Logo Passei Direto
Buscar

ERIVELTOM DS SANTOS

User badge image
THAIS MORAIS

em

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Prévia do material em texto

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ANA PONTES FRANCEZ 
 ERIVELTOM DOS SANTOS TRUVÃO
 ADPITAÇÕES DE FILOSOFIA 
 MECÂNICA
 
 Tucuruí – PA
 2022
 ERIVELTOM DOS SANTOS TRUVÃO
 Diretora: Alda Amorim
 Professora: Lindalva de Lima Leão
 Ensino Médio
 05/10/2022
 ADPITAÇÕES DE FILOSOFIA 
 MECÂNICA
 
 Tucuruí – PA
 2022
INTRODUÇÃO 
 A Filosofia se traduz num modo de pensar que acompanha o homem em sua tarefa de compreender o mundo e agir sobre ele. Conhecer os conceitos e a história da Filosofia amplia a nossa visão como um todo e nos permite ser donos de nosso próprio pensar, falar e agir. 
 A filosofia preocupa-se em responder perguntas sobre o conhecimento, valores (o que é o bem e o que é o mal), natureza (a origem das coisas), beleza e, claro, sobre o homem.
O objetivo é despertar a análise, reflexão e crítica da realidade, direcionada pelo pensamento filosófico, propiciam escolhas conscientes, o pensamento filosófico aproxima o homem do mundo e proporciona uma maior compreensão da realidade, tornando o ser humano capaz de ajustar suas escolhas e ações no convívio com o outro, com o mundo e, principalmente, em sua experiência profissional.
 
UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FILOSOFIA
1.1 A ORIGEM DA FILOSOFIA
 A palavra filosofia é grega e é composta por duas outras: philo e sophia, a primeira deriva-se philia, que significa amizade, amor fraterno. Já a segunda quer dizer sabedoria e dela vem a palavra sophos, sábio. Portanto podemos definir filosofia como, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. Foi atribuída a Pitágoras um filosofo grego a invenção da palavra Filosofia, pois segundo ele, a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens poderiam desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos. 
 Pitágoras utilizava as olimpíadas como forma de exemplificar a Filosofia em sua essência, deste modo ele queria dizer que o filosofo não é movido por interesses comerciais, não coloca o saber como propriedade sua, também não é movido pelo competir; más é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida; em resumo, o desejo do saber.
 Quando se diz que a filosofia é um fato grego, o que se quer dizer é que ela possui certas características, apresenta certas formas de pensar e de exprimir os pensamentos, estabelece certas concepções sobre o que sejam realidade, o pensamento, a ação, as técnicas, que são completamente diferentes das características desenvolvidas por outros povos e outras culturas. 
 A Filosofia é um modo de pensar e exprimir os pensamentos que surgiu especificamente com os gregos e que, por razões históricas e políticas, tornou- se, depois, o modo de pensar e de se exprimir predominante da chamada cultura europeia ocidental da qual, em decorrência da colonização portuguesa do Brasil, nós também participamos. Através da Filosofia, os gregos instituíram para o Ocidente europeu as bases e os princípios fundamentais do que chamamos razão, racionalidade, ciência, ética, política, técnica, arte. 
 Em minha opinião, os gregos deram uma contribuição extremamente valiosa para a humanidade, pois até os dias de hoje muitos dos pensamentos acerca da realidade e das relações entre razão e pensamento humano, não apenas se aplicam como também estes conhecimentos são repassados de gerações em gerações, parece ser algo atemporal.
1.2 FILOSOFIA DA LINGUAGEM
 É um ramo da Filosofia que toma a linguagem como objeto de investigação filosófico-linguística. Para tanto, ela mobiliza conceitos e métodos de ambas as áreas do saber filosófico e linguístico tendo em vista refletir sobre questões acerca do significado, dos limites e possibilidades da linguagem bem como a relação da linguagem com a realidade material e imaterial humana.
 Dentre os teóricos contemporâneos, cumpre destaque: Bertrand Russell, Frege, Searle, Wittgenstein, Austin e Grice, entre outros que, a seus modos, discutem os problemas filosóficos ligados à linguagem, como: sentido e referência, teoria dos atos de fala, dimensões sintática, semântica e pragmática da linguagem. No limite, a ampla experiência antropológica com a linguagem.
 Frege, filósofo e matemático alemão, considerado “pai” da lógica matemática, é um dos nomes mais relevantes da Filosofia Analítica da Linguagem em razão de sua contribuição à teoria do significado. Ele destitui a linguagem de todos os aspectos mentais, psicológicos e subjetivos que impediam e ou dificultavam a análise lógica da linguagem, centrada na questão do significado e distinguindo sentido de referência. 
 Sentido e referência são muito importantes na análise lógica da linguagem proposta por frege. Para compreendermos tais conceitos cumpre pensarmos num indivíduo que enuncia duas frases: “Shakespeare” e “O autor d’O Mercador de Veneza”, ambas as proposições têm o mesmo referente que é o dramaturgo inglês William Shakespeare, mas os sentidos evocados são diversos já que na primeira apenas relembra o nome do dramaturgo ao passo que na segunda anuncia a peça teatral escrita a mais de quatro séculos.
 Frege constata, ainda, que uma ideia pode ter sentido, mas não ter referente. Isso fica claro quando enunciamos proposições do tipo: “A Fonte da Juventude” ou “o maior número primo”. Essas e outras ideias dotadas de sentido são ausentes de referentes e estão muito presentes em nosso cotidiano. Desse modo, compreender o sentido dum conteúdo proposicional não assegura, segundo Frege, a compreensão, delimitação do referente.
1.3 RUSSEL
 Em sua “teoria das descrições”, Russel postula a não representatividade entre a forma gramatical e lógica da linguagem. Em razão disso, propõe que as “descrições definidas” sejam excluídas da linguagem. Essas descrições, por não fazerem referência a nenhum objeto existente não seriam nem verdadeiras nem falsas o que provocaria um choque com o princípio lógico do terceiro excluído.
 Exemplificando o que seria uma “descrição definida”, Russell apresenta a seguinte frase: “O atual rei da França é careca”. Essa é uma típica proposição impossível de ter a sua veracidade posta em questão já que não existe um rei da França e se ele não existe, não podemos julgar a veracidade desse suposto rei da França ser ou não careca. Também não pode ser considerada sem sentido, pois é gramaticalmente compreensível a todo falante da língua portuguesa. Para resolver esses impasses das descrições definidas em conferir existência ontológica a entidades não passíveis de atribuição de veracidade ou falsidade, Russell utiliza-se da análise lógica. Estabelece, por meio da Teoria das Descrições que somente objetos existentes podem ter propriedades.
1.4 WITTGENSTEIN
 Seu pensamento é dividido em duas etapas: 1 a do Tractatus. 2 das Investigações Filosóficas. Há entre essas etapas, concepções distintas de linguagem. Wittgenstein, semelhante a Frege e Russell, afirma que a forma lógica e a gramatical nãocoincidem. É preciso, segundo Wittgenstein, compreendermos a lógica da linguagem, para assim eliminar possíveis erros provenientes dessa, como por exemplo a errônea possibilidade da existência do não ser. Nesse sentido, a tarefa da Filosofia seria, segundo o filósofo, analisar a linguagem de modo a possibilitar a correspondência entre a verdadeira forma e os fatos. Por meio de sua “teoria pictórica do significado”, Wittgenstein, estabelece uma espécie de isomorfismo entre linguagem e realidade. Desse modo, a linguagem passa a representar o real pela plena correspondência entre linguagem e fato.
1.5 FILOSOFIA DA CULTURA
 Filosofia e a cultura é um tema produtivo. Sem exceção, toda cultura tem preceitos filosóficos, e nesses preceitos, são fundamentadas suas crenças, práticas sociais, ritos e costumes; que em conjunto, formam o que conhecemos como ''Cultura''.
 Mesmo tendo seu apogeu na Grécia antiga, a filosofia existia muito antes dela, e já transpassava por entre outras culturas: Os Persas tinham Zoroastro, Os Chineses Tinham Lao-Tsé e Confúcio, enquanto q os Indianos tinham Buda. Essa filosofia já existente, se apresentava fragmentada em mitos ou religiões na maioria das vezes. Desses fragmentos, foi surgindo a Filosofia como é conhecida atualmente.
A interdependência entre filosofia e cultura é quase que evidente, visto que a filosofia é uma área da cultura, e nutre-se da mesma.
1.6 A FILOSOFIA E A CULTURA GREGA
Desde seus primórdios, a Grécia foi o berço de criações e inovações, tais quais a poesia, a matemática, a arte, a dramaturgia, e, por fim, a Filosofia, que tomou forma, e teve seu apogeu na Grécia antiga. Nesse período da Grécia, a principal personagem era Sócrates, que mudou o panorama da Filosofia e da Humanidade, e fundou a chamada ''Filosofia Moral'', ou Ética. 
 
''Conhece-te a Ti Mesmo'' - Sócrates
 
Por causa de Sócrates, as pessoas passaram a adquirir um interesse por estudos, e conhecimento, com interesse não somente em conhecer a sua realidade externa, como também a interna. Platão e Aristóteles tiveram seu Apogeu nessa época, sendo o primeiro o mais importante interprete de Sócrates, uma vez que ele (Sócrates) não deixou registros escritos. Ao tomar cicuta, numa explosão cultural, Sócrates morreu, e por meio de Platão, nasceu sua obra, que será imortal.
1.7 A FILOSOFIA E A CULTURA MEDIEVAL 
 No período medieval, a Igreja Católica dominava quase que todo conhecimento existente. Parte desse período (o medieval) foi conhecido como idade das trevas, porém, no Sec. VIII, com as iniciativas de Carlos Magno, o conhecimento, antes retido em conventos, igrejas e mosteiros, e, no sec. XI, sob o patrocínio da Igreja, foram surgindo as primeiras universidades. Algumas famosas Universidades atuais nasceram nesse período, tais quais a Universidade de Bolonha em 1088, a de Nápoles em 1224 e a de Viena, em 1365. As discussões filosóficas nesse Período problematizavam o Valor do conhecimento humano
1.8 A FILOSOFIA E A CULTURA RENASCENTISTA 
 Inicia-se o período iluminista, que foi nessa época uma ''escola filosófica'', e o homem é colocado no centro do universo. O padrão de beleza grego das artes volta à tona, e traz consigo o estudo do desenho geométrico e da anatomia, estimulando até mesmo as artes Literárias. 
 Algumas pessoas, que tiveram grande importância na formação da sociedade como Gutemberg, Leonardo da Vinci, Maquiavel, Thomas Morus, Campanella, entre outros se importavam e exaltavam os feitos históricos, a vontade e a capacidade humana, a liberdade e a participação da vida na Cidade. O período renascentista também pode ser definido como uma volta ao período Grego
1.9 FILOSOFIA DA HISTÓRIA
 A Filosofia da História consiste na busca pelo sentido da História, isto é, pelo sentido da presença humana na Terra, seu destino e seu fim último.
Quando se estuda História, tem-se sempre a impressão de que houve um desenvolvimento contínuo e ininterrupto da humanidade rumo a um apogeu, cuja expressão é a civilização globalizada e tecnológica em que hoje vivemos. E mais que isso: tem-se a impressão de que ainda estamos caminhando rumo a um estágio mais aperfeiçoado ainda, como se o futuro tivesse sido “colonizado” por nós. O nome que se dá a esse tipo de “visão da História” sobre o seu destino — ou “especulação sobre o sentido do homem na Terra” — é Filosofia da História.
 Quem usou pela primeira vez essa expressão foi o filósofo francês Voltaire, no século XVIII, no auge do Iluminismo. Nos séculos anteriores, o homem conseguiu desenvolver o conhecimento científico e, a partir disso, criou instrumentos técnicos capazes de dominar a natureza. A Ciência Moderna deu ao homem segurança e autonomia, características que o impulsionaram à ação destinada ao progresso tecno científico. O século de Voltaire louvava essas características e interpretava o movimento da História sob essa ótica.
 Outros filósofos do século XVIII, também de inspiração iluminista, como o alemão Kant, desenvolveram suas filosofias da História sempre buscando uma unidade para todos os eventos particulares da História humana, visando à descoberta do sentido reservado para o homem. No século XIX, tal empenho por parte dos pensadores não cessou.
 Os filósofos George W. F. Hegel e August Comte, um alemão e um francês, respectivamente, também elaboraram suas filosofias da História. O primeiro dando destaque à “marcha do Espírito através das civilizações”, cuja realização maior seria o Estado Moderno. O segundo, criador do Positivismo, via na História uma marcha inexorável rumo ao progresso e tinha a razão como uma deusa a ser idolatrada.
 Houve também aqueles filósofos que possuíam uma filosofia da História negativa, que viam o mundo como uma compilação de sofrimentos, como era o caso do alemão Arthur Schopenhauer. A despeito das características particulares de cada filósofo da História, o que vale ressaltar é que essas tentativas de visões unitárias da História sempre acompanharam a humanidade desde os primórdios das civilizações, antes mesmo que a filosofia se desenvolvesse na Grécia Antiga.
 Alguns estudiosos da Filosofia da História indicam que as primeiras explicações para o sentido da história, entendida como um fim a ser alcançado, nasceram com os judeus na época dos patriarcas e desenvolveram-se com os profetas. Com o advento do Cristianismo, essa visão espalhou-se pela Europa e mesclou-se com as especulações filosóficas. A visão judaico-cristã de História é escatológica, isto é, espera os exatos, o fim da história com o juízo final. Mas o que os filósofos modernos citados acima, a começar por Voltaire, fizeram com essa ideia? Esses pensadores secularizam-na, isto é, transpuseram para a realidade terrena a esperança escatológica da tradição judaico-cristã que vigorava até a Idade Média.
 O progresso, a razão e a tecnologia seriam a promessa de perfeição terrena para o homem, em contraposição à esperança de uma vida eterna após o “Fim da História” e o “Juízo Final”. Portanto, a Filosofia da História, apesar de ser estudada por poucos que se interessam pela História, merece atenção especial, pois nos mostra que a busca pelo sentido da História é tão importante quanto saber os acontecimentos históricos.
10. O HOMEM COMO UM ANIMAL POLÍTICO
 Um aspecto importante na análise marxista da individual dade do ser humano é a referência explícita e literal que Marx faz à famosa definição aristotélica de homem (presente tanto na Política como na Ética) como zoónpolitikón (animal político). Para Aristóteles, “o homem é por natureza um animal político”, isto é, um ser vivo (zoón) que, por sua natureza, é feito para a vida da cidade (biós politikós, derivado de pólis, a comunidade política). No contexto da filosofia de Aristóteles, essa definição é plausível e revela a intenção teleológica do filósofo na caracterização do sentido último da vida do homem: o viver na pólis, onde o homem se realiza como cidadão (politái),manifestando, no termo de um processo de constituição de sua essência, a sua natureza. Parece claro para os intérpretes de Aristóteles que o zoón politikón não deve ser compreendido como animal sociais da tradução latina.
 Este desvio semântico resultou num sentido alargado do termo grego que acabou se identificando com o social. Para Aristóteles, o social significava mais o instinto gregário, algo que os homens compartilham com algumas espécies de animais. O simples viver junto, em sociedade, não caracteriza a destinação última do homem: a “politicidade”.
 A verdadeira vida humana deve almejar a organização política, que é uma forma superior e até oposta à simples vida do convívio social da casa (oikía) ou de comunidades mais complexas. A partir da compreensão da natureza do homem, determinados aspectos da vida social adquirem um estatuto eminentemente político, tais como: a noção de governo, de dominação, de liberdade, de igualdade, do que é comum, do que é próprio, etc.
 Quando Marx afirma que “O homem é, no sentido mais literal, um zoón politikón, não apenas um animal social-gregário, mas um animal que pode se individualizar na sociedade”, a referência ao zoón politikón de Aristóteles é explícita. Resta saber qual o alcance que Marx dá à interpretação aristotélica, e quais as implicações que essa referência traz para a ideia marxista de indivíduo, de socie dade e de política. Nos textos de Marx pela velha Grécia, evidencia uma ligação com o ideal político grego, a ponto de Hannah Arendt afirmar que o ideal de Marx da melhor forma de sociedade não é a utopia, mas a reprodução das “condições políticas e sociais da mesma cidade-estado ateniense que foi o modelo da experiência para Platão e Aristóteles e, portanto, o fundamento sobre o qual se alicerça nossa tradição”.
 A ênfase do sujeito que alcança um momento superior da sua individualidade como animal político, na Koinonía politiké, encontra sua versão moderna na Filosofia do Direito de Hegel. A dialética entre o particular (o bourgeois da sociedade civil-burguesa) e a universalidade do Estado produz uma singularidade política, a do citoyen, membro do Estado. Marx critica essa dialética, na medida em que ela é a expressão(ideológica) de um processo real que desfigura a realidade individual
concreta dos homens, transportando-a da terra para o céu da política.
 O que Marx denúncia é a impossibilidade de realização do paradigma
aristotélico do homem como zoón politikón na sociedade capitalista, porque nela, o que de termina o político é, precisamente, o seu páthos(o social econômico), subtraindo do político o necessário conteúdo de uma individualidade humana na realização da sua essência. É nesse sentido que Marx afirma que o “homem não é senão a individualização do dinheiro”.
 Uma segunda tese importante – vinculada à primeira, ou seja, a de que a superior individualidade do homem é política – é a de que o homem se individualiza na história: “o homem só se individualiza– diz Marx – por meio do processo histórico. Aparece primitivamente como um membro da espécie, um ser tribal, um animal de rebanho, e de modo algum como um zoón politikón”. Trata-se de pensar o indivíduo nas formas sociais que determinam a sua individualidade e de compreendê-lo dentro de universalidades históricas engendradas pelo modo como os homens estão socialmente e economicamente organizados.
 Marx esquematiza o processo de individualização do homem na história retratado dialeticamente por três momentos: 
a) unidade primitiva; 
b) pré-capitalista, em que o indivíduo não se diferencia da comunidade; um momento da cisão, separação (capitalismo), em que o homem adquire o estatuto de indivíduo, uma individualidade deter- minada pela comunidade real do mercado;
c) e um terceiro momento(comunismo) de superação do estado anterior, em que é possível a constituição da individualidade do homem como animal político, ou
o livre desenvolvimento do indivíduo.
 Entre a utopia regressiva dos gregos e o ideal da sociedade comunista, restam a análise da realidade social e política do capitalismo. Contudo, a comunidade existente (aquela que é constituída pelos laços materiais da sociedade capitalista) é criticada em nome de uma individualidade (política); e, inversamente, a individualidade
social existente (aquela que é criada pela abstração de um indivíduo autorreferente) é criticada em nome de uma comunidade humana.
 Assim, a sociedade capitalista, ao engendrar o individualismo (direitos e liberdades individuais, autonomia e dignidade da pessoa humana) frustra o seu potencial de realização encarnado na dimensão exclusivamente política, que esse individualismo deve conter. Por isso, por não realizar essa dimensão política, o individualismo da sociedade capitalista é criticado sob o olhar de uma comunidade na qual o viver comunitário permite uma forma de relações políticas entre os homens
que não depende mais do determinismo da vida social privada.
 Dallari (2002) também apresenta o homem como animal político, no sentido que este está sempre em relação com o seu semelhante. O homem vive em sociedade não somente por contingência de sobrevivência, mas porque a sua própria natureza assim o exige. Segundo Chardin in Dallari (2002), o homem é centro de referência porque constitui objetivamente a coroa e a meta da evolução; constituindo-se em seu próprio sentido. Portanto, homem e natureza constituem um complexo no qual se complementam. Não se consegue entender o homem sem a natureza e o inverso também não teria qual quer sentido e nem razão de ser.
 Ambos se encontram interligados e inacabados, porém em constante evolução, de modo tal que o homem transforma a natureza e a realidade por ele criada, ressentindo-se em ambos os efeitos dessas transformações. Entretanto não existe um único ser humano e sim milhões de seres humanos que se relacionam entre si
transformando-se a si mesmos, à natureza, e à realidade surgida dessas
relações. O homem não pode ser entendido como um ser isolado, mas em comunhão com os outros homens. O que se conclui que o homem é um ser de relações. Aí está o fundamento para a necessidade da participação política; é a partir dela que as relações se concretizam. As relações (portanto, o próprio homem) se fazem como resultado da participação política e da sua práxis transformadora.
10.1 ÉTICA
 A ética é uma matéria teorética, e o filósofo moral está preocupado com a natureza da vida virtuosa, nos valores morais, na validade de determinadas ações e estilos de vida.
 É uma atividade analítica e está em busca de significados para os termos que aparecem em declarações éticas, do tipo: “bom”, “errado”, “certo”, “responsável”, “deve”, “deveria”, “quem mandou fazer assim”, etc. A ética está interessada em atribuir modos de ação que devem ser seguidos ou reverenciados pelas pessoas. O filósofo moral coloca-se na posição de um homem comum ou de uma mulher apanhado em um dilema moral, e procura princípios para orientar a ação apropriada. Não se preocupa somente nos argumentos de a ação é certa ou errada, mas se preocupa com o princípio que justifica esta ação. Logo, o filósofo trabalha na direção
de apontar uma solução que seja universal ou que possa ser aplicada de modo geral em situações semelhantes. O relativismo moral ou ético argumenta que os princípios de ações universais ou absolutas são impossíveis, porque dependerá da situação e da cultura de cada indivíduo.
10.2 A FILOSOFIA DA RELIGIÃO
 A filósofo da religião está interessado em analisar e avaliar as informações acerca das religiões, com vistas a descobrir o que significam e se são verdadeiras. Ao tratar da natureza e do conhecimento religioso, tanto o filósofo quanto o teólogo têm interesses idênticos, contudo na interpretação do texto bíblico já não existirá convergência de argumentos.
 Os assuntos principais que interessam ao filósofo da religião, são as perguntas acerca da natureza da religião;as características definidoras das crenças que se acham em todas as religiões; os argumentos em prol da existência de Deus; os atributos de Deus; a linguagem religiosa; e o problema do mal.
 No século XVIII Kant argumentou a existência de três argumentos racionais em prol da existência de Deus. São os argumentos “ontológico”, “cosmológico” e “teleológico”. Mais tarde os filósofos da religião acrescentaram o argumento “moral”.
Dentro dos filósofos da religião existe um grupo conhecido como “a teólogos”, que de- senvolveram várias provas que procuram comprovar a inexistência de Deus.
10.3 O UNIVERSO DAS ARTES, ARTES E FILOSOFIA
 Desde o início da humanidade o ser humano era e é um ser muito criativo, pois o homem nasce com especificidades culturais, psicológicas e sociais, o que permite fazer ligações com a natureza e com o mundo, independendo de cultura e do desenvolvimento interno de seu ser, dessa forma, explora e estimula sua criatividade em seu cotidiano. 
 Sans (2001, p. 24) ressalta que:
“A criatividade é considerada como parte essencial do homem, a qual dá equilíbrio à vida, auxiliando-o em seu cotidiano, nas resoluções de problemas e tornando o homem um ser mais criativo”.
 Sendo a arte e a filosofia parte integrante desse movimento que possibilita a
representação e a interpretação do mundo, onde são desenvolvidas tais habilidades de seleção, classificação, identificação, entre outras, indispensáveis para organização humana.
 A parceria entre a filosofia e a arte torna possível tratar com alegria e leveza
alguns temas importantes e complexos da cultura e da existência, tais como o
sentido da realidade, o lugar da ciência na sociedade, as interpretações do corpo
e da natureza, a relação entre arte e verdade, a transitoriedade do amor e a
inevitabilidade da morte. (FEITOSA, 2009, p. 8).
 O filósofo Charles Feitosa (2009, p. 7) enfatiza que a história da filosofia é a ‘nossa própria história’; afinal somos o resultado de um longo processo de errâncias”. O que nos leva a pensar que toda e qualquer reflexão a respeito dos problemas sociais, será inútil se não considerarmos suas origens. A história da filosofia pode, entretanto, funcionar como uma intimidação, tolhendo nossa capacidade de pensar criativamente. Por isso o caminho que se segue coloca a prioridade nos temas e recorre à história sempre em segunda instância”. (FEITOSA, 2009, p. 7-8).
 A presença da história da arte também pode ser identificada em diversas manifestações, pois desde os primórdios, o homem já utilizava o desenho como uma forma de linguagem. Pintando em suas cavernas cenas do seu cotidiano, como a caça, sua sobrevivência e as pessoas com as quais conviviam. Sousa (2005, p.33) menciona que muitos fatos históricos ainda hoje são evidentes e reconhecidos por meio de textos não-linguísticos, compostos principalmente por imagens e objetos que revelam, na sua forma e no seu conteúdo, os modos de vida e as concepções de mundo de seu tempo”.
10.4 FILOSOFIA E CIENCIAS
 A ciência é um tipo de atividade altamente determinada que consiste em resolver problemas (como um quebra-cabeça) dentro de uma unidade metodológica chamada paradigma. Este, apesar de sua suficiente abertura, delimita os problemas a serem resolvidos em determinado campo científico. É ele que estabelece o padrão de racionalidade aceito em uma comunidade científica sendo, portanto, o princípio fundante de uma ciência para a qual são treinados os cientistas.
 O paradigma caracteriza a Ciência Normal. Esta se estabelece após um tipo de atividade desorganizada que tenta fundamentar ou explicar os fenômenos ainda em um estágio que Kuhn chama de mítico ou irracional: é a pré-ciência. A Ciência Normal também ocorre quando da ruptura e substituição de paradigmas (o que não significa voltar ao estágio da pré-ciência). É que dentro de um modelo ocorrem anomalias ou contraexemplos que podem colocar em dúvida a validade de tal paradigma. Se este realmente se torna insuficiente para submeter as anomalias à teoria – já que vista de outro ângulo elas podem se tornar um problema – ocorre o que Kuhn denomina de Ciência Extraordinária ou Revolucionária, que nada mais é do que a adoção de um outro paradigma, isto é, de visão de mundo.
 Isto ocorre porque dentro de um paradigma há expectativas prévias que os cientistas devem corroborar. Por isso, os cientistas não buscam descobrir (como entendiam os pensadores do contexto de justificação) nada, mas simplesmente adequar teorias a fatos. Quando ocorre algo diferente deste processo, isso se deve a fatores subjetivos, como a incapacidade técnica do profissional, ou à inviabilidade técnica dos instrumentos, ou ainda à necessidade de real substituição do paradigma vigente. Para isso, os cientistas usam hipóteses ad hoc para tentar manter o paradigma (contrário ao que pensava Popper). Aqui, Kuhn evidencia o caráter de descontinuidade do conhecimento científico que progride, então, por rupturas e não pelo acúmulo do saber, como pensava a ciência tradicional."
UNIDADE – II CONSCIÊNCIA
2.1 CONSCIÊNCIA (FILOSOFIA)
 A consciência é a percepção imediata do sujeito daquilo que se passa, dentro ou fora dele. É talvez uma das maiores fontes de problemas de toda a filosofia, por ser ao mesmo tempo o facto mais básico e também o que traz mais dúvidas quanto ao que na realidade, a consciência pode definir-se como o conhecimento que o Homem possui dos seus próprios pensamentos, sentimentos e atos. Podem-se distinguir dois tipos de consciência, a consciência imediata e a refletida. A consciência imediata ou espontânea caracteriza-se por ser a que remete para a existência do Homem perante si mesmo, no momento em que pensa ou age.
 A consciência refletida ou secundária é a capacidade do Homem recuar perante os seus pensamentos, julgá-los e analisá-los. A consciência possibilita ao Homem pensar o mundo que o rodeia e é nela que estão enraizados o sentimento de existência e o pensamento de morte, por exemplo. A consciência é a essência do ser humano e fonte de conhecimento e de verdade.
 De acordo com Descartes, e o seu princípio "penso, logo existo", a consciência surge como fundamento e modelo de todo o conhecimento. Através dela sabe-se que se existe e que se é, ou seja, uma coisa pensante, uma alma separada do corpo. 
Para Espinosa, a consciência é a fonte de ilusões. Somos conscientes dos nossos desejos e representações, facto que torna a consciência um conhecimento incompleto, que mantém o Homem ignorante das causas que produzem conhecimento verdadeiro e total. Assim, a consciência não é de modo algum lugar de conhecimento verdadeiro, mas sim causadora de ilusões, especialmente da ilusão da liberdade.
 Existe ainda a consciência moral que é a consciência que os seres humanos possuem e que os permite distinguir o que uma ação tem de moralmente prescrita ou proibida. Segundo Nietzsche, a consciência moral, a voz da consciência, é na realidade a expressão de sentimentos que não têm nada de moral.
UNIDADE III – LÓGICA E RAZÃO
3.1 LÓGICA
 O estudo da lógica tem por objetivo organizar as ideias de modo rigoroso
para que não haja erro nas conclusões de nossos raciocínios, ela faz parte do
nosso cotidiano sempre que conversamos com alguém sobre qualquer assunto,
usamos de argumentos lógicos para explicar ou convencer alguém sobre algo,
sendo assim é importante que compreendamos no que baseia o raciocínio.
 O primeiro filósofo que trabalhou a lógica com rigor foi Aristóteles, antes dele,
Platão e os sofistas já faziam uso dessa ideia na prática da argumentação em
meio a Ágora, mas nenhum deles chegou a explanar e analisar esse sistema
como fez o estagirita, nos textos compilados no livro Órganon.
 Aristóteles (Estagira, 384 a.C – Atenas, 322 a.C) filósofo grego discípulo de Platão, considerado pai da Lógica formal. Em seu trabalho como pioneiro da análise da construção do raciocínio lógico,possibilitou grandes avanços ao longo dos séculos, não só na filosofia, mas também nas ciências e até atualmente na matemática e computação. Aristóteles, que se atém a construção do raciocínio formal, onde no livro Órganon, que significa “instrumento”, ou seja, a lógica será uma ferramenta para conduzir o pensamento correto, vai trabalhar com termos e proposições que vão fornecer o silogismo, que é um raciocínio constituído por duas ou mais proposições
(argumentos) que fornecem uma conclusão.
 A lógica estabelece alguns princípios fundamentais, sendo eles primeiros, são conhecidos de imediato e, dessa forma, indemonstráveis.
 Comumente são divididos e três:
IDENTIDADE – Segundo o princípio de identidade, se um enunciado é
verdade, ele é verdadeiro, ou seja, aquilo que é não pode deixar de ser.
NÃO CONTRADIÇÃO – Se duas premissas são contraditórias, uma tem
necessariamente que ser verdadeira e a outra falsa, por exemplo, se “Todo
homem é mortal” não pode ser verdadeiro que “Algum homem é imortal”
TERCEIRO EXCLUÍDO – Uma premissa só pode ser verdadeira ou falsa,
não existindo meio termo para isso.
 Para que o silogismo tenha sentido, há algumas regras nas quais ele estabelece
entre os termos e proposições:
· Qualidade – nas proposições são afirmativas (Todo homem é mortal) ou negativas (Nenhum cão é gato).
· Quantidade – Universais (Todo mamífero é animal), particulares(Algum animal é cachorro) e singulares (Sócrates é mortal).
· Extensão – que se dá aos termos e são “Todo, nenhum, algum” como visto em quantidade.
· Verdadeiras/falsa – Uma premissa é verdadeira, quando expressa o fato correspondente.
· Válida/inválida – Um argumento é válido, quando sua conclusão se deriva de uma “consequência lógica” de suas premissas (não necessariamente sendo verdadeiro)
 Estabelecido e compreendidos esses primeiros critérios, já nos tornamos
capazes de analisar com mais segurança em um texto ou discurso, compreendendo se nele há coerência ou não, ou seja, se ele é um argumento concreto ou falacioso. A partir destes critérios surge o que entendemos na lógica como “silogismo”, como no exemplo 1 
· Todo homem é mortal
· Sócrates é homem
· Logo, Sócrates é mortal
 Este é um silogismo considerado perfeito, por conter três premissas,
respectivamente: a premissa maior, a premissa menor e a conclusão, sendo elas
que formam a estrutura de um raciocínio, ou seja, uma argumentação, que é o
discurso em que encadeamos proposições para chegar a uma conclusão. Elas
– as premissas – vão se ligar pelos termos que a compõe, no exemplo demonstrado, há os termos “homem”, “Sócrates” e “mortal”, conforme a posição que ocupam na argumentação, cada um terá sua definição em termo “menor”, “maior” ou “médio”. O termo médio faz a ligação entre os outros dois, no caso “homem”, depois o termo maior é o predicado da conclusão “mortal” e o termo menor é o sujeito da conclusão “Sócrates”.
Exemplo 2:
 Holmes e Watson estão acampando juntos. No meio da noite, Holmes acorda e
dá um cutucão no Dr. Watson.
· Watson – diz ele, olhe para o céu e me diga o que vê.
· Vejo milhões de estrelas, Holmes – diz Watson.
· E o que você conclui disso, Watson?
Watson pensa um momento.
 Bem, – diz ele – astronomicamente, isso me diz que existem milhões de
galáxias e possivelmente bilhões de planetas. Astrologicamente, observo que
Saturno está em Leão. Em termos de horário, deduzo que devem ser
aproximadamente três horas. Meteorologicamente, desconfio que amanhã fará
bom tempo e também, teologicamente, olhando essa imensidão, penso o quanto
somos pequenos e insignificantes. 
Watson, seu idiota! Roubaram nossa barraca!
 Há dois tipos principais de silogismo, o indutivo e o demonstrativo (ou científico),
o silogismo indutivo, parte do particular para o geral, se baseando de
observações gerais e objetivas para um campo universal, conforme exemplo 2,
Sherlock Holmes, como um dos famosos detetives indutivos, recolhe provas
individuais e eleva a um conceito mais universal para chegar na conclusão,
nesse caso, em que roubaram sua barraca, enquanto Dr. Watson, também o faz,
com várias premissas a partir dos elementos que tem, mas sem alcançar a
mesma conclusão. O silogismo indutivo, embora válido, não pode oferecer um
conhecimento verdadeiro das coisas, facilmente podendo ser conduzido ao erro
a partir de premissas falaciosas, ou seja, equívocos que levam a uma conclusão
falsa.
 O Silogismo demonstrativo, por sua vez, parte do universal para o particular e
demonstra a partir de premissas universais para chegar a conclusões
particulares e se sustentam a partir de princípios indemonstráveis, conforme
ilustrado no exemplo 1. Diferente do silogismo indutivo, este pressupões uma
série de especificidades para as premissas, sendo elas: premissas verdadeiras,
primárias, imediatas, melhor conhecidas e anteriores que sejam à conclusão e
que sejam a causa desta”, só a partir destes critérios, o raciocínio ganha o
caráter de ciência em Aristóteles, sendo esses princípios que vão garantir a
verdade no campo da pesquisa científica.
 
3.2 A LÓGICA MATEMÁTICA
 O pensamento lógico teve forte presença no cerne da Civilização Grega.
Aristóteles (384-322 A.C) é tido como o primeiro sistematizador do conhecimento
lógico da época. Presume-se que a partir de uma análise das discussões, que eram
comuns no seu tempo, o filósofo teria procurado caracterizar um instrumento de que se serviria a razão, na busca da verdade. Aristóteles teve seu trabalho registrado por seus discípulos e a obra de Lógica, intitulada o Órganon, serviu de fundamentação para a Lógica Simbólica. Aristóteles classificou as proposições em quatro grupos, dois
originários de uma consideração qualitativa e dois de considerações quantitativas.
 Segundo a quantidade, tem-se proposições afirmativas ou negativas e, segundo a qualidade, em universais e particulares. Assim é que na lógica de Aristóteles aparecem expressões como todo, nenhum, algum, etc; e frases tipo "Todo homem é mortal(universal afirmativa) e "Alguns homens não são sábios" (particular negativa).
Ainda na Grécia Antiga, surgiu a escola estóico-megárica que estudava a lógica
das proposições, desenvolvendo aspectos não encontrados na Lógica Aristotélica.
 Depois do período dos estóicos-megários, inicia-se um período obscuro, quase
virgem de pesquisa. Segundo os elementos históricos existentes, não houve nenhuma
contribuição original à Lógica por mais de 1000 anos. Houve apenas o trabalho de
transmissão de conhecimentos antigos para a Idade Média. Destaca-se Boécio (470-524) com a tradução latina de parte da obra aristotélica.
 Foi um longo período pobre de contribuições para esse ramo do conhecimento
científico . Durante os séculos XVII e XVIII e início do século XIX o grande interesse
era pela retórica e pelas questões psicológicas. Escapa dessa influência Leibniz (1646 
1716), cujas ideias originais e inovadoras ficaram isoladas no século XVII e só viriam a ser apreciadas e conhecidas no fim do século XIX. Assim é que o uso de diagramas
para estudos de lógica, atribuído a Euler, já tinha sido utilizado por Leibniz. No
entanto, foi John Venn (1834-1923) quem aperfeiçoou os diagramas no estudo da
Lógica. Leibniz foi o precursor da Lógica Moderna.
 Ele sugeriu uma espécie de Álgebra Universal, uma linguagem de símbolos que pudesse ser entendida por todos, qualquer que fosse a língua utilizada. Estava assim criado o ambiente adequado para o surgimento da Lógica Simbólica (também chamada de Lógica Matemática ou Lógica Formal) e cujo objetivo era dar um tratamento rigoroso, estrutural, ao conhecimento lógico tradicional.
 O período "contemporâneo" da lógica tem suas raízes nos trabalhos de George
Boole (1815-1864) que deu novos rumos ao estudo da matéria. A obra fundamental de Boole, Investigations of the Laws of Thought, publicada em 1854, compara as leis do pensamento às leis da álgebra. Paralelamente, De Morgan (1806-1871)também
contribuiu para o desenvolvimento da álgebra da Lógica. Com os trabalhos de Boole e de Morgan a Lógica clássica torna-se autônoma, separando-se da filosofia para tornar- se a Lógica Matemática.
 Os alemães fregem (1848-1925) e Cantor ( 1845-1918) deram impulsos à Lógica Simbólica. A tentativa de Frege de transformar a Matemática em ramo da Lógica levou a paradoxos depois estudados por Russel e Whithead, autores do "Principia Matemática", uma das obras fundamentais deste século. Como consequência os lógicos e matemáticos entraram em divergência, a partir da segunda metade do século XIX, dando lugar ao surgimento de pelo menos três correntes de pensamento bem distintas: o logicismo (de Russel), o intuicionismo (de Brouwer ) e o formalismo (de Hilbert). A corrente logicista pretendeu reduzir a Matemática à Lógica, e seu pensamento está bem delineado na obra “Principia Matemática” e suas origens estão certamente em Leibniz.
 A corrente formalista - cujas raízes estão no filósofo alemão Kant, foi liderada
por Hilbert. Amplia a atuação da Lógica caracterizando-a como um método de obter
inferências legítimas. Uma teoria para ser formalizada deve conter conceitos primitivos, axiomas e teoremas e ser consistente. Ser consistente numa teoria formal significa que se ela contém determinada proposição, não pode conter a sua negação.
 A escola intuicionista, cujo maior representante foi o matemático holandês
Brouwer, reduz a Lógica a um método que se desenvolve paralelamente a Matemática.
 Para os seus seguidores, todos os conhecimentos existem por intuição, ou seja, sem auxílio de raciocínio. Rejeitam o princípio do terceiro excluído, sendo, portanto,
possível para eles a construção de enunciados que não são verdadeiros ou falsos. As críticas e divergências em torno dos fundamentos filosóficos do “Principia
Matemática” deram lugar ao surgimento de lógicas polivalentes. Atualmente a Lógica não está, como esteve, até por volta de 1930, dividida nas três correntes acima.
 Hoje, inúmeras correntes surgem e as três antigas se aproximam. Os estudos ganharam um ritmo acelerado, as especialidades se multiplicam e os problemas se abrem.
3.3 PROPOSIÇÃO
 A Lógica Matemática se ocupa da análise de certas sentenças, quase sempre de conteúdo matemático. Também estuda as relações, conexões, entre estas sentenças. Começaremos definindo proposição. Chama-se proposição uma sentença (conjunto de palavras e símbolos) declarativa, que exprime um pensamento de sentido completo, e que pode ser classificada como verdadeira ou falsa. Os termos “verdade” e “falsidade” são chamados valores lógicos de uma proposição. 
 Para efeito de classificar as proposições em “verdadeiras” ou “falsas” a Lógica Matemática adota como regras fundamentais os dois seguintes princípios:
I) Princípio da Não Contradição - Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
II) Princípio do Terceiro Excluído - Toda proposição ou é verdadeira ou é falsa (isto é, verifica-se sempre um desses casos e nunca um terceiro).
 Pelos dois princípios anteriores temos que: Toda proposição tem um e somente um dos valores lógicos “verdade” ou “falsidade”. Por este motivo, chamamos a Lógica Matemática de bivalente.
 As proposições serão indicadas por letras p, q, r, s, t, ... e o seu valor lógico por V(p) = V (ou 1) para uma proposição verdadeira e, V(p) = F (ou 0) para uma proposição falsa.
Exemplos e contra-exemplos
1) p: Salvador é a capital da Bahia
2) q: 2 + 3 < 5
3) r: O poeta Castro Alves era baiano.
4) x + 2 = 1
5) Como faz calor!
6) Que dia é hoje?
 Como foi convencionado na definição, sentenças exclamativas ou interrogativas(exemplos 5 e 6) não são proposições. O exemplo 4 também não representa uma proposição, uma vez que não podemos atribuir um único valor lógico (depende de x).
 As proposições podem ser classificadas em simples e compostas. Proposições simples - Aquelas que não contêm nenhuma outra como parte integrante de si mesma. São também chamadas de atômicas .
 Proposições compostas - Aquelas formadas pela combinação de proposições simples. São também chamadas de moleculares .
 Como foi convencionado anteriormente as proposições simples serão indicadas por letras p, q, r, s, etc. As proposições compostas serão denotadas por P, Q, R , S, etc.
Exemplos
1) 2 é ímpar simples
2) 3 é ímpar e 2 Q∈ . composta
3) 2 > 0 ou 3 + 1 = 5 composta
4) Se 4 é par então 4 é divisível por 2. composta
5) 3 é ímpar se e somente se 3 é primo composta
 As palavras ou símbolos usados para formar novas proposições a partir de proposições dadas são chamados de conectivos .
Os conectivos fundamentais da Lógica Matemática são:
Conectivo Símbolo
1) não, não é verdade que ~ negação ou modificador
2) e ∧ conjunção
3) ou ∨ disjunção
4) se ... então → condicional
5) se e somente se ↔ bicondicional
 Dadas as proposições simples p e q podemos com o uso dos conectivos formar
novas proposições a partir de p e q. Assim, temos:
Exemplos
1) Dada as proposições:
p: Jorge Amado escreveu o livro "Mar Morto"
q: Rui Barbosa era baiano
temos para as seguintes, as traduções para a linguagem corrente
~p: Jorge Amado não escreveu o romance "Mar Morto". ou Não é verdade que Jorge Amado escreveu o romance "Mar Morto".
p ∧ ~q: Jorge Amado escreveu o livro "Mar Morto" e Rui Barbosa não era baiano ou Jorge Amado escreveu o romance "Mar Morto" e é falso que Rui Barbosa era baiano.
~p ∨ q: Jorge Amado não escreveu o romance "Mar Morto" ou Rui Barbosa era
baiano. ou Não é verdade que Jorge Amado escreveu o romance "Mar Morto" ou Rui Barbosa era baiano.
2) Sendo p: 2 é um número par e q: 6 é múltiplo de 3, para as seguintes proposições
temos as traduções para a linguagem simbólica
a) 2 não é par ou 6 é múltiplo de 3 ~p ∨ q
b) Se 6 não é múltiplo de 3 então 2 é par ~q → p
c) 2 não é par, se e somente se, 6 é múltiplo de 3 ~p ↔ q
3.4 OPERAÇÕES LÓGICAS COM PROPOSIÇÕES
 CÁLCULO PROPOSICIONAL / A VERDADE
 Quando trabalhamos com os conjuntos numéricos, definimos operações como a adição, multiplicação, etc. e estudamos as propriedades de tais operações, mostrando que tais conjuntos têm uma estrutura algébrica. No caso da Lógica não trabalhamos com números, mas com proposições. Já vimos que a partir de proposições simples podemos "combiná-las" mediante o uso de conectivos para formar novas proposições. Na verdade, os conectivos funcionam como símbolos operatórios, tais como +, −, ÷, x. Precisamos, portanto, saber o "resultado" das operações envolvendo conectivos e proposições da Lógica.
 Conhecendo-se os valores lógicos de duas proposições p e q, vamos definir os
valores lógicos das proposições: ~p, p ∧ q, p ∨ q, p→q, p ↔q, que decorrem de situações cotidianas, onde utilizamos o nosso bom senso, a nossa lógica. Nada mais
natural que isto.
1) Negação
 Dada uma proposição p, a negação de p tem valor lógico verdade quando p é
falsa e valor lógico falsidade quando p é verdadeira. Isto pode ser resumido na
seguinte tabela, denominada tabela verdade.
	V
	~
	F
	F
	~
	V
	p
	~
	q
Exemplo
p: 2 + 1 = 3 V(p) = V
~p : 2 + 1 ≠ 3 V( ~p) = F 
2) Conjunção
Dadas as proposições p e q, a proposição p ∧ q é verdadeira quando as duas
proposições forem verdadeiras, e é falsa se uma delas for falsa. Pode-se resumir o
exposto na tabela a seguir.
	p
	q
	p
	V
	V
	V
	V
	F
	F
	F
	V
	F
	F
	F
	F
Exemplos
1) p: 2 < 5
q: 2 +3 = 5 V( p ∧ q) = V
2) p: π é um número irracional
q: 2 é ímpar
V(p) = V e V(q) = F, logo V( p ∧ q) = F
3) Disjunção
 Dadas as proposições p e q a proposição p ∨ q é verdadeira quando pelo menos
uma das proposições for verdadeira,e é falsa se as duas forem falsas. Resumindo,
	p
	q
	p
	v
	q
	
	V
	V
	V
	V
	F
	V
	F
	V
	V
	F
	F
	F
Exemplo
p: 2 é ímpar
q: 3 > 0 V ( p ∨ q) = V
- 10 –
4) Condicional
 Dadas as proposições p e q , a proposição p → q é falsa quando p é verdadeira e q é falsa e é verdadeira nos demais casos. Resumindo,
	p
	q
	p
	___
	___
	q
	V
	V
	V
	V
	F
	F
	F
	V
	V
	F
	V
	F
Exemplo
p: 4 é ímpar
q: 3 é par V ( p → q) =
3.5 A RAZÃO 
 A filosofia vê a razão como a consciência moral que orienta as vontades e oferece finalidades éticas para a ação. Para muitos filósofos, a razão é a capacidade moral e intelectual dos seres humanos e também a propriedade ou qualidade primordial das próprias coisas.  
 Na célebre frase do filósofo francês, Pascal (1623-1662), “O coração tem razões que a própria razão desconhece”, a palavra razão tem dois significados, enquanto “razões” são as emoções do coração, “razão” é a consciência intelectual e moral da percepção das coisas. Em matemática, razão é a diferença constante entre dois termos consecutivos da progressão se ela for aritmética e o quociente entre dois termos consecutivos se ela for geométrica.
UNIDADE IV – PRINCIPAIS CORRED=NTES FILOSOFICAS
 Filosofia é algo que precisa ser compreendido, pensado e reestruturado levando em consideração cada contexto. No entanto, as correntes filosóficas podem ajudar você nessa imersão de pensamentos. Na prática, é o estudo de questões relacionadas ao homem e aquilo que o cerca, como ética, moral, linguagem, existência, verdade e conhecimento.
4.1 IDEALISMO
 O Idealismo, de uma fora generalista, acredita que as ações humanas são guiadas pelas ideias. A posição do Idealismo pode parecer absurda à primeira vista, mas se a analisamos com cuidado percebemos que ela começa a fazer sentido. Pense no gosto, no cheiro, no tato e na visão. São estas sensações que nos fazem perceber as coisas, e todas as coisas estão dentro do mundo.
 Este termo, das correntes filosóficas, foi utilizado pela primeira vez por Leibniz referente à filosofia idealista de Platão. Porém, essa doutrina é associada também a Santo Agostinho, relacionado à teoria da subjetividade; a Descartes na evidência do cogito; e a Husserl com a corrente fenomenológica.
 Para os filósofos idealistas, tudo o que existia no mundo exterior ao eu, isto é, no mundo material, era resultado do trabalho da mente e das ideias. Assim, a realidade era considerada como uma criação da mente, e não algo dado pelo mundo.
4.2 MATERIALISMO
 É outra das correntes filosóficas que considera como a própria designação indica, o contrário do idealismo. Para eles, o mundo e todas as suas coisas existem fora de nós, já que são matérias, e não resultados. Aristóteles e Karl Marx são os grandes expoentes desta teoria.
 Essa doutrina que identifica, na matéria e em seu movimento, a realidade fundamental do universo. Além disso, tem a a capacidade de explicação para todos os fenômenos naturais, sociais e mentais. Em filosofia, materialismo é o tipo de fisicalismo que sustenta que a única coisa da qual se pode afirmar a existência é a matéria; que, fundamentalmente, todas as coisas são compostas de matéria e todos os fenômenos são o resultado de interações materiais; que a matéria é a única substância.
4.3 ESCOLÁSTICA
 Basicamente, os pensadores desta corrente tinham a missão de analisar os ensinamentos cristãos a partir da filosofia da Grécia antiga. Santo Agostinho e Tomás de Aquino são os maiores pensadores.
 Entre as correntes filosóficas, essa define que antes dos gregos antigos, Cristo ainda não havia surgido na cultura ocidental. Mas assim que nasceu, o cristianismo, religião que o têm como líder, dominou os mais diversos aspectos da sociedade: ética, moral, ensino, o mercado. Isso tudo durante a Idade Média. Assim, o conhecimento deveria ser analisado à luz dos ensinamentos cristãos, e foi isso que os escolásticos fizeram.
4.4 RACIONALISMO
 Razão é a palavra-chave aqui, pois o que os pensadores desta corrente fazem é analisar tudo através da razão, ou seja, as verdades sobre a realidade só podem ser analisadas por este prisma, rejeitando as sensações e sentimentos.
 Racionalismo é um termo geralmente empregado ao uso da razão para validar um determinado conhecimento. Ele foi utilizado pela primeira vez por Kant para denominar sua filosofia transcendental. Essa escola filosófica é muito associada ao filósofo e matemático René Descartes (1596 – 1650) por este defender que a razão humana. Sendo como forma de conhecimento é natural ao homem. Porém, foi Hegel quem caracterizou o Racionalismo como corrente filosófica que vai de Descartes a Leibniz e Spinoza.
4.5 EMPIRISMO
 É um método de análise bastante utilizado na ciência moderna, especialmente nas disciplinas exatas. Na filosofia, entre as correntes filosóficas, significa que os sentidos são os verdadeiros responsáveis por revelar a verdade, e não a razão.
 Essa corrente filosófica acredita que o conhecimento advém das impressões dos sentidos, ou seja, nada é anterior à experiência (não existem ideias inatas).  Abbagnano (2007, p. 377- 378) afirma que geralmente essa escola nega o caráter absoluto de verdade e defende que esta deve ser colocada à prova para ser corrigida ou abandonada. Constitui-se juntamente com o racionalismo, a partir do século XVII, seus principais representantes são os ingleses Francis Bacon, John Locke e David Hume.
Uma proposição bastante interessante desta corrente, e amplamente utilizada na educação, é a de que o conhecimento só é construído porque é baseado na experiência. Popper, Lock, Hume e Kant são os maiores expoentes.
4.6 PRAGMATISMO
 Segundo essa doutrina metafísica, o sentido de uma ideia corresponde ao conjunto dos seus desdobramentos práticos. Primeira corrente filosófica originada nos Estados Unidos e todas as outras até aqui são de origem europeia. Inclusive muito coerentes com o pensado dos norte-americanos. O pragmatismo prega que a verdade de uma ideia deve ser analisada levando em conta sua utilidade, ou seja, parte de uma visão bastante prática. Pierce, John Dewey e Willian James forma sua tríade de pensadores mais famosa.
 É a corrente de ideias que prega que a validade de uma doutrina é determinada pelo seu bom êxito prático. Esse conceito das correntes filosóficas é especialmente aplicado ao movimento filosófico norte-americano. Ele está baseado em ideias de Charles Sanders Peirce 1839-1914e William James 1842-1910.
4.7 EXISTENCIALISMO
 Prega que não há origem, que todas as pessoas são livres para fazer suas próprias escolhas e lidar com as consequências, positivas ou negativas, das mesmas. Sartre e Kierkegaard são os maiores pensadores.
 O conjunto de teorias formuladas no século XX, com forte influência do pensamento de Kierkegaard 1813-1855. Ele se caracteriza pela inclusão da realidade concreta do indivíduo (sua mundanidade, angústia, morte etc.). No centro da especulação filosófica, em polêmica com doutrinas racionalistas que dissolvem a subjetividade individual em sistemas conceituais abstratos e universalistas.
4.8 PÓS-MODERNISMO
 Pode ser considerada como a mais recente e aberta corrente filosófica existente. Surgiu para quebrar o paradigma da filosofia “moderna” e é considerada por muitos, como uma filosofia que zomba de si mesma Nesse conceito das correntes filosóficas, temos Heráclito, Nietzsche, Wittgeinstein, Thomas Kuhn, Michel Foucault e Jacques Derrida. Estes são os grandes (e talvez mais estudados) filósofos desta corrente.
 A denominação genérica dos movimentos artísticos surgidos no último quartel do século XX, caracterizados pela ruptura com o rigor da filosofia e das práticas do Modernismo. Tudo isso, sem abandonar totalmente seus princípios. Além de fazer referências a elementos e técnicas de estilos do passado, tomados com liberdade formal, ecletismo e imaginação; pós-moderno.4.9 PSICOLOGISMO
 O psicologismo é um movimento filosófico que surgiu na Alemanha, no século XIX, em reação ao antigo idealismo. Nesse período a filosofia seguiu trajetórias opostas ao caráter sistêmico e abstrato do pensamento de Hegel, instituindo uma busca pelo que era concreto e real. O termo pode ser também utilizado para designar a confusão entre a gênese psicológica do conhecimento e sua validade.
5. NEOCRITICISMO
 O neocriticismo é uma doutrina das correntes filosóficas que se caracteriza em retornar a filosofia crítica kantiana para fundamentar seus conceitos. Iniciado na Alemanha em meados do século XIX , deu origem a algumas das mais importantes manifestações da filosofia contemporânea. A partir do neocriticismo a filosofia passou a dedicar-se à reflexão crítica sobre ciência para, então, poder encontrar condições que a tornem válidas.
 O neocriticismo deixa a metafísica da matéria e a do espírito, opondo-se aos positivistas. É contrário a metafísica idealista e a ciência empírica. As principais escolas foram a Escola de Baden – que tendia a ressaltar a lógica e a ciência. Além da Escola de Marburgo – que influenciaram boa parte da filosofia alemã posterior como Historicismo e a Fenomenologia.
5.1 METAFÍSICA
Metafísica é uma palavra grega que significa “além da natureza”. Na prática, segundo os estudiosos, a metafísica é a busca pela realidade das coisas em seu conceito máximo. Assim, o objetivo é tentar perpassar a natureza das coisas, ou seja, busca o entendimento dos conceitos mais primários e incipientes de cada ideia.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Assim como o grande mestre Paulo Freire destacava que a educação é libertadora da opressão e das mentes cegas, a filosofia nascida na Grécia antiga, há séculos antes de Cristo, denominada por diversos filósofos como; Mileto, Platão, Sócrates, até os mais modernos como; Descartes, Comte, Maquiavel e outros tantos. Ambos justificaram suas teorias, pensamentos e contextos libertador e alusivos a novos pensamentos refletivos as buscas incessantes de fortalecimentos e identidade própria sem o domínio de outrem.
 A partir de certos aspectos dos escritos, podemos concluir que a filosofia era entendida como uma prática que visava primeiramente a uma transformação profunda e pessoal dos que a investigavam. Filosofar era, acima de tudo, buscar com todo o seu ser melhorar a própria vida. Nesse sentido, é impossível encontrar uma proposta filosófica que seja unicamente um aprimoramento da parte racional da alma e não vise à melhoria de sua totalidade.
 Do mesmo modo, filosofar não pode ser entendido como construção e defesa de teorias abstratas que não remetam diretamente a uma transformação ética. O processo filosófico não é insulado da vida que vive o filósofo e, por isso, o próprio processo é, em si mesmo, uma condução da alma. Essa condução, chamada de dialética na República, é uma conversão da alma, que intenta inscrever nela o logos apropriado. Com isso em mente, a filosofia platônica deve ser entendida como uma experiência vital, pois é apenas através de uma transformação pessoal e profunda que se efetiva a compreensão filosófica.
7. REFERÊNCIAS
ALSTON, P. W. Filosofia da Linguagem. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.
JACOB, André. Introdução à Filosofia da Linguagem. Porto: Ed. Rés, 1984;
RUSSELL, B. (1974). Da denotação. Em Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural. Vol. XLII. (tradução de Pablo Mariconda).
SEARLE, J. (2000). Mente, Linguagem e Sociedade. Rio de Janeiro: Rocco.
FREGE, G. (2002). Lógica e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Cultrix. (tradução de Paulo Alcoforado)
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001, p. 79.
BARROS, José D’Assunção. Fontes Históricas: revisitando alguns aspectos primordiais para a Pesquisa Histórica. 
ARISTÓTELES. The completa Works of Aristóteles (The Revise Oxford Transplatino,
J. Barnes, ed.). Princeton: Princeton University Press, 1984. 2 vols.
"A Filosofia da Ciência em Thomas Kuhn" em: 
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-filosofia-ciencia-thomas-kuhn.htm