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Instituto Federal do Amazonas
Desastres Naturais
Professor: Adamir da Rocha Nina Junior
Alunas; Isabelly Fábia, Denizee Duarte e Carla Teixeira
Humaitá-AM
Baía de Guanabara vazamento da Petrobras
(pesquisa da Carla)
O episódio entrou para a história como um dos maiores acidentes
ambientais ocorridos no Brasil.
No 18 de janeiro de 2000, um duto da Petrobrás que ligava a Refinaria
Duque de Caxias (Reduc) ao terminal Ilha d'Água, na Ilha do
Governador, rompeu-se, provocando um vazamento de 1,3 milhão de
litros de óleo combustível nas águas da baía. A mancha se espalhou por
40km².
O vazamento afetou milhares de famílias que viviam da pesca e de
atividades ligadas ao pescado. Na época, a Petrobras pagou uma multa
de R$ 35 milhões ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e destinou outros R$ 15 milhões
para a revitalização da baía.
"O óleo da superfície foi limpo, mas muita coisa foi para o fundo. Não foi
só o derramamento, o pescador está sofrendo pelos muitos navios
petroleiros que navegam e dutos que têm sido colocados. Muita gente
deixou de pescar", disse a ((o))eco Ronaldo Moreno, integrante do
Fórum de Pescadores e Amigos do Mar. O fórum foi recém criado para
pleitear uma investigação do Ministério Público. Cerca de 12mil
pescadores foram afetados.
Aos 63 anos, Mauro Salgado continua a navegar pelas águas da
Guanabara. Ele é um dos pescadores de Tubiacanga, da Ilha do
Governador. "Sempre trabalhei como pescador. O camarão era farto de
outubro até abril, hoje não tem mais", disse.
No dia do acidente, seu Mauro morava na beira da praia de Tubiacanga
e disse ter ficado surpreso com a notícia. "Era uma mortandade de
peixes boiando na beira da praia, pescadores chegando com redes
cheias de óleo. Uma tristeza total".Como muitos, Isaac Alves de
Oliveira, de 52 anos, costumava seguir o ciclo do camarão que
começava na Baía de Paraty, depois seguia para a Baía da Ilha Grande,
Sepetiba e, finalmente, na Baía de Guanabara, o lugar onde dava mais
camarão.
Na manhã de 18 de janeiro de 2000, seu barco já estava na atividade
desde o início da noite do dia anterior quando avistaram uma mancha
de petróleo sobre a água. "A grande maioria conseguiu sair a tempo
para proteger a rede e o próprio barco. Eu fui para Paquetá e fiquei
ilhado. A gente ainda não tinha noção do que estava acontecendo",
contou Isaac.
Os peixes estão morrendo, entristeceu-se ao falar, "simplesmente não
dá mais, tem muita poluição, metal pesado e derramamento de óleo nos
navios. Está dando pouquíssimo peixe [na baía de Guanabara]".
Naquela época até o dia do vazamento, os barcos pescavam por noite
em média 100 kg de camarão. Em 2003, ele notou uma grande redução,
o volume de pesca não ultrapassava a 30 kg. "Hoje está ainda pior",
disse.
Pesca escassa:
A pesca está em extinção na Baía de Guanabara, lamentou o
ambientalista Sergio Ricardo Lima, que foi uma das primeiras pessoas a
saber do acidente ecológico. "Na época do vazamento, nós ecologistas
falávamos que não bastava apenas pagar a multa. Haveria um impacto
social enorme que duraria, pelo menos, 10 anos e o resultado seria o
empobrecimento dos pescadores. Isso infelizmente aconteceu", disse.
Sergio argumenta ainda que, além do impacto ambiental, o drama
humano tem sensibilizado os ambientalistas, pois muitos pescadores
faleceram ao longo dos 14 anos, e as famílias que sobreviviam da renda
da pesca têm passado por dificuldades. Muitas viúvas de pescadores
são marisqueiras.
Rompimento da barragem Fundão
(pesquisa da Denizee)
Em 05 novembro de 2015, ocorreu o pior acidente da mineração
brasileira no município de Mariana, em Minas Gerais. A tragédia ocorreu
após o rompimento de uma barragem (Fundão) da mineradora
Samarco, que é controlada pela Vale e pela BHP Billiton.
O rompimento da barragem provocou uma enxurrada de lama que
devastou o distrito de Bento Rodrigues, deixando um rastro de
destruição à medida que avança pelo Rio Doce. Várias pessoas estão
desabrigadas, com pouca água disponível, sem contar aqueles que
perderam a vida na tragédia. Além disso, há os impactos ambientais
que são incalculáveis e, provavelmente, irreversíveis.
Principais impactos ambientais negativos:
O acidente em Mariana liberou cerca de 62 milhões de metros cúbicos
de rejeitos de mineração, que eram formados, principalmente, por óxido
de ferro, água e lama. Apesar de não possuir, segundo a Samarco,
nenhum produto que cause intoxicação no homem, esses rejeitos
podem devastar grandes ecossistemas.
A lama que atingiu as regiões próximas à barragem formou uma espécie
de cobertura no local. Essa cobertura, quando secar, formará uma
espécie de cimento, que impedirá o desenvolvimento de muitas
espécies, mas enquanto não secar fica impossível construir algo.
A cobertura de lama também impedirá o desenvolvimento de espécies
vegetais, deixando assim a terra infértil.
O rompimento da barragem afetou o rio Gualaxo, que é afluente do rio
Carmo, o qual deságua no Rio Doce, um rio que abastece uma grande
quantidade de cidades. À medida que a lama atinge os ambientes
aquáticos, causa a morte de todos os organismos ali encontrados, como
algas e peixes.
“Vale da morte” (Cubatão)
(pesquisa da Isabelly)
Localizado a 40 Km da capital do estado de São Paulo, o município de
Cubatão, que atualmente é visto como exemplo de planejamento e
consciência socioambiental, já teve grandes problemas relacionados à
poluição do meio ambiente.
Durante o início da década de 80 a cidade era mundialmente conhecida
como “Vale da Morte”, sendo apontada pela ONU como o município
mais poluído do mundo. O boom industrial que fez de Cubatão um dos
pólos industriais mais ricos do país, pagou um alto preço por não se
preocupar e nem se resguardar quanto aos danos causados por
toneladas de poluentes lançados no meio ambiente.
Durante o governo de Juscelino Kubitschek, década de 50, deu-se início
a um processo acelerado de industrialização do Brasil e Cubatão, até
então, era um paraíso verde. Cercada pela Mata Atlântica, a cidade era
rica em recursos naturais e estava estrategicamente localizada
Durante o governo de Juscelino Kubitschek, década de 50, deu-se início
a um processo acelerado de industrialização do Brasil e Cubatão, até
então, era um paraíso verde. Cercada pela Mata Atlântica, a cidade era
rica em recursos naturais e estava estrategicamente localizada
O intenso volume que as indústrias trabalhavam, eliminando
quantidades enormes de poluentes no ar e nos rios de forma
descontrolada, começou a ter consequências catastróficas visíveis e
preocupantes.
O ar de Cubatão no início dos anos 80 era denso, possuía cheiro e cor.
Segundo dados da CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental de São Paulo), 30 mil toneladas de poluentes eram lançadas
por mês no ar da cidade, peixes e pássaros sumiram da poluição de
Cubatão, pois não havia condições naturais para sobreviverem e nem
para se reproduzirem, mas o estado só começou a intervir quando os
danos à saúde da população começaram a demonstrar números
alarmantes.
Entre outubro de 1981 e abril de 1982, cerca 1.800 crianças nasceram
na cidade, destas, 37 já nasceram mortas, outras apresentavam graves
problemas neurológicos e anencefalia. Cubatão era líder em casos de
problemas respiratórios no país.
A ONU alertou o mundo sobre os problemas e consequências causados
pela poluição do polo industrial, usando a cidade como exemplo a não
ser seguido.
Recomeço:
O governo do estado convocou a CETESB para que fizesse um
mapeamento e estudo das causas da poluição na cidade litorânea, com
isso, a partir de 1983 foi implantado um plano de recuperação
ambiental. A volta do guará-vermelho, pássaro típico da região, foi o
marco de que a qualidade de vida voltava à cidade. Em 1992, durante a
Eco 92, Cubatão foi apontada pela ONU como Símbolo de Recuperação
Ambiental, tendo 98% do nível de poluentes controlados, e passou a ser
exemplo em todo o mundo como a cidade que renasceu das sombras
da poluição.Em2011 Cubatão apresentou 100% de controle de
poluentes.

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