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Universidade Estácio de Sá Dayse Demori Gomes da Silva Peres Utilização dos setores censitários do IBGE para o mapeamento territorial por Geoprocessamento no Programa Saúde da Família na Cidade do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2012 Dayse Demori Gomes da Silva Peres Utilização dos setores censitários do IBGE para o mapeamento territorial por Geoprocessamento no Programa Saúde da Família na Cidade do Rio de Janeiro Dissertação apresentada à Universidade Estácio de Sá, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Saúde da Família. Orientador: Paulo Henrique de Almeida Rodrigues Co-orientador: Haroldo José de Matos Rio de Janeiro 2012 “A saúde é um constructo que possui as marcas de seu tempo. Reflete a conjuntura econômica, social e cultural de uma época e lugar. Reconhecer sua historicidade significa compreender que sua definição e o estabelecimento de práticas dependem do grau de conhecimento disponível em cada sociedade.” (FONSECA E CORBO, 2007). DEDICATÓRIA Aos meus pais, que me deram a vida e os ensinamentos necessários para eu estar aqui neste momento. Ao meu marido e companheiro de estrada, pelo tempo em que estivemos e não estivemos juntos, meu guru espiritual e profissional, ombro amigo e porto seguro. Ao meu querido filho pela compreensão de que nenhum momento é perdido, de que sempre estaremos juntos e também pelo estímulo e amizade. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela minha existência. A toda a minha família pelos valores que me foram passados. Ao meu orientador Paulo Henrique de Almeida Rodrigues pela atenção, idéias que contribuíram para esta dissertação e aprendizado. E ao meu co- orientador Dr. Haroldo José de Matos pela colaboração. Ao Dr.Luiz Felipe Pinto e à Drª Cláudia Leite Moraes pelas contribuições importantes que me foram passadas durante a qualificação deste estudo. Aos parceiros do Mestrado (Turma 2010/01), discentes e docentes, pela contribuição e troca de experiências. À Aline Luna pela preocupação com a nossa vida acadêmica. À UNESA pela bolsa de estudos que me permitiu cursar o Mestrado nestes dois anos. À minha coordenadora Drª Cláudia Nastari, para a qual não tenho palavras, que me oportunizou um grande crescimento profissional e me concedeu a liberação para cursar o mestrado. Pelo seu enorme conhecimento e experiência em gestão, que me deram a segurança para desenvolver este e outros projetos, assim como pela amizade e confiança. Aos colegas de trabalho da Coordenação de Saúde da AP 3.2, que juntamente comigo dedicaram muitas de suas horas à construção de mapas e limites das áreas de abrangência das unidades e ao estudo do ARCGIS. Ao Rafael Luiz Prado, que dedicou também suas horas preciosas ao ensino das nuances do ARCGIS e da cartografia digital. À Drª Márcia Constância que me trouxe ensinamentos sobre o Programa Saúde da Família e as primeiras noções de território e que contribuiu com dicas importantes na formatação deste trabalho. Ao meu marido, pelas orientações sobre a gestão pública e ao meu filho pela ajuda com as inúmeras tabelas deste estudo. Nada teria o mesmo valor sem vocês na minha vida! RESUMO Esta pesquisa analisa a utilização dos setores censitários do IBGE para o mapeamento territorial das áreas de abrangência de Equipes de Saúde da Família (ESF) e o planejamento de ações em saúde em uma Área de Planejamento (AP) do município do Rio de Janeiro. Para subsidiar esta pesquisa foi feita uma breve discussão sobre o território, sua conceituação e relação com a saúde, foram explicados os conceitos de espaço geográfico e sua influência no campo da saúde, passando pelos setores censitários e suas possibilidades. Também foram abordados alguns modelos de organização territorial que consideram a Atenção Primária como porta de entrada no sistema de saúde e por fim as diretrizes que regem o Programa de Saúde da Família e sua relação com o território. O cenário da pesquisa foi a AP 3.2, por tratar-se de território ainda não mapeado, pois apresentava até o início deste estudo apenas uma ESF. A pesquisa é de natureza quantitativa e exploratória. O primeiro passo metodológico desta envolveu a seleção dos setores censitários correspondentes à AP 3.2 e das variáveis sociodemográficas agregadas a estes. Em seguida, foram desenhadas no programa Google Earth© as áreas de abrangência de oito unidades de saúde da família. Estes desenhos foram convertidos em arquivos shapefile, utilizados em sistemas de informação geográfica, e manipulados através do ARCGIS©. O geoprocessamento dos dados selecionados permitiu a reprodução dos mesmos em mapas temáticos para análise. Os resultados mostram que os setores censitários podem subsidiar tanto o mapeamento quanto o planejamento no PSF. Eles também permitem o intercâmbio de informações entre estes e os dados coletados pelas equipes de saúde, tornando-se importante ferramenta de monitoramento e avaliação do processo de trabalho das ESF. O geoprocessamento e a representação dos dados em mapas permitem a visualização de informações a nível local, aproximando as equipes dos fatores que podem influenciar o processo saúde- doença, e os gestores da rápida tomada de decisão. Palavras - chave: Território, territorialização, Programa Saúde da Família, setores censitários, sistemas de informação geográfica, geoprocessamento, mapas temáticos. ABSTRACT This research analyzes the use of IBGE census tract for the mapping of land areas covered by the Family Health Program and the planning of public health in a Planning Area (AP) in the municipality of Rio de Janeiro. To support this research was done a brief discussion of the territory, its conceptualization and relationship to health, being explained concepts of geographic space and its influence in health, through the census and its possibilities. We also discuss some models of territorial organization to consider primary care as a gateway to the health system and, finally, the guidelines governing the Family Health Program and its relationship with the territory. The scenario of the AP survey was 3.2, because it is still uncharted territory and had until the beginning of this study only one Family Health Team. The research is quantitative and exploratory. The first step of this methodology involves the selection of sectors corresponding to AP 3.2 and sociodemographic variables associated with these areas. Then was drawn on Google Earth © the catchment areas of eight units of family health. These drawings were converted into shapefiles used in geographic information systems and manipulated by ARCGIS ©. The Geographical information system data selected permitted the reproduction of the thematic maps for analysis. The results show that the census tracts can support both the mapping and planning in Family Health Program . Also allows the exchange of information between the Family Health Program and the data collected by the health team, becoming an important tool for monitoring and evaluating the work process as a whole. The geoprocessing and the representation of data in maps allow viewing of the information at local level, approaching the Family Health Program of the factors that can influence the health-disease process, and concomitantly help managers for a rapid decision making. Key - words: Territory, territorialization, Family Health Program, census tracts, and geoprocessing, geographical information system, thematic maps. Lista de quadros e tabelas Tabela 1: População por RA e bairros - AP 3.2 (Censo 2000/Censo 2010)......... 47 Quadro 1 - Rede de serviços públicosda AP 3.2 em dezembro de 2010. .......... 50 Quadro 2 - Clínicas de Saúde da Família projetadas para a AP 3.2 .................... 56 Quadro 3 - Variáveis sobre indicadores sociais da base de informações do Censo Demográfico 2010 – resultados do universo por setor censitário. ......... 61 Lista de figuras Figura 1- Organização territorial de saúde segundo Dawson, Inglaterra, 1920. 31 Figura 2- Agrupamento de Centros de Saúde. Sistema de Saúde de Portugal . 33 Figura 3 - Organização territorial da saúde em Áragon- Espanha ...................... 34 Figura 4 – Mapa com as regiões e microrregiões de saúde do Estado do Rio de Janeiro ..................................................................................................................... 39 Figura 5- Áreas de Planejamento da Saúde do Município do Rio de Janeiro. ... 40 Figura 6- Saúde Presente- Rede de serviços organizada e integrada. .............. 41 Figura 7 - Mapas de georreferenciamento da AP 3.2 ........................................... 46 Figura 8 - Imagem da malha viária principal da AP 3.2 ........................................ 49 Figura 9 - Rede de serviços de saúde pública da AP 3.2 em dezembro de 2010............................................................................................................................51 Figura10 - Representação de dados matriciais ou raster através de uma matriz de células (pixels) cujo valor está demonstrado através das linhas e colunas.54 Figura 11 - Formatos vetoriais básicos reconhecidos por um SIG. ................... 54 Figura 12 - Conjunto de ferramentas do Geoprocessamento ............................. 55 Figura 13 - Setores censitários(1),limites político-administrativos da AP e dos bairros (2), área de abrangência das Clínicas de Saúde da Família (3) e Clínica de Saúde da Família, por equipes e setores censitários (4) ................................ 59 Figura 14 – Malha de setores censitários do IBGE 2010, limite da AP 3.2 e setores censitários ultrapassados na AP 3.3 para o desenho da área de abrangência de uma das CSF ................................................................................ 64 Figura 15 - Setores censitários cuja geometria foi alterada na composição da área de abrangência da CSF Herbert de Souza .................................................... 66 Figura 16 - Setores censitários alterados no desenho na CSF Izabel dos Santos por sua geometria irregular(1) e pela presença do viaduto que cria barreira geográfica(2) ............................................................................................................ 67 Figura 17 – Área de abrangência da CSF Izabel dos Santos e respectivos setores censitários após alterações. ..................................................................... 68 Figura 18 – Mapa dos limites geográficos da CSF Emygdio Alves Costa Filho 69 Figura 19 – Setor censitário alterado 330455705320128, panorama do setor antes da alteração (1) e após a divisão (2) ............................................................ 70 Figura 20 - Setores censitários alterados na CSF Anna Nery ............................. 70 Figura 21 - Setores censitários alterados na composição da área de abrangência da CSF Cabo Edney Canazaro de Oliveira, por equipes ................ 71 Figura 22 - Setores censitários alterados na CSF Anthídio Dias da Silveira ..... 72 Figura 23- Localização geográfica da CSF Barbara Starfield e sua relação com as demais unidades de saúde e com o limite da AP 3.2 ...................................... 73 Figura 24 - Localização geográfica e área de abrangência da CSF Sérgio Nicolau Amim .......................................................................................................... 74 Figura 25 - Mapa da área de abrangência das Clínicas de Saúde da Família por setor censitário e localização geográfica- AP 3.2 ................................................ 75 Figura 26- Mapa da área de abrangência da Clínica de saúde da Família Herbert de Souza, por equipes e por setor censitário ....................................................... 76 Figura 27 - Mapa da CSF Herbert de Souza - demografia por setor censitário do IBGE 2010 em números absolutos ........................................................................ 78 Figura 28 - Área de abrangência da CSF Izabel dos Santos, por equipes e setores censitários, representadas no Google Earth©(1) e no ArcGis©(2) ....... 79 Figura 29- Mapa da área de abrangência da Clínica de Saúde da Família Emydgio Alves Costa Filho, por equipes e por setor censitário ......................... 81 Figura 30- População de Idosos na CSF Emydgio Alves Costa Filho por setores censitários ............................................................................................................... 82 Figura 31 - Domicílios com rede geral de esgoto e banheiro exclusivo dos moradores na CSF Emygdio Alves Costa Filho ................................................... 83 Figura 32 - CSF Anna Nery- área de abrangência por equipes ........................... 84 Figura 33 - Pessoas alfabetizadas por setor censitário na área de abrangência da CSF Anna Nery ................................................................................................... 85 Figura 34– Área de abrangência da Clínica de Saúde da Família Cabo Edney Canazaro de Oliveira ............................................................................................... 86 Figura 35 - Percentual de alfabetizados. por setores censitários na CSF Cabo Edney Canazaro de Oliveira ................................................................................... 87 Figura 36 – Área de abrangência da Clínica de Saúde da Família Anthídio Dias da Silveira ................................................................................................................ 88 Figura 37 - Densidade demográfica dos menores de cinco anos na CSF Anthídio Dias da Silveira. ....................................................................................... 89 Figura 38 - Área de abrangência da CSF Bárbara Starfield ................................. 90 Figura 39 – Moradores por domicílio da Clínica de Saúde da Família Bárbara Starfield, por setor censitário ................................................................................. 91 Figura 40 - Área de abrangência da CSF Sérgio Nicolau Amin ........................... 92 Sumário 1. Introdução 17 2. Território e organização espacial para a saúde 20 2.1. Território – conceituação 20 2.2. O território e a saúde 23 3. Espaços geográficos e a saúde 25 3.1. Setores censitários 28 4. Organização territorial na saúde 30 4.1 Informe Dawson 30 4.2. Organização territorial no mundo 31 4.3. Organização territorial brasileira 35 4.4. Organização territorial no Estado e Município do Rio de Janeiro 38 5. Território e Saúde da Família 42 6. Objetivos e métodos 45 6.1 Objetivos 45 6.1.1 Objetivo Geral 45 6.1.2 Objetivos específicos 45 6.2. Métodos e procedimentos 45 6.2.1. Natureza do estudo 45 6.2.2. Cenário 46 6.2.3. Procedimentos 52 6.2.4. Amostra 56 6.2.5. Mapeamento das áreas das ESF 57 6.2.6. Variáveis selecionadas do Censo Demográfico 59 7. Resultados 63 7.1. Utilização dos setores censitários para a territorialização do PSF 63 7.2. Delimitação dos territórios das ESF levando em consideração os objetos geográficos 65 7.3. Análise espacial de variáveis sócio demográficas dos territórios das CSF 74 7.4. Compatibilização dos setores censitários e territórios do PSF 94 Discussão 95 Considerações finais 98 Referências bibliográficas 100 APÊNDICE 1- Variáveis sociodemográficas selecionadas do banco de dados do IBGE para as clínicas de saúde da família 113 APÊNDICE 2– Consolidado dos dados dos setores censitários por CSF 122 ANEXO I – Indicadores de Saúde por Área Programática no Município do Rio de Janeiro em 2010 - Dados parciais sujeitos a revisão 123 Lista de abreviaturas e siglas ACES- Agrupamentos de Centros de Saúde AMQ – Avaliação para Melhoria da Qualidade AP – Área de Planejamento CAP – Coordenação(Coordenadoria) de Área Programática CCAA – Comunidades Autônomas CEO – Centro de Especialidades Odontológicas CIT – Comissão de Intergestores Tripartide CMS – Centro Municipal de Saúde CSF – Clínica de Saúde da Família DHN – Diretoria de Hidrografia e Navegação DSG – Diretoria de Serviços Geográficos do Exército ESB – Equipe de Saúde Bucal ESF – Equipe de Saúde da Família IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICA – Instituto de Cartografia da Aeronáutica ICICT - Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) IDH – Índice de Desenvolvimento Humano KML – Keyhole Markup Language INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais MS – Ministério da Saúde NASF – Núcleo de Apoio à Saúde da Família NOAS – Norma Operacional de Atenção à Saúde OMS – Organização Mundial de Saúde OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde PNAB – Política Nacional da Atenção Básica PCRJ – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro PDR – Plano Diretor Regional PDI - Plano Diretor de Investimento PMS – Plano Municipal de Saúde PPA – Plano Plurianual para a Saúde PSF – Programa Saúde da Família RA – Região Administrativa RAS – Rede de Atenção à Saúde SHP - Shapefile SIAB – Sistema de Informações da Atenção Básica SIG – Sistema de Informações Geográficas SILOS – Sistemas de Saúde Locais SIM – Sistema de Informações sobre Mortalidade SINAN – Sistema de Informações sobre Agravos de Notificação SINASC – Sistema de informações sobre Nascidos Vivos SMSBH – Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte SMSDC – Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil SNS – Serviço Nacional de Saúde SUS – Sistema Único de Saúde TEIAS – Território Integrado de Atenção à Saúde TRS – Terapia Renal Substitutiva UAG – Unidade de Apoio à Gestão UAPS – Unidade de Atenção Primária de Saúde UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade UPA – Unidade de Pronto Atendimento UPP – Unidade de Polícia Pacificadora URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados USCP – Unidade de Cuidado de Saúde Personalizado USF – Unidades de Saúde Familiar USP – Unidade de Saúde Pública UTM - Universal Transversal de Mercator (Projeção) 17 1. INTRODUÇÃO Território e vinculação de uma determinada população a um grupo de profissionais de saúde são idéias centrais do Programa Saúde da Família1 (PSF), o reconhecimento do território e das características demográficas e epidemiológicas da população que vive no mesmo é essencial para a operacionalização das ações das Equipes de Saúde da Família (ESF) (BRASIL, 2006b, 2006c). As ESF levantam e mantêm atualizado um cadastro de informações sobre a população por elas atendidas, o Sistema de Informações da Atenção Básica2 (SIAB). Ao mesmo tempo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibiliza todas as informações censitárias por setores, que são unidades territoriais para a organização do trabalho de recenseamento (BRASIL,2003; IBGE,2011). Desta forma é possível se pensar numa integração entre as informações do cadastramento das ESF com as do IBGE, o que pode enriquecer o conhecimento da realidade local para um melhor planejamento das ações. O presente estudo pretende analisar os aspectos que devem ser considerados no mapeamento territorial para a delimitação de áreas de atuação das ESF e desenvolvimento de ações das mesmas levando em conta os setores censitários do IBGE na busca da integração de informações dos diversos sistemas para subsidiar o planejamento e a gestão do Saúde da Família. Quando teve início esta pesquisa, o PSF, na Cidade do Rio de Janeiro, ainda não considerava os setores censitários ao definir as áreas e micro-áreas de atuação das ESF, embora toda a regionalização administrativa – bairros, Regiões Administrativas e Áreas de Planejamento tenham como base os setores censitários do IBGE. A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro 1 Nesta pesquisa optou-se por utilizar a nomenclatura Programa Saúde da Família, em acordo com a legislação vigente e o termo estratégia para referir-me ao PSF como estratégia política de reestruturação do modelo assistencial na Atenção Básica da Saúde, embora a portaria nº 2488 de 21 de outubro de 2011 já utilize o termo Estratégia Saúde da Família. 2 Atenção Básica-é o termo mais utilizado no Brasil, embora para a Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) e demais países a denominação seja Atenção Primária. 18 (SMSDC) divide seu território em dez Áreas de Planejamento (AP) ligadas administrativamente a esta através das Coordenadorias de Área Programática (CAP). Esta divisão do município respeita os setores censitários tornando possível a compatibilização de informações. Para a pesquisa, o cenário escolhido foi uma destas áreas de planejamento - a AP 3.2.(PCRJ, 2009) que apresentava até o momento do início deste projeto, em março de 2010, apenas 1 ESF, mantendo unidades de saúde tradicionais, que não trabalhavam com territorialização e adscrição de clientela. Não havia, portanto, um mapeamento territorial que acompanhasse as diretrizes do PSF. Com a proposta da SMSDC de expansão do programa na nossa cidade, no entanto, tornava-se necessário conhecer e delimitar territórios para o planejamento e atuação das equipes de Saúde da Família(PCRJ, 2009). De acordo com informações colhidas na AP 3.2 estimava-se que até o mês de dezembro de 2011 fossem implantadas 72 equipes de saúde da família e 23 equipes de saúde bucal, o que corresponderia a 50% de cobertura da população pelo PSF. O tema foi escolhido pela importância da territorialização no processo de implantação do PSF, pelo meu vínculo profissional com a AP 3.2 e pelo desejo de conhecer melhor este território para apoiar o estabelecimento de limites, planejar e gerir as ações das ESF. Diante do pressuposto que existe a necessidade de conhecer os territórios de atuação das ESF e suas características locais, e que o cenário escolhido não foi mapeado, mas necessita de definição de territórios para a atuação e planejamento das ESF, faz-se necessário responder aos seguintes questionamentos: os setores censitários podem representar a base para este mapeamento? Que informações eles nos trazem para subsidiar o planejamento no PSF? Este estudo pretende trazer informações que poderão contribuir para a territorialização da AP 3.2, assegurando a compatibilização entre setores censitários do IBGE, áreas e micro-áreas do PSF e demais fontes sobre a Cidade do Rio de Janeiro através do Geoprocessamento, ferramenta metodológica que será 19 apresentada durante o estudo. Também fornecerá mapas e shapefiles3 das áreas de atuação das ESF, com informações que poderão ser rapidamente visualizadas para auxiliar a gestão e o processo de trabalho das mesmas. Espero que o estudo possa também servir como subsídio para a implantação de ações do PSF em outras áreas. Para melhor entendimento do tema, este trabalho dedicará um capítulo para reflexão sobre o conceito de território e argumentação teórica. Serão abordados os vários conceitos de território e suas interpretações sob a visão de diversos autores, enquanto espaço de produção de saúde-doença. Também serão explicitados os vários objetos geográficos de interesse no campo da saúde e o motivo do reconhecimento destes para o mapeamento territorial. Em seguida, serão apresentadosalguns modelos de organização territorial propostos, passando pela Inglaterra (Dawson), Portugal, Espanha , Brasil e o modelo atualmente adotado para o município do Rio de Janeiro. E, por fim, os princípios e diretrizes que regem o PSF e suas relações com o território. Em seguida serão detalhados os passos metodológicos deste estudo, os resultados, a discussão e as referências bibliográficas. 3 Shapefiles- constituído por um conjunto de 3 arquivos com diferentes funções e tem a propriedade de permitir a identificação espacial de dados de uma tabela. 20 2. TERRITÓRIO E ORGANIZAÇÃO ESPACIAL PARA A SAÚDE 2.1. Território – conceituação Trata-se de um termo interdisciplinar, que pode ser aplicado na Biologia (etologia), Ciência Política (Estado), Antropologia (territorialidade), que, desde sua origem até a sua prática está diretamente relacionado com relações de poder(MONKEN et al, 2008). O termo território pode ser associado à pelo menos duas origens: a primeira significa “terra pertencente a”, ou seja, terri (terra) e torium (pertencente a), de origem latina; a segunda, associada à primeira, terreo-territor (aterrorizar- aquele que aterroriza) designou a concepção política de quem aterroriza para dominar e de quem é aterrorizado pelo domínio de uma determinada porção do espaço (HAESBAERT, 2004b; MESQUITA, 1995 apud PEREIRA e BARCELLOS, 2006, p. 48). Vêm da medicina hipocrática, as primeiras explicações sobre os processos saúde-doença e sua relação com a natureza. Em seu livro Ares, Águas e Lugares, Hipócrates atribui ao clima, o solo, a água, o modo de vida e a nutrição como responsáveis pela endemicidade de determinadas doenças, o que orientou atitudes e organização das comunidades gregas no sentido da prevenção das doenças (BATISTELLA, 2007). Estes conhecimentos foram incorporados pelo Império Romano e perduraram até sua queda. Com o fortalecimento da Idade Média e a difusão da igreja católica, (...) “as ciências eram consideradas blasfêmias diante do evangelho” (SCLIAR, 2002 apud BATISTELLA, 2007, p.34). Só a partir do Renascimento, valores como “localização, especificidade e intervenção” foram introduzidos no pensamento médico (CZERESNIA, 1997:60-61 apud BATISTELLA, 2007, p.39). Foi a partir de 1854, quando John Snow descobriu que a cólera estava relacionada com a qualidade da água com base em sua análise territorial da ocorrência dos casos da doença, que o estudo do território se mostrou fundamental para o planejamento das ações de saúde (MEDRONHO, 2002). Existem, entretanto, várias interpretações sobre o termo, quando aplicado à saúde. A tendência de diversos autores (BARCELLOS, 2003; HAESBAERT, 2004b apud BORDO et al, 2004, p.3; MENDES, 1999; PEREIRA e BARCELLOS, 2006; SANTOS apud Bordo, 2004 dentre outros) é a de entender território não apenas 21 como uma delimitação de fronteiras físicas, mas um espaço onde se definem problemas, necessidades e insatisfações. Logo, espaço de produção da vida e, por conseguinte da saúde. Um dos pioneiros na abordagem de território foi Claude Raffestin,1993, que em sua obra ele destaca o caráter político-administrativo do território, ou seja, território nacional, espaço físico de uma nação e revela em sua construção relações marcadas pelo poder. De acordo com o autor, toda relação de poder desempenhada por um sujeito no espaço produz um território (RAFFESTIN, 1993, apud BORDO et al, 2004). A intensidade e a forma da ação de poder nas diferentes dimensões do espaço originam diferentes tipos de territórios(GIRARDI, 2008) O território está sempre relacionado a uma área delimitada onde a vida acontece, submetida a certas inter-relações, regras ou normas (MONKEN e BARCELLOS, 2007). Um exemplo são os territórios criados para fins administrativos pelos governos. No caso brasileiro, o território nacional é a República Federativa do Brasil; os territórios estaduais são representados pelos 26 estados e um Distrito Federal. O objetivo desta fragmentação é facilitar a governabilidade. Os municípios (mais de 5.500) são fragmentações dos estados com a mesma finalidade, ou seja, dar-lhes maior autonomia administrativa (MONKEN e BARCELLOS, 2007). “Hierarquia, nesse caso, não quer dizer mando, e sim uma articulação entre níveis de governo, cada um com sua escala de atuação e de responsabilidade” (MONKEN e BARCELLOS, 2007 p. 187). Esta idéia pode ser discutível, pois a legislação brasileira apresenta hierarquias, ou seja, a legislação estadual obedece à federal e a municipal obedece a ambos, os estados podem sofrer intervenção federal e os municípios podem sofrer intervenção estadual (BRASIL, 1988). Já na abordagem de Marcelo Lopes de Souza, o território é político e também cultural, a partir do momento em que grupos sociais estabelecem relações de poder formando territórios de conflitos por diferenças culturais (SOUZA, 2001 apud BORDO et al,2004). Haesbaert (2004b, apud PEREIRA e BARCELLOS, 2006) aponta quatro vertentes utilizadas na Geografia para a interpretação de território: o olhar político que se refere às relações de espaço-poder em geral ou relações institucionalizadas. 22 O olhar cultural, onde território é visto como produto da apropriação de um grupo em relação ao espaço vivido. Há também a dimensão espacial nas relações econômicas e o território naturalista, que se baseia nas relações entre a sociedade e a natureza. Segundo Mendes, o território é “um espaço em permanente construção, produto de uma dinâmica social onde se tensionam sujeitos sociais postos na arena política” (MENDES et al, 1999, p.166). Reforça-se, então a concepção de território- processo que além de um território-solo é um território econômico, político, cultural e epidemiológico, configurando uma realidade de saúde sempre em movimento, nunca pronto (MENDES, 1999). Outro autor que fez importantes contribuições para a construção do conceito de território foi o geógrafo Milton Santos. Para ele, o território adota espacialidades particulares, conforme o movimento da sociedade (território vivo), em seus múltiplos aspectos: sociais, econômicos, políticos, culturais e outros (SANTOS, 2002a, apud BORDO ET AL, 2004). Para Santos (2000, apud DI LAURO, 2009, p.8), o conceito de território constitui-se [...] chão da população, isto é, sua identidade, o fato e o sentimento de pertencer àquilo que nos pertence. O território é a base do trabalho, da residência, das trocas materiais e espirituais e da vida, sobre os quais ele influi (SANTOS, 2000, p.96) Di Lauro (2009) comentando a visão de Santos, cita o território como: “cenário onde os sentimentos de pertencimento e/ou identidade estão atrelados ao que as pessoas sentem em relação aos territórios em que vivem. O território aqui é, portanto, o cenário de produção e reprodução do trabalho, das manipulações culturais, materiais e espirituais” (DI LAURO, 2009, p.8). O relatório final da VIII Conferência Nacional de Saúde, 1986, também traz no conceito ampliado da saúde, a necessidade de reorganização das práticas de saúde, englobando todos os determinantes e condicionantes do processo saúde- doença, se expandindo para além da doença, dos doentes, dos modos de transmissão e dos fatores de risco, enfatizado no seguinte trecho: Em sentido amplo, a saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio-ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso aos serviços de saúde. Sendo assim, é principalmente resultado das formas de organização social, de produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida (BRASIL, 1986:4). 23 A proposta deste relatório implicou não somente na reorganização do trabalho na saúde como também no reconhecimento do território de atuação destes profissionais concluindo quea investigação histórica da ocupação, das características físicas, socioeconômicas e culturais do território, da disposição e qualidade dos equipamentos e serviços de saúde, do perfil epidemiológico e dos principais problemas da comunidade representa um passo fundamental para a solução dos problemas desta população (BATISTELLA, 2007). De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, 2003, o território é o elemento fundamental no planejamento e operacionalização de ações em saúde, e para fins organizacionais seus limites devem ser precisos e claros(SMSBH,2003). Reunindo a visão dos diversos autores, entende-se que para a organização dos processos de trabalho locais em saúde, é importante o reconhecimento dos territórios e seus contextos de uso, pois neles os sujeitos interagem, assim como os problemas de saúde e as ações intersetoriais acontecem. 2.2. O território e a saúde Trazendo todos estes conceitos sobre território para o Sistema Único de Saúde (SUS), a afirmação de Christovan Barcellos de que “todos os grandes princípios do Sistema Único de Saúde têm um reflexo no território” (BARCELLOS, 2009, p.23) nos faz pensar sobre a importância da compreensão de território. Na concepção do autor, “universalização, descentralização e integralidade estão diretamente relacionadas à idéia de território” (BARCELLOS, 2009, p.23). A universalização acontece quando se delimitam áreas com unidades básicas de saúde, que atendam a toda a população. A descentralização acontece na medida em que as áreas de saúde se organizam em rede, por exemplo, possuindo em uma determinada área hospitais para referência nos casos mais complexos. A divisão em pequenos territórios possibilita a integração de ações intersetoriais.Tudo isto garante também a integralidade do cuidado(BARCELLOS, 2009). A base estruturante do SUS vem do movimento de Reforma Sanitária Brasileira, nos anos 70-80, que mostrou a necessidade de melhor distribuição de recurso e serviços de saúde no território nacional. Como conseqüência , em 1988, a 24 Constituição Brasileira cria o SUS, que tem como princípios a equidade, a universalidade e a integralidade, e como diretrizes a regionalização e descentralização dos serviços para os municípios (GONDIN et al, 2008). Neste momento surge a necessidade de se conhecer os problemas de saúde de cada área, a noção de território e base territorial de abrangência para as ações de saúde (GONDIN et al, 2009). Avançando um pouco na história, é lançado pelo Ministério da Saúde (MS), em 2006 o Pacto pela Saúde, que proporcionou a consolidação de alguns marcos conceituais da regionalização, tais como a territorialização: A territorialização consiste no reconhecimento e na apropriação, pelos gestores, dos espaços locais e das relações da população com os mesmos, expressos por meio dos dados demográficos e epidemiológicos, pelos equipamentos sociais existentes (tais como associações, igrejas, escolas, creches etc.), pelas dinâmicas das redes de transporte e de comunicação, pelos fluxos assistenciais seguidos pela população, pelos discursos das lideranças locais e por outros dados que se mostrem relevantes para a intervenção no processo saúde/doença – como o próprio contexto histórico e cultural da região(BRASIL, 2006, v. 3, p.15). Desta forma, a territorialização se coloca como “uma metodologia capaz de gerar mudanças no modelo assistencial e nas práticas de saúde vigentes”, (BARCELLOS, 2009) na medida em que possibilita o reconhecimento dos contextos de vida, das singularidades da vida pessoal, dos problemas e das necessidades de saúde de um determinado território. Sendo assim O ponto de partida para a organização do trabalho das ações de vigilância em saúde é a territorialização do sistema local de saúde, isto é, o reconhecimento e o esquadrinhamento do território segundo a lógica das relações entre condições de vida, ambiente e acesso às ações e serviços de saúde (TEIXEIRA; PAIM & VILLASBÔAS, 1998 apud MONKEN e BARCELLOS, 2007, p. 216). As ações de saúde devem, portanto, ser guiadas pelas especificidades dos territórios, pois isto garante maior proximidade com a realidade local que produz os problemas de saúde, nos diversos lugares onde a vida acontece. Devido às diferentes formas de se apropriar do território, no próximo item iremos destacar os espaços geográficos de interesse para a saúde. 25 3. ESPAÇOS GEOGRÁFICOS E A SAÚDE Para a compreensão de que território e espaço geográfico são indissociáveis, há necessidade de entendimento do significado de espaço geográfico, pois existem inúmeras definições sobre o termo, a começar pela própria definição de espaço. Como esta pesquisa pretende utilizar-se de representações computacionais do espaço (geotecnologias), alguns conceitos devem estar esclarecidos. O território é formado a partir do espaço, e deve ser estudado a partir deste, levando-se em conta as relações de poder ali existentes(GIRARDI, 2008). O ponto de partida de diversos autores geógrafos para definir o conceito de espaço geográfico vem da obra de Henri Lefebvre The production of space (La production de l’espace) (1992 [1974]). Lefebvre trabalha com um conceito de espaço social e os autores geógrafos utilizaram este conceito para propor o conceito de espaço geográfico. Na proposta do autor, o espaço compreende as relações sociais e não apenas o espaço físico. Ele destaca três elementos como necessários à produção do espaço: o social (o que é percebido pelos indivíduos), o representado (por cientistas, engenheiros, planejadores) e o representacional (o que realmente é vivido pelos indivíduos)(GIRARDI, 2008). Lefebvre também reconhece dois tipos de relações sociais neste espaço: as de reprodução (bio-psicológicas) e as de produção, sendo a última a determinante da produção do espaço, ou seja, cada modo de produção tem uma influência na produção espacial(GIRARDI, 2008). Segundo o geógrafo e pensador Milton Santos o espaço geográfico é formado por uma associação entre sistemas de objetos (formas) e ações (funções). Os sistemas de objetos são os dados espaciais e as ações são o que moldam a estrutura do espaço(GIRARDI, 2008). De acordo com uma das definições contidas no dicionário Aurélio, objeto é “tudo que é perceptível por qualquer dos sentidos” (FERREIRA, 2000, p.492). Segundo os autores Peiter, Barcellos,Rojas e Gondim “geralmente pensamos nos objetos como coisas pequenas, mas uma casa, uma fábrica, uma plantação ou até mesmo uma cidade podem ser considerados objetos geográficos”(PEITER,2006, p. 14) 26 Ainda de acordo com Milton Santos, os objetos, que em conjunto com as ações formam o espaço geográfico “são tudo o que existe na superfície da terra4, toda herança da história natural e todo resultado da ação humana que se objetivou” (PEITER, 2006, p. 14). Para ele, a realidade geográfica não trata apenas de mapas coloridos, mas também das ações e processos, componentes fundamentais para quem toma decisões (SANTOS e SILVEIRA, 2003). Para análise do espaço geográfico, Santos propõe as seguintes categorias: A paisagem, a configuração territorial [ou configuração espacial], a divisão territorial do trabalho, o espaço produzido ou produtivo, as rugosidades e as formas-conteúdo. Há também a necessidade de estudar os recortes espaciais a partir de temas como o da região e do lugar, o das redes e das escalas (SANTOS 2002 [1996] p.22 apud GIRARDI, 2008). É neste espaço que se verifica a interação populações-serviço, e por isto torna-se relevante conhecer seu perfil demográfico, socioeconômico, epidemiológico, administrativo, tecnológico, político, social e cultural (MENDES, 1993; BARCELLOS e ROJAS 2004 apud GONDIN, MONKEN et al, 2008). O estabelecimento desta base territorial é um passo essencial para a caracterização da população e seus problemas de saúde (MONKEN e BARCELLOS, 2005).A primeira forma de se buscar um sistema equitativo em saúde é a de se reconhecer as diferenças regionais, e estabelecer espaços delimitados geograficamente, com características semelhantes (UNGLERT, 1999). Na concepção de Mendes, a estruturação de redes de atenção à saúde necessita da territorialização, do cadastramento de famílias, da classificação dos riscos sócio- sanitários destas e vinculação desta população adscrita a uma Unidade de Atenção Primária à Saúde – UAPS (MENDES, 2009a). De acordo com a proposta de Unglert, os objetos geográficos de interesse são os distritos sanitários, que dependem de critérios político-administrativos para o seu estabelecimento. Geralmente correspondem a uma região administrativa municipal. As áreas de abrangência correspondem às áreas de responsabilidade de uma unidade de saúde , que baseiam-se em critérios de acessibilidade geográfica e de fluxo da população. Essas áreas devem se constituídas por conglomerados de setores censitários. As microáreas de risco são áreas de perfil 4 Grifo meu 27 epidemiológico específico e ações de saúde também específicas. Devem ser usados novamente os conglomerados por setores censitários. E o domicílio que possibilita a adscrição de clientela, favorece o estabelecimento de ações de controle de saúde, visando prioridades (UNGLERT, 1999). Ainda de acordo com a autora, considerando a acessibilidade aos serviços de saúde, outros objetos devem ser identificados: o geográfico, o funcional, o cultural e o econômico. Como objetos geográficos devem ser considerados a distância a ser percorrida e os obstáculos a serem transpostos pelos usuários até as unidades de saúde. Como funcional o tipo de serviço de saúde oferecido, seu horário de funcionamento e sua qualidade. Como cultural, se os serviços de saúde estão incorporados aos hábitos e costumes da população. E o econômico, quando se considera se todos os serviços de saúde estão disponíveis a todos os usuários(UNGLERT, 1999). Os obstáculos naturais ou aqueles gerados pela ocupação urbana, que provocam uma orientação de fluxo populacional são as barreiras geográficas ou naturais e também devem ser considerados objetos neste estudo do espaço/objeto geográfico (UNGLERT, 1999). Informações sobre densidade populacional (concentração de pessoas em um dado espaço ou território), dados sociodemográficos (idade, escolaridade, condição de emprego, renda, abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo, número de banheiros e cômodos do domicílio) são extremamente úteis para se conhecer o perfil da população de uma determinada área. Sua compreensão e uso servem para orientar a tomada de decisão, a definição de processos de investigação e propostas de intervenção (PEITER et al, 2006). [...] Assim, todo espaço geográfico populacional, portará história: ecológica, biológica, econômica, comportamental, cultural, em síntese, social que inevitavelmente irá orientar o conhecimento do processo saúde-enfermidade [...] (ROJAS, 1998, apud PEITER et al, 2006). Para este estudo, será adotada a visão do espaço geográfico que necessita ser entendido de acordo com suas características geográficas, econômicas, sociais, sanitárias, culturais, assim como a malha viária, a rede de serviços e a 28 acessibilidade aos mesmos. A maior parte destes espaços serão referenciados em mapas através do Geoprocessamento5. 3.1. Setores censitários Todos os dados coletados sobre indivíduos e domicílios são consolidados por área pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada CENSO. A área mínima é o setor censitário (área sob responsabilidade de cada recenseador que abrange um conjunto médio de 300 domicílios particulares, em área contínua) Estes são agregados em bairros, distritos, municípios, estados e país, sucessivamente (GRANDO, 2006). Desta forma, todo o Brasil é coberto por um mosaico de setores censitários. Os setores censitários são a unidade territorial estabelecida pelo IBGE, obedecendo a critérios de operacionalização da coleta de dados, de tal maneira que abranjam uma área que possa ser percorrida por um único recenseador em um mês e que possua em torno de 250 a 350 domicílios (em áreas urbanas)(ICICT, 2011). Para a coleta de informações, o território nacional é compartimentado em pequenas áreas geográficas denominadas setores censitários, que são a unidade básica de coleta. Para o Censo 2010 foi construída uma Base Territorial a partir da qual o País foi dividido em cerca de 316 mil setores censitários e utilizou como data de referência para sua coleta de dados a noite de 31 de julho para primeiro de agosto. Pessoas nascidas a partir desta data não foram incluídas no censo (IBGE, 2011a). O maior número de informações coletadas sobre os setores censitários para este trabalho foi disponibilizado pela página do IBGE, de domínio público na internet. De acordo com o órgão, uma das principais utilizações dos resultados censitários é a de: [...] identificar áreas de investimentos prioritários em saúde, educação, habitação, transporte, energia, programas de assistência à infância e à velhice, possibilitando a avaliação e revisão da alocação de recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS), do Fundo Nacional de Educação (FNE) e de outras fontes de recursos públicos e privados (IBGE, 2011). 5 Geoprocessamento - “conjunto de técnicas de coleta de dados, tratamento e exibição de informações referenciadas em um determinado espaço geográfico.” (MEDRONHO, 2002) 29 Os agregados por setores censitários contém informações geradas a partir dos microdados do Censo sobre a população residente por sexo e sobre os domicílios particulares ocupados e não ocupados, em área urbana e rural, como seu tipo e condição de ocupação, para todos os setores censitários do Brasil.Também contêm informações sobre os domicílios, como abastecimento de água e esgotamento sanitário; sobre a população e os responsáveis pelos domicílios; e dados de alfabetização, reunidos no tema população e condições de vida, para os distritos-sede dos municípios. A cartografia destes censos se dá através de mapas municipais, de localidades urbanas e de setores censitários. Cada município e localidade brasileiros têm mapas com a representação destes setores - são os mapas municipais para fins estatísticos. Estes mapas estatísticos estão disponíveis em papel e em CD-ROM, para a maioria dos municípios, em projeção UTM, e escalas que variam de 1: 50 000 a 1: 250.000. As informações agregadas aos setores censitários, juntamente com sua cartografia pode permitir o acesso a dados de vital importância para o planejamento em saúde. Além disso, os agentes comunitários e os agentes de vigilância em saúde têm a possibilidade de penetração em todas as camadas do território, o que torna viável o mapeamento de áreas carentes, favelas e invasões. Estas informações do setor saúde podem oferecer às instituições locais de cartografia a possibilidade de atualização e complementação de mapas. Em contrapartida estas instituições poderiam conceder o acesso às bases cartográficas de outros dados de interesse para a saúde (MAGALHÃES et al, 2006). No próximo capítulo, apresentaremos diferentes modelos de organização territorial na saúde, de forma a atender características demográficas, econômicas e sociais. A escolha destes modelos deve-se a similaridade do modelo de atenção primária adotada com o modelo de saúde implantado na cidade do Rio de Janeiro – o Saúde Presente. 30 4. ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL NA SAÚDE 4.1 Informe Dawson A discussão sobre a reorganização de práticas em saúde através de um território definido surge, pela primeira vez, com o estudo realizado por Bertrand Dawson, na Inglaterra, em 1920- o Informe Dawson. Nele,o autor propôs a delimitação de bases territoriais e de população-alvo, níveis de complexidade distintos e interligados em rede, dando prioridade à Atenção Primária para a organização do sistema de saúde inglês(OLIVEIRA, 2005; RODRIGUES e SANTOS, 2009). De acordo com o Informe Dawson, a organização de um determinado território se daria através da integração de serviços domiciliares a centros primários, secundários e terciários de saúde, preventivos e terapêuticos voltados a uma determinada população, cuja porta de entrada seria o centro primário de saúde, onde os usuários seriam atendidos por médicos generalistas. Estes eram os responsáveis pelo percurso do paciente pelo sistema de saúde. Os centros de saúde localizavam-se em vilas, e estariam ligados a centros secundários de atenção, de maior complexidade. Quando não houvesse a capacidade de resolução do caso neste, o paciente então seria referenciado para um hospital. A organização de saúde necessitaria de uma autoridade que unificasse o controle local sobre todos os serviços de saúde, fosse ela uma liderança local ou contratada para tal. O mais importante seria que esta autoridade mantivesse a integração e a coordenação do cuidado de saúde daquele território.Propunha também que fossem respeitadas as necessidades locais da população. Assim, os centros primários de saúde teriam tamanhos e complexidade variados, de acordo com a região a ser atendida. A seguir está a representação do modelo de organização dos serviços de saúde proposto por Dawson, que apresenta uma distribuição de rede de atenção, com vários níveis e em território definido(Figura1). Neste esquema percebemos que os Centros de Atenção Secundária estão alocados em um nível intermediário entre os Centros de Atenção Primária e o hospital. 31 Figura 1- Organização territorial de saúde segundo Dawson, Inglaterra, 1920. Centros de Atenção Primária Hospitais de Ensino Centros de Atenção Secundária Serviços Suplementares Serviços Domiciliares Fonte: Adaptado de Rodrigues (op. cit., p.49) Observa-se, portanto, que porta de entrada, regiões e níveis de complexidade, vínculo, coordenação pela Atenção Primária e mecanismos de integração já eram abordados e claramente definidos neste relatório, de 1920, e continuam sendo conceitos ainda hoje discutidos (KUSCHNIR et al, 2010). 4.2. Organização territorial no mundo Os sistemas de saúde de diversos países, na busca pela oferta mais equânime de serviços, melhor qualidade e menor custo, tem se organizado de forma a atender às características demográficas e econômicas locais (SHORTELL, 1994). De acordo com Kuschnir e Chorny , 2010: Quaisquer que sejam os mecanismos ou instrumentos utilizados devem estar sempre respaldados por uma política de Estado que impulsione as redes como estratégia fundamental para o alcance de serviços de saúde mais acessíveis e integrais, apoiada em um referencial jurídico coerente (KUSCHNIR E CHORNY, 2010, p. 2314). Os sistemas de saúde apresentam vários elementos comuns, tais como agências locais ou regionais de regulação do sistema de saúde, utilização de 32 contratos de gestão entre governos e agências e entre estas e as unidades de saúde, autonomia administrativa e financeira das unidades de saúde, monitoramento e avaliação de acordo com indicadores de desempenho e capacidade de intervenção por parte das agências nas unidades de saúde (RODRIGUES, 2009). Alguns destes modelos distintos de organização territorial serão abordados ao longo desta seção. No início dos anos 70, Portugal foi um dos primeiros países europeus a adotar uma estratégia de atenção primária integrada através de uma rede pública de Centros de Saúde com enfermeiros, médicos de família e médicos de saúde pública (PISCO, 2008, 2010). Ao longo dos anos, este sistema sofreu algumas modificações com reconfiguração dos Centros de Saúde e implementação das unidades de saúde da família (PORTUGAL, 2005). As Unidades de Saúde da Família são formadas por equipes multiprofissionais, compostas por 3 a 8 médicos de família, por um mesmo número de enfermeiros de família e profissionais administrativos, responsáveis por cerca de 4.000 a 14.000 pessoas. Estas equipes dispõem de autonomia técnica, funcional e organizacional, e um sistema de pagamento misto, (capitação/salário/metas), incentivos financeiros e profissionais pagos por desempenho, e, sobretudo, pela qualidade do serviço prestado(PISCO, 2010). Estas USF estão agrupadas em Centros de Saúde (ACES) que também contam com unidades que prestam atendimentos personalizados (UCSP), unidades de ações em saúde pública (USP) e por unidades de intervenções na comunidade (UCC). Estes ACES estão ligados em rede com USP e Unidades de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP) e Unidades de Apoio à Gestão (UAG) . Com este tipo de reorganização, o sistema de saúde de Portugal tem obtido mais eficiência, mais acessibilidade, melhor clima de trabalho, maior satisfação dos cidadãos e mais qualidade (PISCO, 2010). Na Figura 2, a seguir, está demonstrada a organização do sistema de saúde de Portugal, com suas USF, UCC, UCSP e USP e URAP. Como pontos positivos deste sistema destacam-se uma boa cobertura em nível nacional, termos de referência bem definidos, desenvolvimento de uma cultura sobre cuidados primários em saúde e excelentes cursos de pós-graduação(PISCO, 2008). 33 Figura 2- Agrupamento de Centros de Saúde. Sistema de Saúde de Portugal Fonte: A Reforma da Atenção Primária. Apresentação feita na ENSP, Rio de Janeiro, setembro de 2010. Com relação aos indicadores de saúde, o aumento da expectativa de vida, a diminuição do número de leitos hospitalares, o aumento do gasto público com a saúde e a redução da mortalidade infantil são importantes mudanças ao longo dos anos desta reforma da atenção em Portugal (PISCO,2010). Outro tipo de sistema de saúde a ser mencionado é o da Espanha, fundamentado na Constituição Espanhola, de 1978 e na Lei nº 14, de 1986 que definiu seus princípios e diretrizes. O Sistema Nacional de Saúde (SNS) da Espanha é formado por serviços de saúde do governo central (Estado) e pelos serviços de saúde das Comunidades Autônomas (CCAA). As CCAA são responsáveis pelo planejamento de saúde, pelas ações de saúde pública e de assistência à saúde de um determinado estado ou província. Já o Sistema Nacional de Saúde responde pela coordenação geral da saúde. O SNS e as CCAA reúnem-se num Conselho Interterritorial, representado por ministros da saúde e dirigentes de saúde das CCAA, 4 vezes por ano e tomam decisões por consenso (SILVA, 2011). O território é dividido em 158 áreas de saúde, 2679 zonas básicas, 2913 centros de saúde, 10178 consultórios locais, 248 hospitais, e 97 unidades docentes de Medicina de Família, com. 2300 tutores (VICENTE, 2010). 34 As áreas de saúde são estruturas fundamentais do sistema sanitário espanhol, responsáveis pela gestão dos centros de saúde e outros estabelecimentos com o mesmo fim das CCAA, dentro dos limites territoriais previamente estabelecidos e com cobertura para cerca de 200 a 250 mil habitantes (ESPANHA, 1986). Já as zonas básicas de saúde respondem por cerca de 25 mil habitantes e são responsáveis pela Atenção Primária , exercida nos centros de saúde.Várias zonas de saúde formam uma área de saúde. Toda área de saúde está ligada a um hospital para atender aos casos de maior complexidade(ESPANHA, 1986). Este tipo de organização está representado na Figura 3, a seguir, onde observamos uma destas comunidades autônomas e sua divisão em áreas e zonas de saúde. Figura 3 - Organização territorial da saúde em Áragon- Espanha Fonte: portal.aragon.es/.../portal/docs/1/234475.GIF. Acesso em 28 de novembro de 2010. Os dois exemplos apresentados são representações de países que seguem uma organização territorial dos sistemasde saúde e que atribuem à Atenção Primária a porta de entrada para os mesmos, possibilitando serviços cada vez mais próximos dos usuários e suas necessidades. No próximo item serão apresentados os marcos que regulamentaram o processo de territorialização da saúde brasileira, desde a idéia dos SILOS- Sistemas 35 Locais de Saúde, passando pela proposta de conformação dos TEIAS- Territórios Integrados de Atenção à Saúde e chegando às Redes de Atenção à Saúde (RAS). 4.3. Organização territorial brasileira A preocupação em relacionar saúde e território começou a se consolidar no Brasil nos anos 1980. No âmbito internacional, uma das propostas em torno desta idéia é a proposta de Sistemas Locais de Saúde (SILOS). Seu marco conceitual foi apresentado na XII Conferência-Pan-Americana, em 1986 e ratificado em documento da Organização Mundial de Saúde (OPAS), e recomenda: Um Sistema Local de Saúde deve contemplar a estrutura político- administrativa de um país, definir-se em um espaço populacional determinado, ter em conta todos os recursos para a saúde e desenvolvimento social existentes neste espaço, responder aos processos de descentralização do Estado e do setor da saúde, às necessidades da população e à estrutura da rede de serviços de saúde e organizar-se para facilitar a condução integral das ações (OPAS apud SILVA JUNIOR, 2006: 62, apud SILVA, 2007, p.170). A proposta dos SILOS tinha como base a divisão territorial para organizar os sistemas de saúde com conhecimento da epidemiologia local, sendo a partir daí realizado um planejamento para organizar os serviços de saúde do território em questão(RODRIGUES, 2009). A organização pelos SILOS teria os três níveis de atenção (primário, secundário e terciário), sendo o primeiro contato dos usuários realizado pela atenção primária, que teria inteira interlocução com os demais níveis. Para que a atenção primária possa desenvolver bem este papel, os SILOS propõem profissionais generalistas (médicos generalistas e enfermeiros) como fundamentais para tal processo (RODRIGUES, 2009). Os SILOS tinham como foco a municipalização. O Brasil elaborou essa proposta dividindo os espaços em distritos sanitários, numa perspectiva de regionalização, para melhor organizar a atenção primária e estabelecer redes de serviços de saúde (MENDES, 2009). Em 1988, a Constituição Federal Brasileira de 1988 proporcionou descentralização político-administrativa, deu autonomia e definiu a competência dos três entes do governo, e conferiu aos municípios o status de gestores da federação 36 (BRASIL, 2006e) através da Regionalização. Era uma estratégia para a reorganização territorial da saúde. Em seu artigo 198, ela afirma: As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as diretrizes de descentralização, atendimento integral e participação da comunidade(BRASIL, 1988, artigo 198). O território e a regionalização foram enfatizados por leis infraconstitucionais como a Lei Orgânica da Saúde (8.080) de 1990. No seu artigo 7º ela reafirma as diretrizes previstas no artigo 198 da Constituição Federal e define competências frente à criação de redes regionalizadas e hierarquizadas de saúde. Contribuições importantes à Regionalização também foram dadas pelas Conferências Nacionais de Saúde, das quais merece destaque a VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986, que destacou a importância estratégica dos distritos sanitários como base para configuração de uma rede nacional de serviços de saúde (BRASIL, 1986). Juntamente com a regionalização e a municipalização surge a proposta de estruturação dos Distritos Sanitários. Estes funcionariam como uma unidade operacional básica mínima do Sistema Nacional de Saúde, que de certa forma, recupera a proposta dos SILOS, já mencionados anteriormente, numa estratégia de implementação do SUS (GONDIM, 2008). Desde a década de 90, com a descentralização das ações e serviços movidas pelas diretrizes do SUS, o Brasil vem organizando seu território de forma equânime, integral e cooperativa, seguindo o que preconizam as NOAS/SUS- Normas Operacionais de Assistência à Saúde. Através destas normas operacionais procurou-se organizar a assistência à saúde com conformação de redes regionalizadas de saúde. Porém estas normas não contemplaram as diferenças regionais de um país de dimensões continentais. Desta dificuldade nasceu o Pacto pela Saúde-2006, de onde o Ministério da saúde retomou a discussão sobre a regionalização, desta vez com maior flexibilidade, valorizando os espaços regionais de planejamento, dando voz à implementação da Regionalização Solidária e Cooperativa (BRASIL, 2006e). 37 O Pacto pela Saúde definiu a regionalização, como seu eixo estruturante. O Pacto também proporcionou a consolidação de alguns marcos conceituais da regionalização, tais como a territorialização em saúde. A territorialização consiste no reconhecimento e na apropriação, pelos gestores, dos espaços locais e das relações da população com os mesmos, expressos por meio dos dados demográficos e epidemiológicos, pelos equipamentos sociais existentes (tais como associações, igrejas, escolas, creches etc.), pelas dinâmicas das redes de transporte e de comunicação, pelos fluxos assistenciais seguidos pela população, pelos discursos das lideranças locais e por outros dados que se mostrem relevantes para a intervenção no processo saúde/doença – como o próprio contexto histórico e cultural da região (BRASIL, 2006e, p.18). Também a crescente responsabilização dos municípios na organização das ações básicas de saúde, principalmente a vigilância em saúde, conforme disposto no mesmo pacto, indicava a necessidade de formação dos trabalhadores para as ações de base territorial (BRASIL, 2006e). Corroborando com esta idéia, Hartz e Contandriopoulos afirmaram que: A integralidade da atenção é um eixo prioritário da investigação e avaliação dos serviços e dos sistemas de atenção à saúde, estruturados como redes assistenciais interorganizacionais que articulam as dimensões clínicas, funcionais, normativas e sistêmicas em sua operacionalização, reconhecendo que nenhuma organização reúne a totalidade dos recursos e as competências necessárias para a solução dos problemas de saúde de uma população, em seus diversos ciclos de vida (HARTZ e CONTANDRIOPOULOS,2004, apud MENDES, 2009, p. 123) Desde então, o Ministério da Saúde vem buscando através de suas normas e pactos a integração sistêmica e regional das ações e serviços de saúde, com formação de redes solidárias e cooperativas. Formulou, então, um processo de transição para as redes de atenção à saúde por meio dos Territórios Integrados de Atenção à Saúde (TEIAS) em substituição as atuais regiões de saúde (BRASIL, 2009). A proposta do TEIAS é a integração da rede de serviços no território (assistência, vigilância e prevenção), articulação de projetos intersetoriais e fortalecimento da atenção básica(PAIM, 2008) e consiste, portanto, numa forma de organização dos sistemas de saúde em redes organizadas, integradas e complementares que aumentem a abrangência de cobertura dos serviços aos cidadãos (ROLLO, 2008). 38 O Programa Mais Saúde – Direito de Todos, do Ministério da Saúde, 2008, em sintonia com as diretrizes do Pacto pela Saúde 2006, enfatiza a necessidade de intensificar os esforços das três esferas de gestão do SUS para fortalecer o caráter único e integrado do sistema, ampliando sua capacidade de cumprir os princípios constitucionais, conforme a medida 2.16, do Eixo 2- Atenção à saúde: Implantar em Territórios Integrados de Atenção à Saúde (TEIAS) unidades de apoio e referência para a Atenção Básica, ampliando a abrangência e a resolutividade das ações das Equipes de Saúde da Família e conformando a Rede de Atenção com os Núcleos de Apoioà Saúde da Família (NASF), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Centro de Especialidades Odontológicas – (CEOs), Unidades de Pronto Atendimento e Apoio ao Diagnóstico – (UPAs) (BRASIL, 2008a). Em dezembro de 2010, o Ministério lançou a Portaria nº 4279 que, fundamentada no Pacto pela Saúde, PNAB 2006 e outros arcabouços normativos do SUS, trata da organização da saúde em Redes de Atenção à Saúde (RAS) com conceitos, atributos, diretrizes e estratégias para sua implantação, fortalecendo a AP como coordenadora do cuidado e ordenadora da rede, e dando ênfase a organização territorial com limites geográficos e clientela adstrita definidas e reconhecimento das necessidades locais para a construção deste sistema integrado de saúde (BRASIL, 2010). No Brasil, estados e municípios vêm se organizando políticoinstitucionalmente de acordo com estas diretrizes. No item seguinte, será apresentada a organização territorial no Estado e no município do Rio de Janeiro. 4.4. Organização territorial no Estado e Município do Rio de Janeiro No Estado do Rio de Janeiro, a organização territorial obedece a divisão em macrorregiões e microrregiões, de acordo com os termos da NOAS, 2001. O Plano Diretor Regional, que é um instrumento da política de regionalização, configura o estado em oito regiões de saúde e 23 microrregiões, totalizando 92 municípios participantes (SOUZA et al, 2010). A Região Metropolitana foi dividida em duas devido ao seu grande contingente demográfico , capacidade instalada e acesso, ficando o município do Rio de Janeiro na Região Metropolitana I (METRO I). Esta ainda foi subdividida em cinco microrregiões. Participam destas microrregiões 1 municípios, sendo o 39 município do Rio de Janeiro a referência para a alta complexidade6 (ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2011). No mapa a seguir (Figura 4) podemos visualizar a divisão do estado em suas regiões e microrregiões de saúde. Figura 4 – Mapa com as regiões e microrregiões de saúde do Estado do Rio de Janeiro Fonte: Estado do Rio de Janeiro, 2011a, Pano Diretor Regional do Estado do Rio de Janeiro, p.12. Dentro de um mesmo município, podem ser organizadas várias Regiões de Saúde compostas por tantos Distritos de Saúde quanto convier ao atendimento das demandas do território(BRASIL, 2006e). Podemos citar como exemplo desta regionalização, a divisão em áreas de planejamento (AP) de saúde do município do Rio de Janeiro, totalizando 10 áreas de planejamento geridas pelas Coordenações de Áreas de Planejamento (CAP) que respondem à Subsecretaria de Promoção, Atenção e Vigilância(SUBPAV), da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil(SMSDC) (PMS, 2009). A estrutura organizacional da SMSDC, que criou a Subsecretaria de Promoção, Atenção 6 O município do Rio de Janeiro também é o Pólo Estadual para oncologia, Terapia Renal Substitutiva (TRS), hematologia, hemoterapia, transplante, cirurgia cardíaca, neurocirurgia, entre outras. 40 Primária e Vigilância e a Subsecretaria de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência tem sido fundamental para a descentralização financeira e consequente fortalecimento da Atenção Primária . No mapa a seguir (Figura 5) estão representadas as 10 áreas de planejamento do município do Rio de Janeiro. Figura 5- Áreas de Planejamento da Saúde do Município do Rio de Janeiro. Fonte: Instituto Pereira Passos Atendendo às determinações do Mais Saúde (BRASIL, 2008a), Pacto pela Saúde (BRASIL, 2006) e Relatório Municipal de Indicadores de Monitoramento e Avaliação do Pacto pela Saúde 2006 - Prioridades e Objetivos- Municípios com mais de 80.000 habitantes (SISPACTO), a nova gestão da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da SUBPAV, retomou, em 2009, a ampliação do PSF com foco nas áreas de maior necessidade da oferta de serviços e menor cobertura do mesmo com o Saúde Presente, um programa que visa estruturar o sistema de saúde do Rio. O Saúde Presente constitui uma oportunidade para a construção de uma rede universal e equânime prestadora de Cuidados de Saúde Primários de excelência, adequados às características das populações, próximos das famílias e dos cidadãos, sustentável e baseados no empreendedorismo profissional de cada equipe, é certamente mais que a reforma do modelo da atenção a saúde, é fundamentalmente uma reforma de sociedade. (PCRJ, 2010) 41 Neste sistema, a organização da rede se dá através da atenção primária, com ações e serviços para responder de forma contínua e integral às necessidades de saúde de cada cidadão, baseando-se no TEIAS, modelo já descrito anteriormente neste capítulo. (PCRJ, 2009) Com o Saúde Presente tanto unidades tradicionais quanto novas unidades de saúde receberão ESF. As novas unidades possuem um design moderno e humanizado sendo denominadas Clínicas de Saúde da Família, representando o pilar central deste sistema de saúde. A Figura 6, abaixo, apresenta o modelo do sistema de saúde adotado pela SMSDC. Figura 6- Saúde Presente- Rede de serviços organizada e integrada. Fonte: Apresentação do “Saúde Presente” feita pelo secretario de saúde à rede em dezembro de 2010. Neste processo histórico de regionalização e reorganização territorial, a Atenção Básica tem se fortalecido, devendo tornar-se a porta de entrada preferencial do SUS. De acordo com o Pacto pela Vida e também pela Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), ambos publicados em 2006, o PSF deve se consolidar como modelo de Atenção Básica e centro ordenador das redes de atenção à saúde no SUS, passando a ser considerado uma estratégia de reorientação do modelo assistencial e seu desenvolvimento deve considerar as diferenças sócio-culturais. (BRASIL, 2006; 2006b) 42 5. TERRITÓRIO E SAÚDE DA FAMÍLIA Desde 1994, o Ministério da Saúde tem estabelecido as bases para implantação e funcionamento do Programa Saúde da Família (PSF). O PSF está baseado na “reorganização da prática assistencial [...] em substituição ao modelo tradicional de assistência orientado para a cura de doenças e realizado principalmente no hospital” (BRASIL, 2001, p.5). O foco de atenção é a família e sua realidade local, tornando mais compreensível o processo de adoecimento, conforme cita o Guia Prático do Programa de Saúde da Família: O único remédio infalível, contra todas as doenças, é não ficar doente. Um caminho seguro para buscar esse objetivo é garantir que as pessoas tenham acesso aos serviços de atenção básica, como se dá no Programa de Saúde da Família (PSF): pela promoção da saúde, assistência básica e prevenção, cada pessoa da comunidade é assistida antes que os problemas se agravem, no surgimento, ou antes, mesmo que apareçam (BRASIL, 2001a, p.34). A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB, 2006) revitalizou a Atenção Básica e consolidou o Saúde da Família como modelo de atenção e centro ordenador da rede de atenção à Saúde (BRASIL, 2006b). O Programa Mais Saúde- Direito de Todos (BRASIL, 2008a), reafirma a expansão da Atenção Básica e traz sustentabilidade financeira ao PSF, através das medidas 2.1, 2.16, 2.17 e 2.18 que constam em seu eixo 2: 2.1. Qualificar e ampliar a rede de serviços de atenção básica garantindo, de forma compartilhada com estados e municípios, a expansão e a sustentabilidade financeira para a estratégia de saúde da família cobrindo a população usuária do SUS de forma integrada aos projetos sociais do Governo Federal (BRASIL, 2008, p. 27). ... 2.16. Implantar em Territórios Integrados de Atenção à Saúde (TEIAS) unidades de apoio e referência para a Atenção Básica, ampliando a abrangência e a resolutividade das ações das Equipes de Saúde da Família e conformando a Rede de Atenção com os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Centro de Especialidades Odontológicas – (CEOs), Unidades de Pronto Atendimentoe Apoio ao Diagnóstico – (UPAs)(BRASIL, 2008, p. 29). 2.17. Ampliar a oferta e o acesso a serviços da rede nacional de atenção especializada ambulatorial e hospitalar de forma descentralizada e regionalizada (BRASIL, 2008, p. 30). 2.18. Concluir as obras inacabadas e construir, ampliar, reformar e equipar unidades de saúde, que atendam a critérios de eficiência e racionalidade, reduzindo as desigualdades locais e regionais (BRASIL, 2008, p. 30). ... 43 O PSF possui diretrizes que devem ser seguidas, tais como a de ter caráter substitutivo em relação ao modelo tradicional de assistência focado nas doenças; trabalhar a integralidade e intersetorialidade, assegurando aos indivíduos e suas famílias a referência e contra-referência para os diversos níveis de atenção à saúde e complementando suas práticas em outros setores sociais de acordo com as necessidades identificadas; trabalhar com equipe multidisciplinar, onde a figura do médico generalista aparece, mas não como o centro de todas as atividades assistenciais; a responsabilização e o vínculo, o estímulo à participação da comunidade e ao controle social e a territorialização com adscrição de clientela (BRASIL, 2001b; 2006c). A organização do PSF propõe que a prática de suas atividades se estabeleça em território definido 7,seguindo os princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS) de universalização, descentralização, integralidade e participação da comunidade(BRASIL, 2001b). Reforçam estas idéias, as palavras de Pereira e Barcellos que dizem que: A territorialização é um dos pressupostos básicos do trabalho do PSF. Essa tarefa adquire, no entanto, ao menos três sentidos diferentes e complementares: de demarcação de limites das áreas de atuação dos serviços; de reconhecimento do ambiente, população e dinâmica social existente nessas áreas; e de estabelecimento de relações horizontais com outros serviços adjacentes e verticais com centros de referência (PEREIRA & BARCELLOS, 2006). Outro termo utilizado para descrever a relação território-população é a adscrição de clientela, que diz respeito ao território sob responsabilidade das equipes de saúde da família. De acordo com a nova PNAB 2011, cada equipe deve ser responsável por no máximo 4.000 habitantes, sendo a média recomendada de 3.000 habitantes, em uma determinada área geográfica. Para os agentes comunitários de saúde (ACS), cada micro-área de trabalho deve ter no máximo 750 pessoas cadastradas por ACS(BRASIL, 2011). A territorialização é, portanto, uma etapa de implantação do PSF. A definição da população a ser atendida pelas equipes é inclusive, requisito para o financiamento do programa pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2006b). De acordo com PEREIRA e BARCELLOS, 2006, além do número de famílias vinculadas às 7 Grifo meu 44 ESF, outros pontos são importantes para a delimitação dos territórios de atuação das ESF: a área deve conter uma população mais ou menos homogênea do ponto de vista socioeconômico e epidemiológico, caracterizando áreas homogêneas de risco; deve também conter uma unidade básica de saúde (UBS) que será a sede da ESF e local de atendimento da população adscrita; e seus limites devem considerar barreiras físicas e vias de acesso e transporte da população às unidades de saúde. Como o PSF trabalha no diagnóstico da realidade local a partir do reconhecimento do território, suas diferentes formas de ocupação e uso, é possível identificar suas singularidades e seus problemas e as possíveis implicações para a saúde coletiva (MONKEM e BARCELLOS, 2007). Neste processo de territorialização não podemos deixar de mencionar que, nos grandes centros urbanos, como é o caso do município do Rio de Janeiro, algumas adversidades são enfrentadas, pelo crescente processo de favelização8 que toma conta dos espaços, tornando-se necessário que ações intersetoriais sejam também implementadas. Oportuno lembrarmos aqui da violência urbana que repercute diariamente no trabalho das ESF e influencia a alta rotatividade dos profissionais nas equipes (CONILL, 2008). Neste sentido, a cidade vive um intenso movimento de pacificação com a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora Sociais(UPPs), que vem contribuindo com a diminuição da violência em algumas áreas antes dominadas pelo poder paralelo, e que trazem a possibilidade de ações sociais sinérgicas à diminuição da violência nestas localidades. Outros enfrentamentos também ocorrem em relação processo formador de profissionais com o perfil adequado para desenvolver o trabalho no PSF, preconceitos em relação ao uso de tecnologia leve e cuidado simplificado, relação inadequada entre equipe e número de famílias, sobrecarregando-as e os problemas na referência para especialistas, porém estes não fazem parte do escopo deste estudo. 8 Favela- conjunto de habitações populares, em geral, toscamente construídas e usualmente deficientes de recursos higiênicos (FERREIRA, 2001) 45 6. OBJETIVOS E MÉTODOS 6.1 Objetivos 6.1.1 Objetivo Geral Analisar a viabilidade de utilização dos setores censitários do IBGE para subsidiar a delimitação das áreas do PSF e o planejamento de ações das ESF. 6.1.2 Objetivos específicos 1. Analisar a pertinência de utilização dos setores censitários como base da territorialização do PSF; 2. Delimitar os territórios considerando os objetos geográficos existentes; 3. Analisar espacialmente o território definido para as novas CSF da AP 3.2 considerando os setores censitários do IBGE e variáveis selecionadas dos mesmos através de mapas temáticos; e 4. Examinar possíveis soluções para a compatibilização dos setores censitários aos territórios de planejamento levando em consideração os elementos estudados. 6.2. Métodos e procedimentos 6.2.1. Natureza do estudo O desenho do estudo tem natureza quantitativa, pois requer descrição de dados numéricos para amostras representativas, e tem a intenção de generalizar resultados. Também pode ser classificado como do tipo exploratório, pois seu objetivo é proporcionar maior familiaridade com o tema. De acordo com Tobar e Yalour, estas pesquisas são realizadas sobre temas em que há pouco ou nenhum conhecimento prévio e sistematizado (TOBAR e YALOUR, 2001). As fontes de informação são os bancos de dados secundários, a saber, dados sociais e demográficos por setores censitários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dados do prontuário eletrônico VitaHisCare©, implantado nas CSF. Os elementos cartográficos foram obtidos com base em imagens disponibilizadas pelo Google Earth ©. 46 6.2.2. Cenário O cenário escolhido para o estudo é a AP 3.2, parte da Cidade do Rio de Janeiro. Esta possui 1.255 Km² e população de 6.323.037 habitantes, de acordo com dados do Censo 2010, do IBGE. O município está organizado em 33 Regiões Administrativas (RA), 160 Bairros, já a SMSDC utiliza a divisão da Cidade em dez Áreas de Planejamento (AP) constituídas por Regiões Administrativas/Bairros. Há grande diversidade entre as AP no que diz respeito à oferta de serviços, à população, tipo de ocupação e indicadores sócio-econômicos. Cada AP possui estrutura gerencial própria denominada Coordenação de Área de Planejamento (PCRJ, 2009). Esta área de planejamento localiza-se na Zona Norte do Rio de Janeiro. Compreende três RA: Inhaúma – XII; Méier - XIII e Jacarezinho – XXVIII, e vinte e três bairros. Sua localização pode ser melhor entendida visualizando-se a Figura 7, a seguir: Figura 7 - Mapas de georreferenciamento da AP 3.2 Fonte: Relatório trimestral da OSS SPDM à CAP 3.2-janeiro de 2011. 47 As três RA ocupam aproximadamente 44 km², onde residiam, em 2000 565.580 pessoas, segundo o Censo do IBGE do mesmo ano. Hoje, de acordo com oCenso Demográfico 2010, a AP conta com 569.970 habitantes. Predominam áreas urbanas entremeadas com áreas de vulnerabilidade social, sendo identificados até o momento 54 aglomerados subnormais, entre eles o Jacarezinho que se encontra entre os sete menores IDH do município. Já o Méier encontra-se entre um dos melhores IDH da cidade, e abriga cerca de 80% dos estabelecimentos comerciais da AP. Na Tabela 1 a seguir estão listados os bairros da AP 3.2, por RA e suas respectivas populações nos Censos 2000 e 2010. Tabela 1: População por RA e bairros - AP 3.2 (Censo 2000/Censo 2010). 2000 2010 XXVIII R.A. 36.459 37.839 Jacarezinho 36.459 37.839 XII R.A 142.207 147.169 Inhaúma 42.722 45.698 Tomás Coelho 21.580 22.676 Jacaré 7.392 9.276 Del Castilho 14.246 15.610 Pilares 28.956 27.250 Engenho da Rainha 27.311 26.659 XIII R.A 386.914 384.962 Piedade 44.111 43.378 Engenho de Dentro 46.834 45.540 Engenho Novo 44.472 42.172 São Francisco Xavier 7.787 8.343 Água Santa 7.243 8.756 Encantado 15.412 15.021 Lins de Vasconcelos 35.171 37.487 Maria da Graça 8.189 7.972 Abolição 12.346 11.356 Higienópolis 16.587 15.734 Cachambi 41.334 42.415 Riachuelo 13.107 12.653 Rocha 9.542 8.766 Méier 51.344 49.828 Sampaio 10.508 10.895 Todos os Santos 22.927 24.646 TOTAL 565.580 569.970 PopulaçãoBairros e Regiões administrativas Fonte: Elaboração própria, com base em dados dos Censos Demográficos do IBGE, 2000 e 2010. 48 A AP 3.2 é cortada por grandes vias, que naturalmente condicionam o fluxo da população para este ou aquele local, conforme as facilidades oferecidas pelos meios de transporte. No extremo norte, ligando a Avenida Pastor Martin Luther King Junior à Avenida Itaoca, está a Estrada Velha da Pavuna, hoje conhecida como Estrada Adhemar Bebiano. Ela termina na Avenida Dom Helder Câmara (antiga Avenida Suburbana). Esta Avenida corta toda a AP 3.2, também ao norte, fazendo a ligação de outros bairros da AP 3.3 com a AP 2.2, terminando em Benfica. Outra via importante de ligação, agora do extremo norte ao extremo sul da AP 3.2 é a Linha Amarela como é popularmente conhecida a Avenida Governador Carlos Lacerda. Ela liga bairros como a Barra da Tijuca à Ilha do Governador, passando por Água Santa (ao sul da AP) e Higienópolis (ao norte). Ao sul está a Radial-Oeste, leva o fluxo diretamente à Avenida 24 de Maio, que passa a ter o nome de Avenida Amaro Cavalcanti, a partir da entrada para a Dias da Cruz. Em todo o trajeto as avenidas são paralelas à linha férrea, que divide vários bairros, que passam a ter características muito diferentes, a partir desta divisão. Todo o lado esquerdo da linha férrea (abaixo) é economicamente mais ativo, sendo o outro lado praticamente residencial. A linha 1 de trens da Supervia possui estações nos bairros de São Francisco Xavier, Riachuelo, Sampaio, Engenho Novo, Méier, Engenho de Dentro e Piedade. Esta via tem seu ponto de partida na Estação Central do Brasil, centro da cidade e termina em Japeri, na Baixada Fluminense. A linha auxiliar da Supervia possui estações em Triagem, Jacarezinho, Del Castilho, Pilares e Tomás Coelho e termina em Belford Roxo. A área também é cortada pela linha 2 do metrô, cujas estações estão nos bairros do Jacarezinho, Maria da Graça, Del Castilho, Pilares e Tomás Coelho, ligando todos estes bairros até a Pavuna e também à linha 1 do metrô, que vai até a zona sul Esta característica da malha viária mantém a área integrada a diversos bairros da cidade e Baixada Fluminense, o que acarreta grande fluxo de usuários aos serviços de saúde marginais, principalmente os serviços de emergência locais e especialidades. 49 Na Figura 8, a seguir , é possível identificar as vias férreas principais- a Supervia, com sua linha 1 e linha auxiliar e a Linha 2 do Metrô , e também a Linha Amarela e o limite da AP. Figura 8 - Imagem da malha viária principal da AP 3.2 Fonte: Imagem malha viária da AP 3.2 obtida do Google Earth©. A rede pública de serviços de saúde disponível para a AP 3.2 é composta, em sua maioria, de unidades sob gestão municipal, sendo apenas uma delas de gestão estadual. Até o final de 2010, a área contava com poucos serviços em atenção primária, para o número de habitantes, mas possuía unidades com especialidades diversas, hospitais gerais, emergência 24 horas, saúde mental, maternidade, centros de especialidades odontológicas, além de serviço de reabilitação. Na página seguinte estão discriminados todos os serviços existentes, antes da expansão do LEGENDA Vias férreas- Supervia e Linha 2 do Metrô Linha Amarela Limite da AP 3.2 50 PSF, com seus respectivos registros no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), localização por bairro e tipo de gestão no quadro 1.Com exceção da UPA Engenho Novo, todas as outras unidades de saúde da área são de gestão municipal. Quadro 1 - Rede de serviços públicos da AP 3.2 em dezembro de 2010. CNES NOME LOCALIZAÇÃO GESTÃO 2269481 Hospital Municipal da Piedade Piedade Municipal 2269503 CMS Dr.Eduardo Araújo Vilhena Leite Pilares Municipal 2269805 CMS Milton Fontes Magarão Engenho de Dentro Municipal 2270471 Policlínica Rodolpho Rocco Del Castilho Municipal 2273225 CMS Ariadne Lopes de Menezes Engenho da Rainha Municipal 2280248 Hospital Maternidade Carmela Dutra Lins de Vasconcelos Municipal 2280728 Inst. Mun. de Assist. Nise da Silveira Engenho de Dentro Municipal 2280736 CMS Dr.Renato Rocco Jacarezinho Municipal 2280744 CMS Dr.Carlos Gentile de Mello Lins de Vasconcelos Municipal 2296306 Hospital Municipal Salgado Filho Méier Municipal 2708159 Centro Municipal de Reabilitação Engenho de Dentro Municipal 2708167 Policlínica César Pernetta Méier Municipal 5346320 CAPS Clarice Lispector Engenho de Dentro Municipal 5413605 CAPSAD Raul Seixas Engenho de Dentro Municipal 5423430 CAPSi Maria Clara Machado Piedade Municipal 5874408 CAPS Torquato Neto Maria da Graça Municipal 6033121 CMS Professor Antenor Nascentes Lins de Vasconcelos Municipal 6038891 UPA Engenho Novo Engenho Novo Estadual 6631169 UPA Engenho de Dentro Engenho de Dentro Municipal (*) Centro de Espec. Odontológicas Del Castilho Municipal (*) Centro de Espec. Odontológicas Engenho de Dentro Municipal (*) Os CEO não têm CNES Fonte: CNES, DATASUS; acesso em 30/11/11. 51 Na Figura 9, a seguir, podemos observar a localização de todas as unidades de saúde existentes na área, antes da expansão do PSF e o vazio assistencial que existe ao norte desta AP, que representa a XII RA com apenas uma unidade de atenção primária e uma policlínica. Figura 9 - Rede de serviços de saúde pública da AP 3.2 em dezembro de 2010 Fonte: Elaboração própria com base em Informações fornecidas pela CAP 3.2. A expansão do PSF nesta área veio de encontro às necessidades desta AP, de ampliar sua rede de atenção primária à saúde.O fato da autora estar envolvida neste processo, que exigia a definição das áreas de atuação das novas ESF foi determinante na escolha da AP 3.2 como cenário deste estudo. LEGENDA Unidades de Pronto Atendimento Unidades de Atenção Primária Hospitais Policlínica Centros de Atenção Psicossocial 52 A CAP 3.2 se estruturou durante o ano de 2010 para esta ampliação em seu território objetivando alcançar 100% de cobertura em acordo com o Plano Plurianual para a Saúde, (PPA 2010-2013), porém até o final de 2012, o projeto de da expansão do PSF na AP 3.2 prevê que estejam implantadas 90 ESF, com uma cobertura de aproximadamente 64% da população. Para tal foram previstas dez construções de USF no formato de Clínica de Saúde da Família9 propostos pela Prefeitura, alocação de ESF nas unidades tradicionais já existentes que hoje representam cinco centros municipais de saúde, duas policlínicas, e duas unidades que abrigam apenas ESF,mas que não possuem o layout padrão das CSF. E, para dar início a este processo necessitava delimitar o território a ser trabalhado e caracterizá-lo em seus aspectos demográficos, socioeconômicos e políticos, reconhecer movimentos populacionais através de sua malha viária, sua rede assistencial e localizar elementos que pudessem auxiliar na gestão das ESF. Cabe ressaltar que de acordo com a Divisão de Vigilância em Saúde (DVS) da Subsecretaria de Promoção, Atenção e Vigilância em Saúde (SUBPAV) da SMSDC, em 2010, a população que utilizou o SUS nesta área foi de 60,7% como evidencia o anexo 1(PCRJ, 2010b). 6.2.3. Procedimentos Para a descrição dos procedimentos haverá necessidade de uma breve explanação sobre manipulação de dados geográficos, georreferenciamento, Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e Geoprocessamento. Dados geográficos, georreferenciamento e SIG Para que um dado seja considerado geográfico, é preciso haver referência de localização, ou seja, sua posição geográfica, ou georreferenciamento. Todo elemento a ser localizado na superfície terrestre necessita de suas coordenadas geográficas. As coordenadas são referências para posicionamento de pontos sobre 9 Clínica de Saúde da Família – denominação das novas unidades de saúde da família nesta gestão da PCRJ. 53 uma superfície que pode se apresentar sob a forma de esfera, elipsóide ou plano. No caso das formas elipsóides ou esféricas, podemos utilizar os meridianos e paralelos (coordenadas geográficas), que são linhas imaginárias que cortam o globo terrestre.O par de coordenadas recebe o nome de latitude ( Y ) e longitude ( X ) e são expressas através de unidades angulares: graus(°), minutos(‘) e segundos (“)(BRASIL, 2006f). Já nas formas planas, o sistema mais utilizado é o sistema de coordenadas cartesianas X e Y, onde um ponto é definido por um par de coordenadas (X e Y). Ele pode ser bi ou tridimensional, e neste caso acrescenta-se a coordenada z, que indicará a altitude às outras duas. O sistema Universal Transverso de Mercator (UTM) é o mais conhecido sistema de coordenadas planas (BORGES, 1997, apud FERREIRA, 2009, p. 69). Nas projeções cartográficas precisamos representar a superfície terrestre aproximadamente esférica em um plano. Mas como o sistema de coordenadas geográficas considera desvios angulares a partir do centro da Terra, não é um sistema conveniente para aplicações em que se buscam distâncias ou áreas. Para estes casos, o mais adequado é o uso do sistema de coordenadas cartesianas. Estas coordenadas são relacionadas matematicamente às coordenadas geográficas, de modo que umas podem ser convertidas nas outras (BRASIL, 2006f). Outro ponto importante que precisa ser entendido é que para a manipulação de dados geográficos eles necessitam de formatação. Existem duas maneiras pelas quais os dados podem ser formatados. A primeira delas é utilizar o formato matricial (ou raster – células regulares) - matriz de células de tamanhos regulares. Neste formato, para cada célula é associado um conjunto de valores representando as características geográficas da região, como mostrado na Figura 10. Está baseado numa grelha (grid) retangular constituído por tais células ou “pixels” (abreviação de ‘picture elements’). A segunda é o formato vetorial, que utiliza pontos, linhas e polígonos para representar a geometria das entidades geográficas: os pontos são representados por um par de coordenadas, as linhas por uma seqüência de pontos e os polígonos por uma seqüência de linhas, onde as coordenadas do ponto inicial e final coincidem. 54 Figura10 - Representação de dados matriciais ou raster através de uma matriz de células (pixels) cujo valor está demonstrado através das linhas e colunas. Fonte: Portugal, José Luiz. Sistema de Informações Geográficas para o Programa de Saúde da Família, 2003, p. 35. O formato em pontos, linhas e polígonos está representado na Figura 11, a seguir. Figura 11 - Formatos vetoriais básicos reconhecidos por um SIG. Fonte: VARELLA, 2007, apud Ferreira, 2009, p. 75. Estes dados precisam ser armazenados e podem ser manipulados em um SIG, que são sistemas computacionais com módulos internos que possibilitam a integração de dados cartográficos (geográficos) de diversos formatos com os bancos de dados tabulares. Eles têm a capacidade de reunir grande quantidade de dados, sendo importante ferramenta para o geoprocessamento. Neles, os dados geográficos são transformados em pontos, linhas, áreas ou superfícies contínuas, de 55 acordo com o seu georreferenciamento, ou seja, um par de coordenadas ou seu endereço. A integração entre os dados geográficos e o banco de dados tabulares se dá através de um geocódigo. Neste estudo, o geocódigo para a integração entre os dados foi o código dos setores censitários, representado pelos seis últimos algarismos de identificação do setor censitário pelo IBGE (BRASIL, 2006f, 2007). Um SIG é composto por várias camadas de informação, que são as feições geográficas visualizadas em mapas e descritas por meio de atributos (informações alfanuméricas). Dentro de um SIG, as fases de coleta dos dados e construção das bases de dados implicam maior tempo e trabalho. Geoprocessamento O geoprocessamento é definido por Medronho como o “conjunto de técnicas de coleta de dados, tratamento e exibição de informações indexadas geograficamente”(MEDRONHO,2002,p.85). Os mapas gerados por geoprocessamento permitem comparações de taxas de doenças em diferentes lugares, visualizar a distribuição de determinado agravo, a maneira como cada território apresenta sua distribuição geográfica, política, econômica e socioambiental e ainda localizar grupos populacionais de acordo com suas vulnerabilidades (MAGALHÃES et al, 2006). Na Figura 12, a seguir estão representadas as ferramentas utilizadas para o Geoprocessamento. Figura12 - Conjunto de ferramentas do Geoprocessamento Fonte: BRASIL, 2007, p.16 56 Passarei então aos passos metodológicos onde as ferramentas descritas foram utilizadas. 6.2.4. Amostra Para a definição da amostra, foi levado em consideração o projeto de da expansão do PSF na AP 3.2, já descrito anteriormente. No Quadro 2, a seguir, estão listadas as dez CSF, das quais oito farão parte da pesquisa. Quadro 2 - Clínicas de Saúde da Família projetadas para a AP 3.2 Nome da Clínica Cobertura populacional estimada (hab.) Nº ESF Nº ESB Bairro /Comunidades CSF Herbert de Souza 20.000. 5 2 Tomás Coelho; Engenho da Rainha; Nova Maracá; e Parque Silva Vale CSF Izabel dos Santos 16.000. 4 2 Engenho Novo; Sampaio; Jacaré; Camundongo Seco; Rato Molhado; Céu Azul; Dois de Maio CSF Emygdio Costa Alves Filho 20.000. 5 2 Inhaúma; Pilares; Águia de Ouro CSF Anna Nery 24.000. 6 2 Sampaio, Riachuelo, Rocha, Jacaré CSF Anthídio Dias da Silveira 28.000. 7 3 Jacarezinho, Maria da Graça CSF Bárbara Starfield 24.000. 6 2 Higienópolis; Maria da Graça; Del Castilho; Vila Maria; Félix Ferreira CSF Sérgio Nicolau Amin 20.000. 5 2 Del Castilho; Cachambi; Guarda CSF Cabo Edney Canazaro de Oliveira 20.000. 5 2 Sampaio; Riachuelo; Rocha; Engenho Novo; Matriz; Queto; São João CSF Bibi Vogel (*) 24.000. 6 2 Engenho da Rainha; Inhaúma; Alemão (parte); Galinha CSF da Rua Ana Quintão(ainda sem nome) (*) 32.000. 8 3 Piedade; Abolição; Tomás Coelho; Morro do Urubu Total 228.000 57 22 40 % da pop. da AP 3.2 Fonte: Dados fornecidos pela CAP 3.2. Nota: (*) CSF que não foram utilizadas na pesquisa 57 Duas das CSF não participaram do estudo, uma delas em razão de não ter seu território de abrangência definido, pois necessitava de negociação com outra AP e a outra por não ter seu terreno licitado. 6.2.5. Mapeamento das áreas das ESF Os territóriosde abrangência de cada CSF e as áreas de cada ESF foram definidos através dos setores censitários. Esta opção pelos setores censitários surgiu da necessidade de se desenvolver um método de padronização do mapeamento territorial para implantação do PSF desde o primeiro encontro com meu orientador, ainda no começo de 2010. Ao fim do mesmo ano, a SUBPAV/SMSDC adotou a utilização dos setores censitários como forma de padronizar a definição dos territórios de abrangência das CSF e áreas das equipes. Desta forma, este trabalho acabou servindo de base para o mapeamento da expansão do PSF na AP 3.2. Para definir, os setores censitários relativos às áreas de implantação das CSF na AP 3.2, foi utilizada inicialmente a malha dos setores censitários do Instituto Pereira Passos, repassada às CAP pela SUBPAV/SMSDC e depois a malha oficial dos setores do IBGE 2010, também disponibilizada por esta subsecretaria. A malha estava no formato Keyhole Markup Language (KML), o mesmo utilizado pelo programa Google Earth©, que permite que os desenhos obtidos sejam salvos em dois formatos: o arquivo em Keyhole Markup Language (KML) e o arquivo Keyhole Markup Zip (KMZ) – que é um formato compactado do KML. Desta forma, o primeiro arquivo de imagem produzido na pesquisa foi a malha de setores censitários. Em seguida, com base nela, foi gerado um novo arquivo com os limites político-administrativos da AP e dos bairros. Um terceiro arquivo identificou as áreas de abrangência de cada CSF, contendo as coordenadas geográficas de cada uma delas. Os arquivos KML permitem salvar, além das coordenadas, o nome, descrição, estilo e cor das imagens, porém não permitem interação com uma tabela de atributos dos mesmos, como faz um SIG. Em seguida foram selecionados os setores censitários que corresponderiam às áreas das ESF previstas no projeto de expansão, desenhados seus limites como polígonos no Google Earth © e salvos no formato KML. A escolha destes setores se deu pela proximidade destes em relação à localização da unidade de saúde, 58 respeitando-se o limite populacional de até 6.000 habitantes por equipe visto que existe na AP 3.2, cerca de 40% da população não utiliza o SUS10. Para chegar à área de abrangência ideal de cada CSF, utilizei o número de equipes definido pela SUBPAV. Pois a estrutura física de cada unidade comporta um número variado de equipes. As imagens produzidas no programa Google Earth são geradas em formato raster ou “pixel”, e estão associadas a características geográficas da região, e salvas, como já dito anteriormente, em arquivos do tipo KML. Estes arquivos foram importados para o SIG e convertidos em formato shapefile11 (SHP), lido pela maioria dos softwares SIG, inclusive o ARCGIS© utilizado nesta dissertação12. A versão deste software permite a adequação do formato dos arquivos para diversos sistemas de projeção cartográfica. Neste trabalho foi utilizado DATUM SAD-6913. As imagens geradas em KML foram relacionadas a um banco de dados alfanuméricos dos setores censitários, onde constam as variáveis utilizadas nesta pesquisa. Com o ARCGIS os dados foram manipulados espacialmente para produção de mapas temáticos que serão demonstrados como resultado desta pesquisa. A análise espacial14 permitiu a visualização dos fenômenos em base cartográfica afim de facilitar o planejamento de ações específicas por área de abrangência de cada ESF. Nas Figuras a seguir podemos visualizar algumas imagens produzidas no Google Earth© para a AP 3.2. Na Figura 13.1 estão representados os setores censitários, na Figura 13.2 os limites político-administrativos da AP e dos bairros, na 10 O Ministério da Saúde estabelece o máximo de 4.000 pessoas a ser atendido por ESF (Portaria GM/MS n o . 2.488/2011, 60% de 6 mil estão, portanto, dentro deste limite. 11 Shapefile- um arquivo shape é na verdade um ‘arquivo composto’ de três outros que se complementam, suas extensões são: *.shp, *.shx e *.dbf. 12 A versão do ARCGIS usada neste trabalho é a versão 10, pertencente ao Mestrado em Saúde da Família da Universidade Estácio de Sá, cedida para a pesquisa. 13 O South American Datum (SAD) foi estabelecido como o sistema geodésico regional para a América do Sul, desde 1969, por isso SAD-69. (ORTH, 2009, 17/01/12). 14 A análise espacial na saúde refere-se à utilização de métodos quantitativos na qual o objeto de interesse é referenciado geograficamente. (MEDRONHO ET AL, 2002) 59 Figura 13.3 a área de abrangência das Clínicas de Saúde da Família utilizadas neste estudo e na Figura 13.4 uma imagem ampliada dos territórios de uma das CSF, com suas respectivas equipes e setores censitários Figura 13 - Setores censitários(1),limites político-administrativos da AP e dos bairros (2), área de abrangência das Clínicas de Saúde da Família (3) e Clínica de Saúde da Família, por equipes e setores censitários (4) Fonte: Elaboração própria, com base na malha dos setores censitários do IBGE e limites da AP e dos bairros fornecidos pelo IPP. Obs.: os polígonos foram desenhados e salvos em KML no Google Earth©. 6.2.6. Variáveis selecionadas do Censo Demográfico Para que os dados pudessem ser manipulados no SIG, foi necessário elaborar uma planilha contendo apenas os setores censitários das áreas de abrangência das CSF referentes ao estudo e as variáveis selecionadas. As informações contidas em cada setor censitário((SC) foram colhidas da tabela Excel © de “Agregado de setores 2010 sinopse RJ”, publicado na página do IBGE na internet, em julho de 2011 – a tabela está contida no arquivo “Base de Informações do Censo Demográfico 2010: Sinopse por Setor Censitário” e também 60 do arquivo “Base de Informações do Censo Demográfico 2010: Resultados do Universo por Setor Censitário” publicada em novembro de 2010. Neste arquivos encontramos um tutorial explicativo da metodologia utilizada para o Censo e planilhas em Excel. Na planilha agregado de setores 2010 sinopse RJ, encontramos 154 variáveis agregadas aos setores censitários da unidade da federação Rio de Janeiro, que abrangem características dos domicílios e dados demográficos sobre as pessoas residentes no Estado do Rio de Janeiro, como população total, sexo e faixa etária. Destas, foram selecionadas para o estudo as variáveis de situação setor (código do setor censitário), a variável 014 – pessoas residentes, a variável 015 - homens residentes, a variável 016 – mulheres residentes assim como as variáveis de faixa etária – 032 a 072 (pessoas residentes com zero anos até 100 anos). Após esta seleção, procedeu-se a um novo recorte com os dados relativos à cidade do Rio de Janeiro. Em seguida, nova seleção com dados por RA, bairros da AP 3.2 e setores censitários cujos limites ultrapassaram esta AP. E, por último, foram selecionados os setores censitários correspondentes às áreas das CSF previstas no projeto de expansão, de interesse para o estudo. As variáveis de faixa etária foram agrupadas pela autora em ciclos de vida, a saber- menores de um ano, um a quatro anos, cinco a nove anos, dez a dezenove anos, vinte a cinquenta e nove anos e sessenta anos ou mais. Da mesma forma foram selecionadas as variáveis relacionadas aos indicadores sociais do município, publicadas em novembro de 2011, pelo IBGE através da Base de Informações do Censo Demográfico 2010: Resultados do Universo por Setor Censitário. Como foram muitas planilhas, arquivos e variáveis optou-se por demonstrá-las no Quadro a seguir (quadro 3) para um melhor entendimento. Uma planilha final foi produzida em Excel©, com as variáveis selecionadas para o estudo, separadas de acordo com o código do setor censitário de cada equipe e por CSF e então estes dados foram importados para o ARCGIS e relacionados aos shapes da área (planilha disponível no apêndice 1).61 Quadro 3 - Variáveis sobre indicadores sociais da base de informações do Censo Demográfico 2010 – resultados do universo por setor censitário. INDICADOR TUTORIAL/ NOME DO ARQUIVO PLANILHA VARIÁVEL 6.6 Arquivo Alfabetização, total Pessoa01UF.xls ou Pessoa01UF.csv) V001 Pessoas alfabetizadas com 5 ou mais anos de idade V086 Mulheres alfabetizadas com 5 ou mais anos de idade V001 Homens alfabetizados com 5 ou mais anos de idade V106 Domicílios particulares permanentes do tipo casa com abastecimento de água da rede geral V111 Domicílios particulares permanentes do tipo casa com banheiro de uso exclusivo dos moradores ou sanitário e esgotamento sanitário via rede geral de esgoto ou pluvial V124 Domicílios particulares permanentes do tipo casa com lixo coletado V145 Domicílios particulares permanentes do tipo casa de vila ou em condomínio com abastecimento de água da rede geral V150 Domicílios particulares permanentes do tipo casa de vila ou em condomínio com banheiro de uso exclusivo dos moradores ou sanitário e esgotamento sanitário via rede geral de esgoto ou pluvial V163 Domicílios particulares permanentes do tipo casa de vila ou em condomínio com lixo coletado V184 Domicílios particulares permanentes do tipo apartamento com abastecimento de água da rede geral V189 Domicílios particulares permanentes do tipo apartamento com banheiro de uso exclusivo dos moradores ou sanitário e esgotamento sanitário via rede geral de esgoto ou pluvial V202 Domicílios particulares permanentes do tipo apartamento com lixo coletado V001 Domicílios particulares permanentes ou pessoas responsáveis por domicílios particulares permanentes. V002 Moradores em domicílios particulares permanentes ou população residente em domicílios particulares permanentes V003 Média do número de moradores em domicílios particulares permanentes (obtida pela divisão de Var2 por Var1). (obtida pela divisão de Var2 por Var1) ESCOLARIDADE SANEAMENTO BÁSICO DOMICÍLIOS 6.2 Arquivo Domicílio, características gerais Domicilio01.xls ou Domicilio01.csv 6.1 Arquivo : Arquivo Básico Basico.xls ou Basico.csv 6.7 Arquivo Alfabetização, homens e mulheres Pessoa02UF.xls ou Pessoa02UF.csv) Fonte: Elaborado a partir de dados dos arquivos da Base de Informações do Censo Demográfico 2010: Resultados do Universo por Setor Censitário.IBGE 62 Para o desenho dos mapas foi preciso compor uma tabela onde constassem os setores censitários por unidade de saúde, o código de identificação do setor do IBGE e um geocódigo que fizesse a associação destes atributos com os shapes da malha de setores censitários, neste caso formado pelos últimos seis algarismos do setor censitário. Também foi feita uma tabela com as coordenadas geográficas de cada unidade de saúde, relacionadas ao ARCGIS©, que utiliza com referência espacial as coordenadas geográficas do Datum-SAD 69, já citado anteriormente. Após o geoprocessamento dos dados, o ARCGIS© possibilita a construção de inúmeros mapas de demografia da área de abrangência das unidades, tais como população total, população por faixa etária, sua distribuição por sexo, a proporção desta população por faixa etária, os mapas de saneamento básico e escolaridade. Estes mapas podem ser visualizados de inúmeras formas tais como taxas de agregados representadas por graduação de cores, símbolos que indiquem números absolutos ou proporção de um determinado evento, densidade por pontos, dentre outras. Aspectos éticos Levando-se em conta que os sistemas de informação utilizados não permitem a identificação dos indivíduos, impedem a exposição do cidadão e garante-lhes proteção sobre as informações. Não houve necessidade de consentimento para realização do estudo, tendo sido solicitada a dispensa do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ao Comitê de Ética em Pesquisa da SMSDC/RJ. O projeto foi aprovado pelo mesmo em 20 de junho de 2011, protocolo nº 100/11, CAAE nº 0060.0.308.314-11. 63 7. RESULTADOS 7.1. Utilização dos setores censitários para a territorialização do PSF O desenvolvimento do primeiro objetivo desta pesquisa requereu a análise dos setores censitários relacionados aos territórios de oito das Clínicas de Saúde da Família estudados. Todos os 894 setores censitários que compõem a AP 3.2 acompanham os limites dos bairros e RA da mesma. Apenas em uma das áreas de abrangência de CSF, a pedido da SMSDC/SUBPAV, as áreas de duas ESF ultrapassaram o limite da AP, fato que será discutido mais adiante em função das consequências que tem sobre o território do município, seus bairros e AP. Se somados ao setores da AP 3.3 que foram utilizados no território de uma das CSF, contabilizamos 904 setores ao todo. Para o estudo foram mapeados territórios de oito CSF, baseando-se nesta malha de setores censitários disponibilizada pelo IBGE. No total foram contabilizados 291 setores censitários para a construção da área de abrangência destas CSF. Destes, 23 tiveram de sofrer alterações em sua geometria para se adequarem às barreiras geográficas neles existentes ou para ajustar sua dimensão territorial a cada área de abrangência, como fruto deste trabalho. O percentual de setores alterados correspondeu a 7,9% do total. Ficamos então com 312 setores a serem trabalhados. Foram utilizados sete setores censitários, em média, por ESF, mas houve variações entre as unidades de acordo com a densidade demográfica e o tamanho dos mesmos. A média de habitantes por setor censitário foi de 570 habitantes. Chegamos a este número pela divisão da população total a ser coberta pelas unidades de saúde que é de 177.996 pelo número de setores censitários, após as alterações sofridas em sua geometria, ou seja 312 setores. Na Figura 14 a seguir podemos observar a malha de setores censitários do IBGE, a AP 3.2 e seu limite político administrativo em vermelho e os setores censitários utilizados de outra AP juntamente com os da AP 3.2 para construção da área de abrangência de uma das CSF, em verde mais claro. 64 Figura 14 – Malha de setores censitários do IBGE 2010, limite da AP 3.2 e setores censitários ultrapassados na AP 3.3 para o desenho da área de abrangência de uma das CSF Fonte: Elaboração própria a partir do shapefile dos setores censitários da AP 3.2 e 3.3 do IBGE no ARCGIS©. Para a composição das áreas de abrangência de cada CSF, partiu-se da localização geográfica da unidade, tentando colocá-la ao centro do desenho. Como será exposto adiante, entretanto, nem todos os desenhos puderam seguir este caminho, pois foram levadas em consideração algumas barreiras geográficas para a construção destes territórios e as áreas de abrangência das unidades de saúde vizinhas. Partindo-se deste ponto, utilizamos o quantitativo de pessoas por setor censitário para estabelecer o limite da abrangência de cada CSF. Como o Ministério da Saúde recomenda que cada equipe atenda no mínimo 3.000 pessoas e no LEGENDA Limite da AP 3.2 Setores censitários Clínicas de Saúde da Família CSF que ultrapassou limites da AP 65 máximo 4.000 pessoas (BRASIL, 2011) e que a utilização do SUS na região gira em torno de 60% (PCRJ, 2010b), os desenhos utilizaram de 3.000 pessoas até 6.400 pessoas por unidade. Com a utilização dos setores censitários para este mapeamento foi possível estabelecer um padrão de abrangência para todas as unidades, permitindo assim à equipe, conhecer seu território previamente, impedindo que alguma área dentro dos limites da unidade não fosse coberta pelas ESF. 7.2. Delimitação dos territórios das ESF levando em consideração os objetos geográficos Para desenvolver o segundo objetivo específico deste trabalho, foi necessário considerar todos os objetos geográficos que pudessem influenciar a ocupação do espaçopara desenvolver o mapeamento dos territórios das CSF. Foram considerados objetos geográficos como as linhas férreas da Supervia, sua linha auxiliar e a Linha 2 do Metrô. Tais objetos em alguns trechos dificultam a mobilidade das pessoas de um lado para o outro, a Linha Amarela, por exemplo, representa verdadeiro ‘paredão’ em alguns trechos. As áreas de abrangência das unidades de saúde que fazem fronteira umas com as outras, também foram consideradas como objetos geográficos. Considerando que: um setor censitário seja um destes objetos geográficos; também estejam sob influência das barreiras geográficas descritas; e alguns deles tenham sua geometria totalmente fora de um padrão regular, houve necessidade que seus contornos fossem modificados para serem adequados aos desenhos das áreas de abrangência das CSF. Neste estudo, houve necessidade de adequação de 23 setores censitários, os quais serão descritos a seguir para cada CSF. CSF Herbert de Souza Esta foi a primeira a ser desenhada por este método, os limites da AP foram ultrapassados, cobrindo cerca de dez setores da AP 3.3, conforme já dito. Com isto a cobertura de assistência foi ampliada a parte da comunidade do Juramento. Seguem os setores censitários (SC) alterados por código de identificação utilizado pelo IBGE: 330455705190005, 330455705190042 e 330455705190307. As adaptações foram necessárias para estabelecer o limite da área de abrangência da 66 unidade e compor a geometria do desenho. Dois deles apresentavam apenas vegetação, não havendo necessidade de alteração nos dados agregados aos setores. Quanto ao setor de final 190042, foi utilizada a correspondência entre sua área total estimada e a que ficou estabelecida para a unidade e calculados os percentuais dos valores a ele agregados. Para este cálculo aproximado, a ferramenta régua do Google Earth© foi utilizada para medição dos lados dos polígonos dos setores a serem alterados. Na Figura 15 podemos observar os polígonos dos setores que foram alterados e as respectivas áreas que foram utilizadas para o mapeamento em branco, o limite da AP 3.2 em branco, o novo limite estabelecido em verde e uma visão geral da área de abrangência que resultou deste mapeamento. Figura 15 - Setores censitários cuja geometria foi alterada na composição da área de abrangência da CSF Herbert de Souza Fonte: Elaboração própria dos arquivos KML através do Google Earth©. LEGENDA Setor censitário Limite da AP 3.2 Novo limite alterado 67 CSF Izabel dos Santos Em relação a esta CSF, vários setores censitários tiveram que ser alterados por conta de suas geometrias irregulares e/ou por serem cortados pelo Viaduto Procurador José Alves de Morais que representa uma barreira geográfica, sendo os mesmos divididos entre equipes e também entre CSF, como mostra a Figura 16. Figura 16 - Setores censitários alterados no desenho na CSF Izabel dos Santos por sua geometria irregular(1) e pela presença do viaduto que cria barreira geográfica(2) Fonte: Elaboração própria dos arquivos KML dos setores censitários no programa Google Earth© O setor censitário 330455705170060 ficou dividido entre as equipes vermelha (cerca de 40% da área) e amarela (60%). O setor 330455705170066 ficou com 30% de sua área na equipe vermelha e 70% na equipe azul. O setor 330455705170095 ficou com 70% de sua área na equipe vermelha e 30% na azul. O setor LEGENDA Viaduto Proc. José Alves de Morais- divide os setores Polígonos dos setores censitários alterados 68 330455705170055 será considerado apenas para dar continuidade ao desenho, mas os 10% de área pertencentes a esta clínica não possuem moradores. Estes setores foram alterados por conta de sua geometria irregular. Já o setor 330455705170069 ficou com 10% da área e o restante ficou em outra CSF. O setor 330455705170070 ficou com 30% da área, sendo os 70% restantes com outra CSF. E o setor 330455705170071 foi dividido igualmente entre duas CSF. O maior trabalho exigido nestas alterações é a de correspondê-las aos seus valores agregados e redesenhar estes setores no ARCGIS©. Na Figura 17, a seguir pode-se observar a área de abrangência desta unidade, dividida por equipes e setores censitários. Cada cor representa uma ESF e as cores em destaque representam os setores censitários após as referidas alterações. Em branco, as partes que não foram aproveitadas nesta unidade de saúde. Figura 17 – Área de abrangência da CSF Izabel dos Santos e respectivos setores censitários após alterações. Fonte: Elaboração própria dos arquivos KML dos setores censitários no programa Google Earth© 69 CSF Emydgio Alves Costa Filho A construção de duas outras clínicas – a CSF Sérgio Nicolau Amin e a CSF Bárbara Starfield – e a existência de unidades tradicionais, que também receberiam ESF, constituíam barreiras físicas que impossibilitaram a expansão do território da CSF Emydgio Alves Costa Filho. Na Figura 18, a seguir, é possível localizar a CSF ao centro, e suas respectivas barreiras geográficas: ao norte- linha férrea 2 do Metrô, ao sul- linha férrea da Supervia, e em branco estão todas as unidades de saúde vizinhas desta, com suas respectivas áreas de abrangência. Esta imagem também foi criada através da localização geográfica dos setores censitários correspondentes e desenho dos polígonos que foram salvos na linguagem KML pelo Google Earth©. Figura 18 – Mapa dos limites geográficos da CSF Emygdio Alves Costa Filho Fonte: Elaboração própria dos arquivos KML da CSF e respectivos limites geográficos através do Google Earth© Um setor censitário teve de ser alterado por conta de sua geometria, e sua área dividida entre duas unidades de saúde. A primeira imagem mostra toda a área do setor censitário (figura 19.1) e a segunda mostra em branco a área que foi 70 utilizada para outra unidade de saúde e em marrom mais claro a área pertencente à equipe identificada como marrom(figura 19.2). Figura 19 – Setor censitário alterado 330455705320128, panorama do setor antes da alteração (1) e após a divisão (2) Fonte: Elaboração própria do arquivo KML do setor alterado produzida a partir do Google Earth © CSF Anna Nery Em relação a esta CSF, alguns setores tiveram sua geometria alterada para se adequarem ao território e barreiras geográficas, totalizando seis setores. Dois deles são os setores 330455705170052 (dividido entre duas equipes da mesma) e o setor 330455705340037 (dividido com a CSF Anthídio Dias da Silveira), ambos por conta de suas geometrias muito irregulares, ocupando grandes extensões do território. Eles estão representados na Figura 20. Figura 20 - Setores censitários alterados na CSF Anna Nery Fonte: Elaboração própria dos arquivos KML dos setores alterados produzidos a partir do Google Earth © 71 Os outros quatro setores já foram demonstrados na descrição da CSF Izabel dos Santos. São eles os setores 330455705170069, 330455705170070, 330455705170071, que foram divididos pelo viaduto que os corta e o 330455705170055 que foi alterado por conta de sua geometria. CSF Cabo Edney Canazaro de Oliveira Outra área de abrangência cujos setores foram alterados foi relativa à CSF Cabo Edney Canazaro de Oliveira. Nesta houve modificação em oito setores censitários, que foram divididos entre duas equipes cada um. Na Figura 21, a seguir, reproduzida no Google Earth© através do desenho do polígono das equipes de saúde da família da unidade e seus respectivos setores, podemos observar os setores que necessitaram de alterações realçados e seus respectivos números de identificação. Figura 21 - Setores censitários alterados na composição da área de abrangência da CSF Cabo Edney Canazaro de Oliveira, por equipes Fonte: Elaboração própria dos polígonos desenhados no Google Earth© e salvos em arquivosKML da unidade de saúde. Os setores 330455705170023, 330455705170045, 330455705170061, 330455705170062 e 330455705170539 foram divididos para respeitar uma grande 72 via que os corta: a Avenida Marechal Rondon não sendo assim necessária a constante travessia desta pelos profissionais das equipes. As outras três alterações foram para compor a densidade populacional das respectivas equipes e também pela geometria irregular dos mesmos. São eles os setores 330455705170083, 330455705170103 e 330455705170075. CSF Anthídio Dias da Silveira Para compor o território desta Clínica foi necessário alterar dois setores – os setores 330455705340001 e 330455705340037 – cujos desenhos geométricos estão demonstrados na Figura 22, a seguir. Figura 22 - Setores censitários alterados na CSF Anthídio Dias da Silveira Fonte: Elaboração própria através do desenho de polígonos sobre a malha de setores censitários do IBGE no Google Earth© O setor 330455705340001 contorna toda a comunidade do Jacarezinho, e por isso foi dividido em cinco partes. Quatro delas pertencem a unidade de saúde, mas situados em equipes diferentes. A quinta parte compôs o território de abrangência de outra unidade de saúde, que não pertence a este estudo.Da mesma forma, o setor 330455705340037, pela sua grande extensão foi dividido entre esta unidade de saúde e a CSF Anna Nery, conforme já exposto anteriormente. CSF Bárbara Starfield Para a delimitação da área de abrangência desta CSF, foram levadas em consideração apenas a localização geográfica do terreno em relação às unidades vizinhas já delimitadas, mas não houve setor censitário alterado neste desenho. Embora a localização deste terreno não fosse ideal, considerando-se a proximidade 73 em relação às unidades de saúde já existentes, como o CMS Renato Rocco, Policlínica Rodolpho Rocco e a CSF Sérgio Nicolau Amin, ela foi a única opção da região que atendia as necessidades da SMSDC, ou seja , tratava-se de espaço público e com dimensão que satisfazia a construção de unidade para comportar seis equipes. Na Figura 23, a seguir, é possível observar a relação da unidade e suas equipes representadas por cores com suas unidades vizinhas e o limite da AP 3.2. Figura 23- Localização geográfica da CSF Barbara Starfield e sua relação com as demais unidades de saúde e com o limite da AP 3.2 Fonte: Elaboração própria da imagem a partir do desenho dos polígonos no Google Earth©. CSF Sérgio Nicolau Amin A localização geográfica desta Clínica não possibilitou que sua área de abrangência fosse adequada de forma que a unidade ficasse ao centro, mas sim no extremo norte de sua abrangência. Além de já existirem unidades de saúde vizinhas a mesma, havia também a barreira geográfica da Linha Amarela, que neste nível tem seu acesso para ambos os lados dificultado e a Linha 2 do Metrô. Sua expansão se deu então em direção ao sul. Na Figura 24, a seguir, este aspecto pode ser bem entendido. A linha verde representa o limite da AP 3.2, a área da unidade está delimitada por cores representando as ESF, a unidade está ao norte desta e ao 74 redor estão as outras unidades de saúde da área. Nesta unidade apenas 1 setor censitário foi alterado, o 330455705170362, ficando para a área apenas a parte referente a área de um Shopping Center. Figura 24 - Localização geográfica e área de abrangência da CSF Sérgio Nicolau Amim Fonte: Elaboração própria a partir do desenho dos polígonos no Google Earth©. 7.3. Análise espacial de variáveis sócio demográficas dos territórios das CSF O terceiro objetivo específico desta pesquisa consistia na análise espacial das variáveis sócio-demográficas selecionadas em relação à área de abrangência das unidades de saúde. Para esta análise foi utilizado o ARCGIS©, que possibilitou a construção dos mapas temáticos descritos a seguir. No primeiro mapa identificamos a AP 3.2, o mosaico de setores censitários e a localização das unidades de saúde selecionadas para o estudo. Nos mapas seguintes as diversas formas de visualização das variáveis selecionadas para o estudo de cada unidade de saúde isoladamente que foram georreferenciadas. Na Figura 25, a seguir, estão 75 representadas todas as áreas de abrangência das oito unidades de saúde e suas localizações geográficas. Figura 25 - Mapa da área de abrangência das Clínicas de Saúde da Família por setor censitário e localização geográfica- AP 3.2 Fonte: Elaboração própria, com base no ARCGIS© através da malha de setores censitários do IBGE 2010. A seguir serão analisadas as variáveis demográficas e sociais de cada clínica separadamente e demonstradas espacialmente. O primeiro território a ser delimitado 76 foi o da CSF Herbert de Souza, construída e inaugurada em janeiro de 2011, que está localizada no bairro de Tomás Coelho. Para o desenho foram utilizados 38 setores censitários, divididos entre 5 equipes, em média 7 a 8 por equipe, e cerca de 617 habitantes por setor. Na Figura 26 estão georreferenciados os setores censitários que compõem cada equipe, identificados por cores. Figura 26- Mapa da área de abrangência da Clínica de saúde da Família Herbert de Souza, por equipes e por setor censitário Fonte: Mapa da área de abrangência da CSF Herbert de Souza construído a partir dos dados georreferenciados no ARCGIS©. Elaboração própria. O total de residentes desta área foi de 23.047 no Censo 2000 e 23.446 no Censo 2010. O crescimento demográfico nesta década foi de 1,7%. Os dados divulgados pelo IBGE foram comparados com os dados obtidos pela Divisão de Vetores das AP 3.2, cuja forma de cálculo se dá pelo número de imóveis residenciais estimados por quadras das áreas de abrangência das unidades de saúde- 8.362, multiplicado pelo índice de moradores por domicílio particular 77 ocupado, que para o ano de 2010, no Rio de Janeiro, foi de 2,93(IBGE, 2010). Este resultado foi bem próximo ao do IBGE- total de 24.501 habitantes. Esta era a maneira estimada de calcularmos o número de habitantes para uma determinada área de abrangência antes da utilização dos setores censitários. A média de moradores por domicílio específico para a área foi de 3,0 e o número de domicílios permanentes informados pelo Censo Demográfico 2010 foi de 7726 imóveis. Todos estes resultados podem ser utilizados para monitoramento dos cadastros dos agentes comunitários de saúde, que até o dia 28 de janeiro de 2012, chegava a 19.925 habitantes15, ou seja, 85% do total da população calculada através dos valores agregados aos setores censitários. Lembrar que não necessariamente todos os habitantes são usuários do SUS, o que poderia explicar este valor. Com relação à população por sexo, encontramos a seguinte distribuição percentual: 46,5% de homens e 53,5% de mulheres. Este percentual é muito semelhante ao do município do Rio de Janeiro - 46,8% e 53,2% respectivamente, e comparável também ao de toda a AP 32- 45,8% e 54,2%. Quanto à faixa etária, o território possui 6,7% de menores de 5 anos, índice levemente inferior ao do município que é de 7% e superior ao da AP 3.2 que é de 5%. Quanto aos idosos, maiores que 60 anos, esta área apresenta 12,7%, índice menor que o encontrado no município - 14,9% e menor que o da AP que é de 17%. Quanto ao número de pessoas alfabetizadas com 5 anos ou mais de idade, temos 20.870 habitantes, o que representa que 89% da população total é alfabetizada. A taxa de alfabetizados na área é de 890 pessoas por mil habitantes. A maior taxa de alfabetizados por equipe está na equipe amarela (Martin Luther King). Na avaliação do saneamento básico constatamos que do total de 7726 domicílios particulares permanentes ocupados, 7233- 93,6% apresentam abastecimento de água da rede geral; 6.596 – 85,3% apresentam banheiro de uso exclusivo do morador ou sanitário e esgotamento sanitário via rede geral de esgotoou pluvial e 7.080 – 91,6% apresentam coleta de lixo. Uma destas análises está representada espacialmente no mapa a seguir- Figura 27, onde a graduação por cores identifica áreas de maior e menor concentração de pessoas em números absolutos. A cor marrom mais escura 15 Dados extraídos do prontuário eletrônico VitaHisCare, utilizado por todas as CSF da AP 3.2. 78 representa os setores com o maior número de habitantes e a cor amarela mais clara representa áreas de menor densidade demográfica. Figura 27 - Mapa da CSF Herbert de Souza - demografia por setor censitário do IBGE 2010 em números absolutos Fonte: Mapa demográfico da CSF Herbert de Souza construído a partir dos dados georreferenciados no ARCGIS©. Elaboração própria O segundo território a ser mapeado foi o da CSF Izabel dos Santos, localizada no bairro do Engenho Novo e inaugurada em 26 de janeiro de 2011. Sua estrutura física comportou apenas 4 ESF divididas entre 38 setores censitários, em média 9 setores por equipe e 567 habitantes por setor. Para esta unidade, estão representados adiante, duas formas de localização geográfica da área de abrangência- uma delas desenhada através de polígonos dos setores censitários no Google Earth© e outra desenhada pelo ArcGIS© também por setores censitários. As cores diversas representam as equipes de saúde da unidade e seus respectivos setores censitários. A pequena alteração na forma do polígono se dá pela correção 79 feita pelo ArcGIS às coordenadas geográficas, necessária à cartografia, convertendo as representações esféricas em representações planas. A Figura 28 permite a visualização destes dados. Figura 28 - Área de abrangência da CSF Izabel dos Santos, por equipes e setores censitários, representadas no Google Earth©(1) e no ArcGis©(2) Fonte: Elaboração própria do arquivo KML do Google Earth© e ARCGIS© da área de abrangência da CSF Izabel dos Santos O total de residentes desta área foi de 20.777 no Censo 2000 e 21.550 no Censo 2010. O crescimento demográfico nesta década foi de 3,3%. Comparando estes dados com o utilizado pela Divisão de Vetores das AP, como já explicado anteriormente, o número estimado de moradores foi de 25.116 habitantes, um aumento de 3.566 pessoas em relação ao Censo 2010. A média de moradores por domicílio da área foi de 2,9 e o número de domicílios permanentes informados pelo Censo Demográfico 2010 foi de 7346 domicílios. Quando chegamos aos cadastros efetuados pelas equipes até o dia 28 de janeiro de 2012 encontramos 14.810 pessoas cadastradas, ou seja, 68,7% do total da população calculada através dos valores agregados aos setores censitários. Com relação à população por sexo, encontramos a seguinte distribuição percentual: 46,6% de homens e 53,4% de mulheres. Este percentual é semelhante ao do município do Rio de Janeiro- 46,8% e 53,2% respectivamente, e comparável também ao de toda a AP 32- 45,8% e 54,2%. Quanto à faixa etária, o território possui 5,3% de menores de 5 anos, índice levemente inferior ao do município que é 80 de 7% e semelhante ao da AP 3.2 que é de 5%. Quanto aos idosos, maiores que 60 anos, esta área apresenta 13,5%, índice menor que o encontrado no município - 14,9% e menor que o da AP que é de 17%. A área tem 19.766 pessoas alfabetizadas com 5 anos ou mais de idade, portanto 92% da população da área de abrangência desta unidade é alfabetizada. Para a avaliação do saneamento básico, utilizando as variáveis já citadas anteriormente, constatou-se que do total de 7346 domicílios particulares permanentes ocupados, 6.936- 94,4% apresentam abastecimento de água da rede geral; 6.974 – 94,9% apresentam banheiro de uso exclusivo do morador ou sanitário e esgotamento sanitário via rede geral de esgoto ou pluvial e 6.934 – 94,3% apresentam coleta de lixo. A terceira clínica mapeada, inaugurada em 31 de março de 2011 foi a CSF Emygdio Alves Costa Filho, no bairro de Pilares. Foram 29 setores censitários divididos entre cinco equipes. Foram em média seis setores censitários por equipe, com 689 habitantes por setor. A população total da área de abrangência desta clínica em 2000 era 20.656 habitantes. Em 2010 este número baixou para 20.208, representando um decréscimo de 2,2% na população da área. Pelo cálculo da Divisão de Vetores, utilizando índice de moradores por domicílio para o Rio de Janeiro (2,93), a população estimada seria de 24.621. Porém a média de moradores específica para a área é de 2,9 moradores por domicílio e o número de domicílios foi de 7044, de acordo com o IBGE. O cadastro de pessoas nesta CSF até 28 de janeiro de 2012 contava com 18.610, o que representa aproximadamente 92% da população informada pelos setores censitários. Com relação a população por sexo, encontramos a seguinte distribuição percentual: 45,4% de homens e 54,6% de mulheres. Este percentual também se assemelha ao do município do Rio de Janeiro- 46,8% e 53,2% respectivamente, e é comparável também ao de toda a AP 32- 45,8% e 54,2%. Quanto à faixa etária, o território possui 5,3% de menores de 5 anos, índice inferior ao do município que é de 7% e comparável ao da AP 3.2 que é de 5%. Na Figura 29 estão representados os setores censitários por equipes em cores diferentes e a área de abrangência da clínica. 81 Figura 29- Mapa da área de abrangência da Clínica de Saúde da Família Emydgio Alves Costa Filho, por equipes e por setor censitário Fonte: Mapa da área de abrangência da CSF Emydgio Alves Costa Filho construída a partir dos dados georreferenciados no ARCGIS Quanto aos idosos, maiores que 60 anos, esta área apresenta 17,3%, índice maior que o encontrado no município- 14,9% e praticamente igual ao da AP que é de 17%%. Na Figura 30, a seguir, observa-se a distribuição dos idosos, maiores que 60 anos na área de abrangência da CSF por setor censitário. Neste mapa, o tamanho de cada ponto representa o número absoluto de idosos existentes em cada setor censitário da área de abrangência da unidade de saúde, o que nos permite a rápida identificação dos setores com maior ou menor número de idosos. O total de pessoas alfabetizadas com mais de cinco anos na área foi 18.642, representando 92,3% da população. Das cinco equipes da área de abrangência da CSF, apenas uma delas apresenta índices inferiores às demais - a equipe azul, que coincide com a localização da Comunidade Águia de Ouro. 82 Figura 30- População de Idosos na CSF Emydgio Alves Costa Filho por setores censitários Fonte: Elaboração própria a partir do banco de dados populacionais da CSF EACF no ARCGIS©. Quanto ao saneamento básico, 98,7% dos domicílios particulares permanentes ocupados apresentam abastecimento de água da rede geral; 90,3% apresentam banheiro de uso exclusivo do morador ou sanitário e esgotamento sanitário via rede geral de esgoto ou pluvial e 92,5% apresentam coleta de lixo. Quando a área é analisada por equipes, a equipe Águia de Ouro apresenta 71% dos domicílios com banheiro de uso exclusivo do morador ou sanitário e esgotamento sanitário via rede geral de esgoto ou pluvial. Na Figura 31, a seguir, as condições de esgotamento sanitário são representadas por cores, onde a cor vinho, mais escura, representa áreas onde há maior número de domicílios com esgotamento sanitário via rede geral de esgoto ou pluvial e banheiros de uso exclusivo dos moradores e a cor rosa mais clara nos mostra onde estas condições são mais precárias. 83 Figura 31 - Domicílios com rede geral de esgoto e banheiro exclusivo dos moradores na CSF Emygdio Alves Costa Filho Fonte: Elaboração própria a partir do banco de dados do Censo 2010 contidos no ARCGIS© Os próximos resultados a serem apresentados correspondem aos dados pesquisados para a CSF Anna Nery, projetada para comportar 6 equipes de saúde, localizadano bairro do Riachuelo e inaugurada em 14 de abril de 2011. Seu território foi desenhado com 36 setores censitários, com uma média de 6 por equipe e 512 habitantes em cada setor. Este desenho não foi o originalmente planejado, pois ao longo deste estudo, houve a incorporação de uma nova unidade de saúde à AP 3.2, antes pertencente à AP 1.0, e que fazia limite com a mesma. Não só o território desta CSF como também o da CSF Cabo Edney Canazaro de Oliveira tiveram suas áreas de abrangência diminuídas e, por conseguinte a população por equipe também reduzida. A seguir a Figura 32 com as equipes separadas por cores e seus respectivos setores censitários. 84 Figura 32 - CSF Anna Nery- área de abrangência por equipes Fonte: Elaboração própria dos shapes das equipes da CSF Anna Nery, por setor censitário no ARCGIS©. Os indicadores demográficos desta clínica mostram que em 2000 havia 19.935 habitantes e em 2010 houve um decréscimo de 4,9%, totalizando 18.965. O cálculo pela Divisão de vetores mostra 20.355 habitantes e o cadastro feito pelos agentes comunitários de saúde mostra 17.873 habitantes até 28 de janeiro de 2012, representando 94% da população contabilizada pelos setores censitários correspondentes a esta área de abrangência pelo Censo 2010. A média de moradores por domicílio para a área foi de 3,2 pessoas por domicílio. Com relação ao sexo, a população apresenta 44,7% de homens e 55,3% de mulheres. A diferença entre estes índices e o do município é de 2,1% para os sexos. O território possui 6,1% de menores de cinco anos, representa 1% a mais do que na AP e 13,8% de idosos, ou seja, 3,2% a menos do que na AP quando analisada em conjunto. Quanto aos indicadores sociais estudados, cerca de 89,2% da população é 85 alfabetizada e o saneamento básico está presente em mais de 96% dos domicílios. Para demonstrar o número de pessoas alfabetizadas por setor censitário nesta unidade de saúde, foi utilizada a graduação em cores do ARCGIS© para a construção do mapa representado pela Figura 33 que mostra as áreas em azul escuro onde há maior número de pessoas alfabetizadas e as áreas em amarelo, onde o número de alfabetizados é o menor. Figura 33 - Pessoas alfabetizadas por setor censitário na área de abrangência da CSF Anna Nery Fonte: Elaboração própria dos shapes das pessoas alfabetizadas maiores que cinco anos ,por setor censitário do IBGE, no ARCGIS©. Próxima CSF, a Cabo Edney Canazaro de Oliveira também sofreu a influência da incorporação do CMS Tia Alice à AP 3.2. Sua área inicial, que era maior teve que ser redividida, cedendo espaço para o CMS. Por isso, seu território foi revisto recentemente e sua área de abrangência foi aumentada, para garantir cobertura das comunidades do Queto, Matriz e São João. Foi a clínica que mais setores 86 censitários utilizou - 53 no total, média de 10 por equipe, em função da densidade demográfica dos mesmos, que foi uma das mais baixas dentre as unidades que fazem parte desta pesquisa. Nesta foram 485 habitantes, em média, por setor censitário. A clínica foi inaugurada em dois de junho de 2011. Sua área de abrangência e respectivas equipes estão demonstradas na Figura 34 seguir. Figura 34– Área de abrangência da Clínica de Saúde da Família Cabo Edney Canazaro de Oliveira Fonte: Elaboração própria dos shapes das equipes da CSF Cabo Edney Canazaro de Oliveira, por setor censitário no ARCGIS©. Conforme a metodologia utilizada em todas as outras análises, comparamos as taxas demográficas dos Censos 2000 e 2010, a taxa calculada por quadras da Divisão de Vetores e os cadastros. Percebemos que a população diminuiu também nesta área, pois no ano de 2000 havia 26.507 pessoas e em 2010 a contabilização dos setores censitários mostrou 25.738 uma diferença de 3% e números absolutos de 769 pessoas. Já o cálculo por quadras mostra uma população superior a encontrada pelos Censos- cerca de 29.567 habitantes. Quando chegamos aos cadastros encontramos números aquém dos expressos pelo IBGE e Divisão de 87 Vetores – cerca de 18.610 pessoas(72,3%) até a data de 28 de janeiro de 2012, mesmo após 7 meses de inauguração. A população é formada de 45,1% de homens e 54,9% de mulheres, ou seja, um pouco menos homens e mais mulheres do que o município e também a AP 3.2 para esta variável. O percentual de menores de cinco anos está em 5,5%, semelhante ao da AP que é de 5% e inferior ao do município que é de 7%. Quanto aos idosos maiores que sessenta anos temos um percentual de 15,5%, que é inferior ao da AP e levemente superior ao do município que é de 14,9%. A média de moradores da área é de 3,0 pessoas por domicílio e 8.623 domicílios permanentes ocupados. Para esta clínica foi construído o mapa com o georreferenciamento da população alfabetizada por setores censitários representado pela Figura 35 onde as áreas de azul mais escuro representam um maior número de pessoas alfabetizadas e as áreas em amarelo representam áreas com o menor número de alfabetizados. Figura 35 - Percentual de alfabetizados. por setores censitários na CSF Cabo Edney Canazaro de Oliveira Fonte: Elaboração própria através da tabela de atributos do IBGE 2010, contidos o ARCGIS©. 88 Nesta área de abrangência os índices de alfabetização perfazem 91,5% dos maiores de 5 anos. Quando analisamos o saneamento básico encontramos 93,3% dos domicílios abastecidos por água de rede geral, 94,3% dos domicílios com esgotamento sanitário via rede geral de esgoto ou pluvial e banheiro ou sanitário de uso exclusivo do morador e 97,3% dos domicílios com coleta de lixo. Próxima CSF a ser descrita, CSF Anthídio Dias da Silveira, foi construída no Jacarezinho, comunidade de grande vulnerabilidade social, com presença marcante do tráfico de drogas e usuários de crack. Esta área possuía uma pequena cobertura de assistência à saúde antes da conclusão desta obra. A unidade foi inaugurada em 29 de junho de 2011.Sua estrutura física é a maior delas e comporta 7 ESF. Como a densidade demográfica da área é grande, cada equipe recebeu, em média, 5 setores censitários totalizando 38, com uma média de 647 habitantes por setor.Sua área de abrangência está representada na Figura 36 , com suas equipes e setores separados por cores. Figura 36 – Área de abrangência da Clínica de Saúde da Família Anthídio Dias da Silveira Fonte: Elaboração própria dos shapes das equipes da CSF Anthídio Dias da Silveira por setor censitário no ARCGIS©. 89 O Censo 2000 mostrou 23.927 habitantes na área. O Censo de 2010 já mostra um crescimento de 2,7%, com um total de 24.592. Calculando a população por quadras, temos 26.642 habitantes, porém até 28 de janeiro de 2012 haviam sido cadastradas 17.873 pessoas na unidade, ou seja 72,7% do estimado pelo Censo 2010. A média de moradores por domicílio encontrado foi de 3,2 pessoas por domicílio. O percentual de pessoas por sexo mostra que existe uma população do sexo masculino um pouco maior que a do município(46,8) e da AP(45,8) com 47,7% de homens e um pouco menos no sexo feminino do que no município(53,2) e AP(54,2) com 52,3% de mulheres. Quanto aos menores de cinco anos encontramos nesta área o maior percentual de toda a AP - 7,1% que é semelhante ao do município e maior que o da AP. Em contrapartida, aqui os idosos maiores que sessenta anos são a minoria desta AP- 9,7%. Na Figura 37 pode-se observar a densidade demográfica de menores de cinco anos por setor censitário. Cada ponto representa 10 crianças. Figura 37 - Densidade demográfica dos menores de cinco anos na CSF Anthídio Dias da Silveira. Fonte: Elaboração própria, a partir da tabela de atributos das variáveis do IBGE, produzidos no ARCGIS© 90 Para os indicadores sociais, obtivemos 87,5% de alfabetizados, e quando analisados por equipes, a equipe de nome Pontilhão tem um índice ainda menor -83% de alfabetizados. Quanto ao saneamento básico, todos os índices ficaram acima de 90%, com 98,2% dos domicílios tendo água via rede geral, 94,6% dos domicílios com esgotamento sanitário de rede e lixo coletado em 90,7% dos domicílios. Cabe ressaltar que toda esta área contempla a comunidade do Jacarezinho. A CSF Bárbara Starfield localizada no bairro de Del Castilho foi a próxima a ter sua área de abrangência definida. Esta área ficou dividida com uma média de 7 setores censitários por equipe, e 598 habitantes por setor, num total de 40 setores. Nenhum setor precisou ser alterado neste mapeamento. Sua área de abrangência está representada na Figura 38 a seguir. Figura 38 - Área de abrangência da CSF Bárbara Starfield Fonte: Fonte: Elaboração própria, a partir dos setores censitários do IBGE, produzidos no ARCGIS© Trata-se de mais uma área que apresentou diminuição na sua população total, passando de 24.828 habitantes em 2000, para 23.928 habitantes em 2010, um decréscimo de 3,6%. Tomando como base o cálculo por quadras feito pela Divisão 91 de Vetores chegamos a 23.516 habitantes, número muito aproximado do informado pelos setores censitários do Censo de 2010. Esta clínica foi inaugurada em 28 de julho de 2011 e informava em seus cadastros 15.140 pessoas até 28 de janeiro de 2012, cerca de 63,3% do estimado pelo Censo 2010. A distribuição por sexo acompanha os percentuais da AP e do município, com 45,8% de homens e 54,2% de mulheres. Os menores de cinco anos representam 4,8% do total da população e o número de idosos é um dos maiores encontrado nesta AP- 18,2%, acima da média não só desta área como também do município, que está em 14,9%. Os indicadores sociais encontrados mostram 92,4% de pessoas alfabetizadas e que 99% dos domicílios possuem rede de água, 98,2% possuem rede de esgoto e 99,1% recebem coleta de lixo. O número de domicílios informado pelo IBGE é de 8.219 e a média de moradores para a área ficou em 2,9 pessoas por domicílio. Na Figura 39 estão georreferenciados os dados de pessoas por domicílio por setor censitário do IBGE 2010 para a área. Figura 39 – Moradores por domicílio da Clínica de Saúde da Família Bárbara Starfield, por setor censitário Fonte: Fonte: Elaboração própria, a partir dos setores censitários do IBGE, produzidos no ARCGIS© 92 A última unidade a fazer parte desta pesquisa foi a CSF Sérgio Nicolau Amin. Foram utilizados 39 setores censitários, e uma média de 501 habitantes por setor. Segue a representação de sua área de abrangência e respectivas equipes por setores censitários na Figura 40. Figura 40 - Área de abrangência da CSF Sérgio Nicolau Amin Fonte: Fonte: Elaboração própria, a partir dos setores censitários do IBGE, produzidos no ARCGIS© Foram utilizados 39 setores censitários para desenhar sua área de abrangência. A média de habitantes por setor foi de 501. Comparando-se a população total dos Censos 2000, Censo 2010 e divisão de vetores encontramos 17.835, 19.569 e 22.652 respectivamente. Houve um crescimento demográfico de 8,9% nestes dez anos. Os cadastros realizados até 28 de janeiro de 2012 demonstravam 3.433 pessoas, mas a unidade foi inaugurada em 20 de dezembro de 2011 e está em seu processo inicial de cadastramento das famílias. O percentual da população por sexo encontrado foi de 45,3% homens e 54,7% de mulheres. Os 93 menores de cinco anos corresponderam a 4,7% do total, os idosos representam 18,5%- o maior de toda a AP. Os indicadores sociais analisados mostram que 93,2 % da população é alfabetizada, e que o saneamento básico está presente em mais de 98% dos domicílios. A média de moradores por domicílio é de 2,9 pessoas distribuídas em 6.792 imóveis. Quando os dados das CSF são comparados entre si com relação à sua evolução demográfica de um Censo para o outro constatamos que em quatro destas unidades sua população diminuiu e em outras quatro houve acréscimo. Destaca-se o grande crescimento demográfico na área de abrangência da CSF Sérgio Nicolau Amim, provavelmente pelo grande empreendedorismo imobiliário sofrido nesta localidade ao longo dos últimos. A área que apresentou o maior decréscimo demográfico foi a da CSF Anna Nery, nos bairros do Riachuelo, Rocha e Sampaio. Onde encontramos o maior número de moradores por domicílio é o território de abrangência da CSF Anthídio Dias da Silveira, cuja área está contida na comunidade do Jacarezinho. Foi nesta também que encontramos o maior número de crianças menores que cinco anos e o menor número de idosos. Neste estudo levou-se em consideração todas as pessoas maiores de 5 anos alfabetizadas e encontramos índices que variaram de 87,5% na área da CSF Anthídio Dias da Silveira ao maior encontrado- 93,2% na área da CSF Sérgio Nicolau Amin. Não foi possível compará-los ao do município, pois foram divulgados pelo IBGE os índices de analfabetismo apenas para os maiores de 10 anos, que está em torno de 3,3% da população, ou seja, 96,7 % da população maior que 10 anos é alfabetizada no município do Rio de Janeiro. Para o saneamento básico, constatamos que 96,4% dos domicílios apresentam água de rede geral; 94% dos mesmos possuem esgoto sanitário por rede ou pluvial e banheiros próprios e 94,9% dos domicílios têm lixo coletado. Todos os dados obtidos através dos setores censitários e suas análises permitem aos gestores o planejamento de ações a serem implementadas pelas equipes do PSF e o monitoramento destas tornando-se, portanto, importante instrumento de gestão. O georreferenciamento dos dados e a produção de mapas possibilitam a rápida interpretação dos mesmos e facilitam a tomada de decisões, 94 não só por parte dos gestores, mas também por parte dos profissionais das equipes de saúde. 7.4. Compatibilização dos setores censitários e territórios do PSF Conforme descrito anteriormente, a dificuldade encontrada na geometria de alguns setores censitários nos faz refletir sobre a necessidade dos órgãos competentes como o IPP e o IBGE avaliarem a possibilidade de redesenhá-los para que os dados a eles incorporados sejam os mais próximos da realidade local a ser trabalhada pelo PSF. Outros sistemas, tais como o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) deveriam ser indexados aos setores censitários, possibilitando que os dados como local de ocorrência do evento (nascimentos, óbitos e o endereço de moradia tenham uma interface com os setores censitários facilitando o georreferenciamento destes e as análises epidemiológicas. Isto permitiria a construção de mapas locais mais fidedignos e condizentes com a realidade trabalhada no nível do domicílio pelas ESF. Hoje, já existe no nível local uma tentativa de compatibilização do sistema utilizado pelos Agentes de Vigilância em Saúde, que é feito por quadras, para os setores censitários, fazendo com que os dados trabalhados por estes e os informados ao PSF correspondam à mesma área de abrangência. As CSF possuem prontuários eletrônicos (VitaHisCare), porém estes cadastram as famílias por seu logradouro e CEP, mas não pelos setores censitários. Torna-se necessário que os programadores de sistema dos prontuários eletrônicos que estão sendo utilizados trabalhem a lógica de cadastro de endereços por código de endereçamento postal (CEP) e setor censitário, permitindo assim a disponibilização de informações para os órgãos de georreferenciamento com maior veracidade no nível local. 95 DISCUSSÃO No desenvolvimento desta pesquisa não foi possível encontrar metodologias sistematizadas para a delimitação de áreas e microáreas de atuação das ESF. Na prática, quando os ACS fazem o cadastro inicial das famílias, percorrem um território cujos limites não foram pré-definidos. Ao final do cadastro resultam territórios (microáreas) que abrangem os locais de moradiade pessoas até o limite populacional de 750 pessoas, estabelecido pelo MS para cada agente. Não há um mapeamento prévio do território ou um modelo a ser seguido para a definição dos mesmos. Na AP 3.2 este mapeamento era feito com base em antigos mapas da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), que representam o território urbano dividido em quadras numeradas. O número de imóveis residenciais cadastrados nestas quadras era multiplicado por um fator que permitia o cálculo do número de habitantes sob responsabilidade dos agentes de vigilância em saúde (antes agentes de endemias), tal fator considerava o número médio de habitantes por domicílio, fornecida pelo IBGE para cálculos demográficos. Na medida em que se utiliza o setor censitário como ferramenta para o mapeamento é possível se estabelecer um parâmetro populacional e territorial a ser utilizado pelas ESF, servindo como um guia a ser seguido no cadastro. Sua adoção em todo o país permitirá padronizar o processo de trabalho no cadastro das famílias e na delimitação das áreas de abrangência das equipes de saúde. Vale lembrar que a malha dos setores censitários abrange todo o território nacional o que asseguraria que não houvesse vazios nas áreas cobertas pelo PSF. Além disso, sua utilização tem como vantagem dar às equipes um conhecimento prévio do seu território, respectivos limites e indicadores demográficos, sociais e econômicos, que subsidiariam o planejamento de ações específicas em saúde de acordo com as características encontradas para esta população. O mapeamento da Saúde da Família com base nos setores também permite que se conheça a evolução da população e demais indicadores fornecidos pelo Censo Demográfico do IBGE, pois a malha de setores censitários é essencialmente a mesma, com pequenos ajustes a cada Censo, A compatibilização de dados dos setores censitários com outros sistemas de informação em saúde, para a produção de dados epidemiológicos e construção de 96 outros indicadores que apóiem o planejamento e a gestão do PSF a nível local foi interpretada neste estudo como uma necessidade imediata. Hoje, por exemplo, a Divisão de Vetores da SMSDC, já vem tentando adaptar seu território de atuação, antes definido por quadras, aos setores censitários, num trabalho conjunto às ESF e a Coordenação de Área, facilitando o processo de trabalho da Divisão de Vigilância em Saúde . A dificuldade encontrada neste mapeamento por setores censitários foi a geometria de alguns deles, cujas formas tiveram que ser adaptadas para a construção das áreas de abrangência. Como foi baixo o número de setores censitários que tiveram de ser alterados nesta pesquisa (7,9%), não houve prejuízo para sua utilização na definição dos territórios das CSF e áreas e microáreas das ESF. Como a amostra incluiu um número relativamente grande de setores (312), pode-se inferir que sua utilização pode ser generalizada para a Cidade do Rio de Janeiro e mesmo outros municípios. Um percentual tão baixo de setores a serem alterados facilita a negociação entre municípios e o IBGE para um futuro ajuste dos setores censitários a serem usados nos próximos Censos Demográficos, de forma que estes sirvam de base para a territorialização e o planejamento das políticas sociais no nível local. Quanto à ferramenta geoprocessamento na saúde, utilizada para análise de dados e para a produção de mapas temáticos deste estudo, trata-se de instrumento reconhecido por vários autores como ferramenta importante para se manipular dados georreferenciados, e que se mostra como uma nova tendência na análise de dados em saúde possibilitando a visualização rápida de inúmeras informações, logo poderosos instrumento de vigilância em saúde e de tomada de decisões. Nesta pesquisa o geoprocessamento permitiu a análise da localização geográfica das unidades em relação ao território, a visualização em mapas temáticos dos dados demográficos das unidades estudadas, das condições de saneamento básico e escolaridade. Através da ferramenta, é possível se observar, por exemplo, relações existentes entre as diferentes variáveis do Censo em relação às áreas de maior vulnerabilidade social, como é o caso dos aglomerados subnormais. Nesta pesquisa foram feitas análises espaciais de variáveis censitárias selecionadas que permitiram identificar situações críticas relativas às mesmas nos 97 territórios estudados. Foi possível, por exemplo, evidenciar que a população de idosos desses territórios é igual ou maior que a do município do Rio de Janeiro, à exceção de uma das CSF, o que sugere a necessidade de implantação de ações específicas para este grupo populacional. Não foi possível a utilização dos dados econômicos neste estudo, pois os mesmos não foram liberados no período limite da coleta de dados estipulada para a pesquisa. Também não foi possível a construção dos mapas com os dados de mortalidade e nascidos vivos, pois os bancos de dados do SIM16 e SINASC17 disponíveis na Coordenação de Saúde referenciam o endereço e o bairro dos eventos, o endereço de residência mas não o setor censitário. Para tal georreferenciamento, este estudo necessitaria prolongar seu cronograma em muito, pois todos os eventos deveriam ser georreferenciados isoladamente. No que diz respeito ao Geoprocessamento, a dificuldade encontrada neste estudo foi a de manipular o software de informações geográficas ARCGIS©, mas a ferramenta mostra-se muito importante no georreferenciamento dos eventos, não só para o planejamento, mas também para a gestão da AP 3.2 com inúmeras possibilidades de representação cartográfica. 16 SIM- Sistema de Informações de Mortalidade. 17 Sistema de Nascidos Vivos. 98 CONSIDERAÇÕES FINAIS O escopo desta pesquisa abrangeu: 1) a verificação da possibilidade de utilização dos setores censitários para o mapeamento territorial para o PSF; e 2) o georreferenciamento das variáveis sócio demográficas dos setores censitários para subsidiar o planejamento em saúde e 3).o exame de possíveis soluções para a compatibilização de informações entre os diversos sistemas utilizados no setor de saúde e os setores censitários. Este estudo pode ser considerado um projeto-piloto de utilização dos setores censitários para a definição das áreas de atuação das ESF na Cidade do Rio de Janeiro. O trabalho se desenvolveu quando a SMSDC decidiu utilizar os setores censitários como base da territorialização da Saúde da Família. Por esta razão, a AP 3.2 foi a primeira AP a mapear todo o seu território com base na malha de setores censitários. Os resultados da pesquisa estão subsidiando as práticas de campo dos ACS e das ESF para o cadastro das populações adscritas, além de lhes ter ofertado uma imensa base de dados sobre seus territórios. Os resultados poderão servir, no futuro, para se organizar o monitoramento e a avaliação de práticas e do desempenho das equipes. Os resultados mostraram que o agregado de setores censitários e as suas variáveis podem apoiar efetivamente tanto o mapeamento quanto o planejamento das ESF. O mapeamento por setores censitários permite também um intercâmbio de informações entre os dados encontrados e os obtidos localmente pelas ESF para monitoramento das ações e também servem como subsídio para o trabalho de campo das equipes. Além disso, todos os bancos de dados relativos aos setores censitários são de domínio público, bastando para tal o acesso à internet. O georreferenciamento destes dados e a criação de mapas temáticos a nível local permitem a utilização de informações que não são disponibilizadas em nível nacional, estadual e nem mesmo municipal, aproximando ainda mais a gestão da realidade local do território, tão defendida e necessária para qualificar o trabalho das ESF, permitindo a rápida tomada de decisões por parte dos gestores e ESF.É necessário considerar, entretanto, que a utilização tanto do geoprocessamento, quanto dos setores censitários na territorialização e 99 planejamento do PSF ainda são incipientes. No momento, existem limitações que dificultam que as Coordenações de Área e ESF utilizem plenamente os recursos dessas ferramentas. Nossas CSF estão informatizadas, mas ainda não possuem uma conectividade considerada ideal, precisamos implantar um SIG a nível local e utilizar GPS para o georreferenciamento de dados para a produção de indicadores em diferentes unidades espaciais. Também é preciso que se crie uma interface dos setores censitários com os dados utilizados nos prontuários eletrônicos das CSF, para a obtenção de mapas com outros indicadores de interesse, e que tenhamos equipes devidamente capacitadas para realizar o reconhecimento geográfico, manipular os sistemas de Geoprocessamento, além da disponibilização das licenças de uso de softwares para Geoprocessamento. Para a AP 3.2 esta pesquisa representou o marco inicial de uma nova metodologia de territorialização e uma oportunidade de compatibilização de informações com a Vigilância em Saúde, dos agentes de vigilância em saúde e agentes comunitários em um mesmo território, em um único banco de dados e também de aprofundamento de conhecimento, de apropriação de seu território e contextos de vida que podem influenciar a saúde desta população. Mas não podemos nos esquecer que existem singularidades de cada território que só serão descobertas pela prática de campo das ESF. O território é vivo, está em permanente construção e a gestão deve estar atenta às mudanças nos processos que devem ser sempre avaliados, monitorados e revistos quando necessário. 100 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências:elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 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Porto Alegre, 2000. 113 APÊNDICE 1- VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS SELECIONADAS DO BANCO DE DADOS DO IBGE PARA AS CLÍNICAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA ID COD SETOR COD SETOR_1 POPULAÇÃO IBGE 2000 POPULAÇÃO IBGE 2010 M F 0 ANOS 1-4 ANOS 5-9 ANOS 10-19 ANOS 20-59 ANOS 60 OU MAIS CSF EQUIPE NOME DA EQUIPE 330455705170591 170591 170591 0 483 230 253 6 17 28 73 284 75 ADS AZUL MIGUEL ÂNGELO 330455705320034 320034 320034 880 988 459 529 11 39 65 147 567 159 ADS AZUL MIGUEL ÂNGELO 330455705340001 340001 340001A 216 257 120 137 3 15 17 44 151 27 ADS AZUL MIGUEL ÂNGELO 330455705340001 340001 340001B 216 257 120 137 3 15 17 44 151 27 ADS VERDE VIÚVA CLÁUDIO 330455705340001 340001 340001C 216 257 120 137 3 15 17 44 151 27 ADS AZUL CLARO PONTILHÃO 330455705340001 340001 340001D 216 257 120 137 3 15 17 44 151 27 ADS MARROM XV DE AGOSTO 330455705340010 340010 340010 761 1423 679 744 18 78 157 254 856 60 ADS AZUL MIGUEL ÂNGELO 330455705340014 340014 340014 636 596 287 309 10 24 50 128 333 51 ADS MARROM XV DE AGOSTO 330455705340015 340015 340015 1014 842 414 428 11 58 58 151 480 84 ADS MARROM XV DE AGOSTO 330455705340016 340016 340016 1236 647 307 340 9 35 49 131 366 57 ADS VERMELHA DARCI VARGAS 330455705340017 340017 340017 964 340 157 183 10 22 29 60 174 45 ADS VERMELHA DARCI VARGAS 330455705340018 340018 340018 691 606 304 302 9 39 47 115 338 58 ADS VERMELHA DARCI VARGAS 330455705340019 340019 340019 899 725 305 420 9 44 74 130 395 73 ADS VERMELHA DARCI VARGAS 330455705340020 340020 340020 1081 723 363 360 13 43 49 135 426 57 ADS MARROM XV DE AGOSTO 330455705340021 340021 340021 800 759 352 407 13 69 61 147 396 73 ADS MARROM XV DE AGOSTO 330455705340022 340022 340022 597 542 245 297 5 28 57 96 330 26 ADS ROSA FAZENDINHA 330455705340023 340023 340023 661 823 400 423 18 53 80 179 430 63 ADS AZUL CLARO PONTILHÃO 330455705340024 340024 340024 949 749 344 405 10 50 49 126 411 103 ADS ROSA FAZENDINHA 330455705340025 340025 340025 1227 491 245 246 7 34 45 87 271 47 ADS MARROM XV DE AGOSTO 330455705340026 340026 340026 370 545 264 281 13 38 54 114 284 42 ADS AZUL CLARO PONTILHÃO 330455705340027 340027 340027 880 920 438 482 13 52 61 141 557 96 ADS ROSA FAZENDINHA 330455705340028 340028 340028 1141 707 324 383 4 38 44 135 416 70 ADS ROSA FAZENDINHA 330455705340029 340029 340029 936 1149 526 623 10 70 97 175 676 121 ADS AMARELA CONCÓRDIA 330455705340030 340030 340030 790 924 466 458 18 53 68 158 535 92 ADS AMARELA CONCÓRDIA 330455705340031 340031 340031 589 563 278 285 3 30 47 91 346 46 ADS AMARELA CONCÓRDIA 330455705340032 340032 340032 762 677 339 338 8 22 47 89 433 78 ADS AMARELA CONCÓRDIA 330455705340033 340033 340033 539 445 224 221 4 27 23 75 266 50 ADS AZUL CLARO PONTILHÃO 330455705340034 340034 340034 848 515 250 265 5 32 56 88 298 36 ADS AZUL CLARO PONTILHÃO 330455705340035 340035 340035 860 612 289 323 5 39 44 107 368 49 ADS AZUL CLARO PONTILHÃO 330455705340038 340038 340038 632 652 298 354 5 44 26 111 359 107 ADS VERDE VIÚVA CLÁUDIA 330455705340039 340039 340039 650 643 301 342 6 38 29 81 396 93 ADS VERDE VIÚVA CLÁUDIA 330455705340040 340040 340040 810 716 340 376 6 31 46 117 419 97 ADS VERDE VIÚVA CLÁUDIA 330455705340043 340043 340043 580 889 433 456 18 47 86 145 537 56 ADS VERDE VIÚVA CLÁUDIA 330455705340049 340049 340049 0 452 223 229 3 18 36 68 273 54 ADS VERMELHA DARCI VARGAS 330455705340050 340050 340050 0 705 336 369 9 48 49 108 443 48 ADS VERMELHA DARCI VARGAS 330455705340051 340051 340051 0 708 338 370 11 50 60 137 394 56 ADS AZUL CLARO PONTILHÃO 330455705340052 340052 340052 0 404 199 205 6 13 23 65 250 47 ADS ROSA FAZENDINHA 330455705340037 340037 340037B 280 601 299 302 18 37 55 100 358 33 ADS VERDE VIÚVA CLÁUDIO 330455705120132 120132 120132 517 352 147 205 7 42 45 72 174 12 ANN VERDE DR. GARNIER 330455705120133 120133 120133 606 466 211 255 4 35 56 109 249 13 ANN VERDE DR. GARNIER 330455705120134 120134 120134 1535 758 379 379 10 58 96 176 402 16 ANN VERDE DR. GARNIER 330455705170014 170014 170014 885 794 387 407 6 18 26 91 455 198 ANN VERDE DR. GARNIER 330455705170015 170015 170015 873 824 391 433 9 32 40 96 504 143 ANN AZUL ALMIRANTE ARI PARREIRAS 330455705170016 170016 170016 573 529 220 309 0 22 24 81 301 101 ANN VERDE DR. GARNIER 330455705170017 170017 170017 940 457 220 237 1 18 16 53 281 88 ANN VERDE DR. GARNIER 330455705170035 170035 170035 613 581 263 318 4 23 32 72 355 95 ANN MARROM MAGALHÃES DE CASTRO 330455705170036 170036 170036 528 544 250 294 7 23 21 65 332 96 ANN MARROM MAGALHÃES DE CASTRO 330455705170037 170037 170037 481 536 238 298 7 18 28 64 317 102 ANN AMARELA ANNA NERY 330455705170038 170038 170038 39 50 0 0 0 0 0 0 0 0 ANN AMARELA ANNA NERY 330455705170039 170039 170039 664 574 246 328 6 20 33 70 316 129 ANN AMARELA ANNA NERY 330455705170040 170040 170040 668 649 305 344 7 18 15 75 399 135 ANN AMARELA ANNA NERY 330455705170041 170041 170041 565 576 247 329 7 17 29 52 331 140 ANN AMARELA ANNA NERY 330455705170042 170042 170042 570 587 295 292 6 15 22 65 392 87 ANN AZUL ALMIRANTE ARI PARREIRAS 330455705170043 170043 170043 596 472 216 256 6 24 23 59 257 103 ANN AMARELA ANNA NERY 330455705170044 170044 170044 1017 460 210 250 8 19 20 73 268 72 ANN AZUL ALMIRANTE ARI PARREIRAS 330455705170049 170049 170049 650 517 239 278 24 52 69 91 244 37 ANN VERMELHA CAMBORIÚ 330455705170050 170050 170050 843 702 328 374 12 44 62 121 388 75 ANN VERMELHA CAMBORIÚ 330455705170051 170051 170051 617 538 246 292 3 12 26 62 308 127 ANN AZUL ALMIRANTE ARI PARREIRAS 330455705170052 170052 170052A 219 158 73 85 1 4 7 24 92 30 ANN AZUL ALMIRANTE ARI PARREIRAS 330455705170052 170052 170052B 219 160 74 86 2 8 6 23 92 29 ANN AMARELO ANNA NERY 330455705170053 170053 170053 540 591 267 324 7 19 36 67 334 128 ANN AZUL CLARO CÁCERES 330455705170054 170054 170054 837 719 349 370 8 34 49 120 455 53 ANN AZUL CLARO CÁCERES 330455705170055 170055 170055A 518 303 140 163 5 11 22 37 178 50 ANN MARROM MAGALHÃES DE CASTRO 330455705170056 170056 170056 753 709 333 376 14 52 74 149 362 58 ANN VERMELHA CAMBORIÚ 330455705170069 170069 170069A 515 665 286 378 3 22 24 74 426 116 ANN MARROM MAGALHÃES DE CASTRO 330455705170538 170538 170538 0 505 220 285 10 25 31 50 319 70 ANN AZUL ALMIRANTE ARI PARREIRAS 330455705170644 170644 170644 0 560 274 286 9 31 46 101 305 68 ANN AZUL CLARO CÁCERES 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44 91 481 129 IS VERDE CÉU AZUL 330455705170091 170091 170091 709 654 310 344 7 20 31 87 373 136 IS AMARELA ENGENHO 330455705170092 170092 170092 632 811 347 464 18 32 32 100 547 82 IS AMARELA ENGENHO 330455705170093 170093 170093 715 691 314 377 7 20 28 82 396 158 IS VERMELHA DOIS DE MAIO 330455705170095 170095 170095B 125 86 38 48 2 4 5 14 52 9 IS AZUL POLÔNIA 330455705170094 170094 170094 360 265 131 134 4 20 28 48 138 27 IS VERMELHA DOIS DE MAIO 330455705170095 170095 170095A 291 200 88 112 5 9 12 33 120 21 IS vermelhA POLÔNIA 330455705170096 170096 170096 520 470 207 263 2 13 18 47 295 95 IS AZUL POLÔNIA 330455705170097 170097 170097 1189 1213 569 644 18 63 93 220 647 172 IS VERDE CÉU AZUL 330455705170196 170196 170196 1005 805 372 433 4 26 41 69 496 169 IS VERDE CÉU AZUL 330455705170321 170321 170321 862 816 390 426 8 21 40 99 509 139 IS AMARELA ENGENHO 330455705170322 170322 170322 848 830 399 431 8 24 49 138 491 120 IS AMARELA ENGENHO 330455705170323 170323 170323 807 972 471 501 11 23 40 122 612 164 IS AMARELA ENGENHO 330455705170324 170324 170324 1064 527 223 304 8 22 31 64 302 100 IS AMARELA ENGENHO 330455705170325 170325 170325 513 522 234 288 9 17 33 75 304 84 IS AMARELA ENGENHO 330455705170327 170327 170327 525 597 257 340 3 19 25 71 361 118 IS VERDE CÉU AZUL 330455705170541 170541 170541 0 63 26 37 1 2 4 8 36 12 IS VERDE CÉU AZUL 330455705170593 170593 170593 0 654 303 351 7 35 27 75 400 110 IS AMARELA ENGENHO 330455705170634 170634 170634 0 639 318 321 7 25 47 122 391 47 IS VERMELHA DOIS DE MAIO 330455705170633 170633 170633 0 137 62 75 1 3 20 16 80 17 IS VERMELHA DOIS DE MAIO 330455705170288 170288 170288 521 571 255 316 2 7 24 95 372 71 SNA MARROM VASCO DA GAMA 330455705170289 170289 170289 743 638 282 356 4 21 30 70 406 107 SNA MARROM VASCO DA GAMA 330455705170290 170290 170290 984 419 175 244 2 10 15 60 249 83 SNA MARROM VASCO DA GAMA 330455705170291 170291 170291 463 366 168 198 3 11 17 34 203 98 SNA MARROM VASCO DA GAMA 330455705170292 170292 170292 920 817 363 454 6 23 26 81 483 198 SNA MARROM VASCO DA GAMA 330455705170293 170293 170293 1033 604 254 350 7 16 19 77 356 129 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 330455705170294 170294 170294 858 321 148 173 3 12 16 26 204 60 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 330455705170295 170295 170295 893 514 231 283 2 23 25 51 322 91 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 330455705170296 170296 170296 667 760 339 421 6 28 41 106 454 125 SNA VERDE MANET 117 ID COD SETOR COD SETOR_1 POPULAÇÃO IBGE 2000 POPULAÇÃO IBGE 2010 M F 0 ANOS 1-4 ANOS 5-9 ANOS 10-19 ANOS 20-59 ANOS 60 OU MAIS CSF EQUIPE NOME DA EQUIPE 330455705170297 170297 170297 561 502 212 290 3 18 20 39 303 119 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 330455705170299 170299 170299 1095 983 450 533 10 36 54 118 634 131 SNA VERDE MANET 330455705170362 170362 170362 422 413 182 231 8 20 26 49 253 57 SNA MARROM VASCO DA GAMA 330455705170577 170577 170577 0 422 178 244 3 12 20 44 254 89 SNA MARROM VASCO DA GAMA 330455705170585 170585 170585 0 419 194 225 3 6 16 46 253 95 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 330455705170586 170586 170586 0 436 180 256 2 5 15 28 246 140 SNA MARROM VASCO DA GAMA 330455705170587 170587 170587 0 345 140 205 4 8 16 42 191 84 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 330455705170588 170588 170588 0 608 280 328 4 27 29 61 365 122 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 330455705170589 170589 170589 0 254 102 152 1 9 10 26 139 69 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 330455705170590 170590 170590 0 652 299 353 7 34 32 60 388 131 SNA VERDE MANET 330455705170627 170627 170627 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 SNA MARROM VASCO DA GAMA 330455705170628 170628 170628 0 48 24 24 0 2 2 4 37 3 SNA MARROM VASCO DA GAMA 330455705170629 170629 170629 0 13 7 6 0 0 0 0 0 0 SNA MARROM VASCO DA GAMA 330455705170630 170630 170630 0 41 25 16 0 1 3 3 30 4 SNA MARROM VASCO DA GAMA 330455705320027 320027 320027 747 693 341 352 4 27 26 84 428 124 SNA VERMELHA LUIZA DO VALE 330455705320035 320035 320035 985 958 434 524 5 19 43 106 550 235 SNA VERMELHA LUIZA DO VALE 330455705320036 320036 320036 1267 384 181 203 2 14 18 40 214 96 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 330455705320037 320037 320037 192 185 82 103 5 10 11 30 105 24 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 330455705320038 320038 320038 828 807 385 422 10 58 58 155 453 73 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 330455705320049 320049 320049 628 718 349 369 2 30 36 90 443 117 SNA VERMELHA LUIZA DO VALE 330455705320050 320050 320050 796 799 351 448 6 37 36 96 476 148 SNA VERMELHA LUIZA DO VALE 330455705320051 320051 320051 658 625 291 334 5 17 32 74 362 135 SNA VERMELHA LUIZA DO VALE 330455705320052 320052 320052 764 737 327 410 7 18 28 90 408 186 SNA VERDE MANET 330455705320053 320053 320053 586 670 319 351 2 16 27 81 393 151 SNA VERDE MANET 330455705320088 320088 320088 1224 766 376 390 13 48 71 148 430 56 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 330455705320170 320170 320170 0 851 361 490 3 20 42 119 466 201 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 330455705320171 320171 320171 0 175 84 91 6 9 14 21 106 19 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 330455705320172 320172 320172 0 45 20 25 1 3 5 6 25 5 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 330455705320201 320201 320201 0 447 212 235 10 58 45 65 263 6 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 330455705320202 320202 320202 0 563 273 290 13 36 69 100 314 31 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA ADS ANTHÍDIO DIAS DA SILVEIRA ANN ANNA NERY BS BARBARA STARFIELD CECO CABO EDNEY CANAZARO DE OLIVEIRA EACF EMYDGIO ALVES COSTA FILHO HS HERBERT DE SOUZA IS IZABEL DOS SANTOS SNA SERGIO NICOLAU AMIN CLÍNICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA SETORES CENSITÁRIOS ALTERADOS 118 ID COD SETOR COD SETOR_1 CSF EQUIPE NOME DA EQUIPE PESSOAS ALFABETIZADAS ÁGUA DE REDE GERAL REDE GERAL DE ESGOTO COLETA DE LIXO Nº DOMIC MÉDIA PESSOAS POR DOMIC SC % UTILIZADO 330455705170591 170591 170591 ADS AZUL MIGUEL ÂNGELO 443 146 9 6 155 3,12 100 330455705320034 320034 320034 ADS AZUL MIGUEL ÂNGELO 915 342 341 342 342 2,89 100 330455705340001 340001 340001A ADS AZUL MIGUEL ÂNGELO 225 81 70 84 84 3,07 20 330455705340001 340001 340001B ADS VERDE VIÚVA CLÁUDIO 225 81 70 84 84 3,07 20 330455705340001 340001 340001C ADS AZUL CLARO PONTILHÃO 225 80 69 83 83 3,07 20 330455705340001 340001 340001D ADS MARROM XV DE AGOSTO 225 80 69 83 83 3,07 20 330455705340010 340010 340010 ADS AZUL MIGUEL ÂNGELO 1295 389 389 381 389 3,66 100 330455705340014 340014 340014 ADS MARROM XV DE AGOSTO 543 160 136 160 160 3,73 100 330455705340015 340015 340015 ADS MARROM XV DE AGOSTO 714 269 269 269 270 3,12 100 330455705340016 340016 340016 ADS VERMELHA DARCI VARGAS 558 194 187 195 197 3,28 100 330455705340017 340017 340017 ADS VERMELHA DARCI VARGAS 274 100 100 100 100 3,4 100 330455705340018 340018 340018 ADS VERMELHA DARCI VARGAS 534 175 174 175 175 3,46 100 330455705340019 340019 340019 ADS VERMELHA DARCI VARGAS 622 224 224 224 224 3,24 100 330455705340020 340020 340020 ADS MARROM XV DE AGOSTO629 221 221 221 222 3,26 100 330455705340021 340021 340021 ADS MARROM XV DE AGOSTO 638 226 226 226 226 3,36 100 330455705340022 340022 340022 ADS ROSA FAZENDINHA 507 134 134 134 134 4,04 100 330455705340023 340023 340023 ADS AZUL CLARO PONTILHÃO 643 262 261 19 264 3,11 100 330455705340024 340024 340024 ADS ROSA FAZENDINHA 657 242 242 242 242 3,1 100 330455705340025 340025 340025 ADS MARROM XV DE AGOSTO 397 153 153 153 155 3,16 100 330455705340026 340026 340026 ADS AZUL CLARO PONTILHÃO 429 159 158 159 159 3,38 100 330455705340027 340027 340027 ADS ROSA FAZENDINHA 803 305 305 305 313 2,94 100 330455705340028 340028 340028 ADS ROSA FAZENDINHA 654 199 199 199 200 3,54 100 330455705340029 340029 340029 ADS AMARELA CONCÓRDIA 960 358 358 288 362 3,17 100 330455705340030 340030 340030 ADS AMARELA CONCÓRDIA 817 238 238 238 256 3,61 100 330455705340031 340031 340031 ADS AMARELA CONCÓRDIA 516 186 186 186 186 3,03 100 330455705340032 340032 340032 ADS AMARELA CONCÓRDIA 599 187 187 187 187 3,62 100 330455705340033 340033 340033 ADS AZUL CLARO PONTILHÃO 404 151 152 152 152 2,93 100 330455705340034 340034 340034 ADS AZUL CLARO PONTILHÃO 417 172 172 43 172 2,99 100 330455705340035 340035 340035 ADS AZUL CLARO PONTILHÃO 540 188 188 188 190 3,22 100 330455705340038 340038 340038 ADS VERDE VIÚVA CLÁUDIA 584 223 223 223 223 2,9 100 330455705340039 340039 340039 ADS VERDE VIÚVA CLÁUDIA 582 222 222 222 222 2,9 100 330455705340040 340040 340040 ADS VERDE VIÚVA CLÁUDIA 646 236 237 237 237 3,02 100 330455705340043 340043 340043 ADS VERDE VIÚVA CLÁUDIA 786 234 229 234 266 3,33 100 330455705340049 340049 340049 ADS VERMELHA DARCI VARGAS 398 159 158 159 159 2,84 100 330455705340050 340050 340050 ADS VERMELHA DARCI VARGAS 632 218 218 218 218 3,23 100 330455705340051 340051 340051 ADS AZUL CLARO PONTILHÃO 592 194 140 193 194 3,65 100 330455705340052 340052 340052 ADS ROSA FAZENDINHA 377 127 127 127 128 3,16 100 330455705340037 340037 340037B ADS VERDE VIÚVA CLÁUDIO 520 147 146 146 180 3,32 50 330455705120132 120132 120132 ANN VERDE DR. GARNIER 250 119 116 119 119 2,96 100 330455705120133 120133 120133 ANN VERDE DR. GARNIER 369 158 158 158 158 2,95 100 330455705120134 120134 120134 ANN VERDE DR. GARNIER 590 234 233 235 235 3,23 100 330455705170014 170014 170014 ANN VERDE DR. GARNIER 762 280 280 280 280 2,84 100 330455705170015 170015 170015 ANN AZUL ALMIRANTE ARI PARREIRAS 761 283 280 283 283 2,91 100 330455705170016 170016 170016 ANN VERDE DR. GARNIER 491 190 190 190 194 2,73 100 330455705170017 170017 170017 ANN VERDE DR. GARNIER 434 160 160 160 160 2,86 100 330455705170035 170035 170035 ANN MARROM MAGALHÃES DE CASTRO 544 205 205 205 205 2,83 100 330455705170036 170036 170036 ANN MARROM MAGALHÃES DE CASTRO 505 183 184 184 184 2,95 100 330455705170037 170037 170037 ANN AMARELA ANNA NERY 501 182 181 182 182 2,95 100 330455705170038 170038 170038 ANN AMARELA ANNA NERY 29 0 0 0 0 0 100 330455705170039 170039 170039 ANN AMARELA ANNA NERY 536 205 205 205 214 2,65 100 330455705170040 170040 170040 ANN AMARELA ANNA NERY 621 208 207 208 209 3,11 100 330455705170041 170041 170041 ANN AMARELA ANNA NERY 541 194 194 194 194 2,97 100 330455705170042 170042 170042 ANN AZUL ALMIRANTE ARI PARREIRAS 562 192 190 192 192 3,06 100 330455705170043 170043 170043 ANN AMARELA ANNA NERY 434 157 157 157 157 3,01 100 330455705170044 170044 170044 ANN AZUL ALMIRANTE ARI PARREIRAS 426 165 169 169 169 2,72 100 330455705170049 170049 170049 ANN VERMELHA CAMBORIÚ 385 60 60 60 62 3,11 100 330455705170050 170050 170050 ANN VERMELHA CAMBORIÚ 606 142 141 142 142 3,43 100 330455705170051 170051 170051 ANN AZUL ALMIRANTE ARI PARREIRAS 519 199 199 199 199 2,7 100 330455705170052 170052 170052A ANN AZUL ALMIRANTE ARI PARREIRAS 150 58 57 58 58 2,73 50 330455705170052 170052 170052B ANN AMARELO ANNA NERY 150 57 57 57 57 2,73 50 330455705170053 170053 170053 ANN AZUL CLARO CÁCERES 552 175 172 175 175 2,89 100 330455705170054 170054 170054 ANN AZUL CLARO CÁCERES 636 234 234 234 234 3,07 100 330455705170055 170055 170055A ANN MARROM MAGALHÃES DE CASTRO 278 102 102 102 102 2,97 70 330455705170056 170056 170056 ANN VERMELHA CAMBORIÚ 600 205 206 205 206 3,35 100 330455705170069 170069 170069A ANN MARROM MAGALHÃES DE CASTRO 625 189 189 189 189 3,49 90 330455705170538 170538 170538 ANN AZUL ALMIRANTE ARI PARREIRAS 467 187 185 187 187 2,7 100 330455705170644 170644 170644 ANN AZUL CLARO CÁCERES 490 145 145 145 145 3,32 100 330455705170645 170645 170645 ANN AZUL CLARO CÁCERES 709 193 193 193 195 2,86 100 330455705340037 340037 340037A ANN VERMELHA CAMBORIÚ 521 146 145 145 179 3,32 50 330455705340041 340041 340041 ANN VERMELHA CAMBORIÚ 610 242 241 207 243 3,16 100 330455705340042 340042 340042 ANN VERMELHA CAMBORIÚ 87 34 6 27 35 2,91 100 330455705340044 340044 340044 ANN VERMELHA CAMBORIÚ 337 11 120 120 124 3,19 100 330455705340045 340045 340045 ANN VERMELHA CAMBORIÚ 187 62 60 62 65 3,38 100 330455705170070 170070 170070A ANN MARROM MAGALHÃES DE CASTRO 390 134 134 134 134 3,01 70 330455705170071 170071 170071B ANN MARROM MAGALHÃES DE CASTRO 263 66 66 66 105 2,76 50 119 ID COD SETOR COD SETOR_1 CSF EQUIPE NOME DA EQUIPE PESSOAS ALFABETIZADAS ÁGUA DE REDE GERAL REDE GERAL DE ESGOTO COLETA DE LIXO Nº DOMIC MÉDIA PESSOAS POR DOMIC SC % UTILIZADO 330455705320001 320001 320001 BS AZUL DARKE DE MATOS 420 157 158 158 158 2,81 100 330455705320002 320002 320002 BS VERMELHA FÉLIX FERREIRA 490 182 180 182 182 2,88 100 330455705320003 320003 320003 BS VERMELHA FÉLIX FERREIRA 684 266 265 266 266 2,73 100 330455705320004 320004 320004 BS VERMELHA FÉLIX FERREIRA 576 240 240 240 240 2,54 100 330455705320005 320005 320005 BS AZUL DARKE DE MATOS 756 281 275 281 281 2,88 100 330455705320006 320006 320006 BS AZUL DARKE DE MATOS 430 170 165 170 170 2,71 100 330455705320007 320007 320007 BS AZUL DARKE DE MATOS 616 217 210 218 218 3,07 100 330455705320008 320008 320008 BS AZUL DARKE DE MATOS 526 192 192 192 192 2,89 100 330455705320014 320014 320014 BS AZUL DARKE DE MATOS 487 177 177 177 177 2,91 100 330455705320015 320015 320015 BS AZUL DARKE DE MATOS 534 189 189 190 190 3,01 100 330455705320016 320016 320016 BS VERMELHA FÉLIX FERREIRA 350 137 137 137 137 2,69 100 330455705320017 320017 320017 BS VERMELHA FÉLIX FERREIRA 503 185 185 185 185 2,9 100 330455705320018 320018 320018 BS AMARELA RODOLFO GALVÃO 468 158 158 158 158 3,14 100 330455705320019 320019 320019 BS AMARELA RODOLFO GALVÃO 647 236 228 236 236 3,08 100 330455705320020 320020 320020 BS AMARELA RODOLFO GALVÃO 497 183 179 184 184 2,89 100 330455705320021 320021 320021 BS AMARELA RODOLFO GALVÃO 705 256 255 257 257 2,92 100 330455705320022 320022 320022 BS AMARELA RODOLFO GALVÃO 673 248 248 248 248 3,12 100 330455705320023 320023 320023 BS MARROM PIRES DE CARVALHO 574 210 210 210 210 2,92 100 330455705320028 320028 320028 BS AZUL CLARO DOMINGOS DE MAGALHÃES 734 236 232 236 300 2,83 100 330455705320029 320029 320029 BS AZUL CLARO DOMINGOS DE MAGALHÃES 669 237 231 237 242 2,97 100 330455705320030 320030 320030 BS MARROM PIRES DE CARVALHO 605 232 229 232 232 2,72 100 330455705320031 320031 320031 BS MARROM PIRES DE CARVALHO 276 107 106 107 107 2,76 100 330455705320032 320032 320032 BS AMARELA RODOLFO GALVÃO 324 130 128 130 130 2,63 100 330455705320033 320033 320033 BS MARROM PIRES DE CARVALHO 561 197 197 197 197 3,02 100 330455705320039 320039 320039 BS VERDE VOLTA GRANDE 706 250 248 250 250 2,97 100 330455705320041 320041 320041 BS VERDE VOLTA GRANDE 631 208 208 208 208 3,22 100 330455705320042 320042 320042 BS VERDE VOLTA GRANDE 607 239 239 239 239 2,64 100 330455705320043 320043 320043 BS VERDE VOLTA GRANDE 643 252 252 252 252 2,72 100 330455705320044 320044 320044 BS VERDE VOLTA GRANDE 564 231 231 231 231 2,57 100 330455705320045 320045 320045 BS VERDE VOLTA GRANDE 416 148 130 148 148 2,94 100 330455705320046 320046 320046 BS MARROM PIRES DE CARVALHO 658 248248 248 248 2,8 100 330455705320047 320047 320047 BS AZUL CLARO DOMINGOS DE MAGALHÃES 388 124 124 124 124 3,53 100 330455705320048 320048 320048 BS AZUL CLARO DOMINGOS DE MAGALHÃES 1025 366 366 366 368 3,32 100 330455705320163 320163 320163 BS AZUL DARKE DE MATOS 320 118 118 118 119 2,84 100 330455705320166 320166 320166 BS VERMELHA FÉLIX FERREIRA 557 196 196 196 196 2,99 100 330455705320167 320167 320167 BS VERMELHA FÉLIX FERREIRA 361 142 141 142 142 2,65 100 330455705320168 320168 320168 BS AMARELA RODOLFO GALVÃO 484 187 186 187 187 2,83 100 330455705320169 320169 320169 BS MARROM PIRES DE CARVALHO 497 192 192 192 192 2,8 100 330455705320173 320173 320173 BS VERDE VOLTA GRANDE 391 126 128 128 128 3,23 100 330455705320174 320174 320174 BS AZUL CLARO DOMINGOS DE MAGALHÃES 759 288 287 289 290 3,16 100 330455705170023 170023 170023A CECO AZUL SÃO PAULO 240 91 91 91 91 2,77 50 330455705170023 170023 170023B CECO VERMELHA CERQUEIRA LIMA 239 91 91 91 91 2,77 50 330455705170027 170027 170027 CECO AZUL SÃO PAULO 601 260 260 260 260 2,43 100 330455705170028 170028 170028 CECO VERMELHA CERQUEIRA LIMA 455 174 174 174 182 2,64 100 330455705170029 170029 170029 CECO VERMELHA CERQUEIRA LIMA 530 207 207 207 207 2,74 100 330455705170030 170030 170030 CECO VERMELHA CERQUEIRA LIMA 658 247 247 247 247 2,83 100 330455705170031 170031 170031 CECO VERMELHA CERQUEIRA LIMA 453 185 185 185 185 2,57 100 330455705170032 170032 170032 CECO VERMELHA CERQUEIRA LIMA 674 230 230 230 249 2,98 100 330455705170033 170033 170033 CECO AZUL SÃO PAULO 551 250 250 250 250 2,29 100 330455705170034 170034 170034 CECO AZUL SÃO PAULO 189 69 69 69 69 2,88 100 330455705170045 170045 170045A CECO AZUL SÃO PAULO 261 95 95 95 98 2,85 50 330455705170045 170045 170045B CECO VERMELHA CERQUEIRA LIMA 261 94 94 94 98 2,85 50 330455705170046 170046 170046 CECO AZUL SÃO PAULO 564 222 222 222 222 2,68 100 330455705170047 170047 170047 CECO VERMELHA CERQUEIRA LIMA 844 318 312 318 318 2,77 100 330455705170048 170048 170048 CECO VERMELHA CERQUEIRA LIMA 0 0 0 0 0 0 100 330455705170061 170061 170061A CECO AZUL SÃO PAULO 448 125 125 126 141 3,48 50 330455705170061 170061 170061B CECO AMARELA ALZIRA VALDETARO 448 125 125 125 140 3,48 50 330455705170062 170062 170062A CECO AZUL SÃO PAULO 199 68 63 66 72 3,15 50 330455705170062 170062 170062B CECO AMARELA ALZIRA VALDETARO 200 67 63 66 72 3,15 50 330455705170063 170063 170063 CECO AZUL SÃO PAULO 600 219 219 219 219 2,96 100 330455705170072 170072 170072 CECO AMARELA ALZIRA VALDETARO 248 84 80 84 84 3,27 100 330455705170073 170073 170073 CECO AMARELA ALZIRA VALDETARO 771 226 0 226 227 3,84 100 330455705170074 170074 170074 CECO AMARELA ALZIRA VALDETARO 530 140 130 140 140 4,41 100 330455705170075 170075 170075A CECO MARROM BELA VISTA 210 84 84 84 84 2,75 70 330455705170083 170083 170083A CECO MARROM BELA VISTA 272 106 106 106 101 2,86 50 330455705170083 170083 170083B CECO VERDE MAMOEL MIRANDA 272 106 106 106 100 2,86 50 330455705170084 170084 170084 CECO VERDE MAMOEL MIRANDA 498 131 131 131 191 2,75 100 330455705170085 170085 170085 CECO VERDE MAMOEL MIRANDA 361 210 210 210 124 3,06 100 330455705170086 170086 170086 CECO AZUL SÃO PAULO 689 109 109 109 281 2,61 100 330455705170098 170098 170098 CECO AZUL SÃO PAULO 728 284 283 284 284 2,73 100 330455705170099 170099 170099 CECO AMARELA ALZIRA VALDETARO 1056 307 308 309 310 3,57 100 330455705170100 170100 170100 CECO VERDE MAMOEL MIRANDA 680 272 272 272 273 2,68 100 330455705170101 170101 170101 CECO MARROM BELA VISTA 819 293 287 293 294 2,96 100 330455705170102 170102 170102 CECO MARROM BELA VISTA 458 174 174 174 174 2,79 100 330455705170103 170103 170103A CECO VERDE MAMOEL MIRANDA 586 215 215 215 216 2,88 70 330455705170103 170103 170103B CECO MARROM BELA VISTA 252 91 91 91 91 2,88 30 330455705170104 170104 170104 CECO MARROM BELA VISTA 405 139 139 139 139 3,28 100 120 ID COD SETOR COD SETOR_1 CSF EQUIPE NOME DA EQUIPE PESSOAS ALFABETIZADAS ÁGUA DE REDE GERAL REDE GERAL DE ESGOTO COLETA DE LIXO Nº DOMIC MÉDIA PESSOAS POR DOMIC SC % UTILIZADO 330455705170105 170105 170105 CECO VERDE MAMOEL MIRANDA 1161 420 421 420 421 3,43 100 330455705170106 170106 170106 CECO MARROM BELA VISTA 640 186 188 188 188 3,87 100 330455705170112 170112 170112 CECO MARROM BELA VISTA 457 160 160 160 160 3,08 100 330455705170130 170130 170130 CECO MARROM BELA VISTA 765 347 347 347 347 2,27 100 330455705170536 170536 170536 CECO VERMELHA CERQUEIRA LIMA 405 161 161 161 167 2,66 100 330455705170537 170537 170537 CECO AZUL SÃO PAULO 232 85 86 86 87 2,86 100 330455705170539 170539 170539A CECO AZUL SÃO PAULO 305 116 116 116 118 2,77 50 330455705170539 170539 170539B CECO AMARELA ALZIRA VALDETARO 304 115 115 115 117 2,77 50 330455705170542 170542 170542 CECO AMARELA ALZIRA VALDETARO 121 46 46 46 46 2,87 100 330455705170543 170543 170543 CECO VERDE MAMOEL MIRANDA 119 48 48 48 48 2,54 100 330455705170544 170544 170544 CECO MARROM BELA VISTA 275 102 102 102 102 2,89 100 330455705170545 170545 170545 CECO VERDE MAMOEL MIRANDA 556 200 198 200 201 3,25 100 330455705170546 170546 170546 CECO AMARELA ALZIRA VALDETARO 355 101 97 95 101 4,41 100 330455705170547 170547 170547 CECO AMARELA ALZIRA VALDETARO 612 196 196 196 196 3,74 100 330455705170636 170636 170636 CECO AMARELA ALZIRA VALDETARO 0 0 0 0 0 0 100 330455705170637 170637 170637 CECO VERDE MAMOEL MIRANDA 0 0 0 0 0 0 100 330455705170512 170512 170512 EACF AMARELA MAJOR ADERBAL COSTA 883 300 300 300 300 3,2 100 330455705170513 170513 170513 EACF AMARELA MAJOR ADERBAL COSTA 925 346 274 346 346 2,92 100 330455705170514 170514 170514 EACF AMARELA MAJOR ADERBAL COSTA 532 207 181 207 207 2,77 100 330455705170515 170515 170515 EACF AMARELA MAJOR ADERBAL COSTA 757 271 269 272 272 2,96 100 330455705170516 170516 170516 EACF AMARELA MAJOR ADERBAL COSTA 640 250 198 250 254 2,69 100 330455705170517 170517 170517 EACF VERMELHA CRISTÓVÃO COLOMBO 684 257 256 257 257 2,77 100 330455705170518 170518 170518 EACF VERMELHA CRISTÓVÃO COLOMBO 618 234 234 234 234 2,73 100 330455705170519 170519 170519 EACF VERMELHA CRISTÓVÃO COLOMBO 485 205 206 206 206 2,5 100 330455705170520 170520 170520 EACF VERMELHA CRISTÓVÃO COLOMBO 897 316 316 316 316 2,95 100 330455705320056 320056 320056 EACF MARROM ENGENHO 1 751 284 274 283 287 2,89 100 330455705320057 320057 320057 EACF MARROM ENGENHO 2 576 241 229 241 241 2,61 100 330455705320058 320058 320058 EACF MARROM ENGENHO 3 292 114 112 116 116 2,86 100 330455705320059 320059 320059 EACF MARROM ENGENHO 4 613 204 188 200 226 3,04 100 330455705320185 320185 320185 EACF AZUL ÁGUIA DE OURO 657 257 0 3 258 3,1 100 330455705320186 320186 320186 EACF AZUL ÁGUIA DE OURO 715 191 102 2 241 3,41 100 330455705320087 320087 320087 EACF AZUL ÁGUIA DE OURO 446 176 176 176 176 2,69 100 330455705320089 320089 320089 EACF AZUL ÁGUIA DE OURO 573 265 257 267 267 2,3 100 330455705320090 320090 320090 EACF AZUL ÁGUIA DE OURO 1084 357 356 357 357 3,3 100 330455705320091 320091 320091 EACF AZUL ÁGUIA DE OURO 429 158 154 158 158 2,97 100 330455705320092 320092 320092 EACF VERDE MARIO BAHIA 639 255 253 258 258 2,69 100 330455705320093 320093 320093 EACF VERDE MARIO BAHIA 632 260 261 261 261 2,63 100 330455705320094 320094 320094 EACF VERDE MARIO BAHIA 542 230 230 230 230 2,46 100 330455705320095 320095 320095 EACF VERDE MARIO BAHIA 618 246 246 246 246 2,63 100 330455705320096 320096 320096 EACF VERDE MARIO BAHIA 678 225 215 225 225 3,18 100 330455705320097 320097 320097 EACF VERMELHA CRISTÓVÃO COLOMBO 679 260 260 260 260 2,78 100 330455705320098 320098 320098 EACF VERMELHA CRISTÓVÃO COLOMBO 576 229 229 229 229 2,62 100 330455705320099 320099 320099 EACF VERDE MARIO BAHIA 623 243 234 243 243 2,84 100 330455705320128 320128 320128A EACF MARROM ENGENHO 5 244 86 68 86 86 3,26 50 330455705320175 320175 320175 EACF MARROM ENGENHO 6 854 287 286 287 287 3,27 100 330455705190005 190005 190005HS VERDE MARACÁ 0 0 0 0 0 0 0 330455705190036 190036 190036 HS AZUL PEREIRA PINTO 604 0 0 0 224 3,21 100 330455705190037 190037 190037 HS AZUL PEREIRA PINTO 657 0 0 0 230 3,48 100 330455705190038 190038 190038 HS AZUL PEREIRA PINTO 918 343 322 343 346 3,02 100 330455705190039 190039 190039 HS AZUL PEREIRA PINTO 684 264 263 254 264 3,13 100 330455705190040 190040 190040 HS AZUL PEREIRA PINTO 290 121 121 109 121 3,32 100 330455705190041 190041 190041 HS VERMELHA SILVA VALE 63 23 24 20 24 3,13 100 330455705190042 190042 190042 HS AZUL PEREIRA PINTO 154 56 56 56 56 3,36 30 330455705190306 190306 190306 HS VERDE MARACÁ 0 0 0 0 0 0 100 330455705190307 190307 190307 HS VERMELHA SILVA VALE 0 0 0 0 0 0 0 330455705320105 320105 320105 HS MARROM ENGENHO 577 224 224 224 224 2,71 100 330455705320106 320106 320106 HS AMARELA MARTIN LUTHER KING 643 240 240 240 240 2,89 100 330455705320107 320107 320107 HS AMARELA MARTIN LUTHER KING 890 323 316 323 323 3,02 100 330455705320127 320127 320127 HS MARROM ENGENHO 469 166 161 166 166 2,97 100 330455705320131 320131 320131 HS VERMELHA SILVA VALE 1271 423 406 435 435 3,3 100 330455705320132 320132 320132 HS VERMELHA SILVA VALE 1021 336 336 338 338 3,54 100 330455705320133 320133 320133 HS VERMELHA SILVA VALE 577 217 217 217 217 2,81 100 330455705320134 320134 320134 HS AZUL PEREIRA PINTO 728 270 271 271 271 2,94 100 330455705320135 320135 320135 HS VERMELHA SILVA VALE 637 210 190 218 221 3,29 100 330455705320136 320136 320136 HS VERDE MARACÁ 465 170 170 170 170 3,03 100 330455705320137 320137 320137 HS VERDE MARACÁ 792 315 315 315 315 2,66 100 330455705320138 320138 320138 HS AMARELA MARTIN LUTHER KING 683 286 284 286 286 2,6 100 330455705320139 320139 320139 HS MARROM ENGENHO 716 309 308 309 309 2,61 100 330455705320140 320140 320140 HS MARROM ENGENHO 755 271 271 271 271 3,06 100 330455705320141 320141 320141 HS MARROM ENGENHO 460 188 188 188 188 2,81 100 330455705320142 320142 320142 HS MARROM ENGENHO 563 240 239 240 240 2,61 100 330455705320143 320143 320143 HS MARROM ENGENHO 507 189 189 189 189 2,93 100 330455705320156 320156 320156 HS VERDE MARACÁ 805 272 267 272 272 3,1 100 330455705320157 320157 320157 HS AMARELA MARTIN LUTHER KING 496 186 186 186 186 2,87 100 330455705320158 320158 320158 HS VERMELHA SILVA VALE 664 204 203 194 207 3,96 100 330455705320159 320159 320159 HS AMARELA MARTIN LUTHER KING 588 223 215 223 224 2,8 100 121 ID COD SETOR COD SETOR_1 CSF EQUIPE NOME DA EQUIPE PESSOAS ALFABETIZADAS ÁGUA DE REDE GERAL REDE GERAL DE ESGOTO COLETA DE LIXO Nº DOMIC MÉDIA PESSOAS POR DOMIC SC % UTILIZADO 330455705320160 320160 320160 HS AMARELA MARTIN LUTHER KING 589 215 117 213 215 2,87 100 330455705320161 320161 320161 HS AMARELA MARTIN LUTHER KING 570 215 215 216 216 2,79 100 330455705320162 320162 320162 HS AMARELA MARTIN LUTHER KING 748 268 268 268 268 2,96 100 330455705320197 320197 320197 HS VERDE MARACÁ 834 323 13 323 323 3,11 100 330455705320198 320198 320198 HS VERDE MARACÁ 452 143 1 3 147 3,84 100 330455705320205 320205 320205 HS VERDE MARACÁ 0 0 0 0 0 0 100 330455705320206 320206 320206 HS VERMELHA SILVA VALE 0 0 0 0 0 0 100 330455705170055 170055 170055B IS VERMELHA DOIS DE MAIO 119 44 44 44 44 2,97 0 330455705170069 170069 170069B IS AZUL POLÔNIA 70 21 21 21 21 3,49 10 330455705170057 170057 170057 IS VERMELHA DOIS DE MAIO 468 168 139 164 170 3,35 100 330455705170058 170058 170058 IS VERMELHA DOIS DE MAIO 677 232 232 232 234 3,06 100 330455705170059 170059 170059 IS VERMELHA DOIS DE MAIO 664 231 228 231 231 3,15 100 330455705170060 170060 170060A IS AMARELA ENGENHO 312 106 105 106 106 3,18 60 330455705170060 170060 170060B IS VERMELHA DOIS DE MAIO 209 70 70 70 70 3,18 40 330455705170064 170064 170064 IS AZUL POLÔNIA 545 138 138 139 206 3,03 100 330455705170065 170065 170065 IS AZUL POLÔNIA 446 152 152 152 161 2,96 100 330455705170066 170066 170066A IS AZUL POLÔNIA 533 195 195 195 195 3 70 330455705170066 170066 170066B IS VERMELHA DOIS DE MAIO 229 83 83 83 83 3 30 330455705170067 170067 170067 IS AZUL POLÔNIA 1215 334 334 335 336 4,23 100 330455705170068 170068 170068 IS AZUL POLÔNIA 905 309 309 311 311 3,58 100 330455705170070 170070 170070B IS AZUL POLÔNIA 168 58 58 58 58 3,01 30 330455705170071 170071 170071A IS AZUL POLÔNIA 262 65 65 65 105 2,76 50 330455705170087 170087 170087 IS VERDE CÉU AZUL 594 160 160 160 230 2,77 100 330455705170088 170088 170088 IS VERDE CÉU AZUL 685 254 254 254 259 2,81 100 330455705170089 170089 170089 IS VERDE CÉU AZUL 790 196 196 196 315 2,67 100 330455705170090 170090 170090 IS VERDE CÉU AZUL 735 198 198 198 264 2,97 100 330455705170091 170091 170091 IS AMARELA ENGENHO 609 191 190 191 233 2,81 100 330455705170092 170092 170092 IS AMARELA ENGENHO 752 124 122 124 262 3,1 100 330455705170093 170093 170093 IS VERMELHA DOIS DE MAIO 652 279 279 279 258 2,67 100 330455705170095 170095 170095B IS AZUL POLÔNIA 75 78 78 75 89 3,2 30 330455705170094 170094 170094 IS VERMELHA DOIS DE MAIO 215 229 229 229 76 3,49 100 330455705170095 170095 170095A IS vermelhA POLÔNIA 176 181 181 176 89 3,2 70 330455705170096 170096 170096 IS AZUL POLÔNIA 446 314 314 314 181 2,6 100 330455705170097 170097 170097 IS VERDE CÉU AZUL 1067 264 263 264 338 3,58 100 330455705170196 170196 170196 IS VERDE CÉU AZUL 757 318 311 318 318 2,53 100 330455705170321 170321 170321 IS AMARELA ENGENHO 783 286 282 287 287 2,84 100 330455705170322 170322 170322 IS AMARELA ENGENHO 790 276 276 276 276 3,01 100 330455705170323 170323 170323 IS AMARELA ENGENHO 927 378 379 379 379 2,56 100 330455705170324 170324 170324 IS AMARELA ENGENHO 491 176 176 176 176 2,99 100 330455705170325 170325 170325 IS AMARELA ENGENHO 491 166 165 166 179 2,92 100 330455705170327 170327 170327 IS VERDE CÉU AZUL 567 224 224 224 224 2,67 100 330455705170541 170541 170541 IS VERDE CÉU AZUL 55 22 22 21 22 2,86 100 330455705170593 170593 170593 IS AMARELA ENGENHO 596 232 229 238 238 2,75 100 330455705170634 170634 170634 IS VERMELHA DOIS DE MAIO 572 184 166 183 185 3,45 100 330455705170633 170633 170633 IS VERMELHA DOIS DE MAIO 119 0 107 0 137 2,58 100 330455705170288 170288 170288 SNA MARROM VASCO DA GAMA 559 177 177 177 177 3,23 100 330455705170289 170289 170289 SNA MARROM VASCO DA GAMA 602 253 255 255 255 2,5 100 330455705170290 170290 170290 SNA MARROM VASCO DA GAMA 406 155 155 155 155 2,7 100 330455705170291 170291 170291 SNA MARROM VASCO DA GAMA 348 144 144 144 144 2,54 100 330455705170292 170292 170292 SNA MARROM VASCO DA GAMA 779 313 313 313 313 2,61 100 330455705170293 170293 170293 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 576 242 242 242 242 2,5 100 330455705170294 170294 170294 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 303 122 122 122 122 2,63 100 330455705170295 170295 170295 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 489 175 175 175 175 2,94 100 330455705170296 170296 170296 SNA VERDE MANET 709 246 244 246 246 3,09 100 330455705170297 170297 170297 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 473 178 178 178 178 2,82 100 330455705170299 170299 170299 SNA VERDE MANET 921 351 351 351 351 2,8 100 330455705170362 170362 170362 SNA MARROM VASCO DA GAMA 377 127 127 127 127 3,25 100 330455705170577 170577 170577 SNA MARROM VASCO DA GAMA 403 156 156 156 156 2,71 100 330455705170585 170585 170585 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 408 166 165 166 166 2,52 100 330455705170586 170586 170586 SNA MARROM VASCO DA GAMA 422 178 178 178 178 2,45 100 330455705170587 170587 170587 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 325 120 119 120 120 2,88 100 330455705170588 170588 170588 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 575 214 214 214 214 2,74 100 330455705170589 170589 170589 SNA AZUL CHAVES PINHEIRO 241 88 88 88 88 2,89 100 330455705170590 170590 170590 SNA VERDE MANET 596 226 226 226 226 2,88 100 330455705170627 170627 170627 SNA MARROM VASCO DA GAMA 0 0 0 0 0 0 100 330455705170628 170628 170628 SNA MARROM VASCO DA GAMA 46 19 19 19 19 2,53 100 330455705170629 170629 170629 SNA MARROM VASCO DA GAMA 12 0 0 0 4 3,25 100 330455705170630170630 170630 SNA MARROM VASCO DA GAMA 39 18 18 18 18 2,28 100 330455705320027 320027 320027 SNA VERMELHA LUIZA DO VALE 653 247 243 247 247 2,81 100 330455705320035 320035 320035 SNA VERMELHA LUIZA DO VALE 907 330 330 330 330 2,9 100 330455705320036 320036 320036 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 361 131 130 131 131 2,93 100 330455705320037 320037 320037 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 156 24 5 61 61 3,03 100 330455705320038 320038 320038 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 710 240 238 240 240 3,36 100 330455705320049 320049 320049 SNA VERMELHA LUIZA DO VALE 680 255 254 255 255 2,82 100 330455705320050 320050 320050 SNA VERMELHA LUIZA DO VALE 738 288 289 289 289 2,76 100 330455705320051 320051 320051 SNA VERMELHA LUIZA DO VALE 587 225 225 225 225 2,78 100 330455705320052 320052 320052 SNA VERDE MANET 702 244 244 244 244 3,02 100 330455705320053 320053 320053 SNA VERDE MANET 645 221 221 221 221 3,03 100 330455705320088 320088 320088 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 642 223 223 223 223 3,43 100 330455705320170 320170 320170 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 823 265 265 265 273 3,12 100 330455705320171 320171 320171 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 157 54 54 54 54 3,24 100 330455705320172 320172 320172 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 39 13 13 13 18 2,5 100 330455705320201 320201 320201 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 336 140 139 140 140 3,19 100 330455705320202 320202 320202 SNA AMARELA CONFEDERAÇÃO SUIÇA 490 167 165 167 167 3,37 100 122 APÊNDICE 2 – CONSOLIDADO DOS DADOS DOS SETORES CENSITÁRIOS POR CSF CSF TOTAL SC *SC ALT NºEQ MÉDIA HAB/ SC CENSO 2000 CENSO 2010 CADASTROS DIV VETORES % CADASTROS (28/01/12) ÍNDICE CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO POP/ DOM Nº DOMIC %H %M MENOR 5A MAIOR 60A ALF % ÁGUA ENC % ESGOTO % LIXO COL HS 38 3 5 617 23047 23.446 19925 24501 85 1,7 3 7726 46,5 53,5 6,7 12,7 89 93,6 85,3 91,6 IS 38 7 4 567 20777 21.550 14810 25116 68,7 3,3 2,9 7346 46,6 53,4 5,3 13,5 92 94,4 94,9 94,3 ANN 37 6 6 512 19935 18.965 17873 20355 94 -4,9 3,2 5971 44,6 55,4 6,1 13,8 89,2 96 96 96,0 EACF 29 1 5 684 20656 20.208 18610 24621 92 -2,2 2,9 7044 45,4 54,6 5,3 17,3 92,3 98,7 90,3 92,5 CECO 53 8 5 485 26507 25.738 18610 29567 72,3 -3 3 8623 45,1 54,9 5,5 15,5 91,5 93,3 94,3 97,3 ADS 38 2 7 647 23927 24.592 17873 26642 72,7 2,7 3,2 7593 47,7 52,3 7,1 9,7 87,5 98,2 94,6 90,7 BS 40 0 6 598 24828 23.928 15140 23516 63,3 -3,6 2,9 8219 45,8 54,2 4,8 18,2 92,4 99 98,2 99,1 SNA 39 1 5 501 17835 19.569 **3433 22652 17,5 8,9 2,9 6792 45,3 54,7 4,7 18,5 93,2 98 98 98,0 TOTAL 312 28 43 576 177512 177.996 122841 196970 69 0,3 3 52522 45,9 54,1 5,7 14,9 90,9 96,4 94,0 94,9 NOTA: * Alguns setores alterados foram aqui computados por duas ou mais vezes por pertencerem a mais de uma equipe ou CSF.Isoladamente foram 23 setores alterados. ** A CSF inaugurou em 20 de dezembro e ainda está em fase de cadastramento. 123 ANEXO I – INDICADORES DE SAÚDE POR ÁREA PROGRAMÁTICA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO EM 2010 - DADOS PARCIAIS SUJEITOS A REVISÃO