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Pode-se afirmar que a Filosofia é filha da cidade-estado grega (pólis). A pólis grega surgiu entre os séculos VIII e VII a.C., e os primeiros filósofos surgiram por volta do século VI a.C. nas colônias gregas. O texto abaixo indica algumas das características da pólis que propiciaram o surgimento da Filosofia: "A pólis se faz pela autonomia da palavra, não mais a palavra mágica dos mitos, palavra dada pelos deuses e, portanto, comum a todos, mas a palavra humana do conflito, da discussão, da argumentação. A expressão da individualidade por meio do debate engendra a política, libertando o homem dos exclusivos desígnios divinos, para ele próprio tecer o seu destino na praça pública. O saber deixa de ser sagrado e passa a ser objeto de discussão; a instauração dessa ordem humana dá origem ao cidadão da pólis, figura inexistente no mundo coletivista da comunidade tribal." (M. L. A. Aranha; M. H. P. Martins) Considerando o texto acima, é incorreto afirmar que
a) para a Filosofia, os critérios de argumentação e de explicação são os princípios e regras da razão que devem ser aplicados nas discussões públicas por meio da linguagem.
b) a verdade não deve ser imposta como um decreto divino, mas discutida, criticada e demonstrada pelos cidadãos.
c) o surgimento da Filosofia na Grécia ocorreu de forma inesperada, isolada e excepcional, sem relação com seu momento histórico: foi o chamado “milagre grego”.
d) a liberdade e a autonomia política do cidadão estão estreitamente ligadas à sua autonomia de pensamento.
e) o mito e o sagrado, na explicação do homem e do mundo, contrapõem-se aos argumentos e demonstrações filosóficos.

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Questões resolvidas

Pode-se afirmar que a Filosofia é filha da cidade-estado grega (pólis). A pólis grega surgiu entre os séculos VIII e VII a.C., e os primeiros filósofos surgiram por volta do século VI a.C. nas colônias gregas. O texto abaixo indica algumas das características da pólis que propiciaram o surgimento da Filosofia: "A pólis se faz pela autonomia da palavra, não mais a palavra mágica dos mitos, palavra dada pelos deuses e, portanto, comum a todos, mas a palavra humana do conflito, da discussão, da argumentação. A expressão da individualidade por meio do debate engendra a política, libertando o homem dos exclusivos desígnios divinos, para ele próprio tecer o seu destino na praça pública. O saber deixa de ser sagrado e passa a ser objeto de discussão; a instauração dessa ordem humana dá origem ao cidadão da pólis, figura inexistente no mundo coletivista da comunidade tribal." (M. L. A. Aranha; M. H. P. Martins) Considerando o texto acima, é incorreto afirmar que
a) para a Filosofia, os critérios de argumentação e de explicação são os princípios e regras da razão que devem ser aplicados nas discussões públicas por meio da linguagem.
b) a verdade não deve ser imposta como um decreto divino, mas discutida, criticada e demonstrada pelos cidadãos.
c) o surgimento da Filosofia na Grécia ocorreu de forma inesperada, isolada e excepcional, sem relação com seu momento histórico: foi o chamado “milagre grego”.
d) a liberdade e a autonomia política do cidadão estão estreitamente ligadas à sua autonomia de pensamento.
e) o mito e o sagrado, na explicação do homem e do mundo, contrapõem-se aos argumentos e demonstrações filosóficos.

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1 
 
 
 
 
FIL0001 - (Ufpr) Quando soube daquele oráculo, pus-
me a refletir assim: “Que quererá dizer o Deus? Que 
sentido oculto pôs na resposta? Eu cá não tenho 
consciência de ser nem muito sábio nem pouco; que 
quererá ele então significar declarando-me o mais 
sábio? Naturalmente não está mentindo, porque isso 
lhe é impossível”. Por longo tempo fiquei nessa 
incerteza sobre o sentido; por fim, muito contra meu 
gosto, decidi-me por uma investigação, que passo a 
expor. 
(PLATÃO. Defesa de Sócrates. Trad. Jaime Bruna. Coleção Os 
Pensadores. Vol. II. São Paulo: Victor Civita, 1972, p. 14.) 
 
O texto acima pode ser tomado como um exemplo 
para ilustrar o modo como se estabelece, entre os 
gregos, a passagem do mito para a filosofia. Essa 
passagem é caracterizada: 
a) pela transição de um tipo de conhecimento racional 
para um conhecimento centrado na fabulação. 
b) pela dedicação dos filósofos em resolver as 
incertezas por meio da razão. 
c) pela aceitação passiva do que era afirmado pela 
divindade. 
d) por um acento cada vez maior do valor conferido ao 
discurso de cunho religioso. 
e) pelo ateísmo radical dos pensadores gregos, sendo 
Sócrates, inclusive, condenado por isso. 
 
 
FIL0002 - (Uece) “Como se sabe, a palavra mythos 
raramente foi empregada por Heródoto (apenas duas 
vezes). Caracterizar um logos (narrativa) como mythos 
era para ele um meio claro de rejeitá-lo como duvidoso 
e inconvincente. [...] Situado em algum lugar além do 
que é visível, um mythos não pode ser provado.” 
HARTOG, F. Os antigos, o passado e o presente. Brasília, Editora da 
UnB, 2003, p. 37. 
 
Sobre a diferença entre mythos e logos acima sugerida, 
é INCORRETO afirmar que 
a) o problema do mythos era limitar-se ao que é visível 
e, por isso, não podia ser pensado. 
b) filosofia e história nasceram, na Grécia clássica, com 
base numa mesma reivindicação do logos contra o 
mythos. 
c) o mythos não poderia ser submetido à clarificação 
argumentativa e à prova — demonstração — 
discursiva. 
d) em contraposição ao mythos, o logos era um uso 
argumentativo da linguagem, capaz de criar as 
condições do convencimento. 
 
FIL0003 - (Upe) Observe o texto a seguir sobre a gênese 
do pensamento filosófico. 
 
Com a filosofia, novo critério de verdade se impunha: 
o critério da logicidade. Verdade é aquilo, que 
concorda com as leis do lógos (pensamento, razão). É a 
razão, que nos dá garantia da verdade, porque o real é 
racional. 
LARA, Tiago Adão. A Filosofia nas suas origens gregas, 1989, p. 54. 
 
Sobre a gênese do pensamento filosófico, está 
CORRETO afirmar que 
a) a evidência da verdade com o crivo da racionalidade 
tem resposta no mito. 
b) o critério da logicidade está presente na adesão à 
crença e ao mito. 
c) a gênese do pensar filosófico e a inspiração criadora 
de sentidos consistem na fantasia. 
d) a origem do pensamento filosófico surge entre os 
gregos, no século VI a.C., na busca por explicação do 
sobrenatural com a força do divino. 
e) o despertar da filosofia grega surge na verdade 
argumentada da razão com o critério da interpretação. 
 
 
FIL0004 - (Upe) Sobre a gênese da filosofia entre os 
gregos, observe o texto a seguir: 
 
Seja como termo, seja como conceito, a filosofia é 
considerada pela quase totalidade dos estudiosos 
como uma criação própria do gênio dos gregos. Quem 
não levar isso em conta não poderá compreender por 
que, sob o impulso dos gregos, a civilização ocidental 
tomou uma direção completamente diferente da 
oriental. 
(ANTISERI, Dario e RELAE, Giovanni. História da Filosofia, 1990, p. 
11). 
www.professorferretto.com.br
ProfessorFerretto ProfessorFerretto
Surgimento da Filosofia – Passagem do Mito ao Logos 
 
2 
 
Sobre a gênese do pensamento filosófico entre os 
gregos, é CORRETO afirmar que 
a) a experiência concreta da racionalidade estava 
isenta da vida política na Pólis Grega. 
b) a prática político-democrática, atrelada ao enfoque 
irracional da vida em sociedade, foi o terreno fértil para 
a gênese do pensamento filosófico. 
c) sob o impulso dos gregos, a dimensão racional se 
impõe como critério de verdade. A filosofia é fruto 
desse projeto da razão. 
d) a filosofia é fruto do momento cultural em que a 
sensibilidade e a fantasia impõem-se sobre a razão. 
e) na gênese do pensamento filosófico grego, na 
civilização ocidental, a forma de sabedoria que se 
sobrepunha à ciência filosófica, eram as convicções 
religiosas fundamentadas na razão pura. 
 
 
FIL0005 - (Ueg) A cultura grega marca a origem da 
civilização ocidental e ainda hoje podemos observar 
sua influência nas ciências, nas artes, na política e na 
ética. Dentre os legados da cultura grega para o 
Ocidente, destaca-se a ideia de que 
a) a natureza opera obedecendo a leis e princípios 
necessários e universais que podem ser plenamente 
conhecidos pelo nosso pensamento. 
b) nosso pensamento também opera obedecendo a 
emoções e sentimentos alheios à razão, mas que nos 
ajudam a distinguir o verdadeiro do falso. 
c) as práticas humanas, a ação moral, política, as 
técnicas e as artes dependem do destino, o que negaria 
a existência de uma vontade livre. 
d) as ações humanas escapam ao controle da razão, 
uma vez que agimos obedecendo aos instintos como 
mostra hoje a psicanálise. 
 
 
FIL0006 - (Uema) Leia a fábula de La Fontaine, uma 
possível explicação para a expressão ― ”o amor é 
cego”. 
No amor tudo é mistério: suas flechas e sua aljava, sua 
chama e sua infância eterna. Mas por que o amor é 
cego? Aconteceu que num certo dia o Amor e a 
Loucura brincavam juntos. Aquele ainda não era cego. 
Surgiu entre eles um desentendimento qualquer. 
Pretendeu então o Amor que se reunisse para tratar do 
assunto o conselho dos deuses. Mas a Loucura, 
impaciente, deu-lhe uma pancada tão violenta que lhe 
privou da visão. Vênus, mãe e mulher, pôs-se a clamar 
por vingança, aos gritos. Diante de Júpiter, de Nêmesis 
– a deusa da vingança – e de todos os juízos do inferno, 
Vênus exigiu que aquele crime fosse reparado. Seu 
filho não podia ficar cego. Depois de estudar 
detalhadamente o caso, a sentença do supremo 
tribunal celeste consistiu em declarar a loucura a servir 
de guia ao Amor. 
Fonte: LA FONTAINE, Jean de. O amor e a loucura. In: Os melhores 
contos de loucura. Flávio Moreira da Costa (Org.). Rio de Janeiro: 
Ediouro, 2007. 
 
A fábula traz uma explicação oriunda dos deuses para 
uma realidade humana. Esse tipo de explicação 
classifica-se como 
a) estética. 
b) filosófica. 
c) mitológica. 
d) científica. 
e) crítica. 
 
 
FIL0007 - (Ufsj) A construção de uma cosmologia que 
desse uma explicação racional e sistemática das 
características do universo, em substituição à 
cosmogonia, que tentava explicar a origem do universo 
baseada nos mitos, foi uma preocupação da Filosofia 
a) medieval. 
b) antiga. 
c) iluminista. 
d) contemporânea. 
 
 
FIL0008 - (Ueg) O ser humano, desde sua origem, em 
sua existência cotidiana, faz afirmações, nega, deseja, 
recusa e aprova coisas e pessoas, elaborando juízos de 
fato e de valor por meio dos quais procura orientar seu 
comportamento teórico e prático. Entretanto, houve 
um momento em sua evolução histórico-social em que 
o ser humano começa a conferir um caráter filosófico 
às suas indagações e perplexidades, questionando 
racionalmente suas crenças, valores e escolhas. Nesse 
sentido, pode-se afirmar que a filosofia 
a) é algo inerente ao ser humano desde sua origem e 
que, por meio da elaboração dos sentimentos, das 
percepções e dos anseios humanos, procura consolidar 
nossas crenças e opiniões. 
b) existe desde que existe o ser humano, não havendo 
um local ou uma época específica para seu nascimento, 
o que nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade 
mítica é também filosófica e exige o trabalho da razão. 
c) inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas 
e as certezas cotidianas que nos são impostos pela 
tradiçãoe pela sociedade, visando educar o ser 
humano como cidadão. 
d) surge quando o ser humano começa a exigir provas 
e justificações racionais que validam ou invalidam suas 
crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da 
verdade revelada pela codificação mítica. 
 
3 
 
FIL0009 - (Ueg) O surgimento da filosofia entre os 
gregos (Séc. VII a.C.) é marcado por um crescente 
processo de racionalização da vida na cidade, em que 
o ser humano abandona a verdade revelada pela 
codificação mítica e passa a exigir uma explicação 
racional para a compreensão do mundo humano e do 
mundo natural. Dentre os legados da filosofia grega 
para o Ocidente, destaca-se: 
a) a concepção política expressa em A República, de 
Platão, segundo a qual os mais fortes devem governar 
sob um regime político oligárquico. 
b) a criação de instituições universitárias como a 
Academia, de Platão, e o Liceu, de Aristóteles. 
c) a filosofia, tal como surgiu na Grécia, deixou-nos 
como legado a recusa de uma fé inabalável na razão 
humana e a crença de que sempre devemos acreditar 
nos sentimentos. 
d) a recusa em apresentar explicações 
preestabelecidas mediante a exigência de que, para 
cada fato, ação ou discurso, seja encontrado um 
fundamento racional. 
 
 
FIL0010 - (Enem) Pode-se viver sem ciência, pode-se 
adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente, 
pode-se desprezar as evidências empíricas. No 
entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum 
homem honesto pode ignorar que uma outra atitude 
intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com 
base em razões e evidências e questionar tudo o mais 
a fim de descobrir seu sentido último. 
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São 
Paulo: Odysseus, 2002. 
 
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a 
formação do pensamento Ocidental. No texto, é 
ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os 
autores que, em linhas gerais, refere-se à 
a) adoção da experiência do senso comum como 
critério de verdade. 
b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento 
resultante de evidências empíricas. 
c) pretensão de a experiência legitimar por si mesma a 
verdade. 
d) defesa de que a honestidade condiciona a 
possibilidade de se pensar a verdade. 
e) compreensão de que a verdade deve ser justificada 
racionalmente. 
 
FIL0011 - (Unicentro) A passagem do Mito ao Logos na 
Grécia antiga foi fruto de um amadurecimento lento e 
processual. Por muito tempo, essas duas maneiras de 
explicação do real conviveram sem que se traçasse um 
corte temporal mais preciso. Com base nessa 
afirmativa, é correto afirmar: 
a) O modo de vida fechado do povo grego facilitou a 
passagem do Mito ao Logos. 
b) A passagem do Mito ao Logos, na Grécia, foi 
responsabilidade dos tiranos de Siracusa. 
c) A economia grega estava baseada na 
industrialização, e isso facilitou a passagem do Mito ao 
Logos. 
d) O povo grego antigo, nas viagens, se encontrava com 
outros povos com as mesmas preocupações e culturas, 
o que contribuiu para a passagem do Mito ao Logos. 
e) A atividade comercial e as constantes viagens 
oportunizaram a troca de 
informações/conhecimentos, a 
observação/assimilação dos modos de vida de outros 
povos, contribuindo, assim, de modo decisivo, para a 
construção da passagem do Mito ao Logos. 
 
 
FIL0012 - (Unioeste) “É no plano político que a Razão, 
na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e 
formou-se. A experiência social pode tornar-se entre os 
gregos o objeto de uma reflexão positiva, porque se 
prestava, na cidade, a um debate público de 
argumentos. O declínio do mito data do dia em que os 
primeiros Sábios puseram em discussão a ordem 
humana, procuraram defini-la em si mesma, traduzi-la 
em fórmulas acessíveis a sua inteligência, aplicar-lhe a 
norma do número e da medida. Assim se destacou e se 
definiu um pensamento propriamente político, 
exterior a religião, com seu vocabulário, seus 
conceitos, seus princípios, suas vistas teóricas. Este 
pensamento marcou profundamente a mentalidade do 
homem antigo; caracteriza uma civilização que não 
deixou, enquanto permaneceu viva, de considerar a 
vida pública como o coroamento da atividade 
humana”. 
 
Considerando a citação acima, extraída do livro As 
origens do pensamento grego, de Jean Pierre Vernant, 
e os conhecimentos da relação entre mito e filosofia, é 
incorreto afirmar que 
a) os filósofos gregos ocupavam-se das matemáticas e 
delas se serviam para constituir um ideal de 
pensamento que deveria orientar a vida pública do 
homem grego. 
b) a discussão racional dos Sábios que traduziu a ordem 
humana em fórmulas acessíveis a inteligência causou o 
abandono do mito e, com ele, o fim da religião e a 
decorrente exclusividade do pensamento racional na 
Grécia. 
c) a atividade humana grega, desde a invenção da 
política, encontrava seu sentido principalmente na vida 
pública, na qual o debate de argumentos era orientado 
por princípios racionais, conceitos e vocabulário 
próprios. 
4 
 
d) a política, por valorizar o debate publico de 
argumentos que todos os cidadãos podem 
compreender e discutir, comunicar e transmitir, se 
distancia dos discursos compreensíveis apenas pelos 
iniciados em mistérios sagrados e contribui para a 
constituição do pensamento filosófico orientado pela 
Razão. 
e) ainda que o pensamento filosófico prime pela 
racionalidade, alguns filósofos, mesmo após o declínio 
do pensamento mitológico, recorreram a narrativas 
mitológicas para expressar suas ideias; exemplo disso 
e o “Mito de Er” utilizado por Platão para encerrar sua 
principal obra, A República. 
 
FIL0013 - (Unb) No início do século XX, estudiosos 
esforçaram-se em mostrar a continuidade, na Grécia 
Antiga, entre mito e filosofia, opondo-se a teses 
anteriores, que advogavam a descontinuidade entre 
ambos. 
A continuidade entre mito e filosofia, no entanto, não 
foi entendida univocamente. Alguns estudiosos, como 
Cornford e Jaeger, consideraram que as perguntas 
acerca da origem do mundo e das coisas haviam sido 
respondidas pelos mitos e pela filosofia nascente, dado 
que os primeiros filósofos haviam suprimido os 
aspectos antropomórficos e fantásticos dos mitos. 
Ainda no século XX, Vernant, mesmo aceitando certa 
continuidade entre mito e filosofia, criticou seus 
predecessores, ao rejeitar a ideia de que a filosofia 
apenas afirmava, de outra maneira, o mesmo que o 
mito. Assim, a discussão sobre a especificidade da 
filosofia em relação ao mito foi retomada. 
 
Considerando o breve histórico acima, concernente à 
relação entre o mito e a filosofia nascente, assinale a 
opção que expressa, de forma mais adequada, essa 
relação na Grécia Antiga. 
a) O mito é a expressão mais acabada da religiosidade 
arcaica, e a filosofia corresponde ao advento da razão 
liberada da religiosidade. 
b) O mito é uma narrativa em que a origem do mundo 
é apresentada imaginativamente, e a filosofia 
caracteriza-se como explicação racional que retoma 
questões presentes no mito. 
c) O mito fundamenta-se no rito, é infantil, pré-lógico 
e irracional, e a filosofia, também fundamentada no 
rito, corresponde ao surgimento da razão na Grécia 
Antiga. 
d) O mito descreve nascimentos sucessivos, incluída a 
origem do ser, e a filosofia descreve a origem do ser a 
partir do dilema insuperável entre caos e medida. 
 
FIL0014 - (Unioeste) "Advento da Polis, nascimento da 
filosofia: entre as duas ordens de fenômenos os 
vínculos são 
demasiado estreitos para que o pensamento racional 
não apareça, em suas origens, solidário das estruturas 
sociais e mentais próprias da cidade grega. Assim 
recolocada na história, a filosofia despoja-se desse 
caráter de revelação absoluta que às vezes lhe foi 
atribuído, saudando, na jovem ciência dos jônios, a 
razão intemporal que veio encarnar-se no Tempo. A 
escola de Mileto não viu nascer a Razão; ela construiu 
uma razão, uma primeira forma de racionalidade". 
Jean PierreVernant. 
 
Sobre a Filosofia seguem as seguintes afirmações: 
 
I. Ela foi revelada pela deusa Razão a Tales de Mileto 
quando este afirmou que o princípio de tudo é a água. 
II. Ela foi inventada pelos gregos e decorre do advento 
da Polis, a cidade organizada por leis e instituições que, 
por meio delas, eliminou todo tipo de disputa. 
III. Ela rejeita o sobrenatural, a interferência de agentes 
divinos na explicação dos fenômenos; problematiza, 
discute e põe em questão até mesmo as teorias 
racionais elaboradas com rigor filosófico. 
IV. Surgiu no século VI a.C. nas colônias gregas da 
Magna Grécia e da Jônia, apenas no século seguinte 
deslocou-se para Atenas. 
V. Ocupa-se com os princípios, as causas e condições 
do conhecimento que pretenda ser racional e 
verdadeiro; põe em questão e problematiza valores 
morais, políticos, religiosos, artísticos e culturais. 
 
Das afirmações feitas acima 
a) I, III e V são corretas. 
b) I e II são incorretas. 
c) II, IV e V são corretas. 
d) todas são corretas. 
e) todas são incorretas. 
 
 
FIL0015 - (Unimontes) A passagem da mentalidade 
mítica para o pensamento racional e filosófico foi 
gestada por fatores considerados relevantes para a 
construção de uma nova mentalidade. Algumas 
novidades do período arcaico ajudaram a transformar 
a visão que o mito oferecia sobre o mundo e a 
existência humana. Nesse aspecto, são todos fatores 
relevantes: 
a) a invenção da escrita e da moeda, a lei escrita e a 
imprensa. 
b) a invenção da escrita e do telefone, a lei escrita e o 
nascimento da pólis. 
c) a invenção da escrita e da moeda, a lei escrita e o 
nascimento da pólis. 
d) a invenção da escrita e da religião, a lei escrita e o 
nascimento da pólis. 
 
5 
 
FIL0016 - (Unimontes) No mundo grego, podemos 
encontrar uma série de relatos mitológicos sobre 
diversos aspectos da vida humana, da natureza, dos 
deuses e do universo. Dois tipos de relatos merecem 
destaque: as cosmogonias e teogonias. Os relatos 
citados tratam da 
a) origem dos homens e das plantas. 
b) origem do cosmo e dos deuses. 
c) origem dos deuses e dos homens. 
d) origem do cosmo e das plantas. 
 
 
FIL0017 - (Ifsp) Comparando-se mito e filosofia, é 
correto afirmar o seguinte: 
a) A autoridade do mito depende da confiança 
inspirada pelo narrador, ao passo que a autoridade da 
filosofia repousa na razão humana, sendo 
independente da pessoa do filósofo. 
b) Tanto o mito quanto a filosofia se ocupam da 
explicação de realidades passadas a partir da interação 
entre forças naturais personalizadas, criando um 
discurso que se aproxima do da história e se opõe ao 
da ciência. 
c) Enquanto a função do mito é fornecer uma 
explicação parcial da realidade, limitando-se ao 
universo da cultura grega, a filosofia tem um caráter 
universal, buscando respostas para as inquietações de 
todos os homens. 
d) Mito e filosofia dedicam-se à busca pelas verdades 
absolutas e são, em essência, faces distintas do mesmo 
processo de conhecimento que culminou com o 
desenvolvimento do pensamento científico. 
e) A filosofia é a negação do mito, pois não aceita 
contradições ou fabulações, admitindo apenas 
explicações que possam ser comprovadas pela 
observação direta ou pela experiência. 
 
 
 
FIL0018 – (Ueap) A filosofia surge na Grécia por volta 
do século VI a.C. Mudanças sociais, políticas e 
econômicas favoreceram o seu surgimento. Dentre 
estas mudanças, pode-se mencionar: 
a) A estruturação do mundo rural, desenvolvimento do 
sistema escravagista e o estabelecimento de uma 
aristocracia proprietária de terras. 
b) A expansão da economia local fundada no 
desenvolvimento do artesanato, o fortalecimento dos 
“demos” e da organização familiar patriarcal. 
c) As disputas entre Atenas e Esparta, o 
desenvolvimento de Mecenas e do comércio jônico. 
d) O uso da escrita alfabética, as viagens marítimas e a 
evolução do comércio e do artesanato. 
e) O predomínio do pensamento mítico. 
 
FIL0019 - (Unioeste) Pode-se afirmar que a Filosofia é 
filha da cidade-estado grega (pólis). A pólis grega surgiu 
entre os séculos VIII e VII a.C., e os primeiros filósofos 
surgiram por volta do século VI a.C. nas colônias gregas. 
O texto abaixo indica algumas das características da 
pólis que propiciaram o surgimento da Filosofia: 
 
“A pólis se faz pela autonomia da palavra, não mais a 
palavra mágica dos mitos, palavra dada pelos deuses e, 
portanto, comum a todos, mas a palavra humana do 
conflito, da discussão, da argumentação. A expressão 
da individualidade por meio do debate engendra a 
política, libertando o homem dos exclusivos desígnios 
divinos, para ele próprio tecer o seu destino na praça 
pública. O saber deixa de ser sagrado e passa a ser 
objeto de discussão; a instauração dessa ordem 
humana dá origem ao cidadão da pólis, figura 
inexistente no mundo coletivista da comunidade 
tribal.” 
(M. L. A. Aranha; M. H. P. Martins) 
Considerando o texto acima, é incorreto afirmar que 
a) para a Filosofia, os critérios de argumentação e de 
explicação são os princípios e regras da razão que 
devem ser aplicados nas discussões públicas por meio 
da linguagem. 
b) a verdade não deve ser imposta como um decreto 
divino, mas discutida, criticada e demonstrada pelos 
cidadãos. 
c) o surgimento da Filosofia na Grécia ocorreu de forma 
inesperada, isolada e excepcional, sem relação com seu 
momento histórico: foi o chamado “milagre grego”. 
d) a liberdade e a autonomia política do cidadão estão 
estreitamente ligadas à sua autonomia de 
pensamento. 
e) o mito e o sagrado, na explicação do homem e do 
mundo, contrapõem-se aos argumentos e 
demonstrações filosóficos. 
 
 
FIL0020 - (Uel) Sobre a passagem do mito à filosofia, na 
Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir. 
 
I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus 
componentes, já contêm características essenciais da 
compreensão de mundo grega que, posteriormente, se 
revelaram importantes para o surgimento da filosofia. 
II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da 
filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, 
na medida em que nem homens nem deuses são 
compreendidos como perfeitos. 
III. A humanização dos deuses na religião grega, que os 
entende movidos por sentimentos similares aos dos 
homens, contribuiu para o processo de racionalização 
da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do 
pensamento filosófico e científico. 
6 
 
IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento 
filosófico, devido à assimilação que os gregos fizeram 
da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta 
desvinculada de, qualquer base religiosa. 
 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
a) I e II. 
b) II e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) I, III e IV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
notas
1 
 
 
 
 
FIL0021 - (Unesp) Em 4 de julho de 2012, foi detectada 
uma nova partícula, que pode ser o bóson de Higgs. 
Trata-se de uma partícula elementar proposta pelo 
físico teórico Peter Higgs, e que validaria a teoria do 
modelo padrão, segundo a qual o bóson de Higgs seria 
a partícula elementar responsável pela origem da 
massa de todas as outras partículas elementares. 
(Jean Júnio M. Pimenta et al. “O bóson de Higgs”. In: Revista 
brasileira de ensino de física, vol. 35, no 2, 2013. Adaptado.) 
 
O que se descreve no texto possui relação com o 
conceito de arqué, desenvolvido pelos primeiros 
pensadores pré-socráticos da Jônia. A arqué diz 
respeito 
a) à retórica utilizada pelos sofistas para 
convencimento dos cidadãos na polis. 
b) a uma explicação da origem do cosmos 
fundamentada em pressupostos mitológicos. 
c) à investigação sobre a constituição do cosmos por 
meio de um princípio fundamental da natureza. 
d) ao desenvolvimento da lógica formal como 
habilidade de raciocínio. 
e) à justificação ética das ações na busca pelo 
entendimento sobre o bem. 
 
FIL0022 - (Ufpr) De acordo com Tales de Mileto,a água 
é origem e matriz de todas as coisas. Essa maneira de 
reduzir a multiplicidade das coisas a um único 
elemento foi considerada uma das primeiras 
expressões da Filosofia, porque: 
a) é um questionamento sobre o fundamento das 
coisas. 
b) enuncia a verdade sobre a origem das coisas. 
c) é uma proposição que se pode comprovar. 
d) é uma proposição científica. 
e) é um mito de origem. 
 
FIL0023 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
Os corcéis que me transportam, tanto quanto o ânimo 
me impele, conduzem-me, depois de me terem dirigido 
pelo caminho famoso da divindade [...] E a deusa 
acolheu-me de bom grado, mão na mão direita 
tomando, e com estas palavras se me dirigiu: [...] 
Vamos, vou dizer-te – e tu escuta e fixa o relato que 
ouviste – quais os únicos caminhos de investigação que 
há para pensar, um que é, que não é para não ser, é 
caminho de confiança (pois acompanha a realidade): o 
outro que não é, que tem de não ser, esse te indico ser 
caminho em tudo ignoto, pois não poderás conhecer o 
não-ser, não é possível, nem indicá-lo [...] pois o 
mesmo é pensar e ser. 
PARMÊNIDES. Da Natureza, frags. 1-3. Trad. José Trindade Santos. 
2. ed. São Paulo: Loyola, 2009. p. 13-15. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a 
filosofia de Parmênides, assinale a alternativa correta. 
a) Pensar e ser se equivalem, por isso o pensamento só 
pode tratar e expressar o que é, e não o que não é – o 
não ser. 
b) A percepção sensorial nos possibilita conhecer as 
coisas como elas verdadeiramente são. 
c) O ser é mutável, eterno, divisível, móvel e, por isso, 
a razão consegue conhecê-lo e expressá-lo. 
d) A linguagem pode expressar tanto o que é como o 
que não é, pois ela obedece aos princípios de 
contradição e de identidade. 
e) O ser é e o não ser não é indica que a realidade 
sensível é passível de ser conhecida pela razão. 
 
FIL0024 - (Upe) Observe o texto a seguir sobre a gênese 
do pensamento filosófico: 
 
Entre o fim do VII século e o começo do VI a.C., o 
problema cosmológico é o primeiro a destacar-se 
claramente como objeto de pesquisa sistemática 
diferente do impreciso complexo de problemas que já 
ocupavam a mente dos gregos ainda antes do surgir de 
uma reflexão filosófica verdadeira e própria. 
(MONDOLFO, Rodolfo. O Pensamento Antigo, São Paulo: Mestre 
Jou, 1966, p. 31.) 
 
O texto retrata, com clareza, o problema cosmológico, 
objeto de estudo da filosofia 
a) Socrática. 
b) Platônica. 
c) Pré-socrática. 
d) Mítica. 
e) Pós-socrática. 
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ProfessorFerretto ProfessorFerretto
Filosofia Antiga – Pré-Socráticos 
 
2 
 
FIL0025 - (Ufu) Considere o seguinte texto do filósofo 
Heráclito (século VI a.C.). 
"Para as almas, morrer é transformar-se em água; para 
a água, morrer é transformar-se em terra. Da terra, 
contudo, forma-se a água e da água, a alma” 
Heráclito. Fragmentos, extraído de: MARCONDES, Danilo. Textos 
Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. 
Tradução do autor. 
 
Em relação ao excerto acima, podemos afirmar que ele 
ilustra 
a) a concepção heraclitiana que valoriza a importância 
do movimento na descrição da realidade. 
b) a concepção dialética do pensamento heraclitiano, 
segundo a qual o movimento é uma ilusão dos 
sentidos. 
c) a concepção heraclitiana da realidade, segundo a 
qual a multiplicidade dos fenômenos subjaz uma 
realidade única. 
d) o pensamento religioso de Heráclito, segundo o qual 
a morte é a libertação da alma. 
 
FIL0026 - (Enem) Demócrito julga que a natureza das 
coisas eternas são pequenas substâncias infinitas, em 
grande número. E julga que as substâncias são tão 
pequenas que fogem às nossas percepções. E lhes são 
inerentes formas de toda espécie, figuras de toda 
espécie e diferenças em grandeza. Destas, então, 
engendram-se e combinam-se todos os volumes 
visíveis e perceptíveis. 
SIMPLÍCIO. Do Céu (DK 68 a 37). In: Os pré-socráticos. São Paulo: 
Nova Cultural, 1996 (adaptado). 
 
A Demócrito atribui-se a origem do conceito de 
a) porção mínima da matéria, o átomo. 
b) princípio móvel do universo, a arché. 
c) qualidade única dos seres, a essência. 
d) quantidade variante da massa, o corpus. 
e) substrato constitutivo dos elementos, a physis. 
 
FIL0027 - (Ufu) "Pois pensar e ser é o mesmo" 
Parmênides, Poema, fragmento 3, extraído de: Os filósofos pré-
socráticos. Tradução de Gerd Bornheim. São Paulo: Cultrix, 1993. 
 
A proposição acima é parte do poema de Parmênides, 
o fragmento 3. Considerando-se o que se sabe sobre 
esse filósofo, que viveu por volta do século VI a.C., 
assinale a afirmativa correta. 
a) Para compreender a realidade, é preciso confiar 
inteiramente no que os nossos sentidos percebem. 
b) O movimento é uma característica aparente das 
coisas, a verdadeira realidade está além dele. 
c) O verdadeiro sentido da realidade só pode ser 
revelado pelos deuses para aqueles que eles escolhem. 
d) Tudo o que pensamos deve existir em algum lugar 
do universo. 
FIL0028 - (Enem) A representação de Demócrito é 
semelhante à de Anaxágoras, na medida em que um 
infinitamente múltiplo é a origem; mas nele a 
determinação dos princípios fundamentais aparece de 
maneira tal que contém aquilo que para o que foi 
formado não é, absolutamente, o aspecto simples para 
si. Por exemplo, partículas de carne e de ouro seriam 
princípios que, através de sua concentração, formam 
aquilo que aparece como figura. 
HEGEL. G. W. F. Crítica moderna. In: SOUZA, J. C. (Org.). Os pré-
socrática: vida e obra. São Paulo: Nova Cultural. 2000 (adaptado). 
 
O texto faz uma apresentação crítica acerca do 
pensamento de Demócrito, segundo o qual o “princípio 
constitutivo das coisas” estava representado pelo(a) 
a) número, que fundamenta a criação dos deuses. 
b) devir, que simboliza o constante movimento dos 
objetos. 
c) água, que expressa a causa material da origem do 
universo. 
d) imobilidade, que sustenta a existência do ser 
atemporal. 
e) átomo, que explica o surgimento dos entes. 
 
FIL0029 - (Ufu) Leia o fragmento de autoria de 
Heráclito. 
Deus é dia e noite, inverno e verão, guerra e paz, 
abundância e fome. Mas toma formas variadas assim 
como o fogo, quando misturado com essências, toma 
o nome segundo o perfume de cada uma delas. 
BORNHEIM, G. (Org.). Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: 
Cultrix, 1998, p. 40. 
 
Conforme o exposto, “Deus”, no pensamento de 
Heráclito, significa: 
a) A unidade dos contrários. 
b) O fundamento da religião monoteísta do período 
arcaico. 
c) Uma abstração para refutar o logos. 
d) A impossibilidade da harmonia no mundo. 
 
FIL0030 - (Ueap) ...que é e que não é possível que não 
seja,/ é a vereda da Persuasão (porque acompanha a 
Verdade); o outro diz que não é e que é preciso que não 
seja,/ eu te digo que esta é uma vereda em que nada se 
pode aprender. De fato, não poderias conhecer o que 
não é, porque tal não é fatível./ nem poderia expressá-
lo. 
(Nicola, Ubaldo. Antologia ilustrada de Filosofia. Editora Globo, 
2005.) 
 
O texto anterior expressa o pensamento de qual 
filósofo? 
a) Aristóteles, que estabelecia a distinção entre o 
mundo sensível e o inteligível. 
3 
 
b) Heráclito de Éfeso, que afirmava a unidade entre 
pensamento e realidade. 
c) Tales de Mileto, que afirmava ser a água o princípio 
de todas as coisas. 
d) Parmênides de Eleia, que afirmava a imutabilidade 
de todas as coisas e a unidade entre ser e pensar, ser e 
conhecimento. 
e) Protágoras, que afirmava que o homem é a medida 
de todas as coisas, que o ser é e o não ser não é. 
 
FIL0031 - (Upe) Leia o texto a seguir: 
 
 
 
A Grécia é considerada o berço da Filosofia. O 
pensamento grego tem a singularidade do intelecto, 
privilegiando, acima de tudo, a dimensão conceitual e 
discursiva. De acordo com a tradição histórica, a fase 
inaugural do pensar filosófico grego é conhecida como 
período pré-socrático. 
 
Sendoassim, é CORRETO afirmar que 
a) filosofia pré-socrática enfatiza, principalmente, a 
explicação da liberdade. 
b) no período pré-socrático da filosofia, o pensar crítico 
retrata o valor da história dos deuses. 
c) o período pré-socrático da filosofia é denominado 
essencialmente de período naturalista. 
d) no período pré-socrático, o enfoque da Filosofia é 
denominado de período ético. 
e) o período pré-socrático da filosofia enaltece a 
confiança na religiosidade das ideias e no problema da 
vida. 
 
FIL0032 - (Enem) Todas as coisas são diferenciações de 
uma mesma coisa e são a mesma coisa. E isto é 
evidente. Porque se as coisas que são agora neste 
mundo – terra, água ar e fogo e as outras coisas que se 
manifestam neste mundo –, se alguma destas coisas 
fosse diferente de qualquer outra, diferente em sua 
natureza própria e se não permanecesse a mesma 
coisa em suas muitas mudanças e diferenciações, 
então não poderiam as coisas, de nenhuma maneira, 
misturar-se umas às outras, nem fazer bem ou mal 
umas às outras, nem a planta poderia brotar da terra, 
nem um animal ou qualquer outra coisa vir à 
existência, se todas as coisas não fossem compostas de 
modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, 
através de diferenciações, de uma mesma coisa, ora 
em uma forma, ora em outra, retomando sempre a 
mesma coisa. 
DIÓGENES, In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São 
Paulo, Cultrix, 1967. 
 
O texto descreve argumentos dos primeiros 
pensadores, denominados pré-socráticos. Para eles, a 
principal preocupação filosófica era de ordem 
a) cosmológica, propondo uma explicação racional do 
mundo fundamentada nos elementos da natureza. 
b) política, discutindo as formas de organização da 
polis ao estabelecer as regras de democracia. 
c) ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores 
virtuosos que tem a felicidade como o bem maior. 
d) estética, procurando investigar a aparência dos 
entes sensíveis. 
e) hermenêutica, construindo uma explicação unívoca 
da realidade. 
 
FIL0033 - (Enem) Texto I 
Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no 
mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas vezes 
a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da 
mudança, dispersa e de novo reúne. 
HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril 
Cultural, 1996 (adaptado). 
 
Texto II 
Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é 
ingênito e indestrutível, pois é compacto, inabalável e 
sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo 
homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que é 
perecer? Como poderia gerar-se? 
PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado). 
 
Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem 
uma oposição que se insere no campo das 
a) investigações do pensamento sistemático. 
b) preocupações do período mitológico. 
c) discussões de base ontológica. 
d) habilidades da retórica sofística. 
e) verdades do mundo sensível. 
 
FIL0034 - (Uema) Leia a letra da canção a seguir. 
Nada do que foi será 
De novo do jeito que já foi um dia 
Tudo passa 
Tudo sempre passará 
A vida vem em ondas 
4 
 
Como um mar 
Num indo e vindo infinito 
Tudo que se vê não é 
Igual ao que a gente 
Viu há um segundo 
Tudo muda o tempo todo 
No mundo [...] 
Fonte: SANTOS, Lulu; MOTTA, Nelson. Como uma onda. In: Álbum 
MTV ao vivo. Rio de Janeiro: Sony-BMG, 2004. 
 
Da mesma forma como canta o poeta contemporâneo, 
que vê a realidade passando como uma onda, assim 
também pensaram os primeiros filósofos conhecidos 
como Pré-socráticos que denominavam a realidade de 
physis. A característica dessa realidade representada, 
também, na música de Lulu Santos é o(a) 
a) fluxo. 
b) estática. 
c) infinitude. 
d) desordem. 
e) multiplicidade. 
 
FIL0035 - (Enem) A filosofia grega parece começar com 
uma ideia absurda, com a proposição: a água é a 
origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo 
necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por 
três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição 
enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo 
lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, 
em terceiro lugar, porque nela embora apenas em 
estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é 
um. 
NIETZSCHE. F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: 
Nova Cultural. 1999 
 
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o 
surgimento da filosofia entre os gregos? 
a) O impulso para transformar, mediante justificativas, 
os elementos sensíveis em verdades racionais. 
b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem 
dos seres e das coisas. 
c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa 
primeira das coisas existentes. 
d) A ambição de expor, de maneira metódica, as 
diferenças entre as coisas. 
e) A tentativa de justificar, a partir de elementos 
empíricos, o que existe no real. 
 
FIL0036 - (Uel) No livro Através do espelho e o que Alice 
encontrou por lá, a Rainha Vermelha diz uma frase 
enigmática: “Pois aqui, como vê, você tem de correr o 
mais que pode para continuar no mesmo lugar.” 
(CARROL, L. Através do espelho e o que Alice encontrou por lá. Rio 
de Janeiro: Zahar, 2009. p.186.) 
Já na Grécia antiga, Zenão de Eleia enunciara uma tese 
também enigmática, segundo a qual o movimento é 
ilusório, pois “numa corrida, o corredor mais rápido 
jamais consegue ultrapassar o mais lento, visto o 
perseguidor ter de primeiro atingir o ponto de onde 
partiu o perseguido, de tal forma que o mais lento deve 
manter sempre a dianteira.” 
(ARISTÓTELES. Física. Z 9, 239 b 14. In: KIRK, G. S.; RAVEN, J. E.; 
SCHOFIELD, M. Os Pré-socráticos. 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste 
Gulbenkian, 1994, p.284.) 
Com base no problema filosófico da ilusão do 
movimento em Zenão de Eleia, é correto afirmar que 
seu argumento 
a) baseia-se na observação da natureza e de suas 
transformações, resultando, por essa razão, numa 
explicação naturalista pautada pelos sentidos. 
b) confunde a ordem das coisas materiais (sensível) e a 
ordem do ser (inteligível), pois avalia o sensível por 
condições que lhe são estranhas. 
c) ilustra a problematização da crença numa verdadeira 
existência do mundo sensível, à qual se chegaria pelos 
sentidos. 
d) mostra que o corredor mais rápido ultrapassará 
inevitavelmente o corredor mais lento, pois isso nos 
apontam as evidências dos sentidos. 
e) pressupõe a noção de continuidade entre os 
instantes, contida no pressuposto da aceleração do 
movimento entre os corredores. 
 
FIL0037 - (Ufu) De um modo geral, o conceito de physis 
no mundo pré-socrático expressa um princípio de 
movimento por meio do qual tudo o que existe é 
gerado e se corrompe. A doutrina de Parmênides, no 
entanto, tal como relatada pela tradição, aboliu esse 
princípio e provocou, consequentemente, um sério 
conflito no debate filosófico posterior, em relação ao 
modo como conceber o ser. 
Para Parmênides e seus discípulos: 
a) A imobilidade é o princípio do não-ser, na medida 
em que o movimento está em tudo o que existe. 
b) O movimento é princípio de mudança e a 
pressuposição de um não-ser. 
c) Um Ser que jamais muda não existe e, portanto, é 
fruto de imaginação especulativa. 
d) O Ser existe como gerador do mundo físico, por isso 
a realidade empírica é puro ser, ainda que em 
movimento. 
 
FIL0038 - (Ufsj) Sobre o princípio básico da filosofia pré-
socrática, é CORRETO afirmar que 
a) Tales de Mileto, ao buscar um princípio unificador de 
todos os seres, concluiu que a água era a substância 
primordial, a origem única de todas as coisas. 
b) Anaximandro, após observar sistematicamente o 
mundo natural, propôs que não apenas a água poderia 
ser considerada arché desse mundo em si e, por isso 
mesmo, incluiu mais um elemento: o fogo. 
5 
 
c) Anaxímenes fez a união entre os pensamentos que o 
antecederam e concluiu que o princípio de todas as 
coisas não pode ser afirmado, já que tal princípio não 
está ao alcancedos sentidos. 
d) Heráclito de Éfeso afirmou o movimento e negou 
terminantemente a luta dos contrários como gênese e 
unidade do mundo, como o quis Catão, o antigo. 
 
FIL0039 - (Uncisal) O período pré-socrático é o ponto 
inicial das reflexões filosóficas. Suas discussões se 
prendem a Cosmologia, sendo a determinação da 
physis (princípio eterno e imutável que se encontra na 
origem da natureza e de suas transformações) ponto 
crucial de toda formulação filosófica. Em tal contexto, 
Leucipo e Demócrito afirmam ser a realidade percebida 
pelos sentidos ilusória. Eles defendem que os sentidos 
apenas capturam uma realidade superficial, mutável e 
transitória que acreditamos ser verdadeira. Mesmo 
que os sentidos apreendam “as mutações das coisas, 
no fundo, os elementos primordiais que constituem 
essa realidade jamais se alteram.” Assim, a realidade é 
uma coisa e o real outra. 
Para Leucipo e Demócrito a physis é composta 
a) pelas quatro raízes: o úmido, o seco, o quente e o 
frio. 
b) pela água. 
c) pelo fogo. 
d) pelo ilimitado. 
e) pelos átomos. 
 
FIL0040 - (Enem) TEXTO I 
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento 
originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que 
outras coisas provêm de sua descendência. Quando o 
ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os 
ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a 
partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, 
transformam-se em água. A água, quando mais 
condensada, transforma-se em terra, e quando 
condensada ao máximo possível, transforma-se em 
pedras. 
BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 
2006 (adaptado). 
TEXTO II 
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, 
como criador de todas as coisas, está no princípio do 
mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos 
apresentam, em face desta concepção, as 
especulações contraditórias dos filósofos, para os quais 
o mundo se origina, ou de algum dos quatro 
elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, 
como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de 
quererem ancorar o mundo numa teia de aranha”. 
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: 
Vozes, 1991 (adaptado). 
Filósofos dos diversos tempos históricos 
desenvolveram teses para explicar a origem do 
universo, a partir de uma explicação racional. As teses 
de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, 
filósofo medieval, têm em comum na sua 
fundamentação teorias que 
a) eram baseadas nas ciências da natureza. 
b) refutavam as teorias de filósofos da religião. 
c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas. 
d) postulavam um princípio originário para o mundo. 
e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas. 
 
FIL0041 - (Ueg) A influência de Sócrates na filosofia 
grega foi tão marcante que dividiu a sua história em 
períodos: período pré-socrático, período socrático e 
período pós-socrático. O período pré-socrático é visto 
como uma época de formação da filosofia grega, na 
qual predominavam os problemas cosmológicos. Ele se 
desenvolveu em cidades da Jônia e da Magna Grécia. 
Grandes escolas filosóficas surgem nesse período e 
muitos pensadores se destacam. Entre eles, um jônico, 
que ficou conhecido como pai da filosofia. Seu nome é: 
a) Tales de Mileto 
b) Leucipo de Abdera 
c) Sócrates de Atenas 
d) Parmênides de Eléia 
 
FIL0042 - (Uenp) Mario Quintana, no poema “As 
coisas”, traduziu o sentimento comum dos primeiros 
filósofos da seguinte maneira: “O encanto sobrenatural 
que há nas coisas da Natureza! [...] se nelas algo te dá 
encanto ou medo, não me digas que seja feia ou má, é, 
acaso, singular”. Os primeiros filósofos da antiguidade 
clássica grega se preocupavam com: 
a) Cosmologia, estudando a origem do Cosmos, 
contrapondo a tradição mitológica das narrativas 
cosmogônicas e teogônicas. 
b) Política, discutindo as formas de organização da 
polis e estabelecendo as regras da democracia. 
c) Ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores e da 
vida virtuosa. 
d) Epistemologia, procurando estabelecer as origens e 
limites do conhecimento verdadeiro. 
e) Ontologia, construindo uma teoria do ser e do 
substrato da realidade. 
 
FIL0043 - (Uema) A Filosofia nasceu na Jônia no final do 
século VII a.C. O conteúdo que norteia a preocupação 
dos filósofos jônicos é de natureza: 
a) Mitológica. 
b) Antropológica. 
c) Religiosa. 
d) Cosmológica. 
e) Política. 
 
1 
 
 
 
 
FIL0044 - (Enem) Alguns pensam que Protágoras de 
Abdera pertence também ao grupo daqueles que 
aboliram o critério, uma vez que ele afirma que todas 
as impressões dos sentidos e todas as opiniões são 
verdadeiras, e que a verdade é uma coisa relativa, uma 
vez que tudo o que aparece a alguém ou é opinado por 
alguém é imediatamente real para essa pessoa. 
KERFERD, G. B. O movimento sofista. São Paulo: Loyola, 2002 
(adaptado). 
 
O grupo ao qual se associa o pensador mencionado no 
texto se caracteriza pelo objetivo de 
a) alcançar o conhecimento da natureza por meio da 
experiência. 
b) justificar a veracidade das afirmações com 
fundamentos universais. 
c) priorizar a diversidade de entendimentos acerca das 
coisas. 
d) preservar as regras de convivência entre os 
cidadãos. 
e) analisar o princípio do mundo conforme a teogonia. 
 
FIL0045 - (Enem) Tomemos o exemplo de Sócrates: é 
precisamente ele quem interpela as pessoas na rua, os 
jovens no ginásio, perguntando: “Tu te ocupas de ti?” 
O deus o encarregou disso, é sua missão, e ele não a 
abandonará, mesmo no momento em que for 
ameaçado de morte. Ele é certamente o homem que 
cuida do cuidado dos outros: esta é a posição particular 
do filósofo. 
FOUCAULT, M. Ditos e escritos. Rio de Janeiro: Forense 
Universitária, 2004. 
 
O fragmento evoca o seguinte princípio moral da 
filosofia socrática, presente em sua ação dialógica: 
a) Examinar a própria vida. 
b) Ironizar o seu oponente. 
c) Sofismar com a verdade. 
d) Debater visando a aporia. 
e) Desprezar a virtude alheia. 
 
FIL0046 - (Uel) Sócrates, Giordano Bruno e Galileu 
foram pensadores que defenderam a liberdade de 
pensamento frente às restrições impostas pela 
tradição. Na Apologia de Sócrates, a acusação contra o 
filósofo é assim enunciada: 
 
Sócrates [...] é culpado de corromper os moços e não 
acreditar nos deuses que a cidade admite, além de 
aceitar divindades novas (24b-c). 
Ao final do escrito de Platão, Sócrates diz aos juízes: 
 
Mas, está na hora de nos irmos: eu, para morrer; vós, 
para viver. A quem tocou a melhor parte, é o que 
nenhum de nós pode saber, exceto a divindade. (42a). 
(PLATÃO. Apologia de Sócrates. Trad. Carlos Alberto Nunes. 
Belém: EDUFPA, 2001. p. 122-23; 147.) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a 
disputa entre filosofia e tradição presente na 
condenação de Sócrates, assinale a alternativa correta. 
a) O desprezo socrático pela vida, implícito na 
resignação à sua pena, é reforçado pelo 
reconhecimento da soberania do poder dos juízes. 
b) A aceitação do veredito dos juízes que o 
condenaram à morte evidencia que Sócrates consentiu 
com os argumentos dos acusadores. 
c) A acusação a Sócrates pauta-se na identificação da 
insuficiência dos seus argumentos, e a corrupção que 
provoca resulta das contradições do seu pensamento. 
d) A crítica de Sócrates à tradição sustenta-se no 
repúdio às instituições que devem ser abandonadas 
em benefício da liberdade de pensamento. 
e) A sentença de morte foi aceita por Sócrates porque 
morrer não é um mal em si e o livre pensar permite 
apreender essa verdade. 
 
FIL0047 - (Upe) Leia o texto a seguir sobre o 
conhecimento filosófico: 
 
 
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Filosofia Antiga – Sócrates e os Sofistas 
 
2 
 
No período socrático ou antropológico, no âmbito da 
filosofia grega, surgem os sofistas. A palavra era 
antigamente sinônimo de sábio. Porém,no século V 
a.C., toma um matiz pejorativo e se aplica a um grupo 
de mestres ambulantes, que recorrem aos cidadãos 
gregos, ensinando o que eles chamam de sabedoria. 
(COLOMER, Klimke. Historia de la filosofia. Madrid: Labor, 1961, 
p.39) Adaptado. 
 
No âmbito do conhecimento filosófico, o texto retrata 
que, no período socrático ou antropológico, os sofistas 
representam algo totalmente novo nesse cenário com 
relação ao estudo do homem. Sobre isso, assinale a 
alternativa CORRETA. 
a) Os sofistas foram, na verdade, reputados como 
grandes mestres de cultura; inicia-se a fase 
antropológica. 
b) Os sofistas foram sábios nos estudos da natureza 
cosmológica e deram pouca importância ao problema 
antropológico. 
c) Com a sofística, inicia-se uma nova fase no período 
filosófico, o estudo de Deus. 
d) Os sofistas não reconheceram o valor formativo do 
saber e elaboraram o conceito de natureza, excluindo 
o homem da sua consideração. 
e) Os sofistas influenciaram parcialmente o curso da 
investigação filosófica, com seu enfoque teórico frente 
aos problemas prático-educativos. 
 
FIL0048- (Ufu) A respeito do método de Sócrates, 
assinale a alternativa que apresenta a definição correta 
de maiêutica. 
a) Um método sintético, que ignora a argumentação 
dos interlocutores e prontamente define o que é o 
objeto em discussão. 
b) Uma estratégia sofística, que é empregada para 
educar a juventude na prática da retórica, visando 
apenas ao ornamento do discurso. 
c) Um método analítico, que interroga a respeito 
daquilo que é tido como a verdadeira justiça, o 
verdadeiro belo, o verdadeiro bem. 
d) Uma iluminação divina, que deposita na mente do 
filósofo o conhecimento profundo das coisas da 
natureza. 
 
FIL0049 - (Upe) Sobre a temática da Filosofia na 
História, analise o texto a seguir: 
 
Há, pois, uma inseparável conexão entre filosofia e 
história da filosofia. A filosofia é histórica, e sua história 
lhe pertence essencialmente. E, por outra parte, a 
história da filosofia não é uma mera informação 
erudita acerca das opiniões dos filósofos. Senão que é 
a exposição verdadeira do conteúdo real da filosofia. É, 
pois, com todo rigor, filosofia. A filosofia não se esgota 
em nenhum de seus sistemas, senão que consiste na 
história efetiva de todos eles. 
MARIAS, Julián. Historia de la Filosofia. Madrid, 1956, p. 5. 
 
Assim, é CORRETO afirmar que, na tradição histórica da 
filosofia, 
a) o racionalismo e o empirismo têm estritas relações 
com a solução integral do problema da vida na religião. 
b) os naturalistas pré-socráticos se preocuparam 
exclusivamente com a subjetividade e a matéria 
religiosa. 
c) o famoso lema “conhece-te a ti mesmo – torna-te 
consciente de tua ignorância” caracterizou o 
pensamento filosófico de Sócrates. 
d) o período da filosofia moderna é conhecido por se 
preocupar com as verdades reveladas. 
e) o período medieval teve como preocupação central 
a singularidade em relação ao sujeito do 
conhecimento. 
 
FIL0050 - (Enem) Uma conversação de tal natureza 
transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e 
embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à 
atenção uma direção incomum: os temperamentais, 
como Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele 
todo o bem de que são capazes, mas fogem porque 
receiam essa influência poderosa, que os leva a se 
censurarem. E sobretudo a esses jovens, muitos quase 
crianças, que ele tenta imprimir sua orientação. 
BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977. 
 
O texto evidencia características do modo de vida 
socrático, que se baseava na 
a) contemplação da tradição mítica. 
b) sustentação do método dialético. 
c) relativização do saber verdadeiro. 
d) valorização da argumentação retórica. 
e) investigação dos fundamentos da natureza. 
 
FIL0051 - (Upe) Sobre Filosofia e Reflexão, considere o 
texto a seguir: 
Sobre a Filosofia e Reflexão 
 
Exprimir-se-á bem a ideia de que a filosofia é procura e 
não posse, definindo o trabalho filosófico como um 
trabalho de reflexão. O modelo de reflexão filosófica – 
e ao mesmo tempo seu exemplo mais acessível – é a 
“ironia” socrática. 
HUISMAN, Denis; VERGEZ, André. Compêndio Moderno de 
Filosofia, 1987, p. 25. 
 
O autor acima enfatiza o exemplo sobre Filosofia e 
Reflexão: 
a) no ato de interrogar os interlocutores, Sócrates 
expressava sua atitude reflexiva. 
3 
 
b) a reflexão filosófica se inicia na consciência e na 
posse do saber. 
c) a reflexão filosófica nos faz refletir ao ensinar sua 
opinião com certeza irrefutável. 
d) na reflexão filosófica, Sócrates expressava sua 
opinião como verdadeira. 
e) ao perguntar, Sócrates delimitava o modelo e a 
posse da sabedoria. 
 
FIL0052 - (Enem) Trasímaco estava impaciente porque 
Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era 
algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu 
entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado 
apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras 
da sua sociedade. No entanto, essas regras não 
passavam de invenções humanas. 
RACHELS. J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009. 
 
O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no 
diálogo A República, de Platão, sustentava que a 
correlação entre justiça e ética é resultado de 
a) determinações biológicas impregnadas na natureza 
humana. 
b) verdades objetivas com fundamento anterior aos 
interesses sociais. 
c) mandamentos divinos inquestionáveis legados das 
tradições antigas. 
d) convenções sociais resultantes de interesses 
humanos contingentes. 
e) sentimentos experimentados diante de 
determinadas atitudes humanas. 
 
FIL0053 - (Uea) O sofista é um diálogo de Platão do qual 
participam Sócrates, um estrangeiro e outros 
personagens. Logo no início do diálogo, Sócrates 
pergunta ao estrangeiro, a que método ele gostaria de 
recorrer para definir o que é um sofista. 
 Sócrates: – Mas dize-nos [se] preferes 
desenvolver toda a tese que queres demonstrar, numa 
longa exposição ou empregar o método interrogativo? 
 Estrangeiro: – Com um parceiro assim 
agradável e dócil, Sócrates, o método mais fácil é esse 
mesmo; com um interlocutor. Do contrário, valeria 
mais a pena argumentar apenas para si mesmo. 
(Platão. O sofista, 1970. Adaptado.) 
 
É correto afirmar que o interlocutor de Sócrates 
escolheu, do ponto de vista metodológico, adotar 
a) a maiêutica, que pressupõe a contraposição dos 
argumentos. 
b) a dialética, que une numa síntese final as teses dos 
contendores. 
c) o empirismo, que acredita ser possível chegar ao 
saber por meio dos sentidos. 
d) o apriorismo, que funda a eficácia da razão humana 
na prova de existência de Deus. 
e) o dualismo, que resulta no ceticismo sobre a 
possibilidade do saber humano. 
 
FIL0054 - (Unicamp) A sabedoria de Sócrates, filósofo 
ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu 
ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, 
registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi 
uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais 
sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos 
e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se 
diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria 
ignorância. 
O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a 
Filosofia, pois 
a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se 
mais sábio por querer adquirir conhecimentos. 
b) é um exercício de humildade diante da cultura dos 
sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia 
era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos. 
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a 
Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas 
a partir de métodos rigorosos. 
d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer 
distante dos problemas concretos, preocupando-se 
apenas com causas abstratas. 
 
FIL0055 - (Ufu) O diálogo socrático de Platão é obra 
baseada em um sucesso histórico: no fato de Sócrates 
ministrar osseus ensinamentos sob a forma de 
perguntas e respostas. Sócrates considerava o diálogo 
como a forma por excelência do exercício filosófico e o 
único caminho para chegarmos a alguma verdade 
legítima. 
De acordo com a doutrina socrática, 
a) a busca pela essência do bem está vinculada a uma 
visão antropocêntrica da filosofia. 
b) é a natureza, o cosmos, a base firme da especulação 
filosófica. 
c) o exame antropológico deriva da impossibilidade do 
autoconhecimento e é, portanto, de natureza sofística. 
d) a impossibilidade de responder (aporia) aos dilemas 
humanos é sanada pelo homem, medida de todas as 
coisas. 
 
FIL0056 - (Unicentro) Sobre o pensamento socrático, 
analise as afirmativas e marque com V, as verdadeiras 
e com F, as falsas. 
( ) Sócrates é autor da obra Ética a Nicômaco. 
( ) O pensamento socrático está escrito em hebraico. 
( ) A ironia e a maiêutica são as bases de sua filosofia. 
( ) Sócrates não criticou o saber dogmático, sendo, 
por isso, conselheiro dos governantes de Atenas. 
4 
 
( ) Os diálogos platônicos são importantes textos 
filosóficos que relatam, na maioria, o pensamento de 
Sócrates. 
 
A partir da análise dessas afirmativas, a alternativa que 
indica a sequência correta, de cima para baixo, é a 
a) F V F V V 
b) V F V V F 
c) F F V F V 
d) V F F F V 
e) F V V V F 
 
FIL0057 - (Ufu) Leia o trecho abaixo, que se encontra 
na Apologia de Sócrates de Platão e traz algumas das 
concepções filosóficas defendidas pelo seu mestre. 
 
Com efeito, senhores, temer a morte é o mesmo que 
se supor sábio quem não o é, porque é supor que sabe 
o que não sabe. Ninguém sabe o que é a morte, nem 
se, porventura, será para o homem o maior dos bens; 
todos a temem, como se soubessem ser ela o maior dos 
males. A ignorância mais condenável não é essa de 
supor saber o que não se sabe? 
Platão, A Apologia de Sócrates, 29 a-b, In. HADOT, P. O que é a 
Filosofia Antiga? São Paulo: Ed. Loyola, 1999, p. 61. 
 
Com base no trecho acima e na filosofia de Sócrates, 
assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Sócrates prefere a morte a ter que renunciar a sua 
missão, qual seja: buscar, por meio da filosofia, a 
verdade, para além da mera aparência do saber. 
b) Sócrates leva o seu interlocutor a examinar-se, 
fazendo-o tomar consciência das contradições que traz 
consigo. 
c) Para Sócrates, pior do que a morte é admitir aos 
outros que nada se sabe. Deve-se evitar a ignorância a 
todo custo, ainda que defendendo uma opinião não 
devidamente examinada. 
d) Para Sócrates, o verdadeiro sábio é aquele que, 
colocado diante da própria ignorância, admite que 
nada sabe. Admitir o não-saber, quando não se sabe, 
define o sábio, segundo a concepção socrática. 
 
 
FIL0058 - (Uncisal) Na Grécia Antiga, o filósofo Sócrates 
ficou famoso por interpelar os transeuntes e fazer 
perguntas aos que se achavam conhecedores de 
determinado assunto. Mas durante o diálogo, Sócrates 
colocava o interlocutor em situação delicada, levando-
o a reconhecer sua própria ignorância. Em virtude de 
sua atuação, Sócrates acabou sendo condenado à 
morte sob a acusação de corromper a juventude, 
desobedecer às leis da cidade e desrespeitar certos 
valores religiosos. Considerando essas informações 
sobre a vida de Sócrates, assim como a forma pela qual 
seu pensamento foi transmitido, pode-se afirmar que 
sua filosofia 
a) transmitia conhecimentos de natureza científica. 
b) baseava-se em uma contemplação passiva da 
realidade. 
c) transmitia conhecimentos exclusivamente sob a 
forma escrita entre a população ateniense. 
d) ficou consagrada sob a forma de diálogos, 
posteriormente redigidos pelo filósofo Platão. 
e) procurava transmitir às pessoas conhecimentos de 
natureza mitológica. 
 
FIL0059 - (Unimontes) Lembremos a figura de Sócrates. 
Dizem que era um homem feio, mas, quando falava, 
exercia estranho fascínio. Podemos atribuir a Sócrates 
duas maneiras de se chegar ao conhecimento. Essas 
duas maneiras são denominadas de 
a) doxa e ironia. 
b) ironia e maiêutica. 
c) maiêutica e doxa. 
d) maiêutica e episteme. 
 
FIL0060 - (Unioeste) O Oráculo de Delfos teria 
declarado que Sócrates (470-399 a.C.) era o mais sábio 
dos homens. Essa profecia marcou decisivamente a 
concepção socrática de Filosofia, pois sua verdade não 
era óbvia: “Logo ele, sem qualquer especialização, ele 
que estava ciente de sua ignorância? Logo ele, numa 
cidade [Atenas] repleta de artistas, oradores, políticos, 
artesãos? Sócrates parece ter meditado bastante 
tempo, buscando o significado das palavras da 
pitonisa. Afinal concluiu que sua sabedoria só poderia 
ser aquela de saber que nada sabia, essa consciência 
da ignorância sobre as coisas que era sinal e começo da 
autoconsciência.” (J. A. M. Pessanha) 
 
Sobre a filosofia de Sócrates, é incorreto afirmar que 
a) a filosofia de Sócrates consiste em buscar a verdade, 
aceitando as opiniões contraditórias dos homens; 
quanto mais importante era a posição social de um 
homem, mais verdadeira era sua opinião. 
b) a sabedoria de Sócrates está em saber que nada 
sabe, enquanto os homens em geral estão 
impregnados de preconceitos e noções incorretas, e 
não se dão conta disso. 
c) o reconhecimento da própria ignorância é o primeiro 
passo para a sabedoria, pois, assim, podemos nos livrar 
dos preconceitos e abrir caminho para a verdade. 
d) após muito questionar os valores e as certezas 
vigentes, Sócrates foi acusado de não respeitar os 
deuses oficiais (impiedade) e corromper a juventude; 
foi julgado e condenado à morte por ingestão de cicuta. 
e) o caminho socrático para a sabedoria deve ser 
trilhado pelo próprio indivíduo, que deve por ele 
mesmo reconhecer seus preconceitos e opiniões, 
5 
 
rejeitá-los e, através da razão, atingir a verdade 
imutável. 
 
FIL0061 - (Ueg) A Grécia foi o berço da filosofia, 
destacando-se pela presença dos filósofos que 
pensaram o mundo em que viveram utilizando a 
ferramenta da razão. O período da história grega e o 
filósofo que afirmou que “só sei que nada sei” foram 
respectivamente o 
a) período pós-clássico e Sócrates. 
b) período helenístico e Platão. 
c) período clássico e Sócrates. 
d) período clássico e Platão. 
 
FIL0062 - (Ufu) Em um importante trecho da sua obra 
Metafísica, Aristóteles se refere a Sócrates nos 
seguintes termos: 
Sócrates ocupava-se de questões éticas e não da 
natureza em sua totalidade, mas buscava o universal 
no âmbito daquelas questões, tendo sido o primeiro a 
fixar a atenção nas definições. 
Aristóteles. Metafísica, A6, 987b 1-3. Tradução de Marcelo Perine. 
São Paulo: Loyola, 2002. 
Com base na filosofia de Sócrates e no trecho 
supracitado, assinale a alternativa correta. 
a) O método utilizado por Sócrates consistia em um 
exercício dialético, cujo objetivo era livrar o seu 
interlocutor do erro e do preconceito − com o prévio 
reconhecimento da própria ignorância −, e levá-lo a 
formular conceitos de validade universal (definições). 
b) Sócrates era, na verdade, um filósofo da natureza. 
Para ele, a investigação filosófica é a busca pela 
“Arché”, pelo princípio supremo do Cosmos. Por isso, o 
método socrático era idêntico aos utilizados pelos 
filósofos que o antecederam (Pré-socráticos). 
c) O método socrático era empregado simplesmente 
para ridicularizar os homens, colocando-os diante da 
própria ignorância. Para Sócrates, conceitos universais 
são inatingíveis para o homem; por isso, para ele, as 
definições são sempre relativas e subjetivas, algo que 
ele confirmou com a máxima “o Homem é a medida de 
todas as coisas”. 
d) Sócrates desejava melhorar os seus concidadãos por 
meio da investigação filosófica. Para ele, isso implica 
não buscar “o que é”, mas aperfeiçoar “o que parece 
ser”. Por isso, diz o filósofo, o fundamento da vida 
moral é, em última instância, o egoísmo, ou seja, o que 
é o bem para o indivíduo num dado momento de sua 
existência. 
 
FIL0063- (Unicentro) Após as primeiras discussões dos 
filósofos “pré-socráticos” no século VI a.C. (período 
cosmológico), surge outro movimento muito 
importante na história da filosofia. Passa a ser 
abordado uma nova modalidade de problemas e 
discussões (período antropológico), e assim teremos 
não só as figuras principais do novo cenário da filosofia 
grega, mas de toda a história da razão ocidental: 
Sócrates, Platão e Aristóteles. Com Sócrates, a filosofia 
ganha uma nova “roupagem”. Sócrates viveu em 
Atenas no momento de apogeu da cultura grega, o 
chamado período clássico (séculos V e IV a.C.), fase de 
grande expressão na política, nas artes, na literatura e 
na filosofia. O que há de mais forte na filosofia de 
Sócrates é o seu método e a maneira pela qual ele 
buscava discutir os problemas relacionados à filosofia. 
A partir desta informação, e de seus conhecimentos 
sobre a filosofia socrática, analise as assertivas e 
assinale a alternativa que aponta as corretas. 
 
I. Sócrates sempre buscava pessoas em praça pública 
para dialogar e questionar sobre a realidade de seu 
tempo. 
II. A célebre frase de Sócrates, que caracterizava parte 
de seu método é: “só sei que nada sei”, por isso 
questionava as ideias de seus interlocutores. 
III. Sócrates oferecia grande importância às 
experiências sensíveis, o que caracterizou fortemente 
o seu método filosófico. 
IV. Para fazer com que os seus interlocutores 
enxergassem a verdade por si próprios, Sócrates 
elaborou um método composto de duas partes 
centrais: a ironia e a maiêutica. 
 
a) Apenas I e II estão corretas. 
b) Apenas I, II e IV estão corretas. 
c) Apenas III e IV estão corretas. 
d) Apenas I, II e III estão corretas. 
e) Apenas I e IV estão corretas. 
 
FIL0064 - (Unimontes) Via de regra, os sofistas eram 
homens que tinham feito longas viagens e, por isso 
mesmo, tinham conhecido diferentes sistemas de 
governo. Usos, costumes e leis das cidades-estados 
podiam variar enormemente. Sob esse pano de fundo, 
os sofistas iniciaram em Atenas uma discussão sobre o 
que seria natural e o que seria criado pela sociedade. 
(GAARDER, J. O Mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 
1995). 
Sobre os sofistas, é incorreto afirmar que 
a) eles tiveram papel fundamental nas transformações 
culturais de Atenas. 
b) eles se dedicaram à questão do homem e de seu 
lugar na sociedade. 
c) eles eram mercenários e só visavam ao lucro na arte 
de ensinar. 
d) eles foram os primeiros a compreender que o 
“homem é medida de todas as coisas”. 
 
1 
 
 
 
 
FIL065 - (Uepa) Leia o texto para responder à questão. 
Platão: 
A massa popular é assimilável por natureza a um 
animal escravo de suas paixões e de seus interesses 
passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus 
amores e seus ódios; confiar-lhe o poder é aceitar a 
tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do 
menor rigor. Quanto às pretensas discussões na 
Assembleia, são apenas disputas contrapondo opiniões 
subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas 
traduzem bastante bem o seu caráter insuficiente. 
(Citado por: CHATELET, F. História das Ideias Políticas. Rio de 
Janeiro: Zahar, 1997, p. 17) 
 
Os argumentos de Platão, filósofo grego da 
antiguidade, evidenciam uma forte crítica à: 
a) oligarquia 
b) república 
c) democracia 
d) monarquia 
e) plutocracia 
 
FIL0066 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
Quando o artista [demiurgo] trabalha em sua obra, a 
vista dirigida para o que sempre se conserva igual a si 
mesmo, e lhe transmite a forma e a virtude desse 
modelo, é natural que seja belo tudo o que ele realiza. 
Porém, se ele se fixa no que devém e toma como 
modelo algo sujeito ao nascimento, nada belo poderá 
criar. [...] Ora, se este mundo é belo e for bom seu 
construtor, sem dúvida nenhuma este fixará a vista no 
modelo eterno. 
PLATÃO. Timeu. 28 a7-10; 29 a2-3. Trad. Carlos A. Nunes. Belém: 
UFPA, 1977. p. 46-47. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a 
filosofia de Platão, assinale a alternativa correta. 
a) O mundo é belo porque imita os modelos sensíveis, 
nos quais o demiurgo se inspira ao gerar o mundo. 
b) O sensível, ou o mundo que devém, é o modelo no 
qual o artista se inspira para criar o que permanece. 
c) O artífice do mundo, por ser bom, cria uma obra 
plenamente bela, que é a realidade percebida pelos 
sentidos. 
d) O olhar do demiurgo deve se dirigir ao que 
permanece, pois este é o modelo a ser inserido na 
realidade sensível. 
e) O demiurgo deve observar as perfeições no mundo 
sensível para poder reproduzi-las em sua obra. 
 
FIL0067 - (Ufpr) Em determinado momento do diálogo 
de Hípias Menor, de Platão, Sócrates declara que 
encontrou dificuldade para responder à pergunta “qual 
o critério para reconheceres o que é belo e o que é 
feio?”. De acordo com Platão, a dificuldade está em 
que: 
a) os juízos de Beleza são subjetivos, sendo relativos a 
quem os enuncia. 
b) o belo e o feio não se distinguem realmente. 
c) é preciso conhecer o que é Beleza para que se 
possam identificar as coisas belas. 
d) o critério de Beleza não é acessível aos homens, mas 
apenas aos deuses. 
e) a Beleza é uma mera aparência. 
 
FIL0068 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
Os melhores de entre nós, quando escutam Homero ou 
qualquer poeta trágico a imitar um herói que está aflito 
e se espraia numa extensa tirada cheia de gemidos, ou 
os que cantam e batem no peito, sabes que gostamos 
disso, e que nos entregamos a eles, e os seguimos, 
sofrendo com eles, e com toda seriedade elogiamos o 
poeta, como sendo bom, por nos ter provocado até o 
máximo, essas disposições. [...] Mas quando sobrevém 
a qualquer de nós um luto pessoal, reparaste que nos 
gabamos do contrário, se formos capazes de nos 
mantermos tranquilos e de sermos fortes, entendendo 
que esta atitude é característica de um homem [...]? 
PLATÃO. A República. 605 d-e. Trad. Maria Helena da Rocha 
Pereira. 12. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. p. 
470. 
Com base no texto, nos conhecimentos sobre mimesis 
(imitação) e sobre o pensamento de Platão, assinale a 
alternativa correta: 
a) A maneira como Homero constrói seus personagens 
retratando reações humanas deve ser imitada pelos 
demais poetas, pois é eticamente aprovada na Cidade 
Ideal platônica. 
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Filosofia Antiga - Platão 
 
2 
 
b) O fato de mostrar as emoções de maneira exagerada 
em seus personagens faz de Homero e de autores de 
tragédia excelentes formadores na Cidade Ideal 
pensada por Platão. 
c) Reagir como os personagens homéricos e trágicos é 
digno de elogio, pois Platão considera que a descarga 
das emoções é benéfica para a formação ética dos 
cidadãos. 
d) Poetas como Homero e autores de tragédia 
provocam emoções de modo exagerado em quem os lê 
ou assiste, não sendo bons para a formação do cidadão 
na Cidade Ideal platônica. 
e) A imitação de Homero e dos trágicos das reações 
humanas difere da dos pintores, pois, segundo Platão, 
não estão distantes em graus da essência, por isso 
podem fazer parte da cidade justa. 
 
FIL0069 - (Unioeste) O tema da expulsão dos poetas da 
‘cidade ideal’, proposto pelo personagem Sócrates, na 
República, tem gerado discussão e perplexidade ao 
longo da história da filosofia. O fundamento conceitual 
dessa expulsão é a hipótese das Ideias ou Formas. Por 
um lado, as Ideias são entidades eternas, que se 
constituem como verdadeiro ser, ser pleno, 
instaurando o âmbito ontológico do inteligível; por 
outro lado, tudo que pertence ao âmbito do imediato, 
circundante – o ‘nosso mundo’, âmbito do Sensível – é 
‘menos ser’. A Ideia do Um, por exemplo, tem 
plenitude de ser, ao passo que todas as unidades dos 
seres (objetos, seres humanos, etc.) dependem de sua 
participação na Ideia do Um, para vigorar como 
unidades. As Ideias são eternas; os entes sensíveis são 
temporais, efêmeros e somente subsistem enquantose dá a participação. A polis ideal construída por 
Sócrates deverá ser governada pelos filósofos, porque 
esses concentram-se na atenção ao Inteligível, sem se 
perder nos apelos do Sensível; e, ao imaginar esse 
governo, uma das exigências para a plenitude de 
justiça dessa cidade é a expulsão dos poetas, os 
‘imitadores’. 
 
Levando-se em conta essa base conceitual, tal como 
aqui apresentada, assinale a alternativa que explica 
CORRETAMENTE a expulsão dos poetas. 
a) Sócrates redigiu a República com base na teoria das 
Ideias e chegou à conclusão de que poetas são 
politicamente perigosos e socialmente improdutivos. 
Assim, somente cientistas e construtores podem 
permanecer em atividade, na polis ideal, porque são os 
únicos a lidar com o Inteligível. 
b) A expulsão dos poetas, propugnada por Sócrates, 
personagem da República, tem origem em sua 
afirmação de que a poesia está inteiramente fundada 
no Inteligível. 
c) Platão redigiu a República com base na teoria das 
Ideias e chegou à conclusão de que poetas são 
politicamente perigosos e socialmente improdutivos. 
Assim, somente cientistas e construtores podem 
permanecer em atividade, na polis ideal, porque são os 
únicos a lidar com o Inteligível. 
d) As Ideias são entidades eternas, que vigoram no 
âmbito Inteligível, ou seja, elas são a inteligibilidade ou 
sentido de tudo que ‘existe’; sem Ideias, as coisas não 
têm sentido. Os poetas, em lugar de atentar ao sentido 
inteligível dos entes, imitam, reproduzem, copiam – 
afastando-se, assim, das Ideias e desviando a polis de 
suas tarefas prementes. Este é o motivo de sua 
exclusão. 
e) Sem uma análise do contexto, é impossível entender 
uma tese tão radical como a da expulsão dos poetas. 
Sócrates propõe essa medida extrema devido à mistura 
entre poesia e sofística, que se verificava em todas as 
grandes cidades da Grécia antiga. Os poetas, mesmo 
Homero e Hesíodo, já se deixavam influenciar pelas 
teses dos sofistas, inimigos da filosofia, com o que 
Sócrates e seus discípulos não podiam concordar. 
Poetas que louvassem os deuses e a filosofia, porém, 
poderiam permanecer na cidade ideal. 
 
FIL0070 - (Uece) “Talvez [...] a verdade nada mais seja 
do que uma certa purificação das paixões e seja, 
portanto, a temperança, a justiça, a coragem; e a 
própria sabedoria não seja outra coisa do que esse 
meio de purificação.” 
PLATÃO. Fédon, 69b-c, adaptado. 
 
Nessa fala de Sócrates, a “purificação” das paixões 
ocorre na medida em que a alma se afasta do corpo 
pela “força” da sabedoria. Com base nisso, assinale a 
afirmação FALSA. 
a) As virtudes são a eliminação das paixões através da 
sabedoria. 
b) Temperança, justiça e coragem resultam da 
purificação das paixões. 
c) A sabedoria é a potência da alma pela qual as 
virtudes se constituem. 
d) A alma atinge a verdade através da virtude da 
sabedoria. 
 
 
FIL0071 - (Uece) Atente para as seguintes citações: 
 
“Temos assim três virtudes que foram descobertas na 
nossa cidade: sabedoria, coragem e moderação para os 
chefes; coragem e moderação para os guardas; 
moderação para o povo. No que diz respeito à quarta, 
pela qual esta cidade também participa na virtude, que 
poderá ser? É evidente que é a justiça” (Platão, Rep., 
432b). 
3 
 
“O princípio que de entrada estabelecemos que se 
devia observar em todas as circunstâncias quando 
fundamos a cidade, esse princípio é, segundo me 
parece, ou ele ou uma de suas formas, a justiça. Ora, 
nós estabelecemos, segundo suponho, e repetimo-lo 
muitas vezes, se bem te lembras, que cada um deve 
ocupar-se de uma função na cidade, aquela para a qual 
a sua natureza é mais adequada” (Platão, Rep., 433a). 
 
Considerando a teoria platônica das virtudes, escreva 
V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se 
afirma a seguir: 
 
( ) Nessa teoria das virtudes, cada grupo desenvolve 
a(s) virtude(s) que lhe é (ou são) própria(s). 
( ) Só pode ser justa a cidade em que os grupos que 
dela participam e nela agem o fazem de acordo com 
sua natureza. 
( ) Quando sabedoria, coragem e moderação se 
realizam de modo adequado, temos a justiça. 
( ) Existe uma relação entre a natureza dos indivíduos, 
o grupo de que devem fazer parte na cidade, as 
virtudes que lhes são adequadas e, em consequência, 
a função que nela devem desempenhar. 
 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) V, V, V, V. 
b) V, F, F, V. 
c) F, F, V, F. 
d) F, V, F, F. 
 
 
FIL0072 - (Ueg) Considerando a história contada por 
Platão no livro VII da República, mais conhecida como 
Mito da Caverna, podemos deduzir que: 
a) o homem, apesar de nascer bom, puro e de posse da 
verdade, pode desviar-se e passar a acreditar em outro 
mundo mais perfeito de puras ideias. 
b) não podemos confiar apenas na razão, pois somente 
guiados pelos sentimentos e testemunhos dos sentidos 
poderemos alcançar a verdade. 
c) a caverna, na alegoria platônica, representa tudo 
aquilo que impede o surgimento da consciência 
filosófica, que possibilitaria uma ascensão para o 
mundo inteligível. 
d) a razão deve submeter-se aos testemunhos dos 
sentidos, pois a verdade que está no mundo inteligível 
só será atingida mediante a sensibilidade. 
e) os homens devem se libertar da crença na existência 
em outro mundo e buscar resolver seus conflitos 
aprofundando-se em sua interioridade. 
 
 
FIL0073 - (Upe) Leia o texto a seguir sobre o 
pensamento grego: 
Platão escreveu diálogos filosóficos, verdadeiros 
dramas em prosa. Foi um dos maiores escritores de 
todos os tempos, e ninguém conseguiu, como ele, unir 
as questões filosóficas à tamanha beleza literária. As 
ideias filosóficas de Platão é a primeira grande síntese 
do pensamento antigo. (Adaptado) 
(REZENDE, Antonio. Curso de Filosofia, Rio de Janeiro: Zahar, 1998, 
p. 46.) 
 
No tocante a essa temática, assinale a alternativa 
CORRETA sobre o pensamento de Platão. 
a) Enfatiza as ideias no mundo sensível, buscando a 
verdade na natureza. 
b) Retrata a doutrina das ideias e salienta a existência 
do mundo ideal para fazer possível a verdadeira 
ciência. 
c) Prioriza a verdade do mundo concreto com a 
confiança no conhecimento dos sentidos. 
d) Sinaliza o valor dos sentidos como condição para o 
alcance da verdade. 
e) Atenta para o significado da razão no plano da 
existência da realidade sensível. 
 
FIL0074 - (Ufu) Considere o seguinte trecho 
"No diálogo Mênon, Platão faz Sócrates sustentar que 
a virtude não pode ser ensinada, consistindo-se em 
algo que trazemos conosco desde o nascimento, 
defendendo uma concepção, segundo a qual temos em 
nós um conhecimento inato que se encontra 
obscurecido desde que a alma encarnou-se no corpo. 
O papel da filosofia é fazer-nos recordar deste 
conhecimento" 
MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: 
Jorge Zahar Editora, 2000. p. 31. 
 
Nesse trecho, o autor descreve o que ficou conhecido 
como 
a) a teoria das ideias de Platão. 
b) a doutrina da reminiscência de Platão. 
c) a ironia socrática. 
d) a dialética platônica. 
 
FIL0075 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
Eis com efeito em que consiste o proceder 
corretamente nos caminhos do amor ou por outro se 
deixar conduzir: em começar do que aqui é belo e, em 
vista daquele belo, subir sempre, como que servindo-
se de degraus, de um só para dois e de dois para todos 
os belos corpos, e dos belos corpos para os belos 
ofícios, e dos ofícios para as belas ciências até que das 
ciências acabe naquela ciência, que de nada mais é 
senão daquele próprio belo, e conheça enfim o que em 
si é belo. 
(PLATÃO. Banquete, 211 c-d. José Cavalcante de Souza. São Paulo: 
Abril Cultural, 1972. (Os Pensadores) p. 48). 
4 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a 
filosofia de Platão, é correto afirmar que 
a) a compreensão da beleza se dá a partir da 
observação de um indivíduo belo, no qual percebemos 
o belo em si. 
b) a percepção do belo no mundo indica seus vários 
grausque visam a uma dimensão transcendente da 
beleza em si. 
c) a compreensão do que é belo se dá subitamente, 
quando partimos dele para compreender os belos 
ofícios e ciências. 
d) a observação de corpos, atividades e conhecimentos 
permite distinguir quais deles são belos ou feios em si. 
e) a participação do mundo sensível no mundo 
inteligível possibilita a apreensão da beleza em si. 
 
FIL0076 - (Upe) Leia o texto a seguir sobre o tema 
Filosofia na História: 
 
A filosofia antiga grega e greco-romana tem uma 
história mais que milenar. Partindo do século VI a.C., 
chega até o ano de 529 d.C., ano em que o imperador 
Justiniano mandou fechar as escolas pagãs e dispersar 
os seus seguidores. Nesse arco de tempo, podemos 
distinguir o momento das grandes sínteses de Platão e 
Aristóteles. 
(REALE, Giovanni. História da Filosofia: Antiguidade e Idade 
Média. São Paulo: Paulinas, 1990, p. 25-26). 
O autor na citação acima sinaliza a significância do 
período sistemático da filosofia antiga. No que tange à 
filosofia de Platão, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Platão propõe a existência das ‘essências ou formas’, 
que estão presentes no mundo das ideias e são 
modelos eternos das coisas sensíveis. 
b) A filosofia de Platão salienta as essências do mundo 
sensível que são modelos para o mundo das ideias. 
c) O pensamento de Platão não teve papel decisivo do 
desenvolvimento da mística, da teologia e da filosofia 
cristã. 
d) As ideias de Platão têm a confiança absoluta no 
poder dos sentidos e desconfiam do conhecimento 
racional. 
e) O pensamento filosófico de Platão tem como 
finalidade a descoberta do mundo físico, declinando do 
campo da metafísica. 
FIL0077 - (Unioeste) Segundo a conhecida alegoria da 
caverna, que aparece no Livro VII da República, de 
Platão, há prisioneiros, voltados para uma parede em 
que são projetadas as sombras de objetos que eles não 
podem ver. Esses prisioneiros representam a 
humanidade em seu estágio de mais baixo saber acerca 
da realidade e de si mesmos: a doxa, ou “opinião”. Um 
desses prisioneiros é libertado à força, num processo 
que ele quer evitar e que lhe causa dor e enormes 
dificuldades de visão (conhecimento). 
Gradativamente, ele é conduzido para fora da caverna, 
a um estágio em que pode ver as coisas em si mesmas, 
isto é, os fundamentos eternos de tudo o que, antes, 
ele via somente mediante sombras. Esses fundamentos 
são as Formas. Para além das Formas, brilha o Sol, que 
representa a Forma das Formas, o Bem, fonte essencial 
de todo ser e de todo conhecer e unicamente acessível 
mediante intuição direta. 
 
Com base nisso, responda à seguinte questão: se 
chegamos ao conhecimento das Formas mediante a 
dialética, que é o estabelecimento de fundamentos 
que possibilitam o conhecimento das coisas 
particulares (sombras), é CORRETO dizer: 
a) para Platão, a dialética é o conhecimento imediato 
(doxa) dos objetos particulares. 
b) o Bem é um objeto particular, que pode ser 
conhecido sensivelmente, de modo imediato e indolor, 
por todos os seres humanos. 
c) as Formas são somente suposições teóricas, sem 
realidade nelas mesmas. 
d) a dialética, que não é o último estágio do ser e do 
conhecer, permite chegar, mediante um processo 
difícil, que exige esforço, às coisas em si mesmas 
(Formas). 
e) a dialética, último estágio do ser e do conhecer, 
permite chegar, mediante um processo difícil, ao 
conhecimento do Bem. 
 
FIL0078 - (Uel) Leia a tirinha e o texto a seguir para 
responder à questão. 
 
Exercita-te primeiro, caro amigo, e aprende o que é 
preciso conhecer para te iniciares na política; antes, 
não. Então, primeiro precisarás adquirir virtude, tu ou 
quem quer que se disponha a governar ou a 
administrar não só a sua pessoa e seus interesses 
5 
 
particulares, como a cidade e as coisas a ela 
pertinentes. Assim, o que precisas alcançar não é o 
poder absoluto para fazeres o que bem entenderes 
contigo ou com a cidade, porém justiça e sabedoria. 
PLATÃO, O primeiro Alcebíades. Trad. Carlos Alberto Nunes. 
Belém: EDUFPA, 2004. p. 281-285. 
Com base na tirinha, no texto e nos conhecimentos 
sobre a ética e a política em Platão, assinale a 
alternativa correta. 
a) A virtude individual terá fraca influência sobre o 
governo da cidade, já que a administração da cidade 
independe da qualidade de seus cidadãos. 
b) Justiça, sabedoria e virtude resultam da opinião do 
legislador sobre o que seria melhor para a cidade e 
para o indivíduo. 
c) O indivíduo deve possuir a virtude antes de dirigir a 
cidade, pois assim saberá bem governar e ser justo, já 
que se autogoverna. 
d) Para se iniciar em política, primeiro é necessário o 
poder absoluto para fazer o bem para a cidade e a si 
próprio. 
e) Todo conflito desaparece em uma cidade se a 
virtude fizer parte da administração, mesmo que o 
dirigente não a possua. 
 
FIL0079 - (Enem) Os andróginos tentaram escalar o céu 
para combater os deuses. No entanto, os deuses em 
um primeiro momento pensam em matá-los de forma 
sumária. Depois decidem puni-los da forma mais cruel: 
dividem-nos em dois. Por exemplo, é como se 
pegássemos um ovo cozido e, com uma linha, 
dividíssemos ao meio. Desta forma, até hoje as 
metades separadas buscam reunir-se. Cada um com 
saudade de sua metade, tenta juntar-se novamente a 
ela, abraçando-se, enlaçando-se um ao outro, 
desejando formar um único ser. 
PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987. 
 
No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por 
meio de uma alegoria, o 
a) bem supremo como fim do homem. 
b) prazer perene como fundamento da felicidade. 
c) ideal inteligível como transcendência desejada. 
d) amor como falta constituinte do ser humano. 
e) autoconhecimento como caminho da verdade. 
 
FIL0080 - (Enem) Estamos, pois, de acordo quando, ao 
ver algum objeto, dizemos: "Este objeto que estou 
vendo agora tem tendências para assemelhar-se a um 
outro ser, mas, por ter defeitos, não consegue ser tal 
como o ser em questão, e lhe é, pelo contrário, 
inferior". Assim, para podermos fazer estas reflexões, 
é necessário que antes tenhamos tido ocasião de 
conhecer esse ser de que se aproxima o dito objeto, 
ainda que imperfeitamente. 
PLATÃO, Fédon. São Paulo: Abril Cultural, 1972. 
Na epistemologia platônica, conhecer um determinado 
objeto implica 
a) estabelecer semelhanças entre o que é observado 
em momentos distintos. 
b) comparar o objeto observado com uma descrição 
detalhada dele. 
c) descrever corretamente as características do objeto 
observado. 
d) fazer correspondência entre o objeto observado e 
seu ser. 
e) identificar outro exemplar idêntico ao observado. 
 
FIL0081 - (Enem) Suponha homens numa morada 
subterrânea, em forma de caverna, cuja entrada, 
aberta à luz, se estende sobre todo o comprimento da 
fachada; eles estão lá desde a infância, as pernas e o 
pescoço presos por correntes, de tal sorte que não 
podem trocar de lugar e só podem olhar para frente, 
pois os grilhões os impedem de voltar a cabeça; a luz 
de uma fogueira acesa ao longe, numa elevada do 
terreno, brilha por detrás deles; entre a fogueira e os 
prisioneiros, há um caminho ascendente; ao longo do 
caminho, imagine um pequeno muro, semelhante aos 
tapumes que os manipuladores de marionetes armam 
entre eles e o público e sobre os quais exibem seus 
prestígios. 
PLATÃO. A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 
2007. 
 
Essa narrativa de Platão é uma importante 
manifestação cultural do pensamento grego antigo, 
cuja ideia central, do ponto de vista filosófico, 
evidencia o(a) 
a) caráter antropológico, descrevendo as origens do 
homem primitivo. 
b) sistema penal da época, criticando o sistema 
carcerário da sociedade ateniense. 
c) vida cultural e artística, expressa por dramaturgos 
trágicos e cômicos gregos. 
d) sistema político elitista, provindo do surgimento da 
pólis e da democracia ateniense. 
e) teoria do conhecimento,expondo a passagem do 
mundo ilusório para o mundo das ideias. 
 
FIL0082 – (Enem) 
 
6 
 
No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado 
apontando para o alto. Esse gesto significa que o 
conhecimento se encontra em uma instância na qual o 
homem descobre a 
a) suspensão do juízo como reveladora da verdade. 
b) realidade inteligível por meio do método dialético. 
c) salvação da condição mortal pelo poder de Deus. 
d) essência das coisas sensíveis no intelecto divino. 
e) ordem intrínseca ao mundo por meio da 
sensibilidade 
 
 
FIL0083 - (Ueg) A expressão “Tudo o que é bom, belo e 
justo anda junto” foi escrita por um dos grandes 
filósofos da humanidade. Ela resume muito de sua 
perspectiva filosófica, sendo uma das bases da escola 
de pensamento conhecida como 
a) cartesianismo, estabelecida por Descartes, no qual 
se acredita que a essência precede a existência. 
b) estoicismo, que tem no imperador romano Marco 
Aurélio um de seus grandes nomes, que pregava a 
serenidade diante das tragédias. 
c) existencialismo, que tem em Sartre um de seus 
grandes nomes, para o qual a existência precede a 
essência. 
d) platonismo, estabelecida por Platão, no qual se 
entendia o mundo físico como uma imitação imperfeita 
do mundo ideal. 
 
 
FIL0084 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
Tudo isso ela [Diotima] me ensinava, quando sobre as 
questões de amor [eros] discorria, e uma vez ela me 
perguntou: – que pensas, ó Sócrates, ser o motivo desse 
amor e desse desejo? A natureza mortal procura, na 
medida do possível, ser sempre e ficar imortal. E ela só 
pode assim, através da geração, porque sempre deixa 
um outro ser novo em lugar do velho; pois é nisso que 
se diz que cada espécie animal vive e é a mesma. É em 
virtude da imortalidade que a todo ser esse zelo e esse 
amor acompanham. 
(Adaptado de: PLATÃO. O Banquete. 4.ed. São Paulo: Nova 
Cultural, 1987, p.38-39. Coleção Os Pensadores.) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o amor 
em Platão, assinale a alternativa correta. 
a) A aspiração humana de procriação, inspirada por 
Eros, restringe-se ao corpo e à busca da beleza física. 
b) O eros limita-se a provocar os instintos irrefletidos e 
vulgares, uma vez que atende à mera satisfação dos 
apetites sensuais. 
c) O eros físico representa a vontade de conservação 
da espécie, e o espiritual, a ânsia de eternização por 
obras que perdurarão na memória. 
d) O ser humano é idêntico e constante nas diversas 
fases da vida, por isso sua identidade iguala-se à dos 
deuses. 
e) Os seres humanos, como criação dos deuses, 
seguem a lei dos seres infinitos, o que lhes permite 
eternidade. 
 
FIL0085 - (Enem) Mas, sendo minha intenção escrever 
algo de útil para quem por tal se interesse, pareceu-me 
mais conveniente ir em busca da verdade extraída dos 
fatos e não à imaginação dos mesmos, pois muitos 
conceberam repúblicas e principados jamais vistos ou 
conhecidos como tendo realmente existido. 
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Disponível em: 
www.culturabrasil.pro.br. Acesso em: 4 abr. 2013. 
 
A partir do texto, é possível perceber a crítica 
maquiaveliana à filosofia política de Platão, pois há 
nesta a 
a) elaboração de um ordenamento político com 
fundamento na bondade infinita de Deus. 
b) explicitação dos acontecimentos políticos do 
período clássico de forma imparcial. 
c) utilização da oratória política como meio de 
convencer os oponentes na ágora. 
d) investigação das constituições políticas de Atenas 
pelo método indutivo. 
e) idealização de um mundo político perfeito existente 
no mundo das ideias. 
 
FIL0086 - (Enem) Para Platão, o que havia de 
verdadeiro em Parmênides era que o objeto de 
conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, 
e era preciso estabelecer uma relação entre objeto 
racional e objeto sensível ou material que privilegiasse 
o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas 
irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em 
sua mente. 
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São 
Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado). 
 
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, 
um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão 
(427–346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se 
situa diante dessa relação? 
a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as 
duas. 
b) Privilegiando os sentidos e subordinando o 
conhecimento a eles. 
c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e 
sensação são inseparáveis. 
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar 
conhecimento, mas a sensação não. 
e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a 
sensação é superior à razão. 
 
7 
 
FIL0087 - (Enem) Pode-se viver sem ciência, pode-se 
adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente, 
pode-se desprezar as evidências empíricas. No 
entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum 
homem honesto pode ignorar que uma outra atitude 
intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com 
base em razões e evidências e questionar tudo o mais 
a fim de descobrir seu sentido último. 
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São 
Paulo: Odysseus, 2002. 
 
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a 
formação do pensamento Ocidental. No texto, é 
ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os 
autores que, em linhas gerais, refere-se à 
a) adoção da experiência do senso comum como 
critério de verdade. 
b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento 
resultante de evidências empíricas. 
c) pretensão de a experiência legitimar por si mesma a 
verdade. 
d) defesa de que a honestidade condiciona a 
possibilidade de se pensar a verdade. 
e) compreensão de que a verdade deve ser justificada 
racionalmente. 
FIL0088 - (Unisc) Nos livros II e III, Platão, através de 
Sócrates, discute sobre as artes no contexto da 
educação dos guardiães. Já no livro X, ele trata de 
vários tipos de práticas artísticas, que devem ser 
consideradas na cidade como um todo, não somente 
nas instituições pedagógicas. Nesse último livro, 
Sócrates é duro ao afirmar que a poesia (imitativa) 
deve ser inteiramente excluída da cidade (595a). Em 
que obra essa recusa de Sócrates está registrada? 
a) No diálogo “Banquete”, de Platão, em que Sócrates 
trata dos diversos tipos de arte. 
b) No diálogo “Teeteto”, de Platão, em que Sócrates e 
esse personagem discutem sobre a natureza da arte, 
especialmente da poesia. 
c) No diálogo “Timeu”, de Platão, em que Sócrates 
discorre sobre o tema da arte, reportando-se à 
natureza da pintura e da poesia. 
d) No diálogo “Político”, de Platão, em que Sócrates 
apresenta a arte da política aos cidadãos atenienses. 
e) No diálogo “República”, de Platão, no qual Sócrates 
afirma que a poesia pode levar à corrupção do caráter 
humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
notas
1 
 
 
 
 
FIL0089 - (Enem) Vimos que o homem sem lei é injusto 
e o respeitador da lei é justo; evidentemente todos os 
atos legítimos são, em certo sentido, atos justos, 
porque os atos prescritos pela arte do legislador são 
legítimos e cada um deles é justo. Ora, nas disposições 
que tomam sobre todos os assuntos, as leis têm em 
mira a vantagem comum, quer de todos, quer dos 
melhores ou daqueles que detêm o poder ou algo 
desse gênero; de modo que, em certo sentido, 
chamamos justos aqueles atos que tendem a produzir 
e a preservar, para a sociedade política, a felicidade e 
os elementos que a compõem. 
ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010 
(adaptado). 
 
De acordo com o texto de Aristóteles, o legislador deve 
agir conforme a 
a) moral e a vida privada. 
b) virtude e os interesses públicos. 
c) utilidade e os critérios pragmáticos. 
d) lógica e os princípios metafísicos. 
e) razão e as verdades transcendentes. 
 
FIL0090 - (Enem) Dado que, dos hábitos racionais com 
os quais captamos a verdade, alguns são sempre 
verdadeiros, enquanto outros admitem o falso, como a 
opiniãoe o cálculo, enquanto o conhecimento 
científico e a intuição são sempre verdadeiros, e dado 
que nenhum outro gênero de conhecimento é mais 
exato que o conhecimento científico, exceto a intuição, 
e, por outro lado, os princípios são mais conhecidos 
que as demonstrações, e dado que todo conhecimento 
científico constitui-se de maneira argumentativa, não 
pode haver conhecimento científico dos princípios, e 
dado que não pode haver nada mais verdadeiro que o 
conhecimento científico, exceto a intuição, a intuição 
deve ter por objeto os princípios. 
ARISTÓTELES. Segundos analíticos. In: REALE, G. História da 
filosofia antiga. São Paulo: Loyola, 1994. 
 
Os princípios, base da epistemologia aristotélica, 
pertencem ao domínio do(a) 
a) opinião, pois fazem parte da formação da pessoa. 
b) cálculo, pois são demonstrados por argumentos. 
c) conhecimento científico, pois admitem provas 
empíricas. 
d) intuição, pois ela é mais exata que o conhecimento 
científico. 
e) prática de hábitos racionais, pois com ela se capta a 
verdade. 
 
 
FIL0091 - (Enem) Se, pois, para as coisas que fazemos 
existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o 
mais é desejado no interesse desse fim; evidentemente 
tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas não terá 
o conhecimento, porventura, grande influência sobre 
essa vida? Se assim é, esforcemo-nos por determinar, 
ainda que em linhas gerais apenas, o que seja ele e de 
qual das ciências ou faculdades constitui o objeto. 
Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à arte 
mais prestigiosa e que mais verdadeiramente se pode 
chamar a arte mestra. Ora, a política mostra ser dessa 
natureza, pois é ela que determina quais as ciências 
que devem ser estudadas num Estado, quais são as que 
cada cidadão deve aprender, e até que ponto; e vemos 
que até as faculdades tidas em maior apreço, como a 
estratégia, a economia e a retórica, estão sujeitas a ela. 
Ora, como a política utiliza as demais ciências e, por 
outro lado, legisla sobre o que devemos e o que não 
devemos fazer, a finalidade dessa ciência deve 
abranger as das outras, de modo que essa finalidade 
será o bem humano. 
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: Pensadores. São Paulo: Nova 
Gunman 1991 (adaptado). 
 
Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a 
organização da pólis pressupõe que 
a) o bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir 
seus interesses. 
b) o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são os 
portadores da verdade. 
c) a política é a ciência que precede todas as demais na 
organização da cidade. 
d) a educação visa formar a consciência de cada pessoa 
para agir corretamente. 
e) a democracia protege as atividades políticas 
necessárias para o bem comum. 
www.professorferretto.com.br
ProfessorFerretto ProfessorFerretto
Filosofia Antiga - Aristóteles 
 
2 
 
FIL0092 - (Enem) Ninguém delibera sobre coisas que 
não podem ser de outro modo, nem sobre as que lhe é 
impossível fazer. Por conseguinte, como o 
conhecimento científico envolve demonstração, mas 
não há demonstração de coisas cujos primeiros 
princípios são variáveis (pois todas elas poderiam ser 
diferentemente), e como é impossível deliberar sobre 
coisas que são por necessidade, a sabedoria prática 
não pode ser ciência, nem arte: nem ciência, porque 
aquilo que se pode fazer é capaz de ser 
diferentemente, nem arte, porque o agir e o produzir 
são duas espécies diferentes de coisa. Resta, pois, a 
alternativa de ser ela uma capacidade verdadeira e 
raciocinada de agir com respeito às coisas que são boas 
ou más para o homem. 
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1980. 
Aristóteles considera a ética como pertencente ao 
campo do saber prático. Nesse sentido, ela difere-se 
dos outros saberes porque é caracterizada como 
a) conduta definida pela capacidade racional de 
escolha. 
b) capacidade de escolher de acordo com padrões 
científicos. 
c) conhecimento das coisas importantes para a vida do 
homem. 
d) técnica que tem como resultado a produção de boas 
ações. 
e) política estabelecida de acordo com padrões 
democráticos de deliberação. 
 
FIL0093 - (Enem) Enquanto o pensamento de Santo 
Agostinho representa o desenvolvimento de uma 
filosofia cristã inspirada em Platão, o pensamento de 
São Tomás reabilita a filosofia de Aristóteles – até 
então vista sob suspeita pela Igreja –, mostrando ser 
possível desenvolver uma leitura de Aristóteles 
compatível com a doutrina cristã. O aristotelismo de 
São Tomás abriu caminho para o estudo da obra 
aristotélica e para a legitimação do interesse pelas 
ciências naturais, um dos principais motivos do 
interesse por Aristóteles nesse período. 
MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 
2005. 
A Igreja Católica por muito tempo impediu a divulgação 
da obra de Aristóteles pelo fato de a obra aristotélica 
a) valorizar a investigação científica, contrariando 
certos dogmas religiosos. 
b) declarar a inexistência de Deus, colocando em 
dúvida toda a moral religiosa. 
c) criticar a Igreja Católica, instigando a criação de 
outras instituições religiosas. 
d) evocar pensamentos de religiões orientais, minando 
a expansão do cristianismo. 
e) contribuir para o desenvolvimento de sentimentos 
antirreligiosos, seguindo sua teoria política. 
FIL0094 - (Enem) Ambos prestam serviços corporais 
para atender às necessidades da vida. A natureza faz o 
corpo do escravo e do homem livre de forma diferente. 
O escravo tem corpo forte, adaptado naturalmente ao 
trabalho servil. Já o homem livre tem corpo ereto, 
inadequado ao trabalho braçal, porém apto à vida do 
cidadão. 
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985. 
O trabalho braçal é considerado, na filosofia 
aristotélica, como 
a) indicador da imagem do homem no estado de 
natureza. 
b) condição necessária para a realização da virtude 
humana. 
c) atividade que exige força física e uso limitado da 
racionalidade. 
d) referencial que o homem deve seguir para viver uma 
vida ativa. 
e) mecanismo de aperfeiçoamento do trabalho por 
meio da experiência. 
 
FIL0095 - (Enem) Ao falar do caráter de um homem não 
dizemos que ele é sábio ou que possui entendimento, 
mas que é calmo ou temperante. No entanto, 
louvamos também o sábio, referindo-se ao hábito; e 
aos hábitos dignos de louvor chamamos virtude. 
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova CuIturaI, 1973. 
Em Aristóteles, o conceito de virtude ética expressa a 
a) excelência de atividades praticadas em consonância 
com o bem comum. 
b) concretização utilitária de ações que revelam a 
manifestação de propósitos privados. 
c) concordância das ações humanas aos preceitos 
emanados da divindade. 
d) realização de ações que permitem a configuração da 
paz interior. 
e) manifestação de ações estéticas, coroadas de 
adorno e beleza. 
 
FIL0096 - (Enem) A felicidade é portanto, a melhor, a 
mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses 
atributos não devem estar separados como na 
inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre 
é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce 
é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão 
presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas 
a melhor, nós a identificamos como felicidade. 
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. 
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais 
excelentes atributos, Aristóteles a identifica como 
a) busca por bens materiais e títulos de nobreza. 
b) plenitude espiritual a ascese pessoal. 
c) finalidade das ações e condutas humanas. 
d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. 
e) expressão do sucesso individual e reconhecimento 
público. 
3 
 
FIL0097 - (Enem) O termo injusto se aplica tanto às 
pessoas que infringem a lei quanto às pessoas 
ambiciosas (no sentido de quererem mais do que 
aquilo a que têm direito) e iníquas, de tal forma que as 
cumpridoras da lei e as pessoas corretasserão justas. 
O justo, então, é aquilo conforme à lei e o injusto é o 
ilegal e iníquo. 
ARISTÓTELES. Ética à Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural: 1996 
(adaptado). 
 
Segundo Aristóteles, pode-se reconhecer uma ação 
justa quando ela observa o 
a) compromisso com os movimentos desvinculados da 
legalidade. 
b) benefício para o maior número possível de 
indivíduos. 
c) interesse para a classe social do agente da ação. 
d) fundamento na categoria de progresso histórico. 
e) princípio de dar a cada um o que lhe é devido. 
 
FIL0098 - (Enem) Pode-se viver sem ciência, pode-se 
adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente, 
pode-se desprezar as evidências empíricas. No 
entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum 
homem honesto pode ignorar que uma outra atitude 
intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com 
base em razões e evidências e questionar tudo o mais 
a fim de descobrir seu sentido último. 
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: 
Odysseus, 2002. 
 
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a 
formação do pensamento Ocidental. No texto, é 
ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os 
autores que, em linhas gerais, refere-se à 
a) adoção da experiência do senso comum como 
critério de verdade. 
b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento 
resultante de evidências empíricas. 
c) pretensão de a experiência legitimar por si mesma a 
verdade. 
d) defesa de que a honestidade condiciona a 
possibilidade de se pensar a verdade. 
e) compreensão de que a verdade deve ser justificada 
racionalmente. 
 
FIL0099 - (Enem) Quanto à deliberação, deliberam as 
pessoas sobre tudo? São todas as coisas objetos de 
possíveis deliberações? Ou será a deliberação 
impossível no que tange a algumas coisas? Ninguém 
delibera sobre coisas eternas e imutáveis, tais como a 
ordem do universo; tampouco sobre coisas mutáveis, 
como os fenômenos dos solstícios e o nascer do sol, 
pois nenhuma delas pode ser produzida por nossa 
ação. 
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Edipro, 2007. (adaptado). 
O conceito de deliberação tratado por Aristóteles é 
importante para entender a dimensão da 
responsabilidade humana. A partir do texto, considera-
se que é possível ao homem deliberar sobre 
a) coisas imagináveis, já que ele não tem controle sobre 
os acontecimentos da natureza. 
b) ações humanas, ciente da influência e da 
determinação dos astros sobre as mesmas. 
c) fatos atingíveis pela ação humana, desde que 
estejam sob seu controle. 
d) fatos e ações mutáveis da natureza, já que ele é 
parte dela. 
e) coisas eternas, já que ele é por essência um ser 
religioso. 
 
 
FIL0100 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
[...] a arte imita a natureza [. . . ] Em geral a arte perfaz 
certas coisas que a natureza é incapaz de elaborar e a 
imita. Assim, se as coisas que são conforme a arte são 
em vistas de algo, evidentemente também o são as 
coisas conforme à natureza. 
ARISTÓTELES, Física I e II. 194 a20; 199 a13-18. Tradução adaptada 
de Lucas Angioni. Campinas: IFCH/UNICAMP, 1999. p.47; 58. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre mímesis 
(imitação) em Aristóteles, assinale a alternativa 
correta. 
a) O artista deve copiar a natureza, retirando suas 
imperfeições ao imitá-la com base no modelo que 
nunca muda. 
b) O procedimento do artista resulta em imitar a 
natureza de maneira realista, típica do naturalismo 
grego. 
c) A arte, distinta da natureza, produz imitações desta, 
mas são criações sem finalidade ou utilidade. 
d) A arte completa a natureza por ser a capacidade 
humana para criar e produzir o que a natureza não 
produz. 
e) A arte produz o prazer em vista de um fim, e a 
natureza gera em vista do que é útil. 
 
 
FIL0101 - (Uece) “Chamo de princípio de demonstração 
às convicções comuns das quais todos partem para 
demonstrar: por exemplo, que todas as coisas devem 
ser afirmadas ou negadas e que é impossível ser e não 
ser ao mesmo tempo.” 
ARISTÓTELES. Metafísica, 996b27-30. 
 
Em sua Metafísica, Aristóteles apresenta um conjunto 
de princípios lógico-metafísicos que ordenam a 
realidade e nosso conhecimento acerca dela. Dentre 
eles está o princípio de não contradição, o qual 
4 
 
a) indica que afirmações contraditórias são lógica e 
metafisicamente aceitáveis, pois a contradição faz 
parte da realidade. 
b) estabelece que é possível que as coisas que tenham 
tais e tais características não as tenham ao mesmo 
tempo sob as mesmas circunstâncias. 
c) afirma que é impossível que as coisas que tenham 
tais e tais características não as tenham ao mesmo 
tempo sob as mesmas circunstâncias. 
d) é normativo, ou moral; portanto, deve ser rejeitado 
como antimetafísico, ou seja, não caracteriza a 
realidade. 
 
FIL0102 - (Uece) Se na Ética a Nicômaco Aristóteles visa 
encaminhar o indivíduo à felicidade, na Política ele tem 
por finalidade alcançar o bem comum, o bem viver. Por 
isso, ele compreende que a origem da polis está na 
necessidade natural do homem em buscar a felicidade. 
A comunidade natural mais incipiente é a família, na 
qual seus membros se unem para facilitar as atividades 
básicas de sobrevivência. E várias famílias se ligam para 
formar a aldeia. E as aldeias se juntam para instituir a 
polis. 
Sobre isso, é correto afirmar que 
a) o homem não é naturalmente um animal político, 
mas é, por natureza, um membro da família. 
b) a polis não é uma noção artificial, mas natural, pois 
é o lugar do homem desenvolver as suas 
potencialidades em vista ao bem-viver. 
c) a felicidade do homem está nas condições que 
permitem sua sobrevivência no âmbito da família. 
d) a polis se constitui independente das famílias e das 
aldeias, pois é a única comunidade natural a que o 
homem pertence. 
 
FIL0103 - (Uece) Leia atentamente a seguinte 
passagem: 
“A experiência parece um pouco semelhante à ciência 
(epistéme) e à arte (tékhne). Com efeito, os homens 
adquirem ciência e arte por meio da experiência. A 
experiência, como diz Polo, produz a arte, enquanto a 
inexperiência produz o puro acaso. A arte se produz 
quando, de muitas observações da experiência, forma-
se um juízo geral e único passível de ser referido a 
todos os casos semelhantes” (Aristóteles, Metafísica, 
981a5). 
 
Com base no texto acima, considere as seguintes 
afirmações: 
 
I. Somente a ciência é conhecimento universal, cujos 
juízos gerais se aplicam a todos os casos semelhantes. 
II. A tékhne é uma forma de conhecimento universal, 
pois, com base nas experiências, se forma um juízo 
geral. 
III. Por ser semelhante à experiência, a tékhne não 
constitui um conhecimento universal. 
IV. A experiência é pressuposto dos conhecimentos 
universais (tékhné e epistéme), mas não é ainda um 
conhecimento universal. 
 
É correto somente o que se afirma em 
a) I e IV. 
b) II e III. 
c) I e III. 
d) II e IV. 
 
FIL0104 - (Upe) 
 
 
Leia o texto a seguir sobre a Filosofia e a Consciência 
Moral. 
Na ética aristotélica, a sabedoria e a prudência, nossas 
virtudes intelectivas, formam a diferença específica do 
ser humano, tornando-o uma espécie distinta de todas 
as outras. Então, no homem, a physis deu um 
fantástico salto qualitativo quando produziu o 
intelecto, que é teórico (sabedoria) e, ao mesmo 
tempo, prático (prudência); através dessas duas 
energias, o homem busca as razões profundas da 
existência e administra a vida quotidiana. 
(PEGORARO, Olinto. Ética dos maiores mestres através da história. 
Petrópolis: Vozes, 2006, p. 49.). 
 
Com relação a esse assunto, analise os itens a seguir: 
 
I. A prudência tem o poder de discernir e ponderar as 
ações do ser humano. 
II. O intelecto tem a potencialidade de penetrar na 
essência das coisas. 
III. A prudência dá o norte de toda a prática ética. O 
papel do homem prudente é o alcance do seu bem 
possível diante do excesso ou da escassez. 
IV. A prudência ou sabedoria prática induz à decisãodo 
que seja o mal e o bem, do injusto e do justo no âmbito 
da vida cotidiana. 
Estão CORRETOS 
a) apenas I, II e III. 
b) apenas II e III. 
c) apenas III e IV. 
d) apenas I e III. 
e) I, II, III e IV. 
5 
 
FIL0105 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
Alguns julgam que a grandeza de uma cidade depende 
do número dos seus habitantes, quando o que importa 
é prestar atenção à capacidade, mais do que ao 
número de habitantes, visto que uma cidade tem uma 
obra a realizar. [...] A cidade melhor é, 
necessariamente, aquela em que existe uma 
quantidade de população suficiente para viver bem 
numa comunidade política. [...] resulta evidente, pois, 
que o limite populacional perfeito é aquele que não 
excede a quantidade necessária de indivíduos para 
realizar uma vida autossuficiente comum a todos. Fica, 
assim, determinada a questão relativa à grandeza da 
cidade. 
(ARISTÓTELES, Política 1326b6-25 Edição bilíngue. Tradução e 
notas de António C. Amaral e Carlos C. Gomes. Lisboa: Vega, 1998. 
p. 495- 499.) 
 
Com base no texto e considerando o papel da cidade-
estado (pólis) no pensamento ético-político de 
Aristóteles, assinale a alternativa correta. 
a) As dimensões da pólis determinam a qualidade de 
seu governo: quanto mais cidadãos, maior e melhor 
será a sua participação política. 
b) A pólis não é natural, por isso é importante organizá-
la bem em tamanho e quantidade de cidadãos para que 
a sociedade seja autossuficiente. 
c) O ser humano, por ser autossuficiente, pode 
prescindir da pólis, pois o bem viver depende mais do 
indivíduo que da sociedade. 
d) A pólis realiza a própria obra quando possui um 
número suficiente de cidadãos que possibilite o bem 
viver. 
e) O ser humano, como animal político, tende a 
realizar-se na pólis, mesmo que esta possua 
quantidade excessiva de cidadãos. 
 
FIL0106 - (Ufu) "O filósofo natural e o dialético darão 
definições diferentes para cada uma dessas afecções. 
Por exemplo, no caso da pergunta "O que é a raiva?", o 
dialético dirá que se trata de um desejo de vingança, 
ou algo deste tipo; o filósofo natural dirá que se trata 
de um aquecimento do sangue ou de fluidos quentes 
do coração. Um explica segundo a matéria, o outro, 
segundo a forma e a definição. A definição é o "o que 
é" da coisa, mas, para existir, esta precisa da matéria." 
Aristóteles. Sobre a alma, I,1 403a 25-32. Lisboa: Imprensa 
Nacional-Casa da Moeda, 2010. 
Considerando-se o trecho acima, extraído da obra 
Sobre a Alma, de Aristóteles (384-322 a.C.), assinale a 
alternativa que nomeia corretamente a doutrina 
aristotélica em questão. 
a) Teoria das categorias. 
b) Teoria do ato-potência. 
c) Teoria das causas. 
d) Teoria do eudaimonismo 
FIL0107 - (Upe) Leia o texto a seguir sobre o Estado 
Democrático. 
Para Aristóteles, o motivo pelo qual nasce o Estado é o 
de tornar possível a vida e também uma vida feliz. De 
fato, a meta final da vida humana é a felicidade. Por 
isso, a razão de ser do Estado é facilitar o acesso a essa 
meta. 
MONDIN, B. O homem, quem é ele? São Paulo: Edições Paulinas, 
1980, p. 157. 
 
Na citação acima, o autor faz uma reflexão filosófica 
sobre a dimensão do Estado, afirmando que 
a) o Estado é a felicidade da vida humana, e a razão tem 
valor secundário nessa meta. 
b) a meta final da vida humana é a felicidade, e o 
sentido do Estado é obstar o acesso a essa meta. 
c) o Estado tem significância na meta da felicidade, e a 
vida humana é, por natureza, social. 
d) na esfera do Estado, a questão democrática é 
prescindível. 
e) a democracia é condição secundária na razão de ser 
do Estado. 
 
 
FIL0108 - (Upe) Sobre o problema político e social, 
atente ao texto a seguir: 
O homem verdadeiramente político também goza a 
reputação de haver estudado a virtude acima de todas 
as coisas, pois que ele deseja fazer com que os seus 
concidadãos sejam bons e obedientes às leis. Mas a 
virtude que devemos estudar é, fora de qualquer 
dúvida, a virtude humana; porque humano era o bem 
e humana a felicidade que buscávamos. 
Aristóteles. Ética a Nicômaco. São Paulo, 1973, p. 263. 
 
Na citação acima, Aristóteles retrata que 
a) a virtude humana é a busca da felicidade e não diz 
respeito à dimensão política que é da esfera do social. 
b) o verdadeiro homem prudente no âmbito político 
busca e faz uso do equilíbrio da vida pessoal e social. 
c) os cidadãos são bons e obedientes às leis, isto é, 
declinam do valor da virtude humana. 
d) o homem verdadeiramente político deve buscar o 
bem e a felicidade na esfera individual. 
e) a virtude humana é um projeto individual e 
indiferente no âmbito da convivência político-social. 
 
 
FIL0109 - (Unisc) Aristóteles, na obra Etica a Nicômaco, 
procura o fim último de todas as atividades humanas, 
uma vez que tudo o que fazemos visa alcançar um bem, 
ou o que nos parece ser um bem. Pergunta-se, então, 
pelo “sumo bem”, aquele que em si mesmo é um fim, 
e não um meio para o que quer que seja. Para 
Aristóteles, na Ética a Nicômaco, o sumo bem está 
6 
 
a) na honra. 
b) na riqueza. 
c) na fama. 
d) na vida feliz. 
e) na lealdade. 
 
FIL0110 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
É pois manifesto que a ciência a adquirir é a das causas 
primeiras (pois dizemos que conhecemos cada coisa 
somente quando julgamos conhecer a sua primeira 
causa); ora, causa diz-se em quatro sentidos: no 
primeiro, entendemos por causa a substância e a 
essência (o “porquê” reconduz-se pois à noção última, 
e o primeiro “porquê” é causa e princípio); a segunda 
causa é a matéria e o sujeito; a terceira é a de onde vem 
o início do movimento; a quarta causa, que se opõe à 
precedente, é o “fim para que” e o bem (porque este é, 
com efeito, o fim de toda a geração e movimento). 
Adaptado de: ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. De Vincenzo Cocco. 
São Paulo: Abril S. A. Cultural, 1984. p.16. (Coleção Os 
Pensadores.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, 
assinale a alternativa que indica, corretamente, a 
ordem em que Aristóteles apresentou as causas 
primeiras. 
a) Causa final, causa eficiente, causa material e causa 
formal. 
b) Causa formal, causa material, causa final e causa 
eficiente. 
c) Causa formal, causa material, causa eficiente e causa 
final. 
d) Causa material, causa formal, causa eficiente e causa 
final. 
e) Causa material, causa formal, causa final e causa 
eficiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
notas
1 
 
 
 
 
FIL0111 - (Enem) A quem não basta pouco, nada basta. 
EPICURO. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1985. 
Remanescente do período helenístico, a máxima 
apresentada valoriza a seguinte virtude: 
a) Esperança, tida como confiança no porvir. 
b) Justiça, interpretada como retidão de caráter. 
c) Temperança, marcada pelo domínio da vontade. 
d) Coragem, definida como fortitude na dificuldade. 
e) Prudência, caracterizada pelo correto uso da razão. 
 
FIL0112 - (Enem) XI. Jamais, a respeito de coisa alguma, 
digas: “Eu a perdi”, mas sim: “eu a restituí”. O filho 
morreu? Foi restituído. A mulher morreu? Foi 
restituída. “A propriedade me foi subtraída”, então 
também foi restituída. “Mas quem a subtraiu é mau”. 
O que te importa por meio de quem aquele que te dá 
a pede de volta? Na medida em que ele der, faz uso do 
mesmo modo de quem cuida das coisas de outrem. Do 
mesmo modo como fazem os que se instalam em uma 
hospedaria. 
EPICTETO. Encheirídion. In: DINUCCI, A. Introdução ao Manual de 
Epicteto. São Cristóvão: UFS, 2012 (adaptado). 
 
A característica do estoicismo presente nessa citação 
do filósofo grego Epicteto é 
a) explicar o mundo com números. 
b) identificar a felicidade com o prazer. 
c) aceitar os sofrimentos com serenidade. 
d) questionar o saber científico com veemência. 
e) considerar as convenções sociais com desprezo. 
 
FIL0113 - (Enem) Pirro afirmava que nada é nobre nem 
vergonhoso, justo ou injusto;e que, da mesma 
maneira, nada existe do ponto de vista da verdade; que 
os homens agem apenas segundo a lei e o costume, 
nada sendo mais isto do que aquilo. Ele levou uma vida 
de acordo com esta doutrina, nada procurando evitar 
e não se desviando do que quer que fosse, suportando 
tudo, carroças, por exemplo, precipícios, cães, nada 
deixando ao arbítrio dos sentidos. 
LAÉRCIO, D. Vidas e sentenças dos filósofos ilustres. Brasília: 
Editora UnB, 1988. 
 
O ceticismo, conforme sugerido no texto, caracteriza-
se por: 
a) Desprezar quaisquer convenções e obrigações da 
sociedade. 
b) Atingir o verdadeiro prazer como o princípio e o fim 
da vida feliz. 
c) Defender a indiferença e a impossibilidade de obter 
alguma certeza. 
d) Aceitar o determinismo e ocupar-se com a 
esperança transcendente. 
e) Agir de forma virtuosa e sábia a fim de enaltecer o 
homem bom e belo. 
 
FIL0114 - (Enem) Alguns dos desejos são naturais e 
necessários; outros, naturais e não necessários; outros, 
nem naturais nem necessários, mas nascidos de vã 
opinião. Os desejos que não nos trazem dor se não 
satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso 
pode ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua 
satisfação ou parecem geradores de dano. 
EPICURO DE SAMOS. “Doutrinas principais”. In: SANSON, V. F. 
Textos de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974. 
 
No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem 
tem como fim 
a) alcançar o prazer moderado e a felicidade. 
b) valorizar os deveres e as obrigações sociais. 
c) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com 
resignação. 
d) refletir sobre os valores e as normas dadas pela 
divindade. 
e) defender a indiferença e a impossibilidade de se 
atingir o saber. 
 
FIL0115 - (Unisc) Nas suas Meditações, o filósofo 
estoico Marco Aurélio escreveu: 
 
“Na vida de um homem, sua duração é um ponto, sua 
essência, um fluxo, seus sentidos, um turbilhão, todo o 
seu corpo, algo pronto a apodrecer, sua alma, 
inquietude, seu destino, obscuro, e sua fama, duvidosa. 
Em resumo, tudo o que é relativo ao corpo é como o 
fluxo de um rio, e, quanto á alma, sonhos e fluidos, a 
vida é uma luta, uma breve estadia numa terra 
estranha, e a reputação, esquecimento. O que pode, 
portanto, ter o poder de guiar nossos passos? Somente 
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Filosofia Antiga - Helenismo 
 
2 
 
uma única coisa: a Filosofia. Ela consiste em abster-nos 
de contrariar e ofender o espírito divino que habita em 
nós, em transcender o prazer e a dor, não fazer nada 
sem propósito, evitar a falsidade e a dissimulação, não 
depender das ações dos outros, aceitar o que acontece, 
pois tudo provém de uma mesma fonte e, sobretudo, 
aguardar a morte com calma e resignação, pois ela 
nada mais é que a dissolução dos elementos pelos quais 
são formados todos os seres vivos. Se não há nada de 
terrível para esses elementos em sua contínua 
transformação, por que, então, temer as mudanças e a 
dissolução do todo?” 
 
Considere as seguintes afirmativas sobre esse texto: 
 
I. Marco Aurélio nos diz que a morte é um grande mal. 
II. Segundo Marco Aurélio, devemos buscar a fama, a 
riqueza e o prazer. 
III. Segundo Marco Aurélio, conseguindo fama, 
podemos transcender a finitude da vida humana. 
IV. Para Marco Aurélio, a filosofia é valiosa porque nos 
permite compreender que a morte é parte de um 
processo da natureza e assim evita que nos 
angustiemos por ela. 
V. Para Marco Aurélio, só a fé em Deus e em Cristo 
pode libertar o homem do temor da morte. 
VI. Para Marco Aurélio, o homem participa de uma 
realidade divina. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e V estão corretas. 
b) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. 
c) Somente as afirmativas IV e VI estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
e) Somente a afirmativa IV está correta. 
 
 
FIL0116 - (Ufsj) Sobre a ética na Antiguidade, é 
CORRETO afirmar que 
a) o ideal ético perseguido pelo estoicismo era um 
estado de plena serenidade para lidar com os 
sobressaltos da existência. 
b) os sofistas afirmavam a normatização e verdades 
universalmente válidas. 
c) Platão, na direção socrática, defendeu a necessidade 
de purificação da alma para se alcançar a ideia de bem. 
d) Sócrates repercutiu a ideia de uma ética intimista 
voltada para o bem individual, que, ao ser exercida, se 
espargiria por todos os homens. 
 
 
FIL0117 - (Ufsj) Sobre o ceticismo, é CORRETO afirmar 
que 
a) os céticos buscaram uma mediação entre “o ser” e o 
“poder-ser”. 
b) o ceticismo relativo tem no subjetivismo e no 
relativismo doutrinas manifestamente apoiadas em 
seu princípio maior: toda interatividade possível. 
c) Protágoras (séc. V a.C.), relativista, afirmou que “o 
Homem só entende a natureza porque o conhecimento 
emana dela e nela se instala”. 
d) Górgias (485-380 a.C.) e Pirro (365-275 a.C.) são 
apontados como possíveis fundadores do ceticismo 
absoluto. 
 
FIL0118 - (Uenp) Julgue as afirmações sobre a filosofia 
helenista. 
 
I. É o último período da filosofia antiga, quando a polis 
grega desaparece em razão de invasões sucessivas, por 
persas e romanos, sendo substituída pela cosmopolis, 
categoria de referência que altera a percepção de 
mundo do grego, principalmente no tocante à 
dimensão política. 
II. É um período constituído por grandes sistemas e 
doutrinas que apresentam explicações totalizantes da 
natureza, do homem, concentrando suas especulações 
no campo da filosofia prática, principalmente da ética. 
III. Surgem nesse período a filosofia estoica, o 
epicurismo, o ceticismo e o neoplatonismo. 
 
Estão corretas as afirmativas: 
a) Todas elas. 
b) Apenas I e II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas II e III. 
e) Apenas I. 
 
FIL0119 - (Ueg) Em meados do século IV a.C., Alexandre 
Magno assumiu o trono da Macedônia e iniciou uma 
série de conquistas e, a partir daí, construiu um vasto 
império que incluía, entre outros territórios, a Grécia. 
Essa dominação só teve fim com o desenvolvimento de 
outro império, o romano. Esse período ficou conhecido 
como helenístico e representou uma transformação 
radical na cultura grega. Nessa época, um pensador 
nascido em Élis, chamado Pirro, defendia os 
fundamentos do ceticismo. Ele fundou uma escola 
filosófica que pregava a ideia de que: 
a) seria impossível conhecer a verdade. 
b) seria inadmissível permanecer na mera opinião. 
c) os princípios morais devem ser inferidos da natureza. 
d) os princípios morais devem basear-se na busca pelo 
prazer. 
 
FIL0120 - (Uff) 
O mundo me condena, e ninguém tem pena 
Falando sempre mal do meu nome 
Deixando de saber se eu vou morrer de sede 
Ou se vou morrer de fome 
3 
 
Mas a filosofia hoje me auxilia 
A viver indiferente assim 
Nesta prontidão sem fim 
Vou fingindo que sou rico 
Pra ninguém zombar de mim 
Não me incomodo que você me diga 
Que a sociedade é minha inimiga 
Pois cantando neste mundo 
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo 
Quanto a você da aristocracia 
Que tem dinheiro, mas não compra alegria 
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente 
Que cultiva hipocrisia. 
 
 
 
Assinale a sentença do filósofo grego Epicuro cujo 
significado é o mais próximo da letra da canção 
“Filosofia”, composta em 1933 por Noel Rosa, em 
parceria com André Filho. 
a) É verdadeiro tanto o que vemos com os olhos como 
aquilo que apreendemos pela intuição mental. 
b) Para sermos felizes, o essencial é o que se passa em 
nosso interior, pois é deste que nós somos donos. 
c) Para se explicar os fenômenos naturais, não se deve 
recorrer nunca à divindade, mas se deve deixá-la livre 
de todo encargo, em sua completa felicidade. 
d) As leis existem para os sábios, não para impedir que 
cometam injustiças, mas para impedir que as sofram. 
e) A natureza é a mesma para todos os seres, por isso 
ela não fez os seres humanos nobres ou ignóbeis, e, sim 
suasações e intenções. 
FIL0121 - (Uenp) Sobre as escolas éticas do período 
helenístico, da antiguidade clássica da Filosofia Grega, 
associe a primeira com a segunda coluna e assinale e 
alternativa correta. 
 
I.epicurismo 
II. 
estoicismo 
III. ceticismo 
IV. ecletismo 
 
A - É uma moral hedonista. O fim 
supremo da vida é o prazer 
sensível; o critério único de 
moralidade é o sentimento. Os 
prazeres estéticos e intelectuais 
são como os mais altos prazeres. 
B - Visa sempre um fim último 
ético-ascético, sem qualquer 
metafísica, mesmo negativa. 
C - Se nada é verdadeiro, tudo vale 
unicamente. 
D - A paixão é sempre 
substancialmente má, pois é 
movimento irracional, morbo e 
vício da alma. 
 
 
a) I – A, II – B, III – C, IV – D 
b) I – A, II – B, III – D, IV – C 
c) I – A, II – D, III – C, IV – B 
d) I – A, II – D, III – B, IV – C 
e) I – D, II – A, III – B, IV – C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
notas
1 
 
 
 
 
FIL0122 - (Uece) Em diálogo com Evódio, Santo 
Agostinho afirma: “parecia a ti, como dizias, que o livre-
arbítrio da vontade não devia nos ter sido dado, visto 
que as pessoas servem-se dele para pecar. Eu opunha 
à tua opinião que não podemos agir com retidão a não 
ser pelo livre-arbítrio da vontade. E afirmava que Deus 
no-lo deu, sobretudo em vista desse bem. Tu me 
respondeste que a vontade livre devia nos ter sido 
dada do mesmo modo como nos foi dada a justiça, da 
qual ninguém pode se servir a não ser com retidão”. 
AGOSTINHO. O livre-arbítrio, Introdução, III, 18, 47. 
 
Com base nessa passagem acerca do livre-arbítrio da 
vontade, em Agostinho, é correto afirmar que 
a) o livre-arbítrio é o que conduz o homem ao pecado 
e ao afastamento de Deus. 
b) o poder de decisão ‒ arbítrio ‒ da vontade humana 
é o que permite a ação moralmente reta. 
c) é da vontade de Deus que o homem não tenha 
capacidade de decidir pelo pecado, já que o Seu amor 
pelo homem é maior do que o pecado. 
d) a ação justa é aquela que foi praticada com o livre-
arbítrio; injusta é aquela que não ocorreu por meio do 
livre-arbítrio. 
 
FIL0123 - (Enem) De fato, não é porque o homem pode 
usar a vontade livre para pecar que se deve supor que 
Deus a concedeu para isso. Há, portanto, uma razão 
pela qual Deus deu ao homem esta característica, pois 
sem ela não poderia viver e agir corretamente. Pode-
se compreender, então, que ela foi concedida ao 
homem para esse fim, considerando-se que se um 
homem a usar para pecar, recairão sobre ele as 
punições divinas. Ora, isso seria injusto se a vontade 
livre tivesse sido dada ao homem não apenas para agir 
corretamente, mas também para pecar. Na verdade, 
por que deveria ser punido aquele que usasse da sua 
vontade para o fim para o qual ela lhe foi dada? 
AGOSTINHO. O livre-arbítrio. In: MARCONDES, D. Textos básicos 
de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. 
 
Nesse texto, o filósofo cristão Agostinho de Hipona 
sustenta que a punição divina tem como fundamento 
o(a) 
a) desvio da postura celibatária. 
b) insuficiência da autonomia moral. 
c) afastamento das ações de desapego. 
d) distanciamento das práticas de sacrifício, 
e) violação dos preceitos do Velho Testamento. 
 
FIL0124 - (Uece) “O maniqueísmo é uma filosofia 
religiosa sincrética e dualística fundada e propagada 
por Manes ou Maniqueu, filósofo cristão do século III, 
que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, 
e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má e 
o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização 
do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para 
toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do 
Bem e do Mal.” 
Wikipédia. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Manique%C3%ADsmo. 
 
Contra o maniqueísmo, Agostinho de Hipona (Santo 
Agostinho) afirmava que 
a) Deus é o Bem absoluto, ao qual se contrapõe o Mal 
absoluto. 
b) as criaturas só são más numa consideração parcial, 
mas são boas em si mesmas 
c) toda a criação era boa e tornou-se má, pois foi 
dominada pelo pecado após a Queda. 
d) a totalidade da criação é boa em si mesma, mas 
singularmente há criaturas boas e más. 
 
 
FIL0125 - (Enem) Não é verdade que estão ainda cheios 
de velhice espiritual aqueles que nos dizem: “Que fazia 
Deus antes de criar o céu e a terra? Se estava ocioso e 
nada realizava”, dizem eles, “por que não ficou sempre 
assim no decurso dos séculos, abstendo-se, como 
antes, de toda ação? Se existiu em Deus um novo 
movimento, uma vontade nova para dar o ser a 
criaturas que nunca antes criara, como pode haver 
verdadeira eternidade, se n’Ele aparece uma vontade 
que antes não existia?” 
AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1984. 
 
A questão da eternidade, tal como abordada pelo 
autor, é um exemplo da reflexão filosófica sobre a(s) 
www.professorferretto.com.br
ProfessorFerretto ProfessorFerretto
Filosofia Medieval – Santo Agostinho e Patristica 
 
2 
 
a) essência da ética cristã. 
b) natureza universal da tradição. 
c) certezas inabaláveis da experiência. 
d) abrangência da compreensão humana. 
e) interpretações da realidade circundante. 
 
FIL0126 - (Ufu) Agostinho, em Confissões, diz: "Mas 
após a leitura daqueles livros dos platônicos e de ser 
levado por eles a buscar a verdade incorpórea, percebi 
que 'as perfeições invisíveis são visíveis em suas obras' 
(Carta de Paulo aos Romanos, 1, 20)". 
Agostinho de Hipona. Confissões, livro VII, cap. 20, citado por: 
MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: 
Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução do autor. 
 
Nesse trecho, podemos perceber como Agostinho 
a) se utilizou da Bíblia para conhecer melhor a filosofia 
platônica. 
b) utiliza a filosofia platônica para refutar os textos 
bíblicos. 
c) separa nitidamente os domínios da filosofia e da 
religião. 
d) foi despertado para o conhecimento de Deus a partir 
da filosofia platônica. 
 
FIL0127 - (Unesp) Não posso dizer o que a alma é com 
expressões materiais, e posso afirmar que não tem 
qualquer tipo de dimensão, não é longa ou larga, ou 
dotada de força física, e não tem coisa alguma que 
entre na composição dos corpos, como medida e 
tamanho. Se lhe parece que a alma poderia ser um 
nada, porque não apresenta dimensões do corpo, 
entenderá que justamente por isso ela deve ser tida em 
maior consideração, pois é superior às coisas materiais 
exatamente por isso, porque não é matéria. É certo que 
uma árvore é menos significativa que a noção de 
justiça. Diria que a justiça não é coisa real, mas um 
nada? Por conseguinte, se a justiça não tem dimensões 
materiais, nem por isso dizemos que é nada. E a alma 
ainda parece ser nada por não ter extensão material? 
(Santo Agostinho. Sobre a potencialidade da alma, 2015. 
Adaptado.) 
 
No texto de Santo Agostinho, a prova da existência da 
alma 
a) desempenha um papel primordialmente retórico, 
desprovido de pretensões objetivas. 
b) antecipa o empirismo moderno ao valorizar a 
experiência como origem das ideias. 
c) serviu como argumento antiteológico mobilizado 
contra o pensamento escolástico. 
d) é fundamentada no argumento metafísico da 
primazia da substância imaterial. 
e) é acompanhada de pressupostos relativistas no 
campo da ética e da moralidade. 
 
FIL0128 - (Enem) Se os nossos adversários, que 
admitem a existência de uma natureza não criada por 
Deus, o Sumo Bem, quisessem admitir que essas 
considerações estão certas, deixariam de proferir 
tantas blasfêmias, como a de atribuir a Deus tanto a 
autoria dos bens quanto dos males. Pois sendo Ele 
fonte suprema da Bondade, nunca poderia ter criado 
aquilo que é contrário à sua natureza. 
AGOSTINHO. A natureza do Bem. Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 
2005 (adaptado). 
 
Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a origem 
do mal porque 
a) o surgimento do mal é anterior à existência de Deus. 
b) o mal, enquanto princípio ontológico, independe de 
Deus. 
c) Deus apenas transformaa matéria, que é, por 
natureza, má. 
d) por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é oposto, 
o mal. 
e) Deus se limita a administrar a dialética existente 
entre o bem e o mal. 
 
FIL0129 - (Enem) TEXTO I 
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento 
originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que 
outras coisas provêm de sua descendência. Quando o 
ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os 
ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a 
partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, 
transformam-se em água. A água, quando mais 
condensada, transforma-se em terra, e quando 
condensada ao máximo possível, transforma-se em 
pedras. 
BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 
2006 (adaptado). 
TEXTO II 
 
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, 
como criador de todas as coisas, está no princípio do 
mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos 
apresentam, em face desta concepção, as 
especulações contraditórias dos filósofos, para os quais 
o mundo se origina, ou de algum dos quatro 
elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, 
como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de 
quererem ancorar o mundo numa teia de aranha”. 
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: 
Vozes, 1991 (adaptado). 
 
Filósofos dos diversos tempos históricos 
desenvolveram teses para explicar a origem do 
universo, a partir de uma explicação racional. As teses 
de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, 
filósofo medieval, têm em comum na sua 
fundamentação teorias que 
3 
 
a) eram baseadas nas ciências da natureza. 
b) refutavam as teorias de filósofos da religião. 
c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas. 
d) postulavam um princípio originário para o mundo. 
e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas. 
 
FIL0130 - (Ufu) Na medida em que o Cristianismo se 
consolidava, a partir do século II, vários pensadores, 
convertidos à nova fé e, aproveitando-se de elementos 
da filosofia greco-romana que eles conheciam bem, 
começaram a elaborar textos sobre a fé e a revelação 
cristãs, tentando uma síntese com elementos da 
filosofia grega ou utilizando-se de técnicas e conceitos 
da filosofia grega para melhor expor as verdades 
reveladas do Cristianismo. Esses pensadores ficaram 
conhecidos como os Padres da Igreja, dos quais o mais 
importante a escrever na língua latina foi santo 
Agostinho. 
COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia: Ser, Saber e Fazer. 
São Paulo: Saraiva, 1996, p. 128. (Adaptado) 
 
Esse primeiro período da filosofia medieval, que durou 
do século II ao século X, ficou conhecido como 
a) Escolástica. 
b) Neoplatonismo. 
c) Antiguidade tardia. 
d) Patrística. 
 
FIL0131 - (Uncisal) A filosofia de Santo Agostinho é 
essencialmente uma fusão das concepções cristãs com 
o pensamento platônico. Subordinando a razão à fé, 
Agostinho de Hipona afirma existirem verdades 
superiores e inferiores, sendo as primeiras 
compreendidas a partir da ação de Deus. Como se 
chama a teoria agostiniana que afirma ser a ação de 
Deus que leva o homem a atingir as verdades 
superiores? 
a) Teoria da Predestinação. 
b) Teoria da Providência. 
c) Teoria Dualista. 
d) Teoria da Emanação. 
e) Teoria da Iluminação. 
 
FIL0132 - (Ufu) Segundo o texto abaixo, de Agostinho 
de Hipona (354-430 d. C.), Deus cria todas as coisas a 
partir de modelos imutáveis e eternos, que são as 
ideias divinas. Essas ideias ou razões seminais, como 
também são chamadas, não existem em um mundo à 
parte, independentes de Deus, mas residem na própria 
mente do Criador, 
 
 [...] a mesma sabedoria divina, por quem foram 
criadas todas as coisas, conhecia aquelas primeiras, 
divinas, imutáveis e eternas razões de todas as coisas, 
antes de serem criadas [...]. 
Sobre o Gênese, V 
 
Considerando as informações acima, é correto afirmar 
que se pode perceber: 
a) que Agostinho modifica certas ideias do cristianismo 
a fim de que este seja concordante com a filosofia de 
Platão, que ele considerava a verdadeira. 
b) uma crítica radical à filosofia platônica, pois esta é 
contraditória com a fé cristã. 
c) a influência da filosofia platônica sobre Agostinho, 
mas esta é modificada a fim de concordar com a 
doutrina cristã. 
d) uma crítica violenta de Agostinho contra a filosofia 
em geral. 
 
FIL0133 - (Ufu) A filosofia de Agostinho (354 – 430) é 
estreitamente devedora do platonismo cristão 
milanês: foi nas traduções de Mário Vitorino que leu os 
textos de Plotino e de Porfírio, cujo espiritualismo 
devia aproximá-lo do cristianismo. Ouvindo sermões 
de Ambrósio, influenciados por Plotino, que Agostinho 
venceu suas últimas resistências (de tornar-se cristão). 
PEPIN, Jean. Santo Agostinho e a patrística ocidental. In: 
CHÂTELET, François (org.) A Filosofia medieval. Rio de Janeiro 
Zahar Editores: 1983, p. 77. 
 
Apesar de ter sido influenciado pela filosofia de Platão, 
por meio dos escritos de Plotino, o pensamento de 
Agostinho apresenta muitas diferenças se comparado 
ao pensamento de Platão. 
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, 
uma dessas diferenças. 
a) Para Agostinho, é possível ao ser humano obter o 
conhecimento verdadeiro, enquanto, para Platão, a 
verdade a respeito do mundo é inacessível ao ser 
humano. 
b) Para Platão, a verdadeira realidade encontra-se no 
mundo das Ideias, enquanto para Agostinho não existe 
nenhuma realidade além do mundo natural em que 
vivemos. 
c) Para Agostinho, a alma é imortal, enquanto para 
Platão a alma não é imortal, já que é apenas a forma do 
corpo. 
d) Para Platão, o conhecimento é, na verdade, 
reminiscência, a alma reconhece as Ideias que ela 
contemplou antes de nascer; Agostinho diz que o 
conhecimento é resultado da Iluminação divina, a 
centelha de Deus que existe em cada um. 
 
FIL0134 - (Ueg) Os primeiros séculos da era cristã são 
os da constituição dos dogmas cristãos. A tarefa da 
filosofia desenvolvida pelos padres da Igreja nesta 
época é a de encontrar justificativas racionais para as 
verdades reveladas, ou seja, conciliar fé e razão. Santo 
4 
 
Agostinho é o principal representante deste período 
que ficou conhecido como 
a) racionalismo. 
b) escolástica. 
c) fideismo. 
d) patrística. 
 
FIL0135 - (Ufu) Leia o texto a seguir. 
“No que diz respeito a todas as coisas que 
compreendemos, não consultamos a voz de quem fala, 
a qual soa de fora, mas a verdade que dentro de nós 
preside à própria mente, incitados talvez pela palavra 
a consultá-la.” 
De Magistro, Cap. XI, 38, In Os Pensadores, SANTO AGOSTINHO. 
São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 319. 
 
Marque a afirmativa incorreta. 
a) Segundo Agostinho, a verdade não se descobre pela 
consulta das palavras que vêm de fora. O processo da 
descoberta da verdade dá-se através da interioridade. 
b) Segundo Agostinho, a linguagem humana não tem 
um poder causal, mas apenas uma função instrumental 
de utilidade. 
c) Segundo Agostinho, a linguagem humana é a 
condição para conhecer a verdade que dentro de nós 
preside à própria mente. 
d) Segundo Agostinho, a verdade que dentro de nós 
preside à própria mente pressupõe a iluminação divina 
e não o recurso à memória. 
 
FIL0136 - (Ufu) Leia o trecho extraído da obra 
Confissões. 
Quem nos mostrará o Bem? Ouçam a nossa resposta: 
Está gravada dentro de nós a luz do vosso rosto, 
Senhor. Nós não somos a luz que ilumina a todo 
homem, mas somos iluminados por Vós. Para que 
sejamos luz em Vós os que fomos outrora trevas. 
SANTO AGOSTINHO. Confissões IX. São Paulo: Nova Cultural,1987. 
4, l0. p.154. 
Coleção Os Pensadores 
 
Sobre a doutrina da iluminação de Santo Agostinho, 
marque a alternativa correta. 
a) A irradiação da luz divina faz com que conheçamos 
imediatamente as verdades eternas em Deus. Essas 
verdades, necessárias e eternas, não estão no interior 
do homem, porque seu intelecto é contingente e 
mutável.b) A irradiação da luz divina atua imediatamente sobre 
o intelecto humano, deixando-o ativo para o 
conhecimento das verdades eternas. Essas verdades, 
necessárias e imutáveis, estão no interior do homem. 
c) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz 
recordar as verdades eternas que a alma possuía antes 
de se unir ao corpo. 
d) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz 
recordar as verdades eternas que a alma possuía e que 
nela permanecem mediante os ciclos da reencarnação. 
 
FIL0137 - (Ufu) Considere o trecho abaixo. 
“Quando, pois, se trata das coisas que percebemos 
pela mente (...). estamos falando ainda em coisas que 
vemos como presentes naquela luz interior da verdade, 
pela qual é iluminado e de que frui o homem interior. 
Santo Agostinho. Do Mestre. São Paulo: Abril Cultural. 1973. p. 
320. (Os Pensadores) 
 
Segundo o pensamento de Santo Agostinho, as 
verdades contidas na filosofia pagã provêm de que 
fonte? Assinale a alternativa correta. 
a) De fonte diferente de onde emanam as verdades 
cristãs, pois há oposição entre as verdades pagãs e as 
verdades cristãs. 
b) Da mesma fonte de onde emanam as verdades 
cristãs, pois não há oposição entre as verdades pagãs e 
cristãs. 
c) De Platão, por ter chegado a conceber a ideia 
Suprema do Bem. 
d) De Aristóteles, por ter concebido o Ser Supremo 
corno primeiro motor imóvel. 
 
FIL0138 - (Ufu) A teoria da iluminação divina, 
contribuição original de Agostinho à filosofia da 
cristandade, foi influenciada pela filosofia de Platão, 
porém, diferencia-se dela em seu aspecto central. 
Assinale a alternativa abaixo que explicita esta 
diferença. 
a) A filosofia agostiniana compartilha com a filosofia 
platônica do dualismo, tal como este foi definido por 
Agostinho na Cidade de Deus. Assim, a luz da teoria da 
iluminação está situada no plano suprassensível e só é 
alcançada na transcendência da existência terrena 
para a vida eterna. 
b) A teoria da Iluminação, tal como sugere o nome, está 
fundamentada na luz de Deus, luz interior dada ao 
homem interior na busca da verdade das coisas que 
não são conhecidas pelos sentidos; esta luz é Cristo, 
que ensina e habita no homem interior. 
c) Agostinho foi contemporâneo da Terceira Academia, 
recebendo os ensinamentos de Arcesilau e Carnéades, 
o que resultou na posição dogmática do filósofo cristão 
quanto à impossibilidade do conhecimento da 
verdade, sendo o conhecimento humano apenas 
verossímil. 
d) A alma é a morada da verdade, todo conhecimento 
nela repousa. Assim, a posição de Agostinho afasta-se 
da filosofia platônica, ao admitir que a alma possui uma 
5 
 
existência anterior, na qual ela contemplou as ideias, 
de modo que o conhecimento de Deus é anterior à 
existência. 
 
FIL0139 - (Ufu) Agostinho formula sua teoria do 
conhecimento a partir da máxima “creio tudo o que 
entendo, mas nem tudo que creio conheço”. A posição 
do autor não impede que cada um busque a sabedoria 
com suas próprias forças; o que ainda não é conhecido 
pode ser revelado mediante a consulta da verdade 
interior. Com base neste argumento, assinale a 
alternativa correta. 
a) É incorreto afirmar que a verdade interior que soa 
no íntimo das pessoas seja o Cristo; e o arbítrio 
humano é consultado sobre o que não se conhece. 
b) As coisas que ainda não conhecemos só podem ser 
percebidas pelos sentidos do corpo e podem ser 
comunicadas facilmente por intermédio das palavras. 
c) A verdade interior está à disposição de cada um e 
encontra-se armazenada na memória, de modo que o 
uso da memória dispensa a contemplação da luz 
interior. 
d) A verdade interior só pode ser percebida pelo 
homem interior, que é iluminado pela luz desta 
verdade interior, que é contemplada por cada um. 
 
 
FIL0140 - (Ufu) A Patrística, filosofia cristã dos 
primeiros séculos, poderia ser definida como 
a) retomada do pensamento de Platão, conforme os 
modelos teológicos da época, estabelecendo estreita 
relação entre filosofia e religião. 
b) configuração de um novo horizonte filosófico, 
proposto por Santo Agostinho, inspirado em Platão, de 
modo a resgatar a importância das coisas sensíveis, da 
materialidade. 
c) adaptação do pensamento aristotélico, conforme os 
moldes teológicos da época. 
d) criação de uma escola filosófica, que visava 
combater os ataques dos pagãos, rompendo com o 
dualismo grego. 
FIL0141 - (Ufu) "Assim até as coisas materiais emitem 
um juízo sobre as suas formas, comparando-as àquela 
Forma da eterna Verdade e que intuímos com o olhar 
de nossa mente." 
(Sto. Agostinho, A Trindade, Livro IX, Capítulo 6. São Paulo, Paulus, 
1994. p. 299) 
 
Esta frase de Sto. Agostinho refere-se à 
a) teologia mística de Agostinho, que se funda na 
experiência imediata da alma humana com Deus; 
b) moral agostiniana que propõe ao homem regras 
para uma vida santa e ascética, apartada do mundo; 
c) doutrina da iluminação que afirma que o 
conhecimento humano é iluminado pela Verdade 
Eterna, isto é, Deus; 
d) estética intelectualista de Agostinho, que consiste 
num profundo desprezo pela sensibilidade humana. 
 
FIL0142 - (Ufu) A Patrística (séculos II ao V d.C.) é o 
movimento intelectual dos primeiros padres da Igreja, 
destinado a justificar a fé cristã, tendo em vista a 
conversão dos pagãos. Sobre a Patrística pode-se 
afirmar, com certeza: 
 
I. assume criticamente elementos da filosofia platônica 
na tentativa de melhor fundamentar a doutrina cristã. 
II. considera que as verdades da razão estão sempre 
em contradição com as verdades reveladas por Deus. 
III. incorpora as teses da metafísica aristotélica para 
fundar uma teologia estritamente racionalista. 
IV. considera a razão como auxiliar da fé e a ela 
subordinada, tal como expressa a frase de Sto. 
Agostinho "creio porque entendo". 
 
a) II e IV são corretas. 
b) I e IV são corretas. 
c) III e IV são corretas. 
d) Apenas II é correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
notas
1 
 
 
 
 
FIL0143 - (Espm) No século XIII surgiu a Escolástica, cor-
rente filosófica que, a partir de então, dominou o 
pensamento medieval. 
(Rubim Santos Leão de Aquino. História das Sociedades: das 
Comunidades Primitivas às Sociedades Medievais) 
 
A Escolástica: 
a) teve em Santo Agostinho seu maior expoente e era 
teocêntrica; 
b) teve em Alberto Magno seu maior expoente e 
refutava o teocentrismo, pregando o 
antropocentrismo; 
c) teve em Tomás de Aquino seu principal expoente e 
foi uma tentativa de harmonizar a razão com a fé; 
d) considerava que a razão podia proporcionar uma 
visão completa e unificada da natureza ou da 
sociedade; 
e) pregava o recurso racional da força, sendo este mais 
importante do que o exercício da virtude ou da fé. 
 
 
FIL0144 - (Uece) “Portanto, deve-se dizer que como a 
lei escrita não dá força ao direito natural, assim 
também não pode diminuir-lhe nem suprimir-lhe a 
força; pois, a vontade humana não pode mudar a 
natureza. Portanto, se a lei escrita contém algo contra 
o direito natural, é injusta e não tem força para obrigar. 
Pois, só há lugar para o direito positivo, quando, 
segundo o direito natural, é indiferente que se proceda 
de uma maneira ou de outra, como já foi explicado 
acima. Por isso, tais textos não hão de chamar leis, mas 
corrupções da lei, como já se disse. E portanto, não se 
deve julgar de acordo com elas.” 
Tomás de Aquino, Suma Teológica, II, Questão 60, Art. 5. 
 
Com base na passagem acima, é correto afirmar que 
a) a lei escrita só é legítima se for baseada no direito 
natural. 
b) o direito positivo não é a lei escrita, mas dos 
costumes. 
c) o direito natural só é legítimo se expresso na lei 
escrita. 
d) não há diferença entre direito natural e direito 
positivo. 
FIL0145 - (Enem) Tomás de Aquino, filósofo cristão que 
viveu no século XIII, afirma: a lei é uma regra ou um 
preceito relativo às nossas ações. Ora, a norma 
suprema dos atos humanos é a razão. Desse modo,em 
última análise, a lei está submetida à razão; é apenas 
uma formulação das exigências racionais. Porém, é 
mister que ela emane da comunidade, ou de uma 
pessoa que legitimamente a representa. 
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da filosofia cristã. Petrópolis: 
Vozes, 1991 (adaptado). 
 
No contexto do século XIII, a visão política do filósofo 
mencionado retoma o 
a) pensamento idealista de Platão. 
b) conformismo estoico de Sêneca. 
c) ensinamento místico de Pitágoras. 
d) paradigma de vida feliz de Agostinho. 
e) conceito de bem comum de Aristóteles. 
 
 
 
FIL0146 - (Enem) Desde que tenhamos compreendido 
o significado da palavra “Deus”, sabemos, de imediato, 
que Deus existe. Com efeito, essa palavra designa uma 
coisa de tal ordem que não podemos conceber nada 
que lhe seja maior. Ora, o que existe na realidade e no 
pensamento é maior do que o que existe apenas no 
pensamento. Donde se segue que o objeto designado 
pela palavra “Deus”, que existe no pensamento, desde 
que se entenda essa palavra, também existe na 
realidade. Por conseguinte, a existência de Deus é 
evidente. 
TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. Rio de Janeiro: Loyola, 2002. 
 
O texto apresenta uma elaboração teórica de Tomás de 
Aquino caracterizada por 
a) reiterar a ortodoxia religiosa contra os heréticos. 
b) sustentar racionalmente doutrina alicerçada na fé. 
c) explicar as virtudes teologais pela demonstração. 
d) flexibilizar a interpretação oficial dos textos 
sagrados. 
e) justificar pragmaticamente crença livre de dogmas. 
 
 
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Filosofia Medieval – Tomás de Aquino e a Escolástica 
2 
 
FIL0147 - (Enem) Enquanto o pensamento de Santo 
Agostinho representa o desenvolvimento de uma 
filosofia cristã inspirada em Platão, o pensamento de 
São Tomás reabilita a filosofia de Aristóteles – até 
então vista sob suspeita pela Igreja –, mostrando ser 
possível desenvolver uma leitura de Aristóteles 
compatível com a doutrina cristã. O aristotelismo de 
São Tomás abriu caminho para o estudo da obra 
aristotélica e para a legitimação do interesse pelas 
ciências naturais, um dos principais motivos do 
interesse por Aristóteles nesse período. 
MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 
2005. 
 
A Igreja Católica por muito tempo impediu a divulgação 
da obra de Aristóteles pelo fato de a obra aristotélica 
a) valorizar a investigação científica, contrariando 
certos dogmas religiosos. 
b) declarar a inexistência de Deus, colocando em 
dúvida toda a moral religiosa. 
c) criticar a Igreja Católica, instigando a criação de 
outras instituições religiosas. 
d) evocar pensamentos de religiões orientais, minando 
a expansão do cristianismo. 
e) contribuir para o desenvolvimento de sentimentos 
antirreligiosos, seguindo sua teoria política. 
 
 
FIL0148 - (Enem) Ora, em todas as coisas ordenadas a 
algum fim, é preciso haver algum dirigente, pelo qual 
se atinja diretamente o devido fim. Com efeito, um 
navio, que se move para diversos lados pelo impulso 
dos ventos contrários, não chegaria ao fim de destino, 
se por indústria do piloto não fosse dirigido ao porto; 
ora, tem o homem um fim, para o qual se ordenam 
toda a sua vida e ação. Acontece, porém, agirem os 
homens de modos diversos em vista do fim, o que a 
própria diversidade dos esforços e ações humanas 
comprova. Portanto, precisa o homem de um dirigente 
para o fim. 
AQUINO. T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. 
Escritos políticos de São Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995 
(adaptado). 
 
No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a 
monarquia como o regime de governo capaz de 
a) refrear os movimentos religiosos contestatórios. 
b) promover a atuação da sociedade civil na vida 
política. 
c) unir a sociedade tendo em vista a realização do bem 
comum. 
d) reformar a religião por meio do retorno à tradição 
helenística. 
e) dissociar a relação política entre os poderes 
temporal e espiritual. 
 
FIL0149 - (Espm) Seu principal objetivo era 
demonstrar, por um raciocínio lógico formal, a 
autenticidade dos dogmas cristãos. A filosofia devia 
desempenhar um papel auxiliar na realização deste 
objetivo. Por isso a tese de que a filosofia está a serviço 
da teologia. 
(Antonio Carlos Wolkmer – Introdução à História do Pensamento 
Político) 
 
O texto deve ser relacionado com: 	
a) a filosofia epicurista. 
b) a filosofia escolástica. 
c) a filosofia iluminista. 
d) o socialismo. 
e) o positivismo. 
 
 
FIL0150 - (Ufu) Com efeito, existem a respeito de Deus 
verdades que ultrapassam totalmente as capacidades 
da razão humana. Uma delas é, por exemplo, que Deus 
é trino e uno. Ao contrário, existem verdades que 
podem ser atingidas pela razão: por exemplo, que Deus 
existe, que há um só Deus etc. 
AQUINO, Tomás de. Súmula contra os Gentios. Capítulo Terceiro: A 
possibilidade de descobrir a verdade divina. Tradução de Luiz João 
Baraúna. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 61. 
 
Para São Tomás de Aquino, a existência de Deus se 
prova 
a) por meios metafísicos, resultantes de investigação 
intelectual. 
b) por meio do movimento que existe no Universo, na 
medida em que todo movimento deve ter causa 
exterior ao ser que está em movimento. 
c) apenas pela fé, a razão é mero instrumento acessório 
e dispensável. 
d) apenas como exercício retórico. 
 
 
FIL0151 - (Uff) A grande contribuição de Tomás de 
Aquino para a vida intelectual foi a de valorizar a 
inteligência humana e sua capacidade de alcançar a 
verdade por meio da razão natural, inclusive a respeito 
de certas questões da religião. 
Discorrendo sobre a “possibilidade de descobrir a 
verdade divina”, ele diz que há duas modalidades de 
verdade acerca de Deus. A primeira refere-se a 
verdades da revelação que a razão humana não 
consegue alcançar, por exemplo, entender como é 
possível Deus ser uno e trino. A segunda modalidade é 
composta de verdades que a razão pode atingir, por 
exemplo, que Deus existe. 
 
A partir dessa citação, indique a afirmativa que melhor 
expressa o pensamento de Tomás de Aquino. 
 
3 
 
a) A fé é o único meio do ser humano chegar à verdade. 
b) O ser humano só alcança o conhecimento graças à 
revelação da verdade que Deus lhe concede. 
c) Mesmo limitada, a razão humana é capaz de alcançar 
certas verdades por seus meios naturais. 
d) A Filosofia é capaz de alcançar todas as verdades 
acerca de Deus. 
e) Deus é um ser absolutamente misterioso e o ser 
humano nada pode conhecer d’Ele. 
 
 
FIL0152 - (Ufu) A teologia natural, segundo Tomás de 
Aquino (1225-1274), é uma parte da filosofia, é a parte 
que ele elaborou mais profundamente em sua obra e 
na qual ele se manifesta como um gênio 
verdadeiramente original. Se se trata de física, de 
fisiologia ou dos meteoros, Tomás é simplesmente 
aluno de Aristóteles, mas se se trata de Deus, da 
origem das coisas e de seu retorno ao Criador, Tomás 
é ele mesmo. Ele sabe, pela fé, para que limite se dirige, 
contudo, só progride graças aos recursos da razão. 
GILSON, Etienne. A Filosofia na Idade Média, São Paulo: Martins 
Fontes, 1995, p. 657. 
 
De acordo com o texto acima, é correto afirmar que 
a) a obra de Tomás de Aquino é uma mera repetição da 
obra de Aristóteles. 
b) Tomás parte da revelação divina (Bíblia) para 
entender a natureza das coisas. 
c) as verdades reveladas não podem de forma alguma 
ser compreendidas pela razão humana. 
d) é necessário procurar a concordância entre razão e 
fé, apesar da distinção entre ambas. 
 
 
 
FIL0153 - (Ufu) Considere o seguinte texto sobre Tomás 
de Aquino (1226-1274). 
 Fique claro que Tomás não aristoteliza o 
cristianismo, mas cristianiza Aristóteles. Fique claro 
que ele nunca pensou que, com a razão se pudesse 
entender tudo; não, ele continuou acreditando que 
tudo se compreende pela fé: só quis dizer que a fé não 
estava em desacordo com a razão,e que, portanto, era 
possível dar-se ao luxo de raciocinar, saindo do 
universo da alucinação. 
Eco, Umberto. “Elogio de santo Tomás de Aquino”. In: Viagem na 
irrealidade cotidiana, p.339. 
 
É correto afirmar, segundo esse texto, que: 
a) Tomás de Aquino, com a ajuda da filosofia de 
Aristóteles, conseguiu uma prova científica para as 
certezas da fé, por exemplo, a existência de Deus. 
b) Tomás de Aquino se empenha em mostrar os erros 
da filosofia de Aristóteles para mostrar que esta 
filosofia é incompatível com a doutrina cristã. 
c) o estudo da filosofia de Aristóteles levou Tomás de 
Aquino a rejeitar as verdades da fé cristã que não 
fossem compatíveis com a razão natural. 
d) a atitude de Tomás de Aquino diante da filosofia de 
Aristóteles é de conciliação desta filosofia com as 
certezas da fé cristã. 
 
 
FIL0154 - (Uff) A importância do filósofo medieval 
Tomás de Aquino reside principalmente em seu 
esforço de valorizar a inteligência humana e sua 
capacidade de alcançar a verdade por meio da razão. 
Discorrendo sobre a “possibilidade de descobrir a 
verdade divina”, ele diz: 
 
“As verdades que professamos acerca de Deus 
revestem uma dupla modalidade. Com efeito, existem 
a respeito de Deus verdades que ultrapassam 
totalmente as capacidades da razão humana. Uma 
delas é, por exemplo, que Deus é trino e uno. Ao 
contrário, existem verdades que podem ser atingidas 
pela razão: por exemplo, que Deus existe, que há um 
só Deus etc. Estas últimas verdades, os próprios 
filósofos as provaram por meio de demonstração, 
guiados pela luz da razão natural”. 
 
A partir dessa citação, identifique a opção que melhor 
expressa esse pensamento de Tomás de Aquino. 
a) A Filosofia é capaz de alcançar todas as verdades 
acerca de Deus. 
b) O ser humano só alcança o conhecimento graças à 
revelação da verdade que Deus lhe concede. 
c) A fé é o único meio de o ser humano chegar à 
verdade. 
d) Mesmo limitada, a razão humana é capaz de 
alcançar por seus meios naturais certas verdades. 
e) Deus é um ser absolutamente misterioso e o ser 
humano nada pode conhecer d’Ele. 
 
FIL0155 - (Ufu) Para responder a questão, leia o 
seguinte texto. 
O universal é o conceito, a ideia, a essência 
comum a todas as coisas (por exemplo, o conceito de 
ser humano). Em outras palavras, pergunta-se se os 
gêneros e as espécies têm existência separada dos 
objetos sensíveis: as espécies (por exemplo, o cão) ou 
os gêneros (por exemplo, o animal) teriam existência 
real? Ou seriam apenas ideias na mente ou apenas 
palavras? 
(ARANHA, M. L. A. & MARTINS, M. H. Filosofando. 3ª edição. São 
Paulo: Moderna, 2003, p. 126.) 
 
A resposta correta à pergunta formulada no texto 
acima, sobre os universais, é: 
4 
 
a) Segundo os nominalistas, as espécies e gêneros 
universais são meras palavras que expressam um 
conteúdo mental, sem existência real. 
b) Segundo os nominalistas, os universais são 
conceitos, mas têm fundamento na realidade das 
coisas. 
c) Segundo os nominalistas, os universais (gêneros e 
espécies) são entidades realmente existentes no 
mundo das Ideias, sendo as coisas deste mundo meras 
cópias destas Ideias. 
d) Segundo os nominalistas, os gêneros e as espécies 
universais existem realmente, mas apenas na mente de 
Deus. 
 
 
FIL0156 - (Ufu) Santo Tomás de Aquino, nascido em 
1224 e falecido em 1274, propôs as cinco vias para o 
conhecimento de Deus. Estas vias estão 
fundamentadas nas evidências sensíveis e racionais. A 
primeira via afirma que os corpos inanimados podem 
ter movimento por si mesmos. Assim, para que estes 
corpos tenham movimento é necessário que algo os 
mova. Esta concepção leva à necessidade de um 
primeiro motor imóvel, isto é, algo que mesmo não 
sendo movido por nada pode mover todas as coisas. 
 
Sobre a primeira via, que é a do movimento, marque a 
alternativa correta. 
a) Para que os objetos tenham movimento é necessário 
que algo os mova; dessa forma, entende-se que é 
necessário um primeiro motor. Logo, podemos 
entender que Deus não é necessário no sistema. 
b) Para Santo Tomás, os objetos inanimados movem-se 
por si mesmos e esse fenômeno demonstra a 
existência de Deus. 
c) A demonstração do primeiro motor não recorre à 
sensibilidade, dispensando toda e qualquer 
observação da natureza, uma vez que sua 
fundamentação é somente racional. 
d) Conforme o argumento da primeira via podemos 
concluir que Deus é o motor imóvel, o qual move todas 
as coisas, mas não é movido. 
 
 
FIL0157 - (Ueg) A Idade Média e a Idade Moderna são 
duas fases da história europeia marcadas, em muitos 
aspectos, por visões distintas de mundo: a primeira, 
teocêntrica, procurava conciliar fé e razão; a segunda, 
antropocêntrica, se destaca pelo racionalismo. Em 
termos filosóficos, seus principais representantes 
foram, respectivamente: 
a) Tomás de Aquino e René Descartes 
b) Santo Agostinho e Thomas Hobbes 
c) Maquiavel e Bossuet 
d) Cícero e Copérnico 
FIL0158 - (Ufu) Leia o texto a seguir sobre o problema 
dos universais. 
 
“Ockham adota o nominalismo, posição 
inaugurada em uma versão mais radical por Roscelino 
(séc. XII), [que] afirma serem os universais apenas 
palavras, flatus vocis, sons emitidos, não havendo 
nenhuma entidade real correspondentes a eles.” 
MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia: dos pré-
socráticos a Wittgenstein. 
Rio de Janeiro: J. Zahar, 2005. p. 132. 
 
Marque a alternativa correta. 
a) Segundo o texto acima, o termo “humanidade”, 
aplicável a uma multiplicidade de indivíduos, indica um 
modo de ser das realidades extramentais. 
b) Segundo o texto acima, o termo “humanidade”, 
aplicável a uma multiplicidade de indivíduos, é apenas 
um conceito pelo qual nos referimos a esse conjunto. 
c) Segundo o texto acima, o termo “humanidade”, 
aplicável a uma multiplicidade de indivíduos, 
determina entidades metafísicas subsistentes. 
d) Segundo o texto acima, o termo “humanidade”, 
aplicável a uma multiplicidade de indivíduos, 
determina formas de substância individual existentes. 
 
 
FIL0159 - (Ufu) O texto que segue refere-se às vias da 
prova da existência de Deus. 
As cinco vias consistem em cinco grandes 
linhas de argumentação por meio das quais se pode 
provar a existência de Deus. Sua importância reside 
sobretudo em que supõe a possibilidade de se chegar 
no entendimento de Deus, ainda que de forma parcial 
e indireta, a partir da consideração do mundo natural, 
do cosmo, entendido como criação divina. 
MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a 
Wittgenstein. 
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999. p. 67. 
 
A partir do texto, marque a alternativa correta. 
a) As cinco vias são argumentos diretos e evidentes da 
existência de Deus. 
b) Tomás de Aquino formula as cinco vias da prova da 
existência de Deus, utilizando, sistematicamente, as 
passagens bíblicas para fundamentar seus argumentos. 
c) As cinco vias partem de afirmações gerais e racionais 
sobre a existência de Deus, para chegar a conclusões 
sobre as coisas sensíveis, particulares e verificáveis 
sobre o mundo natural. 
d) Tomás de Aquino formula as argumentações que 
provam a existência de Deus sob a influência do 
pensamento de Aristóteles, recorrendo não à Bíblia, 
mas, sobretudo, à Metafísica do filósofo grego. 
5 
 
FIL0160 – (Ufu) Sobre Tomás de Aquino, considere o 
seguinte trecho, extraído de uma conhecida História da 
Filosofia. 
 
“O sistema tomista baseia-se na determinação rigorosa 
das relações entre a razão e a revelação. Ao homem, 
cujo fim último é Deus, o qual excede toda a 
compreensão da razão, não basta a investigação 
filosófica baseada na razão. Mesmo aquelas verdades 
que a razão pode alcançar sozinha, não é dado a todos 
alcançá-las, e não está livre de erros o caminho que a 
elas conduz. Foi, portanto, necessário que o homem 
fosse instruído convenientemente e com mais certeza 
pela revelação divina. Mas a revelação não anula nem 
torna inútila razão: ‘a graça não elimina a natureza, 
antes a aperfeiçoa’. A razão natural subordina-se à fé 
tal como no campo prático as inclinações naturais se 
subordinam à caridade.” 
ABBAGNANO, Nicola. História da Filosofia . Lisboa: Presença, 
1978, p. 29-30, Vol. IV. 
 
Com base no texto, é correto afirmar que Tomás de 
Aquino 
a) rejeitava as verdades da fé cristã que não pudessem 
ser explicadas plenamente pela razão humana. 
b) desprezava, por serem inúteis, as tentativas 
racionais em compreender as verdades da fé cristã. 
c) buscava conciliar as verdades da fé cristã com as 
exigências da razão humana. 
d) subordinava a fé à razão natural, só sendo digno de 
crença o que pudesse ser cientificamente comprovado. 
 
FIL0161 - (Ufu) Sobre a questão dos universais na Idade 
Média, considere o texto a seguir e marque a 
alternativa correta. 
 
“Resume-se, frequentemente, a contribuição histórica 
de Guilherme de Ockham ao ‘nominalismo’. Sem ser 
falsa, esta visão é insuficiente. É incontestável que, 
para Guilherme de Ockham, existem apenas seres 
singulares e substâncias individuais ou qualidades 
particulares. Mas seu impacto repousa mais 
fundamentalmente num tipo de análise da linguagem 
da qual ele é ao mesmo tempo o teórico e um de seus 
praticantes mais finos.” 
BIARD, Jöel. “Guilherme de Ockham”.In: LABRUNE, Monique & 
JAFFRO, Laurent (coord.). A construção da filosofia ocidental 
(Gradus Philosophicus). São Paulo: Mandarim, 1996, p. 166. 
 
a) Entre os filósofos da Idade Média, são considerados 
nominalistas, além de Guilherme de Ockham, Tomás 
de Aquino e Duns Scot. 
b) Segundo o texto citado, é falso classificar Guilherme 
de Ockham entre os adeptos do nominalismo. 
c) No âmbito da chamada “questão dos universais”, a 
posição oposta à de Guilherme de Ockham é conhecida 
como “conceptualismo”. 
d) O nominalismo de que fala o texto é a tese segundo 
a qual os conceitos universais não têm existência fora 
da mente. 
 
 
FIL0162 - (Ueg) Durante seu reinado, Carlos Magno 
buscou reverter o quadro de estagnação cultural 
gerado pelas invasões bárbaras, quando muito do 
conhecimento da Antiguidade clássica havia se 
perdido. Reuniu então, com o apoio da Igreja, grandes 
sábios que deveriam transmitir sua sabedoria nas 
escolas da época. Esses grandes mestres foram 
chamados scholasticos. As matérias ensinadas por eles 
nas escolas medievais eram chamadas de artes liberais 
e foram divididas em 
a) fé e razão. 
b) matemática e gramática. 
c) trívio e quadrívio. 
d) teologia e filosofia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 notas
1 
 
 
 
 
FIL0163 - (Enem) Outro remédio eficiente é organizar 
colônias, em alguns lugares as quais virão a ser como 
grilhões impostos às províncias, porque isto é 
necessário que se faça ou deve-se lá ter muita força de 
armas. Não é muito que se gasta com as colônias, e, 
sem despesa excessiva, podem ser organizadas e 
mantidas. Os únicos que terão prejuízos com elas serão 
os de quem se tomam os campos e as moradias para se 
darem aos novos habitantes. Entretanto, os 
prejudicados serão a minoria da população do Estado, 
e dispersos e reduzidos à penúria, nenhum dano trarão 
ao príncipe, e os que não foram prejudicados terão, por 
isso, que se aquietarem, temerosos de que o mesmo 
lhes suceda. 
MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Martins Fontes, 2010. 
 
Em O príncipe, Maquiavel apresenta conselhos para a 
manutenção do poder político, como o deste trecho, 
que tem como objeto a 
a) transferência dos inimigos da metrópole para a 
colônia. 
b) substituição de leis, costumes e impostos da região 
dominada. 
c) implantação de um exército armado, constituído 
pela população subjugada. 
d) expansão do principado, com migração populacional 
para o território conquistado. 
e) distribuição de terras para a parcela do povo 
dominado, que possui maior poder político. 
 
 
FIL0164 - (Ufpr) Considere a passagem abaixo: 
 
A substituição do reino do dever ser, que marca a 
filosofia anterior, pelo reino do ser, da realidade, leva 
Maquiavel a se perguntar: como fazer reinar a ordem, 
como instaurar um Estado estável? O problema central 
de sua análise política é descobrir como pode ser 
resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos. Ao 
formular e buscar resolver esta questão, Maquiavel 
provoca uma ruptura com o saber repetido pelos 
séculos. Trata-se de uma indagação radical e de uma 
nova articulação sobre o pensar e fazer política, que 
põe fim à ideia de uma ordem natural eterna. A ordem, 
produto necessário da política, não é natural, nem a 
materialização de uma vontade extraterrena, e 
tampouco resulta do jogo de dados do acaso. Ao 
contrário, a ordem tem um imperativo: deve ser 
construída pelos homens para se evitar o caos e a 
barbárie, e, uma vez alcançada, ela não será definitiva, 
pois há sempre, em germe, o seu trabalho em negativo, 
isto é, a ameaça de que seja desfeita. 
(SADEK, Maria Tereza. Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, 
o intelectual de virtù. In: WEFFORT, Francisco (org.). Clássicos da 
política, vol. 01. São Paulo: Ática, 2001. p. 17-18.) 
 
Considerando o argumento de Maria Tereza Sadek, em 
seu texto intitulado Nicolau Maquiavel: o cidadão sem 
fortuna, o intelectual de virtù, é correto afirmar: 
 
a) Os estudos de Maquiavel sobre o reino do ser na 
política levam em consideração a tradição idealista de 
Platão, Aristóteles e São Tomás de Aquino e rejeitam 
as interpretações de historiadores antigos, como 
Tácito, Políbio, Tucídides e Tito Lívio. 
b) Em sua obra, Maquiavel coloca em relevo a 
dimensão efetivamente social, histórica e política das 
relações humanas, explicitando que sua regra 
metodológica implica o exame da realidade tal como 
ela é e não como se gostaria que ela fosse. 
c) A política, segundo Maquiavel, tem correspondência 
com as ideias inatistas, ou seja, de que os indivíduos 
são predestinados a um tipo de condição que lhes é 
inerente, não havendo possibilidade de mudança ou 
qualquer outra forma de alterar as estruturas de poder, 
por ele denominada de “maquiavélicas”. 
d) Segundo Sadek, ao formular uma explicação sobre 
essa questão, Maquiavel não rompeu com os 
paradigmas que fundavam a política de seu tempo, por 
conseguinte, favorecendo a perpetuação de tiranias 
nos séculos XV e XVI. 
e) Para Maquiavel, o problema central da política foi a 
democracia, e sua construção implicava o 
fortalecimento de governos descentralizados, o que 
aproximava seus estudos de liberais como John Locke 
e Thomas Hobbes. 
 
 
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Filosofia Moderna - Maquiavel 
 
2 
 
FIL0165 - (Ufpr) Quando se conquistam Estados 
habituados a reger-se por leis próprias e em liberdade, 
há três modos de manter a sua posse: primeiro, 
arruiná-los; segundo, ir habitá-los; terceiro, deixá-los 
viver com suas leis, arrecadando um tributo e criando 
um governo de poucos, que se conserve amigos. [...] 
Quem se torna senhor de uma cidade tradicionalmente 
livre e não a destrói será destruído por ela. Tais cidades 
têm sempre por bandeira, nas rebeliões, a liberdade e 
suas antigas leis, que não esquecem nunca, nem com o 
correr do tempo, nem por influência dos benefícios 
recebidos. Por muito que se faça, quaisquer que sejam 
as precauções tomadas, se não se promovem o dissídio 
e a desagregação dos habitantes, não deixam eles de 
se lembrar daqueles princípios e, em toda 
oportunidade, em qualquer situação, a eles recorrem 
[...]. Assim, para conservar uma república conquistada, 
o caminho mais seguro é destruí-la ou habitá-la 
pessoalmente. 
(MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 21-
22.) 
 
Com base nessa passagem, extraída da obra O Príncipe, 
de Maquiavel, assinale a alternativa correta. 
 
a) O poder emanado do príncipe deve ter a capacidade 
de não apenas levar a cabo os planos de expansão de 
seu próprio governo, mas sobretudo criar condições 
para que esse poder mantenha-sede forma plena e 
garanta a legitimidade da própria dominação. 
b) A passagem refere-se em especial às repúblicas que 
ainda não passaram por um processo de 
amadurecimento de suas instituições democráticas. 
Repúblicas que dependem de orientação externa e de 
outras nações na formação da sua própria identidade 
política, a fim de suplantar o ódio típico dessas 
repúblicas. 
c) Para Maquiavel, “habitar” a república conquistada é 
uma possibilidade mais condizente com a posição do 
Príncipe. Considerando que o autor tinha laços com o 
pensamento humanista, “destruir” uma república 
conquistada implicaria lançar mão da força militar, com 
a qual Maquiavel não concordava. 
d) No mundo moderno e contemporâneo, o Príncipe, 
garantidor da ordem e da segurança pública, pode e 
deve intervir com o argumento de preservar as 
instituições democráticas e republicanas, mesmo que 
para isso seja necessário o uso da força. 
e) O Príncipe pode, por meio de pleito eleitoral, 
plebiscito ou consulta popular, agir em nome do povo 
e garantir a soberania de seu Estado. Pode invadir as 
nações que coloquem em risco a sua própria liberdade. 
Pode combater o ódio das outras repúblicas, e que essa 
nação seja destruída ou habitada pelo Príncipe, a fim 
de assegurar a ordem democrática. 
FIL0166 - (Enem) Para Maquiavel, quando um homem 
decide dizer a verdade pondo em risco a própria 
integridade física, tal resolução diz respeito apenas a 
sua pessoa. Mas se esse mesmo homem é um chefe de 
Estado, os critérios pessoais não são mais adequados 
para decidir sobre ações cujas consequências se 
tornam tão amplas, já que o prejuízo não será apenas 
individual, mas coletivo. Nesse caso, conforme as 
circunstâncias e os fins a serem atingidos, pode-se 
decidir que o melhor para o bem comum seja mentir. 
ARANHA, M. L. Maquiavel: a lógica da força. São Paulo: Moderna, 
2006 (adaptado). 
 
O texto aponta uma inovação na teoria política na 
época moderna expressa na distinção entre 
a) idealidade e efetividade da moral. 
b) nulidade e preservabilidade da liberdade. 
c) ilegalidade e legitimidade do governante. 
d) verificabilidade e possibilidade da verdade. 
e) objetividade e subjetividade do conhecimento. 
 
 
FIL0167 - (Unioeste) Considerando-se o seguinte 
fragmento de Maquiavel, indique qual das alternativas 
abaixo está CORRETA. 
 
“Um príncipe prudente deve, portanto, conduzir-se de 
uma terceira maneira escolhendo no seu Estado 
homens sábios, e só a esses deve dar o direito de falar-
lhe a verdade a respeito, porém apenas das coisas que 
ele lhes perguntar. Deve consultá-los a respeito de 
tudo e ouvir-lhes a opinião e deliberar depois como 
bem entender e com conselhos daqueles; conduzir-se 
de tal modo que eles percebam que com quanto mais 
liberdade falarem, mais facilmente as suas opiniões 
serão seguidas” 
(MAQUIAVEL, 1973, p. 105). 
 
a) De acordo com Maquiavel, o príncipe, na direção do 
seu Estado, não deve consultar ninguém ao tomar 
decisões. 
b) Maquiavel considera que todos têm o direito de 
criticar as ações do príncipe. 
c) Maquiavel afirma que homens sábios podem falar ao 
príncipe o que quiserem, e na hora que bem 
entenderem, sendo obrigação do príncipe acatá-los. 
d) Conforme Maquiavel, o príncipe deve cercar-se de 
conselheiros sábios, mas eles nunca devem ter 
liberdade para falar a verdade. 
e) Maquiavel defende que, como o príncipe precisa da 
opinião livre dos sábios, deve dar-lhes o direito de 
falar-lhes a verdade, mas apenas das coisas que ele lhe 
perguntar. 
 
 
 
3 
 
FIL0168 - (Espm) Cícero e os humanistas afirmavam 
que "nada é mais eficaz para defender e manter o 
poder do que ser amado e nada é mais danoso do que 
ser temido”. Um importante pensador moderno 
contrapôs: "Seria desejável ser uma coisa e outra 
(amado e temido), mas, como é quase impossível obter 
ambas as coisas ao mesmo tempo, é muito mais seguro 
ser temido que amado, quando se deve escolher uma 
dessas condições." 
Eugenio Garin. Dal Rinascimento all Illuminismo. 
O importante pensador moderno mencionado no 
enunciado é: 	
a) Thomas Hobbes; 
b) Nicolau Maquiavel; 
c) Jean Bodin; 
d) Jacques Bossuet; 
e) John Locke. 
 
FIL0169 - (Unioeste) Texto 1 
“[...] Quando um homem deseja professar a bondade, 
natural é que vá à ruína, entre tantos maus. Assim, é 
preciso que, para se conservar, um príncipe aprenda a 
ser mau, e que se sirva ou não disso de acordo com a 
necessidade”. 
MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 2004, 
p. 99. 
Texto 2 
“[...] Assim deve o príncipe tornar-se temido, de sorte 
que, se não for amado, ao menos evite ódio, pois é fácil 
ser, a um só tempo, temido e não odiado, o que 
ocorrerá uma vez que se prive da posse dos bens e das 
mulheres dos cidadãos e dos súditos, e, mesmo 
quando forçado a derramar o sangue de alguém, 
poderá fazê-lo apenas se houver justificativa 
apropriada e causa manifesta” [...]. 
Idem, p. 106-7. 
Considerando o pensamento de Maquiavel e os textos 
citados, assinale a alternativa CORRETA. 
a) O pensamento de Maquiavel volta-se à realidade e 
busca alternativas para estabelecer um Estado estável 
onde a ordem possa reinar. 
b) Maquiavel, assim como Platão, revela-se um 
idealista ao estabelecer padrões ao governante 
fundamentados na bondade natural do homem. 
c) O príncipe deve ser um homem dotado de boas 
virtudes (virtù) e dinheiro (fortuna) para que todos o 
respeitem e ele possa fazer reinar a estabilidade. 
d) Estado e Igreja se fundem, de acordo com o filósofo. 
De nada adianta ao príncipe tentar estabelecer a 
ordem, já que ela depende de um estado natural das 
coisas e de uma força extraterrena, tornando todo seu 
esforço em vão. 
e) O objetivo último do pensamento político de 
Maquiavel é o de evitar a guerra a todo custo, pois as 
atrocidades da guerra desafiam os valores éticos que 
determinam a ação política. 
FIL0170 - (Unicamp) Quanto seja louvável a um 
príncipe manter a fé, aparentar virtudes e viver com 
integridade, não com astúcia, todos o compreendem; 
contudo, observa-se, pela experiência, em nossos 
tempos, que houve príncipes que fizeram grandes 
coisas, mas em pouca conta tiveram a palavra dada, e 
souberam, pela astúcia, transtornar a cabeça dos 
homens, superando, enfim, os que foram leais (...). Um 
príncipe prudente não pode nem deve guardar a 
palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e 
quando as causas que o determinaram cessem de 
existir. 
(Nicolau Maquiavel, O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1997, p. 
73-85.) 
 
A partir desse excerto da obra, publicada em 1513, é 
correto afirmar que: 
a) O jogo das aparências e a lógica da força são algumas 
das principais artimanhas da política moderna 
explicitadas por Maquiavel. 
b) A prudência, para ser vista como uma virtude, não 
depende dos resultados, mas de estar de acordo com 
os princípios da fé. 
c) Os princípios e não os resultados é que definem o 
julgamento que as pessoas fazem do governante, por 
isso é louvável a integridade do príncipe. 
d) A questão da manutenção do poder é o principal 
desafio ao príncipe e, por isso, ele não precisa cumprir 
a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja. 
 
 
FIL0171 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
A República de Veneza e o Ducado de Milão ao norte, 
o reino de Nápoles ao sul, os Estados papais e a 
república de Florença no centro formavam ao final do 
século XV o que se pode chamar de mosaico da Itália 
sujeita a constantes invasões estrangeiras e conflitos 
internos. Nesse cenário, o florentino Maquiavel 
desenvolveu reflexões sobre como aplacar o caos e 
instaurar a ordem necessária para a unificação e a 
regeneração da Itália. 
(Adaptado de: SADEK, M. T. “Nicolau Maquiavel: o cidadão sem 
fortuna, o intelectual de virtú”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos 
da política. v.2. São Paulo: Ática, 2003. p.11-24.) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a 
filosofia política de Maquiavel,assinale a alternativa 
correta. 
a) A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas 
com a existência de um Príncipe que age segundo a 
moralidade convencional e cristã. 
b) A estabilidade do Estado resulta de ações humanas 
concretas que pretendem evitar a barbárie, mesmo 
que a realidade seja móvel e a ordem possa ser 
desfeita. 
4 
 
c) A história é compreendida como retilínea, portanto, 
a ordem é resultado necessário do desenvolvimento e 
aprimoramento humano, sendo impossível que o caos 
se repita. 
d) A ordem na política é inevitável, uma vez que o 
âmbito dos assuntos humanos é resultante da 
materialização de uma vontade superior e divina. 
e) Há uma ordem natural e eterna em todas as 
questões humanas e em todo o fazer político, de modo 
que a estabilidade e a certeza são constantes nessa 
dimensão. 
 
FIL0172 - (Ufpa) Ao pensar como deve comportar-se 
um príncipe com seus súditos, Maquiavel questiona as 
concepções vigentes em sua época, segundo as quais 
consideravam o bom governo depende das boas 
qualidades morais dos homens que dirigem as 
instituições. Para o autor, “um homem que quiser fazer 
profissão de bondade é natural que se arruíne entre 
tantos que são maus. Assim, é necessário a um 
príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau 
e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a 
necessidade”. 
Maquiavel, O Príncipe, São Paulo: Abril cultural, Os Pensadores, 
1973, p.69. 
 
Sobre o pensamento de Maquiavel, a respeito do 
comportamento de um príncipe, é correto afirmar que 
a) a atitude do governante para com os governados 
deve estar pautada em sólidos valores éticos, devendo 
o príncipe punir aqueles que não agem eticamente. 
b) o Bem comum e a justiça não são os princípios 
fundadores da política; esta, em função da finalidade 
que lhe é própria e das dificuldades concretas de 
realizá-la, não está relacionada com a ética. 
c) o governante deve ser um modelo de virtude, e é 
precisamente por saber como governar a si próprio e 
não se deixar influenciar pelos maus que ele está 
qualificado a governar os outros, isto é, a conduzi-los à 
virtude. 
d) o Bem supremo é o que norteia as ações do 
governante, mesmo nas situações em que seus atos 
pareçam maus. 
e) a ética e a política são inseparáveis, pois o bem dos 
indivíduos só é possível no âmbito de uma comunidade 
política onde o governante age conforme a virtude. 
 
FIL0173 - (Enem) Nasce daqui uma questão: se vale 
mais ser amado que temido ou temido que amado. 
Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; 
mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser 
temido que amado, quando haja de faltar uma das 
duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira 
geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, 
covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem 
são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, 
a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo 
está longe; mas quando ele chega, revoltam-se. 
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991. 
 
A partir da análise histórica do comportamento 
humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel 
define o homem como um ser 
a) munido de virtude, com disposição nata a praticar o 
bem a si e aos outros. 
b) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para 
alcançar êxito na política. 
c) guiado por interesses, de modo que suas ações são 
imprevisíveis e inconstantes. 
d) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-
social e portando seus direitos naturais. 
e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas 
com seus pares. 
 
 
FIL0174 - (Ufu) Em seus estudos sobre o Estado, 
Maquiavel busca decifrar o que diz ser uma verità 
effettuale, a “verdade efetiva” das coisas que 
permeiam os movimentos da multifacetada história 
humana/política através dos tempos. Segundo ele, há 
certos traços humanos comuns e imutáveis no 
decorrer daquela história. Afirma, por exemplo, que os 
homens são “ingratos, volúveis, simuladores, covardes 
ante os perigos, ávidos de lucro”. (O Príncipe, cap. XVII) 
 
Para Maquiavel: 
a) A “verdade efetiva” das coisas encontra-se em plano 
especulativo e, portanto, no “dever-ser”. 
b) Fazer política só é possível por meio de um 
moralismo piedoso, que redime o homem em âmbito 
estatal. 
c) Fortuna é poder cego, inabalável, fechado a qualquer 
influência, que distribui bens de forma indiscriminada. 
d) A Virtù possibilita o domínio sobre a Fortuna. Esta é 
atraída pela coragem do homem que possui Virtù. 
 
 
 
FIL0175 - (Enem) Mas, sendo minha intenção escrever 
algo de útil para quem por tal se interesse, pareceu-me 
mais conveniente ir em busca da verdade extraída dos 
fatos e não à imaginação dos mesmos, pois muitos 
conceberam repúblicas e principados jamais vistos ou 
conhecidos como tendo realmente existido. 
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Disponível em: 
www.culturabrasil.pro.br. Acesso em: 4 abr. 2013. 
 
A partir do texto, é possível perceber a crítica 
maquiaveliana à filosofia política de Platão, pois há 
nesta a 
5 
 
a) elaboração de um ordenamento político com 
fundamento na bondade infinita de Deus. 
b) explicitação dos acontecimentos políticos do 
período clássico de forma imparcial. 
c) utilização da oratória política como meio de 
convencer os oponentes na ágora. 
d) investigação das constituições políticas de Atenas 
pelo método indutivo. 
e) idealização de um mundo político perfeito existente 
no mundo das ideias. 
 
 
FIL0176 - (Enem) Não ignoro a opinião antiga e muito 
difundida de que o que acontece no mundo é decidido 
por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em 
nossos dias, devido às grandes transformações 
ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais 
escapam à conjectura humana. Não obstante, para não 
ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se 
pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos 
atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre 
a outra metade. 
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado). 
 
Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do 
poder em seu tempo. No trecho citado, o autor 
demonstra o vínculo entre o seu pensamento político 
e o humanismo renascentista ao 
a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos 
definidores do seu tempo. 
b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos 
políticos. 
c) afirmar a confiança na razão autônoma como 
fundamento da ação humana. 
d) romper com a tradição que valorizava o passado 
como fonte de aprendizagem. 
e) redefinir a ação política com base na unidade entre 
fé e razão. 
 
 
FIL0177 - (Unisc) A partir do século XVI, com o 
surgimento das monarquias nacionais e o 
desenvolvimento do capitalismo, as concepções de 
poder foram elaboradas para se ajustarem aos novos 
tempos. Um dos grandes pensadores dessa época, 
responsável também pela inauguração do pensamento 
político moderno e que afirmou ser “o poder forjado 
nas relações humanas e, como tal, pertence a esse 
mundo”, foi 
a) Nicolau Maquiavel. 
b) Thomas Hobbes. 
c) John Locke. 
d) Jean-Jacques Rousseau. 
e) Immanuel Kant. 
FIL0178 - (Unicentro) O filósofo que se relaciona ao 
pensamento político moderno é 
a) Aristóteles. 
b) Descartes. 
c) Maquiavel. 
d) Sócrates. 
e) Hume. 
 
FIL0179 - (Unioeste) “Creio que a sorte seja árbitro da 
metade dos nossos atos, mas que nos permite o 
controle sobre a outra metade, aproximadamente. 
Comparo a sorte a um rio impetuoso que, quando 
enfurecido, inunda a planície, derruba casas e edifícios, 
remove terra de um lugar para depositá-la em outro. 
Todos fogem diante de sua fúria, tudo cede sem que se 
possa detê-la. Contudo, apesar de ter essa natureza, 
quando as águas correm quietamente é possível 
construir defesas contra elas, diques e barragens, de 
modo que, quando voltam a crescer, sejam desviadas 
para um canal, para que seu ímpeto seja menos 
selvagem e devastador. O mesmo se dá com a sorte,que mostra todo o seu poder quando não foi posto 
nenhum empenho para lhe resistir, dirigindo sua fúria 
contra os pontos que não há dique ou barragem para 
detê-la. [...] O príncipe que baseia seu poder 
inteiramente na sorte se arruína quando esta muda. 
Acredito também que é prudente quem age de acordo 
com as circunstâncias, e da mesma forma é infeliz 
quem age opondo-se ao que o seu tempo exige”. 
Maquiavel 
 
Considerando o pensamento político de Maquiavel e o 
texto acima, é INCORRETO afirmar que 
a) o êxito da ação política do príncipe depende do 
modo como ele age de acordo com as circunstâncias. 
b) a manutenção do poder e a estabilidade política são 
proporcionadas pelo príncipe de virtù, 
independentemente dos meios por ele utilizados. 
c) o sucesso ou o fracasso da ação política para a 
manutenção do poder depende exclusivamente da 
sorte e do uso da força bruta e violenta. 
d) na manutenção do poder, a ação política do príncipe 
se fundamenta, não no uso da força bruta e da 
violência, mas na utilização da força com virtù. 
e) o êxito da ação política, com vistas à manutenção do 
poder, resulta do saber aproveitar a ocasião dada pelas 
circunstâncias e da capacidade de entender o que o seu 
tempo exige. 
 
FIL0180 – (Ufu) A Itália do tempo de Nicolau Maquiavel 
(1469 – 1527) não era um Estado unificado como hoje, 
mas fragmentada em reinos e repúblicas. Na obra O 
Príncipe, declara seu sonho de ver a península 
unificada. Para tanto, entre outros conceitos, forjou as 
concepções de virtú e de fortuna. A primeira 
6 
 
representa a capacidade de governar, agir para 
conquistar e manter o poder; a segunda é relativa aos 
“acasos da sorte” aos quais todos estão submetidos, 
inclusive os governantes. Afinal, como registrado na 
famosa ópera de Carl Orff: Fortuna imperatrix mundi (A 
Fortuna governa o mundo). 
 
 Por isso, um príncipe prudente não pode nem 
deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne 
prejudicial e quando as causas que o determinaram 
cessem de existir. 
MAQUIAVEL, N. “O príncipe”. Coleção os Pensadores. São Paulo: 
Abril Cultura, 1973, p. 79 - 80. 
 
Com base nas informações acima, assinale a alternativa 
que melhor interpreta o pensamento de Maquiavel. 
a) Trata-se da fortuna, quando Maquiavel diz que “as 
causas que o determinaram cessem de existir”; e de 
virtú, quando Maquiavel diz que o príncipe deve ser 
“prudente”. 
b) Trata-se da virtú, quando Maquiavel diz que as 
“causas mudaram”; e de fortuna quando se refere ao 
príncipe prudente, pois um príncipe com tal qualidade 
saberia acumular grande quantidade de riquezas. 
c) Apesar de ser uma frase de Maquiavel, conforme o 
texto introdutório, ela não guarda qualquer relação 
com as noções de virtú e fortuna. 
d) O fragmento de Maquiavel expressa bem a noção de 
virtú, ao dizer que o príncipe deve ser prudente, mas 
não se relaciona com a noção de fortuna, pois em 
nenhum momento afirma que as “circunstâncias” 
podem mudar. 
 
 
FIL0181 - (Ifsp) Reconhecido por muitos como 
fundador do pensamento político moderno, Maquiavel 
chocou a sociedade de seu tempo ao propor, em O 
Príncipe, que 
a) a soberania do Estado é ilimitada e que o monarca, 
embora submetido às leis divinas, pode interpretá-las 
de forma autônoma, sem a necessidade de recorrer ao 
Papa. 
b) a autoridade do monarca é sagrada, ilimitada e 
incontestável, pois o príncipe recebe seu poder 
diretamente de Deus. 
c) o Estado é personificado pelo monarca, que encarna 
a soberania e cujo poder não conhece outros limites 
que não aqueles ditados pela moral. 
d) a autoridade do príncipe deriva do consentimento 
dos governados, pois a função do Estado é promover e 
assegurar a felicidade dos seus súditos. 
e) a política é autonormativa, justificando seus meios 
em prol de um bem maior, que é a estabilidade do 
Estado. 
FIL0182 - (Unesp) Analise o texto político, que 
apresenta uma visão muito próxima de importantes 
reflexões do filósofo italiano Maquiavel, um dos 
primeiros a apontar que os domínios da ética e da 
política são práticas distintas. 
 
“A política arruína o caráter”, disse Otto von Bismarck 
(1815-1898), o “chanceler de ferro” da Alemanha, para 
quem mentir era dever do estadista. Os ditadores que 
agora enojam o mundo ao reprimir ferozmente seus 
próprios povos nas praças árabes foram colocados e 
mantidos no poder por nações que se enxergam como 
faróis da democracia e dos direitos humanos: Estados 
Unidos, Inglaterra e França. Isso é condenável? 
Os ditadores eram a única esperança do Ocidente de 
continuar tendo acesso ao petróleo árabe e de manter 
um mínimo de informação sobre as organizações 
terroristas islâmicas. Antes de condenar, reflita sobre a 
frase do mais extraordinário diplomata americano do 
século passado, George Kennan, morto aos 101 anos 
em 2005: “As sociedades não vivem para conduzir sua 
política externa: seria mais exato dizer que elas 
conduzem sua política externa para viver”. 
(Veja, 02.03.2011. Adaptado.) 
 
A associação entre o texto e as ideias de Maquiavel 
pode ser feita, pois o filósofo 
a) considerava a ditadura o modelo mais apropriado de 
governo, sendo simpático à repressão militar sobre 
populações civis. 
b) foi um dos teóricos da democracia liberal, 
demonstrando-se avesso a qualquer tipo de 
manifestação de autoritarismo por parte dos 
governantes. 
c) foi um dos teóricos do socialismo científico, 
respaldando as ideias de Marx e Engels. 
d) foi um pensador escolástico que preconizou a 
moralidade cristã como base da vida política. 
e) refletiu sobre a política através de aspectos 
prioritariamente pragmáticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
 
 
FIL0183 - (Enem) TEXTO I 
Os segredos da natureza se revelam mais sob a tortura 
dos experimentos do que no seu curso natural. 
BACON, F. Novum Organum, 1620. In: HADOT, P. O véu de Ísis: 
ensaio sobre a história da ideia de natureza. São Paulo: Loyola, 
2006. 
TEXTO II 
O ser humano, totalmente desintegrado do todo, não 
percebe mais as relações de equilíbrio da natureza. Age 
de forma totalmente desarmônica sobre o ambiente, 
causando grandes desequilíbrios ambientais. 
GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação. Campinas: 
Papirus, 1995. 
 
Os textos indicam uma relação da sociedade diante da 
natureza caracterizada pela 
a) objetificação do espaço físico. 
b) retomada do modelo criacionista. 
c) recuperação do legado ancestral. 
d) infalibilidade do método científico. 
e) formação da cosmovisão holística. 
 
FIL0184 - (Enem) Os produtos e seu consumo 
constituem a meta declarada do empreendimento 
tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez 
no início da Modernidade, como expectativa de que o 
homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa 
expectativa, convertida em programa anunciado por 
pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado 
pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, 
“de um mero imperialismo humano”, mas da aspiração 
de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e 
culturalmente. 
CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques, 
Scientiae Studia. São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado). 
 
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes 
e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência 
como uma forma de saber que almeja libertar o 
homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, 
a investigação científica consiste em 
a) expor a essência da verdade e resolver 
definitivamente as disputas teóricas ainda existentes. 
b) oferecer a última palavra acerca das coisas que 
existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia. 
c) ser a expressão da razão e servir de modelo para 
outras áreas do saber que almejam o progresso. 
d) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a 
natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos. 
e) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos 
naturais e impor limites aos debates acadêmicos. 
 
 
FIL0185 - (Enem)(...) Depois de longas investigações, 
convenci-me por fim de que o Sol é uma estrela fixa 
rodeada de planetas que giram em volta dela e de que 
ela é o centro e a chama. Que, além dos planetas 
principais, há outros de segunda ordem que circulam 
primeiro como satélites em redor dos planetas 
principais e com estes em redor do Sol. (...) Não duvido 
de que os matemáticos sejam da minha opinião, se 
quiserem dar-se ao trabalho de tomar conhecimento, 
não superficialmente mas duma maneira aprofundada, 
das demonstrações que darei nesta obra. Se alguns 
homens ligeiros e ignorantes quiserem cometer contra 
mim o abuso de invocar alguns passos da Escritura 
(sagrada), a que torçam o sentido, desprezarei os seus 
ataques: as verdades matemáticas não devem ser 
julgadas senão por matemáticos. 
(COPÉRNICO, N. De Revolutionibus orbium caelestium) 
Aqueles que se entregam à prática sem ciência são 
como o navegador que embarca em um navio sem 
leme nem bússola. Sempre a prática deve 
fundamentar-se em boa teoria. Antes de fazer de um 
caso uma regra geral, experimente-o duas ou três 
vezes e verifique se as experiências produzem os 
mesmos efeitos. Nenhuma investigação humana pode 
se considerar verdadeira ciência se não passa por 
demonstrações matemáticas. 
(VINCI, Leonardo da. Carnets) 
O aspecto a ser ressaltado em ambos os textos para 
exemplificar o racionalismo moderno é 
a) a fé como guia das descobertas. 
b) o senso crítico para se chegar a Deus. 
c) a limitação da ciência pelos princípios bíblicos. 
d) a importância da experiência e da observação. 
e) o princípio da autoridade e da tradição. 
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ProfessorFerretto ProfessorFerretto
Filosofia Medieval – Bodin, Bossuet, Bacon e Montaigne 
2 
 
FIL0186 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
Resta-nos um único e simples método, para alcançar os 
nossos intentos: levar os homens aos próprios fatos 
particulares e às suas séries e ordens, a fim de que eles, 
por si mesmos, se sintam obrigados a renunciar às suas 
noções e comecem a habituar-se ao trato direto das 
coisas. 
(BACON, F. Novum Organum Trad. José Aluysio Reis de Andrade. 
São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 26.) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o 
problema do método de investigação da natureza em 
Bacon, assinale a alternativa correta. 
a) O preceito metodológico do “trato direto das coisas” 
supõe que cada um já possui em si as condições para 
realizar a investigação da natureza. 
b) A investigação da natureza consiste em aplicar um 
conjunto de pressupostos metafísicos, cuja função é 
orientar a investigação. 
c) As “séries e ordens” referentes aos fatos particulares 
resultam da aplicação dos pressupostos do método de 
investigação. 
d) A renúncia às noções que cada um possui é o 
princípio do método de investigação, que levará a ida 
aos fatos particulares. 
e) O método de interpretação da natureza propõe uma 
nova atitude com relação às coisas e uma nova 
compreensão dos poderes do intelecto. 
 
 
FIL0187 - (Unesp) Os ídolos e noções falsas que ora 
ocupam o intelecto humano e nele se acham 
implantados não somente o obstruem a ponto de ser 
difícil o acesso da verdade, como, mesmo depois de 
superados, poderão ressurgir como obstáculo à própria 
instauração das ciências, a não ser que os homens, já 
precavidos contra eles, se cuidem o mais que possam. 
O homem se inclina a ter por verdade o que prefere. 
Em vista disso, rejeita as dificuldades, levado pela 
impaciência da investigação; rejeita os princípios da 
natureza, em favor da superstição; rejeita a luz da 
experiência, em favor da arrogância e do orgulho, 
evitando parecer se ocupar de coisas vis e efêmeras; 
rejeita paradoxos, por respeito a opiniões vulgares. 
Enfim, inúmeras são as fórmulas pelas quais o 
sentimento, quase sempre imperceptivelmente, se 
insinua e afeta o intelecto. 
(Francis Bacon. Novum Organum [publicado originalmente em 
1620], 
1999. Adaptado.) 
 
Na história da filosofia ocidental, o texto de Bacon 
preconiza 
a) um pensamento científico racional afastado de 
paixões e preconceitos. 
b) uma crítica à hegemonia do paradigma cartesiano no 
âmbito científico. 
c) a defesa do inatismo das ideias contra os 
pressupostos da filosofia empirista. 
d) a valorização romântica de aspectos sentimentais e 
intuitivos do pensamento. 
e) uma crítica de caráter ético voltada contra a frieza 
do trabalho científico. 
 
 
FIL0188 - (Ufsm) O conhecimento é uma ferramenta 
essencial para a sobrevivência humana. Os principais 
filósofos modernos argumentaram que nosso 
conhecimento do mundo seria muito limitado se não 
pudéssemos ultrapassar as informações que a 
percepção sensível oferece. No período moderno, qual 
processo cognitivo foi ressaltado como fundamental, 
pois permitia obter conhecimento direto, novo e capaz 
de antecipar acontecimentos do mundo físico e 
também do comportamento social? 
a) Dedução. 
b) Indução. 
c) Memorização. 
d) Testemunho. 
e) Oratória e retórica. 
 
 
FIL0189 - (Ufsj) Sobre os ídolos preconizados por 
Francis Bacon, é CORRETO afirmar que: 
a) “A consequência imediata da ação dos ídolos é a 
inscrição do Homem num universo de massacre e 
sofrimento racional-indutivo, onde o conhecimento 
científico se distancia da filosofia, se deteriora e se 
amesquinha”. 
b) “Toda idolatria é forjada no hábito e na 
subjetividade humanos”. 
c) “Os ídolos invadem a mente humana e para derrogá-
los, é necessário um esforço racional-dedutivo de 
análise, como bem advertiu Aristóteles”. 
d) “Os ídolos da caverna são os homens enquanto 
indivíduos, pois cada um [...] tem uma caverna ou uma 
cova que intercepta e corrompe a luz da natureza”. 
 
 
FIL0190 - (Uel) 
 
 
3 
 
A figura do homem que triunfa sobre a natureza bruta 
é significativa para se pensar a filosofia de Francis 
Bacon (1561-1626). Com base no pensamento de 
Bacon, considere as afirmativas a seguir. 
 
I. O homem deve agir como intérprete da natureza 
para melhor conhecê-la e dominá-la em seu benefício. 
II. O acesso ao conhecimento sobre a natureza 
depende da experiência guiada por método indutivo. 
III. O verdadeiro pesquisador da natureza é um homem 
que parte de proposições gerais para, na sequência e à 
luz destas, clarificar as premissas menores. 
IV. Os homens de experimentos processam as 
informações à luz de preceitos dados a priori pela 
razão. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas. 
 
 
FIL0191 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
 O pensamento moderno caracteriza-se pelo 
crescente abandono da ciência aristotélica. Um dos 
pensadores modernos desconfortáveis com a lógica 
dedutiva de Aristóteles – considerando que esta não 
permitia explicar o progresso do conhecimento 
científico – foi Francis Bacon. No livro Novum 
Organum, Bacon formulou o método indutivo como 
alternativa ao método lógico-dedutivo aristotélico. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o 
pensamento de Bacon, é correto afirmar que o método 
indutivo consiste 
 
a) na derivação de consequências lógicas com base no 
corpo de conhecimento de um dado período histórico. 
b) no estabelecimento de leis universais e necessárias 
com base nas formas válidas do silogismo tal como 
preservado pelos medievais. 
c) na postulação de leis universais com base em casos 
observados na experiência, os quais apresentam 
regularidade. 
d) na inferência de leis naturais baseadas no 
testemunho de autoridades científicas aceitas 
universalmente. 
e) na observação de casos particulares revelados pela 
experiência, os quais impedem a necessidade e a 
universalidade no estabelecimento das leis naturais. 
 
 
FIL0192 - (Uff) Segundo o filósofo inglês Francis Bacon 
(1561-1626),o ser humano tem o direito de dominar a 
natureza e as técnicas; as ciências são os meios para 
exercer esse poder. 
 
Que processo histórico pode ser diretamente 
associado a essas ideias? 
a) Os ideais de retorno à vida natural. 
b) O bloqueio continental imposto à Europa por 
Napoleão Bonaparte. 
c) A Contrarreforma promovida pela Igreja Católica. 
d) O surgimento do estilo barroco nas artes. 
e) A Revolução Industrial. 
 
 
FIL0193 - (Uel) [...] é necessário, ainda, introduzir-se 
um método completamente novo, uma ordem 
diferente e um novo processo, para continuar e 
promover a experiência. Pois a experiência vaga, 
deixada a si mesma [...] é um mero tateio, e presta-se 
mais a confundir os homens que a informá-los. Mas 
quando a experiência proceder de acordo com leis 
seguras e de forma gradual e constante, poder-se-á 
esperar algo de melhor da ciência. 
[...] 
A infeliz situação em que se encontra a ciência humana 
transparece até nas manifestações do vulgo. Afirma-se 
corretamente que o verdadeiro saber é o saber pelas 
causas. E, não indevidamente, estabelecem- se quatro 
coisas: a matéria, a forma, a causa eficiente, a causa 
final. Destas, a causa final longe está de fazer avançar 
as ciências, pois na verdade as corrompe; mas pode ser 
de interesse para as ações humanas. 
(BACON, F. Novo Organum ou verdadeiras indicações acerca da 
interpretação da natureza. São Paulo: Abril Cultural. 1973. p. 72; 
99-100.) 
 
Com base no texto e no pensamento de Francis Bacon 
acerca da verdadeira indução experimental como 
interpretação da natureza, é correto afirmar. 
a) Na busca do conhecimento, não se podem encontrar 
verdades indubitáveis, sem submeter as hipóteses ao 
crivo da experimentação e da observação. 
b) A formulação do novo método científico exige 
submeter a experiência e a razão ao princípio de 
autoridade para a conquista do conhecimento. 
c) O desacordo entre a experiência e a razão, 
prevalecendo esta sobre aquela, constitui o 
fundamento para o novo método científico. 
d) Bacon admite o finalismo no processo natural, por 
considerar necessário ao método perguntar para que 
as coisas são e como são. 
e) O estabelecimento de um método experimental, 
baseado na observação e na medida, aprimora o 
método escolástico. 
4 
 
FIL0194 - (Uel) [...] chamamos esses lugares de regiões 
superiores. [...] Tais torres, conforme sua altura e 
posição, servem para experimentos de isolamento, 
refrigeração e conservação, e para as observações 
atmosféricas, como o estudo dos ventos, da chuva, da 
neve, granizo e de alguns meteoros ígneos. 
(BACON, F. Nova Atlântida. São Paulo: Nova Cultural. 1997. P; 
246.) 
 
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre os 
subtemas, pode-se afirmar que o pensamento de 
Francis Bacon: 
a) Reconhece e valoriza o distanciamento da realidade 
preconizado pelos autores da escolástica. 
b) Rejeita a máxima “saber é poder” e compreende a 
ciência como meio de controle sobre os seres 
humanos. 
c) Está voltado para o problema do método e para a 
defesa da experimentação. 
d) Considera o acesso à verdade como um processo 
que resulta do método dialético e que parte dos dados 
gerais para chegar ao particular. 
e) Estrutura, assim como de Platão, sua “utopia 
política”, tendo como base a sociedade organizada em 
trabalhadores, soldados e governantes. 
 
FIL0195 - (Uel) Segundo Francis Bacon, “são de quatro 
gêneros os ídolos que bloqueiam a mente humana. 
Para melhor apresentá-los, lhes assinamos nomes, a 
saber: Ídolos da Tribo; Ídolos da Caverna; Ídolos do 
Foro e Ídolos do Teatro”. 
Fonte: BACON, F. Novum Organum. Tradução de José Aluysio Reis 
de Andrade. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 21. 
 
Com base nos conhecimentos sobre Bacon, os Ídolos 
da Tribo são: 
a) Os ídolos dos homens enquanto indivíduos. 
b) Aqueles provenientes do intercurso e da associação 
recíproca dos indivíduos. 
c) Aqueles que imigraram para o espírito dos homens 
por meio das diversas doutrinas filosóficas. 
d) Aqueles que chegam ao espírito humano por meio 
de regras viciosas de demonstração. 
e) Aqueles fundados na própria natureza humana. 
 
FIL0196 - (Uel) Em sua obra Nova Atlântida, Francis 
Bacon descreve uma instituição imaginária chamada 
Casa de Salomão, cuja finalidade “[...] é o 
conhecimento das causas e dos segredos dos 
movimentos das coisas e a ampliação dos limites do 
império humano para a realização de todas as coisas 
que forem possíveis.” 
(BACON, Francis. Nova Atlântida. São Paulo: Nova Cultural, 1996. 
p. 245.) 
 
Sobre a concepção de ciência em Francis Bacon, é 
correto afirmar: 
a) A ciência justifica-se por si própria e está 
desvinculada da necessidade de proporcionar 
conhecimento sobre a natureza. 
b) O objetivo da ciência é fornecer a quem a controla 
um instrumento de domínio social sobre os outros 
homens. 
c) Para a ciência, o enfrentamento das questões 
econômicas e sociais tem maior relevância do que o 
conhecimento da natureza, porque proporciona uma 
vida boa para os indivíduos. 
d) A origem da ciência está dada em pressupostos a 
priori, sendo desnecessário o recurso ao saber prático 
e empírico. 
e) A ciência visa o conhecimento da natureza com a 
intenção de controle e domínio sobre ela para que o 
homem possa ter uma vida melhor. 
 
FIL0197 - (Uel) “[...] Aristóteles estabelecia antes as 
conclusões, não consultava devidamente a experiência 
para estabelecimento de suas resoluções e axiomas. E 
tendo, ao seu arbítrio, assim decidido, submetia a 
experiência como a uma escrava para conformá-la às 
suas opiniões”. 
(BACON, Francis. Novum Organum. Trad. de José Aluysio Reis de 
Andrade. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 33.) 
 
Com base no texto, assinale a alternativa que 
apresenta corretamente a interpretação que Bacon 
fazia da filosofia aristotélica. 
a) A filosofia aristotélica estabeleceu a experiência 
como o fundamento da ciência. 
b) Aristóteles consultava a experiência para 
estabelecer os resultados e axiomas da ciência. 
c) Aristóteles afirmava que o conhecimento teórico 
deveria submeter-se, como um escravo, ao 
conhecimento da experiência. 
d) Aristóteles desenvolveu uma concepção de filosofia 
que tem como consequência a desvalorização da 
experiência. 
e) Aristóteles valorizava a experiência, por considerá-la 
um caminho seguro para superar a opinião e atingir o 
conhecimento verdadeiro. 
 
FIL0198 - (Uemg) O Absolutismo como forma de 
governo esteve presente na península Ibérica, na 
França e na Inglaterra, tendo impactado e influenciado 
as maiores economias de seu tempo. 
Seus pensadores mais conhecidos e suas teorias foram: 
a) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o indivíduo 
estava subordinado ao Estado; Thomas Hobbes, 
criador da teoria do Contrato; Jacques Bossuet e Jean 
Bodin, que defenderam que o Rei era um 
representante divino. 
5 
 
b) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; Thomas 
Hobbes e a teoria da supremacia do Rei como 
representante divino; Jacques Bossuet e Jean Bodin, 
que defenderam a subordinação do indivíduo ao 
Estado. 
c) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, cujas 
teorias só se diferenciaram na aplicabilidade teológica, 
bem como Thomas Hobbes, que preconizou o 
indivíduo como senhor de seus direitos. 
d) Maquiavel e Thomas Hobbes, que conceberam o 
Contrato Social, Jacques Bossuet, que estabeleceu o 
conceito de individualismo primordial, e Jean Bodin, 
que defendeu a primazia da esfera governamental. 
 
 
FIL0199 - (Ueg) O movimento de ideias, conhecido 
como Renascença, foi caracterizado na literatura e na 
arte por um esmerado cultivo da forma e por uma 
admiração entusiasta da antiguidade pagã. Mudanças 
foram experimentadas em todas as áreas de atuação 
humana. Dentre os pensadores que marcaram esse 
período, destacam-se os seguintes: 
a) Kant, Hegel e Marx 
b) Descartes, Bacon e Comte 
c) Sócrates, Platão e Aristóteles 
d) Giordano Bruno, Maquiavele Jean Bodin 
FIL0200 – (Unesp) Os homens, diz antigo ditado grego, 
atormentam-se com a ideia que têm das coisas e não 
com as coisas em si. Seria grande passo, em alívio da 
nossa miserável condição, se se provasse que isso é 
uma verdade absoluta. Pois se o mal só tem acesso em 
nós porque julgamos que o seja, parece que estaria em 
nosso poder não o levarmos a sério ou o colocarmos a 
nosso serviço. Por que atribuir à doença, à indigência, 
ao desprezo um gosto ácido e mau se o podemos 
modificar? Pois o destino apenas suscita o incidente; a 
nós é que cabe determinar a qualidade de seus efeitos. 
(Michel de Montaigne. Ensaios, 2000. Adaptado.) 
 
De acordo com o filósofo, a diferença entre o bem e o 
mal 
a) representa uma oposição de natureza metafísica, 
que não está sujeita a relativismos existenciais. 
b) relaciona-se com uma esfera sagrada cujo 
conhecimento é autorizado somente a sacerdotes 
religiosos. 
c) resulta da queda humana de um estado original de 
bem-aventurança e harmonia geral do Universo. 
d) depende do conhecimento do mundo como 
realidade em si mesma, independente dos julgamentos 
humanos. 
e) depende sobretudo da qualidade valorativa 
estabelecida por cada indivíduo diante de sua vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
notas
1 
 
 
 
 
FIL0201 - (Uemg) O Absolutismo como forma de 
governo esteve presente na península Ibérica, na 
França e na Inglaterra, tendo impactado e influenciado 
as maiores economias de seu tempo. 
 
Seus pensadores mais conhecidos e suas teorias foram: 
a) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o indivíduo 
estava subordinado ao Estado; Thomas Hobbes, 
criador da teoria do Contrato; Jacques Bossuet e Jean 
Bodin, que defenderam que o Rei era um 
representante divino. 
b) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; Thomas 
Hobbes e a teoria da supremacia do Rei como 
representante divino; Jacques Bossuet e Jean Bodin, 
que defenderam a subordinação do indivíduo ao 
Estado. 
c) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, cujas 
teorias só se diferenciaram na aplicabilidade teológica, 
bem como Thomas Hobbes, que preconizou o 
indivíduo como senhor de seus direitos. 
d) Maquiavel e Thomas Hobbes, que conceberam o 
Contrato Social, Jacques Bossuet, que estabeleceu o 
conceito de individualismo primordial, e Jean Bodin, 
que defendeu a primazia da esfera governamental. 
 
 
FIL0202 - (Ufu) Com relação à noção de estado de 
natureza, que é o estado em que os seres humanos se 
achavam antes da formação da sociedade, podem-se 
identificar, na filosofia política moderna, três 
tendências: 
 
1. Os seres humanos são naturalmente egoístas e, no 
estado de natureza, se achavam numa guerra de todos 
contra todos daí que, por medo uns dos outros, 
aceitam renunciar à liberdade e constituir um 
Soberano, o estado, que garanta a paz. 
2. Não é por medo uns dos outros, e sim para garantir 
o direito à propriedade e à segurança que os seres 
humanos consentem em criar uma autoridade que 
possa tornar isso possível. 
3. No estado de natureza, os seres humanos eram 
felizes e foi o advento da propriedade privada e da 
sociedade civil que tornou alguns escravos de outros. 
Podem-se atribuir essas três concepções, 
respectivamente, a 
a) Hobbes, Rousseau e Maquiavel. 
b) Hobbes, Locke e Rousseau. 
c) Maquiavel, Hobbes e Locke. 
d) Rousseau, Maquiavel e Locke. 
 
FIL0203 - (Enem) A importância do argumento de 
Hobbes está em parte no fato de que ele se ampara em 
suposições bastante plausíveis sobre as condições 
normais da vida humana. Para exemplificar: o 
argumento não supõe que todos sejam de fato 
movidos por orgulho e vaidade para buscar o domínio 
sobre os outros; essa seria uma suposição discutível 
que possibilitaria a conclusão pretendida por Hobbes, 
mas de modo fácil demais. O que torna o argumento 
assustador e lhe atribui importância e força dramática 
é que ele acredita que pessoas normais, até mesmo as 
mais agradáveis, podem ser inadvertidamente 
lançadas nesse tipo de situação, que resvalará, então, 
em um estado de guerra. 
RAWLS, J. Conferências sobre a história da filosofia política. São 
Paulo: WMF, 2012 (adaptado). 
 
O texto apresenta uma concepção de filosofia política 
conhecida como 
a) alienação ideológica. 
b) microfísica do poder. 
c) estado de natureza. 
d) contrato social. 
e) vontade geral. 
 
FIL0204 - (Uema) Para Thomas Hobbes, os seres 
humanos são livres em seu estado natural, competindo 
e lutando entre si, por terem relativamente a mesma 
força. Nesse estado, o conflito se perpetua através de 
gerações, criando um ambiente de tensão e medo 
permanente. Para esse filósofo, a criação de uma 
sociedade submetida à Lei, na qual os seres humanos 
vivam em paz e deixem de guerrear entre si, pressupõe 
que todos renunciem à sua liberdade original. Nessa 
sociedade, a liberdade individual é delegada a um só 
dos homens que detém o poder inquestionável, o 
soberano. 
www.professorferretto.com.br
ProfessorFerretto ProfessorFerretto
Filosofia Moderna - Hobbes 
 
2 
 
Fonte: MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria, 
forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Trad. João Paulo 
Monteiro; Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Editora NOVA 
Cultural, 1997. 
 
A teoria política de Thomas Hobbes teve papel 
fundamental na construção dos sistemas políticos 
contemporâneos que consolidou a (o) 
a) Monarquia Paritária. 
b) Despotismo Soberano. 
c) Monarquia Republicana. 
d) Monarquia Absolutista. 
e) Despotismo Esclarecido. 
 
FIL0205 - (Enem) A natureza fez os homens tão iguais, 
quanto às faculdades do corpo e do espírito, que, 
embora por vezes se encontre um homem 
manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito 
mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se 
considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um 
e outro homem não é suficientemente considerável 
para que um deles possa com base nela reclamar algum 
benefício a que outro não possa igualmente aspirar. 
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo Martins Fontes, 2003 
 
Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, 
quando dois homens desejavam o mesmo objeto, eles 
a) entravam em conflito. 
b) recorriam aos clérigos. 
c) consultavam os anciãos. 
d) apelavam aos governantes. 
e) exerciam a solidariedade. 
 
FIL0206 - (Unesp) A China é a segunda maior economia 
do mundo. Quer garantir a hegemonia no seu quintal, 
como fizeram os Estados Unidos no Caribe depois da 
guerra civil. As Filipinas temem por um atol de rochas 
desabitado que disputam com a China. O Japão está de 
plantão por umas ilhotas de pedra e vento, que a China 
diz que lhe pertencem. Mesmo o Vietnã desconfia mais 
da China do que dos Estados Unidos. As autoridades de 
Hanói gostam de lembrar que o gigante americano 
invadiu o México uma vez. O gigante chinês invadiu o 
Vietnã dezessete. 
(André Petry. O Século do Pacífico. Veja, 24.04.2013. Adaptado.) 
 
A persistência histórica dos conflitos geopolíticos 
descritos na reportagem pode ser filosoficamente 
compreendida pela teoria 
a) iluminista, que preconiza a possibilidade de um 
estado de emancipação racional da humanidade. 
b) maquiavélica, que postula o encontro da virtude 
com a fortuna como princípios básicos da geopolítica. 
c) política de Rousseau, para quem a submissão à 
vontade geral é condição para experiências de 
liberdade. 
d) teológica de Santo Agostinho, que considera que o 
processo de iluminação divina afasta os homens do 
pecado. 
e) política de Hobbes, que conceitua a competição e a 
desconfiança como condições básicas da natureza 
humana. 
 
FIL0207 - (Ufu) Porque as leis de natureza (como a 
justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou, em 
resumo, fazer aos outros o que queremos que nos 
façam) por si mesmas, na ausência do temor de algum 
poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são 
contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos 
fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a vingançae coisas semelhantes. 
HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. Tradução de João Paulo 
Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 
1988, p. 103. 
 
Em relação ao papel do Estado, Hobbes considera que: 
a) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce 
com o advento do contrato social deve assiná-lo, para 
submeter-se aos compromissos ali firmados. 
b) A condição natural do homem é de guerra de todos 
contra todos. Resolver tal condição é possível apenas 
com um poder estatal pleno. 
c) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a 
criação do Estado deve servir como instrumento de 
realização da isonomia entre tais homens. 
d) A guerra de todos contra todos surge com o Estado 
repressor. O homem não deve se submeter de bom 
grado à violência estatal. 
 
FIL0208 - (Ufsj) “Liberdade significa, em sentido 
próprio, a ausência de oposição [...] e não se aplica 
menos às criaturas irracionais e inanimadas do que às 
racionais”. 
 
Esse é um fragmento de texto colhido de 
a) David Hume. 
b) Thomas Hobbes. 
c) Friedrich Nietzsche. 
d) Jean-Paul Sartre. 
 
FIL0209 - (Ufpa) “Desta guerra de todos os homens 
contra todos os homens também isto é consequência: 
que nada pode ser injusto. As noções de bem e de mal, 
de justiça e injustiça, não podem aí ter lugar. Onde não 
há poder comum não há lei, e onde não há lei não há 
injustiça. Na guerra, a força e a fraude são as duas 
virtudes cardeais. A justiça e a injustiça não fazem 
parte das faculdades do corpo ou do espírito. Se assim 
fosse, poderiam existir num homem que estivesse 
sozinho no mundo, do mesmo modo que seus sentidos 
e paixões.” 
HOBBES, Leviatã, São Paulo: Abril cultural, 1979, p. 77. 
3 
 
Quanto às justificativas de Hobbes sobre a justiça e a 
injustiça como não pertencentes às faculdades do 
corpo e do espírito, considere as afirmativas: 
I. Justiça e injustiça são qualidades que pertencem aos 
homens em sociedade, e não na solidão. 
II. No estado de natureza, o homem é como um animal: 
age por instinto, muito embora tenha a noção do que 
é justo e injusto. 
III. Só podemos falar em justiça e injustiça quando é 
instituído o poder do Estado. 
IV. O juiz responsável por aplicar a lei não decide em 
conformidade com o poder soberano; ele favorece os 
mais fortes. 
 
Estão corretas as afirmativas: 
a) I e II 
b) I e III 
c) II e IV 
d) I, III e IV 
e) II, III e IV 
 
FIL0210 - (Ufsm) Sem leis e sem Estado, você poderia 
fazer o que quisesse. Os outros também poderiam 
fazer com você o que quisessem. Esse é o “estado de 
natureza” descrito por Thomas Hobbes, que, vivendo 
durante as guerras civis britânicas (1640-60), aprendeu 
em primeira mão como esse cenário poderia ser 
assustador. Sem uma autoridade soberana não pode 
haver nenhuma segurança, nenhuma paz. 
Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de 
Janeiro: Zahar, 2008. 
 
Considere as afirmações: 
I. A argumentação hobbesiana em favor de uma 
autoridade soberana, instituída por um pacto, 
representa inequivocamente a defesa de um regime 
político monarquista. 
II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de 
natureza”, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção 
de que o afeto predominante nesse “estado” é o medo. 
III. Um traço comum da filosofia política moderna é a 
idealização de um pacto que estabeleceria a passagem 
do estado de natureza para o estado de sociedade. 
 
Está(ão) correta(s) 
a) apenas I. 
b) apenas II. 
c) apenas III. 
d) apenas I e II. 
e) apenas II e III. 
 
FIL0211 - (Ufsj) “A soberania é a alma do Estado, e uma 
vez separada do corpo os membros deixam de receber 
dela seu movimento”. 
Esse fragmento representa o pensamento de 
a) Hume em sua memorável defesa dos valores do 
Estado e da sua ligação direta com a sua “alma”, 
tomada aqui por intransferível soberania. 
b) Hume e a descrição da soberania na perspectiva do 
sujeito em termos de impressões e ideias, que a partir 
daí cria um Estado humanizado que dá movimento às 
criações dos que nele estão inseridos. 
c) Nietzsche, em sua mais sublime interpretação do 
agón grego. Ao centro daquilo que ele propôs como 
sendo a alma do Estado e onde a indagação sobre o 
lugar da soberania, no permanente desafio da 
necessária orquestração das paixões, se faz urgente. 
d) Hobbes e o seu conceito clássico de soberania, 
entendido como o princípio que dá vida e movimento 
ao corpo inteiro do Estado, por sua vez criado pelo 
artifício humano para a sua proteção e segurança. 
 
FIL0212 - (Ufsj) Thomas Hobbes afirma que “Lei Civil”, 
para todo súdito, é 
a) “construída por aquelas regras que o Estado lhe 
impõe, oralmente ou por escrito, ou por outro sinal 
suficiente de sua vontade, para usar como critério de 
distinção entre o bem e o mal”. 
b) “a lei que o deixa livre para caminhar para qualquer 
direção, pois há um conjunto de leis naturais que 
estabelece os limites para uma vida em sociedade”. 
c) “reguladora e protetora dos direitos humanos, e faz 
intervenção na ordem social para legitimar as relações 
externas da vida do homem em sociedade”. 
d) “calcada na arbitrariedade individual, em que as 
pessoas buscam entrar num Estado Civil, em 
consonância com o direito natural, no qual ele – o 
súdito – tem direito sobre a sua vida, a sua liberdade e 
os seus bens”. 
 
FIL0213 - (Ufsj) “A honra do soberano deve ser maior 
do que a de qualquer um, ou a de todos os seus 
súditos”. 
Assinale a alternativa que apresenta a fundamentação 
para essa ideia preconizada por Thomas Hobbes. 
a) “A condição de súdito é muito miserável, mas sujeita 
a uma superação, pois se encontra sujeita aos apetites 
e paixões irregulares daquele ou daqueles que detêm 
em suas mãos poder tão ilimitado”. 
b) “É na soberania que está a fonte da honra”. 
c) “O Homem nunca pode deixar de ter uma ou outra 
inconveniência e a maior que é possível cair sobre o 
povo em geral é de pouca monta se comparada ao 
poder do soberano, que deve ser revitalizado de 
tempos em tempos”. 
d) “Todos os homens são dotados de grandes lentes de 
aumento; todo pagamento parece um imenso fardo, o 
que gera lamentos e sofrimentos. Honra maior consiste 
em o soberano ter piedade e compreensão para com 
tais falhas humanas e doar poderes aos infelizes”. 
4 
 
FIL0214 - (Ufsj) “Algumas criaturas vivas, como as 
abelhas e as formigas, que vivem socialmente umas 
com as outras [...] tendem para o benefício comum”. 
 
Para Thomas Hobbes, essa tendência não ocorre entre 
os homens porque 
a) esses insetos, dentro da sua irracionalidade natural, 
dão lições de conduta aos seres humanos; seja na 
tarefa diária, seja na politização paradoxal do modelo 
comunista difundido por Joseph Stalin e Karl Marx. 
b) as abelhas e as formigas têm a peculiaridade de 
construir suas sociedades dentro de uma unidade 
dinâmica e circular, que poderia ser bem definida como 
um contrato social se elas fossem humanas. Os seres 
humanos não atingiram tal estágio ainda. 
c) estes estão constantemente envolvidos numa 
competição pela honra e pela dignidade e se julgam 
uns mais sábios que outros para exercer o poder 
público, reformam e inovam, o que muitas vezes leva o 
país à desordem e à guerra civil. 
d) o motivo maior que guia a vida de tais criaturas é a 
engrenagem da soberania da vontade de criar, da 
vontade de poder, retomada por Nietzsche e pelo 
existencialismo. 
 
FIL0215 - (Ufu) [...] a condição dos homens fora da 
sociedade civil (condição esta que podemos 
adequadamente chamar de estado de natureza) nada 
mais é do que uma simples guerra de todos contra 
todos na qual todos os homens têm igual direito a 
todas as coisas; [...]. 
HOBBES, Thomas. Do Cidadão. Campinas: Martins Fontes, 1992. 
 
De acordo com o trecho acima e com o pensamento de 
Hobbes, assinale a alternativa correta. 
a) Segundo Hobbes, o estado de natureza se confunde 
com o estado de guerra, pois ambos são uma condição 
original da existência humana.b) Para Hobbes, o direito dos homens a todas as coisas 
está desvinculado da guerra de todos contra todos. 
c) Segundo Hobbes, é necessário que a condição 
humana seja analisada sempre como se os homens 
vivessem em sociedade. 
d) Segundo Hobbes, não há vínculo entre o estado de 
natureza e a sociedade civil. 
 
FIL0216 - (Uenp) “Porque as leis de natureza (como a 
justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou, em 
resumo, fazer aos outros o que queremos que nos 
façam) por si mesmas, na ausência do temor de algum 
poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são 
contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos 
fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a vingança 
e coisas semelhantes. E os pactos sem a espada não 
passam de palavras, sem força para dar qualquer 
segurança a ninguém. Portanto, apesar das leis de 
natureza (que cada um respeita quando tem vontade 
de respeitá-las e quando pode fazê-lo com segurança), 
se não for instituído um poder suficientemente grande 
para nossa segurança, cada um confiará, e poderá 
legitimamente confiar, apenas em sua própria força e 
capacidade, como proteção contra todos os outros.” 
MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria, forma e 
poder de um Estado eclesiástico e civil. 
 
Sobre o pensamento de Hobbes, assinale a alternativa 
incorreta: 
a) O contrato social que dá origem ao Estado só é 
obedecido pela força e pelo temor. 
b) Os homens, na sua condição natural, observam 
apenas as suas paixões naturais. 
c) O contrato social que dá origem ao Estado pode ser 
desfeito quando o soberano desrespeita os direitos dos 
súditos e age de forma parcial, visando a seus próprios 
interesses. 
d) A concepção de homem natural de Hobbes é 
marcada por um profundo pessimismo antropológico. 
e) A filosofia política hobbesiana é atomista. 
 
FIL0217 - (Unioeste) “A natureza fez os homens tão 
iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito que, 
embora por vezes se encontre um homem 
manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito 
mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se 
considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um 
e outro não é suficientemente considerável para que 
qualquer um possa com base nela reclamar qualquer 
benefício a que outro não possa também aspirar, tal 
como ele. (...) Desta igualdade quanto à capacidade 
deriva a igualdade quanto à esperança de atingirmos 
nossos fins. Portanto, se dois homens desejam a 
mesma coisa, ao mesmo tempo (...) esforçam-se por se 
destruir ou subjugar um ao outro. (...) Com isto se torna 
manifesto que, durante o tempo em que os homens 
vivem sem um poder comum capaz de manter a todos 
em respeito, eles se encontram naquela condição a que 
se chama de guerra; e uma guerra que é de todos os 
homens contra todos os homens”. 
Hobbes. 
 
Com base no texto citado, seguem as seguintes 
afirmativas: 
 
I. Os homens, por natureza, são absolutamente iguais, 
tanto no exercício de suas capacidades físicas, quanto 
no exercício de suas faculdades espirituais. 
II. Sendo os homens, por natureza, “tão iguais, quanto 
às faculdades do corpo e do espírito” é razoável que 
cada um ataque o outro, quer seja para destruí-lo, quer 
seja para proteger-se de um possível ataque. 
5 
 
III. Na inexistência de um “poder comum” que 
“mantenha a todos em respeito”, a atitude mais 
racional é a de manter a paz e a concórdia na 
“esperança” de que todos e cada um atinjam seus fins. 
IV. A condição dos homens que vivem sem um poder 
comum é de guerra generalizada, de todos contra 
todos. 
V. O homem, por natureza, vive em sociedade e nela 
desenvolve suas potencialidades, mantendo relações 
sociais harmônicas e pacíficas. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas I está correta. 
b) Apenas II e III estão corretas. 
c) Apenas I e V estão corretas. 
d) Apenas II e IV estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
FIL0218 – (Ufsj) Sobre a ideia de soberania concebida 
por Hobbes, é CORRETO afirmar que a soberania: 
a) “se dá por meio do sufrágio universal, seja na 
república ou na monarquia”. 
b) “é a manifestação da virtù como condição 
indispensável no governo do príncipe”. 
c) “reside em um homem ou em uma assembleia de 
mais de um”. 
d) “é a realização plena da paz perpétua entre as 
nações”. 
 
FIL0219 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
 Justiça e Estado apresentam-se como 
elementos indissociáveis na filosofia política 
hobbesiana. Ao romper com a concepção de justiça 
defendida pela tradição aristotélico-escolástica. 
Hobbes propõe uma nova moralidade relacionada ao 
poder político e sua constituição jurídica. O Estado 
surge pelo pacto para possibilitar a justiça e, na 
conformidade com a lei, se sustenta por meio dela. No 
Leviatã (caps. XIV-XV), a justiça hobbesiana 
fundamenta-se, em última instância, na lei natural 
concernente à autoconservação, da qual deriva a 
segunda lei que impõe a cada um a renúncia de seu 
direito a todas as coisas, para garantir a paz e a defesa 
de si mesmo. Desta, por sua vez, implica a terceira lei 
natural: que os homens cumpram os pactos que 
celebrarem. Segundo Hobbes, “onde não há poder 
comum não há lei, e onde não há lei não há injustiça. 
Na guerra, a força e a fraude são as duas virtudes 
cardeais”. 
(HOBBES, T. Leviatã. Trad. J. Monteiro e M. B. N. da Silva. São 
Paulo: Nova Cultural, 1997. Coleção Os Pensadores, cap. XIII.) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o 
pensamento de Hobbes, é correto afirmar: 
a) A humanidade é capaz, sem que haja um poder 
coercitivo que a mantenha submissa, de consentir na 
observância da justiça e das outras leis de natureza a 
partir do pacto constitutivo do Estado. 
b) A justiça tem sua origem na celebração de pactos de 
confiança mútua, pelos quais os cidadãos, ao 
renunciarem sua liberdade em prol de todos, removem 
o medo de quando se encontravam na condição 
natural de guerra. 
c) A justiça é definida como observância das leis 
naturais e, portanto, a injustiça consiste na submissão 
ao poder coercitivo que obriga igualmente os homens 
ao cumprimento dos seus pactos. 
d) As noções de justiça e de injustiça, como as de bem 
e de mal, têm lugar a partir do momento em que os 
homens vivem sob um poder soberano capaz de evitar 
uma condição de guerra generalizada de todos. 
e) A justiça torna-se vital para a manutenção do Estado 
na medida em que as leis que a efetivam sejam criadas, 
por direito natural, pelos súditos com o objetivo de 
assegurar solidariamente a paz e a segurança de todos. 
 
 
FIL0220 - (Ufu) Os filósofos contratualistas elaboraram 
suas teorias sobre os fundamentos ou origens do poder 
do Estado a partir de alguns conceitos fundamentais 
tais como, a soberania, o estado de natureza, o estado 
civil, o estado de guerra, o pacto social etc. 
 
Com base em seus conhecimentos e no texto abaixo, 
assinale a alternativa correta, segundo Hobbes. 
 
 [...] a condição dos homens fora da sociedade 
civil (condição esta que podemos adequadamente 
chamar de estado de natureza) nada mais é do que 
uma simples guerra de todos contra todos na qual 
todos os homens têm igual direito a todas as coisas; [...] 
e que todos os homens, tão cedo chegam a 
compreender essa odiosa condição, desejam [...] 
libertar-se de tal miséria. 
HOBBES, Thomas, Do Cidadão, Ed. Martins Fontes, 1992. 
 
a) O estado de natureza não se confunde com o estado 
de guerra, pois este é apenas circunstancial ao passo 
que o estado de natureza é uma condição da existência 
humana. 
b) A condição de miséria a que se refere o texto é o 
estado de natureza ou, tal como se pode compreender, 
o estado de guerra. 
c) O direito dos homens a todas as coisas não tem como 
consequência necessária a guerra de todos contra 
todos. 
d) A origem do poder nada tem a ver com as noções de 
estado de guerra e estado de natureza. 
 
6 
 
FIL0221 - (Ueg) Nos séculos XVII e XVIII, ganharam 
força as teorias contratualistas, cujo principal 
questionamentoé o fundamento racional do poder 
soberano. Filósofos como Thomas Hobbes, John Locke, 
Jean-Jacques Rousseau tinham igual propósito de 
investigar a origem do Estado. Esses pensadores 
partem da hipótese do estado de natureza e imaginam 
as pessoas vivendo antes de qualquer sociabilidade. 
Thomas Hobbes, advertindo que a guerra era inevitável 
no estado natural, conclui que a única maneira de 
garantir a paz seria a delegação de um poder ilimitado 
ao soberano. Por defender tais princípios, Hobbes ficou 
conhecido como o teórico do 
a) neoliberalismo. 
b) absolutismo. 
c) liberalismo. 
d) socialismo. 
 
FIL0222 - (Uff) De acordo com o filósofo inglês Thomas 
Hobbes (1588-1679), em seu estado natural, os seres 
humanos são livres, competem e lutam entre si. Mas 
como têm em geral a mesma força, o conflito se 
perpetua através das gerações, criando um ambiente 
de tensão e medo permanentes. Para Hobbes, criar 
uma sociedade submetida à lei e na qual os seres 
humanos vivam em paz e deixem de guerrear entre si, 
pressupõe que todos os homens renunciem a sua 
liberdade original e deleguem a um só deles (o 
soberano) o poder completo e inquestionável. 
 
Assinale a modalidade de governo que desempenhou 
importante papel na Filosofia Política Moderna e que é 
associada à teoria política de Hobbes. 
a) Monarquia censitária 
b) Monarquia absoluta 
c) Sistema parlamentar 
d) Despotismo esclarecido 
e) Sistema republicano 
FIL0223 - (Ufsj) Em Hobbes, a geração de um Estado é 
justificada 
a) pelos limites impostos ao poder do soberano. 
b) pela condição política dos homens, que é inerente 
ao espaço da ágora na vida da pólis. 
c) pelo Leviatã na sua identificação como monstro 
maléfico da guerra civil. 
d) pelo estado de natureza dos homens, que necessita 
ser controlado por meio de um pacto. 
 
 
FIL0224 - (Ufu 2010) Segundo Thomas Hobbes, o 
estado de natureza é caracterizado pela “guerra de 
todos contra todos”, porque, não havendo nenhuma 
regra ou limite, todos têm direito a tudo o que significa 
que ninguém terá segurança de seus bens e de sua 
vida. A saída desta situação é o pacto ou contrato 
social, “uma transferência mútua de direitos”. 
HOBBES, T. Leviatã. Coleção Os Pensadores. Trad. João P. 
Monteiro e Maria B. N. da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 
78-80. 
 
Com base nestas informações e nos seus 
conhecimentos sobre a obra de Hobbes, assinale a 
alternativa que caracteriza o pacto social. 
a) Pelo pacto social, cria-se o Estado, que continua 
sendo uma mera reunião de indivíduos somente com 
laços de sangue. 
b) Pelo pacto social, a multidão de indivíduos passa a 
constituir um corpo político, uma pessoa artificial: o 
Estado. 
c) Pelo pacto social, cria-se o Estado, mas os indivíduos 
que o compõem continuam senhores de sua liberdade 
e de suas propriedades. 
d) O pacto social pressupõe que o Estado deverá 
garantir a segurança dos cidadãos, mas em nenhum 
momento fará uso da força pública para isso.
 
 
 
 
 
 
 
 
notas
1 
 
 
 
 
FIL0225 - (Enem) TEXTO I 
Considero apropriado deter-me algum tempo na 
contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar 
totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, 
considerar, admirar e adorar a incomparável beleza 
dessa imensa luz. 
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980. 
 
TEXTO II 
Qual será a forma mais razoável de entender como é o 
mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o 
mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? 
Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” 
uma questão de fé. 
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009. 
 
Os textos abordam um questionamento da construção 
da modernidade que defende um modelo 
a) centrado na razão humana. 
b) baseado na explicação mitológica. 
c) fundamentado na ordenação imanentista. 
d) focado na legitimação contratualista. 
e) configurado na percepção etnocêntrica. 
 
FIL0226 - (Enem) Dizem que Humboldt, naturalista do 
século XIX, maravilhado pela geografia, flora e fauna da 
região sul-americana, via seus habitantes como se 
fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro, 
referindo-se a suas incomensuráveis riquezas naturais 
não exploradas. De alguma maneira, o cientista 
ratificou nosso papel de exportadores de natureza no 
que seria o mundo depois da colonização ibérica: 
enxergou-nos como territórios condenados a 
aproveitar os recursos naturais existentes. 
ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros 
mundos. São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado). 
 
A relação entre ser humano e natureza ressaltada no 
texto refletia a permanência da seguinte corrente 
filosófica: 
a) Relativismo cognitivo. 
b) Materialismo dialético. 
c) Racionalismo cartesiano. 
d) Pluralismo epistemológico. 
e) Existencialismo fenomenológico. 
FIL0227 - (Enem) Nunca nos tornaremos matemáticos, 
por exemplo, embora nossa memória possua todas as 
demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não 
for capaz de resolver toda espécie de problemas; não 
nos tornaríamos filósofos, por ter lido todos os 
raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular 
um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de 
fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas 
histórias. 
DESCARTES. R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: 
Martins Fontes, 1999. 
 
Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera 
o conhecimento, de modo crítico, como resultado da 
a) investigação de natureza empírica. 
b) retomada da tradição intelectual. 
c) imposição de valores ortodoxos. 
d) autonomia do sujeito pensante. 
e) liberdade do agente moral. 
 
FIL0228 - (Enem) É o caráter radical do que se procura 
que exige a radicalização do próprio processo de busca. 
Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer 
certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma 
forma gerada pela própria dúvida, e não será 
seguramente nenhuma daquelas que foram 
anteriormente varridas por essa mesma dúvida. 
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: 
Moderna, 2001 (adaptado). 
 
Apesar de questionar os conceitos da tradição, a 
dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter 
positivo por contribuir para o(a) 
a) dissolução do saber científico. 
b) recuperação dos antigos juízos. 
c) exaltação do pensamento clássico. 
d) surgimento do conhecimento inabalável. 
e) fortalecimento dos preconceitos religiosos. 
 
FIL0229 - (Enem) Os produtos e seu consumo 
constituem a meta declarada do empreendimento 
tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez 
no início da Modernidade, como expectativa de que o 
homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa 
expectativa, convertida em programa anunciado por 
www.professorferretto.com.br
ProfessorFerretto ProfessorFerretto
Filosofia Moderna - Descartes 
 
2 
 
pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado 
pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, 
“de um mero imperialismo humano”, mas da aspiração 
de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e 
culturalmente. 
CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques, 
Scientiae Studia. São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado). 
 
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes 
e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência 
como uma forma de saber que almeja libertar o 
homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, 
a investigação científica consiste em 
a) expor a essência da verdade e resolver 
definitivamente as disputas teóricas ainda existentes. 
b) oferecer a última palavra acerca das coisas que 
existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia. 
c) ser a expressão da razão e servir de modelo para 
outras áreas do saber que almejam o progresso. 
d) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a 
natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos. 
e) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos 
naturais e imporlimites aos debates acadêmicos. 
 
FIL0230 - (Enem) TEXTO I 
Há já de algum tempo eu me apercebi de que, desde 
meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões 
como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu 
fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser 
senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar 
seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de 
todas as opiniões a que até então dera crédito, e 
começar tudo novamente a fim de estabelecer um 
saber firme e inabalável. 
DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. São 
Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado). 
 
TEXTO II 
É de caráter radical do que se procura que exige a 
radicalização do próprio processo de busca. Se todo o 
espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que 
aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada 
pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma 
daquelas que foram anteriormente varridas por essa 
mesma dúvida. 
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: 
Moderna, 2001 (adaptado). 
 
A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam 
que, para viabilizar a reconstrução radical do 
conhecimento, deve-se 
a) retomar o método da tradição para edificar a ciência 
com legitimidade. 
b) questionar de forma ampla e profunda as antigas 
ideias e concepções. 
c) investigar os conteúdos da consciência dos homens 
menos esclarecidos. 
d) buscar uma via para eliminar da memória saberes 
antigos e ultrapassados. 
e) encontrar ideias e pensamentos evidentes que 
dispensam ser questionados. 
 
FIL0231 - (Enem) TEXTO I 
Experimentei algumas vezes que os sentidos eram 
enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente 
em quem já nos enganou uma vez. 
DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 
1979. 
 
TEXTO II 
Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que 
uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum 
significado, precisaremos apenas indagar: de que 
impressão deriva esta suposta ideia? E se for 
impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, 
isso servirá para confirmar nossa suspeita. 
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: 
Unesp, 2004 (adaptado). 
 
Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a 
natureza do conhecimento humano. A comparação dos 
excertos permite assumir que Descartes e Hume 
a) defendem os sentidos como critério originário para 
considerar um conhecimento legítimo. 
b) entendem que é desnecessário suspeitar do 
significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica. 
c) são legítimos representantes do criticismo quanto à 
gênese do conhecimento. 
d) concordam que conhecimento humano é impossível 
em relação às ideias e aos sentidos. 
e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos 
no processo de obtenção do conhecimento. 
 
 
FIL0232 - (Ufpr) Nas primeiras linhas das Meditações 
Metafísicas, Descartes declara que “recebera muitas 
falsas opiniões por verdadeiras” e que “aquilo que 
fundou sobre princípios mal assegurados devia ser 
muito duvidoso e incerto”. 
(DESCARTES, R. Meditações Metafísicas, In: MARÇAL, J. 
CABARRÃO, M.; FANTIN, M. E. (org.) Antologia de textos 
filosóficos, Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 153.) 
 
A fim de dar bom fundamento ao conhecimento 
científico, Descartes entende que é preciso: 
a) confiar nas próprias opiniões. 
b) certificar-se de que os outros pensam como nós. 
c) seguir as opiniões dos mais sábios. 
d) partir de princípios seguros e proceder com método. 
e) aceitar que o conhecimento é duvidoso e incerto. 
 
3 
 
FIL0233 - (Ufms) Leia atentamente o texto a seguir: 
 
“Neste ponto, o filósofo compreendeu que havia uma 
crença da qual ele não podia duvidar: a crença na 
própria existência. Cada um de nós pensa ou diz: ‘Sou, 
existo’ – e, enquanto pensamos ou dizemos isso, não 
podemos estar errados. Quando o filósofo tentou 
aplicar o teste do gênio maligno a sua crença, percebeu 
que o gênio só podia levá-lo a acreditar que ele existe 
se ele, o próprio filósofo, de fato existir – como ele 
poderia duvidar da própria existência, se é preciso 
existir para ter dúvida? 
 
O axioma ‘Eu sou, eu existo’ constitui a primeira 
certeza desse filósofo. Em sua obra anterior, Discurso 
sobre o método, ele a apresentou como ‘Penso, logo 
existo’, mas abandonou a frase ao escrever suas 
Meditações, pois o uso de ‘logo’ leva a afirmação a ser 
lida como premissa e conclusão. O filósofo queria que 
o leitor – o ‘eu’ que medita – percebesse que, assim 
que considero o fato de que existo, sei que isso é 
verdadeiro. Tal verdade é instantaneamente 
apreendida. A percepção de que existo é uma intuição 
direta, não a conclusão de um argumento.” 
(Vários colaboradores. O livro da Filosofia. Tradução Douglas Kim. 
São Paulo: Globo, 2011. p. 120. Adaptado). 
 
O texto desse enunciado exprime uma vertente do 
pensamento racionalista de um importante filósofo 
ocidental. Assinale a alternativa correta que apresenta 
o filósofo racionalista autor das reflexões 
apresentadas. 
a) Nicolau Maquiavel. 
b) São Tomás de Aquino. 
c) René Descartes. 
d) Voltaire. 
e) Immanuel Kant. 
 
FIL0234 - (Ufpr) Mas, logo em seguida, adverti que 
enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, 
cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse 
alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, 
logo existo, era tão firme e tão certa que todas as mais 
extravagantes suposições dos céticos não seriam 
capazes de abalar, julguei que podia aceitá-la, sem 
escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que 
procurava. 
(DESCARTES. Discurso do método. Col. Os Pensadores. Trad. J. 
Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1991, 
p. 46.) 
 
O texto citado corresponde a uma das passagens mais 
marcantes da filosofia de Descartes, um filósofo 
considerado por muitos intérpretes como o pai do 
racionalismo. Com base no texto e na ideia geral de 
racionalismo, é correto afirmar: 
a) O racionalismo tem como garantia de verdade a 
experiência. 
b) Descartes é um filósofo empirista, visto que faz 
experiências de pensamento. 
c) Descartes inaugura um tipo de busca pela verdade 
que se ampara no exercício. 
d) A expressão “penso, logo existo” é uma das 
suposições dos céticos sobre o conhecimento. 
e) Descartes não buscava um princípio seguro, pois 
duvidava de todas as coisas. 
 
 
 
 
FIL0235 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
E se escrevo em francês, que é a língua de meu país, e 
não em latim, que é a de meus preceptores, é porque 
espero que aqueles que se servem apenas de sua razão 
natural inteiramente pura julgarão melhor minhas 
opiniões do que aqueles que não acreditam senão nos 
livros dos antigos. E quanto aos que unem o bom senso 
ao estudo, os únicos que desejo para meus juízes, não 
serão de modo algum, tenho certeza, tão parciais a 
favor do latim que recusem ouvir minhas razões, 
porque as explico em língua vulgar. 
DESCARTES, R. Discurso do Método. Trad. J. Guinsburg e Bento 
Prado Jr. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleção “Os pensadores”. 
p. 79. 
 
Com base nos conhecimentos sobre Descartes e o 
surgimento da filosofia moderna, assinale a alternativa 
correta. 
 
a) A língua vulgar, o francês, expressa de modo mais 
adequado o espírito da modernidade por estar livre 
dos preconceitos da língua dos doutos, o latim. 
b) Redigir o Discurso do Método em francês teve 
propósito similar à tradução da bíblia para o alemão 
feita por Lutero: facilitar o acesso à sacralidade do 
texto em língua vulgar. 
c) O desencantamento do mundo, resultante da radical 
crítica cartesiana à tradição, teve como consequência 
o abandono da referência à divindade. 
d) As ideias expressas por Descartes em seu Discurso 
do Método refletem a postura tipicamente moderna de 
ruptura total com o passado. 
e) A razão natural inteiramente pura é um atributo 
inerente à natureza humana, independentemente da 
tradição ou da cultura à qual o humano se vincula.4 
 
FIL0236 - (Ueg) John Locke afirmou que a mente é 
como uma folha em branco na qual a cultura escreve 
seu texto e Descartes demonstrava desconfiança em 
relação aos sentidos como fonte de conhecimento. A 
respeito desses dois filósofos, verifica-se o seguinte: 
a) Locke é um representante do racionalismo e 
Descartes é um representante do empirismo. 
b) Locke é um representante do empirismo e Descartes 
é um representante do racionalismo. 
c) Descartes e Locke possuíam a mesma concepção, 
pois ambos eram críticos do iluminismo. 
d) Descartes é um representante do teologismo e 
Locke é um representante do culturalismo. 
e) Descartes é um representante do materialismo e 
Locke é um representante do idealismo. 
 
FIL0237 - (Upe) Sobre a consciência crítica e a filosofia, 
analise o texto a seguir: 
Como relata Descartes no Discurso sobre o método, 
depois de ter lançado tudo à dúvida, somente depois, 
tive de constatar que, embora eu quisesse pensar que 
tudo era falso, era preciso necessariamente que eu, 
que assim pensava, fosse alguma coisa. E, observando 
que essa verdade – ‘penso, logo sou’ – era tão firme e 
sólida que nenhuma das mais extravagantes hipóteses 
dos céticos seria capaz de abalá-la.” 
(REALE, Giovanni. História da Filosofia: Do Humanismo a Kant. São 
Paulo: Paulinas, 1990, p. 366). 
 
O autor do texto retrata alguns apontamentos sobre o 
pensamento cartesiano. Com relação a esse assunto, 
assinale a alternativa CORRETA. 
a) As ideias de Descartes enfatizam que a dúvida tem 
valor secundário sobre como conduzir bem sua razão. 
b) O pensamento cartesiano afirma que não devemos 
rejeitar como falso tudo aquilo do qual não podemos 
duvidar. 
c) O cartesianismo é um empirismo, ou seja, prioriza o 
valor dos sentidos no âmbito do conhecimento. 
d) O pensamento de Descartes influenciou, 
efetivamente, o mundo cultural francês e retratou a 
significância do espírito crítico na investigação do 
conhecimento. 
e) O método racionalista prioriza a verdade da fé como 
critério da cientificidade. 
 
FIL0238 - (Unesp) De um lado, dizem os materialistas, 
a mente é um processo material ou físico, um produto 
do funcionamento cerebral. De outro lado, de acordo 
com as visões não materialistas, a mente é algo 
diferente do cérebro, podendo existir além dele. 
Ambas as posições estão enraizadas em uma longa 
tradição filosófica, que remonta pelo menos à Grécia 
Antiga. Assim, enquanto Demócrito defendia a ideia de 
que tudo é composto de átomos e todo pensamento é 
causado por seus movimentos físicos, Platão insistia 
que o intelecto humano é imaterial e que a alma 
sobrevive à morte do corpo. 
(Alexander Moreira-Almeida e Saulo de F. Araujo. “O cérebro 
produz a mente?: um levantamento da opinião de psiquiatras”. 
www.archivespsy.com, 2015.) 
 
A partir das informações e das relações presentes no 
texto, conclui-se que 
a) a hipótese da independência da mente em relação 
ao cérebro teve origem no método científico. 
b) a dualidade entre mente e cérebro foi conceituada 
por Descartes como separação entre pensamento e 
extensão. 
c) o pensamento de Santo Agostinho se baseou em 
hipóteses empiristas análogas às do materialismo. 
d) os argumentos materialistas resgatam a metafísica 
platônica, favorecendo hipóteses de natureza 
espiritualista. 
e) o progresso da neurociência estabeleceu provas 
objetivas para resolver um debate originalmente 
filosófico. 
 
FIL0239 - (Upe) Considere o texto a seguir sobre o 
paradigma da Modernidade. 
 
Não nos esqueçamos de outra não menos importante 
verdade histórica: a Revolução Científica foi 
profetizada por Bacon, realizada por Galileu, 
tematizada por Descartes, mas só concluída e 
sistematizada por Newton. 
(JAPIASSU, HIlton. Como Nasceu a Ciência Moderna. Rio de 
Janeiro: Imago, 2007, p. 112. Adaptado.) 
 
O autor acima retrata, com singularidade, alguns dos 
expoentes do pensamento moderno. Sobre esse 
assunto, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Com a revolução galileana, a teologia ganha sua 
autonomia, libertando-se da ciência. 
b) O pensamento cartesiano adota uma atitude de 
dúvida metódica para bem conduzir a razão e procurar 
a verdade nas ciências. 
c) Galileu Galilei foi o verdadeiro fundador do método 
indutivo na ciência da matemática. 
d) A ciência para Francis Bacon é teórica e 
contemplativa, tendo o filósofo profetizado o papel da 
religiosidade no marco da cientificidade. 
e) O pensamento newtoniano, com direcionamento na 
física e na matemática, não foi um marco essencial 
para a história e para a filosofia da ciência. 
5 
 
FIL0240 - (Ufu) Na obra Discurso do método, o filósofo 
francês Renê Descartes descreve as quatro regras que, 
segundo ele, podem levar ao conhecimento de todas 
as coisas de que o espírito é capaz de conhecer. 
Quanto a uma dessas regras, ele diz que se trata de 
"dividir cada dificuldade que examinasse em tantas 
partes quantas possíveis e necessárias para melhor 
resolvê-las". 
Descartes. Discurso do método,I-II, citado por: MARCONDES, 
Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar 
Editora, 2000. Tradução de Marcus Penchel. 
 
Essa regra, transcrita acima, é denominada 
a) regra da análise. 
b) regra da síntese. 
c) regra da evidência. 
d) regra da verificação. 
 
FIL0241 - (Upe) O bom senso é a coisa do mundo 
melhor partilhada, pois cada qual pensa estar tão bem 
provido dele que mesmo os que são mais difíceis de 
contentar em qualquer outra coisa, não costumam 
desejar tê-lo mais do que o têm. E não é verossímil que 
todos se enganem a tal respeito; mas isso antes 
testemunha que o poder de bem julgar e distinguir o 
verdadeiro do falso, que é propriamente o que se 
denomina o bom senso ou a razão, é naturalmente 
igual em todos os homens. 
DESCARTES, René. Discurso do Método, 1973, p. 37. 
 
Na perspectiva de René Descartes, 
a) o conhecimento filosófico prioriza a sensação, 
deixando à margem o valor da razão, isto é, o que vale 
é ter bom senso. 
b) o conhecimento filosófico é natural em todos os 
homens, mesmo sem fazerem uso do bom senso. 
c) o conhecimento filosófico salienta a importância 
capital de bem conduzir a própria razão para a 
aquisição da ciência. 
d) o conhecimento filosófico delimita a faculdade de 
julgar o absoluto, desprezando o valor do 
conhecimento. 
e) o conhecimento filosófico enfatiza que a essência do 
homem consiste nos sentidos, uma vez que o bom 
senso acentua o caráter relativo e particular da razão. 
 
FIL0242 – (Unesp) Todas as vezes que mantenho minha 
vontade dentro dos limites do meu conhecimento, de 
tal maneira que ela não formule juízo algum a não ser 
a respeito das coisas que lhe são claras e distintamente 
representadas pelo entendimento, não pode 
acontecer que eu me equivoque; pois toda concepção 
clara e distinta é, com certeza, alguma coisa de real e 
de positivo, e, assim, não pode se originar do nada, mas 
deve ter obrigatoriamente Deus como seu autor; Deus 
que, sendo perfeito, não pode ser causa de equívoco 
algum; e, por conseguinte, é necessário concluir que 
uma tal concepção ou um tal juízo é verdadeiro. 
René Descartes. Vida e Obra. Os pensadores, 2000. 
 
Sobre o racionalismo cartesiano, é correto afirmar que 
a) sua concepção sobre a existência de Deus exerceu 
grande influência na renovação religiosa da época. 
b) sua valorização da clareza e distinção do 
conhecimento científico baseou-se no irracionalismo. 
c) desenvolveu as bases racionais para a crítica do 
mecanicismo como método de conhecimento. 
d) formulou conceitos filosóficos fortemente 
contrários ao heliocentrismo defendido por Galileu. 
e) se tratou de um pensamento responsável pela 
fundamentação do método científico moderno. 
 
FIL0243 - (Enem) Após ter examinado cuidadosamente 
todas as coisas, cumpre enfim concluir e ter por 
constante que esta proposição, eu sou, eu existo, é 
necessariamente verdadeira todas as vezes que a 
enuncio ou quea concebo em meu espírito. 
DESCARTES, R. Meditações. Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 
1979. 
 
A proposição “eu sou, eu existo” corresponde a um dos 
momentos mais importantes na ruptura da filosofia do 
século XVII com os padrões da reflexão medieval, por 
a) estabelecer o ceticismo como opção legítima. 
b) utilizar silogismos linguísticos como prova 
ontológica. 
c) inaugurar a posição teórica conhecida como 
empirismo. 
d) estabelecer um princípio indubitável para o 
conhecimento. 
e) questionar a relação entre a filosofia e o tema da 
existência de Deus. 
 
FIL0244 - (Unicamp) A dúvida é uma atitude que 
contribui para o surgimento do pensamento filosófico 
moderno. Neste comportamento, a verdade é atingida 
através da supressão provisória de todo conhecimento, 
que passa a ser considerado como mera opinião. A 
dúvida metódica aguça o espírito crítico próprio da 
Filosofia. 
(Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar. Porto 
Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.) 
A partir do texto, é correto afirmar que: 
a) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e 
verdade são conceitos equivalentes. 
b) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, 
por ser espontânea e dispensar o rigor metodológico. 
c) O espírito crítico é uma característica da Filosofia e 
surge quando opiniões e verdades são coincidentes. 
d) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito 
crítico são fundamentos do pensamento filosófico 
moderno. 
6 
 
FIL0245 - (Enem) Uma vez que a razão me persuade de 
que devo impedir-me de dar crédito às coisas que não 
são inteiramente certas e indubitáveis tanto quando 
àquelas que nos parecem manifestamente ser falsas, o 
menor motivo de dúvida que eu nelas encontrar 
bastará para me levar a rejeitar todas. 
DESCARTES, R. Meditações de Filosofia Primeira. São Paulo: Abril 
Cultural, 1973 (adaptado). 
 
Ao introduzir dúvida como método, Descartes busca 
alcançar uma certeza capaz de refundar, sobre 
princípios sólidos, a ciência e a filosofia. Seu 
procedimento teórico indica 
a) a capacidade de o entendimento humano duvidar 
das certezas claras e distintas. 
b) a ideia de que o ceticismo é base suficiente para 
edificar a filosofia moderna. 
c) o rompimento com o dogmatismo da filosofia 
aristotélico-tomista que prevalecera na Idade Média. 
d) a primazia dos sentidos como caminho seguro de 
condução do homem à verdade. 
e) o estabelecimento de uma regra capaz de consolidar 
a tradição escolástica de pensamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
notas
1 
 
 
 
 
FIL0246 - (Unesp) Nada acusa mais uma extrema 
fraqueza de espírito do que não conhecer qual é a 
infelicidade de um homem sem Deus; nada marca mais 
uma má disposição do coração do que não desejar a 
verdade das promessas eternas; nada é mais covarde 
do que fazer-se de bravo contra Deus. Deixem então 
essas impiedades para aqueles que são bastante mal 
nascidos para ser verdadeiramente capazes disso. 
Reconheçam enfim que não há senão duas espécies de 
pessoas a quem se possam chamar razoáveis: ou os 
que servem a Deus de todo o coração porque o 
conhecem ou os que o buscam de todo o coração 
porque não o conhecem. 
(Blaise Pascal. Pensamentos, 2015. Adaptado.) 
 
O pensamento desse filósofo é nitidamente 
influenciado por uma ótica 
a) científica. 
b) ateísta. 
c) antropocêntrica. 
d) materialista. 
e) teológica. 
 
FIL0247 - (Uece) Leia atentamente o seguinte excerto: 
“A liberdade do homem em sociedade consiste em não 
estar submetido a nenhum outro poder legislativo 
senão àquele estabelecido no corpo político mediante 
consentimento, nem sob o domínio de qualquer 
vontade ou sob a restrição de qualquer lei afora as que 
promulgar o poder legislativo, segundo o encargo a 
este confiado”. 
LOCKE, John. Dois tratados sobre o governo. Martins Fontes, 1998, 
p. 401-402. Adaptado. 
 
Considerando a definição de liberdade do homem em 
sociedade, de John Locke, atente para as seguintes 
afirmações: 
 
I. A concepção de liberdade do homem em sociedade 
de Locke elimina totalmente o direito de cada um de 
agir conforme a sua vontade. 
II. A concepção de liberdade do homem em sociedade 
de Locke consiste em viver sob a restrição das leis 
promulgadas pelo poder legislativo. 
III. A concepção de liberdade do homem em sociedade 
de Locke consiste em viver segundo uma regra 
permanente e comum que todos devem obedecer. 
 
É correto o que se afirma em 
a) I e II apenas. 
b) I e III apenas. 
c) II e III apenas. 
d) I, II e III. 
 
 
FIL0248 - (Ueg) John Locke afirmou que a mente é 
como uma folha em branco na qual a cultura escreve 
seu texto e Descartes demonstrava desconfiança em 
relação aos sentidos como fonte de conhecimento. A 
respeito desses dois filósofos, verifica-se o seguinte: 
a) Locke é um representante do racionalismo e 
Descartes é um representante do empirismo. 
b) Locke é um representante do empirismo e Descartes 
é um representante do racionalismo. 
c) Descartes e Locke possuíam a mesma concepção, 
pois ambos eram críticos do iluminismo. 
d) Descartes é um representante do teologismo e 
Locke é um representante do culturalismo. 
e) Descartes é um representante do materialismo e 
Locke é um representante do idealismo. 
 
 
FIL0249 - (Unesp) Posto que as qualidades que 
impressionam nossos sentidos estão nas próprias 
coisas, é claro que as ideias produzidas na mente 
entram pelos sentidos. O entendimento não tem o 
poder de inventar ou formar uma única ideia simples 
na mente que não tenha sido recebida pelos sentidos. 
Gostaria que alguém tentasse imaginar um gosto que 
jamais impressionou seu paladar, ou tentasse formar a 
ideia de um aroma que nunca cheirou. Quando puder 
fazer isso, concluirei também que um cego tem ideias 
das cores, e um surdo, noções reais dos diversos sons. 
(John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano, 1991. 
Adaptado.) 
 
De acordo com o filósofo, todo conhecimento origina-
se 
www.professorferretto.com.br
ProfessorFerretto ProfessorFerretto
Filosofia Moderna – Pascal e Locke 
 
2 
 
a) da reminiscência de ideias originalmente 
transcendentes. 
b) da combinação de ideias metafísicas e empíricas. 
c) de categorias a priori existentes na mente humana. 
d) da experiência com os objetos reais e empíricos. 
e) de uma relação dialética do espírito humano com o 
mundo. 
 
FIL0250 - (Unicamp) A maneira pela qual adquirimos 
qualquer conhecimento constitui suficiente prova de 
que não é inato. 
LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1988, p.13. 
 
O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia 
parte, 
a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua 
aquisição deriva da experiência. 
b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os 
conhecimentos possam ser obtidos. 
c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao 
negar a existência de ideias inatas. 
d) defende que as ideias estão presentes na razão 
desde o nascimento. 
 
FIL0251 - (Unioeste) “Através dos princípios de um 
direito natural preexistente ao Estado, de um Estado 
baseado no consenso, de subordinação do poder 
executivo ao poder legislativo, de um poder limitado, 
de direito de resistência, Locke expôs as diretrizes 
fundamentais do Estado liberal.” 
Bobbio. 
 
Considerando o texto citado e o pensamento político 
de Locke, seguem as afirmativas abaixo: 
 
I. A passagem do estado de natureza para a sociedade 
política ou civil, segundo Locke, é realizada mediante 
um contrato social, através do qual os indivíduos 
singulares, livres e iguais dão seu consentimento para 
ingressar no estado civil. 
II. O livre consentimento dos indivíduos para formar a 
sociedade, a proteção dos direitos naturais pelo 
governo, a subordinação dos poderes, a limitação do 
poder e o direito à resistência são princípios 
fundamentais do liberalismo político de Locke. 
III. A violação deliberadae sistemática dos direitos 
naturais e o uso contínuo da força sem amparo legal, 
segundo Locke, não são suficientes para conferir 
legitimidade ao direito de resistência, pois o exercício 
de tal direito causaria a dissolução do estado civil e, em 
consequência, o retorno ao estado de natureza. 
IV. Os indivíduos consentem livremente, segundo 
Locke, em constituir a sociedade política com a 
finalidade de preservar e proteger, com o amparo da 
lei, do arbítrio e da força comum de um corpo político 
unitário, os seus inalienáveis direitos naturais à vida, à 
liberdade e à propriedade. 
V. Da dissolução do poder legislativo, que é o poder no 
qual “se unem os membros de uma comunidade para 
formar um corpo vivo e coerente”, decorre, como 
consequência, a dissolução do estado de natureza. 
 
Das afirmativas feitas acima 
a) somente a afirmação I está correta. 
b) as afirmações I e III estão corretas. 
c) as afirmações III e IV estão corretas. 
d) as afirmações II e III estão corretas. 
e) as afirmações III e V estão incorretas. 
 
FIL0252 - (Ufu) Para bem compreender o poder político 
e derivá-lo de sua origem, devemos considerar em que 
estado todos os homens se acham naturalmente, 
sendo este um estado de perfeita liberdade para 
ordenar-lhes as ações e regular-lhes as posses e as 
pessoas conforme acharem conveniente, dentro dos 
limites da lei de natureza, sem pedir permissão ou 
depender da vontade de qualquer outro homem. 
LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. São Paulo: Abril 
Cultural, 1978. 
 
A partir da leitura do texto acima e de acordo com o 
pensamento político do autor, assinale a alternativa 
correta. 
a) Segundo Locke, o estado de natureza se confunde 
com o estado de servidão. 
b) Para Locke, o direito dos homens a todas as coisas 
independe da conveniência de cada um. 
c) Segundo Locke, a origem do poder político depende 
do estado de natureza. 
d) Segundo Locke, a existência de permissão para agir 
é compatível com o estado de natureza. 
 
 
FIL0253 - (Uff) O filósofo inglês John Locke (1632-1704) 
é um dos fundadores da concepção liberal da vida 
política. Em sua defesa da liberdade como um atributo 
que o homem possui desde que nasce, ele diz: “Para 
compreender corretamente o que é o poder político e 
derivá-lo a partir de sua origem, devemos considerar 
qual é a condição em que todos os homens se 
encontram segundo a natureza. E esta condição é a de 
completa liberdade para poder decidir suas ações e 
dispor de seus bens e pessoas do modo que quiserem, 
respeitados os limites das leis naturais, sem precisar 
solicitar a permissão ou de depender da vontade de 
qualquer outro ser humano.” 
 
Assinale o documento histórico que foi diretamente 
influenciado pelo pensamento de Locke. 
3 
 
a) O livro “O que é a propriedade?”, de Proudhon 
(1840) 
b) O “Manifesto Comunista”, de Karl Marx e Frederico 
Engels (1848) 
c) A “Concordata” estabelecida entre Napoleão e o 
Vaticano (1801) 
d) A declaração da “Doutrina Monroe” (1823) 
e) A “Declaração de Independência” dos Estados 
Unidos (1776) 
 
FIL0254 - (Ufsj) Ao investigar as origens das ideias, 
diversos filósofos fizeram interferências importantes 
no pensamento filosófico da humanidade. Dentre eles, 
destaca-se o pensamento de John Locke. Assinale a 
alternativa que expressa as origens das ideias para 
John Locke. 
a) “Não há dúvida de que todo o nosso conhecimento 
começa com a experiência [...] mas embora todo o 
nosso conhecimento comece com a experiência, nem 
por isso todo ele pode ser atribuído a esta, mas à 
imaginação e à ideia.” 
b) “O que sou eu? Uma substância que pensa. O que é 
uma substância que pensa? É uma coisa que duvida, 
que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não 
quer, que imagina e que sente, uma ideia em 
movimento. 
c) “Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, 
por mais complexos e sublimes que sejam, sempre 
descobrimos que se resolvem em ideias simples que 
são cópias de uma sensação ou sentimento anterior, 
calcado nas paixões.” 
d) “Afirmo que essas duas, a saber, as coisas materiais 
externas, como objeto da sensação, e as operações de 
nossas próprias mentes, como objeto da reflexão, são, 
a meu ver, os únicos dados originais dos quais as ideias 
derivam.” 
 
FIL0255 - (Unioeste) “Se o homem no estado de 
natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor 
absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior 
e a ninguém sujeito, porque abrirá ele mão dessa 
liberdade, porque abandonará o seu império e sujeitar-
se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder? 
Ao que é óbvio responder que, embora no estado de 
natureza tenha tal direito, a fruição do mesmo é muito 
incerta e está constantemente exposta à invasão de 
terceiros porque, sendo todos reis tanto quanto ele, 
todo homem igual a ele, e na maior parte pouco 
observadores da equidade e da justiça, a fruição da 
propriedade que possui nesse estado é muito insegura, 
muito arriscada. Estas circunstâncias obrigam-no a 
abandonar uma condição que, embora livre, está cheia 
de temores e perigos constantes; e não é sem razão 
que procura de boa vontade juntar-se em sociedade 
com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se, 
para a mútua conservação da vida, da propriedade e 
dos bens a que chamo de 'propriedade'”. 
Locke 
 
Sobre o pensamento político de Locke e o texto acima, 
seguem as seguintes afirmativas: 
 
I. No estado de natureza, os homens usufruem 
plenamente, e com absoluta segurança, os direitos 
naturais. 
II. O objetivo principal da união dos homens em 
comunidade, colocando-se sob governo, é a 
preservação da “propriedade”. 
III. No estado de natureza, falta uma lei estabelecida, 
firmada, conhecida, recebida e aceita mediante 
consentimento, como padrão do justo e injusto e 
medida comum para resolver quaisquer controvérsias 
entre os homens. 
IV. Os homens entram em sociedade, abandonando a 
igualdade, a liberdade e o poder executivo que tinham 
no estado de natureza, apenas com a intenção de 
melhor preservar a propriedade. 
V. No estado de natureza, há um juiz conhecido e 
imparcial para resolver quaisquer controvérsias entre 
os homens, de acordo com a lei estabelecida. 
 
Das afirmativas feitas acima 
a) somente a afirmação I está correta. 
b) as afirmações I e III estão corretas. 
c) as afirmações II e V estão corretas. 
d) as afirmações IV e V estão corretas. 
e) as afirmações II, III e IV estão corretas. 
 
FIL0256 - (Unioeste) John Locke afirma em Ensaio 
acerca do entendimento: “é de grande utilidade para o 
marinheiro saber a extensão de sua linha, embora não 
possa com ela sondar toda a profundidade do oceano. 
É conveniente que saiba que ela é suficientemente 
longa para alcançar o fundo dos lugares necessários 
para orientar sua viagem, e preveni-lo de esbarrar 
contra escolhos que podem destruí-lo. Não nos diz 
respeito conhecer todas as coisas, mas apenas as que 
se referem à nossa conduta. Se pudermos descobrir 
aquelas medidas por meio das quais uma criatura 
racional, posta nesta situação do homem no mundo, 
pode e deve dirigir suas opiniões e ações delas 
dependentes, não devemos nos molestar por que 
outras coisas escapam ao nosso conhecimento”. 
 
Tendo em conta o texto acima e a teoria do 
conhecimento de Locke, é incorreto afirmar que 
a) o homem, utilizando suas faculdades racionais, pode 
conhecer tudo sobre todas as coisas do mundo. 
b) o homem deve saber os limites da razão para ter 
conhecimento certo daquilo que é possível conhecer. 
4 
 
c) há certas coisas que a razão do homem não pode 
conhecer. 
d) assim como o marinheiro guia sua viagem por uma 
sonda de tamanho conhecido, o homem deve orientar 
sua conduta por aquilo que conhece. 
e) o conhecimento, para Locke, só é certo se houver 
conformidade entre nossas ideias e a realidade das 
coisas. 
 
FIL0257 - (Uncisal) No período moderno, emergiu uma 
escola filosófica que pôs em questão as concepções 
inatistas e metafísicasde conhecimento. Para os 
filósofos partidários dessa escola, o conhecimento é 
sempre decorrente da experiência, jamais podendo 
existir ideias inatas. O nome dessa corrente filosófica, 
bem como o nome de um de seus filósofos 
representativos são, respectivamente: 
a) inatismo; Descartes. 
b) idealismo; Kant. 
c) escolástica; Santo Agostinho. 
d) empirismo; Locke. 
e) metafísica; Platão. 
 
 
FIL0258 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
 Locke divide o poder do governo em três 
poderes, cada um dos quais origina um ramo de 
governo: o poder legislativo (que é o fundamental), o 
executivo (no qual é incluído o judiciário) e o federativo 
(que é o poder de declarar a guerra, concertar a paz e 
estabelecer alianças com outras comunidades). 
Enquanto o governo continuar sendo expressão da 
vontade livre dos membros da sociedade, a rebelião 
não é permitida: é injusta a rebelião contra um governo 
legal. Mas a rebelião é aceita por Locke em caso de 
dissolução da sociedade e quando o governo deixa de 
cumprir sua função e se transforma em uma tirania. 
(LOCKE, John. In: MORA, J. F. Dicionário de Filosofia. São Paulo: 
Loyola, 2001. V. III. p. 1770.) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre John 
Locke, é correto afirmar: 
 
I. O direito de rebelião é um direito natural e legítimo 
de todo cidadão sob a vigência da legalidade. 
II. O Estado deve cuidar do bem-estar material dos 
cidadãos sem tomar partido em questões de matéria 
religiosa. 
III. O poder legislativo ocupa papel preponderante. 
IV. Na estrutura de poder, dentro de certos limites, o 
Estado tem o poder de fazer as leis e obrigar que sejam 
cumpridas. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e III são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
FIL0259 - (Ufu) Os filósofos contratualistas elaboraram 
suas teorias sobre os fundamentos ou origens do poder 
do Estado a partir de alguns conceitos fundamentais 
tais como, a soberania, o estado de natureza, o estado 
civil, o estado de guerra, o pacto social etc. 
[...] O estado de guerra é um estado de inimizade e 
destruição [...] nisto temos a clara diferença entre o 
estado de natureza e o estado de guerra, muito 
embora certas pessoas os tenham confundido, eles 
estão tão distantes um do outro [...]. 
LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. São Paulo: Ed. 
Abril Cultural, 1978. 
 
Leia o texto acima e assinale a alternativa correta. 
a) Para Locke, o estado de natureza é um estado de 
destruição, inimizade, enfim uma guerra “de todos os 
homens contra todos os homens”. 
b) Segundo Locke, o estado de natureza se confunde 
com o estado de guerra. 
c) Segundo Locke, para compreendermos o poder 
político, é necessário distinguir o estado de guerra do 
estado de natureza. 
d) Uma das semelhanças entre Locke e Hobbes está no 
fato de ambos utilizarem o conceito de estado de 
natureza exatamente com o mesmo significado. 
 
FIL0260 - (Unioeste) “Se os que nos querem persuadir 
que há princípios inatos não os tivessem 
compreendido em conjunto, mas considerado 
separadamente os elementos a partir dos quais estas 
proposições são formuladas, não estariam, talvez, tão 
dispostos a acreditar que elas eram inatas. Visto que, 
se as ideias das quais são formadas essas verdades não 
fossem inatas, seria impossível que as proposições 
formadas delas pudessem ser inatas, ou nosso 
conhecimento delas ter nascido conosco. Se, pois, as 
ideias não são inatas, houve um tempo quando a 
mente estava sem esses princípios e, desse modo, não 
seriam inatos, mas derivados de alguma outra origem. 
Pois, se as próprias ideias não o são, não pode haver 
conhecimento, assentimento, nem proposições 
mentais ou verbais a respeito delas. […] De onde 
apreende a mente todos os materiais da razão e do 
conhecimento? A isso respondo, numa palavra, da 
experiência. Todo o nosso conhecimento está nela 
fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio 
conhecimento. Empregada tanto nos objetos sensíveis 
externos como nas operações internas de nossas 
mentes, que são por nós mesmos percebidas e 
5 
 
refletidas, nossa observação supre nossos 
entendimentos com todos os materiais do 
pensamento.” (Locke) 
 
Tendo presente o texto acima, é correto afirmar, 
segundo Locke, que 
a) há duas fontes de nossas ideias, a sensação e a 
reflexão, de modo que tudo o que é objeto de nossa 
mente, por ser ela como que um papel em branco, é 
adquirido por meio de uma ou de outra dessas duas 
fontes. 
b) contrariamente ao que afirma o texto, o autor 
admite excepcionalmente como inatos alguns 
princípios fundamentais e algumas ideias simples. 
c) chama-se experiência a forma de conhecimento que, 
produzido por meio das diferentes sensações, nos 
permite saber o que as coisas são em sua essência e na 
medida em que são independentes de nós. 
d) a ideia de substância é uma ideia simples formada 
diretamente a partir de nossa experiência das coisas e 
da capacidade que elas têm de subsistirem. 
e) todas as nossas percepções ou ideias provém das 
sensações externas e de nosso contato com o que 
existe fora de nós. 
 
FIL0261 - (Uel) Leia o seguinte texto de Locke: 
Aquele que se alimentou com bolotas que 
colheu sob um carvalho, ou das maçãs que retirou das 
árvores na floresta, certamente se apropriou deles 
para si. Ninguém pode negar que a alimentação é sua. 
Pergunto então: Quando começaram a lhe pertencer? 
Quando os digeriu? Quando os comeu? Quando os 
cozinhou? 
Quando os levou para casa? Ou quando os apanhou? 
(LOCKE, J. Segundo Tratado Sobre o Governo Civil. 3 ed. Petrópolis: 
Vozes, 2001, p. 98) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o 
pensamento de John Locke, é correto afirmar que a 
propriedade: 
 
I. Tem no trabalho a sua origem e fundamento, uma 
vez que ao acrescentar algo que é seu aos objetos da 
natureza o homem os transforma em sua propriedade. 
II. A possibilidade que o homem tem de colher os frutos 
da terra, a exemplo das maçãs, confere a ele um direito 
sobre eles que gera a possibilidade de acúmulo 
ilimitado. 
III. Animais e frutos, quando disponíveis na natureza e 
sem a intervenção humana, pertencem a um direito 
comum de todos. 
IV. Nasce da sociedade como consequência da ação 
coletiva e solidária das comunidades organizadas com 
o propósito de formar e dar sustentação ao Estado. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e III são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
 
FIL0262 - (Unioeste) Locke é um dos principais 
representantes do contratualismo clássico. Tem como 
ponto de partida de seu pensamento político o estado 
de natureza, de modo que, através do contrato (pacto) 
social, realiza-se a passagem para o Estado civil. 
 
Assinale a alternativa que não corresponde à 
concepção liberal de política de Locke. 
a) O estado de natureza é um estado de guerra 
generalizada de todos contra todos. 
b) No estado de natureza, todos os homens são livres e 
iguais, tendo todos o direito à vida, à liberdade e à 
propriedade. 
c) O estado de natureza é um estado de relativa paz, 
por falta de um juiz imparcial que julgue os possíveis 
conflitos entre os indivíduos. 
d) O Estado civil tem sua origem e fundamento no 
pacto de consentimento unânime de indivíduos livres 
e iguais, sendo que na escolha da forma de governo 
segue-se o princípio da maioria. 
e) No centro do pensamento político de Locke se 
encontra a defesa dos direitos naturais inalienáveis do 
indivíduo à vida, à liberdade e à propriedade, que 
devem ser garantidos e protegidos pelo Estado civil. 
 
FIL0263 – (Ueg) Um dos aspectos mais importantes da 
filosofiapolítica de John Locke é sua defesa do direito 
à propriedade, que ele considerava ser algo inerente à 
natureza humana, uma vez que o corpo é nossa 
primeira propriedade. De acordo com esta perspectiva, 
o Estado deve 
a) permitir aos seus cidadãos ter propriedade ou 
propriedades. 
b) garantir que todos os seus cidadãos, sem exceção, 
tenham alguma propriedade. 
c) garantir aos cidadãos a posse vitalícia de bens. 
d) fazer com que a propriedade seja comum a todos os 
cidadãos. 
 
FIL0264 - (Uel) Para Locke, o estado de natureza é um 
estado de liberdade e de igualdade. 
(LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Tradução de 
Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 
83.) 
 
Com base nos conhecimentos sobre a filosofia política 
de Locke, assinale a alternativa correta. 
6 
 
a) No estado de natureza, a liberdade dos homens 
consiste num poder de tudo dispor a partir da força e 
da argúcia. 
b) Os homens são iguais, pois todos têm o mesmo 
medo de morte violenta em mãos alheias. 
c) A liberdade dos homens determina que o estado de 
natureza é um estado de guerra de todos contra todos. 
d) A liberdade no estado de natureza não consiste em 
permissividade, pois ela é limitada pelo direito natural. 
e) Nunca houve na história um estado de natureza, 
sendo este apenas uma hipótese lógica. 
 
FIL0265 - (Ufu) O pensamento político de John Locke 
contém uma teoria da cidadania que anuncia certos 
aspectos da filosofia do século XVIII. Pela anuência à 
vida civil e pela confiança que deposita no poder 
público, o indivíduo se faz cidadão. Incorporando-se 
livremente ao corpo político, cada um participa de sua 
gestão: alcança assim a dignidade política. 
 
Acerca do pensamento de Locke, considere o texto 
acima e marque a alternativa correta. 
a) Um governante que usa, à margem da lei, a força 
contra os interesses de seus súditos destrói sua própria 
autoridade. O súdito tem o direito a resistir-lhe. 
b) O contrato tem a finalidade de instituir a vida ética 
no seio do Estado. 
c) Locke afirma que o contrato emerge da base 
material da sociedade, independentemente das 
decisões dos indivíduos. 
d) A transferência de poder torna-se irrevogável após o 
contrato, porque a soberania é ilimitada e absoluta. 
FIL0267 - (Uel) Tendo por base a concepção de 
contrato social em Locke, considere as afirmativas a 
seguir. 
 
I. Os homens firmam entre si um pacto de submissão, 
por meio do qual transferem a um terceiro o poder de 
coerção, trocando a condição de desigualdade do 
Estado de Natureza pela segurança e liberdade do 
Estado social. 
II. Os homens firmam um pacto de consentimento, no 
qual concordam livremente em formar a sociedade 
para preservar e consolidar os direitos que possuíam 
originalmente no Estado de natureza. 
III. O exercício legítimo da autoridade, no Estado social, 
baseia-se na teoria do direito divino, em que os 
monarcas, herdeiros dos patriarcas, são 
representantes diretos que garantem o contrato social. 
IV. O que leva os homens a se unirem e estabelecerem 
livremente entre si o contrato social é a falta de lei 
estabelecida, de juiz imparcial e de uma força 
coercitiva para impor a execução das sentenças. 
 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) I, III e IV. 
e) II, III e IV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
notas
1 
 
 
 
 
FIL0267 - (Uece) Sobre a questão da liberdade em 
Spinoza, a filósofa brasileira Marilena Chauí afirma o 
seguinte: 
 
“[...] o poder teológico-político é duplamente violento. 
Em primeiro lugar, porque pretende roubar dos 
homens a origem de suas ações sociais e políticas, 
colocando-as como cumprimento a mandamentos 
transcendentes de uma vontade divina 
incompreensível ou secreta, fundamento da ‘razão de 
Estado’. Em segundo, porque as leis divinas reveladas, 
postas como leis políticas ou civis, impedem o exercício 
da liberdade, pois não regulam apenas usos e 
costumes, mas também a linguagem e o pensamento, 
procurando dominar não só os corpos, mas também os 
espíritos”. 
CHAUÍ, Marilena. Espinosa, uma subversão filosófica. Revista 
CULT, 14 de março de 2010. Disponível em: 
https://revistacult.uol.com.br/home/baruch-espinosa/. 
 
O poder teológico-político é violento, porque 
a) submete os homens a leis supostamente 
transcendentes ao negar-lhes a imanência de suas 
próprias ações. 
b) retira dos homens a esperança de que suas ações 
tenham como causa e fim a transcendência divina. 
c) transforma a linguagem e o pensamento dos homens 
em formas de libertação de corpos e espíritos. 
d) recusa aos usos e costumes o papel de fundamento 
transcendente das ações políticas e leis civis dos 
homens. 
 
 
FIL0268 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
Vimos, assim, que a Alma pode sofrer grandes 
transformações e passar ora a uma maior perfeição, 
ora a uma menor, paixões estas que nos explicam as 
afecções de alegria e de tristeza. Assim, por alegria, 
entenderei, no que vai seguir-se, a paixão pela qual a 
Alma passa a uma perfeição maior; por tristeza, ao 
contrário, a paixão pela qual a Alma passa a uma 
perfeição menor. 
(ESPINOSA, B. Ética. Trad. Antonio Simões. Lisboa: Relógio D’Água, 
1992. p. 279). 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o 
problema da paixão e da afecção em Espinosa, assinale 
a alternativa correta. 
a) A tristeza é uma ação da alma, consistente na 
afecção causada por uma paixão, por meio da qual a 
alma visa a própria destruição. 
b) As transformações da alma, seja o aumento ou a 
diminuição de intensidade, fazem coexistir paixões 
contrárias. 
c) O aumento de perfeição, característico de afecção 
da alegria, vincula-se ao esforço da alma em perceber-
se com mais clareza e distinção. 
d) Tristeza e alegria são denominadas paixões porque 
resultam da ação de distintas dimensões da alma, 
responsáveis pela produção dessas afecções. 
e) Se uma coisa aumenta a potência de agir do corpo, 
a ideia dessa mesma coisa diminuirá a potência de 
pensar da nossa alma. 
 
FIL0269 - (Enem) Os filósofos concebem as emoções 
que se combatem entre si, em nós, como vícios em que 
os homens caem por erro próprio; é por isso que se 
habituaram a ridicularizá-los, deplorá-los, reprová-los 
ou, quando querem parecer mais morais, detestá-los. 
Concebem os homens, efetivamente, não tais como 
são, mas como eles próprios gostariam que fossem. 
ESPINOSA, B. Tratado político. São Paulo: Abril Cultural, 1973. 
 
No trecho, Espinosa critica a herança filosófica no que 
diz respeito à idealização de uma 
a) estrutura da interpretação fenomenológica. 
b) natureza do comportamento humano. 
c) dicotomia do conhecimento prático. 
d) manifestação do caráter religioso. 
e) reprodução do saber tradicional. 
 
FIL0270 - (Ufsm) Revoltas e movimentos sociais, como 
os ocorridos recentemente no Brasil, estão 
frequentemente envolvidos no aperfeiçoamento da 
vida social e podem ter papel adaptativo. Na história 
da filosofia política moderna, alguns filósofos 
conceberam seres humanos como átomos individuais 
movidos por apetites ou desejos guiados pelo prazer e 
dor, sendo o apetite fundamental do homem a 
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Filosofia Moderna - Espinosa e Leibniz 
 
2 
 
autopreservação. Numa situação de escassez de bens, 
com pessoas guiadas exclusivamente por desejos 
antecipadores de prazer e voltados à autopreservação, 
haverá, inevitavelmente, conflito social. Que 
alternativa(s) racional(is) soluciona(m) o conflito? 
 
I. Uso da força e violência. 
II. Uso da ideologia e controle da informação. 
III. Acordo e deliberação coletiva. 
IV. Apelo à tradição e costume. 
 
Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s) 
a) I e II apenas. 
b) I, II e III apenas. 
c) III apenas. 
d) III e IV apenas. 
e) IV apenas. 
 
FIL0271 - (Enem) A substância é um Ser capaz de Ação. 
Ela é simples ou composta. A substância simplesé 
aquela que não tem partes. O composto é a reunião das 
substâncias simples ou Mônadas. Monas é uma palavra 
grega que significa unidade ou o que é uno. Os 
compostos ou os corpos são Multiplicidades, e as 
Substâncias simples, as Vidas, as Almas, os Espíritos são 
unidades. É preciso que em toda parte haja substâncias 
simples porque sem as simples não haveria as 
compostas, nem movimento. Por conseguinte, toda 
natureza está plena de vida. 
LEIBNIZ, G. W. Discurso de metafísicas e outros textos. São Paulo: 
Matins Fontes, 2004 (adaptado). 
 
Dentre suas diversas reflexões, Leibniz voltou sua 
atenção para o tema da metafísica, que trata 
basicamente do fundamento de realidade das coisas 
do mundo. A busca por esse fundamento muitas vezes 
é resumida a partir do conceito de substância, que para 
ele se refere a algo que é 
a) complexo por natureza, constituindo a unidade 
mínima do cosmo. 
b) estabilizador da realidade, dada a exigência de 
permanência desta. 
c) desdobrado no composto, em vez de gerá-lo unindo-
se a outras substâncias simples. 
d) considerado simples e múltiplo a um só tempo, por 
ser um todo indecomponível constituído de partes. 
e) essencial na estrutura do que existe no mundo, sem 
deixar de contribuir para o movimento. 
 
FIL0272 - (Ufpa) No contexto da cultura ocidental e na 
história do pensamento político e filosófico, as 
considerações sobre a necessidade de valores morais 
prévios na organização do Estado e das instituições 
sociais sempre foi um tema fundamental devido à 
importância, para esse tipo de questão, dos conceitos 
de bem e de mal, indispensáveis à vida em comum. 
 
Diante desse fato da história do pensamento político e 
filosófico, a afirmação de Espinosa, segundo a qual “Se 
os homens nascessem livres, não formariam nenhum 
conceito de bem e de mal, enquanto permanecessem 
livres” (ESPINOSA, 1983, p. 264), quer dizer o seguinte: 
a) O homem é, por instinto, moralmente livre, fato que 
condiciona sua ideia de ética social. 
b) Assim como o indivíduo é anterior à sociedade, a 
liberdade moral antecede noções como bem e mal. 
c) Os valores morais que servem de base para nossa 
socialização são tão naturais quanto nossos direitos. 
d) Não poderíamos falar de bem e de mal se não nos 
colocássemos além da liberdade natural. 
e) Não há nenhum vínculo necessário entre viver livre 
e saber o que são bem e mal. 
 
FIL0273 - (Uel) De acordo com seu conhecimento sobre 
a ética de Spinoza, é correto afirmar: 
a) A necessidade não se aplica às ações livres do 
homem. 
b) O homem virtuoso procura agir com compaixão. 
c) A felicidade é o prêmio da virtude, pois a ação 
virtuosa tem como recompensa a felicidade. 
d) Quanto mais um homem se esforça por preservar o 
seu ser, mais ele é virtuoso. 
e) O homem é mais livre na solidão, pois aí ele só 
obedece a si mesmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
notas
1 
 
 
 
 
FIL0274 - (Enem) Quando analisamos nossos 
pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes 
que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em 
ideias simples que são cópias de uma sensação ou 
sentimento anterior. Mesmo as ideias que, à primeira 
vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, 
a um exame mais atento, ser derivadas dela. 
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: 
Abril Cultural, 1973. 
 
Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o 
conhecimento tem a sua gênese na 
a) convicção inata. 
b) dimensão apriorística. 
c) elaboração do intelecto. 
d) percepção dos sentidos. 
e) realidade transcendental. 
 
FIL0275 - (Ufu) Hume descreveu a confiança que o 
entendimento humano deposita na probabilidade dos 
resultados dos eventos observados na natureza. Ele 
comparou essa convicção ao lançamento de dados, 
cujas faces são previamente conhecidas, porém, nas 
palavras do filósofo: 
[...] verificando que maior número de faces aparece 
mais em um evento do que no outro, o espírito [o 
entendimento humano] converge com mais frequência 
para ele e o encontra muitas vezes ao considerar as 
várias possibilidades das quais depende o resultado 
definitivo. 
HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. 
Tradução de Anoar Aiex. 
São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 93. Coleção “Os Pensadores”. 
 
Esse tipo de raciocínio, descrito por Hume, conduz o 
entendimento humano a uma situação distinta da 
certeza racional, uma espécie de “falha”, representada 
pelo(a) 
a) verdade da fantasia, que é superior à certeza 
racional. 
b) crença, que ocupa o lugar da certeza racional. 
c) sentido visual, que é mais verídico que a certeza 
sensível. 
d) ideia inata, que atua como o a priori da razão 
humana. 
FIL0276 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
Podemos definir uma causa como um objeto, seguido 
de outro, tal que todos os objetos semelhantes ao 
primeiro são seguidos por objetos semelhantes ao 
segundo. Ou, em outras palavras, tal que, se o primeiro 
objeto não existisse, o segundo jamais teria existido. O 
aparecimento de uma causa sempre conduz a mente, 
por uma transição habitual, à ideia do efeito; disso 
também temos experiência. 
Em conformidade com essa experiência, podemos, 
portanto, formular uma outra definição de causa e 
chamá-la um objeto seguido de outro, e cujo 
aparecimento sempre conduz o pensamento àquele 
outro. Mas, não temos ideia dessa conexão, nem 
sequer uma noção distinta do que é que desejamos 
saber quando tentamos concebê-las. 
Adaptado de: HUME, D. Investigação sobre o entendimento 
humano e sobre os princípios da moral. Seção VII, 29. Trad. José 
Oscar de Almeida Marques. São Paulo: UNESP, 2004. p. 115. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos acerca das 
noções de causa e efeito em David Hume, assinale a 
alternativa correta. 
a) As noções de causa e efeito fazem parte da realidade 
e por isso os fenômenos do mundo são explicados 
através da indicação da causa. 
b) A presença do efeito revela a causa nele envolvida, 
o que garante a explicação de determinado 
acontecimento. 
c) A causa e o efeito são noções que se baseiam na 
experiência e, por meio dela, são apreendidas. 
d) A causa e o efeito são conhecidos objetivamente 
pela mente e não por hábitos formados pela percepção 
do mundo. 
e) A causa e o efeito proporcionam, necessariamente, 
explicações válidas sobre determinados fatos e 
acontecimentos. 
 
FIL0277 - (Enem) Pode-se admitir que a experiência 
passada dá somente uma informação direta e segura 
sobre determinados objetos em determinados 
períodos do tempo, dos quais ela teve conhecimento. 
Todavia, é esta a principal questão sobre a qual 
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Filosofia Moderna - Berkeley e Hume 
 
2 
 
gostaria de insistir: por que esta experiência tem de ser 
estendida a tempos futuros e a outros objetos que, 
pelo que sabemos, unicamente são similares em 
aparência. O pão que outrora comi alimentou-me, isto 
é, um corpo dotado de tais qualidades sensíveis estava, 
a este tempo, dotado de tais poderes desconhecidos. 
Mas, segue-se daí que este outro pão deve também 
alimentar-me como ocorreu na outra vez, e que 
qualidades sensíveis semelhantes devem sempre ser 
acompanhadas de poderes ocultos semelhantes? A 
consequência não parece de nenhum modo 
necessária. 
HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São 
Paulo: Abril Cultural, 1995. 
 
O problema descrito no texto tem como consequência 
a 
a) universabilidade do conjunto das proposições de 
observação. 
b) normatividade das teorias científicas que se valem 
da experiência. 
c) Dificuldade de se fundamentar as leis científicas em 
bases empíricas. 
d) inviabilidade de se considerar a experiência na 
construção da ciência. 
e) correspondência entre afirmações singulares e 
afirmações universais. 
 
 
FIL0278 - (Enem) Todo o poder criativo da mente se 
reduz a nada mais do que a faculdade de compor, 
transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos 
fornecemos sentidos e a experiência. Quando 
pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos 
mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e 
montanha, que já conhecíamos. Podemos conceber 
um cavalo virtuoso, porque somos capazes de 
conceber a virtude a partir de nossos próprios 
sentimentos, e podemos unir a isso a figura e a forma 
de um cavalo, animal que nos é familiar. 
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: 
Abril Cultural, 1995. 
 
Hume estabelece um vínculo entre pensamento e 
impressão ao considerar que 
a) os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na 
sensação. 
b) o espírito é capaz de classificar os dados da 
percepção sensível. 
c) as ideias fracas resultam de experiências sensoriais 
determinadas pelo acaso. 
d) os sentimentos ordenam como os pensamentos 
devem ser processados na memória. 
e) as ideias têm como fonte específica o sentimento 
cujos dados são colhidos na empiria. 
 
FIL0279 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
As ideias produzem as imagens de si mesmas em novas 
ideias, mas, como se supõe que as primeiras ideias 
derivam de impressões, continua ainda a ser verdade 
que todas as nossas ideias simples procedem, mediata 
ou imediatamente, das impressões que lhes 
correspondem. 
HUME, D. Tratado da Natureza Humana. Trad. De Serafim da Silva 
Fontes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. p.35. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a 
questão da sensibilidade, razão e verdade em David 
Hume, considere as afirmativas a seguir. 
 
I. Geralmente as ideias simples, no seu primeiro 
aparecimento, derivam das impressões simples que 
lhes correspondem. 
II. A conexão entre as ideias e as impressões provém do 
acaso, de modo que há uma independência das ideias 
com relação às impressões. 
III. As ideias são sempre as causas de nossas 
impressões. 
IV. Assim como as ideias são as imagens das 
impressões, é também possível formar ideias 
secundárias, que são imagens das ideias primárias. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
 
 
FIL0280 - (Ufsj) Para David Hume, “os homens são, em 
grande medida, governados pelo interesse” e isso é 
perfeitamente visível, já que 
a) “tradicionalmente o interesse tem sido visto de 
dentro para fora, como algo que observamos em nós 
mesmos, mais do que alguma coisa que outros possam 
exibir”. 
b) “mesmo quando estendem suas preocupações para 
além de si mesmos, não as levam muito longe; na vida 
corrente não é muito comum olhar para além dos 
amigos mais próximos e dos conhecidos”. 
c) “vão traduzindo a necessidade que eles têm de se 
relacionar a partir de um interesse particular, e isso 
vem somar-se à sua capacidade para a socialização 
para o seu próprio bem-estar”. 
d) “as suas atitudes morais traduzem as suas condutas 
solipsistas votadas aos mais distintos interesses 
materiais e espirituais”. 
 
3 
 
FIL0281 - (Enem) O contrário de um fato qualquer é 
sempre possível, pois, além de jamais implicar uma 
contradição, o espírito o concebe com a mesma 
facilidade e distinção como se ele estivesse em 
completo acordo com a realidade. Que o Sol não 
nascerá amanhã é tão inteligível e não implica mais 
contradição do que a afirmação de que ele nascerá. 
Podemos em vão, todavia, tentar demonstrar sua 
falsidade de maneira absolutamente precisa. Se ela 
fosse demonstrativamente falsa, implicaria uma 
contradição e o espírito nunca poderia concebê-la 
distintamente, assim como não pode conceber que 
 seja diferente de 
HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São 
Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado). 
O filósofo escocês David Hume refere-se a fatos, ou 
seja, a eventos espaço-temporais, que acontecem no 
mundo. Com relação ao conhecimento referente a tais 
eventos, Hume considera que os fenômenos 
a) acontecem de forma inquestionável, ao serem 
apreensíveis pela razão humana. 
b) ocorrem de maneira necessária, permitindo um 
saber próximo ao de estilo matemático. 
c) propiciam segurança ao observador, por se 
basearem em dados que os tornam incontestáveis. 
d) devem ter seus resultados previstos por duas 
modalidades de provas, com conclusões idênticas. 
e) exigem previsões obtidas por raciocínio, distinto do 
conhecimento baseado em cálculo abstrato. 
 
FIL0282 - (Ufsj) Segundo David Hume, “Todo raciocínio 
abstruso apresenta um mesmo inconveniente”, 
porque 
a) “pode silenciar o antagonista sem convencê-lo; e 
para nos darmos conta de sua força, precisamos 
dedicar-lhe um estudo tão intenso quanto o que foi 
necessário para sua invenção”. 
b) “impregna a mente humana com conceitos do 
idealismo que o induzem ao holismo moderno”. 
c) “justifica a disposição que a mente humana tem para 
se inclinar ao silogismo moderno”. 
d) “convida o raciocínio a enigmáticas considerações, 
direcionando-o ao ceticismo quinhentista”. 
 
FIL0283 - (Ufsj) Para George Berkeley, a expressão “ser 
é perceber e ser percebido” significava que 
a) a realidade é uma relação entre todo ser existente, 
medida e consentida. 
b) a existência da matéria é e não pode não-ser; ela não 
se vincula ao estatuto da mente. 
c) a percepção que temos do mundo não passa 
necessariamente pelo crivo da razão, mas, sim, pela 
autenticação do real por si mesmo. 
d) toda a realidade depende da ideia que fazemos das 
coisas. 
FIL0284 - (Ueg) David Hume nasceu na cidade de 
Edimburgo, em pleno Século das Luzes, denominação 
pela qual ficou conhecido o século XVIII. Para investigar 
a origem das ideias e como elas se formam, Hume 
parte, como a maioria dos filósofos empiristas, do 
cotidiano das pessoas. Do ponto de vista de um 
empirista, 
a) não existem ideias inatas. 
b) não existem ideias abstratas. 
c) não existem ideias a posteriori. 
d) não existem ideias formadas pela experiência. 
 
FIL0285 - (Ufsj) Os termos “impressões” e “ideias”, 
para David Hume, são, respectivamente, por ele 
definidos como 
a) “nossas percepções mais fortes, tais como nossas 
sensações, afetos e sentimentos; percepções mais 
fracas ou cópias daquelas na memória e imaginação”. 
b) “aquilo que se imprime à memória e nos permite 
ativar a imaginação; lampejos inéditos sobre o objeto e 
sua natureza”. 
c) “o que fica impresso na memória 
independentemente da força: ação de criar a partir do 
dado sensorial”. 
d) “vaga noção do sensível; raciocínio com força de lei 
que legitima a natureza no âmbito da razão”. 
 
FIL0286 - (Ufu) O texto abaixo comenta a correlação 
entre ideias e impressões em David Hume. 
Em contrapartida, vemos que qualquer impressão, da 
mente ou do corpo, é constantemente seguida por 
uma ideia que a ela se assemelha, e da qual difere 
apenas nos graus de força e vividez. A conjunção 
constante de nossas percepções semelhantes é uma 
prova convincente de que umas são as causas das 
outras; [...]. 
HUME, D. Tratado da natureza humana. São Paulo: Editora da 
Unesp/Imprensa Oficial do Estado, 2001. p. 29. 
Assinale a alternativa que, de acordo com Hume, indica 
corretamente o modo como a mente adquire as 
percepções denominadas ideias. 
a) Todas as nossas ideias são formas a priori da mente 
e, mediante essas ideias, organizamos as respectivas 
impressões na experiência. 
b) Todas as nossas ideias advêm das nossas 
experiências e são cópias das nossas impressões, as 
quais sempre antecedem nossas ideias. 
c) Todas as nossas ideias são cópias de percepções 
inteligíveis, que adquirimos através de uma 
experiência metafísica, que transcende toda a 
realidade empírica. 
d) Todas as nossas ideias já existem de forma inata, e 
são apenas preenchidas pelas impressões, no 
momento em que temos algum contato com a 
experiência. 
1 1+ 2.
4 
 
FIL0287 - (Uel) Leia o texto aseguir: 
Ao empreender a análise da estrutura e dos limites do 
conhecimento, Kant tomou a física e a mecânica 
celeste elaboradas por Newton como sendo a própria 
ciência. Entretanto, era preciso salvá-la do ceticismo de 
Hume quanto à impossibilidade de fundamentar as 
inferências indutivas e de alcançar um conhecimento 
necessário da natureza. 
 
Com base no pensamento de David Hume acerca do 
entendimento humano, é correto afirmar: 
a) Dentre os objetos da razão humana, as relações de 
ideias se originam das impressões associadas aos 
conceitos inatos dos quais se obtém dedutivamente o 
entendimento dos fatos. 
b) As conclusões acerca dos fatos obtidas pelo sujeito 
do conhecimento realizam-se sem auxílio da 
experiência, recorrendo apenas aos raciocínios 
abstratos a priori. 
c) O postulado que afirma a inexistência de 
conhecimento para além daquele que possa vir a 
resultar do hábito funda-se na ideia metafísica de 
relação causal como conexão necessária entre os fatos. 
d) O sujeito do conhecimento opera associações de 
suas percepções, sensações e impressões semelhantes 
ou sucessivas recebidas pelos órgãos dos sentidos e 
retidas na memória. 
e) Pelo raciocínio o sujeito é induzido a inferir as 
relações de causa e efeito entre percepções e 
impressões acerca da regularidade de fenômenos 
semelhantes que se repetem na sucessão do tempo. 
 
 
FIL0288 - (Uel) Leia o texto a seguir: 
 
O principal argumento humeano contra a explicação da 
inferência causal pela razão era que este tipo de 
inferência dependia da repetição, e que a faculdade 
chamada “razão” padecia daquilo que se pode chamar 
uma certa “insensibilidade à repetição”, ou seja, uma 
certa indiferença perante a experiência repetida. Em 
completo contraste com isso, o princípio defendido por 
nosso filósofo, um princípio para designar o qual 
propôs os nomes de “costume ou hábito”, foi 
concebido como uma disposição humana caracterizada 
pela sensibilidade à repetição, podendo assim ser 
considerado um princípio adequado à explicação dos 
raciocínios derivados de experiências repetidas. 
(MONTEIRO, J. P. Novos Estudos Humeanos. São Paulo: Discurso 
Editorial, 2003, p. 41) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o 
empirismo, é correto afirmar que Hume 
a) atribui importância à experiência como fundamento 
do conhecimento dedutivo obtido a partir da inferência 
das relações causais na natureza. 
b) corrobora a afirmação de que a experiência é 
insuficiente sem o uso e a intervenção da razão na 
demonstração do nexo causal existente entre os 
fenômenos naturais. 
c) confere exclusividade à matemática como condição 
de fundamentação do conhecimento acerca dos 
fenômenos naturais, pois, empiricamente, constata 
que a natureza está escrita em caracteres 
matemáticos. 
d) demonstra que as relações causais obtidas pela 
experiência representam um conhecimento guiado por 
hábitos e costumes e, sobretudo, pela crença de que 
tais relações serão igualmente mantidas no futuro. 
e) evidencia a importância do racionalismo, sobretudo 
as ideias inatas que atestam o nexo causal dos 
fenômenos naturais descobertos pela experiência. 
 
 
FIL0289 - (Ufsj) Segundo as considerações sobre a 
Moral de Hume, é CORRETO afirmar que 
a) a Moral se derivada Razão. 
b) a Moral é uma subdivisão da Filosofia, e pode ser 
enquadrada no âmbito de uma Filosofia prática. 
c) a Filosofia Moral é domínio da Filosofia especulativa. 
d) a Moral tem seus preceitos legais extensamente 
extraídos de uma conformidade com a Razão. 
 
 
FIL0290 - (Unicentro) Assinale a alternativa correta. 
Para David Hume (1711-1776), 
a) a alma é como uma tábula rasa (uma tábua onde não 
há inscrições), ou seja, o conhecimento só começa 
depois da experiência sensível. 
b) o que nos faz ultrapassar o dado e afirmar mais do 
que pode ser alcançado pela experiência é o hábito 
criado através da observação de casos semelhantes. 
c) “saber é poder”, ou seja, o conhecimento não é 
contemplativo e desinteressado, mas sim um saber 
instrumental, direcionado para a utilidade da ciência 
para a vida. 
d) as ideias claras e distintas são ideias inatas, não 
derivam do particular, mas já se encontram no espírito. 
Por isso, não estão sujeitas ao erro, pois vêm da razão, 
isto é, são independentes das ideias que vêm “de fora”, 
formadas pela ação dos sentidos. 
e) o positivismo corresponde à maturidade do espírito 
humano. O reino da ciência é o reino da necessidade. 
No mundo da necessidade, não há lugar para a 
liberdade. 
 
1 
 
 
 
 
FIL0291 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
Dever é a necessidade de uma ação por respeito à lei. 
[...] devo proceder sempre de maneira que eu possa 
querer também que a minha máxima se torne uma lei 
universal. 
KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos costumes. 
Trad. Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 208-209. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria 
kantiana do dever, assinale a alternativa correta. 
a) A máxima de uma ação moral universalizável pode 
ter como fundamento os efeitos da ação, sendo 
considerada moralmente boa uma ação cujos efeitos 
causam o bem. 
b) A obrigação incondicional que a lei moral impõe 
advém do reconhecimento da possibilidade de 
universalização das máximas da ação 
c) A mentira pode, em certas circunstâncias, ser 
legitimada moralmente quando dela resulta uma ação 
benéfica ou impede o prejuízo a outrem. 
d) A máxima incondicional de uma ação moral pode ter 
como fundamento a experiência, pois os costumes 
fornecem elementos suficientes para ela. 
e) O imperativo categórico, princípio dos imperativos 
do dever, escolhe, dentre os estímulos fornecidos à 
vontade, o que lhe é mais adequado. 
 
FIL0292 - (Uece) As seguintes máximas exemplificam a 
solução apresentada por Immanuel Kant na 
formulação do princípio supremo da moralidade: 
 
“Age como se a máxima de tua ação se devesse tornar, 
pela tua vontade, em lei universal da natureza”. 
“Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na 
tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre 
e simultaneamente como fim e nunca simplesmente 
como meio”. 
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. 
Trad. Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70.1997. 
Essas máximas são imperativos categóricos, sobre os 
quais é correto afirmar que 
a) estabelecem, segundo Kant, a universalização da 
ação moral através de uma finalidade a ser atingida 
fora da razão e estabelecida a partir do processo de 
análise racional da realidade. 
b) são, inicialmente, de caráter hipotético, ao buscar 
avaliar as ações possíveis, como meio de alcançar 
alguma coisa que se deseja ou que se queira atingir 
concretamente. 
c) são chamados categóricos, por serem mandamentos 
da própria razão autônoma e por servirem de 
procedimento para testar o caráter universalizável e, 
portanto, moral de uma máxima. 
d) determinam, categoricamente, que, para atingir um 
determinado fim, é necessário que se usem certos 
meios, o que expressa a universalização da moral 
pragmática kantiana. 
 
FIL0293 - (Unesp) A maior violação do dever de um ser 
humano consigo mesmo, considerado meramente 
como um ser moral (a humanidade em sua própria 
pessoa), é o contrário da veracidade, a mentira [...]. A 
mentira pode ser externa [...] ou, inclusive, interna. 
Através de uma mentira externa, um ser humano faz 
de si mesmo um objeto de desprezo aos olhos dos 
outros; através de uma mentira interna, ele realiza o 
que é ainda pior: torna a si mesmo desprezível aos seus 
próprios olhos e viola a dignidade da humanidade em 
sua própria pessoa [...]. Pela mentira um ser humano 
descarta e, por assim dizer, aniquila sua dignidade 
como ser humano. [...] É possível que [a mentira] seja 
praticada meramente por frivolidade ou mesmo por 
bondade; aquele que fala pode, até mesmo, pretender 
atingir um fim realmente benéfico por meio dela. Mas 
esta maneira de perseguir este fim é, por sua simplesforma, um crime de um ser humano contra sua própria 
pessoa e uma indignidade que deve torná-lo 
desprezível aos seus próprios olhos. 
Em sua sentença dirigida à mentira, Kant 
a) considera a condenação relativa e sujeita a 
justificativas, de acordo com o contexto. 
b) assume que cada ser humano particular representa 
toda a humanidade. 
c) apresenta um pensamento desvinculado de 
pretensões racionais universalistas. 
d) demonstra um juízo condenatório, com justificação 
em motivações religiosas. 
e) assume o pressuposto de que a razão sempre é 
governada pelas paixões. 
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Filosofia Moderna - Kant 
 
2 
 
FIL0294 - (Enem) TEXTO I 
Duas coisas enchem o ânimo de admiração e 
veneração sempre crescentes: o céu estrelado sobre 
mim e a lei moral em mim. 
KANT, I. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, s/d 
(adaptado). 
 
TEXTO II 
Duas coisas admiro: a dura lei cobrindo-me e o 
estrelado céu dentro de mim. 
FONTELA, O. Kant (relido). In: Poesia completa. São Paulo: Hedra, 
2015. 
 
A releitura realizada pela poeta inverte as seguintes 
ideias centrais do pensamento kantiano: 
a) Possibilidade da liberdade e obrigação da ação. 
b) A prioridade do juízo e importância da natureza. 
c) Necessidade da boa vontade e crítica da metafísica. 
d) Prescindibilidade do empírico e autoridade da razão. 
e) Interioridade da norma e fenomenalidade do 
mundo. 
 
FIL0295 - (Enem) Uma pessoa vê-se forçada pela 
necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito 
bem que não poderá pagar, mas vê também que não 
lhe emprestarão nada se não prometer firmemente 
pagar em prazo determinado. Sente a tentação de 
fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante 
para perguntar a si mesma: não é proibido e contrário 
ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo 
que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: 
quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo 
emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal 
nunca sucederá. 
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: 
Abril Cultural, 1980. 
 
 
De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de 
pagamento” representada no texto 
a) assegura que a ação seja aceita por todos a partir da 
livre discussão participativa. 
b) garante que os efeitos das ações não destruam a 
possibilidade da vida futura na terra. 
c) opõe-se ao princípio de que toda ação do homem 
possa valer como norma universal. 
d) materializa-se no entendimento de que os fins da 
ação humana podem justificar os meios. 
e) permite que a ação individual produza a mais ampla 
felicidade para as pessoas envolvidas. 
 
FIL0296 - (Ufu) Leia a citação a seguir. 
 
A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma 
grande parte dos homens, depois que a natureza de há 
muito os libertou de uma direção estranha, continuem 
no entanto de bom grado menores durante toda a vida. 
São também as causas que explicam porque é tão fácil 
que os outros se constituam em tutores deles. 
KANT, I. Resposta à pergunta: que é “Esclarecimento”? 
(Aufklarung). In: ______. Textos seletos. Tradução de Raimundo 
Vier. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2005, p. 64. 
 
A menoridade de que fala Kant é a condição daqueles 
que não fazem o uso da razão. Essa condição evidencia 
a ausência 
a) do idealismo necessário para a ampliação dos 
horizontes existenciais. 
b) da autonomia para fazer uso próprio da razão sem a 
tutela de outrem. 
c) da religião encarregada de fazer feliz o homem 
indigente de pensamento. 
d) da ignorância, pois quem se deixa guiar pelos outros 
acerta sempre. 
 
FIL0297 - (Uel) Leia os textos a seguir. 
 
Exercita-te primeiro, caro amigo, e aprende o que é 
preciso conhecer para te iniciares na política; antes, 
não. Então, primeiro precisarás adquirir virtude, tu ou 
quem quer que se disponha a governar ou a 
administrar não só a sua pessoa e seus interesses 
particulares, como a cidade e as coisas a ela 
pertinentes. Assim, o que precisas alcançar não é o 
poder absoluto para fazeres o que bem entenderes 
contigo ou com a cidade, porém justiça e sabedoria. 
PLATÃO, O primeiro Alcebíades. Trad. Carlos Alberto Nunes. 
Belém: EDUFPA, 2004. p. 281-285. 
 
Esclarecimento é a saída do homem de sua 
menoridade, da qual ele próprio é culpado. A 
menoridade é a incapacidade de fazer uso do seu 
entendimento sem a direção de outro indivíduo... 
Sapere Aude! Tem coragem de fazer uso de teu próprio 
entendimento, tal é o lema do esclarecimento. 
KANT, I. Resposta à pergunta: que é ‘Esclarecimento’ 
(‘Aufklärung’). Trad. Floriano de Souza Fernandes, 2. ed. 
Petrópolis: Vozes, 1985. p. 100-117. 
 
Tendo em vista a compreensão kantiana do 
Esclarecimento (Aufklärung) para a constituição de 
uma compreensão tipicamente moderna do humano, 
assinale a alternativa correta. 
a) Fazer uso do próprio entendimento implica a 
destruição da tradição, na medida em que o poder da 
tradição impede a liberdade do pensamento. 
b) A superação da condição de menoridade resulta do 
uso privado da razão, em que o indivíduo faz uso 
restrito do próprio entendimento. 
c) A saída da menoridade instaura uma situação 
duradoura, pois as verdadeiras conquistas do 
Esclarecimento se afiguram como irreversíveis. 
3 
 
d) A menoridade é uma tendência decorrente da 
natureza humana, sendo, por esse motivo, superada 
no Esclarecimento, com muito esforço. 
e) A condição fundamental para o Esclarecimento é a 
liberdade, concebida como a possibilidade de se fazer 
uso público da razão. 
 
 
FIL0298 - (Unioeste) Na obra Fundamentação da 
Metafísica dos Costumes, Kant apresenta uma 
formulação do imperativo categórico: “Age apenas 
segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo 
querer que ela se torne lei universal”. 
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. 
São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 129 
 
Em relação ao pensamento de Kant, é CORRETO 
afirmar. 
a) O propósito do imperativo categórico é o de permitir 
que o indivíduo decida suas ações sem que tenha que 
se preocupar com os demais. 
b) O imperativo categórico tem por objetivo desfazer o 
conflito entre a providência divina, relacionada à 
cidade de Deus, e o espaço terreno. 
c) O imperativo categórico vincula a conduta moral a 
uma norma universal. 
d) Para Kant, não é possível que o indivíduo constitua 
um fim em si mesmo. Por isso mesmo, ele precisa 
espelhar-se na ação dos demais para a sua ação. 
e) O imperativo categórico corresponde à condição do 
estado de natureza, que é anterior à instituição do 
Estado civil. 
 
 
FIL0299 - (Uel) O tempo nada mais é que a forma da 
nossa intuição interna. Se a condição particular da 
nossa sensibilidade lhe for suprimida, desaparece 
também o conceito de tempo, que não adere aos 
próprios objetos, mas apenas ao sujeito que os intui. 
KANT, I. Crítica da razão pura. Trad. Valério Rohden e Udo Baldur 
Moosburguer. 
São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 47. Coleção Os Pensadores. 
 
Com base nos conhecimentos sobre a concepção 
kantiana de tempo, assinale a alternativa correta. 
a) O tempo é uma condição a priori de todos os 
fenômenos em geral. 
b) O tempo é uma representação relativa subjacente às 
intuições. 
c) O tempo é um conceito discursivo, ou seja, um 
conceito universal. 
d) O tempo é um conceito empírico que pode ser 
abstraído de qualquer experiência. 
e) O tempo, concebido a partir da soma dos instantes, 
é infinito. 
 
FIL0300 - (Enem) Os ricos adquiriram uma obrigação 
relativamente à coisa pública, uma vez que devem sua 
existência ao ato de submissão à sua proteção e zelo, o 
que necessitam para viver; o Estado então fundamenta 
o seu direito de contribuição do que é deles nessa 
obrigação, visando a manutenção de seus concidadãos. 
Isso pode ser realizado pela imposição de um imposto 
sobre a propriedade ou a atividade comercial dos 
cidadãos, ou pelo estabelecimento defundos e de uso 
dos juros obtidos a partir deles, não para suprir as 
necessidades do Estado (uma vez que este é rico), mas 
para suprir as necessidades do povo. 
KANT, I. A metafísica dos costumes. Bauru: Edipro, 2003. 
 
Segundo esse texto de Kant, o Estado 
a) deve sustentar todas as pessoas que vivem sob seu 
poder, a fim de que a distribuição seja paritária. 
b) está autorizado a cobrar impostos dos cidadãos ricos 
para suprir as necessidades dos cidadãos pobres. 
c) dispõe de poucos recursos e, por esse motivo, é 
obrigado a cobrar impostos idênticos dos seus 
membros. 
d) delega aos cidadãos o dever de suprir as 
necessidades do Estado, por causa do seu elevado 
custo de manutenção. 
e) tem a incumbência de proteger os ricos das 
imposições pecuniárias dos pobres, pois os ricos pagam 
mais tributos. 
 
FIL0301 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
As leis morais juntamente com seus princípios não só se 
distinguem essencialmente, em todo o conhecimento 
prático, de tudo o mais onde haja um elemento 
empírico qualquer, mas toda a Filosofia moral repousa 
inteiramente sobre a sua parte pura e, aplicada ao 
homem, não toma emprestado o mínimo que seja ao 
conhecimento do mesmo (Antropologia). 
KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Trad. de 
Guido A. de Almeida. São Paulo: Discurso Editorial, 2009. p.73. 
 
Com base no texto e na questão da liberdade e 
autonomia em Immanuel Kant, assinale a alternativa 
correta. 
a) A fonte das ações morais pode ser encontrada 
através da análise psicológica da consciência moral, na 
qual se pesquisa mais o que o homem é, do que o que 
ele deveria ser. 
b) O elemento determinante do caráter moral de uma 
ação está na inclinação da qual se origina, sendo as 
inclinações serenas moralmente mais perfeitas do que 
as passionais. 
c) O sentimento é o elemento determinante para a 
ação moral, e a razão, por sua vez, somente pode dar 
uma direção à presente inclinação, na medida em que 
fornece o meio para alcançar o que é desejado. 
4 
 
d) O ponto de partida dos juízos morais encontra-se 
nos “propulsores” humanos naturais, os quais se 
direcionam ao bem próprio e ao bem do outro. 
e) O princípio supremo da moralidade deve assentar-
se na razão prática pura, e as leis morais devem ser 
independentes de qualquer condição subjetiva da 
natureza humana. 
 
FIL0302 - (Uema) Fraqueza e covardia são as causas 
pelas quais a maioria das pessoas permanece infantil 
mesmo tendo condição de libertar-se da tutela mental 
alheia. Por isso, fica fácil para alguns exercer o papel de 
tutores, pois muitas pessoas, por comodismo, não 
desejam se tornar adultas. Se tenho um livro que pensa 
por mim; um sacerdote que dirige minha consciência 
moral; um médico que me prescreve receitas e, assim 
por diante, não necessito preocupar-me com minha 
vida. Se posso adquirir orientações, não necessito 
pensar pela minha cabeça: transfiro ao outro esta 
penosa tarefa de pensar. 
 
Fonte: I. Kant, O que é a ilustração. In: F. Weffort (org). Os 
clássicos da política, v. 2, 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 
 
Esse fragmento compõe o livro de Kant que trata da 
importância da(o) 
a) juízo. 
b) razão. 
c) cultura. 
d) costume. 
e) experiência. 
 
FIL0303 - (Enem) A pura lealdade na amizade, embora 
até o presente não tenha existido nenhum amigo leal, 
é imposta a todo homem, essencialmente, pelo fato de 
tal dever estar implicado como dever em geral, 
anteriormente a toda experiência, na ideia de uma 
razão que determina a vontade segundo princípios a 
priori. 
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: 
Barcarolla, 2009. 
 
A passagem citada expõe um pensamento 
caracterizado pela 
a) eficácia prática da razão empírica. 
b) transvaloração dos valores judaico-cristãos. 
c) recusa em fundamentar a moral pela experiência. 
d) comparação da ética a uma ciência de rigor 
matemático. 
e) importância dos valores democráticos nas relações 
de amizade. 
 
FIL0304 - (Ufsm) A necessidade de conviver em grupo 
fez o homem desenvolver estratégias adaptativas 
diversas. Darwin, num estudo sobre a evolução e as 
emoções, mostrou que o reconhecimento de emoções 
primárias, como raiva e medo, teve um papel central 
na sobrevivência. Estudos antigos e recentes têm 
mostrado que a moralidade ou comportamento moral 
está associado a outros tipos de emoções, como a 
vergonha, a culpa, a compaixão e a empatia. Há, no 
entanto, teorias éticas que afirmam que as ações boas 
devem ser motivadas exclusivamente pelo dever e não 
por impulsos ou emoções. Essa teoria é a ética 
a) deontológica ou kantiana. 
b) das virtudes. 
c) utilitarista. 
d) contratualista. 
e) teológica. 
 
 
FIL0305 - (Enem) Numa época de revisão geral, em que 
valores são contestados, reavaliados, substituídos e 
muitas vezes recriados, a crítica tem papel 
preponderante. Essa, de fato, é uma das principais 
características das Luzes, que, recusando as verdades 
ditadas por autoridades submetem tudo ao crivo da 
crítica. 
KANT, I. O julgamento da razão. In: ABRÃO, B. S. (Org.) História da 
Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 1999. 
 
O iluminismo tece crítica aos valores estabelecidos sob 
a rubrica da autoridade e, nesse sentido, propõe 
a) a defesa do pensamento dos enciclopedistas que, 
com seus escritos, mantinham o ideário religioso. 
b) o estímulo da visão reducionista do humanismo, 
permeada pela defesa de isenção em questões 
políticas e sociais. 
c) a consolidação de uma visão moral e filosófica 
pautada em valores condizentes com a centralização 
política. 
d) a manutenção dos princípios da metafísica, dando 
vastas esperanças de emancipação para a 
humanidade. 
e) o incentivo do saber, eliminando superstições e 
avançando na dimensão da cidadania e da ciência. 
 
 
FIL0306 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
Kant, mesmo que restrito à cidade de Königsberg, 
acompanhou os desdobramentos das Revoluções 
Americana e Francesa e foi levado a refletir sobre as 
convulsões da história mundial. Às incertezas da 
Europa plebeia, individualista e provinciana, contrapôs 
algumas certezas da razão capazes de restabelecer, ao 
menos no pensamento, a sociabilidade e a paz entre as 
nações com vista à constituição de uma federação de 
povos – sociedade cosmopolita. 
(Adaptado de: ANDRADE, R. C. “Kant: a liberdade, o indivíduo e a 
república”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da política. v.2. São 
Paulo: Ática, 2003. p.49-50.) 
5 
 
Com base nos conhecimentos sobre a Filosofia Política 
de Kant, assinale a alternativa correta. 
a) A incapacidade dos súditos de distinguir o útil do 
prejudicial torna imperativo um governo paternal para 
indicar a felicidade. 
b) É chamado cidadão aquele que habita a cidade, 
sendo considerados cidadãos ativos também as 
mulheres e os empregados. 
c) No Estado, há uma igualdade irrestrita entre os 
membros da comunidade e o chefe de Estado. 
d) Os súditos de um Estado Civil devem possuir 
igualdade de ação em conformidade com a lei universal 
da liberdade. 
e) Os súditos estão autorizados a transformar em 
violência o descontentamento e a oposição ao poder 
legislativo supremo. 
 
FIL0307 - (Ufu) Autonomia da vontade é aquela sua 
propriedade graças à qual ela é para si mesma a sua lei 
(independentemente da natureza dos objetos do 
querer). O princípio da autonomia é, portanto: não 
escolher senão de modo a que as máximas da escolha 
estejam incluídas simultaneamente, no querer mesmo, 
como lei universal. 
KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. 
Tradução de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1986, p. 85. 
 
De acordo com a doutrina ética de Kant: 
a) O Imperativo Categórico não se relaciona com a 
matéria da ação e com o que deve resultar dela, mas 
com a forma e o princípio de que ela mesma deriva. 
b) O Imperativo Categórico é um cânone que nos leva 
a agir por inclinação, vale dizer, tendo por objetivo a 
satisfação de paixõessubjetivas. 
c) Inclinação é a independência da faculdade de 
apetição das sensações, que representa aspectos 
objetivos baseados em um julgamento universal. 
d) A boa vontade deve ser utilizada para satisfazer os 
desejos pessoais do homem. Trata-se de fundamento 
determinante do agir, para a satisfação das inclinações. 
 
FIL0308 – (Enem) Até hoje admitia-se que nosso 
conhecimento se devia regular pelos objetos; porém 
todas as tentativas para descobrir, mediante conceitos, 
algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-
se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, 
experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da 
metafísica, admitindo que os objetos se deveriam 
regular pelo nosso conhecimento. 
KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994 
(adaptado). 
 
O trecho em questão é uma referência ao que ficou 
conhecido como revolução copernicana na filosofia. 
Nele, confrontam-se duas posições filosóficas que 
a) assumem pontos de vista opostos acerca da 
natureza do conhecimento. 
b) defendem que o conhecimento é impossível, 
restando-nos somente o ceticismo. 
c) revelam a relação de interdependência entre os 
dados da experiência e a reflexão filosófica. 
d) apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, 
na primazia das ideias em relação aos objetos. 
e) refutam-se mutuamente quanto à natureza do 
nosso conhecimento e são ambas recusadas por Kant. 
 
 
 
FIL0309 - (Unioeste) “Como toda lei prática representa 
uma ação possível como boa e por isso como 
necessária para um sujeito praticamente determinável 
pela razão, todos os imperativos são fórmulas da 
determinação da ação que é necessária segundo o 
princípio de uma vontade boa de qualquer maneira. No 
caso da ação ser apenas boa como meio para qualquer 
outra coisa, o imperativo é hipotético; se a ação é 
representada como boa em si, por conseguinte, como 
necessária numa vontade em si conforme à razão como 
princípio dessa vontade, então o imperativo é 
categórico”. 
Kant 
 
Considerando o pensamento ético de Kant e o texto 
acima, é correto afirmar que 
a) o imperativo hipotético representa a necessidade 
prática de uma ação como subjetivamente necessária 
para um ser determinável pelas inclinações. 
b) o imperativo categórico representa a necessidade 
prática de uma ação como meio para se atingir um fim 
possível ou real. 
c) os imperativos (hipotético e categórico) são fórmulas 
de determinação necessária, segundo o princípio de 
uma vontade que é boa em si mesma. 
d) o imperativo categórico representa a ação como boa 
em si mesma e como necessária para uma vontade em 
si conforme a razão. 
e) o imperativo hipotético declara a ação como 
objetivamente necessária independentemente de 
qualquer intenção ou finalidade da ação. 
 
 
 
FIL0310 - (Unioeste) “Em todos os juízos em que for 
pensada a relação de um sujeito com o predicado (se 
considero apenas os juízos afirmativos (…)), essa 
relação é possível de dois modos. Ou o predicado B 
pertence ao sujeito A como algo contido (ocultamente) 
nesse conceito A, ou B jaz completamente fora do 
conceito A, embora esteja em conexão com o mesmo”. 
Kant. 
6 
 
Considerando o texto acima e a teoria do 
conhecimento de Kant, é incorreto afirmar que 
a) os juízos sintéticos a posteriori são os mais 
importantes para a teoria do conhecimento de Kant, 
pois são contingentes e particulares, estando ligados a 
casos empíricos singulares. 
b) Kant denomina o primeiro modo de relacionar 
sujeito e predicado de juízo analítico e o segundo, de 
juízo sintético. 
c) o problema do conhecimento para Kant envolve 
responder “como são possíveis os juízos sintéticos a 
priori?”. 
d) os juízos analíticos, embora universais e necessários, 
não fazem progredir o conhecimento, pois são 
tautológicos. 
e) o juízo “Todos os corpos são extensos” é analítico, 
pois não há como pensar o conceito de corpo sem o 
conceito de extensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
notas
1 
 
 
 
 
FIL0482 - (Unioeste) “Sendo um ato definidor da 
existência humana, porque exprime a condição 
primordial da conservação dela, permitindo ao ser vivo 
conservado raciocinar sobre si, é a ele que compete 
natural e originalmente a qualificação de ‘técnico’. Ao 
conceituá-lo como a característica de uma ação, e a 
isso se resume todo o conteúdo do termo tecne, o 
homem quer exprimir que o ato realiza, enquanto 
mediação, o fim intencional do agente. Revela-se-nos, 
com isso, a essência da técnica. É a mediação na 
obtenção de uma finalidade consciente” 
(A. Vieira Pinto, O conceito de tecnologia). 
 
Nesse trecho, o pensador brasileiro Álvaro Vieira Pinto 
evita tratar a técnica como substância e, em vez disso, 
endereça-a como adjetivo do ato de produzir. Dessa 
forma, é uma ação humana que se qualifica, ou não, 
como técnica. Esse passo estabelece uma relação entre 
humanidade e técnica que se traduz na assertiva de 
que... 
a) … a técnica, por si só, definiu a conservação do 
homem e detém o poder sobre sua sorte. 
b) … o homem, e não a técnica, é o autor de seu 
destino. 
c) … dada sua autonomia, a técnica é o principal perigo 
à sobrevivência humana. 
d) … com a revolução científica, as sociedades humanas 
passaram a viver em uma era tecnológica. 
e) … a técnica é uma realidade que, uma vez 
instaurada, escapa ao controle humano. 
 
FIL0483 - (Uff) Galileu Galilei é considerado um dos 
grandes nomes da história da ciência graças às suas 
revolucionárias observações astronômicas por meio do 
telescópio e aos seus estudos sobre 
a) a economia política. 
b) a composição da luz. 
c) a anatomia humana. 
d) o movimento dos corpos. 
e) a circulação do sangue. 
 
 
FIL0484 - (Upe-ssa) Considere o texto a seguir sobre o 
paradigma da Modernidade. 
 
 
Não nos esqueçamos de outra não menos importante 
verdade histórica: a Revolução Científica foi 
profetizada por Bacon, realizada por Galileu, 
tematizada por Descartes, mas só concluída e 
sistematizada por Newton. 
(JAPIASSU, HIlton. Como Nasceu a Ciência Moderna. Rio de 
Janeiro: Imago, 2007, p. 112. Adaptado.) 
 
O autor acima retrata, com singularidade, alguns dos 
expoentes do pensamento moderno. Sobre esse 
assunto, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Com a revolução galileana, a teologia ganha sua 
autonomia, libertando-se da ciência. 
b) O pensamento cartesiano adota uma atitude de 
dúvida metódica para bem conduzir a razão e procurar 
a verdade nas ciências. 
c) Galileu Galilei foi o verdadeiro fundador do método 
indutivo na ciência da matemática. 
d) A ciência para Francis Bacon é teórica e 
contemplativa, tendo o filósofo profetizado o papel da 
religiosidade no marco da cientificidade. 
e) O pensamento newtoniano, com direcionamento na 
física e na matemática, não foi um marco essencial 
para a história e para a filosofia da ciência. 
 
FIL0485 - (Ufpa) Galileu, ao conceber a ciência, valoriza 
a experiência e se preocupa com a descrição 
quantificada dos fenômenos. Tal descrição torna-se 
possível, porque ele faz a distinção entre qualidades 
primárias e secundárias. 
(ARANHA, M. L.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. p. 179) 
 
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Filosofia Moderna – Revolução Científica 
2 
 
De acordo com o exposto acima, é correto afirmar que 
a) somente as qualidades primárias devem ser levadas 
em consideração pelos cientistas. 
b) somente as qualidades secundárias são relevantes 
para o conhecimento científico. 
c) as qualidades primárias não são suscetíveis de 
receberem tratamento matemático. 
d) somente as qualidades secundárias devem ser 
tratadas cientificamente por serem consideradas 
matematizáveis. 
e) nenhuma das qualidades dos corpos pode ser 
tratada quantitativamente. 
 
FIL0486 - (Upe-ssa) Sobre Paradigma da Modernidade, 
leia o texto a seguir: 
 
Com a revolução científica moderna (século XVII), a 
ciênciadeixa de ser contemplativa ou teórica para 
tornar-se ativa, detendo um poder de exercer uma 
ação eficaz. Adquire um outro estatuto: torna-se um 
saber, tendo por objetivo conhecer o mundo no 
sentido de dominá-lo, sobre ele exercer um poder, 
converter o homem em seu mestre e possuidor. 
JAPIASSU, Hilton. Ciência e Destino Humano. Rio de Janeiro: 
Imago, p. 211, 2005. 
 
No contexto do Paradigma da Modernidade, com 
especificidade no âmbito da revolução científica 
moderna, o autor faz algumas observações pertinentes 
sobre o novo estatuto do saber. Sobre esse assunto, é 
CORRETO afirmar que 
a) o saber científico e a técnica começam a formar um 
par dissociável. 
b) na revolução científica moderna, a ciência 
contemplativa alicerça as bases constitutivas da ação 
eficaz. 
c) o conhecimento científico teórico tem significância 
maior frente à ação eficaz. 
d) com a revolução científica moderna, o novo 
estatuto, com a ciência ativa, não só é relevante mas 
também deseja a dominação, a subjugação, a 
manipulação da natureza, exercendo sobre esta poder. 
e) com o novo estatuto teórico, a ciência perde o seu 
poder. Doravante, o homem é o senhor e o mestre da 
natureza. 
 
FIL0487 - (Uel) Leia o seguinte texto: 
 
 A filosofia está escrita neste imenso livro que 
continuamente está aberto diante de nossos olhos 
(estou falando do universo), mas que não se pode 
entender se primeiro não se aprende a entender sua 
língua e conhecer os caracteres em que está escrito. Ele 
está escrito em linguagem matemática e seus 
caracteres são círculos, triângulos e outras figuras 
geométricas, meios sem os quais é impossível entender 
humanamente suas palavras: sem tais meios, vagamos 
inutilmente por um escuro labirinto. 
(GALILEI, G. Il saggiatore. Apud REALE, G. & ANTISERI, D. História 
da filosofia. São Paulo: Paulinas, 1990, v. 2, p. 281.) 
 
Tendo em mente o texto acima e os conhecimentos 
sobre o pensamento de Galileu acerca do método 
científico, considere as seguintes afirmativas. 
 
I. Galileu defende o desenvolvimento de uma ciência 
voltada para os aspectos objetivos e mensuráveis da 
natureza, em oposição à física qualitativa de 
Aristóteles. 
II. Para Galileu, é possível obter conhecimento 
científico sobre objetos matemáticos, tais como 
círculos e triângulos, mas não sobre objetos do mundo 
sensível. 
III. Galileu pensa que uma ciência quantitativa da 
natureza é possível graças ao fato de que a própria 
natureza está configurada de modo a exibir ordem e 
simetrias matemáticas. 
IV. Galileu considera que a observação não faz parte do 
método científico proposto por ele, uma vez que todo 
o conhecimento científico pode ser obtido por meio de 
demonstrações matemáticas. 
 
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas 
corretas, mencionadas anteriormente. 
a) I e III. 
b) II e III. 
c) III e IV. 
d) I, II e IV. 
e) II, III e IV. 
 
FIL0488 - (Enem) A filosofia encontra-se escrita neste 
grande livro que continuamente se abre perante 
nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode 
compreender antes de entender a língua e conhecer os 
caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito 
em língua matemática, os caracteres são triângulos, 
circunferências e outras figuras geométricas, sem cujos 
meios é impossível entender humanamente as 
palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um 
obscuro labirinto. 
GALILEI, G. “O ensaiador”. Os pensadores. São Paulo: Abril 
Cultural, 1978. 
 
No contexto da Revolução Científica do século XVII, 
assumir a posição de Galileu significava defender a 
a) continuidade do vínculo entre ciência e fé 
dominante na Idade Média. 
b) necessidade de o estudo linguístico ser 
acompanhado do exame matemático. 
c) oposição da nova física quantitativa aos 
pressupostos da filosofia escolástica. 
3 
 
d) importância da independência da investigação 
científica pretendida pela Igreja. 
e) inadequação da matemática para elaborar uma 
explicação racional da natureza. 
 
FIL0489 - (Uncisal) Um movimento intelectual que 
influenciou fortemente o surgimento da filosofia 
moderna foi a Revolução Científica, ocorrida entre os 
séculos XIV e XVII. Algumas de suas características mais 
marcantes foram a substituição da concepção 
geocêntrica do cosmos pela concepção heliocêntrica, a 
valorização da experimentação, a articulação entre 
saberes teóricos e realizações práticas e a contestação 
de dogmatismos religiosos. Portanto, sobre a 
Revolução Científica, pode-se afirmar que 
a) foi um movimento intelectual sem repercussões no 
campo filosófico. 
b) uma de suas consequências marcantes foi a 
formulação de um modelo cósmico para o qual o sol 
seria o centro do universo. 
c) caracterizou-se pela divulgação da tese geocêntrica. 
d) consagrou a concepção segundo a qual a natureza 
seria um âmbito sagrado e não passível de 
conhecimento e dominação pelos homens. 
e) foi um movimento intelectual que ocorreu em 
harmonia com as instituições e dogmas religiosos. 
 
FIL0490 - (Uff) Aristóteles afirmava que “se algum 
corpo está em movimento, é porque está sendo 
movido por alguma coisa”. Essa concepção 
predominou até a Revolução Científica dos séculos XVI 
e XVII, quando a questão do movimento foi o tema 
principal dos cientistas. 
 
A concepção que contestou e substituiu a que era 
defendida por Aristóteles foi a de 
a) atomismo. 
b) inércia. 
c) heliocentrismo. 
d) preformismo. 
e) ímpeto. 
 
FIL0491 – (Uel) obra de Galileu Galilei está 
indissoluvelmente ligada à revolução científica do 
século XVII, a qual implicou uma “mutação” intelectual 
radical, cujo produto e expressão mais genuína foi o 
desenvolvimento da ciência moderna no pensamento 
ocidental. Neste sentido, destacam-se dois traços 
entrelaçados que caracterizam esta revolução 
inauguradora da modernidade científica: a dissolução 
da ideia greco-medieval do Cosmos e a geometrização 
do espaço e do movimento. 
(KOYRÉ, A. Estudos Galilaicos. Lisboa: Dom Quixote, 1986. pp. 13-
20; KOYRÉ, A. Estudos de História do Pensamento Científico. 
Brasília, Editora UnB, 1982. pp. 152-154.). 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre as 
características que marcam revolução científica no 
pensamento de Galileu Galilei, assinale a alternativa 
correta. 
a) A dissolução do Cosmos representa a ruptura com a 
ideia do Universo como sistema imutável, 
heterogêneo, hierarquicamente ordenado, da física 
aristotélica. 
b) A crença na existência do Cosmos, na física 
aristotélica, se situa na concepção de um Universo 
aberto, indefinido e até infinito, unificado e governado 
pelas mesmas leis universais. 
c) Contrária à concepção tradicional de ciência de 
orientação aristotélica, a física galilaica distingue e 
opõe os dois mundos do Céu e da Terra e suas 
respectivas leis. 
d) A geometrização do espaço e do movimento, na 
física galilaica, aprimora a concepção matemática do 
Universo cósmico qualitativamente diferenciado e 
concreto da física aristotélica. 
e) A física galilaica identifica o movimento a partir da 
concepção de uma totalidade cósmica, em cuja ordem 
cada coisa possui um lugar próprio conforme sua 
natureza. 
 
FIL0492 - (Unioeste) “A física de Aristóteles […] é uma 
'física', isto é, uma ciência altamente elaborada, 
embora não o seja matematicamente. […] A distinção 
entre movimentos 'naturais' e movimentos 'violentos' 
se situa numa concepção de conjunto da realidade 
física, concepção cujos traços principais parecem ser: 
(a) a crença na existência de 'naturezas' 
qualitativamente definidas; e (b) a crença na existência 
de um Cosmo […] Assim, mover-se é mudar, mudar em 
si mesmo e em relação aos outros. Por outro lado, isso 
implica um termo de referência em relação ao qual a 
coisa movida muda seu ser ou sua relação; o que 
implica – se examinarmos o movimento local – a 
existência de um ponto fixo em relação ao qual a coisa 
movida se move, um ponto fixo imutável que, 
evidentemente, só pode ser ocentro do Universo”. 
(Koyré) 
 
Dentre as proposições dadas abaixo, todas elas, exceto 
uma, indicam características da Revolução Científica do 
Século XVII, que ocasionou a derrocada da física e da 
cosmologia aristotélica. Assinalar qual constitui a 
exceção (ou seja, qual das alternativas é a incorreta). 
a) O rompimento com a física qualitativa e a 
homogeneização do espaço, com a consequente 
substituição da noção de lugares naturais das coisas 
pela de espaço homogêneo da geometria, considerado 
como real. 
b) A consideração da lei da inércia como princípio 
fundamental da natureza, ela que afirma que um corpo 
4 
 
abandonado a si mesmo permanece em seu estado de 
repouso ou de movimento tanto tempo quanto esse 
estado não for submetido à ação de uma força exterior 
qualquer. 
c) O combate ao princípio de inalterabilidade do céu e 
a todo o arcabouço teórico que sustentava a dicotomia 
entre céu e Terra. 
d) A destruição do Cosmo, isto é, a substituição da 
visão de mundo finito e hierarquicamente ordenado 
por uma concepção de universo homogêneo, ligado 
por elementos de mesma natureza e regido por leis 
necessárias e universais. 
e) A compreensão do movimento como um tipo de 
mudança que depende da constituição interna do 
corpo, de modo que o movimento contrário à natureza 
do corpo que se move, como quando arremessamos 
uma pedra para o alto, é considerado violento e, como 
tal, tende à sua própria destruição. 
 
FIL0493 - (Unesp) A grande síntese da ciência moderna, 
estabelecendo as leis físicas do movimento por meio 
de equações matemáticas e respondendo a todas as 
questões surgidas com a cosmologia de Copérnico, foi 
obra de Isaac Newton. Com ela, a física adquiriu um 
caráter de previsibilidade capaz de impressionar o 
homem moderno. A evolução do pensamento 
científico, iniciada por Galileu e Descartes, em direção 
à concepção de uma natureza descrita por leis 
matemáticas chegava, assim, a seu grande 
desabrochar. 
(Claudio M. Porto e Maria Beatriz D. S. M. Porto. “A evolução do 
pensamento cosmológico e o nascimento da ciência moderna”. In: 
Revista brasileira de ensino de física, vol. 30, no 4, 2008. 
Adaptado.) 
 
A base da grande síntese newtoniana foi, de certa 
forma, preparada pelo humanismo renascentista, que 
a) estabelece uma perspectiva dualista da realidade, 
fundamentada na filosofia grega. 
b) restringe o entendimento da natureza, tornando-a 
objeto de investigação somente da física. 
c) recupera teorias da Antiguidade para explicar a 
natureza, com ênfase em uma perspectiva mitológica. 
d) resgata o racionalismo da Antiguidade, valorizando 
o homem no debate científico. 
e) mantém o quadro geral de conhecimentos 
teológicos, tais como os utilizados durante a Idade 
Média. 
 
FIL0494 - (Unesp) Galileu tornou-se o criador da física 
moderna quando anunciou as leis fundamentais do 
movimento. Formulando tais princípios, ele estruturou 
todo o conhecimento científico da natureza e abalou os 
alicerces que fundamentavam a concepção medieval 
do mundo. Destruiu a ideia de que o mundo possui 
uma estrutura finita, hierarquicamente ordenada e 
substituiu-a pela visão de um universo aberto, infinito. 
Pôs de lado o finalismo aristotélico e escolástico, 
segundo o qual tudo aquilo que ocorre na natureza 
ocorre para cumprir desígnios superiores; e mostrou 
que a natureza é fundamentalmente um conjunto de 
fenômenos mecânicos. 
(José Américo M. Pessanha. Galileu Galilei, 2000. Adaptado.) 
 
A importância da obra de Galileu para o surgimento da 
ciência moderna justifica-se porque seu pensamento 
a) resgatou uma concepção medieval de mundo. 
b) baseou-se em uma visão teológica sobre a natureza. 
c) fundamentou-se em conceitos metafísicos. 
d) fundou as bases para o desenvolvimento da 
alquimia. 
e) atribuiu regularidade matemática aos fenômenos 
naturais. 
 
FIL0495 - (Enem) Assentado, portanto, que a Escritura, 
em muitas passagens, não apenas admite, mas 
necessita de exposições diferentes do significado 
aparente das palavras, parece-me que, nas discussões 
naturais, deveria ser deixada em último lugar. 
GALILEI, G. Carta a Benedetto Castelli. In: Ciência e fé: cartas de 
Galileu sobre o acordo do sistema copernicano com a Bíblia. São 
Paulo: Unesp, 2009. (adaptado) 
 
O texto, extraído da carta escrita por Galileu (1564-
1642) cerca de trinta anos antes de sua condenação 
pelo Tribunal do Santo Ofício, discute a relação entre 
ciência e fé, problemática cara no século XVII. A 
declaração de Galileu defende que 
a) a bíblia, por registrar literalmente a palavra divina, 
apresenta a verdade dos fatos naturais, tornando-se 
guia para a ciência. 
b) o significado aparente daquilo que é lido acerca da 
natureza na bíblia constitui uma referência primeira. 
c) as diferentes exposições quanto ao significado das 
palavras bíblicas devem evitar confrontos com os 
dogmas da Igreja. 
d) a bíblia deve receber uma interpretação literal 
porque, desse modo, não será desviada a verdade 
natural. 
e) os intérpretes precisam propor, para as passagens 
bíblicas, sentidos que ultrapassem o significado 
imediato das palavras. 
 
 
 
 
 
1 
 
 
 
 
FIL0311 - (Unicamp) “O homem nasce livre, e por toda 
a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos 
demais não deixa de ser mais escravo do que eles. (...) 
A ordem social, porém, é um direito sagrado que serve 
de base a todos os outros. (...) Haverá sempre uma 
grande diferença entre subjugar uma multidão e reger 
uma sociedade. Sejam homens isolados, quantos 
possam ser submetidos sucessivamente a um só, e não 
verei nisso senão um senhor e escravos, de modo 
algum considerando-os um povo e seu chefe. Trata-se, 
caso se queira, de uma agregação, mas não de uma 
associação; nela não existe bem público, nem corpo 
político.” 
(Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. 
Abril, 1973, p. 28,36.) 
 
Sobre Do Contrato Social, publicado em 1762, e seu 
autor, é correto afirmar que: 
a) Rousseau, um dos grandes autores do Iluminismo, 
defende a necessidade de o Estado francês substituir 
os impostos por contratos comerciais com os cidadãos. 
b) A obra inspirou os ideais da Revolução Francesa, ao 
explicar o nascimento da sociedade pelo contrato 
social e pregar a soberania do povo. 
c) Rousseau defendia a necessidade de o homem voltar 
a seu estado natural, para assim garantir a 
sobrevivência da sociedade. 
d) O livro, inspirado pelos acontecimentos da 
Independência Americana, chegou a ser proibido e 
queimado em solo francês. 
 
FIL0312 - (Unicamp) “O homem nasce livre, e por toda 
a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos 
demais não deixa de ser mais escravo do que eles. (...) 
A ordem social, porém, é um direito sagrado que serve 
de base a todos os outros. (...) Haverá sempre uma 
grande diferença entre subjugar uma multidão e reger 
uma sociedade. Sejam homens isolados, quantos 
possam ser submetidos sucessivamente a um só, e não 
verei nisso senão um senhor e escravos, de modo 
algum considerando-os um povo e seu chefe. Trata-se, 
caso se queira, de uma agregação, mas não de uma 
associação; nela não existe bem público, nem corpo 
político.” 
(Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. 
Abril, 1973, p. 28,36.) 
 
No trecho apresentado, o autor 
a) argumenta que um corpo político existe quando os 
homens encontram-se associados em estado de 
igualdade política. 
b) reconhece os direitos sagrados como base para os 
direitos políticos e sociais. 
c) defende a necessidade de os homens se unirem em 
agregações, em busca de seus direitos políticos. 
d) denuncia a prática da escravidão nas Américas, que 
obrigava multidões de homens a se submeterem a um 
único senhor. 
 
 
FIL0313 - (Enem) O homem natural é tudo para si 
mesmo; é a unidade numérica, o inteiro absoluto, que 
só se relaciona consigo mesmo ou com seu 
semelhante. O homem civil é apenas umaunidade 
fracionária que se liga ao denominador, e cujo valor 
está em sua relação com o todo, que é o corpo social. 
As boas instituições sociais são as que melhor sabem 
desnaturar o homem, retirar-lhe sua existência 
absoluta para dar-lhe uma relativa, e transferir o eu 
para a unidade comum, de sorte que cada particular 
não se julgue mais como tal, e sim como uma parte da 
unidade, e só seja percebido no todo. 
ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 
1999. 
 
A visão de Rousseau em relação à natureza humana, 
conforme expressa o texto, diz que 
a) o homem civil é formado a partir do desvio de sua 
própria natureza. 
b) as instituições sociais formam o homem de acordo 
com a sua essência natural. 
c) o homem civil é um todo no corpo social, pois as 
instituições sociais dependem dele. 
d) o homem é forçado a sair da natureza para se tornar 
absoluto. 
e) as instituições sociais expressam a natureza 
humana, pois o homem é um ser político. 
 
 
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Filosofia Moderna - Iluminismo e Contratualismo 
2 
 
FIL0314 - (Unesp) Cada um de nós põe em comum sua 
pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da 
vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada 
membro como parte indivisível do todo. [...] um corpo 
moral e coletivo, composto de tantos membros 
quantos são os votos da assembleia [...]. Essa pessoa 
pública, que se forma, desse modo, pela união de todas 
as outras, tomava antigamente o nome de cidade e, 
hoje, o de república ou de corpo político, o qual é 
chamado por seus membros de Estado [...]. 
(Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.) 
 
O texto, produzido no âmbito do Iluminismo francês, 
apresenta a doutrina política do 
a) coletivismo, manifesto na rejeição da propriedade 
privada e na defesa dos programas socialistas de 
estatização. 
b) humanismo, presente no projeto liberal de valorizar 
o indivíduo e sua realização no trabalho. 
c) socialismo, presente na crítica ao absolutismo 
monárquico e na defesa da completa igualdade 
socioeconômica. 
d) corporativismo, presente na proposta fascista de 
unir o povo em torno da identidade e da vontade 
nacional. 
e) contratualismo, manifesto na reação ao Antigo 
Regime e na defesa dos direitos de cidadania. 
 
FIL0315 - (Unesp) Do nascimento do Estado moderno 
até a Revolução Francesa, ou seja, do século XVI aos 
fins do século XVIII, a filosofia política foi obrigada a 
reformular grande parte de suas teses, devido às 
mudanças ocorridas naquele período. O que se buscou 
na modernidade iluminista foi fortalecer a filosofia em 
uma configuração contrária aos dogmas políticos que 
reforçavam a crença em uma autoridade divina. 
(Thiago Rodrigo Nappi. “Tradição e inovação na teoria das formas 
de governo: Montesquieu e a ideia de despotismo”. In: Historiæ, 
vol. 3, no 3, 2012. Adaptado.) 
 
O filósofo iluminista Montesquieu, autor de Do espírito 
das leis, criticou o absolutismo e propôs 
a) a divisão dos poderes em executivo, legislativo e 
judiciário. 
b) a restauração de critérios metafísicos para a escolha 
de governantes. 
c) a justificativa do despotismo em nome da paz social. 
d) a obediência às leis costumeiras de origem feudal. 
e) a retirada do poder político do povo. 
 
FIL0316 - (Uece) Atente para o seguinte trecho de um 
artigo de jornal: “Segundo o coordenador do Setor de 
Ciências Naturais e Sociais da Unesco no Brasil, Fabio 
Eon, os direitos humanos estão sendo alvo de uma 
onda conservadora que trata a expressão como algo 
politizado. — ‘Existe hoje uma tendência a enxergar 
direitos humanos como algo ideológico, o que é um 
equívoco. Os direitos humanos não são algo da 
esquerda ou da direita. São de todos, 
independentemente de onde você nasceu ou da sua 
classe social. É importante enfatizar isso para frear essa 
onda conservadora’ — ressalta Eon, que sugere um 
remédio para o problema: — ‘Precisamos promover 
uma cultura de direitos humanos’”. 
Disponível em: O Globo. https://oglobo.globo.com/sociedade/os-
direitos-humanosnao- sao-da-esquerda-ou-da-direita-sao-de-
todos-23088573. 
 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi 
aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 1948. Já a 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi 
aprovada durante a primeira fase da Revolução 
Francesa, pela Assembleia Nacional Constituinte. 
 
No que diz respeito à Declaração dos Direitos do 
Homem e do Cidadão, é correto afirmar que 
a) apesar de ser um documento revolucionário 
moderno, tem suas premissas filosóficas no 
pensamento político de Aristóteles. 
b) é de inspiração hobbesiana, tendo seus primórdios 
nos inícios do Estado moderno. 
c) é de inspiração iluminista e liberal, sob influência de 
grandes pensadores do século XVIII, tais como Locke e 
Rousseau. 
d) é de inspiração marxista, no influxo dos grandes 
movimentos grevistas e reivindicatórios que 
aconteceram na França durante o século XIX. 
 
FIL0317 - (Enem) TEXTO I 
Eu queria movimento e não um curso calmo da 
existência. Queria excitação e perigo e a oportunidade 
de sacrificar-me por meu amor. Sentia em mim uma 
superabundância de energia que não encontrava 
escoadouro em nossa vida. 
TOLSTÓI, L. Felicidade familiar. Apud KRAKAUER, J. Na natureza 
selvagem. São Paulo: Cia. das Letras, 1998. 
 
TEXTO II 
Meu lema me obrigava, mais que a qualquer outro 
homem, a um enunciado mais exato da verdade; não 
sendo suficiente que eu lhe sacrificasse em tudo o meu 
interesse e as minhas simpatias, era preciso sacrificar-
lhe também minha fraqueza e minha natureza tímida. 
Era preciso ter a coragem e a força de ser sempre 
verdadeiro em todas as ocasiões. 
ROUSSEAU, J.-J. Os devaneios do caminhante solitário. Porto 
Alegre: L&PM, 2009. 
 
Os textos de Tolstói e Rousseau retratam ideais da 
existência humana e defendem uma experiência 
a) lógico-racional, focada na objetividade, clareza e 
imparcialidade. 
3 
 
b) místico-religiosa, ligada à sacralidade, elevação e 
espiritualidade. 
c) sociopolítica, constituída por integração, 
solidariedade e organização. 
d) naturalista-científica, marcada pela 
experimentação, análise e explicação. 
e) estético-romântica, caracterizada por sinceridade, 
vitalidade e impulsividade. 
 
FIL0318 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
Por que só o homem é suscetível de tornar-se imbecil? 
[...] O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o 
primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se 
de dizer isto é meu e encontrou pessoas 
suficientemente simples para acreditá-lo. 
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os 
fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. Lourdes 
Santos Machado, 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. pp. 243; 
259. 
 
Com base nos conhecimentos sobre sociedade civil, 
propriedade e natureza humana no pensamento de 
Rousseau, assinale a alternativa correta. 
a) A instauração da propriedade decorre de um ato 
legítimo da sociedade civil, na medida em que busca 
atender às necessidades do homem em estado de 
natureza. 
b) A instauração da propriedade e da sociedade civil 
cria uma ruptura radical do homem consigo mesmo e 
de distanciamento da natureza. 
c) A fundação da sociedade civil é legitimada pela 
racionalidade e pela universalidade do ato de 
instauração da propriedade privada. 
d) O sentimento mais primitivo do homem, que o leva 
a instituir a propriedade, é o reconhecimento da 
necessidade da propriedade para garantir a 
subsistência. 
e) A sociedade civil e a propriedade são expressões da 
perfectibilidade humana, ou seja, da sua capacidade de 
aperfeiçoamento. 
 
FIL0319 - (Uece) Três pensadores modernos marcaram 
a reflexão sobre a questão política: Hobbes, Locke e 
Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento 
desses três filósofos a respeito da política: a origem do 
Estado está no contrato social. Partem do princípio de 
que o Estado foi constituído a partir de um contratofirmado, entendendo o contrato como um acordo. 
Portanto, o Estado deve ser gerado a partir do 
consenso entre as pessoas em torno de alguns 
elementos essenciais para garantir a existência social. 
Todavia, há nuances entre eles. 
 
Considerando o enunciado acima, atente para o que se 
diz a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com 
F o que for falso. 
( ) Em comum, esses pensadores buscavam justificar 
reformas do Estado para limitar o poder despótico dos 
monarcas absolutos. 
( ) Para Hobbes, o contrato social é a renúncia dos 
direitos individuais ao soberano em nome da paz civil. 
( ) Para Locke, o contrato social é a renúncia parcial 
dos direitos naturais em favor da liberdade e da 
propriedade. 
( ) Para Rousseau, contrato social é a transferência 
dos direitos individuais para a vontade geral em favor 
da liberdade e da igualdade civis. 
 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) F, V, F, V. 
b) V, F, V, F. 
c) V, F, F, F. 
d) F, V, V, V. 
 
FIL0320 - (Ufu) Com relação à noção de estado de 
natureza, que é o estado em que os seres humanos se 
achavam antes da formação da sociedade, podem-se 
identificar, na filosofia política moderna, três 
tendências: 
 
1. Os seres humanos são naturalmente egoístas e, no 
estado de natureza, se achavam numa guerra de todos 
contra todos daí que, por medo uns dos outros, 
aceitam renunciar à liberdade e constituir um 
Soberano, o estado, que garanta a paz. 
2. Não é por medo uns dos outros, e sim para garantir 
o direito à propriedade e à segurança que os seres 
humanos consentem em criar uma autoridade que 
possa tornar isso possível. 
3. No estado de natureza, os seres humanos eram 
felizes e foi o advento da propriedade privada e da 
sociedade civil que tornou alguns escravos de outros. 
 
Podem-se atribuir essas três concepções, 
respectivamente, a 
a) Hobbes, Rousseau e Maquiavel. 
b) Hobbes, Locke e Rousseau. 
c) Maquiavel, Hobbes e Locke. 
d) Rousseau, Maquiavel e Locke. 
 
FIL0321 - (Enem) Numa época de revisão geral, em que 
valores são contestados, reavaliados, substituídos e 
muitas vezes recriados, a crítica tem papel 
preponderante. Essa, de fato, é uma das principais 
características das Luzes, que, recusando as verdades 
ditadas por autoridades submetem tudo ao crivo da 
crítica. 
KANT, I. O julgamento da razão. In: ABRÃO, B. S. (Org.) História da 
Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 1999. 
 
O iluminismo tece crítica aos valores estabelecidos sob 
4 
 
a rubrica da autoridade e, nesse sentido, propõe 
a) a defesa do pensamento dos enciclopedistas que, 
com seus escritos, mantinham o ideário religioso. 
b) o estímulo da visão reducionista do humanismo, 
permeada pela defesa de isenção em questões 
políticas e sociais. 
c) a consolidação de uma visão moral e filosófica 
pautada em valores condizentes com a centralização 
política. 
d) a manutenção dos princípios da metafísica, dando 
vastas esperanças de emancipação para a 
humanidade. 
e) o incentivo do saber, eliminando superstições e 
avançando na dimensão da cidadania e da ciência. 
 
FIL0322 - (Ufsm) Sem leis e sem Estado, você poderia 
fazer o que quisesse. Os outros também poderiam 
fazer com você o que quisessem. Esse é o “estado de 
natureza” descrito por Thomas Hobbes, que, vivendo 
durante as guerras civis britânicas (1640-60), aprendeu 
em primeira mão como esse cenário poderia ser 
assustador. Sem uma autoridade soberana não pode 
haver nenhuma segurança, nenhuma paz. 
Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de 
Janeiro: Zahar, 2008. 
 
Considere as afirmações: 
 
I. A argumentação hobbesiana em favor de uma 
autoridade soberana, instituída por um pacto, 
representa inequivocamente a defesa de um regime 
político monarquista. 
II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de 
natureza”, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção 
de que o afeto predominante nesse “estado” é o medo. 
III. Um traço comum da filosofia política moderna é a 
idealização de um pacto que estabeleceria a passagem 
do estado de natureza para o estado de sociedade. 
 
Está(ão) correta(s) 
a) apenas I. 
b) apenas II. 
c) apenas III. 
d) apenas I e II. 
e) apenas II e III. 
 
FIL0323 - (Uel) Leia o texto a seguir. 
 
A questão não está mais em se um homem é honesto, 
mas se é inteligente. Não perguntamos se um livro é 
proveitoso, mas se está bem escrito. As recompensas 
são prodigalizadas ao engenho e ficam sem glórias as 
virtudes. Há mil prêmios para os belos discursos, 
nenhum para as belas ações. 
(ROUSSEAU, J. J. Discurso sobre as ciências e as artes. 3.ed. São 
Paulo: Abril Cultural, 1983. p.348. Coleção Os Pensadores.) 
O texto apresenta um dos argumentos de Rousseau à 
questão colocada em 1749, pela Academia de Dijon, 
sobre o seguinte problema: O restabelecimento das 
Ciências e das Artes terá contribuído para aprimorar os 
costumes? 
Com base nas críticas de Rousseau à sociedade, 
assinale a alternativa correta. 
a) As artes e as ciências geralmente floresceram em 
sociedades que se encontravam em pleno vigor moral, 
em que a honra era a principal preocupação dos 
cidadãos. 
b) A emancipação advém da posse e do consumo 
exclusivo e diferenciado de bens de primeira linha, uma 
vez que o luxo concede prestígio para quem o possui. 
c) Os envolvidos com as ciências e as artes adquirem, 
com maior grau de eficiência, conhecimentos que lhes 
permitem perceber a igualdade entre todos. 
d) O amor-próprio é um sentimento positivo por meio 
do qual o indivíduo é levado a agir moralmente e a 
reconhecer a liberdade e o valor dos demais. 
e) O objetivo das investigações era atingir celebridade, 
pois os indivíduos estavam obcecados em exibir-se, 
esquecendo-se do amor à verdade. 
 
 
FIL0324 - (Enem) Para que não haja abuso, é preciso 
organizar as coisas de maneira que o poder seja 
contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo 
homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos 
nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de 
fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de 
julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. 
Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo e 
Judiciário, atuando de forma independente para a 
efetivação da liberdade, sendo que esta não existe se 
uma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes 
concomitantemente. 
MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 
1979 (adaptado). 
 
A divisão e a independência entre os poderes são 
condições necessárias para que possa haver liberdade 
em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um 
modelo político em que haja 
a) exercício de tutela sobre atividades jurídicas e 
políticas. 
b) consagração do poder político pela autoridade 
religiosa. 
c) concentração do poder nas mãos de elites técnico-
científicas. 
d) estabelecimento de limites aos atores públicos e às 
instituições do governo. 
e) reunião das funções de legislar, julgar e executar nas 
mãos de um governante eleito. 
 
5 
 
FIL0325 - (Espm) Os textos abaixo referem-se a 
pensadores cujas obras e ideias exerceram forte 
influência em importantes eventos ocorridos nos 
séculos XVII e XVIII. Leia-os e aponte a alternativa que 
os relaciona corretamente a seus autores: 
 
I. “O filósofo desenvolveu em seus Dois Tratados Sobre 
Governo a ideia de um Estado de base contratual. Esse 
contrato imaginário entre o Estado e os seus cidadãos 
teria por objeto garantir os direitos naturais do 
homem, ou seja, liberdade, felicidade e prosperidade. 
A maioria tem o direito de fazer valer seu ponto de 
vista e, quando o Estado não cumpre seus objetivos e 
não assegura aos cidadãos a possibilidade de defender 
seus direitos naturais, os cidadãos podem e devem 
pegar em armas contra seu soberano para assegurar 
um contrato justo e a defesa da propriedade privada”. 
II. “O filósofo propôs um sistema equilibrado de 
governo em que haveria a divisão de poderes 
(legislativo, executivo e judiciário).Em sua obra O 
Espírito das Leis alegava que tudo estaria perdido se o 
mesmo homem ou a mesma corporação exercesse 
esses três poderes: o de fazer leis, o de executar e o de 
julgar os crimes ou as desavenças dos particulares. 
Afirmava que só se impede o abuso do poder quando 
pela disposição das coisas só o poder detém o poder”. 
a) I – John Locke; II – Voltaire; 
b) I – John Locke; II – Montesquieu; 
c) I – Rousseau; II – John Locke; 
d) I – Rousseau; II – Diderot; 
e) I – Montesquieu; II – Rousseau. 
 
FIL0326 - (Uff) De acordo com o filósofo iluminista 
Montesquieu, no livro clássico O Espírito das Leis, 
quando as mesmas pessoas concentram o poder de 
legislar, de executar e de julgar, instaura-se o 
despotismo, pois, para que os cidadãos estejam livres 
do abuso de poder, é preciso que “o poder freie o 
poder”. 
 
Identifique a sentença que melhor resume esse 
pensamento de Montesquieu. 
a) Para que a sociedade seja bem governada é 
necessário que uma só pessoa disponha do poder de 
legislar, agir e julgar. 
b) A separação dos poderes enfraquece o Estado e 
toma a sociedade vulnerável aos ataques de seus 
inimigos. 
c) A separação e independência entre os poderes é 
uma das condições fundamentais para que os cidadãos 
possam exercer sua liberdade. 
d) A sociedade melhor organizada é aquela em que o 
executivo goza de poder absoluto. 
e) As mesmas pessoas podem concentrar o poder, 
desde que sejam bem intencionadas. 
FIL0327 - (Enem) É verdade que nas democracias o 
povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política 
não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em 
mente o que é independência e o que é liberdade. A 
liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis 
permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que 
elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os 
outros também teriam tal poder. 
MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova 
Cultural, 1997 (adaptado). 
 
A característica de democracia ressaltada por 
Montesquieu diz respeito 
a) ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao 
tomar as decisões por si mesmo. 
b) ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à 
conformidade às leis. 
c) à possibilidade de o cidadão participar no poder e, 
nesse caso, livre da submissão às leis. 
d) ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é 
proibido, desde que ciente das consequências. 
e) ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo 
com seus valores pessoais. 
 
FIL0328 – (Upe) A Idade Moderna se caracterizou, no 
plano filosófico-cultural, por um projeto iluminista: 
tudo o que se faz é feito com a convicção de que as 
luzes da razão natural iluminam os homens, 
eliminando as trevas da ignorância. 
(SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia, 1994, p. 61). 
Coloque V nas afirmativas verdadeiras e F nas falsas 
referentes ao Projeto Iluminista e à Filosofia Moderna. 
 
( ) A expressão ‘as luzes’ foi preparada nos séculos 
anteriores com o racionalismo cartesiano, a revolução 
científica, o processo de laicização da política e da 
moral. 
( ) Tomaremos como Idade Moderna o período que 
se inicia com o Renascimento e vai até a primeira 
década do século XIX. Esse foi um período de conflitos 
intelectuais, intenso movimento artístico e muitas 
crises. 
( ) A filosofia moderna se caracterizou pela 
preocupação com as questões do conhecer, capazes de 
produzir a nova ciência, ou seja, recursos que 
pudessem proporcionar a passagem da especulação 
metafísica para as explicações experimentais. 
( ) O empirismo é, juntamente com o racionalismo, 
uma das grandes correntes formadoras da filosofia 
moderna. 
( ) A filosofia moderna desenvolve uma visão 
metafísica do mundo e do homem, com base na nova 
perspectiva de abordagem do real: o modo metafísico 
de pensar, sem dúvida, é o primeiro fruto do projeto 
iluminista da Modernidade. 
6 
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência 
correta. 
a) V, F, V, V, V. 
b) V, V, V, V, F. 
c) F, V, V, F, F. 
d) F, F, V, F, V. 
e) V, V, V, F, V. 
 
FIL0329 – (Uel) 90 milhões em ação, pra frente, Brasil, 
do meu coração. 
Todos juntos, vamos, pra frente, Brasil, salve a seleção. 
De repente é aquela corrente pra frente. 
Parece que todo o Brasil deu a mão. 
Todos ligados na mesma emoção. 
Tudo é um só coração. 
Todos juntos, vamos, pra frente, Brasil, Brasil, 
Salve a seleção. 
(Canção: Pra frente Brasil/ Copa 1970. Autor: Miguel Gustavo) 
 
Na obra “Resposta à questão: o que é o 
esclarecimento?”, Kant discute conceitos como uso 
público e privado da razão e a superação da 
menoridade. 
À luz do pensamento kantiano, o fenômeno 
contemporâneo do uso político dos eventos esportivos 
a) torna o indivíduo dependente, já que a sua 
menoridade impede o esclarecimento e a possibilidade 
de pensar por si próprio. 
b) forma o indivíduo autônomo, uma vez que amplia a 
sua capacidade de fazer uso da própria razão para agir 
autonomamente. 
c) impede que o indivíduo pense de forma restrita, 
pois, mesmo estando cercado por tutores, facilmente 
rompe com a menoridade. 
d) proporciona esclarecimento político das massas, 
pois tais eventos promovem o aprendizado crítico 
mediante a afirmação da ideia de nacionalidade. 
e) confere liberdade às massas para superar a 
dependência gerada pela aceitação da tutela de 
outrem. 
 
 
FIL0330 - (Ueg) No século XIX, influenciados pelo 
Romantismo, muitos intelectuais brasileiros 
idealizaram a cultura indígena, considerando-a como 
autêntica representante do nacionalismo brasileiro. 
Em termos filosóficos, essa valorização do indígena foi 
influenciada pelo pensamento do filósofo 
 
a) Thomas Hobbes, autor da frase “o homem é o lobo 
do homem”, que valorizava o comportamento típico de 
tribos selvagens. 
b) Santo Agostinho, que, por meio do “livre arbítrio”, 
acreditava que as sociedades selvagens eram capazes 
de alcançar a graça divina. 
c) Montesquieu, que se inspirou na organização social 
dos indígenas para elaborar a famosa teoria dos “três 
poderes”. 
d) Jacques Rousseau, que elaborou a teoria do “bom 
selvagem”, defendendo a pureza das sociedades 
primitivas. 
 
FIL0331 - (Unioeste) “A passagem do estado de 
natureza para o estado civil determina no homem uma 
mudança muito notável, substituindo na sua conduta o 
instinto pela justiça dando às suas ações a moralidade 
que antes lhes faltava. É só então que, tomando a voz 
do dever o lugar do impulso físico, e o direito o lugar 
do apetite, o homem, até aí levando em consideração 
apenas sua pessoa, vê-se forçado a agir baseado em 
outros princípios e a consultar e ouvir a razão antes de 
ouvir suas inclinações. Embora nesse estado se prive de 
muitas vantagens que frui da natureza, ganha outras 
de igual monta: suas faculdades se exercem e se 
desenvolvem, suas ideias se alargam, seus sentimentos 
se enobrecem, toda sua alma se eleva a tal ponto que 
(...) deveria sem cessar bendizer o instante feliz que 
dela o arrancou para sempre e fez, de um animal 
estúpido e limitado, um ser inteligente e um homem”. 
Rousseau. 
 
Com base no texto, seguem as seguintes afirmativas: 
 
I. A mudança significativa que ocorre para o homem, 
na passagem do estado natural para o estado civil, é a 
de que o homem passa a conduzir-se pelos instintos, 
como um “animal estúpido e limitado”. 
II. A conduta do homem, no estado natural, é baseada 
na justiça e na moralidade e em conformidade com 
princípios fundados na razão. 
III. Ao ingressar no estado civil, na sua conduta, o 
homem substitui a justiça pelo instinto e apetite, 
orientando-se, apenas, pelas suas inclinações e não 
pela “voz do dever” e sem “ouvir a razão”. 
IV. Com a passagem do estado de natureza para o 
estado civil, o homem passa a agir baseado em 
princípios da justiça e da moralidade, orientando-se 
antes pela razão do que pelas inclinações. 
V. Com a passagem do estado de natureza para o 
estado civil, o homem obtém vantagens que o faz um 
“ser inteligente e um homem”,obtendo, assim a 
“liberdade civil”, submetendo-se, apenas, “à lei que 
prescrevemos a nós mesmos”. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas I e II estão corretas. 
b) Apenas II e III estão corretas. 
c) Apenas I e V estão corretas. 
d) Apenas IV e V estão corretas. 
e) Apenas II e V estão corretas. 
7 
 
FIL0332 - (Uff) José Bonifácio de Andrada e Silva, 
homem público e cientista respeitado na Europa, 
desempenhou papel decisivo no processo de 
emancipação do Brasil. De ideias avançadas, defendeu 
a extinção do escravismo, a valorização da pequena e 
da média propriedade, o uso racional dos recursos 
naturais e a tese pioneira da preservação do meio 
ambiente. Ele achava que a finalidade última da ciência 
é contribuir para o bem da humanidade de modo 
racional e eficiente. 
 
As ideias que influenciaram diretamente a formação 
intelectual e política de José Bonifácio estão contidas 
no 
a) Naturalismo. 
b) Iluminismo. 
c) Renascimento. 
d) Socialismo. 
e) Jacobinismo. 
 
FIL0333 - (Uncisal) No século XVIII, ocorreu na Europa 
um movimento filosófico denominado Iluminismo, que 
se caracterizou pela confiança no poder da razão para 
a resolução dos problemas sociais. Alguns filósofos 
iluministas eram céticos e materialistas, e por isso 
opunham-se à tradição representada pela Igreja 
Católica. A Revolução Francesa e movimentos de 
independência, como a Inconfidência Mineira, foram 
acontecimentos históricos fortemente influenciados 
pelo Iluminismo. 
Assinale a alternativa que caracteriza, corretamente, 
esse importante movimento filosófico. 
a) O Iluminismo foi um movimento filosófico 
despolitizado. 
b) O termo “Iluminismo” justifica-se pela confiança na 
luz da razão em oposição às trevas da ignorância. 
c) Esse movimento intelectual não apresentou 
repercussões no Brasil. 
d) Os filósofos iluministas eram dogmáticos. 
e) A filosofia iluminista caracterizou-se pela crítica a 
ideais universalistas como liberdade, igualdade e 
fraternidade. 
 
FIL0334 - (Ufpa) “A soberania não pode ser 
representada pela mesma razão por que não pode ser 
alienada, consiste essencialmente na vontade geral e a 
vontade absolutamente não se representa. (...). Os 
deputados do povo não são nem podem ser seus 
representantes; não passam de comissários seus, nada 
podendo concluir definitivamente. É nula toda lei que 
o povo diretamente não ratificar; em absoluto, não é 
lei.” 
(ROSSEAU, J.J. Do Contrato social, São Paulo, Abril Cultural, 1973, 
livro III, cap. XV, p. 108-109) 
 
Rousseau, ao negar que a soberania possa ser 
representada preconiza como regime político: 
a) um sistema misto de democracia semidireta, no qual 
atuariam mecanismos corretivos das distorções da 
representação política tradicional. 
b) a constituição de uma República, na qual os 
deputados teriam uma participação política limitada. 
c) a democracia direta ou participativa, mantida por 
meio de assembleias frequentes de todos os cidadãos. 
d) a democracia indireta, pois as leis seriam elaboradas 
pelos deputados distritais e aprovadas pelo povo. 
e) um regime comunista no qual o poder seria extinto, 
assim como as diferenças entre cidadão e súdito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
notas
1 
 
 
 
 
FIL0335 - (Ueg) O ser humano é explicado por diversas 
abordagens sociológicas e filosóficas que propõem 
diferentes concepções de natureza humana, chegando 
mesmo a negá-la. 
 
Em relação a tais concepções, tem-se o seguinte: 
a) Marx compreendia a natureza humana a partir das 
necessidades humanas, especialmente o 
desenvolvimento de sua sociabilidade, e que, com o 
surgimento das classes sociais e da alienação, essa 
natureza seria negada. 
b) a sociologia recusa totalmente a ideia de natureza 
humana, pois essa natureza seria metafísica, já que o 
ser humano é um produto social e histórico e o 
indivíduo nasce como uma folha em branco, na qual a 
cultura escreve seu texto. 
c) Durkheim concebia a existência de uma dupla 
natureza humana, sendo que uma natureza humana 
seria caracterizada pela violência e a outra pela razão, 
cabendo à socialização o papel de superar ambas pela 
solidariedade. 
d) para Kant e Hegel, a natureza humana era uma 
criação ideológica do iluminismo, que deveria ser 
superada por uma filosofia racionalista que 
reconhecesse que o ser humano é um projeto gestado 
pela razão. 
e) Nietzsche considerava que a essência do ser humano 
é a racionalidade, e cuja existência é comprovada pelo 
fato de que somente os seres pensantes possuem 
certeza de sua existência a partir do próprio ato de 
pensar. 
 
 
FIL0336 - (Ueg) Para Marx, diante da tentativa humana 
de explicar a realidade e dar regras de ação, é preciso 
considerar as formas de conhecimento ilusório que 
mascaram os conflitos sociais. Nesse sentido, a 
ideologia adquire um caráter negativo, torna-se um 
instrumento de dominação na medida em que 
naturaliza o que deveria ser explicado como resultado 
da ação histórico-social dos homens, e universaliza os 
interesses de uma classe como interesse de todos. A 
partir de tal concepção de ideologia, constata-se que 
a) a sociedade capitalista transforma todas as formas 
de consciência em representações ilusórias da 
realidade conforme os interesses da classe dominante. 
b) ao mesmo tempo que Marx critica a ideologia ele a 
considera um elemento fundamental no processo de 
emancipação da classe trabalhadora. 
c) a superação da cegueira coletiva imposta pela 
ideologia é um produto do esforço individual 
principalmente dos indivíduos da classe dominante. 
d) a frase “o trabalho dignifica o homem” parte de uma 
noção genérica e abstrata de trabalho, mascarando as 
reais condições do trabalho alienado no modo de 
produção capitalista. 
 
 
FIL0337 - (Ufms) Karl Marx foi um filósofo alemão que 
se destacou ao desenvolver um método de análise que 
ficou conhecido como materialismo histórico. Para 
Marx, a dimensão econômica era a base da sociedade. 
Para explicá-la, Marx analisou a sociedade do ponto de 
vista produtivo, os chamados “modos de produção”. 
 
A respeito do modo de produção escravista, segundo 
as ideias de Marx, assinale a alternativa correta. 
a) Era caracterizado por religião primitiva; organização 
comunitária; propriedade coletiva, sem classes sociais; 
as forças produtivas baseadas no cultivo da terra, caça 
e colheita. 
b) Era caracterizado por uma religião de Estado; 
impérios centralizados; senhores x escravos; e cultivo 
da terra com base na escravidão. 
c) Era caracterizado por uma religião primitiva; 
impérios centralizados; senhores x escravos; e cultivo 
da terra com base na escravidão. 
d) Era caracterizado por uma religião de Estado; 
impérios centralizados; estados x escravos; 
propriedade estatal; e escravidão. 
e) Era caracterizado pela religião católica; poder 
descentralizado; senhores x servos; cultivo da terra; e 
arrendamento. 
 
 
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ProfessorFerretto ProfessorFerretto
Filosofia Moderna - Hegel e Marx 
2 
 
FIL0338 - (Uece) Atente para o seguinte trecho, que 
apresenta o pensamento de Karl Marx sobre a 
realidade: 
 
“O concreto é concreto porque é a síntese de muitas 
determinações, unidade do diverso. Por isso o concreto 
aparece no pensamento como resultado, não como 
ponto de partida efetivo. Por isso é que Hegel caiu na 
ilusão de conceber o real como resultado do 
pensamento que se sintetiza a si e se move por si 
mesmo. Mas este não é de modo nenhum o processo 
da gênese do próprio concreto”. 
MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos e outros textos. Os 
Pensadores. São Paulo: Abril cultural, 1978. Adaptado. 
 
Sobre a forma como Karl Marx entendia o seu método 
de análise da realidade, é correto afirmar que 
a) contra o pensamento burguês, Marx propunha uma 
análise que chamava de ideal-propositiva, que se 
opunha ao idealismo puro, cuja visão de realidade era 
excessivamente idealizada. 
b) tal método era denominadode materialismo 
histórico e se propunha a fazer uma análise da 
realidade concreta que, em si, era contraditória; as 
contradições eram da realidade e não do pensamento. 
c) seu método estava em concordância com o que 
defendiam os jovens hegelianos, sobretudo com o 
materialismo de Ludwig Feuerbach, a quem dedicou 
um livro de análise. 
d) seguia os passos de seu maior influenciador, 
Friedrich Hegel, aderindo ao pensamento dialético, 
cuja forma de abordagem da realidade era processual 
e se expressava na contradição das ideias. 
 
FIL0339 - (Uece) Relacione, corretamente, as 
definições sobre o papel do poder político ou do 
Estado, com seus respectivos pensadores, numerando 
os parênteses abaixo, de acordo com a seguinte 
indicação: 
1. Karl Marx 
2. John Locke 
3. Thomas Hobbes 
4. Agostinho de Hipona 
 
( ) Poder político do Estado, como resultante de um 
pacto de consentimento, constituído para consolidar 
os direitos naturais e individuais de cada homem. 
( ) Poder do Estado, como poder de origem espiritual, 
voltado às necessidades mundanas e à vigilância da 
retidão dos indivíduos. 
( ) Poder político do Estado, originário da necessidade 
de um grupo manter seu domínio econômico, pelo 
domínio político, sobre outros grupos. 
( ) Poder político do Estado, com poder absoluto, fruto 
da renúncia de direitos naturais originários e 
garantidores da paz. 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) 3, 1, 4, 2. 
b) 2, 3, 4, 1. 
c) 2, 4, 1, 3. 
d) 4, 1, 3, 2. 
 
FIL0340 - (Uece) Relacione, corretamente, os 
pensadores com seus respectivos pensamentos acerca 
da forma como o conhecimento da realidade se 
verifica, numerando os parênteses abaixo, de acordo 
com a seguinte indicação: 
 
1. Immanuel Kant 
2. Karl Marx 
3. Renè Descartes 
4. G.W.F Hegel 
 
( ) A reflexão filosófica deve partir de um exame da 
formação da consciência e a experiência da consciência 
não é só uma experiência teórica: é necessariamente 
histórica. 
( ) Não é a consciência que determina a vida, mas a 
vida que determina a consciência. É a ideologia a 
responsável por produzir uma alienação da consciência 
humana de sua situação real. 
( ) É sempre possível duvidar de um princípio, 
questionar as bases de uma teoria. É preciso colocar 
em questão todo o conhecimento adquirido. 
( ) O conhecer é um ato de autodeterminação do 
sujeito, é anterior a toda experiência, e trata não tanto 
dos objetos, mas dos conceitos a priori sobre os 
objetos. 
 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) 1, 3, 2, 4. 
b) 3, 1, 4, 2. 
c) 4, 2, 3, 1. 
d) 2, 4, 1, 3. 
 
 
FIL0341 - (Ueg) O termo alienação é polêmico e possui 
diversas interpretações filosóficas e científicas. O 
filósofo Hegel foi um dos primeiros a oferecer 
relevância para esse termo. A concepção mais 
conhecida de alienação, no entanto, é a de Karl Marx, 
que desenvolveu uma discussão aprofundada sobre o 
trabalho alienado, que, segundo ele, é 
a) um processo mental no qual o trabalhador se vê 
alienado e fora da realidade, ficando completamente 
alheio ao mundo, tal como diziam os alienistas do 
século XIX. 
b) um termo filosófico abstrato e ideológico, que 
deveria ser substituído pelo conceito de exploração, 
3 
 
que revelava a verdadeira relação entre capitalistas e 
trabalhadores. 
c) um conceito universal existente em todas as 
sociedades humanas, pois o ser humano precisa 
efetivar o trabalho para sobreviver e, assim, é 
constrangido a fazer o que não gosta. 
d) uma relação social na qual o não-trabalhador 
controla a atividade do trabalhador e, por conseguinte, 
o resultado do trabalho, explicando assim a origem da 
propriedade. 
e) uma ideia ultrapassada produzida por filósofos 
materialistas que queriam transferir a alienação da 
consciência, tal como colocava Hegel, para o trabalho 
humano. 
 
FIL0342 - (Ufu) Segundo Karl Marx (1818-1883), "não é 
a consciência dos homens que determina o seu ser; é o 
seu ser social que, inversamente, determina a sua 
consciência". 
Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: M. Fontes, 
1977. p. 23. 
Essa citação sintetiza o pensamento filosófico, político, 
histórico e econômico desse pensador, que se 
convencionou chamar de 
a) Liberalismo de esquerda. 
b) Idealismo dialético. 
c) Atomismo econômico. 
d) Materialismo histórico. 
 
FIL0343 - (Unesp) A genuína e própria filosofia começa 
no Ocidente. Só no Ocidente se ergue a liberdade da 
autoconsciência. No esplendor do Oriente desaparece 
o indivíduo; só no Ocidente a luz se torna a lâmpada do 
pensamento que se ilumina a si própria, criando por si 
o seu mundo. Que um povo se reconheça livre, eis o 
que constitui o seu ser, o princípio de toda a sua vida 
moral e civil. Temos a noção do nosso ser essencial no 
sentido de que a liberdade pessoal é a sua condição 
fundamental, e de que nós, por conseguinte, não 
podemos ser escravos. O estar às ordens de outro não 
constitui o nosso ser essencial, mas sim o não ser 
escravo. Assim, no Ocidente, estamos no terreno da 
verdadeira e própria filosofia. 
(Hegel. Estética, 2000. Adaptado.) 
De acordo com o texto de Hegel, a filosofia 
a) visa ao estabelecimento de consciências servis e 
representações homogêneas. 
b) é compatível com regimes políticos baseados na 
censura e na opressão. 
c) valoriza as paixões e os sentimentos em detrimento 
da racionalidade. 
d) é inseparável da realização e expansão de potenciais 
de razão e de liberdade. 
e) fundamenta-se na inexistência de padrões 
universais de julgamento. 
FIL0344 - (Uema) Leia “Quem é você”, poema de Os 
Detonautas. 
 
Você trabalha feito um burro de carga 
Puxando um sistema podre que é bancado com o seu 
suor 
E sexta-feira vai pra igreja comungar com sua família 
A voz sagrada, Jesus Cristo é o Senhor 
E deixa parte do salário em retribuição 
À dádiva divina da palavra do pastor 
É melhor garantir um lugar no céu 
Aqui nesse inferno tenta sobreviver 
E o que salva é a cervejinha no fim de semana 
Assistindo o jogo do seu time preferido na tv 
Segunda-feira o seu filho tá em casa 
Porque a escola onde estuda não tem nenhum 
professor 
E o professor está na rua apanhando da polícia 
Tá cobrando seu salário do governo 
Enquanto isso numa casa confortável 
Uma família abastada reunida assiste televisão 
E pragueja fala mal de quem 
Tá na rua enfrentando e dando a cara 
Pra lutar contra a situação 
Fonte: CRUZ, Tico Santa. Quem é você. In: Detonautas a saga 
continua. Rio de Janeiro: Coqueiro Verde Records, 2014. 
 
A realidade social brasileira é caracterizada nesse 
poema como 
a) pacífica. 
b) justa. 
c) equitativa. 
d) pagã. 
e) desigual. 
 
 
FIL0345 - (Ufu) A dialética de Hegel 
a) envolve duas etapas, formadas por opostos 
encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, frio-
calor). 
b) é incapaz de explicar o movimento e a mudança 
verificados tanto no mundo quanto no pensamento. 
c) é interna nas coisas objetivas, que só podem crescer 
e perecer em virtude de contradições presentes nelas. 
d) é um método (procedimento) a ser aplicado ao 
objeto de estudo do pesquisador. 
 
 
FIL0346 - (Ufu) O botão desaparece no desabrochar da 
flor, e poderia dizer-se que a flor o refuta; do mesmo 
modo que o fruto faz a flor parecer um falso ser-aí da 
planta, pondo-se como sua verdade em lugar da flor: 
essas formas não só se distinguem, mas também se 
repelem como incompatíveis entre si [...]. 
HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do Espírito. Petrópolis: Vozes, 
1988. 
4 
 
Com base em seus conhecimentos e na leitura do texto 
acima, assinale a alternativa correta segundo a filosofia 
de Hegel. 
a) A essência do real é a contradição sem interrupção 
ou o choque permanente dos contrários. 
b) As contradições são momentos da unidade orgânica, 
na qual, longe de se contradizerem, todos são 
igualmente necessários. 
c) O universo social é o dos conflitos e das guerras sem 
fim, não

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