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Aula 03
Educação de 
Jovens e Adultos
Márcia Justino da Silva
Educação de Jovens 
e Adultos
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
ANALICE OLIVEIRA FRAGOSO
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor 
MÁRCIA JUSTINO DA SILVA
Olá, Caro estudante! 
Sou Márcia Justino da Silva e serei sua professora executora 
nesta disciplina de Educação de Jovens e Adultos. Sou Licenciada em 
Pedagogia, Pós-Graduada em Psicopedagogia Diferencial: Diferenças na 
Aprendizagem, Especialista em Psicanálise Aplicada à Educação e em 
Metodologia do Ensino na Educação a Distância e Mestre em Psicanálise 
Aplicada à Educação e Saúde (Curso Livre). Fui ex-coordenadora do 
Curso de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional 
– FAJOLCA. Atualmente atuo como professora de Graduação e Pós-
Graduação em diversos cursos na área de educação, sou Coordenadora 
Pedagógica da Consultoria Didática Escolar – Reforço Escolar, 
Professora Conteudista e Executora da EaD da UNINASSAU (Curso de 
Licenciatura em Pedagogia), do Instituto Federal de Educação ( Curso de 
Licenciatura em Matemática) e da Secretaria de Educação do Estado de 
Pernambuco (Curso Técnico em Secretaria Escolar). Tenho muito orgulho 
de minha profissão, pois acredito que só a educação é o caminho para o 
desenvolvimento pessoal, social e nacional. Estou muito honrada e feliz 
por ter a oportunidade de ajudá-los na construção do conhecimento, 
tornando-o uma aprendizagem significativa.
Estamos juntos nessa jornada!
Um abraço!
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
SUMÁRIO
EJA e novas tecnologias para promoção da aprendizagem..12
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a Educação a Distância 
(EaD) através dos Momentos Históricos (correspondência, 
rádio, televisão e internet) ......................................................................................12
Evolução da Educação a Distância no mundo e no Brasil ......13
As Tecnologias de Informação e Comunicação ...................... 14
O Letramento Digital na EJA: gestão e produção de 
conhecimento ............................................................................................. 19
Métodos de Ensino na EJA: os métodos semipresenciais .......21
Reconhecendo a Identidade, Diversidade e Bagagem Cultural 
na EJA ......................................................................................................................................21
Propostas Metodológicas para EJA .................................................24
Modalidades semipresenciais e a Distância na EJA ..............26
Educação de Jovens e Adultos 7
UNIDADE
03
Educação de Jovens e Adultos8
Caro estudante, seja muito bem-vindo a nossa disciplina! Chegou 
a hora de complementar seus estudos sobre a Educação Básica, 
adentrando em uma modalidade muito interessante, a Educação de 
Jovens e Adultos (EJA).
Você sabia que esta modalidade é relativamente jovem? Pois é, 
a princípio seu objetivo era apenas ensinar os adultos, que por algum 
motivo não foram alfabetizados na escola regular, a ler e escrever. 
Contudo, através dos tempos, houve mudanças significativas em 
sua proposta e objetivos, respaldada pela legislação e pelas políticas 
públicas educacionais.
Exatamente isto que veremos nesta unidade. Faremos uma viagem 
no tempo para que possamos compreender como se deu a construção 
do pensamento pedagógico da Educação de Jovens e Adultos- EJA- ao 
longo da história de nosso país, até os dias atuais. Vamos lá?
INTRODUÇÃO
Educação de Jovens e Adultos 9
Prezado(a) estudante, seja bem-vindo(a) a nossa Unidade III. Temos 
como objetivos nesta unidade:
 • Relacionar a EJA e a Educação a Distância- EaD- através dos 
momentos históricos ( correspondência, rádio, televisão e internet);
 • Identificar a Tecnologia da Informação e Comunicação- TICs- 
e como pode contribuir para a EJA;
 • Definir o letramento digital como possibilidade dos jovens 
e adultos, alunos da EJA, serem inseridos no mundo globalizado e 
informatizado, através de uma gestão de conhecimento;
 • Conhecer os métodos adotados na EJA, inclusive os métodos 
semi-presenciais e a distância de ensino.
Preparado para nossa viagem no tempo? Tenho certeza que será 
muito gratificante!
OBJETIVOS
Educação de Jovens e Adultos10
EJA e novas tecnologias para promoção 
da aprendizagem
Caro estudante, vamos lembrar a Unidade II?
 Refletimos sobre a prática docente na EJA e conhecemos como 
se dá a produção do saber. Falamos sobre a importância da escolha 
e contextualização do conteúdo com a realidade do aluno da EJA, 
possibilitando uma aprendizagem significativa. Pudemos Verificar a 
importância da didática específica para Educação de Jovens e Adultos 
e a diferença entre Pedagogia e Andragogia. Fizemos uma análise das 
tendências pedagógicas liberais e progressistas. Analisamos o processo 
de alfabetização e letramento, as opções metodológicas no trabalho 
docente, a questão da interdisciplinaridade e da interculturalidade na 
sala de aula da EJA. Finalmente, tivemos contato com o Método Paulo 
Freire e verificamos s como pode se trabalhar com o tema gerador, 
considerando diferentes contextos sociais. 
Foi muito boa esta experiência, não é mesmo?
Agora vamos a nossa última unidade dessa disciplina.
Vamos ao mundo da tecnologia, globalização e informação e 
contextualizá-lo com a EJA?
Vamos embora!!!
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) e 
a Educação a Distância (EaD) através dos 
Momentos Históricos (correspondência, 
rádio, televisão e internet)
Você deve estar lembrado que na Unidade I dessa disciplina 
e, também, nos estudos de História da Educação que a Educação a 
Distância não é uma inovação do século XXI. Segundo Barros (2003), 
as primeiras iniciativas de utilização da Educação a Distância datam do 
século XVIII, quando um curso por correspondência foi oferecido por 
uma instituição de Boston (EUA). A partir de então, podemos estabelecer 
uma cronologia da evolução da EAD no mundo. Vamos ver como se deu!
Educação de Jovens e Adultos 11
Evolução da Educação a Distância no mundo e no 
Brasil
Na Europa, no século XIX, foram realizadas experiências de 
EaD, através dos cursos por correspondência na Suécia, Reino Unido e 
Espanha. No início do século XX houve uma expansão dessa modalidade 
de ensino para países como a Austrália, Canadá e África do Sul.
Contudo, o fortalecimento da EaD apenas se deu na segunda 
metade do século XX, se estabelecendo como uma importante 
modalidade de ensino.
Na América Latina, países como Costa Rica, Venezuela, El Salvador, 
México, Chile, Argentina, Bolívia e Equador também implementaramprogramas de Educação a Distância, como aponta Barros (2003).
No Brasil, o desenvolvimento mais acentuado da EAD tem 
seu início no século XX, haja vista o processo de industrialização da 
economia, que traz a necessidade de uma implementação de políticas 
educacionais que formassem o trabalhador para ser inserido a esta nova 
realidade do mercado de trabalho. 
Caro estudante, a história da educação e, no que se refere 
à educação a distância no Brasil, sempre esteve ligada à formação 
profissional, capacitando as pessoas para desenvolverem atividades 
ou ao domínio de determinadas habilidades, sempre motivadas por 
questões de mercado de trabalho.
Nesse cenário a EaD surge como uma alternativa para atender a 
esta demanda, principalmente através de meios radiofônicos, pois permitiria 
a formação dos trabalhadores do meio rural sem a necessidade de 
deslocamento para os centros urbanos.
Já vimos em nossos estudos, que uma das grandes preocupações 
dos governos ao longo da história do Brasil, é a erradicação do 
analfabetismo. Portanto, a partir dos anos 30, as políticas públicas 
percebem na Educação a Distância uma forma de atingir um grande 
número de analfabetos, sem que houvesse a necessidade de locomoção 
e sem grandes reflexões sobre questões sociais.
Educação de Jovens e Adultos12
Com a chegada da televisão nos anos 50 no Brasil, possibilita 
o desenvolvimento de ideias relacionadas ao uso deste novo meio de 
comunicação na educação, surge nos anos 60 uma programação educativa.
 Na década de 70, a Educação a Distância começa a ser usada, 
também, para a capacitação dos professores, é criada a Associação 
Brasileira de Teleducação (ABT) e o MEC, através dos Seminários 
Brasileiros de Tecnologia Educacional.
Nesta mesma ocasião é criado o Projeto Sistema Avançado de 
Comunicações Interdisciplinares, que chegou a oferecer ensino a 16 mil 
alunos entre os anos de 1973 e 1974.
Em 1978 é criado o Telecurso 2º grau, sendo uma parceria da 
Fundação Padre Anchieta e Fundação Roberto Marinho, preparou jovens 
e adultos para exames supletivos de 2º grau. Em 1995, o Telecurso passa 
por reformulação, passando a se chamar Telecurso 2000, incluindo o 
Técnico de Mecânica.
Na década de 90, se dá a criação do Canal Futura, uma iniciativa 
de empresas privadas para a criação de um canal com programas 
exclusivamente educativos.
No final dos anos 90 vemos no Brasil o início do uso da internet 
comercial . Porém, somente a parir dos anos 2000 seu uso teve um grande 
repercussão. Atualmente vivenciamos novos desafios, principalmente 
no que diz respeito ao impacto nas novas tecnologias de informação e 
comunicação – TICs - na Educação a Distância (BATISTELLA, 2019).
As Tecnologias de Informação e Comunicação
A tecnologia está presente na história da humanidade. Ela 
está ligada aos avanços científicos, e as necessidades do homem 
de desenvolver ferramentas para facilitar o seu dia a dia. Portanto a 
tecnologia está associada ao bem-estar da humanidade.
Com os adventos como a globalização, a informatização, a internet, 
presenciamos uma verdadeira revolução na civilização contemporânea. 
Um dos desafios da educação no século XXI é acompanhar as mudanças, 
especialmente no que se refere a forma de aprender das crianças, jovens 
e adultos. 
Educação de Jovens e Adultos 13
VOCÊ SABIA?
O termo “tecnologia” vem do grego tekhne que significa 
“técnica, arte, ofício”, juntamente com a palavra logos, tam-
bém grega, que refere-se ao “conjunto dos saberes”.
Veja alguns conceitos sobre Tecnologia:
Blauner (1964) e Fleury (1978): “Se refere ao conjunto de objetos 
físicos e operações técnicas (mecanizadas ou manuais) empregadas na 
transformação de produtos em uma indústria”.
Pinto (2005): “conjunto de todas as técnicas de que dispõe 
uma determinada sociedade, em qualquer fase histórica de seu 
desenvolvimento”
Abetti (1989) e Steensma (1996): “um corpo de conhecimentos, 
ferramentas e técnicas, derivados da ciência e da experiência prática, 
que é usado no desenvolvimento, projeto, produção, e aplicação de 
produtos, processos, sistemas e serviços”.
Com a evolução das tecnologias digitais, temos uma avalanche 
de informações. Contudo é importante que pensemos, enquanto 
educadores, em estratégias que os alunos possam usar para filtrar os 
que são verdadeiramente relevantes e adequados.
As Tecnologias de Informação e Comunicação –TICs – proporcionam 
vários recursos que podem ser utilizados na educação. Para tanto, faz-
se necessário que haja uma mudança no papel do professor, deixando 
de ocupar o lugar central do processo ensino-aprendizagem, passando 
a ter uma atuação de parceria, lado a lado com o aluno, orientando, 
esclarecendo, estimulando a construção de competências e habilidades, 
através do diálogo e do entendimento das especificidades e diversidades 
encontradas nas salas de aula da turmas da EJA.
Grande número de jovens e adultos que frequentam a EJA, 
convive com a informatização e com as tecnologias, por exemplo: em 
suas residências, ao utilizarem o caixa automático de banco, ao usarem 
o cartão de crédito em um supermercado, dentre outras atividades.
Educação de Jovens e Adultos14
Portanto, cabe a escola, enquanto espaço de aprendizagem e 
de inclusão, acompanhar este desenvolvimento, promover no âmbito 
educacional o conhecimento tecnológico, que atenda aos interesses e 
necessidades desses alunos, ( FERREIRA e BRAGA, 2012)
Por intermédio do computador e do uso dos dispositivos 
tecnológicos, o professor pode facilitar a aprendizagem de determinado 
conteúdo. Para tanto faz-se necessário um planejamento, uma seleção 
e organização desses conteúdos.
A escola também precisa se transformar num espaço mais 
interativo, dinâmico, interessante, transformando os momentos de 
aprendizagem em momentos prazerosos.
Vejamos alguns exemplos de TICs que fazem parte de nosso 
cotidiano.
 • Computadores pessoais;
 • Notebook;
 • Smart TV;
 • Câmeras de vídeo, de foto e webcams;
 • Tablets;
 • Smartphones;
 • TV e rádio digitais;
 • Wi-Fi e Bluetooth;
 • Videogames, dentre outros.
Perceba, caro estudante, é engano considerar que basta o 
uso das tecnologias para garanti sucesso no processo de ensino é 
aprendizagem. Se o professor não modificar sua prática, a metodologia 
utilizada em sala de aula, não conseguirá sucesso em sua empreitada 
educacional. Segundo Moran ( 2000, p.32)
Cada docente pode encontrar sua forma mai adequada de 
integrar as várias tecnologias e os muitos procedimentos 
metodológicos [...] Não se trata de dar receitas, porque as 
situações são diversificadas, é importante que cada um 
encontre sua maneira de sentir-se, comunicar-se bem, ensinar 
bem, ajudar os alunos a aprenderem melhor.
Educação de Jovens e Adultos 15
As TICs devem ser usadas como ferramentas que auxiliam o 
professor a mediar o conhecimento. Portanto elas são meio e não fim, 
dando oportunidade aos alunos de utilizarem-nas como suporte para 
seus estudos, pesquisas e descobertas. 
Como vimos no vídeo, é necessário que os educadores revejam 
seus paradigmas e inovem sua prática, pois quando o aluno muda de 
lugar de espectador para de ator, de protagonista de todo o processo, 
é fundamental a coautoria, a participação efetiva do professor, a fim 
de contribuir para a formação de um cidadão responsável, engajado e 
comprometido com a nova sociedade.
 Reiteramos, portanto, a importância de se transformar a sala de 
aula da EJA num ambiente mais informatizado, comunicativo, onde haja 
troca de experiências.
Nessa perspectiva, é preciso que sejam planejadas situações 
de aprendizagem mediadas pelas Tecnologias da Informação e 
Comunicação, que promoverão uma aprendizagem significativa.
A utilização das TICs pela educação permite ao aluno aprender 
com mais facilidade, isto é incontestável. Contudo, é importante o olhar 
atento e diferenciado do professor para que possa realizarintervenções, 
realizar um acompanhamento da trajetória percorrida pelo aluno, 
durante o processo de ensino e aprendizagem.
O professor no papel de mediador, desenvolve projetos e 
atividades que estimulem os alunos a pensar, criar, refletir de forma 
inovadora, contribuindo para a disseminação do sabe.
ACESSE:
Tecnologia x Metodologia, disponível em: https://
youtu.be/QzwNpyoX1xk.
https://youtu.be/QzwNpyoX1xk
https://youtu.be/QzwNpyoX1xk
Educação de Jovens e Adultos16
SAIBA MAIS:
Convidamos, você, a assistir o vídeo: Roda de Conversa - 
Tema: o uso de novas tecnologias na educação. Disponível 
em: https://youtu.be/7a7JaNacWco.
Muito interessante a Roda de Conversa, não é mesmo? Os 
professores participantes ratificam a importância do professor se 
capacitar, através de formação continuada, para que tenha o domínio 
pedagógico e sobre a tecnologia que utilizará. Esses domínios irão 
se complementar e o professor incorporará novas formas de ensinar, 
refletindo sobre sua prática docente e aprimorando suas estratégias de 
ensino. ( VALENTE, 2002)
Outro aspecto que devemos considera é que, ainda hoje, 
encontramos professores que não utilizam nenhuma ( ou muito pouca) 
tecnologia em suas aulas. Muitas vezes por não se sentirem capacitados 
o suficiente para usar estas ferramentas de forma efetivamente produtiva.
Reiteramos, assim, que a utilização das novas tecnologias em sala 
de aula, não está dissociada do uso que o professor faz, tanto pessoal, 
quanto profissionalmente. Tais professores, afirma Mendonça (2010), 
reconhecem as facilidades que as TICs proporcionam à aprendizagem, 
mas acreditam que necessitam de um planejamento.
Agora vamos abordar um assunto bastante interessante, como se 
dá o letramento digital e como a gestão escolar pode contribuir para 
este processo.
Vamos lá!
https://youtu.be/7a7JaNacWco
Educação de Jovens e Adultos 17
O Letramento Digital na EJA: gestão e 
produção de conhecimento
Caro estudante, antes de abordarmos o letramento digital é 
importante que entendamos a diferença entre alfabetização e letramento 
e como se interligam.
A alfabetização se dá através de um processo de aprendizagem, 
onde se desenvolve a habilidade de ler e escrever. O letramento, por sua 
vez, desenvolve o uso competente da leitura e da escrita nas práticas 
sociais. Uma de suas principais diferenças está na qualidade do domínio 
sobre a leitura e a escrita. Enquanto o sujeito alfabetizado sabe apenas 
codificar e decodificar o sistema de escrita, o sujeito letrado vai além, 
sendo capaz de dominar a língua no seu cotidiano, nos mais diversos 
contextos e gêneros textuais.
Segundo Soares (2004), alfabetizar letrando é importante, porque 
garante uma aprendizagem relevante e significativa:
Alfabetizar letrando ou letrar alfabetizando pela integração 
e pela articulação das várias facetas do processo de 
aprendizagem inicial da língua escrita é sem dúvida o caminho 
para superação dos problemas que vimos enfrentando nessa 
etapa da escolarização; descaminhos serão tentativas de voltar 
a privilegiar esta ou aquela faceta como se fez no passado, 
como se faz hoje, sempre resultando no reiterado fracasso da 
escola brasileira em dar às crianças acesso efetivo ao mundo 
da escrita. (SOARES, 2004, p.12)
Antigamente, como já vimos na Unidade I, a educação para jovens 
e adultos tinha uma preocupação fundamental com a alfabetização do 
sujeito, habilitando-o a ler e escrever. No século XXI, temos um novo 
desafio, “alfabetizar letrando” numa perspectiva digital, haja vista que 
vivemos numa sociedade digital, num mundo tecnológico e digital e 
se faz necessário que contribuamos para que os alunos da EJA sejam 
incluídos, efetivamente, neste contexto. Muitos deles têm acesso a 
computadores, internet e celulares, porém, ainda encontramos aqueles 
que, além de analfabetos, não têm este contato com a tecnologia. As 
Educação de Jovens e Adultos18
TICs podem contribuir para a diminuição deste hiato, proporcionando 
uma maior interação com a leitura e escrita.
Sendo assim, de acordo com Soares ( 2002, p.148) [...] as mudanças 
que provavelmente estão ocorrendo, ou virão a ocorrer, na natureza do 
letramento – do estado ou condição de “letrado” e assim compreender 
melhor o próprio conceito de letramento.”
A compreensão, por parte do professor, de que o uso das 
tecnologias no processo de alfabetização e letramento é de fundamental 
importância para os alunos da EJA e sua vida prática, como por exemplo: 
o uso do microondas, do caixa automático, da sua smart TV, dentre 
outros. O mundo é digital! É preciso desconstruir a ideia de que ler e 
escrever se resume em apenas representações gráficas das letras e sua 
forma oral. 
Para que isto aconteça a escola tem que passar por uma 
transformação, permitindo o desenvolvimento de habilidades para 
utilização no cotidiano das tecnologias, através de práticas de letramento 
digital.
Xavier (2002) e Buzato (2003) afirmam que o letramento digital 
pressupõe o domínio das ferramentas digitais, mas de forma a garantir 
as práticas letradas, atribuindo sentido ao que se lê e escreve na tela, 
habilidades essas que envolvem a compreensão do emprego de 
imagens, sons, a não linearidade dos hipertextos, a seleção e avaliação 
das informações.
Desta forma, para que o sujeito seja considerado letrado, precisa 
ser competente para usar a leitura e a escrita em diferentes práticas 
sociais. Saber usar o computador, bem como smartphones e tablets 
como ferramentas, é um dos elementos que caracteriza um letrado 
digital. Entretanto, para ser letrado digital, é necessário ser, antes, 
letrado na língua mãe, tornando possível a utilização das TICs de forma 
consciente e crítica, explorando suas potencialidades.
A partir da inserção da utilização das TICs em seu planejamento, 
o professor da EJA possibilita a aprendizagem de novos conhecimentos, 
além dos conteúdos programáticos, desenvolvendo o domínio das 
tecnologias.
Educação de Jovens e Adultos 19
Os autores Oliveira, Ferreira e Braga ( 2012, p.2) nos trazem que:
[...] a utilização das TICs requer habilidades específicas e os 
alunos da EJA podem apresentar dificuldades ao utilizá-las. 
Nesse caso, o professor como mediador do conhecimento 
deve estabelecer uma maneira para que o aluno não se 
sinta desmotivado, ressaltando sempre a sua competência, 
e se possível estimular reflexões críticas e trabalhos de 
conscientização.
É preciso, então, que o professor conheça sua turma, através 
de uma avaliação diagnóstica, estabelecendo como acontecem suas 
interações com as tecnologias, dentro e fora do ambiente escolar e 
planejar o seu uso, inovando sua prática pedagógica e compreendendo 
como se acontece esse processo de letramento digital.
Métodos de Ensino na EJA: os métodos 
semipresenciais
Caro estudante, durante toda a nossa disciplina, percebemos 
o quão são importantes as metodologias pedagógicas (andragógicas) 
utilizadas na condução do processo de ensino e aprendizagem na 
Educação de Jovens e adultos, haja vista sua identidade, as diversidades, 
experiências de vida e bagagem cultural.
Vamos ver como se dá o reconhcimento desta identidade, 
diversidade e experiência dos alunos da EJA?
Reconhecendo a Identidade, Diversidade e 
Bagagem Cultural na EJA
Verifica-se que a identidade dos alunos da EJA é singular, pois é 
constituída de pessoas que não tiveram oportunidade de ingressar ou 
concluir seus estudos na época regular e dentro de sua faixa etária. 
Nos últimos tempos percebe-se uma modificação na identidade 
desse público. Por muito tempo vimos a EJA ser frequentada por 
jovens acima de 18 anos. Nas últimas décadas podemos verificar um 
aumento das matrículas realizadas pelos pais e responsáveis ou pela 
Educação de Jovens e Adultos20
“transferência” compulsória realizada por direções das escolas para os 
alunos com idade igual ou superior a 15 anos, mas que se encontramem 
defasagem idade/série.
Para Haddad e Di Pierro (2000), a presença de um público tão 
jovem em programas de alfabetização e escolarização voltados, até 
então, a adultos e idosos:
colocam novos desafios aos educadores, que têm que lidar 
com universos muito distintos nos planos etários, culturais e 
das expectativas em relação à escola”. Assim, os programas 
de educação escolar de jovens e adultos, que originalmente 
se estruturaram para democratizar oportunidades formativas 
a adultos trabalhadores, vêm perdendo sua identidade, na 
medida em que passam a cumprir funções de aceleração de 
estudos de jovens com defasagem série/idade e regularização 
do fluxo escolar. (HADDAD; DI PIERRO, 2000, p. 127).
Embora esse encontro de gerações possa enriquecer o ambiente 
escolar, trazendo benefícios com a troca de culturas e experiências de vida, 
em alguns momentos pode gerar conflitos, pois os adultos esperam encontrar 
na sala de aula da EJA um ambiente silencioso e tranquilo de aprendizagem. 
Na prática, eles têm que conviver com os jovens e sue extravasamento de 
energia, inerente da juventude. Isto contribui para alguns momentos mais 
tensos, pois há uma dificuldade de compreensão da necessidade do diálogo 
e da troca de opiniões durante os momentos de aprendizagem ou se sentem 
prejudicados, pois a rapidez de raciocínio do jovem não é acompanhada por 
um idoso.
A Resolução CNE/CEB n.º 3/2010, que institui Diretrizes 
Operacionais para a EJA, no parágrafo único do artigo 5º, não deixa 
dúvidas ao determinar que a Seed e as instituições de ensino da rede 
pública estadual devem
II - incentivar e apoiar as redes e sistemas de ensino a 
estabelecerem, de forma colaborativa, política própria para 
o atendimento dos estudantes adolescentes de 15 (quinze) a 
17 (dezessete) anos, garantindo a utilização de mecanismos 
específicos para esse tipo de alunado que considerem suas 
Educação de Jovens e Adultos 21
potencialidades, necessidades, expectativas em relação à vida, às 
culturas juvenis e ao mundo do trabalho, tal como prevê o artigo 
37 da Lei nº 9.394/96, inclusive com programas de aceleração 
da aprendizagem, quando necessário (BRASIL, 2010b).
ACESSE:
RESOLUÇÃO Nº 3, DE 15 DE JUNHO DE 2010, Dispo-
nível em: https://bit.ly/2EGHbwL.
Para “corrigir” esta defasagem idade/série, os governos estaduais 
vêm propondo Programas de Aceleração de Estudos como no Paraná, 
possibilitando o acesso, a permanência e o sucesso dos alunos que 
tenham ultrapassado em dois anos ou mais a idade regular prevista para 
o ano em que estão matriculados e o Projeto Travessia, desenvolvido em 
Pernambuco, desde 2007, voltado para estudantes do Ensino Médio da 
Rede Estadual de educação pública.
Dentro deste cenário temos que reconhecer a diversidade 
presente numa turma de EJA, não só pela faixa etária, mas por valores 
morais e culturais, formas de pensar, agir e aprender, sonhos e 
perspectiva de vida. Assim, os professores destas turmas precisam estar 
preparados para atuar diante da complexidade encontrada.
Segundo as pesquisas realizadas por Anzorena(2010), os 
estudantes da EJA , podem ser migrantes, imigrantes, indígenas, 
quilombolas, agricultores, pescadores, além de infratores privados de 
liberdade, nômades e seguidores de diversas religiões. 
SAIBA MAIS:
Projeto Travessia, disponível em: https://bit.ly/36XaGWZ.
Projeto de Aceleração de Estudos, Paraná. INSTRUÇÃO Nº 
11/2016 – SEED/SUED Disponível em: https://bit.ly/2SgmC1T.
https://bit.ly/2EGHbwL
https://bit.ly/36XaGWZ
https://bit.ly/2SgmC1T
Educação de Jovens e Adultos22
A diversidade da EJA também está pela regionalidade, haja vista a 
identidade local e regional. Portanto a proposta de ensino deve procurar 
oportunizar aos alunos a troca de experiências, valores, respostando 
suas especificidades, vontades, necessidades, viabilizando a construção 
de um sujeito ativo, autônomo, tanto no processo de aprendizagem, 
quanto em sua vida.
Propostas Metodológicas para EJA
Na unidade 2 verificamos a diferença entre Pedagogia e 
Andragogia, está lembrado(a)?
De acordo com Martins(2013) a Andragogia é uma abordagem 
pedagógica que considera o aluno um ser ativo no processo de 
aprendizagem. Quando o professor a adota, há o desenvolvimento de 
atividades que contribuam para construção do conhecimento de forma 
mais autônoma, tornando o estudante o centro do processo de ensino 
e aprendizagem.
 � Princípios da Andragogia
A autora cita ainda princípios da Andragogia como:
 • A necessidade de saber dos alunos: pensando no que os 
jovens e adultos querem e quais os ganhos terão com determinados 
saberes;
 • O autoconhecimento do aprendiz:o aluno é tratado como um 
ser ativo, capaz de autodirigir sua aprendizagem;
 • O papel das experiências: não desmerecer as experiências 
individuais dos alunos;
 • A prontidão para aprender: a aprendizagem deve estar 
relacionada ao cotidiano dos alunos, possibilitando a eles a relação dos 
conteúdos estudados com seus dia a dia;
 • A orientação para aprendizagem: Os conceitos estudados a 
partir dos conteúdos abordados poderão ser mais significativos ao aluno 
quando se tornam contextualizados, a partir do seu cotidiano e fazem 
sentido por terem utilidade em sua vida familiar, social e profissional;
 • Motivação: os alunos precisam de motivação intrínseca, isto 
é, elevado sua autoestima, ao serem valorizados e ao associarem aos 
Educação de Jovens e Adultos 23
estudos a possibilidade de seu desenvolvimento e de melhoria de 
qualidade de vida.
Caro estudante, vamos ver outra abordagem pedagógica, que 
tem ganhado terreno a partir do avanço das Tecnologias de Informação 
e Comunicação, a Heutagogia. Ela proporciona ao aluno uma 
aprendizagem através de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), 
construindo um perfil autônomo, ativo, colaborativo e participativo no 
aluno. A figura do professor exige uma mudança de paradigmas, pois 
atuará como mediador e facilitará a interação do aluno, embora haja 
uma separação física/ temporal entre professor e aluno. O professor 
atua, ainda, na elaboração dos materiais, na organização dos recursos no 
ambiente virtual (elaboração das salas) e nos modelos semipresenciais 
participa dos encontros (aulas).
Anzorena(2010, p110) nos esclarece os conceitos de Andragogia 
e Heutagogia:
As abordagens sobre Pedagogia, Andragogia e Heutagogia 
denotam que não há uma ruptura nem a intenção de 
preterir uma a outra, mas, sim, de estabelecer a transição 
de um ambiente para outro, em um continuum pedagógico. 
Enquanto a Pedagogia se preocupa com os saberes a serem 
adquiridos pelas crianças, a Andragogia se preocupa com os 
saberes já adquiridos pelos adultos e na Heutagogia, o aluno 
consegue incursionar, ele, próprio, pelos espaços formativos, 
por exemplo, em ambientes virtuais de aprendizagem.
Assim podemos verificar pontos positivos em ambas abordagens 
na elaboração do planejamento das práticas docentes na EJA, 
considerando a diversidade, a subjetividade de cada aluno, respeitando 
seu tempo e ritmo.
Numa perspectiva de uma proposta inovadora, devemos repensar 
nossas práticas seja no modo presencial, semipresencial ou a distância de 
ensino, onde o aluno seja, efetivamente, um sujeito ativo e participativo.
Agora vamos verificar como acontece a EJA nas modalidades 
semipresencial e a distância.
Em frente!
Educação de Jovens e Adultos24
Modalidades semipresenciais e a Distância 
na EJA
 Esta modalidade de educação a distância semipresencial as 
aulas no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) são mescladas com 
aulas presenciais, que podem ser semanais, quinzenais ou mensais. Os 
cursos realizados totalmente a distância, são desenvolvidos no AVA, 
sendo agendadas apenas as avaliações de forma presencial.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) na modalidade a distância 
( total ou semipresencial), traz mais flexibilidade para que o aluno 
possa concluir os estudos,proporcionando-lhes melhores condições 
de cumprirem com as suas obrigações escolares, haja vista que o 
público que frequenta a EJA é constituído por um número expressivo 
de alunos que são trabalhadores e precisam conciliar os horários de 
trabalho e de estudo.
Destacamos que em qualquer das modalidades de ensino, é 
fundamental uma educação que estimule a participação de todos os 
envolvidos no processo. Assim, é de fundamental importância a figura 
do professor, criando atividades inovadoras, criativas, motivadoras, 
diversificadas, propondo desafios e situações problema que facilitem a 
aprendizagem do aluno.
Caro estudante, é engano pensar que a EaD diminui a atuação 
do professor, pelo contrário, o mesmo deve procurar mudar sua postura 
numa perspectiva de assumir o papel de orientador de mediador, 
fazendo com que o aluno não se sita sozinho no ambiente virtual de 
aprendizagem. Segundo Souza, Fernandes & Barreto (2014, p.10):
A Educação de Jovens e Adultos a distância significa a 
possibilidade de articular no trabalho pedagógico, a realidade 
sociocultural dos estudantes, o desenvolvimento e os 
interesses específicos de cada educando, bem como os 
conhecimentos acumulados historicamente pela humanidade, 
a qual todos têm direito de acesso, de acordo com as políticas 
fundamentais que democratizam o saber.
Educação de Jovens e Adultos 25
Portanto, segundo os autores a EaD nos traz a necessidade de 
refletirmos sobre o papel dos educadores diante dessas novas demandas 
educacionais, través da inserção das TICs nas práticas pedagógicas.
Reiteramos, portanto, a necessidade do professor de estar em 
constante atualização, buscando conhecimentos e aperfeiçoamento 
tanto em sua áre de atuação, quanto de novos recursos e tecnologias 
digitais, a fim de que possa repensar e ressignificar suas estratégias 
educacionais.
Caro estudante, nesta unidade tivemos a oportunidade de 
Relacionar a EJA e a Educação a Distância- EaD- através dos momentos 
históricos e dos meios como: correspondência, rádio, televisão e 
internet. Abordamos a contribuição da Tecnologias de Informação e 
Comunicação para educação e em especial para Educação de Jovens 
e Adultos.
Nessa perspectiva de inovação, verificamos que nos dias 
atuais o conceito de letramento perpassa pela realidade digital, 
possibilitando os jovens e adultos da EJA serem inseridos no mundo 
globalizado e informatizado, através de uma gestão de conhecimento 
flexível. Finalmente conhecemos os métodos adotados na EJA, 
inclusive na modalidade a distância, podendo ser semipresencial ou 
totalmente a distância.
TESTANDO:
1. Em nossos estudos sobre a história da EaD, verificamos que no 
Brasil a EaD sempre esteve atrelada a necessidade de profissionalização. 
o desenvolvimento mais acentuado da EAD tem seu início no século XX 
devido:
A) A necessidade de profissionalizar os jovens e adultos das 
regiões metropolitanas;
Educação de Jovens e Adultos26
B) A necessidade de uma implementação de políticas 
educacionais que qualificassem o trabalhador para ser inserido na 
indústria;
C) A necessidade de educar as populações mais carentes;
D) A necessidade de atender ao mercado de comércio exterior;
E) A necessidade de melhorar a educação no país.
2. Preencha as lacunas
As TICs devem ser usadas como ferramentas que auxiliam o 
professor a mediar o conhecimento. Portanto elas são meio e não fim, 
dando oportunidade aos alunos de utilizarem-nas como suporte para 
seus estudos, pesquisas e descobertas. 
Estão corretas:
A) Transmitir; fim e não meio;
B) Facilitar; fim e não meio;
C) Mediar; meio e não fim;
D) Mediar; fim e não meio;
E) Reproduzir; meio e não fim.
3. Segundo Xavier(2002) e Buzato(2003), podemos considerar 
que é inerente ao letramento digital:
A) o uso competente da leitura e da escrita;
B) dominar a língua no seu cotidiano, reconhecendo os diversos 
gêneros textuais;
D) pressupor o domínio das ferramentas digitais, mas de forma 
a garantir as práticas letradas, atribuindo sentido ao que se lê e 
escreve na tela;
E) ter como preocupação fundamental a alfabetização do sujeito, 
habilitando-o a ler e escrever.
4. De acordo com Martins(2013) a Andragogia é uma abordagem 
pedagógica que considera o aluno um ser ativo no processo de 
aprendizagem. Assinale a alternativa que contempla os princípios da 
Andragogia, propostos pela autora:
Educação de Jovens e Adultos 27
I. O professor como centro do processo d ensino e aprendizagem;
II. O autoconhecimento do aprendiz;
III. A necessidade de saber dos alunos;
IV. Não levar em consideração as experiências individuais dos alunos.
Estão corretas:
A) I e IV;
B) I e II;
C) II e III;
D) Apenas a III;
E) Apenas a II.
Educação de Jovens e Adultos28
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	Eja e novas tecnologias para promoção da aprendizagem
	A Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a Educação a Distância (EaD) através dos Momentos Históricos (correspondência, rádio, televisão e internet)
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