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Lesão Medular Traumática – Traumatismo raquimedular Prof Lívia Costa Lesão Medular Traumática A incidência mundial estimada de lesão medular está entre 11 e 53 casos por milhões de habitantes, sendo que, nos Estados Unidos, são aproximadamente 11 mil novos casos de TRM por ano, com 200 mil sobreviventes no país. O traumatismo raquimedular é um evento dramático que provoca alterações profundas na vida dos pacientes. As consequências de uma lesão na medula são vistas pela equipe de saúde, na maioria das vezes, como inexoráveis Lesão Medular Traumática – Traumatismo raquimedular As causas mais frequentes de TRM incluem: acidentes automobilísticos; acidentes relacionados a esportes (mergulho); quedas; violência (armas de fogo e arma branca) Lesão Medular Traumática Classificação (considerando-se o nível onde ocorre a lesão): Cervical Torácico Lombar Cone medular Cauda equina O TRM constitui o conjunto de alterações decorrentes de lesões sobre a coluna vertebral e nos elementos nervosos nela contidos Lesão Medular Traumática Arican Spinal Injury Association – ASIA : classificação neurológica da lesão medular Lesão completa Lesão incompleta Nível neurológico da lesão medular : segmento inferior da medula espinhal no qual a função motora e sensorial é NORMAL em ambos os lados do corpo. Zona de preservação parcial (ZPP) – segmento mais caudal com função alterada, ou seja, com alguma inervação AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO - ASIA ASIA- Escala de Classificação Neurológica da Lesão Medular ➢Avaliação sensitiva ➢Toque fino; ➢Toque doloroso; ➢Uso dos dermátomos; ➢Reflexos: ➢Biciptal; ➢Triciptal; ➢Estilorradial; ➢patelar; ➢Aquileu AVALIAÇÃO – ASIA ASIA- Escala de Classificação Neurológica da Lesão Medular ➢Função motora ➢Músculos chaves ➢Pontos onde não há miótomos chaves presume- se que o nível motor seja o mesmo do sensitivo, se a função motora testada acima deste nível é normal. Fonte : Como aplicar a escala da Asia? – Rogério Souza AVALIAÇÃO - ASIA ASIA- Escala de Classificação Neurológica da Lesão Medular ➢ achados do exame neurológico para classificar os tipos de lesão dentro de cinco categorias: A = Lesão Completa. Não existe função motora e sensitiva nos segmentos medulares abaixo da lesão, incluindo os segmentos sacrais; B = Lesão Incompleta. Sensibilidade (total ou parcialmente) preservada com extensão através dos segmentos sacrais S4-S5, sem função motora abaixo do nível neurológico; C = Lesão Incompleta. Função motora preservada abaixo do nível da lesão com a maior parte dos músculos-chave abaixo do nível neurológico apresentando um grau de força muscular menor que 3; D = Lesão Incompleta. Função motora preservada abaixo do nível da lesão com a maior parte dos músculos-chave abaixo do nível neurológico apresentando um grau de força muscular maior ou igual a 3; E = Função Normal. Função motora e sensitiva normais 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Lesão Medular Traumática Lesão Medular Traumática Lesão Medular Traumática Mecanismos de lesão: LESÃO DIRETA: a injúria na medula espinhal é consequência da ação direta do agente lesivo sobre a coluna, seja em ferimentos fechados (fraturas ou luxações) ou abertos (lesão por projétil de arma de fogo). LESÃO INDIRETA: A lesão indireta decorre da ação indireta do agente sobre a coluna vertebral, como na aceleração ou na desaceleração súbitas, determinando flexão ou extensão anormais e, ocasionalmente, tração, compressão ou rotação. Geralmente, a lesão indireta ocorre como consequência de colisão automobilística, esportes aquáticos ou mesmo em manobras obstétricas. Lesão Medular Traumática O comprometimento ou a perda da função motora e sensorial nos segmentos torácicos, lombares e sacrais da coluna vertebral, com preservação da função dos membros superiores e comprometimento do tronco, membros inferiores e órgãos pélvicos, é denominado A) paraplegia. B) tetraplegia. C) nível motor. D) nível sensitivo. Lesão Medular Traumática O que é o nível neurológico da lesão ? O que é ZPP da lesão? Quanto ao potencial de funcionalidade por nível de lesão, o indivíduo que deve receber treinamento avançado de cadeira de rodas para que possa passar por superfícies desniveladas, terrenos acidentados, rampas e calçadas, bem como fazer transferências do chão para a cadeira de rodas é classificado como? A)C1 a C3. B)L4 a L5. C)S1 a S5. D)T1 a L1 PACIENTE, 29 ANOS, SOFREU UM ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO E FOI FEITO O DIAGNÓSTICO CLÍNICO DE LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA COM NÍVEL NEUROLÓGICO EM T10. NA AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ATRAVÉS DA AVALIAÇÃO PADRONIZADA PARA LESÃO MEDULAR FOI CLASSIFICADO COMO C. 1) QUAL O NOME DA AVALIAÇÃO ? 2) NO TESTE QUAIS OS RESULTADOS FORAM ENCONTRADOS NO MIÓTOMO E DERMÁTOMO ABAUDO DE T10? Lesão Medular Traumática – Traumatismo raquimedular Fisiopatologia da lesão Origem primária : interrupção, distração ou transecção dos elementos neurais Origem secundária: alterações bioquímicas e patológicas no tecido neural A lesão neuronal no TRM é, provavelmente, consequência dos dois tipos de injúria. A primeira é a injúria mecânica direta causada pelo impacto, e a segunda é resultado de processos químicos e vasculares que têm início após o impacto inicial. Lesão Medular Traumática – Traumatismo raquimedular Fase de choque medular Fase aguda da lesão medular Medula seccionada e com lesão transversal Segmentos abaixo da lesão permanecem íntegros, porém se encontram desconectados dos centros superiores, inativos, reflexos medulares ausentes . - Paralisia flácida - Arreflexia - Anestesia abaixo da lesão Lesão Medular Traumática – Traumatismo raquimedular Características clínicas Complicações respiratórias : morbidade e mortalidade Paralisia dos músculos respiratórios ➢ Classificação de acordo com os níveis funcionais : ➢ Pentaplegia = lesões cervicais altas em C1 = paralisia dos pares cranianos baixos e dos músculos acessórios, perda motora e sensorial nos membros superiores e inferiores ➢ Tetraplegia respiratória = nível funcional em C2/C3, mantendo sensibilidade da face e dos pescoço intacta e o controle dos músculos ECOM, trapézio e dos acessórios normal. Perda de inervação diafragmática = suporte ventilatório Lesão Medular Traumática – Traumatismo raquimedular Grau de acometimento da função motora = diretamente relacionado ao nível da lesão medular. A lesão medular pode ser considerada: ■ completa – há secção completa da medula e, abaixo do nível de lesão, ocorre perda da função motora e sensitiva até os níveis sacrais; ■ incompleta – existe preservação parcial da função motora ou sensitiva abaixo do nível de lesão, incluindo os níveis medulares S4-S5. Lesão Medular Traumática – Traumatismo raquimedular Classificação de acordo com a apresentação clínica : Síndrome central da medula: caracterizada pela desproporção entre o acometimento da função motora de membros superiores e o acometimento dos membros inferiores (que são menos acometidos), bem como disfunção da bexiga, apresentando, em geral, retenção urinária e níveis variados de perda sensitiva abaixo do nível da lesão. Síndrome de Brown-Sequard: representa a perda da função motora e proprioceptiva ipsilateral e a perda da sensibilidade à dor e à temperatura contralateral abaixo do nível de lesão, ocorrendo em função da hemissecção da medula. Ocorre em 1-4% dos TRM Lesão Medular Traumática – Traumatismo raquimedular Síndrome medular anterior: afeta os dois terços anteriores da medula espinhal, enquanto preserva a coluna posterior. Caracteriza-se pela paralisia total com alteração da sensibilidade dolorosa abaixo do nível de lesão epreservação da sensibilidade vibratória e tátil. Está associada a lesões em flexão, com insuficiência vascular devida à oclusão da artéria espinhal anterior ou com lesão direta pelo fragmento ósseo ou compressão do disco. Sua incidência está em torno de 2,7% dos TRM Síndrome do cone medular: resulta da lesão da medula sacral e das raízes nervosas lombares dentro do canal medular. Apresenta uma combinação de sinais de neurônio motor superior e inferior, que incluem anestesia em sela, arreflexia da bexiga e do intestino e graus variados de fraqueza de membros inferiores. Síndrome da cauda equina: não é considerada uma injúria verdadeira da medula espinhal; é uma lesão das raízes nervosas lombossacras no canal medular. Clinicamente, apresenta semelhanças com a síndrome do cone medular, com paralisia flácida da bexiga e intestino; porém, é considerada uma lesão de neurônio motor inferior, com ausência de sinais de neurônio motor superior, e caracterizada pela paraparesia flácida da musculatura de membros inferiores. Função respiratória : São complicações pulmonares mais comuns: ■ atelectasia (36,4%); ■ pneumonia (31,4%); ■ falência ventilatória (22,6%) Níveis medulares e músculos da respiração Lesão Medular Traumática – Traumatismo raquimedular Tetraplégicos = redução marcante da capacidade vital (CV) em seus dois componentes: ■ capacidade inspiratória, em razão da diminuição da força dos músculos inspiratórios e da redução da distensibilidade dos pulmões e do gradil costal; ■ volume de reserva expiratório (VRE), em função da paralisia dos músculos expiratórios A efetividade da tosse e da capacidade de expectoração = reduzida em função do comprometimento dos músculos expiratórios. Lesão Medular Traumática – Traumatismo raquimedular Qual a importância de o fisioterapeuta monitorar diariamente o nível neurológico e os segmentos abaixo parcialmente inervados no paciente com lesão medular durante a fase de choque medular? Em pacientes com lesão medular, o nível motor é determinado : A) Por meio da avaliação clínica da sensibilidade dos dermátomos B) Pelo retorno do reflexo anal C) Pela avaliação da espasticidade D) Pela avaliação do teste de força muscular manual Lesão Medular Traumática – Traumatismo raquimedular Paciente do sexo masculino, 43 anos, sofreu trauma raquimedular por mergulho em água rasa. A avaliação da ASIA, realizada na admissão à UTI, mostrou um NN em C5 com ZPP até C6. Qual a função que esse paciente poderá recuperar no futuro com uma abordagem baseada na recuperação de função realizada por músculos da ZPP desde a fase aguda? Com relação às lesões medulares completas ocorridas a nível torácico, é correto afirmar que A) o paciente apresentará disfunção motora nos membros inferiores, anestesia abaixo do nível de lesão, atrofia muscular, arreflexia e hipotonia. B) o paciente apresentará paraplegia espástica, com distúrbios esfincterianos e sensitivos associados abaixo do nível de lesão. C) o paciente apresentará paraplegia com risco de vida acentuado devido ao comprometimento do músculo diafragma. D) o paciente apresentará deficiência respiratória, tetraplegia, anestesia abaixo do nível de lesão e alterações do tônus muscular Segundo a classificação da ASIA, a que grau de acometimento corresponde o paciente que apresenta alguma função sensitiva abaixo do nível neurológico, incluindo S4-S5, mas não possui função motora? A) A – lesão completa. B) B – lesão incompleta. C) C – lesão incompleta. D) D – lesão incompleta. Lesão medular – Bexiga neurogênica e disrreflexia autonômica BEXIGA NEUROGÊNICA O que é: disfunção de origem neurológica provocada por uma patologia do sistema nervoso central ou periférico, onde possui alterações no músculo da bexiga (detrusor ou enfíncter externo). Pode ser hipoativa (incapaz de se contrair, não esvaziando adequadamente) ou hiperativa (esvaziando por reflexos incontroláveis). Os distúrbios vesicais levam a importantes complicações na saúde dos pacientes acometidos. LESÃO MEDULAR AGUDA O efeito sobre a bexiga depende; 1. da extensão do tempo decorrido após a lesão 2. nível de lesão 3. grau de dano medular Período de choque medular (início do quadro): ocorre paralisia da bexiga, os reflexos e a ação muscular estão abolidos desenvolvendo retenção aguda. Lesão medular Formas de esvaziamento 1. cateterismo vesical: - intermitente (mais utilizado pois permite a distenção da bexiga, levando a um estímulo fisiológico para a micção emitindo impulsos apropriados para o núcleo espinhal de controle vesical, promovendo o retorno da atividade do detrusor. - de demora (leva a infecções urinárias) 2. drenagem suprapúbica 3. hiperdistensão terapêutica 4. estimulação elétrica BEXIGA AUTOMÁTICA (REFLEXA) Lesões transversas (incompletas) acima de T10 – T11 Quando o tônus do músculo detrusor retorna, ele se contrai em resposta a um certo grau de pressão de enchimento. A capacidade restaurada do esfíncter é superada e a micção ocorre. A ação detrusora reflexa pode ser desencadeada para promover o esvaziamento por: Percussão Massagem ou toques rítmicos sobre a parede abdominal acima da sínfise púbica Estimulação de pontos gatilhos (trigger pointes). Ex: percussão na região interna da coxa ou tração do pelo pubiano. BEXIGA NÃO REFLEXA Lesões longitudinais (completas) e ocorre quando a ação reflexa do músculo detrusor é interrompida. 1. Músculos abdominais inervados: o paciente pode elevar a pressão intra- abdominal por meio de tensão da parede, quando a pressão nos rins é a mesma da bexiga urinária. Desvantagem: alta pressão sobre o reto. 2. Músculos abdominais não inervados: fonte externa de pressão. Desvantagem: a pressão da bexiga é elevada acima da pressão nos rins. Esvaziamento: o paciente posiciona o punho cerrado acima da sínfise púbica e empurra para dentro e para baixo, inclinando-se para a frente enquanto executa os movimentos. A pressão é mantida até que o fluxo de urina cesse. DISRREFLEXIA AUTONÔMICA É um reflexo vascular que ocorre em resposta a um estímulo da bexiga, do intestino ou outro órgão inerno, abaixo do nível de lesão em pacientes com lesões acima dos níveis T6-T8. Sinais: excesso de exsudação da cabeça, pescoço e nos ombros; elevação brusca da PA; lentificação do pulso; e cefaléia pulsátil. Causa mais comum: hiperestensão da bexiga causada por sonda bloqueada. Outras: Espasmos; mudanças súbitas de posição; estiramento da cápsula articular do quadril por flexão passiva ou qualquer outro tipo de estímulo nociceptivo. Conseqüências mais graves: AVE, quadro convulsivo e morte. Procedimento: inclinar o corpo com a cabeça ereta reduzindo a pressão arterial até ser instituida a medicação (antihipertensivos). TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DO PACIENTE LESADO MEDULAR Avaliação da Incapacidade e Níveis funcionais ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA (AVD) Alimentação Vestuário (vestir e despir o tronco superior e membros superiores; vestir e despir o tronco inferior e membros inferiores) Complementos de vestuário (abotoar, abrir e fechar zíperes, colchetes, etc.) Higiene alimentar (lavar as mãos e rosto, escovar os dentes, pentear os cabelos, barbear-se) Higiene básica (banho completo) Avaliação da Incapacidade e Níveis funcionais ATIVIDADES DE VIDA PRÁTICA (AVP) Escrita (manuscrito, datilografia, uso de computador) Transferências (deslocar-se de um lugar para outro - ex: da cama para a cadeira de rodas ou desta para o carro) Mudanças de posição ou de postura (mudar de decúbito, deitar, rolar, sentar, etc. Manejo da cadeira de rodas (no plano, descer/subir rampas e escadas) Ortostatismo Dirigir um carro adaptado (uso do comando para os membros superiores) Marcha (funcional= domiciliar e social/comunitária ou fisiológica = terapêutica) CLASSIFICAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DEPENDENTE (D): quando a atividade não pode ser desenvolvida pelo paciente sem auxílio. INDEPENDENTE (I): quando o paciente realiza a atividade sem auxílio. SEMI-INDEPENDENTE (SI): quando o paciente necessita de auxílio de terceiros para completar a atividade. PACIENTE LESADO MEDULAR EM FASE AGUDA INICIAL Transferências na cama e no carro Auto-colocação da órtese ORTOSTATISMO Prancha ortostática e estabilizador ORTOSTATISMO Andador e muletas canadenses na barra paralela Traumatismo raquimedular – Fisioterapia Prof. Lívia Costa Cinesioterapia Objetivo da mobilização no leito: Alívio de pressão na prevenção de úlceras por pressão Melhora da ventilação pulmonar Preservação da integridade osteomioarticular. Segmentos com movimentação ativa preservada: solicitadas nas mudanças de decúbito, no banho no leito e com exercícios leves Fase de choque medular: mobilizações suaves e brandas, evitando-se os extremos dos ADMs. Posicionamento no leito Alternância de decúbito = a cada 2 horas Desequilíbrio de antagonista = grupamento muscular ativo deve ser posicionado preferencialmente com arco completo de movimento. Fraturas instáveis = mudança de decúbito em bloco, sem rotação vertebral Verticalidade precoce MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Elevar a cabeceira gradualmente varias vezes ao dia Falta de controle da pelve e extensão do tronco = sentada a beira do leito = retroversão da pelve e cifose toracolombar Quanto mais alto o NN maior a cifose toracolombar Atividades no tatame Desenvolver habilidades como: Mudança de decúbito Passagem de deitado para sentado Transferência de uma superfície a outra Equilíbrio NN C5 para baixo: Postura puppy Postura de 4 apoios com cotovelo fletido NN C6 para baixo: Treinamento do rolar Passagem de decúbito dorsal para sentado Pacientes paraplégicos : equilíbrio na postura sentada Controle de extensão de quadril em cadeia cinética fechada = importante para ortostatismo e marcha Transferências Deslocamento do tronco à frente, levando, dessa forma, boa parte do peso corporal do quadril para os MMII Cadeia cinética fechada de MMII Giro de quadril em pivô Atividades na cadeira de rodas: Transferir-se entre superfícies Realizar algumas AVDs como calçar sapato e vestir blusa Locomover-se Dançar Ortostatismo e marcha Efeitos positivos: Contribui para a redução da espasticidade Diminui o risco de trombose venosa profunda Previne ulcera de pressão Melhora a autoestima Associado a FES dos MMII durante a marcha = efeitos positivos sobre a prevenção e tratamento da osteoporose A paralisia flácida e a arreflexia dos MMII, consequentes à lesão de vértebra lombares, devem-se a : A)fase tardia da lesão medular B) lesão de neurônio motor superior C) Lesão da medula D) Lesão de cauda equina Paciente do sexo masculino, 43 anos, sofreu trauma raquimedular por mergulho em água rasa. A avaliação do ASIA, mostrou um nível neurológico em C5 com Zona de preservação parcial até C6. Qual a função que esse paciente poderá recuperar no futuro com uma abordagem baseada na recuperação de função realizada por músculos da Zona de preservação parcial desde a fase aguda? : a) deslocar-se em cadeira de rodas manual em rampas b) segurar objetos c) aliviar a pressão sobre os glúteos elevando a pelve d) digitar no computador sem usar adaptações Segundo a classificação da ASIA, a que grau de acometimento corresponde o paciente que apresenta alguma função sensitiva abaixo do nível neurológico, incluindo S4-S5, mas não possui função motora? A) A – lesão completa. B) B – lesão incompleta. C) C – lesão incompleta. D) D – lesão incompleta Paciente I.R.L, 23 anos, com diagnóstico de lesão medular após acidente automobilístico há 10 meses. Na avaliação constatou-se lesão medular nível C8 com ASIA A. O paciente não realiza a marcha. Há diminuição de amplitude de movimento, diminuição de força muscular e ausência de movimentos finos em membros superiores. Qual o prognóstico de marcha para o paciente? Quais os movimentos que estão preservados? Quais atividades ele conseguirá fazer? Transferência cadeira cama 1 pessoa Transferência com duas pessoas Caso clínico Paciente, sexo feminino, lesão t4-t5. Faz fisioterapia há 3 anos, mas ainda apresenta déficit importante no controle de tronco, não conseguindo permanecer sentada independente, o que atrapalha a realização de suas AVD’S. Utiliza cadeira de rodas manual com suporte de tronco. Realiza as transferências de supino para sentado. Consegue se transferir da cama para a cadeira utilizando membros superiores.