentro de empresas de pequeno, médio e grande porte. O Ministério do Trabalho é o órgão responsável por essa fiscalização e impõe também todas as regras no que diz respeito à qualidade de vida do trabalhador. É claro que a saúde ocupacional se torna também vantajosa para a própria instituição. Assim que ela oferece um ambiente realmente sadio e qualificado para a atuação de seus funcionários, é certo de que a realização das atividades trabalhistas no mesmo será muito melhor. Por isso, a empresa ganha um profissional muito mais motivado para a realização de seus trabalhos, e não há nenhuma influência de caráter ambiental que venha a atrapalhar o trabalho e a produtividade do mesmo. Todos os empregadores devem observar atentamente o ambiente físico de suas instalações, tomando sempre medidas necessárias para colocar seus empregados o mais distante possível de riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. Para saber realmente quais são esses riscos, deve-se realizar uma vistoria com profissionais especializados em Segurança do Trabalho, esses profissionais levantarão quais os riscos existentes em todos os ambientes de sua empresa, e indicarão ações a serem tomadas para evitar a ocorrência de acidentes, estas ações vão desde mudança de lay-out da empresa até utilização de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, conforme as regras da saúde ocupacional. Atividade :desenvolvimento de um PGR – Programa de Gerenciamento de Risco. Por definição, os riscos ambientais são agentes (sejam eles biológicos, químicos ou físicos) que podem gerar danos ao trabalhador. Previsto na NR nº 9, o PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCO tem como principal objetivo a “preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais” Ele deve ser desenvolvido conforme as características dos riscos e as necessidades de controle em cada departamento da organização. O PGR é de responsabilidade do empregador, mas deve ser desenvolvido com os trabalhadores. Ele faz parte das iniciativas que promovem e preservam a saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o PCMSO. Em regra, é elaborado, implementado, acompanhado e avaliado por um médico do trabalho ou engenheiro/técnico de segurança. Sua estrutura básica inclui: · Planejamento anual com estabelecimento de metas; · Prioridades e cronograma; · Estratégia e metodologia de ação; · Forma do registro; · Manutenção e divulgação dos dados, periodicidade; · E forma de avaliação do desenvolvimento do PGR. Tudo isso deverá ser descrito no documento-base, que incluirá como etapas do PGR 1. Antecipação e reconhecimento dos riscos; 2. Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; 3. Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; 4. Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; 5. Monitoramento da exposição aos riscos; 6. Registro e divulgação dos dados. Escolha uma empresa verdadeira de sua cidade e desenvolva um PGR da mesma considerando Identificação da Empresa Apresente os dados de identificação da empresa onde o trabalho foi desenvolvido Programa de Gerenciamentode Riscos ZAP ALPINISMO Janeiro 2023 SUMÁRIO 1. Identificação da empresa 2. Introdução 3. Objetivo 4. Característica dos procedimentos 5. Descrição Geral dos processos produtivos 6. Descrição atividade 7. Identificação dos setores/função 8. Inventário de risco / Plano de ação 9. Metodologia 10. Análise de critério 11. Critério de severidade 12. Critério de probabilidade 13. Ação contra COVID-19 14. CIPA, Registro e divulgação 1- IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA Nome fantasia A S Peixoto instalações e Manutenções - ME CNPJ 11.885.207/0001-07 CNAE 43.21-5-00 Grau de risco da atividade: 3 Descrição da atividade Instalações e manutenções elétricas (principalmente em altura) Data de emissão: Janeiro de 2023 Validade do PGR Indefinido conforme a legislação. Enquanto não houver mudança de risco não será necessário atualizar Quantidade atual de funcionários: 4 2-Introdução: Seguindo com base nos preceitos legais vigentes referentes a legislação Brasileira, considerando sua classificação de acordo com as normas expedidas pelo Ministério do trabalho e emprego, em razão do número de empregados e a natureza do risco de suas atividades. A Norma regulamentadora-01 Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Esta NR propõe que o PGR possa sistematizar e integrar todo o processo de gerenciamento de riscos, compreendendo a identificação de perigos e a avaliação de riscos, o controle dos riscos, a análise de acidentes e doenças relacionados ao trabalho e a preparação para emergências. O PGR não é um documento com forma definida, ele é composto pelo inventário de riscos e pelo plano de ação. Que tem como foco principal preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais que venham a existir no ambiente de trabalho. Esta diretriz estabelecida pela NR1, obriga todas as empresas em território nacional, implantar um programa de gestão de riscos ocupacionais de forma harmonizada com as principais normas de gestão de riscos ocupacionais adotadas mundialmente. Por se tratar de um processo de melhoria continua o PGR tem que ser alterado sempre que houver alteração em algum processo da empresa, maquinário e etc. 3-OBJETIVO Este programa tem por objetivo principal preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais que venham a existir no ambiente de trabalho. O PGR é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da prevenção de acidentes e doenças do trabalho, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, membros da CIPA, PCMSO e demais programas de segurança. OBJETIVO GERAL Atender a NR1, implantando requisitos necessários para prevenir possíveis acidentes ambientais, contudo, caso ocorram, é necessário adotar os requisitos que apontam as ações para minimização dos danos, ou seja, de seus impactos, a curto, médio e longo prazo. 4- DADOS DA ATIVIDADE 4.1 Características dos processos e ambiente de trabalho A S Peixoto instalações e manutenções- ME, realiza suas atividades de manutenção industrial,sejam elas: Soldagem e reparo de tubulação, pintura, limpeza de estrutura e telhado e manutenções elétricas. Esses serviços sendo executado no ambiente da contratante, de diversos seguimentos econômicos e atividades. Todo serviço realizado pela A S Peixoto instalações e manutenções- Me são atividades especificas de trabalho em altura, em locais de difícil acesso, onde requer profissionais treinados, consciente dos procedimentos da contratante e dos requisitos da A S Peixoto Instalações e manutenções- Me aos desafios das atividades que serão realizadas. Trabalho realizado por acesso de cordas. De acordo com dados obtidos no Observatório nacional de acidentes de trabalho,3% dos acidentes notificados estão relacionados a acidentes por quedas e maquinas e equipamentos. 4.2 Características dos procedimentos realizados A S Peixoto Instalações e manutençõees-Me, realiza suas atividades de instação e manutenção no ambiente da contratante, essas atividades sendo realizadas por sistema de ancoragem, são suportadas por forças máximas aplicáveis em uma queda. As partes integradas do sistema mantêm o trabalhador estavel por meio de cordas e cabos de aço (linha de vida) sustentando por estruturas fixas, no ambiente da contratante, sendo inspecionado e acompanhado pelo Técnico(a) de segurança da A S peixoto instalções e manutenções-Me e validado pelo contratante através dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho- SESMT. · Atividade de inspeção e solda nas estruturas da empresa constratante. · Atividade de limpeza de trelhado e tanque de armazenagem. · Atividade de instalação e manutenção de parte elétrica. · Serviços realizados em altura com sistema de ancoragem,seguindo a validação conforme requisito da NR35. 5-DESCRIÇÃO GERAL DO PROCESSO PRODUTIVO A S peixoto instalções e manutenções-Me, após o resultado do processo licitatório e tipo de serviço a ser realizado, monta a estratégia logística para a execução do serviço, inspeciona e separa os equipamentos que serão utilizados no serviço contratado, elaborar a documentação (Análise preliminar de riscos-APR e Permissão de trabalho-PT) ue será utilizada no processo, alinha ações com SESMT da contratante das etapas do serviço a ser realizado. Início do processo: · Montado as estratégias de trabalho e as etapas do serviço alinha com SESMT da contratante. · Na Execução do serviço, realiza a reunisão entre contratante e contratada, são feitas análise do ambiente, definido as equipes de apoio e de emergência, e os procedimentos de isolamento e sinalização da área onde será realizado o serviço. Detalhamento de processos: · Ancoragem– Inspecionado o local para a execução do serviço, o escalador industrial juntamente com acompanhamento do SESMT da contratante inicia o processo de ancoragem e distribuição da linha de vida para execução do trabalho. · Análise preliminar de risco (APR) – O técnico de segurança da empresa preenche a ficha de análise preliminar de riscos da etapa do serviço, realiza aferição de pressão dos funcionários que irão executar o serviço, comunicar e validar com o SESMT da contratante início do serviço. · Permissão para trabalho (PT) – O técnico de segurança da empresa preenche o formulário de permissão de trabalho, realiza aferição de pressão dos funcionários que irão executar o serviço, análisa riscos ambientais,faz a quantificação dos agentes ambientais se preciso, informa e valida com o SESMT da contratante início do serviço. 6- Descrição das atividades As atividades desenvolvidas são de instalação e manutenção em serviço em altura, formado por uma equipe operacional, administrativa e de segurança do trabalho. Etapas de execução do serviço de pintura dos reservatórios: · Avaliação do local · Aferição de pressão · Liberação da PT · Isolamento e sinalização da área · Montagem de torre andaime multidirecional na parte interna do reservatório · Utilização de talabarte para posicionamento na torre · Instalação de exaustor na parte inferior do reservatório · Lixamento das paresdes do reservatório com lixadeiras elétricas · Retirada de toda oxidação e aplicação de prime · Pintura com pistola de airless duas demãos · Área externa acesso por meio de escada marinheiro e acesso por cordas Etapa de execução do serviço de limpeza: · Avaliação do local · Aferição de pressão · Liberação da PT · Isolamento e sinalização da área · Primeiro acesso feito com técnicas de escada · Montagem das ancoragens · Posicionamento para limpeza das tubulações por meio de talabarte · Utilização de pano e solução de agua com sabão neutro para limpeza manualmente Etapa de execução do serviço de Soldagem da estrutura: · Avaliação do local · Aferição de pressão · Liberação da PT · Isolamento e sinalização da área · Primeiro acesso feito com técnicas de escada · Montagem das ancoragens · Içamento dos equipamentos para soldagem da estrutura · Identidicação dos pontos a serem soldados · Execução do serviço Todo o processos das atividades é monitorado pela equipe do SESMT da contratante com o SESMT da contratada. Descrição do setor Pé direito Não aplicável Tipo de iluminação Natural / Artificial Tipo de ventilação Natural Nº func. expostos Total= 02 Homem= 02 Mulher= 00 Setor Operacional – Escalador Alpinista Atividade Realizam a manutenção industrial em local de dificil acessso, sendo necessário o uso de equipamentos de escaladas para trabalho em altura NR35, e/ou rapel, realizando serviços de eletricidade e manutenção em geral Tipo de piso Não aplicável Medições Temperatura Iluminância Ruído IBUTG Leitura Nível Mínimo Ruído 22.5 ºC 250 190 70 dB 7- Identificação do setor e funções: Descrição do setor Pé direito Não aplicável Tipo de iluminação Natural / Artificial Tipo de ventilação Natural Nº func. expostos Total= 01 Homem= 01 Mulher= 00 Setor Operacional – Soldador Atividade Realizam a manutenção industrial em local de dificil acessso, sendo necessário o uso de equipamentos de escaladas para trabalho em altura NR35, e/ou rapel, realizando serviços de solda e manutenção em geral Tipo de piso Não aplicável Medições Temperatura Iluminância Ruído IBUTG Leitura Nível Mínimo Ruído 23.5 ºC 280 220 70 dB Descrição do setor Pé direito Não aplicável Tipo de iluminação Natural / Artificial Tipo de ventilação Natural Nº func. expostos Total= 02 Homem= 00 Mulher= 01 Setor Operacional – Segurança do trabalho Atividade Realizam a fiscalização dos procedimentos, elabora e preenche a permissão do trabalho e análise preliminar de riscos, aplica treinamentos e diálogo diário de segurança, mantendo o ambiente seguro. Tipo de piso Não aplicável Medições Temperatura Iluminância Ruído IBUTG Leitura Nível Mínimo Ruído 23.5 ºC 280 220 70 dB EPI – Trabalho em altura EQUIPAMENTO FABRICANTE MODELO CA Corda 10,5 mm de 40 M CSL Polaris Corda 10,5 mm de 30 M CSL Polaris Corda 10,5mm de 20 M CSL Polaris Cinto paraquedista STEC RA complet 36677 Cinto paraquedista STEC RA complet 36677 Cinto paraquedista STEc RA complet 36677 Talabarte STEC TBY 01 36677 Talabarte STEC TBY 01 36677 Fita protegida 80 cm STEC FTP 80 Fita protegida 120cm STEC FTP 120 Extensor 50 cm STEC Exo 03 Fita tubular Beal 25mm Descensor STEC EVO D03 Descensor STEC EVO D02 Ascensor STEC CE1019 Ascensor HOPE CE0087 Polia simples CAMP 20KN Polia dupla PETZL MBS 22KN Trava-uedas STEC DUCK R Trava-quedas STEC DUCK Capacete MONTANA Classe A Tlll 32260 Estribo ALTO ESTILO 4 Degraus Mosquetão Q-Fix Oval 25 KN Capacete Ultrasafe Coraza 44761 EPI – Soldador EQUIPAMENTO FABRICANTE MODELO CA Máscara de solda Titanium Automática 14199 Máscara respiratória 3M 6200 4115 Avental de couro Zeus Zeus 38759 Perneira de couro Zanel Raspa soldador 13990 Luva de raspa Zanel Luva de Raspa 16074 Manga de couroLuveq Manga de Raspa 38788 Protetor auricular Zeus Zeus 14470 7.1 IDENTIFICAÇÃO DOS SETORES E FUNÇÕES Matricula Função CBO Carga horária PCD 000001 Escalador industrial 514315 44 horas semanas - 000002 Soldador escalador 724215 44 horas semanas - 000003 Tec. De seg do Trabalho 3546-05 44 horas semanas - 8- INVENTÁRIO DE RISCOS + PLANO DE AÇÃO: Técnica adotada para o processo de gestão de riscos: Matriz de probabilidade / Consqeuência (ABNT NBR ISO/ IEC 31010), considerando uma Matriz de risco 3X3 O NR-01 dispõe, em seu item 1.5.3.2, que a organização deve evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no trabalho, identificar os perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde, avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco, classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção de medidas de prevenção, implementar medidas de prevenção, de acordo com a classificação de risco e na ordem de prioridade estabelecida na Alínea “g” do subitem 1.4.1 da mesma NR, e, por fim, acompanhar o controle dos riscos ocupacionais. Estes objetivos serão atendidos através de uma metodologia sistematizada de identificação dos perigos, avaliação e controle dos riscos, processos este que é formalmente registrado através deste programa de gestão de riscos. O processo de identificação de perigos incluiu a descrição dos perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde, as fontes ou circunstâncias do perigo e o grupo de trabalhadores sujeitos aos riscos, abordando ainda os perigos externos previsíveis eu podem afetar a saúde e a segurança no trabalho, conforme itens 1.5.4.3.1 e 1.5.4.3.2 da NR-01. A identificação dos perigos envolveu a observação criteriosa do trabalho rotineiro executado, atividades não rotineiras, possibilidade de terceiros ou visitantes no local, a entrevista com trabalhadores, considerando ainda as tarefas complementares tais como manutenção e limpeza, perigos externos, procedimentos operacionais e a organização do trabalho. A seguir, para a gradação da probabilidade de ocorrência de lesões ou agravos à saúde, levou-se em conta os requisitos estabelecidos em normas regulamentadoras, as medidas de prevenção implementadas, as exigências da atividade de trabalho; e, por fim, a comparação do perfil de exposição ocupacional com valores de referência estabelecidos na NR-09, quando existentes, seguindo os preceitos do item 1.5.4.4.4 da NR-01. Para fins de gradação de severidade das lesões ou agravos à saúde, consideramos a magnitude da consequência e o número de trabalhadores possivelmente afetados, e ainda a possibilidade de ocorrência de acidentes ampliados, de acordo com o disposto no item 1.5.4.4.3 da mesma norma regulamentadora, entendendo eu quanto maior o número de trabalhadores possivelmente afetados, maior a severidade do evento. Para a caracterização da probabilidade, foi considerada também a frequência de exposição do trabalhador à situação de riscos. Assim, entende-se que uma exposição mais frequente, ou uma exposição contínua, implica em uma maior probabilidade de ocorrência de um evento danoso, ao passo que uma exposição eventual reduz a probabilidade de ocorrência do referido evento. Importante frisar que a quantidade de expostos é determinada pelo número de trabalhadores possivelmente afetados pela condição de risco em análise. Sempre que possível, a avaliações são realizadas por meio de identificação dos grupos de exposição semelhante (GES), o que corresponde a um conjunto de trabalhadores para os quais se estima que a exposição do grupo inteiro ocorre de forma semelhante. A partir deste subsídio, seguiu-se para a indicação do nível de riscos ocupacional para cada risco identificado, combinando-se a severidade das possíveis lesões ou agravos à saúde com a probabilidade ou chance de sua ocorrência. Foi utilizada a ferramenta Matriz de probabilidade/ Consequência, em conformidade à norma ABNT NBR ISSO/ IEC 31010, considerando uma matriz de risco 3X3, de acordo com o detalhamento descrito no item 5.1- Metodologia 9- Metodologia Este item tem a finalidade de apresentar a metodologia utilizada para avaliação dos riscos ocupacionais relativos aos perigos identificados no programa de gerenciamento de riscos, em atendimento ao disposto na Norma regulamentadora 01, buscando a maior objetividade e clareza dentro das avaliação e conquistando, assim, maior confiabilidade e padronização nos resultados encontrados. O objetivo é utilizar as informações provenientes das fases de identificação e reconhecimento dos riscos de forma a prover subsídios para a adequada classificação dos mesmo, e consequente priorização das ações necessárias. Cabe ressaltar eu a referida metodologia se trata de um passo inicial no processo de gerenciamento de riscos ocupacionais, podendo ser necessário o estabelecimento de medidas acessórias para a adequada hierarquização dos riscos, a depender de fatores como a complexidade das atividades ou das medidas de controle exequíveis. 10- Análise de critérios 10.1- Análise de critérios de severidade (item 1.5.4.4.3 da NR01): Severidade Critério* Inócua Nenhuma lesão ou lesão que não implique em afastamento ou qualquer tipo de sequela ou incapacidade física. Moderada Prejuízo à integridade física e/ ou a saúde, provocando lesão que implique em afastamento ou incapacidade temporária. Severa Pode levar a óbito imediato ou posterior, ou ainda provocar lesão ou sequelas permanentes. *Considerar a magnitude de consequência e o número de trabalhadores atingidos 10.2- Análise de critério de probabilidade (Item 1.5.4.4.4 da NR01): Probabilidade Requisitos estabelecidos nas NRs Medidas de controle existentes Exigência da atividade de trabalho Comparação com valores de referência NR09 Provável Normas não são atendidas. Medidas de controle inexistentes ou sabidamente inadequada. Contato frequente com o agente a concentrações ou intensidade elevadas. Exposição estimada acima do LEO*. E > 100% LEO Percentil 95> 1,0 x LEO Possível Não são atendidas parcialmente. Há falhas na manutenção do atendimento normativo. Medidas de controle existentes, mas com desvios, sem eficiência ou sem manutenção adequadas. Contato frequente com o agente a moderadas concentrações ou intensidades ou contato não frequente a altas concentrações ou intensidades. Exposição entre LEO e 50% do LEO*. LEO > E > 50% LEO 1,0 x LEO > percentil 95 > 0,5 X LEO Remota Normas são bem implementadas e mantidas, dentro de um sistema com o princípio PCDA Medidas de controle existente e adequadas, sendo mantidas a longo prazo Contato não frequente com o agente ou frequente a concentrações ou intensidades extremamente reduzidas. Exposição inferior a 50% do LEO*. E < 50% LEO Percentil 95<0,5xLEO * LEO- Limite de exposição ocupacional ATENÇÃO- CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS DE CONTROLE De acordo com o disposto no item 1.5.5.1 da NR1, a organização deve adotar medidas de prevenção para eliminar, reduzir ou controlar os riscos sempre que exigências previstas em norma regulamentadoras e dispositivos legais ou a classificação dos riscos ocupacionais assim determinar, ou ainda caso haja evidências de associação, por meio do controle médico da saúde, entre as lesões e os agravos à saúde dos trabalhadores com os riscos e as situações de trabalho identificados. As referidas medidas devem sempre respeitar à seguinte hierarquia de implementação, disposta no item 1.4.1 alínea G da norma em análise: i. Eliminação dos fatores de risco; ii. Minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas de proteção coletiva; iii. Minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas administrativas ou de organização do trabalho; e iv. Adoção de medidas de proteção individual. Para que tal hierarquia seja sempre respeitada, nosso inventário de risco identifica todas as esferas de medidas preventivas existentes e reforça a obrigatoriedade de respeito à referida hierarquia para cada risco identificado, evitando, assim, a ocorrênciade erros. 1. Eliminação e substituição dos fatores de risco (prioridade máxima, sempre); O primeiro objetivo da gestão dos riscos ambientais é sempre de eliminar o risco ocupacional. A eliminação dos riscos precisa ser avaliada de forma individualizada, de acordo com a atividade desempenhada. Pode ser através da substituição do uso de produtos químicos no processo produtivo, por exemplo, de forma eu aqueles produtos químicos que representa um risco à saúde do trabalhador dê espaço a outro, inócuo. Ou, ainda, substituir uma máquina que gere ruído por outra menos ruidosa. Certamente, nem sempre a eliminação dos riscos é viável, no entanto, precisa ser exaustivamente estudada e ser o objetivo dos gestores do meio ambiente de trabalho. 2. Minimização e controle dos fatores de risco, através de medidas de proteção coletiva; Uma vez que não é possível realizar a eliminação de um determinado risco no processo produtivo, deve-se buscar implementar proteções coletivas. No caso do produto químico, caso ele não possa ser substituído, pode ser utilizado em processos herméticos, por exemplo, onde não haja contato com o trabalhador. Ou no caso da máquina, pode ser introduzida uma carenagem que reduza o ruído gerado para níveis aceitáveis. Outro exemplo seria a instalação de sistema de exaustão localizada que não permita a emanação de vapores tóxicos de determinado agente no ar ambiente. 3. Minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas administrativas ou de organização do trabalho; Caso não seja possível eliminar os riscos, e mesmo após as medidas de proteção coletiva persistam riscos ambientais, devem ser buscadas medidas administrativas ou de organização do trabalho que reduzam a exposição ao risco,, ou ainda, a quantidade de trabalhadores expostos. Tais medidas tratam de capacitação contínua dos trabalhadores, implementação de permissão de trabalho, sinalização entre outros. O redesenho da tarefa, a revisão da organização do trabalho e práticas alternativa também podem ser indicadas, como por exemplo, a introdução do uso de ferramentas, como uma Tenaz, para a manipulação de peças forjadas a quente em uma linha de produção. OU ainda a revisão do layout de uma planta produtiva, alterando o ciclo produtivo de forma a expor menos trabalhares a determinados risco, ou a mecanização de alguma linha de produção que represente risco de acidentes ou de doenças osteoarticulares relacionadas ao trabalho. Também podem ser implementados rodízios de intervalos como medidas preventivas em alguns processos produtivos. 4. Introdução de medidas de proteção individual (EPI) Apenas em último caso, após o esgotamento de todas as etapas anteriores e, necessariamente, para o menor número de trabalhadores possível, ou ainda, de forma provisória e durante a implementação das medidas de proteção coletiva, deve ser implementado o uso de equipamentos de proteção individual. 10.3- Análise de probabilidade X severidade: Probabilidade → ______________ Severidade ↓ 1- Remota 2- Possível 3- Provável 1-Inócuo B B M 2-Moderada B M E 3-Severo M E E Legenda e ações propostas: B→ Baixo: Plano de ação – Atenção e monitoramento das avilações. Não demanda medidas corretivas. A exposição é considerada aceitável. Deve-se manter os controles na fonte, treinamentos e capacitações e monitorar periodicamente as exposições. M→ Mediano: Plano de ação – Implementação de medidas de controle em prioridade moderada com cronograma compatível. Demanda a necessidade de adoção de medidas preventivas, o monitoramento das exposições dos trabalhadores e a vigilância médica. E→ Elevado: Plano de ação – Implementação de medidas de controle com prioridade máxima, prazo mais baixo possível, avaliando a interrupção das atividades. Exposição inaceitável. Demanda a adoção de medidas preventivas com prioridade máxima, avaliações sistemáticas e especializadas e possível interrupção das atividades e afastamento dos trabalhadores. Anexo I – Critérios especificos: · Risco Químico: Agentes químicos são as substâncias, compostos ou produtos que podem penetrar no organismo pela via respiratória, na forma de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Assim, os perigos decorrentes dos agentes químicos referem-se a quaisquer substâncias que, em função de suas propriedades físico-químicas e/ou toxicológicas, possam gerar riscos à saúde ou à segurança dos trabalhadores que com elas entrem em contato ou as manuseiem no processo de trabalho. Para uma boa gestão dos riscos químicos no ambiente de trabalho, é fundamental eu as informações corretas a respeito das substâncias químicas sejam conhecidas, e desta forma os perigos de um determinado produto sejam adequadamente dimensionados e gerenciados. As principais vias de entrada dos agentes químicos no organismo são a inalação, através da respiração; Absorção cutânea, sendo que a via cutânea inclui todo o tecido cutâneo eu recobre o corpo humano, juntamente com mucosas ( lábios, conjuntiva ocular), pelos e unhas, ou ainda a ingestão. No entanto, em função da extensa superfície de contato representada pelos alvéolos pulmonares, a via respiratória e a mais rápida e principal via de contaminação por agentes químicos. Os contaminantes podem ficar retidos nesse tecido e assim produzir uma ação localizada, ou a dissolver-se e serem distribuídos através do sistema circulatório produzindo efeitos sistêmicos. O processo de avaliação da exposição ocupacional aos agentes químicos existentes no processos produtivos podem vir a exigir a utilização de mais de um método de análise e avaliação. No entanto, para fins de uma avaliação inicial, consideraremos as informações sobre as indicações de perigo das substâncias químicas utilizadas e a quantidade e frequência da utilização da mesma para a determinação do nível de risco, analisando o potencial de incêndio ou explosão e o potencial de danos à saúde do trabalhador. · Fatores considerados Potencial de incêndio ou explosão: · Indicações de perigo · Existência de processos herméticos · Quantidade da substância · Informações sobre inflamabilidade · Fonte de ignição (aqui devendo ser considerados os riscos elétricos combinados, trabalho à quente, existência de fumantes, chamas abertas no processo produtivo ou ainda superfícies quentes em equipamentos do processo) Potencial de danos à saúde do trabalhador: · Informações constantes da FISPQ e frases de perigo · Carcinogenicidade, toxicidade, mutagenicidade, corrosividade · Existência de limites de exposição ocupacional e nível de ação, seja na NR09 ou na ACGIH · Geração de aerodispersóides · Dose e concentração da substância · Via de absorção · Efeitos locais ou sistêmicos · Presença de gases e vapores irritantes, anestésicos ou asfixiantes · Volatilidade e solubilidade da substância (Para análise da volatilidade> Consultar “Best PracticeGuidelines2: GuidetoManagingSolventExposure.” disponibilizado pelo EuropeanSolventsIndustryGroup (ESIG) e no endereço:http://www.esig.org/uploads/ModuleXtender/Publications/75/Best%20Practic · Quantidade de poeira produzida · Renovação de ar/Deficiência de oxigênio · Existência de processos herméticos · Necessidade de contato com a substância durante o processo produtivo · Observação: sempre verificar se o produto se trata de um pesticida. *Observação: Com relação aos contaminantes químicos presentes no ar interior, adotamos os referenciais dispostos na RE 09/2003 (ANVISA), quais sejam: Os valores máximos recomendáveis para contaminação de renovação de ar - ≤ 1000 ppm de dióxido de carbono – (CO2), como indicador de renovação de ar externo, recomendado para conforto e bem-estar. - ≤ 80 mg/m 3 de aerodispersóides totais no ar, como indicador do grau de pureza do ar e limpeza do ambiente climatizado. NOTA: Pela falta de dados epidemiológicos brasileiros é mantida a recomendação como indicador de renovação do ar o valor= 1000 ppm de Dióxido de carbono – CO2 Etapas da avaliação: 1- Identidicação do agente químico 2- Determinação da toxidade do produto 3- Determinação quantidade utilizada 4- Determinação da propagação no ambiente · Critérios para avaliação da quantidade (para sólidos ou líquidos): Quantidade Embalagem Pequena Gramas / Mililitros Pequenos recipientes, garrafas Média Quilogramas / Litros Sacas ou tambores Grande Toneladas / Metros cúbicos Caminhões · Critério para a avaliação da volatilidade (trabalhos realizados em temperatura ambiente): · Volatilidade alta: Ponto de ebulição menor que 50ºC · Volatilidade média: Ponto de ebulição entre 50ºC e 150ºC · Volatilidade baixa: Ponto de ebulição maior que 150ºC “Para tarefas executadas acima da temperatura ambiente, a volatilidade deve ser determinada consultando o documento Avaliação Qualitativa de riscos químicos: Orientações básicas para o controle da exposição a produtos químicos”, FUNDACENTRO Observação: Se a FISP apresentar mais de um valor de ponto de ebulição para produtos, deve-se sempre utilizar o de mais baixo valor. Se a tarefa exigir vários níveis de temperatura, utilizar sempre a mais alta. Se houver mistura de uma ou mais substâncias, considerar a de menor ponto de ebulição. · Critério para avaliação da quantidade de poeira produzida: · Empoeiramento Alto- Poeiras finas e leves: Quando manipulados, observa-se formação de nuvens de poeira que ficam muitos minutos no ar (cimento, pó de giz, carvão). · Empoeiramento Médio- Sólidos granulares e cristalinos: Quando manipulados, vê-se a poeira que logo se deposita ( Sabão em pó). · Emmpoeiramento baixo- Escamas grande ou grânulos grossos: Quando manipulados, produzem pouca poeira (grânulos de PVC ou flocos de cera). Atenção (“Avaliação Qualitativa de Riscos Químicos: Orientações básicas para o controle da exposição a produtos químicos”, FUNDACENTRO): Em muitas situações óbvias, por exemplo, quando não há risco ou o risco é evidente e sério, requerendo controle imediato, as avaliações quantitativas não são realmente necessárias. Deve ser enfatizado, porém, que a utilização de abordagens pragmáticas para resolver certos problemas de saúde ocupacional não significa que as avaliações quantitativas não sejam importantes. Não só existem muitos casos em quer avaliações quantativas são necessárias, como indispensáveis para a própria validação de qualquer abordagem pragmatica. Além disto, a eficiência das medidas de controle recomendadas é sempre testada através de avaliações quantitativas ( antes e depois), cuidadosamente realizadas. · Critérios para análise da severidade: A severidade deverá ser análisada de acordo com os possíveis danos à sapude do trabalhador, a depender da susbtância química análisada e considerando-se potencial de carcinogenicidade, toxicidadem potencial alergênico, e no caso de gases e/ou vapores, suas ações irritantes, anestésicas ou asfixiantes, a partir dos critérios gerais descritos, além da quantidade de trabalhadores afetados. · Critérios para análise da probabilidade: A probabilidade deverá ser analisada de acordo com os critérios gerais descritos. MEDIDAS DE CONTROLE (De “Avaliação qualitativa de riscos químicos: Orientações básicas para controle da exposição a produtos químicos”,FUNDACENTRO). A aplicação de medidas para prevenção e controle de riscos ocupacionais deve obdecer à seguinte hierarquia: · Medidas que atuam na fonte (Eliminando ou minimizando o fator de risco); · Medidas que interceptam/Removem o fator de risco em sua trajetória (Entre a fonte e o receptor); · Medidas que evitam que o fator de risco atinja o receptor (trabalhador). O COSHH Essentiais indica que qualquer exposição a fator de risco deve ser previnida através de medidas como: · Mudança de processo, atividade ou maneira de trabalhar a fim de que a susbtância que oferece risco não seja mais necessária ou produzida; · Modificação no processo a fim de eliminar ou minimizar riscos; · Substituição da susbtância perigosa por outra, ou a mesma sob outra forma, de modo que o risco seja eliminado ou minimizado. Quando não for possível prevenir a presença do fator de risco, este deve ser controlado através de medidas que evitem a exposição do trablhador. As medidas de controle desenvolvidas visam fornecer proteção à saúde coletiva dos trabalhadores. No entanto, haverá sempre grupos de pessoas mais susceptíveis, como gestantes ou idosos, que provavelmente necessitarão de proteção adicional quando expostas a certos materiais e por estes motivos a vigilância deverá considerar todas as particularidades individuais da população exposta. · Referências de medidas de controle: Fichas de controle em “Avaliação Qualitativa de riscos químicos: Orientações básicas para o controle da exposição a produtos químicos”, FUDACENTRO, anexo II, lembrando que várias fichas podem ser necessárias para cobrir uma determinada atividade do começo ao fim. ATENÇÃO: De acordo com o referido documento, as medidas de controles são classificadas em : 1- Ventilação geral, 2- Controle de engenharia, 3- Enclausuramento,e 4- Especial. · Risco físico: Os agentes físicos são as formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: Ruíddo, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som. Assim podemos concluir que as fontes de risco físico são bastante variadas e demandam avaliação particularizada. Portanto, o processo de avaliação de exposição ocupacional aos agentes físicos existentes nos processos produtivos pode vir a exigir a utilização de mais de um método de análise e avaliação, a depender de particularidades dos riscos identificados. Para fins de uma avaliação incial, apresentamos a proposta de avaliação para, no mínimo, ruídos, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, vibração, calor e frio. · Ruído: A NHO-01 apresenta a definição de ruído contínuo e intermitente conforme transcrito a seguir: “Ruído contínuo ou intermitente: todo e qualquer ruído ue não está classificado como ruído de impacto ou impulsivo. Ruído de impacto ou impulsivo: Ruido que apresenta picos e energia acústica de duração inferior a 1(um) segundo, a intervalos superiores a 1(um) segundo” O processo de quantificação da exposição ao ruído é uma importante etapa do gerenciamento do referido risco, com o objetivo de propor medidas de controle adequadas e eficientes e evitar quaisquer prejuízo à saúde dos trabalhadores. Ruído contínuo ou intermitente: A partir da identificação da fonte de ruído, partimos para a identificação dos expostos de maior risco buscando realizar as avaliações mais seguras para os trabalhadores. EM caso de impossivilidade de identificação do exposto de maior risco, realiza-se a amostragem aleatória de representantes dos GES. O período de amostargem foi escolhido para que as medições sejam representativas da exposição de toda a jornada de trabalho. Equipamento utilizado para realizar as avaliações: - Medidor integrado de uso pessoa XYZ Parâmetros: · Circuito de ponderação- A · Circuito de resposta – Lenta (slow) · Critério de referencia- 85 dB(A) que corresponde à dose de 100% para uma exposição de 8 horas diárias · Nível limiar de integração – 80dB(A) · Faixa de medição mínima – 80 a 115 dB(A) · Incremento de duplicação de dose =3 (q =3) · Indicação de ocorrênciade níveis superiores a 115 dB(A) Calibração: Os procedimentos de avaliação respeitam ao disposto na NHO-01. · Critérios para análise de severidade A severidade deverá ser analisada de acordo com os possíveis danos à saúde do trabalhador considerando-se que a exposição ao ruído pode provocar diferentes prejuízos à saúde, sejam de ordem auditiva, tais como a perda auditiva induzida por níveis elevados de pressão sonora ( PAINPSE), sendo esta irreversíveis, além de zumbidos e mudanças temporárias de limiar, entre outros, ou extra-auditiva, com distúrbios nos sistemas nervoso, circulatório, digestório, endócrino, imunológico, vestibular, muscular, nas funçõessexuais e reprodutivas, no psiquismo, no sono, na comunicação e no desempenho de tarefas físicas e mentais, a partir dos critérios gerais descritos. · Critérios para análise de probabilidade: (complementar aos critérios gerais de análise das medidas de controle implementadas) Dose Diária (%) NEN dB(A) Consideração técnica 1- Remoto 0 a 50 Abaixo de 82 Aceitável 2- 2- Possível 50 a 100 Acima de 82 e abaixo de 85 Entre nível de ação e limite de exposição 3- Provável Acima de 100 Igual ou superior a 85 Acima do limite de exposição ATENÇÃO : · Evidência científica sugerem que exposições crônicas a níveis de ruído ocupacional inferior a 85dB(A) podem estar associadas a um aumento do risco de elevação da pressão sanguínea, hipertensão e cardiopatia isquêmico. · Evidência científica sugerem que exposições a ruídos superiores a 85dB(A) podem estar associadas a um aumento do risco de lesões ocupacionais por distração, estresse, fadiga, degradação do desempenho ou outros mecanismos. Fatores considerados: · Indicação das fontes · Proximidade da fonte · Interferência de ruídos · Existência de isolamento acústico · Manutenção em equipamento visando à redução de níveis de ruído · Ruído externos · Horários de picos dos ruídos · Tempo de subida dos níveis de ruído · Conteúdo infomativo do ruído Radiação ionizantes: Radiação ionizantes são aquelas que possuem altos níveis de energia capazes de alterar o estado físico de um átomo e causar a perda de elétrons, fenômeno este conhecido como ionização. O risco decorrente da radiação ionizante pode ocorrer da exposição a qualquer aparelho ou metal que possua fonte radiotiva que seja capaz de emitir radiações ionizantes, tais como raios gama, raios X, beta, alfa e nêutron. O anexo 5 da NR15 não indica os limites de tolerância, mas remete-se à norma CNEN 3.01- Diretrizes básicas de proteção radiológicas, que chama os limites de tolerância de limites de dose, conforme destacado a seguir: Limites de dose anuais [a] Grandeza Órgão Indivíduo ocupacionalmente exposto Indivíduo do público Dose efetiva Corpo inteiro 20 mSv [b] 1mSv[a] Dose equivalente Cristalino 20 mSv [b] 15 mSv Pele[a] 500 mSv 50 mSv Mãos e pés 500 mSv --- [a] Para fins de controle administrativo efetuado pelo CNEN, o termo dose anual deve ser considerado como dose no ano calendário, isto é, no período decorrent de janeiro a dezmbro de cada ano. [b] média aritmética em 5 anos consecutivo, desde que não exceda 50 mSv em qualquer ano. Os princípios norteadores da radioproteção são (CNEN 3:01): · Justificação: Nenhuma prática ou fonte associada a essa prática deve ser adotada, a não ser que a ptática produza benefícios, para os indivíduos expostos ou para a sociedade, suficiente para compensar o detrimento correspondente, tendo-se em conta fatores sociais e econômicos, assim como outros fatores pertinentes. · Otimização: Todas as exposições às radiações ionizantes devem ser otimizadas de forma ue a magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de ocorrência de exposições mantenham-se tão baixas quanto possa ser razoavelmente exequível, tendo em conta os fatores econômico e sociais. Nesse processo de otimização deve ser observado que as doses nos indivíduos decorrentes de exposição à fonte devem estar sujeitas às restrições de dose relacionadas a essas fonte. Controle à exposição: · Monitoração – Processo ue tem como objetivo garantir a menor exposição possível aos trabalhadores e garantir que os limites de dose não sejam superados. · Tipo de monitorização (fonte: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/radiacao.html): *Pessoal – Procura estimar a dose recebida pelo trabalhador durante as suas atividades envolvendo radiação ionizante. Asa doses equivalentes são determinadas pela utilização de um ou vários dosímetros que devem ser usados na posição que forneça uma medida representativa da exposição nas partes do corpo expostas à radiação. No caso do trabalhador usar diferentes tipos de radiação então diferentes tipos de dosímetros devem ser tulizados. * Monitorização da radiação externa. * Monitorização da contaminação interna * De área – Tem por objetivo a avaliação das condições de trabalho e verificar se há presença radioativa. OS resultados das medidas efetuadas com os monitores da área devem ser comparados com os limites primários ou derivados, a fim de se tornar ações para garantir a proteção necessária. · Tipos de dosímetros: Diversos métodos ou sistema foram desenvolvidos a fim de possibilitar a determinação da dose de radiação. O Objetivo é o de quantificar a energia absorvida, a fim de proporcionar um conhecimento mais profundo dos efeitos da radiação ionizante sobre a matéria. Os requisitos são: · A resposta do dosímetro deve ser linear com a dose absorvida; · O aparelho deve ser de alta sensibilidade, por forma a medir doses baixas; · Deve apresentar amplo intervalo de resposta; · A resposta deve ser independente da velocidade da dose; · Deve possuir estabilidade da resposta ao longo do tempo; · De uma forma geral podemos classificar os dosímetros em : De leitura direta e leitura indireta, os primeiros fornecem ao utilizador a dose ou velocidade da dose em qualquer instante, os segundos necessitam de um procedimento para a sua leitura · FATORES CONSIDERADOS: · Identificação das fontes de radiação · Radiação corpuscular e radiação eletromagnética · Delimitação de zonas e áreas e acessos · Selagem · Comparação entre monitoração individual e monitoração de área. ATENÇÃO: O supervisor de radioproteção deve participar do desenvolvimento e implementação das ações deste programa. ATENÇÃO: Os indivíduos expostos à radiação cuja origem não esteja diretamente relacionada à sua atividade devem ser tratadas como indivíduos do público. Assim, o PGR deve prever a avaliação das exposição de ambos. Trabalhadores para-ocupacionalmente expostos (indivpiduos do público): Para estes, a avaliação da exposição à radiação deve ser feita atraves da monitoração de área, ou levantamento radiométrico Trabalhadores ocupaconalmente expostos: Uma vez que o trabalhador não permanecer initerruptamente em uma mesma possição e a dose de radiação que recebe depende de vários fatores, tais como espalhamento da radiação, distância à fonte e ao paciente, abertura do colimador, tempo de exposição, entre outros, é necessário avaliar a dose que cada trabalhador recebe, de fato, individualmente. Para tal, é obrigatório ue sejam utilizados dosímetros individuais, adeuados à atividade, com o objetivo de monitorar a dose efetiva recebida pelo trabalhador. · Critério para análise de severidade: A severidade deverá ser análisada de acordo com os possíveis danos à saúde do trabalhador, considerando-se a capacidade da radiação ionizante de afetar e danificar as células do corpo, inclusive com potencial carcionogênico, podendo ainda causar queimaduras suerficiais ou internas, alterações genéticas em óvulos, espermatozóides, na gestação e nos sistemas reprodutores masculino e feminino, além de danos irreversíveis às células. · A radiação ionizante encontra-se no grupo 1 da LINACH- Lista nacional de agentes cancerígenos para humanos, que é o grupo de agentes confirmados como carcienogênicos para humanos. · Critérios para análise de probabilidade: A probabilidade deverá ser análisada de acordo com os critérios gerais descritos, a partir da avaliação das medidas de controle implementadas a cnsiderando-se ainda do levantamento radiométrico. Observação: Para procedimento de realização do levantamento radiométrico das salas de equipamentos emissores de radios x diagnósticos, consultar a NHO 05- FUNDACENTRO. Radiações não ionizantes: Consideraremos radiações não ionizantes as microondas, ultravioletas e laser, radiação visível, radiofrequências, baixas frequências. Destacamos a exposição à radiação ultravioleta nos serviços a céu aberto, a soldagem de metais e processos de secagem e/ou curagem e a exposição às microondas provenientes de antenas eainda as máquinas de solda por radiofrequência. Destacamos ainda os campos eletromagnéticos provenientes de linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica e subestações e por fim os equipamentos de ressonância magnética. ATENÇÃO: De acordo com a IARC, todo espectro de radiação ultravioleta é carcinogênico. (classe 1) Atenção aos disposto na Lei 11934/2009, ue dispõe sobre limites à exposição de trabalhadores a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos no que diz respeito à exposição aos campos elétrocps, magnéticos e eletromagnéticos, associados ao funcionamento de estações transmissoras de radiocumunicação, de terminais de usuário e de sistemas de energia elétrica nas faixas de frequência ate 300 GHz ( trezentos gigahertz), em razão de seu trabalho. · Fatores considerados: · Identificação das fontes de radiação · Proximidade das fontes de radiação, quando aplicável. · Existência de barreiras · Duração de exposição · Existência de proteções · Exposição do globo ocular e da pele · Critérios para análise de severidade: A severidade deverá ser análisada de acordo com os possíveis danos à saúde do trabalhador, considerando as particularidades da espécie de radiação não ionizante análisada. · Critério para análise da probabilidade: A probabilidade deverá ser analisada de acordo com os critérios gerais descritos. · Vibração: Norma específica: NR 09 anexo I e NR 17 anexo 8 A exposição ocupacional às vibrações pode ocasionar diversos prejuízos à saúde do trabalhador. Os critérios para avalização da exposição ocupacional à vibração são os determinados pela Norma de higiene ocupacional ( NHO) 09 da FUNDACENTRO · FATORES CONSIDERADO · Ambiente de trabalho, processos, operações e condições de exposição; · Características das máquinas, veículos, ferramentas ou equipamentos de trabalho; · Informações fornecidas por fabricantes sobre os níveis de vibração gerados por ferramentas, veículos, máquinas ou equipamentos envolvidos na exposição, qualquer disponíveis; · Condições de uso e estado de conservação de veículos, máquinas, equipamentos e ferramentas incluindo componentes ou dispositivos de isolamento e amortecimento que interfiram na exposição de operadores ou condutores; · Características da superfície de circulação, carga transportadoras e velocidades de operação, no caso de VCI; · Estimativa de tempo efetivo de exposição diária; · Constatação de condições específicas de trabalhos ue possam contribuir para o agravamento dos efeitos decorrentes da exposição; · Esforço físicos e aspectos posturais; · Dados de exposição ocupacional existentes; · Informações ou registros relacionados a queixas e antecedentes médicos relacionados aos trabalhadores expostos. As avaliações de exposição ocupacional foram desenvolvidas de acordo com a norma de higiene ocupacional (NHO) 09 da FUNDACENTRO. · Critérios para análise da severidade: A severidade deverá ser analisada de acordo com os possíveis danos à saúde do trabalhador, considerando que a exposição ocupacional à vibração pode ocasionar doenças vasculares, neurológicas e musculares. · Critériio para análise da probabilidade: Dose diária VMB aren Dose diária VCI aten / VDVR 1- Remoto 0 a 50 ou até 2,5 m/s2 0 a 50% ou até 0,5 m/s2 (aren) ou até 9,1 m/s1,75 VDVR 2- Possível Entre 50 e 100 ou 2,5 m/s2 <= (aren) < 5m/s2 Entre 50 e 100% ou 0,5 m/s2 <= (aren) < 1,1 m/s2 ou 9,1 m/s1,75 3- Provável Acima de 100% ou > = 5m/s2 Acima de 100% ou >= 1,1 m/s2 (aren) ou >= 21,0 m/s1,75 (VDVR) · Calor: Os efeitos da sobrecarga térmica ou estresse térmico ( definido como a quantidade de energia que o organismo deve dissipar para atingir o equilíbrio térmico) a que um trabalhador está submetido em uma atividade com exposição ao risco fisico calor dependerão de determinados fatores ambientais e também de características individuais do trabalhador, dentre estas a idade, peso e , condicionamento físico, especialmente do aparelho cárdo-circulatório. Em função da exposição ao calor excessivo, o organismo produz mais calor e utiliza os mecanismos de regulação térmica para perder o excesso de calor e manter constante a sua temperatura, o que podem gerar uma série de prejuízo à saúde do trabalhador ocupacionalmente exposto a este risco. Importante destacar que a sobrecarga térmica alterna em função da atividade metabólica e do esforço físico envolvido no trabalho, logo, para que o equilíbrio térmico seja mantido, a carga térmica metabólica deve ser dissipada. Assim, o trabalho em condições climáticas desfavoráveis produz a extenuação física e nervosa do trabalhador, a diminuição do rendimento e o aumento dos erros e riscos de acidentes no trabalho, fatores estes combatidos na gestão dos riscos ocupacionais a que nos propomos. Para fins de gestão do meio ambiente de trabalho, deve-se diferenciar conforto térmico e sobrecarga térmica. Conforto, por ser um conceito subjetivo, estpa diretamente relacionado à sensibilidade do individual, aspectos biológicos, físicos e psíquicos, condições climáticas, dentre outros. Ao contrário, sobrecarga térmica trata-se de um conceito técnico. Assim, na avaliação da situação de trabalho deve-se avaliar se existe sobrecarga térmica excessiva ou apenas desconforto térmico. Essa avaliação é imprescindível, uma vez que, estando a sobrecarga térmica próxima ou acima do limite de tolerância estabelecido, devem ser considerados os riscos para a saúde huma.a No entanto, caso a sobrecarga térmica seja leve ou moderada, apesar do desconforto e da possível queda no desempenho profissional, além de riscos para a segurança do empregado exposto, de maneira geral não causará danos à saúde. ATENÇÃO: : A Norma de Higiene Ocupacional (NHO) 06 da Fundacentro preconiza que o IBUTG deve ser corrigido em função da vestimenta utilizada pelo colaborador, enquanto o anexo 3 da NR-15 não aborda esta questão. Como a finalidade deste trabalho é a prevenção da exposição, e não avaliação de insalubridade, utilizaremos a metodologia para a avaliação da exposição ocupacional ao calor indicada pela NHO-06. As medidas de controle aplicadas no meio ambiente de trabalho com o objetivo de alterar a fonte ou a ação da trajetória do calor visando reduzir a taxa metabólica do trabalhador, produzir movimentação de ar, reduzir o processo de emissão de calor, tais como Insuflação de ar fresco, exaustão dos vapores de água emanados de um processo, utilização de barreiras refletoras (alumínio polido, aço inoxidável) ou absorventes (ferro ou aço oxidado) de radiação infravermelha, que devem ser colocadas entre a fonte e o trabalhador, ou automação do processo. Entre as medidas administrativas, citamos a fixação de tempos de exposição e tempo de repouso para recuperação. Atenção às perdas hidroeletrolíticas ocorridas em função da sudorese. A ingestão de água e eletrólitos, bem como o consumo de alimentação especial pelo trabalhador deverá ser feita sob orientação médica. · Fatores considerados: · Taxa de metabolismo exigidas pela atividade · Movimentação e renovação do ar ambiente · Existência de barreiras ue minimizam a incidência do calor radiante( reflexo, absorção) · Umidade relativa do ar · Região geográfica · Fontes geradoras de calor no ambiente · Processos a quente · Existência de períodos de descanso na atividade · Disponibilidade de água fresca · Critério para análise de severidade: A severidade deverá ser analisada de acordo com os possíveis danos à saúde do trabalhador, considerando que a exposição ao calor pode ocasionar desisdratação, estresse, esgotamento físico, exaustão, câimbra ou desmaios. O IBUTG funciona como um indicador, que abrange fatores causadores da sobrecarga térmica tais como altas temperaturas, metabolismo, calor radiante e alta umidade relativa do ar, e seus atenuadores como ventilação do ambiente, baixa umidade relativa do ar e baixa temperatura. Assim, adotaremos os critérios dispostos na NHO-06 para avaliar a severidade da exposição ao estresse térmico de acordo com os critérios gerais de avaliação, considerando-se que as medições quantitativasforam realizadas de acordo com a metodologia da NHO-06. · Critério para análise da probabilidade: A probabilidade deverá ser analisada de acordo com os critérios gerais descritos. · Frio: A exposição dos trabalhadores ao frio ocorre em função da necessidade de manutenção de produtos ou equipamentos, na maior parte das vezes visando atender às normas higiênico-sanitárias. No entanto, a exposição ocupacional ao frio pode comprometer seriamente a saúde do trabalhador, assim, a melhor maneira de prevenir lesões por exposições ao frio é mediante uma estratégia de gerenciamento de riscos que contemple avaliação e controle para mitigação dos efeitos do ambiente frio. O objetivo do gerenciamento da exposição ao frio é evitar que a temperatura interna do corpo do trabalhador caia abaixo de 36oC, uma vez que temperaturas inferiores a esta podem resultar em redução da atividade mental e redução da capacidade de tomar decisões racionais, protegendo assim dos efeitos danosos da sobrecarga por frio, em especial da hipotermia (temperatura interna do corpo inferior a 35oC). Impende destacar que a hipotermia é uma condição de risco de morte, com alta severidade associada. A legislação brasileira não estabelece uma avaliação quantitativa da exposição ao frio. Assim, para fins de prevenção, utilizaremos os parâmetros dispostos pela ACGIH de forma a avaliar a severidade da exposição ao frio. · FATORES CONSIDERADOS: · Taxas de metabolismo exigidas pela atividade (inatividade) · Esfriamento localizado (mãos e respitatório) · Movimentação e renovação do ar ambiente · Umidade relativa do ar · Chuva · Região geográfica · Altitude · Existência de período de descanso na atividade · Disponibilidade de água fresca · Exisgência de movimentos finos na realização da atividade · Fatores individuais: doenças endócrinas, idade do trabalhador ( idoso ou jovem), queimaduras ou lesões na pele, traumas, neuropatias, uso de drogas ou álcool. *Passos para avaliação da exposição: Adaptado de “ Passos para a gestão de risco para a avaliação de estresse e sobrecarga fisiológica por frio”, ACGIH: 1- Identificar e avaliar o Risco: A que temperatura o trabalhador está exposto? Quais os trabalhadores estão expostos ao risco? Interferências: temperatura do ar, ventos, chuvas, carga solar, imersão, estado do mar, altitude 2- Identificar e avaliar os fatores contribuintes: Taxa de trabalho, carga carregada, duração, disponibilidade de roupa e cobertura, alimento e água, experiência do trabalhador, condições físicas e saúde, gordura corpórea, status nutricional, fadiga, horário do dia. · Critérios para análises de severidade: A severidade deverá ser analisada de acordo com os possíveis danos à saúde do trabalhador, considerando que a exposição ocupacional ao frio pode causar hipotermia, enregelamento e, nos casos mais graves, pode levar ao óbito. · Critérios para anpalise de probabilidade: A probabilidade deverá ser analisada de acordo com os critérios gerais descritos. · Risco Biológico: Os riscos biológicos dizem respeito às bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros, desde que em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, sejam capazes de causar danos à saúde do trabalhador. As principais vias de contaminação biológica são as vias cutânea ou percutânea (podendo acontecer por lesões ou independente de lesões), a via respiratória (por bioaerossóis), a via conjuntiva e a via oral. Apesar da possibilidade de avaliação da concentração de particulados no ar, não existem limites de exposição ocupacional ou níveis de ação para os agentes biológicos em função de fatores diversos, dentre estes as susceptibilidades individuais, que não permitem estabelecer qualquer valor, mesmo que orientativo, para estabelecimento de níveis de segurança ou medidas de controle. Além do exposto, bioaerossóis são misturas complexas e a determinação das concentrações de bioaerossóis cultiváveis ou contáveis dependerá do método de amostragem e análise, o que inviabiliza as análises dos componentes dos bioaerossóis com um único método analítico. No entanto, a depender de necessidades particulares, a avaliação quantitativa pode ser recomendada com a definição clara dos critérios de avaliação e a definição de estratégias de amostragem que traga a melhor garantia e confiabilidade dos resultados, representando benefícios aos processos de avaliação e tomada de decisões. A avaliação da exposição aos agentes biológicos deve começar com a identificação cuidadosa dos agentes poluentes, assim como a coleta do máximo possível de informações sobre as características da atividade e seu entorno e as alterações de saúde existentes ou mesmo suspeitas. Contaminantes biológicos veiculados pela ar: Os contaminantes de origem biológica expostos pelo ar tratam dos bioaerossóis (partículas veiculadas pelo ar compostas de organismos vivos ou deles derivados). As atenções devem ser voltadas aos ambientes internos, especialmente aqueles com restrição de renovação de ar ou climatização artificial. A contaminação biológica interna é definida como a presença de bioaerossóis em concentrações que potencialmente podem causar doenças ou predispor os serem humanos a elas; concentrações inadequadas de bioaerossóis externos ou ainda microorganismos internos em crescimento e restos de cepas de contaminantes biológicos que podem ser potencialmente dispersos e aos quais os trabalhadores podem ser expostos. Deve-se buscar conquistar a qualidade do ar interior, esta sendo entendida como a condição do ar ambiental de interior, resultante do processo de ocupação de um ambiente fechado com ou sem climatização artificial. Principais fontes de poluentes biológicos e respectivas medidas de correção indicadas para ambiente interiores: Agentes biológicos Principais fontes em ambientes interiores Principais medidas de correção em ambientes interiores Bactéria Reservatórios com água estagnada, torres de resfriamento, bandejas de condensado, desumidificadores, umidificadores, serpentinas de condicionadores de ar e superfícies úmidas e quentes. Realizar a limpeza e a conservação das torres de resfriamento; higienizar os reservatórios e bandejas de condensado ou manter tratamento contínuo para eliminar as fontes; eliminar as infiltrações; higienizar as superfícies. Fungos Ambientes úmidos e demais fontes de multiplicaçãofúngica, como materiais porosos orgânicos úmidos, forros, paredes e isolamentos úmidos; ar externo, interior de condicionadores e dutos sem manutenção, vasos de terra com plantas. Corrigir a umidade ambiental; manter sob controle rígido vazamentos, infiltrações e condensação de água; higienizar os ambientes e componentes do sistema de climatização ou manter tratamento contínuo para eliminar as fontes; eliminar materiais porosos contaminados; eliminar ou restringir vasos de plantas com cultivo em terra, ou substituir pelo cultivo em água (hidroponia); utilizar filtros G-1 na renovação do ar externo. Tozoários Reservatórios de água contaminada, bandejas e umidificadores de condicionadores sem manutenção. Higienizar o reservatório ou manter tratamento contínuo para eliminar as fontes. Vírus Hospedeiro humano. Adequar o número de ocupantes por m2 de área com aumento da renovação de ar; evitar a presença de pessoas infectadas nos ambientes climatizados. Algas Torres de resfriamento e bandejas de condensado. Higienizar os reservatórios e bandejas de condensado ou manter tratamento contínuo para eliminar as fontes. Pólen Ar externo Manter filtragem de acordo com NBR16401 da ABNT Artrópodes Poeira caseira Higienizar as superfícies fixas e mobiliário, especialmente os revestidos com tecidos e tapetes; restringir ou eliminar o uso desses revestimentos. Animais Roedores, morcegos e aves Restringir o acesso, controlar os roedores, os morcegos, ninhos de aves e respectivos excrementos. Reprodução: RE09/2003 ANVISA Para a análise da qualidade do ar interno no que diz respeito à colonização, multiplicação e disseminaçãode fungos em ar ambiental interior, tomamos por base as diretivas constantes da norma técnica 01 da ANVISA. Outros riscos biológicos: Para cada agente biológico identificado, deverá ser efetuada investigação adicional com preenchimento de ficha individualizada com as seguintes informações: · Classe de risco · Vias de transmissão · Vias de entrada · Transmissibilidade, patogenicidade e virulência · Persistência do agente no ambiente · Dados estatísticos *Ressaltamos a importância de coleta e tratamento de dados serem realizados de forma multidisciplinar. Em caso de estabelecimentos que possuam Comissões de Controle de Infecção Hospitalar, sejam elas próprias ou terceirizadas, estas devem participar de forma ativa na identificação e classificação dos riscos biológicos, sendo demandadas durante todo o processo de proposição e avaliação da eficácia das medidas de controle. · Critérios para análise de severidade: Em primeiro lugar, consideraremos a classificação dos agentes biológicos de acordo com sua classe de risco, de acordo com o disposto no Anexo I da NR-32, conforme transcrito a seguir: “Os agentes biológicos são classificados em: · Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa probabilidade de causar doença ao ser humano. · Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. · Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. · Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de disseminação para a coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem causar doenças graves ao ser humano, para as quais não existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.” As informações adicionais constantes do Anexo II da NR-32 também serão consideradas, quais sejam os possíveis efeitos alérgicos, agentes emergentes e oportunistas, oncogênicos de risco baixo ou moderado, produção de toxinas, e a existência de vacina eficaz, assim como a transmissibilidade pelo ar. No caso de agentes em que a patogenicidade não é conhecida, considera-se como classe de risco 3. Assim, para a análise da severidade é preciso combinar as informações acerca do risco a que o trabalhador está exposto dentro dos critérios gerais descritos, considerando a magnitude da consequência e o número de trabalhadores atingidos. · Critérios para análise de probabilidade: Para a análise da probabilidade de exposição aos riscos biológicos, classificaremos a exposição inicialmente a partir da existência ou não da manipulação direta do agente: · Exposição com intenção deliberada - o trabalhador manipula diretamente o agente biológico. Ou seja: há certeza da exposição ao referido agente. (Probabilidade necessariamente PROVÁVEL) · Exposição não deliberada - Exposição decorrente da atividade laboral sem que esta implique na manipulação direta e deliberada do agente biológico. Assim, não há certeza da exposição ao referido agente. (Probabilidade PROVÁVEL, POSSÍVEL ou REMOTA) Além do disposto, deverão ser considerados os seguintes fatores: a. Geração de aerossóis b. Frequência de contato c. Quantidade manuseada (no caso de exposições não deliberadas, pouco se pode inferir sobre a quantidade manuseada, uma vez que os materiais manuseados são apenas o veículo). d. Tamanho e ventilação do ambiente A partir da avaliação dos fatores descritos, pode-se classificar a probabilidade de exposição com probabilidade baixa, média ou alta, conforme descrito a seguir: · REMOTA: EXISTÊNCIA DE CONTROLES - Quando a geração de bioaerossóis é reduzida ou controlada e esporádica. Quando o contato não é frequente durante toda a jornada de trabalho. Quando pequenas quantidades de materiais são manuseadas. · POSSÍVEL: CONTROLES COM FALHAS - Quando a geração de bioaerossóis é moderada e não contínua, ou alta, porém esporádica. Quando a frequência de contato não atinge a jornada de trabalho completa. Quando as quantidades de materiais manuseados são moderadas. · PROVÁVEL: INEXISTÊNCIA DE CONTROLES - Quando a geração de bioaerossóis é moderada ou intensa, porém contínua. Quando a frequência de contato ultrapassa 75% do dia. Quando grandes quantidades de materiais são manuseados. · Risco de acidentes: As atividades laborais podem oferecer uma grande variedade de situações que favorecem a ocorrência de acidentes, tais como acidentes com eletricidade, máquinas e equipamentos, quedas de altura, entre outros. · Critério para análise de severidade: A severidade deverá ser analisada de acordo com os possíveis danos à saúde do trabalhador, a considerar o acidente ocorrido, de acordo com os critérios gerais descritos. · Critério para análise de probabilidade: Para a avaliação da probabilidade de ocorrência de acidentes deverá ser avaliada a normatização específica da situação que oferece o risco. Exemplo: Risco de acidentes com uma prensa hidráulica - verificar o atendimento dos requisitos de segurança dispostos na Norma Regulamentadora 12. · Riscos associados às questões em ergonomia A ergonomia é a ciência que visa garantir que as ocupações e tarefas de trabalho sejam projetadas de forma compatível com as diversas capacidades dos trabalhadores, pois os distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho são um importante problema no âmbito da saúde ocupacional, cujo gerenciamento se dá através de um programa de ergonomia em saúde e segurança. A ACGIH reconhece que alguns agentes físicos, tais como vibrações e sobrecarga térmica, desempenham um papel importante na ergonomia. Outras considerações importantes incluem a duração do trabalho, repetições, estresses de contato, posturas e os aspectos psicossociais. Passos para a avaliação do risco ergonômico: Preparação: 1. Definição dos postos ou funções que serão analisados. 2. Definição dos avaliadores (mesmo em caso de consultores externos, fazse imprescindível a participação e escuta dos trabalhadores envolvidos no processo de avaliação, especialmente membros da CIPA, quando existente). 3. Descrição das atividades avaliadas, com especial atenção às diferenças entre trabalho prescrito X trabalho realizado. 4. Identificação dos problemas ergonômicos existentes, para cada atividade desenvolvida. 5. Identificação dos possíveis danos à saúde 6. Identificação dos controles operacionais existentes · FATORES CONSIDERADOS: · Adequação das instalações e processos aos preceitos da NR-17 (norma específica) · Controles de engenharia e administrativos existentes ou possíveis · Movimentos e esforços desnecessários · Uso de suporte mecânico para eliminar ou reduzir esforços exigidos para segurar ferramentas e objetos de trabalho · Seleção ou projeto de ferramentas que reduzam os esforços exigidos e os tempos necessários de utilização das ferramentas e melhora das posturas · Estações de trabalho ajustáveis pelo usuário que reduzam esforços e melhorem as posturas · Ferramentas e mobiliários adequados às tarefas e em estado de manutenção satisfatórios · Duração dos turnos de trabalho: levantamento de peso diário por períodos superiores a 8 horas · Frequência de levantamento de peso · Simetria nos levantamentos de peso com relação ao plano sagital · Associação dos movimentos de levantamento com torções · Levantamentos com apenas uma mão · Umidade e calor ambientes · Elevação de objetos instáveis (exemplo: líquidos com centro de massa deslocado) · Levantamentos coordenados por vários indivíduos · Acoplamento das mãos · Estabilidade dos pisos · Manutenção de posturas por períodos prolongados ATENÇÃO: Avaliação do conforto térmico. Como método sugerido para a avaliação do conforto térmico, a American SocietyofHeatingRefrigerationandAir ConditioningEngineers (ASHRAE), utiliza a seguinte escala, que contém sete pontos psicofísicos, chamada de PredictedMean Vote (PMV), que se caracteriza por ser um índice de voto prognosticado em sete pontos da escala de sensação térmica. A escala varia entre +3 (quente) a -3 (frio), conforme transcrito a seguir: Escala de sensação térmica: Pontos Sensação térmica -3 Fria -2 Resfriada -1 Levemente fria 0 Neutra 1 Levemente morna 2 Morna 3 Quente Fonte: ASHRAE 2004 Uma vez que o conforto térmico é um processo cognitivo influenciado por aspectos físicos, fisiológicos, psicológicos, dentre outros, o método possui discrepâncias, mas pode ser utilizado como complemento para se avaliar a percepção individual do estresse térmico pelos trabalhadores expostos. ATENÇÃO: A seleção de medidas de controle em ergonomia exige o parecer de profissionais devidamente qualificados. Os distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho podem ocorrer em diversas partes do corpo, devendo ser realizadas avaliações pormenorizadas e propostas medidas de controle adequadas. Para a triagem das atividades ou setores que demandam uma avaliação pormenorizada, recomendamos o desenvolvimento de uma avaliação ergonômica preliminar, nos termos do item 17.3.1 da NR 17. De acordo com o item 17.3.1.2, a avaliação ergonômica preliminar pode ser contemplada nas etapas de identificação de perigos e avaliação de riscos. Setores / atividades onde foi desenvolvida avaliação ergonômica preliminar: Resultados da avaliação ergonômica preliminar: Avaliação de controles: · Atendimento da NR17 · Adequação dos mobiliários e ferramentas · Revisão dos processos de trabalho · Determinar duração das tarefas · Determinar a frequência dos levantamentos de peso · Adequar as zonas de altura e localizações horizontais dos levantamentos · Controle de temperatura e umidade do ambiente * Ressaltamos a importância da análise das informações constantes da Análise Ergonômica do Trabalho, quando existente, de forma que as medidas de controle sejam indicadas a partir do disposto no referido documento. O desenvolvimento da Análise Ergonômica do Trabalho é de responsabilidade de profissional de nível superior com formação específica em ergonomia, uma vez que a profissão de Ergonomista não é regulamentada (Nota Técnica 287/2016 CGNOR/DSST/SIT. Segundo Santos, EF et Sanches CE, “através da análise do trabalho é possível entender a atividade dos trabalhadores (incluindo, por exemplo, postura, esforços, informação, condições ambientais, psíquicas, dentre outras) como uma resposta pessoal a uma série de determinantes, algumas das quais relacionadas à empresa (organização do trabalho formal, restrições de tempo, etc.) e outras relacionadas ao operário (idade, características pessoais, experiência, etc.).”. Assim, a mesma deve ser indicada quando da necessidade das referidas informações. Os autores complementam que “A estrutura da Análise Ergonômica do Trabalho se propõe à partir da análise da demanda, seguida pela análise da tarefa e das atividades (determinando os componentes da situação de trabalho que serão analisados e medidos), e a elaboração de um conjunto de resultados que interpretados, constituem um modelo da situação e provisão de melhoria na condição de trabalho”. · Critérios para análise da severidade: 1. Inócuo: (Empresa) Nenhuma alteração observada; (Trabalhador) Sem queixas. 2. Moderado: (Empresa) Redução da produtividade, perda de horas de trabalho ou afastamentos por causas relacionadas às questões ergonômicas; (Trabalhador) Reclamações ou lesões, com ou sem afastamento, pouco graves, com tratamento voluntário ou necessitando intervenções. 3. Severo: (Empresa) Redução da produtividade, perda de horas de trabalho ou afastamentos prolongados por causas relacionadas às questões ergonômicas, ações judiciais; (Trabalhador) Reclamações ou lesões com afastamento prolongado necessitando intervenções. · Critério para análise da probabilidade: 1. Remota: Requisitos da NR-17 atendidos. 2. Possível: Descumprimento de requisitos da NR-17. Já houve incidentes ou acidentes com ou sem afastamento. 3. Provável: Descumprimento grave de requisitos da NR-17. Há uma rotina constante de reclamações, incidentes, acidentes com e sem afastamentos. · Riscos psicossociais e de organização do trabalho: O incremento nos adoecimentos por transtornos mentais vem sendo observado nos últimos anos, motivo pelo qual o estresse laboral vem ganhando amplo espaço de discussão na literatura. Observa-se que a natureza do estresse ocupacional, assim como suas consequências sobre a saúde e a forma de abordar estes aspectos no meio ambiente de trabalho têm sido objeto de numerosas pesquisas, uma vez que são observadas graves consequências negativas da exposição ao estresse laboral e os custos gerados por estes adoecimentos revelam-se bastante elevados, tanto para as organizações quanto para a sociedade de uma forma geral. Trabalhadores submetidos a condições de alto estresse apresentam redução de produtividade, de qualidade das tarefas desempenhadas, e ainda estão relacionados a altas taxas de absenteísmo. Existem dois grandes grupos de estímulos potencialmente estressores, os físicos e os psicológicos. Exemplos de estímulos físicos estressores nas atividades laborais são aquelas que possuem alta demanda física, tais como a construção civil, coleta de lixo urbano, ou ainda atividades desenvolvidas em condições climáticas extremas, como o calor, entre outros. Para exemplificar estímulos psicológicos relacionados ao estresse laboral citamos as questões relacionadas à organização do trabalho, tal quais as metas de produtividade, muitas vezes inalcançáveis, baixa valorização do trabalhador, a insatisfação com o próprio trabalho, chefias opressoras, a falta de controle sobre a tarefa, o contato com público externo, trabalho noturno, a insegurança gerada pela precarização nas relações de trabalho frente ao desemprego, jornadas excessivas, entre outros. Importante destacar que a caracterização de um estímulo como estressor está relacionada à percepção do indivíduo em avaliar tal estímulo, portanto, os aspectos cognitivos desempenham um importante papel no processo que ocorre entre tais estímulos potencialmente estressores e as respectivas respostas individuais a estes. Os riscos psicossociais e relativos à organização do trabalho ainda representam um desafio em matéria de saúde e segurança no trabalho especialmente pelas dificuldades em desenvolver critérios objetivos de avaliação. Eles decorrem de deficiências na concepção da tarefa, da organização e gestão do trabalho, e ainda de contextos sociais de trabalho problemático, podendo ter efeitos negativos a nível psicológico, físico e social tais como estresse relacionado com o trabalho, esgotamento (conhecido como síndrome de Burnout) ou depressão. Um ambiente psicossocial positivo promove o bom desempenho e o desenvolvimento pessoal, bem como o bem-estar mental e físico dos trabalhadores. A prevenção é a melhor forma de combater o estresse laboral. O estudo da organização do trabalho, a conversa com os trabalhadores e o conhecimento da distância entre a tarefa prescrita e a tarefa real são o primeiro passo para que se possa entender os fatores estressores, estabelecer prioridades e assim desenvolver um plano de ação que seja adequado ao caso concreto, exequível e eficiente. No entanto, independente das particularidades da atividade, na construção do plano de ação é fundamental buscar seguir a hierarquia das medidas de proteção, qual seja: buscar eliminar o fator estressor, em seguida determinar medidas de controle que atuem sistematicamente na fonte, de forma a se conquistar resultados estáveis e duradouros, seguindo para medidas administrativas e apenas por fim a abordagem individual. Para a avaliação dos riscos psicossociais, será utilizada a ferramenta “Managing stress andpsychosocialrisksE-guide”, OiRA. · FATORES CONSIDERADOS · Estatísticas de absenteísmo e afastamentos por doenças relacionadasao estresse · Cargas de trabalho adequadas ou excessivas; · Metas abusivas · Exigências da tarefa e clareza na definição das funções; · Participação dos trabalhadores na tomada de decisões que o afetam e controle sobre a forma como o trabalhador executa o trabalho; · Planejamento e gestão de mudanças organizacionais; · Comunicação eficaz, apoio e integração de chefias e colegas; · Segurança e estabilidade · Possibilidade de ocorrência de violência na atividade · Trabalho noturno · Excesso de jornada · Atividades em contato com público · Critérios para análise da severidade: A severidade deverá ser analisada de acordo com os possíveis danos à saúde do trabalhador, considerando a situação enfrentada, a partir dos critérios gerais descritos. · Critério para análise da probabilidade: 1. Remota: Existem medidas de controle dos aspectos psicossociais que buscam mitigar os fatores estressores na fonte. 2. Possível: A mitigação dos fatores estressores é falha, sendo tomadas principalmente medidas corretivas a nível individual quando do surgimento de casos e afastamentos relacionados aos riscos psicossociais e de organização do trabalho. 3. Provável: Não há medidas de controle dos fatores estressores. Há uma rotina de reclamações, incidentes, acidentes com e sem afastamentos. 13-Ações contra o COVID19 – 2023 1. Com intuito de conter o vírus SarsCov 02, O centro de Diagnóstico por imagem CDI Rodrigues tomou algumas providências: 2. Protocolo de ações no enfrentamento do virús, detalhando ações a serem realizadas pelos diversos setores da empresa; 3. Treinamento específicos; 4. Instalação de barreiras físicas na recepção; 5. Instalação de totens de Alcool gel para utilização geral; 6. Fornecimento e obrigatoriedade do uso de máscaras; 7. Fornecimento de EPI´s (Protetor facial, óculos, capote, touca, luvas e mascaras descartável) com treinamento de uso dos mesmos; 14-CIPA De acordo com a NR 05 Todas as empresas privadas devem constituir a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. A A S PEIXOTO INSTALAÇÕES E MANUTENÇÕES -ME dispõe de um Técnica de Segurança do trabalho, que irá informar a CIPA da contratante as percepções de riscos e de melhorias para a contratada. Participar das reuniões ordinárias e extraordinárias, bem como ajudar nas ações de prevenção e de campanhas educativas da CIPA da contratante. As reuniões serão realizadas de acordo com o Cronograma de Reuniões Ordinárias, nas instalações da Unidade ABORDAGEM SOBRE O RISCO DE SINISTRO A Contratante possui extintores de combate a incêndios distribuídos pela empresa e demais unidades. REGISTRO E DIVULGAÇÃO DOS DADOS O registro de dados deverá estar sempre disponível aos colaboradores interessados ou seus representantes e para as autoridades competentes, também deverá ser mantido por um período mínimo de 20 anos, já que este é o prazo para prescrições das ações cíveis conforme determina o Art. 177 do Código de Processo Civil (CPC). CONCLUSÃO Os Riscos a que estão expostos os funcionários são provenientes das atividades comuns a cada um deles, a implementação e o acompanhamento sistemático das ações previstas e a margem de segurança das atividades acima descritas e contribuindo para a melhoria do padrão de qualidade operacional e dos serviços prestados pela empresa. Este Programa permanecerá válido enquanto forem mantidas as condições existentes na empresa por ocasião da vistoria. Quaisquer alterações que venham a ocorrer nas atividades, planta física e equipamentos exigirão novas análises. ANEXO Desenvolvimento do PPRA Poste abaixo o PPRA da empresa escolhida 9.2.1. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura: a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; b) estratégia e metodologia de ação; c) forma de registro, manutenção e divulgação dos dados; d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. 9.2.1.1. Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. 9.2.2. O PPRA deverá estar descrito num documento base contendo todos os aspectos estruturais constantes do item 9.2.1. 9.2.2.1. O documento-base e suas alterações e complementações deverão ser apresentados e discutidos na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas desta Comissão. 9.2.2.2. O documento-base e suas alterações deverão estar disponíveis de modo a proporcionar o imediato acesso às autoridades competentes. 9.2.3 O cronograma previsto no item 9.2.1 deverá indicar claramente os prazos para o desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do PPRA. · COMENTÁRIOS · O documento base deve conter todos os dados relativos a identificação da empresa, desde a razão social, endereço, ramo de atividade e grau de risco de acordo com a NR-4, número de trabalhadores, além do planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma. · As metas ou objetivos devem expressar o que a empresa deseja alcançar após a implementação do PPRA. As prioridades devem estabelecer o que será realizado dentro do cronograma previamente estabelecido, em relação as ações para se atingir as metas, indicando-se os referidos prazos. · Quando falamos em estratégia e metodologia de ação deve-se ser informada a forma como se pretende alcançar a meta, no prazo estipulado no cronograma bem como os métodos de trabalho a serem empregados. · No tocante a forma de registro, manutenção e divulgação de dados a NR busca resguardar as informações obtidas durante o desenvolvimento do PPRA podendo o registro ser realizado através de relatórios impressos ou de forma informatizada já que esses registros tem que ser preservados durante 20 anos. Com relação a divulgação a própria NR já fixa alguns parâmetros nos subitens 9.2.2.1./2. · No tocante a periodicidade da avaliação a própria NR estabelece no subitem 9.2.1.1. que deverá ser efetuada anualmente. · Muitas empresas tem contratado empresas de consultoria para elaborar o PPRA. O empregador deve tomar cuidado como o cronograma de atividades proposto pela empresa de consultoria e até mesmo pelo SESMT local. Ao aceitar o planejamento anual, o empregador assume um "passivo fiscal", isto é, para fins de fiscalização, o Auditor Fiscal do Trabalho, cobrará do empregador o cumprimento das atividades dentro dos prazos estabelecidos no referido cronograma. · Mesmo que as condições de trabalho não sejam alteradas a reavaliação anual deve ser revalidada por um novo documento e apresentado aos trabalhadores. O PPRA inicial deverá ser mantido junto com os documentos de reavaliação e guardados por vinte anos. Programa de Prevenção de riscos ambientais ZAP ALPINISMO 01/2023 a 01/2024 Estrada da Areia- Número 100 Boa vista – Cachoeiras de Macacu -RJ INDICE: DOCUMENTO BASE: 1. INTRODUÇÃO; 2. OBJETIVO; 3. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA; 4. ATIVIDADES DA EMPRESA; 5. CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE DE TRABALHO; 6. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES NOS SETORES DE TRABALHO; 7. QUALIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS; 8. DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES - INTEGRAÇÃO COM A CIPA; 9. DEFINIÇÕES; 10. ESTRATÉGIA E METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO; 11. ESTRUTURA DO PPRA; 12. DESENVOLVIMENTO DO PPRA; 13. ANTECIPAÇÃO, RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO DOS RISCOS; 14. MÉTODOS, TÉCNICA, APARELHAGENS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA A ELABORAÇÃO DO PPRA; 15. CONTROLES DOS RISCOS AMBIENTAIS; 16. EXISTÊNCIA E APLICAÇÃO EFETIVA DE EPI /EPC; 17. NÍVEL DE AÇÃO; 18. PERIODICIDADE, FORMA DE AVALIAÇÃO E REVISÃO DO PPRA; 19. ESTABELECIMENTO DE PLANO DE AÇÃO COM METAS, PRIORIDADES E CRONOGRAMA; 20. REGISTRO, MANUTENÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS DADOS;21. EXAME, DISCUSSÃO DO PLANO E CONCLUSÕES FINAIS; 22. BIBLIOGRAFIA 1- INTRODUÇÃO: Em 29 de dezembro de 1994, a Portaria nº25, aprovou o texto da Norma Regulamentadora, NR-9 que estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implantação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais – PPRA. O PPRA do estabelecimento deve estar descrito no Documento Base que contém os aspectos estruturais do programa, a estratégia e metodologia de ação, forma de registro, manutenção e divulgação dos dados, a periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do programa e o planejamento anual com o estabelecimento das metas a serem cumpridas com os prazos para a sua implantação conforme cronograma anual. Este programa constitui-se numa ferramenta de extrema importância para a segurança e saúde dos empregados, proporcionando identificar as medidas de proteção ao trabalhador a serem implementadas e também serve de base para a elaboração do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO, obrigatório pela NR-7. O PPRA tem também por finalidade atender às exigências previstas nos Decretos, Ordens de Serviço e Instruções Normativas oriundas do Ministério da Previdência Social - MPS e do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. A partir de 29 de abril de 1995, data da publicação da Lei nº. 9.032, a caracterização de atividade como especial depende de comprovação do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos em atividade com efetiva exposição a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, observada a carência exigida. 2- OBJETIVO: O PPRA tem como objetivo a preservação da saúde e a integridade física dos trabalhadores, através do desenvolvimento das etapas de antecipação, reconhecimento, avaliação e consequentemente o controle da ocorrência dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir nos locais de trabalho, levando-se sempre em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa, no campo da preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, estando articulado com o disposto nas demais Normas Regulamentadoras e Legislações Previdenciárias. Tendo também por objetivo avaliar as atividades desenvolvidas pelos empregados no exercício de todas as suas funções e ou atividades, determinando se os mesmos estiveram expostos a agentes nocivos, com potencialidade de causar prejuízo à saúde ou a sua integridade física, em conformidade com os parâmetros estabelecidos na legislação previdenciária vigente. 3- Identificação da empresa: DADOS DA EMPRESA: RAZÃO SOCIAL: A.S. PEIXOTO INSTLAÇÕES E MANUTENÇÕES - ME. NOME FANTASIA: ZAP ALPINISMO. CNPJ: 11.885.207/0001-07 4- ATIVIDADE ECONÔMICA: Instalações e Manutenções Elétricas (principalmente em trabalhos em altura). CNAE: 43.21.5-00 GRAU DE RISCO: 02 (Enquadramento realizado por similaridade com o CNAE 43.21.5-00 (atividade principal), sendo válido até a revisão da lista de CNAE pelo Ministério do Trabalho e Emprego – M.T.E.). EMPRESA ESPECIALIZADA NA REALIZAÇÃO DE TRABALHO EM ALTURA a) Riscos de quedas do mesmo nível e de nível diferente; b) Riscos de acidentes com ferramentas; c) Riscos de quedas de materiais; d) Riscos de danos aos equipamentos; e) Risos de choque elétrico; f) Desmoronamentos de estruturas (escada, andaimes, etc. g) Riscos de rompimentos de ancoragens de acesso por corda. ENDEREÇO: Estrada da Areia – Nº 100 – Casa – Boa Vista - Cachoeiras de Macacu - RJ CEP: 28.680.000 Horário de Funcionamento: Segunda a quinta, das 8:00 h. às 17 h Sexta feira da 8:00 as 16: 00 h. Jornada Diária: 08 (oito) horas Quantidade de Funcionários: 04 (contrato) 5- CARACTERISTICAS DO AMBIENTE DE TRABALHO As características do ambiente de trabalho deverão seguir os da contratante determinado pela Norma Regulamentadora N° 18. 6- DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NOS SETORES DE TRABALHO Cargo existente Nº de empregados Descrição das atividades Escalador industrial 3 Trabalha com manutenção industrial em locais de difícil acesso, sendo necessário o uso de equipamentos de escaladas para trabalho em altura (NR 35), e/ou rapel, realizando serviços de eletricidades e manutenções em geral. TABELA DE RISCOS 2023 Setor Função Risco Agente Exames complementares Periodicidade Operacional Alpinista industrial Risco de queda Trabalho em altura E.C.G. E.E.G. Audiometria Raio X torax Espirometria Hemograma completo Glicose Aval. Psicossocial Anamnese esp. Confinado Teste Romberg Exame clínico 12 Meses 7- QUALIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS: Responsável pela elaboração do PPRA: Debora dos santos Viana – Estudando do curso Técnico de Segurança do Trabalho Email: deborasanttos21@hotmail.com 8- DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES: 8.1 - DO EMPREGADOR: O empregador é o responsável por estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA, como atividade permanente da empresa. Informar aos trabalhadores sobre os riscos ambientais e meios disponíveis de proteção. 8.2 - DOS TRABALHADORES: Os trabalhadores têm como responsabilidade colaborar e participar na implantação e execução do PPRA. Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA; e informar ao seu superior hierárquico direto as ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar em riscos à saúde dos trabalhadores. 9- DEFINIÇÕES: 9.1 - HIGIENE OCUPACIONAL: É a ciência e a arte dedicadas à prevenção, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos existentes ou originados nos locais de trabalho, os quais podem prejudicar a saúde e o bem estar das pessoas no trabalho, enquanto considera os possíveis impactos sobre o meio ambiente em geral. 9.2 - RISCOS AMBIENTAIS: Para efeito da NR – 9 itens 9.1.5, que trata do PPRA serão considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, forem capazes de causar dano à saúde do trabalhador. De acordo com a IN-20/2007, são consideradas condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física, conforme aprovado pelo Decreto nº. 3048, de 06 de maio de 1999, a exposição a agentes nocivos químicos, físicos ou biológicos ou a exposição à associação desses agentes, em concentração ou intensidade e tempo de exposição que ultrapasse os limites de tolerância ou que, dependendo do agente, torne a simples exposição em condição especial prejudicial à saúde. · O núcleo da hipótese de incidência tributária, objeto do direito à aposentadoria especial, é composto de: i. Nocividade, que no ambiente de trabalho é entendida como situação combinada ou não de substâncias, energias e demais fatores de riscos reconhecidos, capazes de trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador; ii. Permanência, assim entendida como o trabalho não ocasional nem intermitente, durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço, em decorrência da subordinação jurídica a qual se submete. · Para a apuração do disposto no inciso I, há que se considerar se o agente nocivo é: a. Apenas qualitativo, sendo a nocividade presumida e independente de mensuração, constatada pela simples presença do agente no ambiente de trabalho, conforme constante nos Anexos 06, 13, 13-A e 14 da Norma Regulamentadora nº. 15 (NR-15) do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE e no Anexo IV do Regulamento da Previdência Social - RPS, para os agentes iodo e níquel; b. Quantitativo, sendo a nocividade considerada pela ultrapassagem dos limites de tolerância ou doses, dispostos nos Anexos: 01, 02, 03, 05, 08, 11 e 12 da NR-15do MTE, por meio da mensuração da intensidade ou da concentração, consideradas no tempo efetivo da exposição no ambiente de trabalho. O agente constante no Anexo: 09 da NR-15 do MTE, poderá ser considerado nocivo, mediante laudo de inspeção do ambiente de trabalho, baseado em investigação acurada sobre o caso concreto. Quanto ao disposto no inciso II, não quebra a permanência o exercício de função de supervisão, controle ou comando em geral ou outra atividade equivalente, desde que seja exclusivamente em ambientes de trabalho cuja nocividade tenha sido constatada. · AGENTES FÍSICOS: São diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores. Devem ser considerados durante as avaliações, os agentes físicos que se apresentam nas seguintes formas de energia: Ruído; Vibração; Pressões Anormais; Temperaturas Extremas; Radiações Ionizantes; Radiação não Ionizante; Infra-som e Ultra-som. · AGENTES QUÍMICOS: São substâncias ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, ou pela natureza da atividade de exposição possam ter contato através da pele ou serem absorvidos pelo organismo por ingestão, conforme abaixo: Poeiras; Fumos; Névoas; Neblina; Gases e Vapores. Para fins de reconhecimento como atividade especial, em razão da exposição à agente químico, indicado no Regulamento da Previdência Social – RPS, vigente à época dos períodos laborados, a avaliação deverá contemplar todas aquelas substâncias existentes no processo produtivo. · AGENTES BIOLÓGICOS: São os seguintes os agentes biológicos, que se apresentam nas formas de microrganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas, tais como: Bactérias; Fungos; Bacilos; Parasitas; Protozoários e Vírus, entre outros. · ASSOCIAÇÃO DE AGENTES: O reconhecimento de atividade como especial, em razão de associação de agentes, será determinado pela exposição aos agentes combinados exclusivamente nas tarefas especificadas, devendo ser analisado considerando os itens dos Anexos dos Regulamentos da Previdência Social, vigentes à época dos períodos laborados. 10- ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO: A estratégia e respectiva forma de atuação deverão ser desenvolvidas por meio de reuniões de planejamento, confrontação de relatos e dos dados de avaliações ambientais. Na metodologia de avaliação dos agentes ambientais, quando necessárias, deverão ser utilizadas as normas da Fundacentro e da ABNT usadas em Higiene do Trabalho, relacionadas no final deste documento. A priorização de avaliações quantitativas para os contaminantes atmosféricos e agentes físicos do ponto de vista do Programa de Prevenção de Risco Ambientais pode ser definida conforme a tabela abaixo, partindo-se sempre do nível do Grau de Risco identificado para a definição da prioridade das avaliações quantitativas a serem realizadas. 11- ESTRUTURA DO PPRA: O PPRA descrito nesse Documento Base contém os aspectos estruturais do programa, tais como: O planejamento anual com o estabelecimento das metas a serem cumpridas e com os prazos para a sua implantação; a estratégia e a metodologia de ação; a forma de registro; manutenção e divulgação dos dados bem como a periodicidade e forma de avaliação do seu desenvolvimento. 12- DESENVOLVIMENTO DO PPRA: O PPRA foi elaborado com base no desenvolvimento das etapas que seguem um programa de Higiene Ocupacional, que consiste em antecipação, reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho. A amplitude e a complexidade do PPRA dependerão da identificação dos riscos ambientais encontrados na fase da antecipação ou do reconhecimento. Caso não sejam identificados riscos ambientais, o PPRA se resumirá a fase de antecipação dos riscos, registro e divulgação dos dados encontrados. 13- ANTECIPAÇÃO, RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS: · ANTECIPAÇÃO: Esta etapa envolve a análise de novos projetos, instalações, produtos, métodos ou processos de trabalho ou de modificação já existentes. O objetivo é a identificação dos riscos potenciais e a introdução das medidas de controle necessárias, antecipando-se a exposição ao risco ambiental. · RECONHECIMENTO: Esta etapa envolve a identificação qualitativa e a explicitação, dos riscos existentes nos ambientes de trabalho, por um determinado Grupo Homogêneo de Exposição - GHE. NOTA: As Atividades e os riscos serão anexados no desenvolvimento das atividades Nota 1: O reconhecimento aqui descriminado trata-se de exposições já conhecidas pelas atividades desenvolvidas em diversos ambientes de trabalho, com base em documentos de PPRA já elaborados anteriormente. · AVALIAÇÃO DOS RISCOS: Envolve o monitoramento dos riscos ambientais para a determinação da intensidade dos agentes físicos a concentração dos agentes químicos, visando o dimensionamento da exposição dos trabalhadores. A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento, dimensionar a exposição dos trabalhadores e subsidiar o equacionamento das medidas de controle. Avaliação de Ruído Nível de ruído Tipo de ruído dB(A) Tempo de exposição Continuo/ intermitente Impacto 56,5 dB(A) 8h. X (*) Setor/Local: Os locais e setores mencionados são características gerais de ambientes diversos onde os trabalhadores em suas atividades laborais utilizam os equipamentos descritos, tendo como utilização de metodologia qualitativa para levantamento dos riscos em conformidade com NR-15 e seus anexos. 14- MÉTODOS, TÉCNICA, APARELHAGENS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA A ELABORAÇÃO DO PPRA: · Agente Físico Ruído: Foram identificados os grupos de trabalhadores que apresentavam iguais características de exposição, ou seja, os grupos homogêneos de exposição – GHE. As avaliações foram realizadas cobrindo um ou mais trabalhadores cuja situação correspondia à exposição típica de cada grupo considerado. O nível de pressão sonora médio deverá ser obtido através de utilização de medidor de leitura instantânea, decibelímetro, que avaliou a exposição ao ruído contínuo ou intermitente estando ajustado de forma a operar no circuito de ponderação “A” e circuito de resposta lenta (slow). Equipamento: Decibelimetro Modelo: HDB-900 Marca: HIKARI Escala: 35 a 100 dB (*) Certificado de calibragem do aparelho, deverá ser apresentado quando da apresentação dos resultados da avaliação. · Agentes Químicos: Avaliação qualitativa de risco. Após a fase de Reconhecimento de Riscos, a empresa deverá realizar avaliações quantitativas conforme cronograma de ações. · Agente biológico: Avaliação qualitativa de risco. 15- CONTROLES DOS RISCOS AMBIENTAIS: Envolve a adoção de medidas necessárias e suficientes para a eliminação ou redução dos riscos ambientais. As medidas preventivas serão obrigatórias sempre que for atingido o nível de ação, incluindo o monitoramento periódico, informação aos trabalhadores e o controle médico. O PPRA será de abrangência e profundidade gradual às características dos riscos e das necessidades de controle, sendo que nos locais onde não sejam identificados riscos, se limitará ao registro e divulgação dos dados coletados em campo. Quando detectada alguma exposição à saúde dos empregados, será comunicado ao Médico do Trabalho coordenador do PCMSO, para as devidas providências. Da mesma forma, toda vez que houver suspeita médica com relação à exposição ambiental, o Médico do Trabalho responsável pelo PCMSO, acionará o técnico responsável pelo PPRA, para as avaliações e sugestões de controles necessários à eliminação, redução a níveis toleráveis de exposição e/ou aplicação de medidas de proteção aos empregados. Deverão ainda ser propostas medidas necessárias e suficientes para a eliminação, minimização ou controle dos riscos ambientais sempre que for verificada uma ou mais das seguintes situações: · Riscos potenciais na fase de antecipação · Quando forem constatados riscos evidentes a saúde na fasede reconhecimento, · Quando os resultados das avaliações quantitativas forem superiores aos valores limites previstos na NR15 ou na ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists). · Quando, após a avaliação quantitativa dos agentes, for constatada exposição acima dos Níveis de ação, quais sejam: para agentes químicos, metade dos Limites de Tolerância; para ruído, a dose de 0,5. · Finalmente quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos. As medidas de controle a serem implantadas obedecerão à seguinte ordem hierárquica: 1. Medidas de controle coletivo; 2. Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; 3. Utilização de EPI. As medidas de controle deverão ser previstas no Plano de Ação constante do PPRA, após consenso com o responsável da instalação. Seguem alguns exemplos de medidas de controle a serem consideradas: · Substituição do agente agressivo; · Mudança ou alteração do processo ou operação; · Enclausuramento da fonte; · Segregação do processo ou operação; · Modificação de projetos; · Limitação do tempo de exposição; · Utilização de equipamento de proteção individual. 16- EXISTÊNCIA E APLICAÇÃO EFETIVA DE EPI / EPC: A NR- 6 (Norma Regulamentadora de n.º 6) da Portaria de n.º 3.214/78, que disciplina o assunto, define EPI (Equipamento de Proteção Individual), como sendo todo o dispositivo, de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador e, determina que as Empresas forneçam equipamentos de proteção individual a seus empregados sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho e/ou de doenças profissionais do trabalho. O equipamento de proteção individual, não deve, portanto, ser considerado uma medida de proteção definitiva, principalmente por não eliminar o risco de exposição aos agentes agressivos já que apenas torna as atividades exequíveis, e atua como complemento de segurança às medidas de proteção coletiva quando estas se mostram ineficazes ou inexistem. No entanto, é absolutamente indispensável, para que funcionem que: · Antes de usar o produto, o usuário, seja submetido a treinamento pelo empregador, de acordo com os padrões de saúde e segurança pertinentes; · Que, sejam rigorosamente observados os procedimentos de inspeção frequente dos equipamentos de proteção por pessoal especializado; · Que, sejam ministradas instruções de limpeza; · Que, sejam observadas instruções de armazenamento; · Que, seja procedida uma fiscalização constante de seu correto uso. 16.1- PROCEDIMENTO QUANTO AO FORNECIMENTO, USO, HIGIENIZAÇÃO, GUARDA, CONSERVAÇÃO, MANUTENÇÃO E TROCA DE EPI: 16.1.1 – FORNECIMENTO: O fornecimento dos EPI’s será realizado, considerando os riscos existentes nos locais de trabalho identificados neste documento. 16.1.2 – USO: Todos os trabalhadores deverão utilizar EPI’s adequados ao risco, apenas para a finalidade em que ele se destinar. 16.1.3 – HIGIENIZAÇÃO: Os EPI’s serão higienizados por empresa credenciada para a atividade. 16.1.4 – GUARDA: Os trabalhadores receberão treinamento para a guarda correta de seus EPI’s. Os mesmos ficarão guardados em armários. 16.1.5 – CONSERVAÇÃO: A empresa treina seus empregados quanto à conservação dos EPI’s. Cabe o empregado responsabilizar-se pela conservação do EPI, conforme item 6.7.1 da NR6. 16.1.6 – MANUTENÇÃO: A empresa responsabiliza-se pela manutenção dos EPI’s, quando aplicável. 16.1.7 – TROCA: Os trabalhadores são treinados a realizarem a troca de seus EPI’s, quando houver desgaste natural, contaminação ou outras situações que os tornem impróprios para uso. 17- NÍVEL DE AÇÃO: É o valor acima do qual deverão ser iniciadas as medidas preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição tais como: · Medições periódicas da exposição ocupacional; · Treinamento dos trabalhadores; · Acompanhamento médico com monitoramentos biológicos apropriados. Os níveis adotados são aqueles previstos na NR – 9. a) Agentes Químicos: Metade dos limites de exposição ocupacionais adotados; b) Ruído: Dose de 0.5 (50% de dose) do limite de tolerância previsto para a jornada de trabalho. 17.1 EPI - Equipamento de Proteção Individual: 17.2 Qualidade dos EPI’s: Os EPI’s. serão fornecidos gratuitamente pela, A.S. PEIXOTO INSTALAÇÕES E MANUTENÇÕES - ME. (ZAP ALPINISMO), com “Certificado de Aprovação” adequado a cada função e seu uso será obrigatório nas atividades de construção em conformidade com a NR-6. A utilização obrigatória de equipamentos de proteção individual no âmbito do programa deverá considerar as Normas Legais e Administrativas em vigor e envolver, no mínimo: a) Seleção do equipamento de proteção individual adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e, à atividade exercida considerando-se a eficiência necessária para o controle de exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário; b) Programa de treinamento dos trabalhadores quanto a sua correta utilização e orientação sobre as limitações de proteção que o equipamento de proteção individual oferece; c) Estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do equipamento de proteção individual, visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas; d) Caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação dos equipamentos de proteção individual utilizados para neutralização dos riscos ambientais. Planilha de Relação dos EPI’s Utilizados Equipamento de proteção individual Especificação Número do CA Funções que utilizam Calçado de segurança Calçado para proteção contra objetos perfurocortantes e outros Adquirir sempre EPI com CA, entregá-los somente com a emissão de termo de responsabilidade assinado pelo empregado. Escalador Óculos de segurança Óculos de Segurança contra claridade, fagulhas, ciscos e outros Adquirir sempre EPI com CA, entregá-los somente com a emissão de termo de responsabilidade assinado pelo empregado. Escalador Capacete de segurança Adquirir sempre EPI com CA, entregá-los somente com a emissão de termo de responsabilidade assinado pelo empregado. Adquirir sempre EPI com CA, entregá-los somente com a emissão de termo de responsabilidade assinado pelo empregado Escalador Protetor auricular Protetor auricular para proteção do sistema auditivo contra nível de pressão sonora maior que o estabelecido na NR15 Adquirir sempre EPI com CA, entregá-los somente com a emissão de termo de responsabilidade assinado pelo empregado. escalador Luva Multi tato (Hyflex) Luvas Multi Tato para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes Adquirir sempre EPI com CA, entregá-los somente com a emissão de termo de responsabilidade assinado pelo empregado. Cinturão de Segurança com Talabarte duplo Cinturão de Segurança com talabarte para proteção do usuário contra riscos de quedas no posicionamento em trabalho em altura. Adquirir sempre EPI com CA, entregá-los somente com a emissão de termo de responsabilidade assinado pelo empregado. Escalador 17.3 - FICHA DE ENTREGA DOS EPI’S A implantação deverá ser feita através de Ordem de Serviço, informando os riscos a que os funcionários estão expostos e suas responsabilidades no cumprimento das normas de segurança adotadas pela empresa (NR-1 - item 1.8). A empresa deverá: · Fornecer os EPI’s gratuitamente e notificar a entrega (vide modelo de ficha de controle/Termo de Responsabilidade). · Manter um fichário próprio, onde deverão ser registradas todas as substituições de EPI´s de cada funcionário. · Esclarecer quanto à sua necessidade e importância, educar, motivar e supervisionar.· Caso seja constatadas resistências poderão ser aplicadas medidas disciplinares: · ADVERTÊNCIAS VERBAL E ESCRITA · SUSPENSÃO · DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA OBSERVAÇÕES: 1. Constatado que os funcionários não utilizam os Equipamentos de Proteção Individual, a fiscalização poderá multar a empresa. 2. Empresas que utilizam Serviços de Terceiros devem exigir dos prestadores, o uso do equipamento de segurança cabíveis. Esta obrigação poderá ser explicitada no contrato. 3. Após o desligamento do funcionário, a ficha de controle de entrega de EPI’s deverá ser guardada juntamente com o prontuário do funcionário, visando a comprovação da entrega/treinamento/uso dos mesmos em eventuais reclamações trabalhistas B - OBSERVAÇÕES IMPORTANTES EM RELAÇÃO AOS EPI’S - LEGISLAÇÃO De acordo com a Norma Regulamentadora – NR 6 “EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI” da Portaria 3214 do MTE: item 6.6. Os itens 6.6.1. e 6.7.1. dá NR-06, prescrevem que: “Obriga-se o empregador, quanto ao EPI, a: a. adquirir o tipo adequado à atividade do empregado; b. fornece ao empregado somente EPI aprovado pelo MTE e de empresas cadastradas no DNSST/MTE; c. treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado; d. tornar obrigatório o seu uso; e. substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado; f. responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica; g. comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada no EPI. “Obriga-se o empregado, quanto ao EPI, a: a) usá-lo apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se por sua guarda e conservação; c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; A utilização de EPI´s, de acordo ao prescrito no item 15.4 e 15.4.1 da NR-15 da Portaria 3214/78 e art. 17.4, seção IX da CLT, neutraliza o agente insalubre existente: 17.5 “A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo”. 17.6 “A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer: a) com a adoção de medida de ordem geral que conserve o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; b) com a utilização de equipamento de proteção individual”. O EPI, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser colocado à venda, comercializado ou utilizado, quando possuir o CERTIFICADO DE APROVAÇÃO – CA, expedido pelo Ministério do Trabalho e da Administração – MTA, atendido o dispositivo no subitem 6.9.1. (item 6.5 da Norma Regulamentadora NR06). OBS.: Na compra dos EPI’s a empresa deverá solicitar cópias do C.A. (Certificado de Aprovação), C.R.F. (Certificado de Registro do Fabricante) e C.R.I. (Certificado de Registro do Importador) de cada equipamento adquirido. Todo EPI deverá apresentar, em caracteres indeléveis e bem visível, o nome comercial da empresa fabricante ou importador, e o número do C.A. (item 6.9.3. da Norma Regulamentadora NR-06). C- OBSERVAÇÕES IMPORTANTES EM RELAÇÃO AOS EPI’S Adequação dos EPI´s, conforme as características ambientais dos locais de trabalho e/ou das atividades a serem executadas: 1. Calçados de proteção: contra riscos de origem mecânica; calçados impermeáveis, para trabalhos realizados em lugares úmidos, lamacentos ou encharcados; calçados impermeáveis e resistentes a agentes químicos agressivos; calçados de proteção contra riscos de origem térmica; calçados de proteção contra radiações perigosas; calçados de proteção contra agentes biológicos agressivos; calçados de proteção contra riscos de origem elétrica; 2. Proteção do tronco: Aventais, jaquetas, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos em que haja perigo de lesões provocadas por: riscos de origem térmica, riscos de origem radioativa, riscos de origem mecânica, agentes químicos, agentes meteorológicos, umidade proveniente de operações de lixamento a água ou outras operações de lavagem; 3. Luvas e/ou mangas de proteção e/ou cremes protetores: devem ser usados em trabalhos em que haja perigo de lesão provocada por: materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes; produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, oleosos, graxos, solventes orgânicos e derivados de petróleo; materiais ou objetos aquecidos; choque elétrico; radiações perigosas; frio e agentes biológicos. 4. Creme de Proteção para Pele: luvas as vezes, não podem ser utilizadas em virtude dos riscos que representam para o operário, pois poderiam, com facilidade, enroscar nas máquinas, pondo em perigo a mão do trabalhador. Nestes casos, os cremes de proteção constituiriam medida viável e muito útil. 5. Uniforme (Opcional) OBS.: Observar maiores informações/detalhamento e demais itens na legislação vigente Norma Regulamentadora – NR 6 “EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI”, da Portaria 3214 do MTb. 17.7 EPC – Equipamento de Proteção Coletiva: a) Placas específicas de Segurança, Saúde e Meio Ambiente; Cone de Sinalização para ser colocado quando se realizar tarefas ao longo das vias. CONCEITUAÇÃO TÉCNICA: O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverão obedecer a seguinte hierarquia: a) Medidas que eliminem ou neutralizem a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde; b) Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho c) Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes aos limites de tolerância. A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos trabalhadores quanto aos procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam. Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou encontrar-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se a seguinte hierarquia: a) Medidas de caráter administrativo ou de organização de trabalho; b) Utilização de equipamento de proteção individual - EPI’s. 17.8 Metodologia e Estratégia de Identificação, Reconhecimento e Avaliação dos Riscos Ambientais. 17.9 Antecipação: A antecipação será efetuada através da análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação. Deve envolver uma pessoa com conhecimento técnico no assunto. O responsável da empresa deverá assegurar que toda modificação e/ou novo projeto a ser implantado seja avaliado preliminarmente com relação aos riscos potencialmente presentes. 17.10 Reconhecimento: O reconhecimento e, a identificação dos riscos ambientais requer a aplicação de uma ferramenta específica que auxilia a sistematizar os riscos no ambiente de trabalho e apresenta como resultado as prioridades de controle ambiental do ponto de vista técnico. Para proceder o Reconhecimento devemos caracterizar: a) O ambiente de trabalho, junto com a descrição do processo operacional para determinar e localizar as possíveis fontes geradoras e identificar as possíveis trajetórias dos meios de propagação dos agentes de risco; b) A força de trabalho verificando como está se relaciona com o processo e seus agentes, quais as atividades executadas por essas pessoas, com qual frequência e duração; c) Com detalhes as características toxicológicas e as consequências sobre exposição associada a cada um dos agentes presentes no ambiente de trabalho; d) A descrição das medidas de controle já existentes. Após caracterização do Trabalhador, Agente e Ambiente, agruparemos os funcionários de acordo com a homogeneidade da exposição, para que em seguida, realizemos a análise qualitativa e a priorização de ações à qual segue os seguintes procedimentos 18 - PERIODICIDADE, FORMA DE AVALIAÇÃO E REVISÃO DO PPRA: O PPRA será revisado sempre que necessário e pelo menosuma vez ao ano com o objetivo de avaliar o seu desenvolvimento e realizar os ajustes necessários, assim como o monitoramento ou reavaliação para verificação da eficácia das medidas de controle implementadas. 19 - ESTABELECIMENTO DE PLANO DE AÇÃO COM METAS, PRIORIDADES E CRONOGRAMA: De acordo com o levantamento de campo, foi elaborado um plano de ação contemplando atividades, metas e prioridades a serem implementadas de forma a eliminar, minimizar ou controlar os riscos ambientais. O objetivo destas recomendações é a minimização ou a eliminação da exposição dos trabalhadores aos riscos ambientais. I Pequena I I Média I I I Grande Etapa Principais etapas de medidas necessárias Prioridade Ações específicas necessárias Programação Responsável 1 Reconhecimento e avaliação do ambiente Imediata Diretoria I 2 Divulgar o PPRA para todos os colaboradores Após revisão Diretoria III 3 Divulgar o PPRA para todos os colaboradores. Permanente Diretoria III 4 Escolha de pessoa Designado conforme NR-5. Após revisão Diretoria II 5 Realizar capacitação para novos designados conforme NR-5. Anualmente Diretoria II 6 Realizar Especificação e registro dos EPI’s fornecidos aos empregados. permanente Diretoria III 7 Fornecer os EPI's de acordo com as especificações contidas no PPRA e evidenciar seu fornecimento. Permanente diretoria II 8 Realizar Treinamentos e Palestras específicas sobre Utilização, Guarda e Higienização dos EPI’s. Realizar treinamento da NR 35 (Trabalho em Altura) Permanente Diretoria II 9 Participar de treinamentos práticos de uso dos sistemas de combate a incêndio para atendimento em situações de emergências realizadas pela Contratada Permanente Diretoria III 10 Acompanhar as mudanças de avaliações Físicas, Químicas e Biológicas, realizadas pela Contratada. Permanente Diretoria II 11 Revisar PPRA, conforme item 9.2.1.1 da Norma Regulamentadora nº09 do MTE. Anual Diretoria II 12 DDS sobre adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Permanente Diretoria II 20 - REGISTRO, MANUTENÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS DADOS: REGISTRO: O Documento–Base do PPRA deverá ser mantido arquivado no estabelecimento por um período mínimo de 20 anos, bem como aqueles inerentes ao tema, tais como os Laudos Técnicos de Avaliação de Riscos Ambientais, etc. O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus representantes e para as autoridades competentes. DIVULGAÇÃO: A divulgação dos dados pode ser feita de diversas maneiras dependendo do porte do estabelecimento, as mais comuns são: · Treinamentos específicos; · Reuniões setoriais; · Programa de integração de novos empregados; · Palestras avulsas. 20.1 CRONOGRAMA DE AÇÕES CRONOGRAMA DO PPRA 2023/2024 Item Evento 01/ Jan 01/ Fev 01/ Mar 01/ Abr 01/ Mai 01/ Jun 01/ Jul 01/ Ago 01/ Set 01/ Out 01/ Nov 01/ Dez A Apresentar PPRA aos funcionários B Apresentar PPRA a diretores, Gerentes e encarregados C Realização de treinamento NR 35 (Trabalho em Altura) D Realização de treinamento NR 35 (Trabalho em Altura) E Equipamento de proteção coletiva F Equipamento de proteção individual G Realização de exames médicos H Fornece Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Certificados e Aprovados pelo MTE, conforme análise e reconhecimento da função e para a pratica das operações consignadas no presente quadro de ações. I Avaliação das fichas de EPI J Adequação do posto de trabalho aos funcionários K Desenvolver ações orientadoras quanto à Postura Correta no Trabalho e Princípios de Ergonomia L Desenvolver treinamento sobre princípios de segurança no uso de maquinas, equipamentos e ferramentas manuais, elétricas M Promover treinamento sobre o Uso Correto, Guarda e Conservação de Equipamentos de Proteção Individual – EPIs, sempre que houver admissão de novos funcionários, alteração de equipamentos ou processo de trabalho. N Tornar obrigatório o uso de EPIs através de Ordens de Serviço (O.S.), dando ciência ao trabalhador das implicações do não cumprimento. O Elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina no trabalho dando ciência aos empregados sobre riscos inerentes à função, prevenindo atos inseguros, determinando obrigações e proibições, advertindo de que estarão passíveis de punições pelo descumprimento. P Fornecer aos funcionários das áreas operacionais, protetores auriculares; orientar e obrigar seu uso quando exposto ao risco de ruído, consignando tal obrigação através de competente Ordem de Serviço. Q Anexar laudo de medição ao PPRA R Riscos Ocupacionais S Medidas de controle T Para funcionários que desenvolvam também atividades operacionais como limpeza e ordenação de ambientes, fornecer, treinar e tornar obrigatório o uso de EPIs adequados aos riscos específicos à operação. U Promover o treinamento do(a) responsável designado(a) pelo cumprimento dos objetivos da NR 5. V Revisões do PPRA 21 - EXAME, DISCUSSÃO DO PLANO E CONCLUSÕES FINAIS: O principal objetivo deste trabalho foi fornecer dados sobre a exposição ocupacional a que estão sujeitos os trabalhadores, servindo ainda como forma de auditoria anual ao Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. A responsabilidade técnica do presente documento, que foi confeccionado pelo profissional abaixo assinado, restringe-se exclusivamente as avaliações e recomendações realizadas pelo mesmo, ficando sob inteira responsabilidade da Empresa a implantação e acompanhamento das medidas de correção. No Caso de troca, alteração ou inclusão de novos equipamentos no ambiente de trabalho, bem como qualquer modificação no processo de produção, ou ainda novos ambientes, deverão ser avaliadas quanto aos riscos de exposições e suas priorizações. Encerramento: Este documento foi concluído em 26/01/2023. Caso os equipamentos constantes neste documento venham ser modificados, ou seja, incluídas quaisquer equipamentos ou modifique o ambiente de trabalho, deverão ser avaliadas quanto aos riscos de exposições e suas priorizações. 22 - BIBLIOGRAFIA: · Consulta das Normas Regulamentadoras NR 04; 05; 06; 09 e 15; · Foram feitas consultas diretas ao site Ministério do Trabalho e Emprego. Trabalho do Curso – Saúde Ocupacional