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O filme “Os delírios de consumo de Becky Bloom” retrata a história de
Becky, uma mulher que, mesmo endividada, gasta a maior parte de sua
renda com artigos de moda. Nesse contexto, nota-se que, no Brasil
hodierno, a falta de planejamento econômico também persiste como
problema. Assim, a oferta de educação financeira nas escolas surge como
uma alternativa relevante, seja por possibilitar o surgimento de uma nova
geração que questione o consumismo, seja por tornar a escola um espaço
mais integrado à vida social.
 A princípio, é indubitável que um dos pilares do sistema econômico
contemporâneo é o consumo exacerbado de mercadorias, o que faz urgir
uma consciência coletiva sobre as finanças, possibilitada pela educação
financeira. Sob esse viés, é válido trazer o termo “fetichismo da mercadoria”,
do sociólogo Karl Marx, o qual explicita como, no capitalismo, nem tudo que
é comprado possui utilidade, mas agrega valor social ao indivíduo. Desse
modo, pode-se concluir que a cultura consumista colabora para tornar uma
população sistematicamente endividada, visto que a quantidade e a
qualidade das posses do sujeito o definem na sociedade. Nesse contexto, o
aprendizado sobre o controle dos gastos, desde a educação básica, se
apresenta como meio para mitigar esse cenário.
 Outrossim, é fato que as instituições escolares possuem o dever de educar
integralmente os estudantes, o que não se consolida na prática devido ao
modelo educacional defasado, mas o ensino das ciências econômicas pode
colaborar para reverter tal imbróglio. Nessa perspectiva, é pertinente
analisar o panorama brasileiro à luz das palavras de Paulo Freire, patrono da
educação brasileira: “Não se pode falar de educação sem amor”. Destarte, é
possível inferir que a educação financeira faz parte do amor declarado por
Freire, pois reflete como as escolas podem impactar na qualidade de vida ao
ensinar sobre o planejamento econômico. Sendo assim, é necessário que a
educação financeira seja implantada para que o afeto freiriano ocorra.
 Portanto, entende-se que o setor econômico e o escolar nacionais exigem
que a educação financeira seja executada de forma efetiva. Logo, cabe ao
Ministério da Educação garantir que as aulas de tal componente curricular
aconteçam de forma atrativa para os alunos, a fim de assegurar que o
ensino contribua para suas vivências e para a sociedade. Tais aulas
ocorrerão por meio de rodas de conversa com estudantes e economistas,
que dialogarão sobre o consumismo e a organização dos recursos
econômicos. Dessa maneira, será possível que histórias como a de Becky
permaneçam na ficção.
Tema: A importância da educação financeira
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